O som de palmas entusiasmadas preencheram o ambiente. Terminava ali, com louvor, mais um seminário do X Congresso de Psicologia. manteve o sorriso tímido no rosto, agradecendo a todos os presentes, porém sua vontade maior era de pular, bater palmas e gritar de felicidade, como uma criança que acabara de ganhar um doce. Sua pesquisa sobre desenvolvimento infantil já lhe trazia os frutos após tanto esforço, leitura, noites mal dormidas e um início de gastrite pela quantidade não recomendável de café que consumira em todo esse tempo.
A garota deixara o palco onde antes apresentava sua tese sendo cumprimentada por intelectuais de todos os escalões a sua volta. O sorriso, agora aberto em seu rosto, não se desmanchava em nenhum momento. Ver sua carreira acadêmica ascendendo era um sonho sendo realizado, um objetivo de vida sendo cumprido.
- Congratulações, senhorita ! – seu orientador lhe interceptara no meio do caminho. Ela lhe deu um abraço caloroso e longo, demonstrando toda sua gratidão pela luz que ele sempre lhe dera.
- Obrigada por tudo, senhor Lindmann – ela lhe sorriu abertamente e ele retribuiu com um aceno de cabeça.
seguiu pelos corredores, vendo a correria dos organizadores do evento em ajeitar todos os detalhes para a próxima palestra. Lembrou-se de quando era ela quem fazia esse trabalho, quando era apenas uma aluna, e sorriu com a nostalgia. A faculdade lhe proporcionou os melhores anos de sua vida, e lhe trouxe sementes que estavam frutificando naquele momento. Ela seguia perdida em pensamentos até chegar no camarim improvisado montado para que ela pudesse se organizar.
Quando chegou a sua mesa, percebeu um elemento a mais que não tinha deixado ali da última vez em que estivera no ambiente. Uma rosa branca, com um laço vermelho amarrado em seu caule que trazia um bilhete. Seu estômago gelou e um arrepio se espalhou por seu corpo. Ela conhecia muito bem o que aquilo queria dizer.
Olhou para todos os cantos do ambiente, para ver se mais alguma evidência de que ele estivera por ali, mas foi em vão. A garota já deveria ter se acostumado, afinal, era apenas isso que ele a deixava antes de reaparecer em sua vida e demolir todas as suas estruturas. Tudo em apenas uma noite, em apenas um olhar, em apenas um toque. Seus olhos se fecharam automaticamente e ela suspirou, como se o êxtase que sentia quando ele estava por perto fosse palpável de tão presente.
pegou a rosa com cuidado em suas mãos e saiu em disparada pela porta da sala, como se pudesse achar alguma evidência ou alguém que o tivesse visto. Parou a primeira pessoa que apareceu em sua frente no corredor. É claro que ninguém o veria, sempre tomara as maiores precauções. Entretanto, não custava tentar.
- Oi! É... Você viu um cara meio alto, forte, olhos ?... Não! Ele provavelmente estava de óculos escuros! Tatuagens, algumas cicatrizes, cara de que vai socar sua cara na primeira oportunidade, sabe? Provavelmente com alguma camiseta preta e jeans, é a cara dele – ela pronunciou rapidamente, sem parar para respirar e gesticulando ao máximo. Ao ver o rosto confuso do homem a sua frente, tentou se acalmar e suspirou – Você entendeu o que eu disse, não é?
- Sim, senhorita – disse o homem, com o rosto franzido em confusão – Não vi, porque provavelmente não conseguiria entrar aqui com essa descrição física. Mas se vir, te avisarei – ele sorriu amarelo, como se estivesse argumentando com uma louca qualquer. O homem saiu andando e deixando uma ainda mais confusa para trás.
Ela pegou seu celular e entrou em seu navegador, procurando qualquer site que falasse sobre a previsão do tempo que se referisse àquela noite. O tempo que a maioria das pessoas temeria lhe trazia expectativa. Uma cumulonimbus traria a tempestade e, com ela, o que seria uma noite inesquecível. não sabia se era coincidência, ou se ele sempre planejava tudo, mas tudo sempre acontecia em uma noite chuvosa e caótica. Sorriu timidamente e levantou o bilhete amarrado na rosa entre seus dedos. "O amor não prospera em corações que se amedrontam com as sombras."
Ele a visitaria aquela noite. E ela, com certeza, não teria medo das sombras.
A garota decidiu voltar para o hotel imediatamente, supondo que ele já estava a esperando. Ela não tinha mais o que fazer ali, de qualquer forma. Pegou seus pertences e crachá de identificação de maneira rápida e desajeitada, saindo como um furacão pela porta do camarim até a saída do evento. Pediu um táxi e logo estava fazendo seu caminho com a expectativa corroendo seu estômago.
A volta para o hotel foi um momento em branco na memória de . Seus pensamentos se preenchiam com ele.
Ou melhor, .
Se pudesse descrever , ela o descreveria de sua maneira mais característica. Como uma tempestade de verão, ele aparecia: caótico.
fazia parte de uma gangue, que se denominavam por Death Country. Ele fora acolhido pela gangue após fugir de seu país de origem, tentando escapar de seu pai, um influente magnata. Não fugiu sem antes, claro, deixar um rombo em sua conta pessoal. A partir desse dinheiro que fez sua vida e sua fama na gangue.
Eles se conheceram por uma situação comum. , caloura da faculdade de Psicologia, fora com suas novas amigas a um bar que, coincidentemente, era o bar dominado pela gangue. Ela, logo ao chegar, se deparou com aqueles caras mal-encarados, e se perguntou se era mesmo uma boa ideia estar ali. Ele sequer tinha notado a presença nova, pois estava ocupado demais rindo de alguma piada e tomando sua cerveja. A noite passou e ela sequer lembrou da presença que lhe incomodou inicialmente. Mas ele já havia notado a garota, tentando disfarçar seu interesse aos seus colegas de gangue.
O primeiro contato entre eles aconteceu não naquele bar, mas justamente na saída da faculdade. Uma das amigas de correra em direção a um dos motoqueiros parados em frente a portaria e se jogara em seus braços. , sem saída, seguiu a amiga, percebendo estar sendo observada pelo homem ao lado do que a amiga abraçava. Ela lembrou, então, do rosto mal-encarado de algumas noites atrás, e sorriu timidamente. Ela, então, decidiu puxar assunto falando sobre a Harley Davidson em que ele estava encostado. Naquele momento, percebeu que aquela garota fora feita para lhe surpreender.
Foram mais de cinco anos em um tipo estranho de relacionamento até agora. nunca a assumiu como alguma coisa séria. Ele sempre pedia para que ela o esperasse, porque ele voltaria, mas ela nunca podia saber de seu paradeiro. sempre dizia que era para sua segurança, mas, de qualquer forma, não era algo agradável.
Ela não sabia mais dizer se gostava daquilo que eles tinham. É lógico que amava todas as sensações que lhe trazia com suas mãos passeando por seu corpo ou, simplesmente, se entrelaçando e esquentando as dela. Ela amava aqueles olhos , que pareciam sorrir junto com sua boca e suas covinhas, que tornavam seu rosto tão mais adorável, pareciam ser só para ela. Mesmo sua expressão comum, de uma carranca para parecer o mais malvado possível, deixava seu rosto tão lindo. Amava seu corpo desenhado por tatuagens que o coloriam. Amava sua voz sussurrando ao pé de seu ouvido, desde as palavras mais sujas até as mais carinhosas. O problema de tudo era que só acontecia quando aparecia. E ele aparecia apenas quando queria aparecer.
Querendo ou não, ela cresceu e mudou durante esses cinco anos. De uma menina aventureira a uma mulher responsável e decidida, e todos os setores de sua vida lhe acompanharam da mesma forma. Mas a única coisa que ela não conseguia deixar para trás era . Ela sempre se sentia na obrigação de tentar “salvá-lo” do mundo, de guardá-lo só para ela, protegê-lo do mundo. Mas sabia o quanto tinha um espírito livre e a sua impossibilidade de fazer isso.
chegou no hotel em que estava hospedada, com a expectativa corroendo seu corpo. Pagou o táxi e saiu rapidamente em direção ao interior do prédio, dirigindo-se ao elevador. Suas mãos suavam, sua barriga doía, e o ar parecia pesado demais para ser absorvido por suas narinas. Saiu do elevador quando chegou ao seu andar, as mãos trêmulas buscando a chave de seu quarto. Provavelmente, ela não estaria sozinha ao entrar lá dentro. Conseguiu, com certa dificuldade, girar a chave e abrir a porta. Tudo estava escuro, a não ser pelas luzes da rua que traziam certa iluminação ao ambiente. Ela não acendeu e nem cogitou encostar nos interruptores.
Se aproximou do vidro que separava o quarto da varanda. A cidade se mostrava polvorosa e o céu negro se mostrava imponente, trazendo raios seguidos por trovões, mas sem derramar uma gota de água. Ela encostou sua mão esquerda no vidro e se aproximou mais, hipnotizada pela paisagem que, ao mesmo tempo que mostrava o caos, lhe trazia paz de espírito. Ao mesmo tempo em que observava, sabia que estava sendo observada, e que seu observador se aproximava.
- – ela sussurrou, fechando os olhos, assim que sentiu uma mão grande e calejada se entrelaçar com a sua destra.
Seu corpo inteiro se arrepiou ao sentir a boca de soltar um riso próximo a sua orelha. Ele enlaçou sua cintura com um braço e grudou ambos os corpos.
- Você ainda se comporta como uma garotinha adolescente assim que te toco – ele afastou o cabelo de para o lado, expondo a pele de seu pescoço, que logo se arrepiara com os beijos deixados por . Ela respirou fundo e se virou, para poder encará-lo.
Ele exalava poder por onde passava e, mesmo com ela, não seria diferente. Teve que inclinar sua cabeça um pouco para trás para conseguir encarar o rosto dele. Ele, sem fazer desfeita, encolheu-se um pouco, para ficar com o rosto na altura do de sua amada, e sorriu abertamente. O coração de se derreteu de maneira avassaladora ao vê-lo sorrir com as luzes baixas vindas de fora iluminando seu rosto de leve. Com certeza o sorriso de era sua parte favorita dele, ainda mais quando suas covinhas se evidenciavam. Ela não pode deixar de sorrir junto com ele.
- Fiquei preocupada – ela levou suas mãos ao rosto áspero pela barba por fazer, acariciando ambas as covinhas na bochecha dele. Os olhos de pareciam ler a alma de , de tão profundos que pareciam a invadir.
- Preciosa – ele sussurrou, levando os dedos aos lábios de e os acariciando – Não seja tola, sabe que não tem com o que se preocupar.
bufou e saiu de perto de , voltando seu corpo em direção à noite, e cruzando os braços de maneira a expressar sua contrariedade. Ela estava cansada daquele discurso velho e repetido. Sua reação de desagrado foi uma surpresa para , ela nunca reagia daquela forma. Algo estava estranho.
- É sempre assim – ela suspirou, voltando o olhar para a noite nublada através dos vidros da varanda – Você aparece, some, me deixa com o coração na mão! E depois aparece de novo, como se seu paradeiro nunca fosse um mistério pra mim.
- Eu sempre apareço, e sempre vou aparecer. É teimosia minha – ele se aproxima lentamente de . A garota permaneceu de costas, mesmo sentindo o calor de seu amado tão próximo – Na minha mente fico implorando como se, de alguma forma, você pudesse mudar a situação – tocou o ombro de . A garota se encolheu por alguns segundos, como se precisasse se acostumar com aquele toque novamente. Ele se aproximou ainda mais, colando seu peito nas costas dela e a envolvendo em seus braços. Enterrou seu rosto no pescoço dela, aspirando o cheiro que lhe fazia tanta falta há tanto tempo e fazendo a garota se arrepiar – Outra noite sozinho é mais do que posso aguentar.
- Por que é sempre assim? – ela pegou os pulsos dele com ambas as mãos e se retirou do aperto de seu abraço. Virou-se, então, para encará-lo – Nós nunca temos nada sério. Já são cinco anos, . Cinco.
- , você precisa entender – ele suspirou, passando suas mãos pelo rosto e demonstrando frustração – Você é uma psicóloga formada já buscando seu nome na Academia. Eu sou um cara com problemas, muitos problemas. Não pode acontecer, não tem como acontecer. Se eu faço isso, é porquê eu te amo.
- Isso é mais merda do que eu possa ouvir, – ela sentia o nó formando-se em sua garganta. Virou-se novamente de costas, evitando o olhar analisador de , e deixou seus olhos marejados transbordarem.
- , por favor, me ouça – ele segurou a mão dela delicadamente – Se eu ainda estou vivo, se ainda quero viver, se ainda existe um motivo... – ele suspirou e fechou os olhos por alguns segundos – Tudo o que estou vivendo é por você. Nunca pensei que estaria dizendo essas palavras, que encontraria uma maneira, ou que precisaria dizer... Mas eu amo você, , estou te amando como nunca amei ninguém. Eu sei que nunca me desculpei, e estou plenamente errado por isso. Todas as noites fico imaginando se você está ansiando por mim, e é assim que entendo que não consigo mais viver sem você. É tarde demais para mim?
- Você não entende, – ela escondia as lágrimas que começavam a rolar, mas não a voz embargada – Eu quero segurança. Não sou mais uma adolescente que gosta do perigo e da instabilidade. Não quero ficar apenas vagando sem rumo neste mar da vida. Estou seguindo a minha vida e me estabilizando cada vez mais. Financeiramente, socialmente, academicamente... Eu... – ela soluçou, e seu tom de voz se tornou cada vez mais sussurrado – Só não consigo me estabilizar amorosamente, porque ninguém é você. Outro dia sozinha é mais do que posso suportar – frisou, relembrando todas as vezes em que acordava apenas com uma rosa vermelha ao seu lado, e um bilhete de desculpas.
insistiu, prendendo a garota em um abraço caloroso e beijando sua cabeça, num ato de carinho. se sentia em casa nos braços fortes e aconchegantes do homem que virava seu mundo de cabeça para baixo. Ele voltava a explorar a pele do pescoço dela com seus lábios, pois sabia que ali estava o ponto fraco da sua garota. Fez uma trilha de beijos desde a curva do pescoço até o lóbulo de sua orelha, onde depositou uma mordida leve e sussurrou:
- Você não vai me salvar?
Um raio rasgou o céu da cidade, seguido por um trovão ensurdecedor, que fez os vidros da varanda tremerem. Logo a chuva, forte e poderosa, começou a ricochetear pelo chão. As mãos de se atreviam a entrar por dentro da blusa de e acariciar a pele de sua barriga, enquanto sua boca voltava a descer por seu pescoço, arriscando algumas mordidas leves. sentia sua racionalidade se esvair a cada toque. Suas pálpebras pesavam ao mesmo tempo em que sua cabeça tombava para trás e se apoiava em . Ele sabia exatamente onde tocar, como fazer, quando fazer... Ele a decifrava da maneira mais correta existente, algo que ela nunca sentira com nenhum outro.
As mãos de se fixaram na cintura da garota e fizeram o corpo dela girar, até ficar de frente com o dele. Em seguida, ele a puxou bruscamente e colou ambos os corpos. Sua mão esquerda subiu pela lateral do corpo dela lentamente, lhe causando arrepios e um suspiro involuntário, passando por seu seio sem qualquer pressa, e subindo até o queixo, onde seus dedos puxaram para que pudesse encará-lo. Os olhos queimavam em luxúria e, em contato com os da garota, fizeram com que o mundo a volta de ambos deixasse de existir.
Logo as bocas se atraíram em um beijo saudoso e apaixonado. Os braços de se entrelaçaram em volta do pescoço de , enquanto as mãos dele seguraram firme nas coxas da garota, erguendo-a em seu colo e envolvendo as pernas dela em sua cintura. Ele caminhou cegamente, sem interromper o beijo, até que as costas de batessem em uma das paredes do quarto. A garota resmungou em protesto pela dor do impacto, mas não interrompeu o beijo, direcionando suas mãos a nuca de e o mantendo ali. Ele a imprensou ainda mais na parede, para que ela não saísse do seu colo e ele pudesse explorar o corpo com suas mãos.
Os botões da blusa de foram sendo soltos cuidadosamente por . Ele interrompeu o beijo, empurrando a blusa lentamente para fora do corpo dela, enquanto fitava seus olhos . Ela levou ambas as mãos as laterais do rosto dele, trazendo-o para mais perto de si e, dessa forma, tendo alcance para puxar seu lábio inferior com os dentes. Ele riu perversamente e direcionou suas mãos novamente às coxas da garota, pressionando-as fortemente.
- Parece que alguém não é bem fodida há muito tempo – ele disse em tom baixo e provocador, aproximando a boca do pescoço da garota e depositando um chupão no local. arqueou suas costas e gemeu baixo pela ação.
carregou até a cama, onde deitou o corpo da garota e ficou por cima. Novamente seus lábios atacaram os dela fervorosamente, e suas mãos inquietas tentavam despir o tronco dela, retirando seu sutiã com pressa. As mãos de puxavam o pano da camiseta de para cima, tentando retirá-la. Ela puxou e ele se afastou de seu corpo apenas para ajudá-la retirar. Logo inclinou-se novamente sobre seu corpo, direcionando sua boca ao seio de . A garota arqueou suas costas ao contato, levando suas mãos ao cabelo de e se entrelaçando ali. Ele chupava a mordia o mamilo endurecido, causando arrepios na garota, que sentia sua intimidade cada vez mais quente e úmida entre suas pernas.
As mãos de homem subiram pelas coxas de , com uma delas explorando atrevidamente a parte interior e subindo devagar até a virilha. Os dedos habilidosos subiram um pouco mais e abriram os botões da calça jeans usada por ela. Ele afastou-se do seio que estimulava para retirar, impaciente, a peça de roupa pelas pernas da garota. Ele continuou observando-a, ajoelhado na cama. Apoiou ambas as mãos nos joelhos dela e abriu suas pernas, tendo a visão de sua calcinha totalmente encharcada. lambeu os lábios, saudoso do sabor de sua garota em sua boca.
Ele inclinou-se para beijar a barriga de e descer uma trilha de beijos até a barra da calcinha. Puxou o pano para baixo com sua boca e o retirou aos poucos dessa forma. apenas o observava com um sorriso no rosto. No entanto, seu sorriso se desfez quando sentiu a boca de explorando o interior de sua coxa com beijos e mordidas. Ela suspirou ao sentir a língua lhe explorando, desde sua entrada pulsante até seu clitóris necessitado de atenção. se concentrou em agradar o sexo molhado e quente, concentrando sua atenção especialmente no clitóris e, aos poucos, aumentando a velocidade de seus movimentos.
contorcia seu corpo e puxava o lençol da cama com ambas as mãos, para externar o prazer que seu corpo sentia. De sua boca escapavam gemidos baixos, que se intensificavam juntamente com a velocidade e intensidade com que usava sua língua. Ele se manteve em um ritmo que enlouquecia a garota aos poucos e faziam seus gemidos ficarem ainda mais altos e frequentes.
- ... – ela gemeu, entrelaçando seus dedos nos cabelos dele com mais força.
sentiu sua intimidade se aquecer ainda mais e um formigamento lhe tomar conta. Ela arqueou as costas mais uma vez e gemeu manhosa, sentido o orgasmo inundar seu corpo em uma onda ambígua de tensão e relaxamento. , por sua vez, continuou com os estímulos, diminuindo aos poucos a sua intensidade. Encerrou dando leves beijos, que subiram por sua barriga, o meio de seus seios, pescoço, queixo, até a boca de . A garota prendeu suas pernas em volta da cintura de , pressionando o volume bem perceptível na calça de moletom contra seu sexo já nu, enquanto sua boca provava do seu próprio sabor diretamente dos lábios de .
- Tira – ela sussurra entre o beijo, se referindo a única peça que ainda os impossibilitava de se sentirem completamente. a obedece, se livrando do moletom e da cueca box de uma vez. Ele estava louco para colocar toda a extensão de seu pau naquela entrada tão úmida e apertada de sua garota.
inclinou-se sobre o corpo de , levando uma de seus mãos até seu pau, e direcionou sua glande até a entrada de , ameaçando penetrá-la uma vez. No entanto, esfrega a ponta por toda a vulva de , provocando um pouco mais seu clitóris. suspirou em frustração, direcionando um olhar pedinte ao homem.
- O que você quer? – ele diz em tom baixo, acariciando a coxa de com sua mão livre.
- ... – ela sussurra entre ofegos.
- Eu preciso que você diga, . O que você quer? – ele pressionou sua glande novamente contra a entrada da garota, penetrando-a um pouco para depois tirá-la rapidamente.
- Por favor – ela sussurrou novamente. A caricia em sua coxa subiu até quase o quadril da garota quando, de repente, a mão dele toma impulso para lhe dar um tapa. A dor em sua pele fez a garota gemer e, ao mesmo tempo, sua entrada pulsar.
- Pede direito – ele sussurrou no mesmo tom que ela, inclinando-se um pouco mais para poder alcançar o lábio inferior da garota e puxá-lo em uma mordida.
- Me fode – ela disse em alto e bom tom, pois sabia que era isso que ele queria. sorriu perversamente e lhe deu outro tapa.
- Gostosa – ele afundou seu rosto no pescoço de , primeiramente aspirando seu cheiro e, logo após, depositando um chupão forte que a fez gemer.
penetrou sua extensão aos poucos, sentindo a intimidade de se contrair e lhe tirando um gemido baixo dos lábios. sentiu-se sendo preenchida por completo e suspirou em alívio. A calma com que a penetrava acabou em instantes. Na próxima estocada ele já meteu fundo e forte, fazendo-a gemer um pouco mais alto pela dor misturada ao prazer. As mãos de cravavam as unhas no ombro de , enquanto uma dele se prendia na coxa da garota e a outra estimulava seu clitóris.
Os barulhos dos corpos se chocando, respirações ofegantes e gemidos soavam como música para ambos. aumentava o ritmo de suas estocadas aos poucos, e rebolava ao ritmo delas, com seus sentidos se perdendo ao ser tão bem estimulada.
- Mais rápido, ? – ele perguntou com a voz carregada de luxúria. aumentou o ritmo sem que ela respondesse, mas logo diminuiu – Ou talvez lento e fundo – investiu fundo e forte, porém devagar. gemeu ainda mais alto e ele sorriu. A mão que apertava sua coxa subiu para um de seus seios, estimulando-o – Ah, , se eu pudesse fazer tudo o que eu penso em fazer com você...
Ele retomava o ritmo rápido e fundo enquanto seus dedos massageavam o clitóris de no mesmo ritmo. As respirações de ambos se misturavam e os olhos de pesavam, fechando-se ao sentir seu prazer aumentar. Logo aquela sensação anterior maravilhosa estava voltando. Os gemidos de ficaram mais altos, seus membros enrijeceram, um calor se espalhou por todo seu corpo e o nome de saiu tão alto de sua boca que creio que provavelmente o quarto vizinho teria ouvido nitidamente. Ele continuou investindo mais rápido e mais fundo, procurando o próprio prazer. chegou ao seu limite dentro dela um pouco depois, mordendo seu ombro com força, e derramando todo seu prazer em sua intimidade.
- Eu amo você – ele sussurrou na pele de seu ombro, fazendo o coração da garota escapar uma batida.
beijou o ombro da garota e logo se deitou ao lado dela. não demorou a se aconchegar em seu peito e entrelaçar suas pernas nas dele. Ele a apertou contra si e ambos esperaram até suas respirações se normalizarem. O homem deslizou a ponta de seus dedos pelas costas de , fazendo-a arrepiar, e desceu até sua entrada úmida pelo ato sexual anterior.
- Você não para? – ela disse rindo ao sentir os dedos dele brincando em sua entrada.
- Não. Você quer parar? – ele pergunta, arqueando a sobrancelha.
- Nunca.
acordou e o relógio ainda marcava 4h50min da manhã. dormia atrás dela, com seus braços envolvendo a cintura da garota em um abraço tão aconchegante que ela resmungava mentalmente só de pensar em sair. Mesmo assim, ela se desvencilhou devagar, para não o acordar, e saiu em direção ao banheiro, mas não sem antes encarar aquele rosto que parecia tão angelical e sereno ao dormir. Ela sorriu e virou-se em direção ao outro cômodo.
Por estar distraída, não percebeu a mochila preta, que pertencia a , no meio do caminho e tropeçou. Se desnorteou por um momento até perceber a mochila caída no chão do banheiro. Observou o objeto por alguns segundos, com sua curiosidade lhe coçando para saber o que havia lá dentro, mas ela sabia o quão errado seria mexer nas coisas dele sem permissão.
- Foda-se – vociferou para si mesma, sentando-se no chão e manuseando o zíper para abrir e ver o que aquilo carregava.
pode visualizar uma caixa com uma rosa dentro, mas não uma vermelha ou branca, como estava acostumada, e sim uma rosa negra. Um arrepio subiu por sua espinha, sentindo que aquilo não era bom. Pegou a caixa retangular em suas mãos e a analisou, percebendo mais um bilhete amarrado ao caule da rosa, como era comum a fazer. Ela visualizou a escrita por cima da embalagem, mas conseguira ver perfeitamente o que dizia. "Essa foi a última noite. Sinto muito."
A garota sentiu o sangue ferver em suas veias. Então era isso? Cinco anos perdidos da sua vida para nada? Cinco anos amando alguém que desistiria de tudo na primeira oportunidade? Ela sentiu seus olhos marejarem, no entanto, meneou a cabeça. Poderia estar exagerando, afinal. Decidiu então fuçar mais um pouco nos pertences de para tentar encontrar mais respostas. Achou um celular no qual a tela de bloqueio fez com que as lágrimas transbordassem. Era e outra mulher. E outra. E outra. E outra. E ela própria. Em todas as fotos elas o beijavam, assim como também.
Antes mesmo que pudesse surtar por esse motivo, uma mensagem chegou. Ela teve facilidade em acessá-la, afinal, o celular não era protegido por nenhum tipo de código ou senha. Era uma mulher. E, assim como essa, várias outras mensagens apaixonadas surgiam pela tela quanto mais ela fuçava. As lágrimas já transbordavam de seus olhos e sua respiração falhava.
Ela saíra do banheiro transtornada. Precisava sair daquele lugar o mais rápido possível. Tentando não fazer barulho, vestiu-se e organizou suas coisas na mala novamente. Ela estava anestesiada diante àquela situação, e tudo o que pensava era ir para casa. Assim que estava pronta para sair, olhou para trás e viu o homem que ainda dormia profundamente. Seu coração se apertou tanto que ela jurava que se desintegraria em segundos. Decidiu dar-lhe o troco por todas as vezes que acordava sozinha, desnorteada, e com uma frase esfarrapada presa em uma rosa como pedido de desculpas.
Deixou sua mala do lado da porta aberta e se dirigiu ao banheiro, pegando a embalagem com a rosa que seria direcionada a ela. Revirou as coisas de em busca de uma caneta e a encontrou, riscando a frase escrita por ele anteriormente e escrevendo outra coisa por cima. Jogou a caneta no chão e voltou ao quarto, deixando a rosa ao lado do corpo dele na cama. Voltou-se novamente a porta, olhando para trás pela última vez.
- Eu não posso te salvar – ela sussurrou com a voz ainda embargada pelo choro, virando as costas para ele e tudo o que tiveram até então.
A garota saiu pela porta e a fechou delicadamente, se dirigindo ao elevador e puxando sua mala de rodinhas. Adentrou o elevador e, enquanto descia os andares, tentou se recompor daquele baque para não aparentar estar abatida para os outros. Ao abrir as portas, respirou fundo e saiu, se dirigindo a recepção para fazer o checkout. Estava pouco se fodendo se permanecia no quarto, ele que se entendesse com os gerentes depois. Terminou o processo e saiu, pedindo um táxi para a rodoviária.
O dia iniciava frio, porém sem nuvens. retirou do bolso de seu casaco o seu celular e seus fones de ouvido, colocando os fones e ficando silenciosa durante a viagem enquanto ouvia sua música. O sol surgia tímido no horizonte, e a bela paisagem era observada pela garota através da janela do carro. Ela se abraçava tentando proteger-se do frio e, ao mesmo tempo, do mundo a sua volta que lhe parecia tão cruel.
passava a refletir. Todos esses anos presa ao mesmo amor, que sumia e aparecia ao seu bel prazer. Um amor destrutivo, por alguém que sempre lhe pedia o que ela não poderia dar. Salvação. Como ela poderia salvar alguém que só existiu em sua mente? Uma mentira projetada durante tanto tempo, que desabou com seu emocional com tão pouco. Um amor sem segurança, sem alicerce, uma aventura adolescente que durara tempo demais e atrasava todos os avanços em sua vida pessoal. Fechou os olhos, relembrando a frase que escrevera para , readaptada da que recebera mais cedo no bilhete.
- O amor não prospera em um coração tomado pelas sombras – ela sussurrou para si, abraçando ainda mais seu próprio corpo.
A única salvação que estava conhecendo era a própria. Ela iria se encontrar e, de alguma forma, era só isso que precisava no momento.
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