Última atualização: 15/02/2017
O bar que estávamos tomando alguns drinks não estava tão cheio. Apenas alguns corpos bêbados dançavam na pista, enquanto outros, ainda não alterados, conversavam animadamente nos banquinhos no bar. A única exceção era os olhos castanhos que me fitavam de longe, parecendo um pouco invasiva. A dona daqueles olhos, desde que chegara, não saiu do lugar. Não saiu, não bebeu, não fez nada, só ficou me olhando insistentemente. Ninguém além de mim percebera, graças à Deus. Bey, minha única e melhor amiga, estava sentada longe, junto com o namorado, então não perceberia aquilo. É, eu estava enrascada pela bela moça de olhos castanhos.
Olho novamente para o lugar onde ela deveria estar, porém só vejo seu casaco pendurado na cadeira. Uma mão macia, com a unha grande e pintada, toca meu ombro. Viro-me sorrindo, vendo que ela era bem mais bonita de perto.
—Hey.— falo baixo, sorrindo.
—Eu vi você de longe, e eu sei que você percebeu. , a famosa rapper, não é?— ela mostra os dentes perfeitamente brancos e alinhados.
—E você, quem é?— questiono, após assentir.
—.— ela estende a mão, ainda com o sorriso no rosto.— Pode chamar de , se preferir.
Vendo que ela estava perdida no decote da minha blusinha, me permitir ver seu corpo. Seus seios estavam marcados pelo vestido justo que usava, assim como as coxas e a bunda perfeitamente redonda. O vestido era preto, com alguns brilhos singelos. Ela estava vestida para matar um (ou uma).
—Tá tudo bem?— pergunta, com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso malandro brincando nos lábios perfeitamente pintados.
—Estou, e você?— gaguejei um pouco. Porra, eu estava nervosa. parecia ser daquelas que chega e deixa todo mundo sem graça, com uma presença tão marcante e difícil de esquecer, junto com o perfume doce gostoso que usava.
—Posso me sentar?— deu uma risada maliciosa, a acompanhei.— No banco, ao seu lado. Posso?
—Claro, fique à vontade, .
Passamos algumas horas conversando. Ela era uma boa pessoa. Professora de Inglês em uma escola particular, nas horas vagas, dançava. Contou-me que era uma grande fã minha, falando que pelas músicas ser tão "feminista" ao ver dela, e isso combinava com ela. Eu ainda me sentia desconfortável ali, parecia que algo nela me ofuscava de tudo, e eu não costumava me sentir assim. Ela se sentia, mas não no modo ruim. Ela era independente, uma mulher verdadeiramente empoderada, e que tinha o controle de suas ações.
A música alta atrapalhava nossa conversa, fazendo se aproximar toda vez que queria me falar algo, ou seja, sempre. Sua boca ficava tão próxima de meu ouvido que me dava certos arrepios, seu perfume doce fazia infestar o ar de um jeito bom, junto com toda a boa energia que ela oferecia. Percebi que ela estava distraída em alguém na pista de dança, segui o seu olhar para constatar que era uma ruiva natural que, muito provavelmente, estava dando em cima dela. Existia uma coisa em mim que insista em dizer que ela não era hétero, e isso estava ficando mais claro a cada observada que eu dava nela. Ela se vira novamente em minha direção, com um sorriso.
—Eu vou no banheiro, já volto.
Ela sai, rebolando, indo em direção contraria ao banheiro. Algo, novamente, me dizia que ela não iria ao banheiro, e, sim, falar com a ruiva sem sal. Certo, eu não tinha motivos para ficar com ciúmes dela, não éramos nada além de conhecidas. Pedi mais uma dose de vodca, e o barman logo me entregou, com um sorriso no rosto.
—Ela é sua namorada?— ele pergunta, limpando o balcão.
—O que? Não. É só uma conhecida.
—Então, por que fica olhando pra ela dar em cima de outra a cada cinco segundos?
Estava tão na cara assim? Porra, eu era fraca mesmo. Não que eu fosse lésbica, bissexual, ou gostasse de meninas, nada disso. É só uma atração comum, como se fosse um homem no lugar dela. O real problema era que não era um homem.
Respirei fundo ao ver ela se aproximando novamente, limpando o batom borrado, com um papel em mãos. Sorrindo, ela se sentou no mesmo lugar de antes, jogando o cabelo para atrás do ombro.
—Se deu bem com a ruiva ali?— perguntei indiferente, apenas como quem não quer nada, e eu realmente não queria.
—Ah, é só sexo casual.— ela dá de ombros.— A próxima mulher que eu transar eu quero que seja minha mina, tão bonita por dentro, quanto pode ser por fora, entende?— morde o lábio, em um rico sinal de provocação.
—Não.— pego um copo de vinho.— Olha, eu sou heterossexual, e, se está tentando dar em cima de mim, é melhor tirar o cavalinho da chuva.
—Por quê?— ela estufa o peito, ficando perigosamente mais perto de mim.— Não tenho nada contra héteros, tenho até amigos que são.— ela sorri, se aproximando um pouco mais.
—L-legal.— falo nervosa, tentando virar o copo de vinho de uma vez, porém, desastrada do pior jeito, acabo derrubando nela. Também, quem mandou ficar quase colada comigo?— Ai, meu Deus. Desculpa, sério mesmo, não f-foi intencional!
—Não. Tudo bem.— ela fala, pedindo um guardanapo para limpar os seios, que era exatamente aonde tinha sujado, e, provavelmente, ficaria melado.
Minha mente viajou naquela cena. Qual era o gosto de peitos? Será que era bom? E melados de vinho, sendo consideravelmente redondos, deve ser melhor ainda, não? Aquela cena aguçava meus sentidos que eu nem imaginava que sentia, me fazendo ter vontade de chupá-los até limpá-los. Foi, então, que perguntei se eu poderia limpar.
—Você não era hétero, ?— pergunta, ainda se limpando.
—Mas foi estrago meu, nada mais justo eu limpar, não?— desvio o olhar, porque, se eu ficasse mais dois segundos olhando para aquilo, minha heterossexualidade ia para o saco.
—Fique a vontade, pode limpar como quiser.— ela me dá o papel, entretanto, logo o puxa de volta.— Não prefere no banheiro? Sabe, se eu não consigo, você é que não vai conseguir.
Murmuro um "ok", seguindo-a pela multidão de pessoas até o banheiro feminino. Pensando por um lado, ser lésbica deve ter suas vantagens, e, uma delas, deve ser poder transar em qualquer banheiro. Quando chegamos, ela logo subiu na pia, pegando um rolo de papel higiênico e dando em minhas mãos.
—Vamos ver se você sabe usar as mãos.— fala em um tom malicioso, logo tirando a camiseta que usava, deixando a mostra o sutiã.— Se quiser, pode tirar o sutiã também.
Me posicionei entre suas pernas, ficando nitidamente envergonhada com aquilo. O que as outras mulheres pensariam ao ver aquela cena? Provavelmente, não seria nada puro. Eu passava o papel por entre seus seios, tentando limpar o melado que ficou ali, porém o que eu queria mesmo passar era a boca, já que eu não podia, tinha que ficar na vontade mesmo. Ela observava tudo com um sorriso malicioso, como se estivesse me desafiando a continuar ali sem a atacar. A porta do banheiro se abre, mostrando duas amigas desesperada para usar o banheiro, e logo responde:
—Ah, não se preocupem. Ela é hétero, e aposto que não quer fazer mais que isso, não é, ?— ela fala, fazendo as amigas rirem.
—, você não tem jeito, mesmo.— uma delas comenta.
Joguei o papel no lixo, sentando ao lado dela, nem um pouco afim de ouvir aquela conversa, que envolvia a vida sexual ativa de . Cruzei os braços, ficando emburrada por estar de velas entre elas, logo após saber que as duas viviam se pegando pelos cantos. A outra amiga só ria, não interessada naquele assunto promíscuo. Demorou um tempo para elas se despedirem, só então voltou a me dar atenção.
—O que foi que você tá emburrada, hétero?— questiona, rindo debochadamente.
—Para de me chamar de hétero, !
—Mas foi isso que você frisou há um tempo, ou eu ouvi errado?— desce da pia, ficando entre minhas pernas.
—Como eu vou saber se sou hétero, se eu nunca fiquei com uma mulher antes?— acho que isso foi a palavra-chave para dar mais uma ponta de segurança para ela, que laçou minha cintura, sorrindo lindamente.
—Não vai me dizer que é por falta de oportunidade...
—É melhor a gente sair daqui, aposto que a Bey tá me procurando.— a empurro, descendo da pia, e correndo para fora do banheiro, podendo, finalmente, respirar.
Andei vagarosamente até Bey, que estava no maior love com o namorado. Assim que cheguei mais perto, ela tratou de me dar o lugar naquele sofá, me cumprimentando com um sorriso amigável.
—O que é isso, menina? Parece que foi atacada.
—E fui.— respiro fundo, e peço para que Jay, seu namorado, nos deixe a sós, para, finalmente, poder contar tudo o que havia acontecido. Logo após contar tudo o que havia me causado, foi a vez de Bey perguntar.
—E qual o problema de ficar com ela? Pelo o que me contou, ela está nitidamente dando em cima de você. Agora, é só você corresponder, e pronto.
—E pronto? Você acha que fazer sexo com uma mulher é fácil?
—O seu problema é o sexo? Só isso?— ela fala, como se não fosse significante.— Ela sabe que você não tem nem ideia do que está prestes a fazer, com certeza, te entenderá.— ela se vira para o pequeno corpo que me observava, novamente, de longe.— É ela, não é?
—Como você sabe? Aliás, como tudo mundo sabe que é ela?
—Sua cara de tonta olhando para ela é inegável, queridinha.— Bey diz, dando uma risada gostosa.— Agora, se puder ir lá falar com ela, e deixar minhas preliminares continuar, eu agradeço imensamente.— dou uma leve risada, chamando Jay para sentar-se com Bey, e seguindo para a mesa aonde me esperava.
—Quem é vivo, sempre volta.— ela dá de ombros, bebericando sua bebida transparente.
—Conseguiu se limpar?— tento perguntar indiferente, porém algo me fazia ficar extremamente envergonhada em estar com ela novamente.
—Não fica vermelhinha assim, .— ela fala, após fazer um barulho fofo com a boca, apertando minha bochecha. Por que eu tinha voltado, mesmo?— Ainda 'tá bem sujo, mas bem melhor que antes.
Depois disso, um silêncio assustador pairou no ar. Eu não sabia o que falar para quebrá-lo, e ela não parecia fazer muita questão, também. Foi quando, por coincidência do destino, me peguei a olhando, vendo que, distraída, ela conseguia ficar ainda mais atraente. Sua boca estava aberta em um fio, apenas para o vento sair e entrar, e, hora ou outra, bebericava sua bebida. Sua maquiagem estava um pouco borrada, pelo o pouco que eu via pela luz fraca, e sua roupa amarrotada, provavelmente consequência de dar uns amassos em alguém. Após longos minutos em silêncio, a vi pagar a conta, pegar suas coisas da mesa, e, finalmente, quebrar o silêncio:
—Acho que 'tá na hora de ir.— fala triste, mas, logo, põe um sorriso no rosto.— Se você quiser vir comigo, e não tiver mais nada para fazer hoje, será bem-vinda.
—Só vou avisar minha amiga.— disse, após ponderar um pouco, dando de ombros.
Novamente, o silêncio se fez presente, e, a única diferença, era que estávamos no meu carro. estava atenta na estrada, sabendo que sua casa era em outro bairro, quase no fim da cidade. De fez em quando, a gente se atrevia a se olhar, e ela sempre dava um sorriso galanteador, o que deixava meu coração mais aquecido. Era bem diferente sentir isso com uma mulher, tinha todo aquele lance de proibido, de ser uma vagina, e de eu me sentir uma virgem perto dela. Quando aceitei levar ela até sua casa, eu sabia o que iria acontecer; ela me convidaria para entrar, e depois daria um jeito de transar comigo. Quem era eu para julgá-la, não é, mesmo? Afinal, eu também queria, que mau tinha.
—Vou buscar uma roupa descente, pode ficar a vontade.— ela diz, subindo as grandes escadas de sua mansão.
Eu realmente não sabia como ela era tão rica, apesar de não parecer tão patricinha a esse ponto. A escada, perfeitamente branca, estava tão limpa que ardia meus olhos. Enfim, a casa era enorme, e eu estava ansiosa para ver o andar de cima e o resto dos cômodos.
Fiquei mais de cinco minutos a esperando voltar, o que, para mim, já era demais. Eu não tolerava atrasos. Tentei segui-la subindo as escadas, mas, mais rápido do que subi, me perdi. Tinha vários quartos no corredor, e nenhum tinha rastros dela. Apenas uma luz fraca vinha de dentro do maior cômodo de lá, talvez, a denunciando. Segui a luz, parando em um quarto extremamente grande, e vendo uma de calcinha e sutiã, totalmente distraída com alguma coisa no celular.
—Agora deu de invadir o quarto alheio, hétero?— perguntou divertida, ainda com o celular em mãos, como se não preocupasse a falta de roupa.
—Você estava demorando demais e eu...— perdi a fala.
, imediatamente, lançou o caro iPhone 7 dela longe. Ficou de joelhos na cama, deixando sua lingerie ainda mais amostra. O cabelo estava jogado de lado, os lábios presos entre os dentes, e sua mão passeava entre o próprio corpo. Quando, em um ato de sedução, ela me chama com os dedos, e eu, automaticamente, a obedeço, me aproximando.
O quarto era pequeno, a cama estava bagunçada, a luz era muito baixa. continuava perto demais, com os seios quase colados ao meu, com aquela roupa que realçava seu corpo, consequentemente fazendo eu a desejar. Os lábios dela estava com uma pequena brecha para o ar entrar, suas mãos ainda estavam passeando pelo próprio corpo, e eu me senti na obrigação de fazer a pergunta:
—O que você quer fazer?- suas íris pareciam ler a minha alma, como se soubesse que eu realmente queria estar ali.
—Isso não é errado, .- ela fala baixo.
—E-eu não falei que era.
—Mas pensou. Eu sei que pensou, todo mundo pensa, entretanto, sua curiosidade sempre fala mais alto...
—Minha curiosidade não fala mais...
—Se não falasse, você já tinha ido embora há muitos minutos atrás.— ela fala, passando a língua entre os lábios.— Vem, . Deixa eu te dar o que nenhum homem te deu antes...
Cansada daquela provocação, e da leve ardência na minha intimidade, joguei meus lábios contra o dela, e ela não recusou. Nossas línguas faziam um carinho leve, enquanto minhas mãos iam curiosamente até os seios de minha parceira e os aperta firmemente. Não posso falar que sou a pessoa mais lésbica desse mundo, porém com certeza eu era a pessoa com mais tesão pelo corpo feminino, desde minha adolescência. Separei o beijo por falta de ar, e, enquanto eu me recuperava, dava leves beijinhos no meu pescoço. Ela me vira na cama, me colocando embaixo dela, e continua o carinho sexual. Não sabia ideia do que ela faria comigo essa noite, mas o importante na minha vida era gozar, e ela parecia ter muitas capacidades disso. puxa meu top cropped pra cima, liberando meus seios para fora. Seus olhos denunciam sua satifação pela visão que tinha, e ela se abaixa vagarosamente, para poder dar um beijinho sigiloso. Consequentemente, seu batom fica perfeitamente marcado entre eles, fazendo-a dar um sorriso malicioso.
—Quero esse batom marcado em outras partes, ouviu, gata?— eu falo alto, provocando-a.
Quem me conhece sabe que eu não sou mulher de ficar quieta, de não fazer um escarcel quando estou sendo satisfeita sexualmente. Quando eu transo com homens, costumo ficar por cima, para mostrar controle. Agora, eu tinha medo de não satisfazê-la ficando por cima, então resolvi deixar ela brilhar um pouco.
Ela aperta fortemente meus peitos, e, sem mais cerimônias, chupa o bico do esquerdo. Sua boca era quente, sua língua era macia, parecia que uma massagem muito gostosa, bem diferente do que os manos faziam. O gemido foi inevitável, pareceu sair um pouco dolorido demais, pois seu olhar de lúxuria pareceu me queimar. Se aproximou mais uma vez, agora retirando a mão, e colocando-o inteiro na boca. Meus seios sempre foram exageradamente grandes, e, por mais que incomodasse um pouco, eles me faziam me sentir poderosa quanto aos homens, é aquela de homem fazer tudo por um belo par de seios. Por mais grande que ele era, ela conseguiu engoli-los quase por inteiro, parecendo que poderia os arrancar à qualquer momento. No mesmo tempo que doia (pela agressividade de suas mordidas), me trazia um sentimento bom, um sentimento como se ela fosse só minha, e que, com ela, não precisaria de mais ninguém. Ela o suga, puxando a cabeça para cima, até que que eu o puxo para baixo novamente. Olho para minha preciosidade e vejo uma grande marca roxa ali, fazendo-me ficar assustada com a habilidade da moça:
—Como diria Christian Grey: Eu não faço amor...
—Eu fodo com força.— completei, soltando um gemido satisfeito no final. Ela afirma com a cabeça, sorrindo.
—Finalmente vou poder dar a devida atenção para cá.— ela fala, passando a mão levemente por cima de minha intimidade, me fazendo fechar um pouco a perna.— Ah, , se você soubesse o quanto eu me toquei pensando em você...
—Eu também...— falo um pouco mais baixo, me lembrando do que Bey me disse na balada.
Ela me dá um selinho demorado, descendo meu short com dificuldade. Quando consegue, quebra o beijo, e faz uma trilha de carinhos com a mão até minha virilha. Lá, ela deposita um selinho gostoso, deixando a marca do resto do batom rosa que usava. Usa o polegar para estimular meu clitóris, ao mesmo tempo que se auto estimulava. Seu dedo ia vagarosamente, parecendo estar com medo de me machucar com as unhas enormes e bem pintadas, e meus gemidos eram baixos, quase inaudíveis.
—Se eu colocar meu dedo vou te te machucar, com certeza.— ela fala ao pé de meu ouvido.
—Eu esperei tanto por isso pra você me falar...— não deu tempo de terminar a frase, porque coloca lentamente o indicador para dentro de minha vagina, causando uma sensação tão maravilhosa quanto se fosse um pênis, isso que era ´so um dedo.
—Porra, Onika, tu é apertada.— ela geme.
—É, mana. E eu sei que você gosta!— falo sedutoramente, puxando a cabeça para me beijar.
Eu sentia minha intimidade arder a cada movimento da mão dela, porém vi que tinha um lado bom: assim como todo o resto do corpo, ela se encaixou perfeitamente lá. Desde que falei com ela pela primeira vez, parecia que a gente se encaixava, e que ela não media esforços para continuar comigo, mesmo que como amiga. exalava sensualidade, qualquer movimento dela era atrativo para homens e mulheres, seu corpo era perfeitamente moldado, com curvas maravilhosas, e não podemos esquecer do caráter dessa menina. Não parecia ser do tipo que implorava para ter um namorado, nada disso, ela era independente, fazia o próprio dinheiro, e o resto era dispensável. A gente se parecia um pouco.
usa a mão livre para arranhar minha barriga, ficando totalmente ereta na minha frente. Ela estava subindo a regata que usava, até eu a interromper:
—O que você tá fazendo?— me apoiei nos cotovelos.
—Tirando a roupa?!— olhou de um lado para o outro, tentando encontrar o problema.
O.k , você consegue!
Derrubei-a no colchão macio, ficando por cima e apertando leve e novamente seus seios. Não eram pequenos, mas não eram exagerados, digamos que era só um pouquinho menor que o meu. Chupei seu pescoço com vontade, na intenção de deixar marcas, enquanto via ela se derreter embaixo de mim, soltando leves gemidos. Nunca na minha vida eu ouvi um barulho tão sexy vindo de uma mulher. Depois de ver meu feito no local, segui com os beijos para seus seios, fazendo a mesma coisa que ela fez comigo. Eu tentava ser delicada, e não parecer estar tentando a devorar, porém isso não pareceu a agradar:
—...—ela para meus movimentos com sua voz doce.— Chupa direito! Gosto que me machuquem.— sorrimos maliciosa.
Recomeço, agora com menos receo. Eu chupava, mordia, e até lambia. A boca em um, a mão em outro. Estava me empenhando ao máximo para dar um pingo do prazer que ela me dera, e parecia funcionar. Segui meu caminho até sua vagina, descendo seu short de malha junto com a calcinha. Não era rosinha, como a maioria dos meus amigos apostavam, se fosse na internet a chamariam de "trakinas de morango". Os lábios eram um pouco carnudos, os clitóris latejava, e a entrada parecia nunca ter sido usada. Isso me fez perguntar:
—Você é virgem?
—Não, mas faz um bom tempo que não entra um pênis ai, então vai ser estreito mesmo.— a olhei estranho, aquilo era experiência própria?— É, experiência própria, e minha mãe é sexóloga e me explica essas paradas.
Não esperei que ela concluísse a frase e dei uma leve lambida no clitóris. Não tinha um gosto específico, mas era bom. Suas unhas cravaram no lençol da cama, arqueoou as costas, jogou a cabeça para trás, e soltou um gemido alto, pedindo por mais. Atendendo seu pedido, formo um bico no clitóris, dando leves sugadas. Minha mão, criando vida própria, brincava com suas duas entradas, e ela parecia gostar daquilo. Eu alternava entre sugar e lamber, vezes rápido, vezes lento, e ficamos uns dez minutos assim, e eu não queria sair. Senti sua intimidade se fechar, vi ela se contorcer na cama, soltando um gemido tão alto que os vizinhos iriam ouvir. Finalmente, o orgasmo dela chega, me sujando toda. Me afastei para poder ver melhor e, meu Deus, aquilo parecia cena de filme pornô lésbico. Ela recuperava a respiração, esperei sentada ao seu lado, acariciando sua coxa.
—?— ela fala em um sopro, ainda ofegante.— Faz aquele negócio lá...
—Qual negócio?— pergunto, mesmo sabendo do que se tratava.
—Aquele...— neguei com a cabeça, fazendo uma expressão confusa.— Porra, . Cola a buceta na minha, antes que eu perca a paciência e comece a usar meus objetos BDSM com você!
Diante de sua agressividade, apenas obedeço sua ordem. Passo apenas uma perna por sua da dela, e finalmente colo nossas bucetas (como ela mesmo disse). Uma corrente de prazer passa pelo meu corpo, me fazendo tremer um pouquinho e soltar um gemido. força seu quadril contra o meu, causando a mesma sensação de antes, e aproveita para dar uma rebolada. Vendo que ali eu era uma inútil por cima, deixei que ela comandasse. Ela rebolava em todas as direções, deliciosamente lento no começo. Deitada, eu tinha uma visão previlegiada de seu rosto dando indícios do quão estava gostando daquilo, não conseguia me segurar de morder o próprio lábio. Talvez por extinto, minha mão segurava firmemente em sua bunda, e eu a ajudava. Passamos um tempo assim, até o meu corpo reagir mais intensamente àqueles movimentos, mostrando que eu estava prestes à gozar. No ápice do prazer, eu forcei meu quadril contra ela, sentindo meu gozo descer entre a entrada de minha vagina. Não demorou muito para ela se satisfazer também.
—Isso foi incrível.— ela fala, se deitando ao meu lado.
—Eu sei. 'Tô latejando até agora, .— me viro de lado, acariciando o rosto de anjo de minha parceira.
—Você vai dormir aqui?— não necessitava usar um tom de voz alto, estávamos muito perto.
—Não acha que vou deixar minha garota escapar agora, não é?
Deixei alguns segundos se passarem, meus pensamentos fluíam na transa que tivemos, e a dúvida falou mais alto:
—E agora?
—E agora, o quê?— ela pergunta, se sentando na cama, ainda nua.
—O que fazemos? Quer dizer, não sou lésbica, nem bissexual.— bufei.— Eu não sei o que eu sou...
—Eu também não...—ela coça a nuca.— Eu parei de me importar com os rótulos um pouco, isso fez bem para mim. Deveria tentar.— ela sorri.
Eu não era mulher de cair nos encantos baratos de outro homem. Não havia sorriso, abdomen trincado, ou qualquer outro atributo, que conseguisse me conquistar de primeira. Com ela foi diferente. Digamos que o jeito como ela costumava me tratar, como se eu não fosse uma rapper famosa mundialmente, o jeito de conversar, de expôr e ouvir opiniões, de passar conhecimento, e até de falar difícil, fez com que eu me agarrase a ela, de modo que nenhum guindaste conseguisse desgrudar. Eu sei que o mundo não aceitaria isso, afinal, uma homossexual no meio mais machista da música nunca seria bem aceito. Todavia, ela estava ali, e com certeza me apoiaria.
—Nós estamos namorando, então?
—Isso é um pedido, ?— pergunta, se deitando novamente.
—A gente acabou de se conhecer...
—Você acabou de me conhecer. Já disse que era sua fã desde o primeiro hit que lançou!
—Acho legal que não me trate como uma diva do rap em todo lugar.— dou um sorriso em sua direção.
—Vamos dizer que eu dou uma chance para a pessoa normal de trinta e três anos ser minha... amiga?
Amiga. Essa ideia não parecia ser agradável para o meu lado emocional. Com certeza, eu falarei com Bey sobre isso, talvez os anos de experiência extra-curricular dela me ajude à conquistar aquela mulher que, ao mesmo tempo que parecia indefesa, era tão independente.
Deixando todos os pensamentos um tanto quanto perversos, puxei-a para mais perto, a fazendo deitar sobre meus seios. Não sei quando tempo ficamos ali, nem quantos assuntos diferentes conversamos, era uma sensação tão boa e eu queria que aquilo nunca acabasse, acabei pegando no sono, enquanto a escutava dizer como o dia dela havia sido.
A luz que entrava pela janela incomodava minhas têmporas, culpas das janelas que estavam abertas. Ainda grogue de sono, tateei a cama a procura de outro corpo feminino, e não senti nada. Abri os olhos mais um pouco, a fim de ver se tinha alguém no banheiro, e nenhum som vinha do outro cômodo, constatando que eu estava sozinha no quarto dela. Pensamentos, mais precisamente lembranças, atacaram minha mente, fazendo-me sentir como se a noite anterior tivesse sido a melhor de toda minha vida, e realmente foi. era realmente boa naquilo, e eu não me cansaria de repetir.
Me levantei, deixando a preguiça de lado, e segui para o banheiro. Peguei uma escova de dentes fechada no armário, a pasta de dente que estava apoiada na pia, e escovei meus dentes. Depois, penteei meus cabelos com uma escova de cabelos que havia ali, também aproveitando para procurar minhas roupas, porém não as achei, dando de ombros. Desci as longas escadas, procurando pela cozinha. Sua mansão era enorme, quase do tamanho da minha. Havia três quartos normais, e dois de hóspedes, no terceiro andar, quatro banheiros, um para cada andar e o de seu quarto, uma piscina enorme, lugar para churrascos, duas salas de jogos, uma de estar, e a de jantar, e a cozinha que parecia ser o maior cômodo da casa. Tudo era extravagante na maneira certa, sem parecer muito esnobe.
—Está perdida, senhorita?— uma voz atrapalha meu racicínio, em um tom de divertimento.
terminava de servir a mesa com um pijama apertado com tons roxo claro, deixando seu maravilhoso corpo a amostra. Seus cabelos estavam soltos, seu rosto limpo de maquiagem (o que não mudava exatamente nada, já que era uma mulher linda, como eu já disse), e, no pescoço, apenas um colar com a arma do Kratos.
—Eu coloquei sua roupa pra lavar, isso às sete da manhã. Agora, já deve estar até seca.— ela fala, terminando de servir o café em duas xícaras. Atordoada, começo a procurar um relógio para ver as horas.— Meio dia e quarenta.— responde, sentando-se, finalmente, para comer.
Aquele fora o café da manhã mais longo que eu já tivera. não abria a boca para nada, a não ser para comer, e eu não estava muito diferente. Afinal, o que eu falaria para ela? Com certeza, ela já teve muitos elogios em questão de sexo, de aparência, e até do sorriso tímido, eu sabia disso.
Então, era assim que terminava? Cada uma pra um lado, deixando apenas a vaga lembrança de sexo, e acabou. Como eu já disse, não queria que acabasse assim. Porra, , vamos lá. Abre a boca, fala alguma coisa, essa boca não é só pra beijar, não. Faz uma piadinha ridiculamente inteligente, ou ridiculamente engraçada. Me mostra sua coleção de calcinhas, sutiãs, gatos, o que seja. Não deixa acabar, não deixa a gente morrer. Vem aqui, me dá um selinho, age como se fóssemos namoradas. Faz alguma coisa.
—É assim que acaba?— pergunto, tomando coragem para pôr meus pensamentos em palavras.
—Que acaba o que?— confusa, ela franze a testa.
—Isso que tivemos. Você 'tá ligada, não é possível não estar.— indignada, levanto-me, aproximando nossos rostos, deixando nossas bocas quase coladas.— Não deixa acabar, não deixa a gente morrer, .
—Nunca teve a gente, Onika.— ela se afasta, colocando o prato na pia.— Não vai me dizer que está apaixonada depois de uma noite, não é?
—Então, por que ficou na cama, depois de já ter acabado tudo? Por que fez o meu café da manhã? Por que você é tão...
—Eu fiz por consideração, agora você já pode ir para a sua casa, sem problema algum.
—Não... Na época que eu namorava o Meek, eu fiz a mesma coisa. Acordei cedo, coloquei a roupa dele para lavar, e fiz o café dele, agindo como se fossemos namorados, porque, no fundo, eu queria aquilo.
—E o que você entende de mulher, ?— ela toma um gole de água, aparentemente nervosa.
—Nada. A questão é o que eu entendo de pessoas apaixonadas, independente da genitália.
E, pela primeira vez desde que a conheci, a vi ficar sem resposta, mais branca que o chão de sua casa. Olhava de um lado para o outro, buscando um refúgio, ou talvez uma resposta, mas nada parecia vir em sua mente. Quando, em um ato inesperado, ela olha dentro de meus olhos, profundamente. Nós eramos do mesmo tamanho, apesar de que, com o salto que eu usava, eu parecia um pouco mais alta. Sem esperar mais nenhum segundo, ela ataca meus lábios, numa mistura de amor, desejo, e receo. Ela estava se privando de algo, com medo do que poderia acontecer, e logo a resposta daquilo veio na minha mente. Parei o beijo, colocando-a sentada ao lado da pia, ficando entre suas pernas.
—Minha heterossexualidade te atrapalha em algo?— eu a olhava fixamente, vendo se seu olhar vacilaria.
—Você é hétero, eu sou lésbica. Não podemos levar isso a frente...— ela falou, porém pareceu se arrepender.— E também tem o seu sucesso global, que seria totalmente arruinado após ser flagrada aos beijos com uma mulher misteriosa.
—Você está realmente se importando com o que as pessoas acham? Logo você, Andrade, a decidida? Acredite, amor, se me aceitaram com o idiota do Meek, com certeza eles me aceitaram com você. E, outra, o que eles têm a ver com isso? Minhas contas estão em dia.— dei de ombros.
—Olha...— ela me dá um rápido selinho.— Eu não vou me responsabilizar por carreiras arruinadas, ouviu, mocinha?
Havia mais de seis meses que eu visitava todos os finais de semanas, e até os dias de semanas se eu pudesse. Na minha tour, eu a levava junto, sempre a apresentando como amiga. Os jornalistas, fãs, e até meus empresários perguntavam se era apenas aquilo mesmo, e eu era obrigada a dizer que sim. Vendo por um lado, era bom; o que ninguém sabe, ninguém estraga. Todavia, nos últimos dias, resolvemos dar um passo a mais em nossa pequena relação. Publicávamos várias referência que não éramos apenas grandes amigas, e nem grandes namoradas, se bem que já estávamos quase namorando, só faltava pedir, o que me apavorava. Quando você é uma mulher hétero, sempre, quem pede o namoro é o homem, certo? Certo. Agora, e quando você é lésbica, quem pede o que? Conversei com Beyoncé sobre isso, e ela me disse que, se realmente quiser, irá pedir, já que a mesma era uma mulher de atitude. O real problema era: ela realmente queria? Pois, não sei dela, eu já estava bastante envolvida naquilo tudo, até meus fãs estavam. Percebi que toda quinta-feira meus fãs subiam uma tag com o nome shippado, para compartilharem fotos, vídeos, e suspeitas de que estávamos realmente juntas. , maravilhada, dizia que eles aceitariam aquilo numa boa, e que parecia que um passo já estava dado. Dado para que? Não sei, só espero que seja para melhor.
Hoje, viria na minha casa, disse que tinha uma surpresa para mim. Marcamos dela chegar às oito e meia, já que o ensaio acabaria às sete e meia, e daria tempo para eu me arrumar. Coloquei uma regata vermelha, um short de malha da Nike, e, por baixo, lingeries rosas, da sua cor preferida, e me sentei no sofá para esperá-la. Exatamente oito e meia a campainha tocou, anunciando sua chegada, e logo me levantei para atender. Ela usava um vestido florado, em que a cor roxa era predominante, e, nos pés, uma sandália azul-marinho, e carregava algumas sacolas.
—Boa noite, senhorita .— ela sorri, me dando um selinho rápido. E, só então, percebo que uma das sacolas era conhecida; era vermelha-escuro, com um conjunto de lingerie preta e rendada, com o logo do melhor sex shop do estado.
—!— devolvi o selinho.— O que é isso?— perguntei sobre as sacolas, ela deu de ombros.
—Fiz algumas comprinhas para nós, espero que não se importe. Posso entrar?— dou espaço para a moça entrar, logo, a vejo colocando as sacolas sobre o sofá, me olhando curiosamente.— E você, não vai entrar?
—Comprou o que?— me sento ao seu lado.
—Umas coisas.— deu de ombros, novamente.— Podemos conversar?
—Sobre o que?
—Sobre nós, você sabe.— ela passava as unhas sobre o braço, deixando-os levemente vermelhos, em um sinal de nervosismo.— Eu não tenho certeza se você vai aceitar, mas o importante é pedir, eu acho. É que...— ela respirou fundo.— A gente fica há um bom tempo, e acho que já é tempo o suficiente pra gente dar um passo a frente com isso, e até seus fãs apoiam isso.— ela abre a sacola, pega uma caixinha vermelha, a abre, e mostra o anel com um pequeno diamante.— É... Você aceita namorar comigo? Tudo bem se não aceitar, nós continuamos só ficando se não aceitar.
Todos os momentos que passamos juntas passou pela minha cabeça. Os shows, as fotos, as tags no twitter, até as vezes que transamos e, por incrível que pareça, eu nunca senti falta de um pênis com ela. Eu não sabia exatamente o que eu responderia, não era isso que eu queria? Então, deveria ser fácil, porém, não era. Parece que tudo o que eu tinha conversado com Beyoncé havia evaporado, sem significância. Ok, , é só aceitar, não é?
—, eu não sei...
—Ah, isso é um não?— ela abaixa o olhar, visivelmente decepcionada, triste.
—Eu não sei o que é isso, para falar a verdade. É só, sei lá, eu 'tô muito confusa.— dei de ombros, exatamente como ela fez quando chegou.— Nós podemos tentar.
—Então, isso é um sim?— ela fala, sorrindo maliciosa. Se aproximou, me obrigando a deitar no sofá.
—Sim.— sorri, dando-a um selinho, que logo ela o aprofundou à um beijo.
—Caralho, a gente 'tá namorando. Isso é muito surreal.— ela se distancia, abrindo a sacola do sex shop, tirando de lá um vibrador preto, de, aproximadamente, 25 CM.— Comprei isso em honra à sua heterossexualidade. Espero que goste.