Postada: 30/09/2017
01 de setembro de 2021
Comunicado urgente das forças armadas dos Estados Unidos da América
Devido às crescentes ameaças de sucessores da al-Qaeda de um novo ataque em 11 de setembro, estamos convocando em caráter de emergência.
Contamos com você para servir ao seu país e ser motivo de honra e de orgulho...
A carta continuava, mas não teve tempo de ler até o final, pois dois soldados do exército batiam insistentemente em sua porta. Com pouquíssimo tempo para juntar apenas o essencial, ele não teve nem mesmo a chance de se despedir de familiares, amigos e de , que o assistiu ser levado com vários outros alunos da Universidade de Nova Iorque.
7 meses atrás
- Não, ! - reclamou sendo puxada pela irmã mais nova para o quarto. - Eu já disse que não vou nessa festa. Não tem nada a ver comigo. - soltou a irmã na cama.
- É uma festa universitária, é sério que esse é seu argumento? - abriu a boca para rebater, porém a irmã foi mais rápida. - Sim, é o pessoal da música que está organizando, mas a festa é aberta, fim de papo.
Sabendo que não conseguiria se livrar de , foi para o banheiro tomar um banho. Apostava que teria uma roupa escolhida assim que saísse; além de sapatos e provavelmente brincos. era aluna de musicoterapia e juntamente com os alunos do curso de música eles tinham organizado uma festa para arrecadar dinheiro para um projeto social que eles mesmos tinham desenvolvido. Um projeto que integrava crianças carentes de outros países e a música.
era aluna de psicologia e, ao contrário da maioria dos universitários, ela fugia de festas e eventos considerados por ela como perda de tempo e de dignidade. Em partes ela não queria ir por saber que Emma era popular e que ela provavelmente ficaria deslocada e sozinha, outra parte, no entanto, queria prestigiar a irmã pelo trabalho em organizar o evento.
Cerca de uma hora depois elas despediram dos pais e seguiram para o local da festa. tinha acertado, havia escolhido para ela um short-saia preto e uma blusa branca de alças e sapatilhas também pretas. A maquiagem era bem leve e os cabelos estavam ondulados como eram naturalmente.
Uma quadra antes do local da festa já haviam muitos carros estacionados dos dois lados da rua, não gostava de bêbados e o medo de encontrar seu carro batido a fez pagar o estacionamento. O lugar realmente já estava cheio de alunos e conhecia praticamente todos, mesmo que alguns só de vista. Ela fazia questão de cumprimentar ou acenar e apresentou mais vezes do que a mesma julgava necessário.
Conhecendo a mais velha, levou uma batida de frutas sem álcool para ela e seguiu com sua margarita para frente de um palco onde uma banda formada por próprios alunos se preparava para apresentar. continuou em um canto e foi surpreendida pelas músicas que a agradaram bastante. Ela estava se divertindo à maneira dela afinal de contas. Os quatro rapazes teriam futuro se dependesse dela e ela riu com o pensamento, já que num curso de música todos deveriam ser muito bons instrumentistas e cantores.
A banda saiu do palco e o DJ voltou a assumir, já tinha perdido a companhia de vista há um tempo. Sorriu sozinha imaginando que deveria estar com algum garoto, pois se fosse com as amigas elas estariam juntas. Esse pensamento não durou muito, pois sentiu o olhar de uma figura masculina sobre ela e o encarou de volta apenas para ter a certeza de que não o conhecia. Ele, por sua vez, entendeu aquilo como um sinal e caminhou até ela com uma garrafa de cerveja na mão.
- Com tanta gente aqui você vai ficar nesse canto a festa toda? - ele sorriu e achou que aquele era um belo sorriso.
- Não é bem o meu tipo de coisa. - ela deu de ombros e sorriu de canto.
- Não gosta de festa? - uma feição surpresa tomou conta do rosto dele quando ela afirmou com a cabeça. - Olha, posso estar enganado, mas tive a impressão de que você estava curtindo nosso som.
Só então reparou nas roupas que ele usava e se lembrou de que ele era o rapaz tocando guitarra mais cedo. E o fato de que ele tinha reparado nela de lá a fez olhar para baixo levemente envergonhada.
- Certo, você me pegou. Eu gostei da banda. - ela voltou a sorrir. - Você toca bem… - ele entendeu que ela gostaria de saber o nome dele.
- . - ele estendeu a mão para cumprimentá-la. - Obrigado.
- . - ela correspondeu ao cumprimento. - Não há de que.
- Bom, eu realmente nunca te vi por aqui antes, você não é da música.
- Sou da psicologia. Minha irmã que me arrastou até aqui. - fez uma careta e no instante seguinte apareceu passando um braço pelo pescoço de .
- Dando em cima da minha irmã, ? - ela tentou fazer uma cara ameaçadora, mas o álcool falou mais alto e ela riu.
- Nós só estamos conversando, . - respondeu antes que tivesse a chance.
- Ela faz psicologia, sabia? - os dois riram notando que ela já estava sob os efeitos do álcool. - Mas ela canta, tem uma voz tão linda, você adoraria ouvir, .
- ! - chamou alto na tentativa de fazê-la calar.
- Ela deveria ter feito música. - a garota continuou como se não tivesse sido interrompida.
- , pode aproveitar a festa, tenho uma companhia agora. - ela aproveitou para provocar a irmã, que rolou os olhos e saiu tão rapidamente quanto havia chegado.
- Irmã da , quem diria. - não conseguia definir ao certo o que ele queria dizer com aquilo. - Canta e não gosta de festa. - os dois riram juntos.
A conversa fluiu tranquilamente e, diferente do que ela esperava, ele não tentou beijá-la. se tornava cada vez mais interessante e sem perceber ela tinha aceitado encontrá-lo no parque para um piquenique com a turma dele no dia seguinte. Ela deveria agradecer a por tê-la tirado de casa.
No dia seguinte, foi para o parque no horário e local indicados por numa mensagem, o que a pegou de surpresa foi perceber que não havia nenhuma turma ali, apenas ele e as coisas de piquenique. Ela tinha caído no papo de um cara depois de tanto tempo, no entanto sua reação foi sorrir. A tarde ao lado dele foi extremamente agradável, se sentia diferente na companhia dele e, embora não quisesse admitir, ela não queria que a hora de ir para casa chegasse.
não tinha se esquecido da informação valiosa fornecida por na noite anterior e entre as conversas, risos e comida, ele tirou o violão da capa e tocou algumas músicas. Quanto mais ele queria ouvir a voz dela, mais ela fechava os olhos e apreciava a voz dele. Na banda ele não cantava, pelo menos não era a voz principal e ali, deitada e de olhos fechados, ela deixava qualquer preocupação sobre relacionamentos a quilômetros de distância.
- Sua vez. - ele entregou a cutucou e, quando ela sentou, ele colocou o violão no colo dela.
- De onde tirou que eu toco? - ela tinha certeza que essa informação não havia sido mencionada.
- Sua irmã. - ele disse simplesmente, esperando que ela tocasse alguma coisa.
- Que fofoqueira! - reclamou segurando o violão, sem ter ideia do que tocar.
- Ela inclusive disse que você adora tocar músicas do Coldplay e eu adoro Yellow. - disse como quem não quer nada e cerrou os olhos na direção dele.
Ela sabia aquela de cor, era uma de suas preferidas da banda. Começou os primeiros acordes da música e fechou os olhos antes de começar a cantar. Ela nunca gostou de público ou platéia, a música para ela era um hobbie e por isso quase ninguém sabia daquele talento.
teria visto de queixo caído se tivesse aberto os olhos em algum momento. Ele não esperava nada daquilo. Apesar de suave e delicada, a voz dela conseguia emitir sentimento como ele não via há muito tempo. A quem ele queria enganar? Ele estava a cada segundo mais interessado nela e naquele momento ele queria beijá-la. Ele se aproximou e quando ela terminou a música e abriu os olhos, se surpreendeu com a intensidade com que ele a olhava, então eles se beijaram pela primeira vez.
Beijos e mais beijos, encontros e mais encontros. Dois meses depois eles estavam oficialmente namorando.
11 de setembro de 2021
Como esperado após tantas ameaças, um ataque terrorista ocorreu na cidade de Washington, bombas explodiram em estações de metrô e na Casa Branca. A al-Qaeda assumiu rapidamente a autoria dos atentados. O número de feridos e mortos aumentava exponencialmente, famílias desfalcadas e desesperadas e a guerra estava declarada. Esse era o único assunto em todos os canais de televisão, e na internet. O pânico voltava a tomar conta do país 20 anos depois. e eram pequenas quando o atentado às Torres Gêmeas aconteceu, mesmo assim elas tinham lembranças de como foram os dias que se seguiram na escola e como o país todo parecia ter se tornado triste de um minuto para outro.
- Desliga isso aí. - reclamou com a irmã mais velha.
- Eu preciso ter uma notícia, . - se sentia angustiada desde que havia sido levado pelos soldados.
- Você teve uma notícia, .
- Dia cinco! Vinte dias atrás. Antes de tudo isso acontecer. Ele está no Afeganistão e… - não teve forças para continuar a falar. A vontade dela era de chorar, mas insistia em segurar. Quando alguém finalmente havia aparecido e feito com que ela quebrasse todas as barreiras, a vida havia o tirado dela.
- E ele vai voltar quando tudo isso acabar. - abraçou a irmã de lado. - Não adianta ficar vendo essas notícias dia após dia, você é quase uma psicóloga, sabe que não pode viver esperando ouvir o nome dele ser anunciado na lista dos mortos e feridos. Ele está bem.
O único contato de tinha sido uma mensagem curta e sem detalhes alguns dias após ser convocado. Ele dizia que estava tudo bem, que estava sendo treinado e que iria logo para o Afeganistão. Essa era a única coisa que ele estava habilitado a dizer, o resto era tratado como confidencial. Pediu para que ela se cuidasse e quando ela menos esperasse ele estaria de volta a Nova Iorque.
tomou o controle da mão de e desligou a televisão.
- Anda, vai tomar um banho. Sairemos em trinta minutos.
- Não vou sair de casa, . - protestou.
- Não era uma pergunta, já tem vinte dias que você está nessa de casa universidade, universidade casa. Vamos ocupar sua cabeça, você vai para o estágio comigo.
- Eu já fiz meu estágio, não vou ser cobaia da sua musicoterapia.
- Vai sim, se não usa seus próprios conhecimentos de psicologia com você, vai usar os meus porque você está fazendo tudo errado com a sua vida e eu não vou ficar assistindo você assim enquanto nossos pais estão em Washington salvando vidas.
não fez nada realmente com , não a tratou como um dos pacientes da clínica, apenas a deixou em contato com as crianças; muitas delas com doenças incuráveis e mesmo assim lutando e felizes. Só aquela imagem já foi um choque de realidade, ela tinha que lidar com a dor dela, mas nem de longe era a pior do mundo.
- Tia , a moça bonita é sua irmã? - uma das crianças perguntou e a achou adorável.
- É sim. - respondeu. - O nome dela é .
- E por que ela está triste? - a garotinha perguntou baixo, mas não o suficiente já que escutou.
- O namorado dela teve que ir para bem longe e ela está com saudade. - ela assentiu e arrastou sua cadeira até se sentar perto de .
- Tia me contou porque você está triste. - ela disse como se fosse um segredo.
- Contou, é? - fez uma cara surpresa e ela assentiu.
- Você pode cantar pra ele. - ela sorriu como se tivesse solucionado o problema. - Minha avó me disse que logo ela iria para o céu e que quando sentisse saudade dela era para eu cantar, que onde ela estivesse ela escutaria a minha música.
- Uau, vou experimentar então. - afirmou enfaticamente.
- Funciona sim, eu não fico mais triste de saudade. - ela se levantou ao ver as outras crianças indo desenhar e acenou um tchau para e para .
Nos dias que se seguiram, retomou as atividades além da faculdade, se inscreveu num trabalho voluntário na universidade para ajudar amigos e familiares que se encontravam na mesma situação que ela, com uma pessoa querida fazendo parte da guerra e sem poder se comunicar.
Além disso, o conselho da garotinha tinha sido maravilhoso e ela se recriminou por não ter pensado em algo assim antes. Nos meses que estavam juntos, tocar e cantar eram algo deles e ela se sentiu exatamente como sua conselheira havia dito, sentia que ele podia escutá-la cantando e que logo ele estaria cantando ali com ela. Aquilo acalmava seu coração e ela se agarrou àquilo com todas as forças.
23 de dezembro de 2021
Véspera de Natal era um momento alegre para grande parte de Nova Iorque. O país já tinha se recuperado totalmente das bombas, porém a guerra no Afeganistão continuava e continuaria até que o novo líder do grupo fosse pego e levado para os Estados Unidos. As famílias e amigos continuavam sem notícias, a não ser por algumas notícias de alguém morto em combate, e então usou uma técnica com o grupo.
Pediu que eles escrevessem cartas, contando o que estava acontecendo com eles, como seriam as festas de final de ano e outros acontecimentos, para que eles pudessem entregar quando voltassem.
O Natal enfim chegou e conseguiu se divertir com sua família, mesmo que o pensamento não abandonasse completamente. Sentiu o coração apertar a primeira vez naquela noite quando parentes começaram a perguntar sobre o namorado ou se ela ainda estava de fato namorando. Voltou a sentir o incômodo no peito quando começaram a trocar os presentes depois da ceia, se pegou pensando se ele estava com pessoas que ele gostava, mesmo que sua situação não fosse exatamente feliz. Pensou também o que ele gostaria de ganhar e como ela desejava apenas saber que ele estava bem.
Dois dias depois o assunto já era as comemorações do Ano Novo. Os amigos, assim como , queriam comemorar a virada em grande estilo em uma das festas que acontecia ano após ano.
- Vamos, ! Não é a mesma coisa sem você! - uma das colegas da psicologia insistia na frente da família dela.
- Vocês vão se divertir mais se eu não for, acredite em mim, Leah. - olhou para buscando apoio. Ela não se sentia feliz com o ano terminando daquela forma.
- , eu sou sua amiga, mas acho que passou da hora de seguir sua vida. - todos os olhares da sala focaram Leah e não se ouvia a respiração de nenhum deles. - Você não tem notícias de . Mesmo que ele esteja bem, você realmente acha que ele está lá contando os dias pra te ver? Você fica se privando das coisas aqui e eu aposto que ele arrumou outras companhias onde quer que ele esteja.
não esboçou reação nenhuma, mas por dentro ela se sentia sufocada, não enxergava mais nada. Leah não fez questão de ser delicada e a situação piorou quando alguma tia, que ela nem ao menos olhou, concordou com a colega.
- Acho que já deu desse assunto. - se manifestou e seguiu a irmã até o quarto só para encontrar o que ela já esperava. - Não chora, ! Não vale a pena ligar para esses comentários.
- Você não acha que elas estão certas? - perguntou com descrença. Seus pais não a defenderam, o que a fez pensar que eles concordavam com aquela afirmação também.
- Não interessa o que eu acho, isso é sobre o que você sente. - ambas ficaram em silêncio por alguns segundos. - Acho que está na hora de escrever aquela carta que você adora fazer as pessoas escreverem. - colocou um caderno e uma caneta em cima da cama e saiu.
Querido ,
Tudo o que eu mais queria saber nesse momento é como você está, porque eu sinto que você está vivo e bem, mas intuições falham.
Não sei se você vai ler isso algum dia, mas a intenção é deixar que você saiba o que aconteceu nesse tempo.
Não foi fácil no começo, as notícias ruins dominaram tudo e eu não acreditava que te veria novamente em meio a todo o caos. Parei de fazer as coisas, podia estar na universidade ou com minha família que a sensação de vazio não me deixava. O que faltava em meu coração não saia do meu pensamento.
precisou me levar para o trabalho dela para que eu percebesse que estava fazendo tudo errado. Recuperei minha fé e confiei na minha intuição que dizia que nós iríamos nos encontrar novamente. Independente do tempo que passasse até esse encontro, eu precisei de uma forma de me sentir ligada a você. Você vai rir disso, mas eu passei a cantar sempre porque sentia como se você estivesse comigo, me olhando daquele jeito apaixonado pela minha voz.
Parei de pensar só em mim e me voluntariei em um projeto de ajudar pessoas que estão na mesma situação que eu, onde um alguém importante foi levado pelo exército. Eu precisava continuar a viver e isso me ajudou bastante.
Ouvi muitas coisas que preferia não ter ouvido, cheguei à conclusão de que as pessoas são mesmo egoístas e invejosas. E mesmo que os comentários tenham me colocado pra baixo, eu sei que meu sentimento é mais forte e apenas isso basta.
Passar o Natal sem você foi estranho, mesmo que nunca tenhamos passado uma data assim juntos. O Ano Novo está chegando e se eu pudesse realizar um desejo, seria te encontrar numa situação bem melhor.
Sinto sua falta.
.
31 de dezembro de 2021
não fez questão de avisar que não iria à festa alguma, mas insistiu que fosse com os amigos. Os parentes estavam na casa deles novamente e pareciam não se lembrar de nada, todos estavam bem alegres, talvez graças às taças e mais taças de vinho.
A contagem regressiva começou e todos já se encontravam no quintal esperando a queima de fogos que aconteceria por uns vinte minutos. Mesmo que não estivesse na sua versão mais empolgada, aquele momento sempre trazia esperança para e ela começou a sorrir com a beleza das cores no céu escuro. Fechou os olhos e mentalizou seu desejo para aquele ano que se iniciava.
Abriu os olhos e não acreditou no que via, fechou novamente e quando abriu estava ainda mais perto dela. Sem pensar muito ela se jogou nos braços dele, se sentindo extremamente feliz e confortável.
- Como assim? - ela se afastou, notando-o de cima a baixo.
- Cheguei ontem, fiquei com minha família. - abriu a boca em espanto por ele não ter nem ao menos avisado. Ela entendia o fato de ele ficar com a família, mas não era pedir demais uma mensagem, era? - Eu sei o que você está pensando.
- Sabe é? - ela riu sabendo que não tinha como ser mais previsível.
- Dizem que o que a gente faz na virada do ano é o que faremos o ano todo. Eu quero ter a certeza de que vai ser com você.
não tinha palavras e não precisava delas, eles se beijaram e tudo foi ainda melhor com todo o espetáculo de fogos no céu.
Comunicado urgente das forças armadas dos Estados Unidos da América
Devido às crescentes ameaças de sucessores da al-Qaeda de um novo ataque em 11 de setembro, estamos convocando em caráter de emergência.
Contamos com você para servir ao seu país e ser motivo de honra e de orgulho...
A carta continuava, mas não teve tempo de ler até o final, pois dois soldados do exército batiam insistentemente em sua porta. Com pouquíssimo tempo para juntar apenas o essencial, ele não teve nem mesmo a chance de se despedir de familiares, amigos e de , que o assistiu ser levado com vários outros alunos da Universidade de Nova Iorque.
7 meses atrás
- Não, ! - reclamou sendo puxada pela irmã mais nova para o quarto. - Eu já disse que não vou nessa festa. Não tem nada a ver comigo. - soltou a irmã na cama.
- É uma festa universitária, é sério que esse é seu argumento? - abriu a boca para rebater, porém a irmã foi mais rápida. - Sim, é o pessoal da música que está organizando, mas a festa é aberta, fim de papo.
Sabendo que não conseguiria se livrar de , foi para o banheiro tomar um banho. Apostava que teria uma roupa escolhida assim que saísse; além de sapatos e provavelmente brincos. era aluna de musicoterapia e juntamente com os alunos do curso de música eles tinham organizado uma festa para arrecadar dinheiro para um projeto social que eles mesmos tinham desenvolvido. Um projeto que integrava crianças carentes de outros países e a música.
era aluna de psicologia e, ao contrário da maioria dos universitários, ela fugia de festas e eventos considerados por ela como perda de tempo e de dignidade. Em partes ela não queria ir por saber que Emma era popular e que ela provavelmente ficaria deslocada e sozinha, outra parte, no entanto, queria prestigiar a irmã pelo trabalho em organizar o evento.
Cerca de uma hora depois elas despediram dos pais e seguiram para o local da festa. tinha acertado, havia escolhido para ela um short-saia preto e uma blusa branca de alças e sapatilhas também pretas. A maquiagem era bem leve e os cabelos estavam ondulados como eram naturalmente.
Uma quadra antes do local da festa já haviam muitos carros estacionados dos dois lados da rua, não gostava de bêbados e o medo de encontrar seu carro batido a fez pagar o estacionamento. O lugar realmente já estava cheio de alunos e conhecia praticamente todos, mesmo que alguns só de vista. Ela fazia questão de cumprimentar ou acenar e apresentou mais vezes do que a mesma julgava necessário.
Conhecendo a mais velha, levou uma batida de frutas sem álcool para ela e seguiu com sua margarita para frente de um palco onde uma banda formada por próprios alunos se preparava para apresentar. continuou em um canto e foi surpreendida pelas músicas que a agradaram bastante. Ela estava se divertindo à maneira dela afinal de contas. Os quatro rapazes teriam futuro se dependesse dela e ela riu com o pensamento, já que num curso de música todos deveriam ser muito bons instrumentistas e cantores.
A banda saiu do palco e o DJ voltou a assumir, já tinha perdido a companhia de vista há um tempo. Sorriu sozinha imaginando que deveria estar com algum garoto, pois se fosse com as amigas elas estariam juntas. Esse pensamento não durou muito, pois sentiu o olhar de uma figura masculina sobre ela e o encarou de volta apenas para ter a certeza de que não o conhecia. Ele, por sua vez, entendeu aquilo como um sinal e caminhou até ela com uma garrafa de cerveja na mão.
- Com tanta gente aqui você vai ficar nesse canto a festa toda? - ele sorriu e achou que aquele era um belo sorriso.
- Não é bem o meu tipo de coisa. - ela deu de ombros e sorriu de canto.
- Não gosta de festa? - uma feição surpresa tomou conta do rosto dele quando ela afirmou com a cabeça. - Olha, posso estar enganado, mas tive a impressão de que você estava curtindo nosso som.
Só então reparou nas roupas que ele usava e se lembrou de que ele era o rapaz tocando guitarra mais cedo. E o fato de que ele tinha reparado nela de lá a fez olhar para baixo levemente envergonhada.
- Certo, você me pegou. Eu gostei da banda. - ela voltou a sorrir. - Você toca bem… - ele entendeu que ela gostaria de saber o nome dele.
- . - ele estendeu a mão para cumprimentá-la. - Obrigado.
- . - ela correspondeu ao cumprimento. - Não há de que.
- Bom, eu realmente nunca te vi por aqui antes, você não é da música.
- Sou da psicologia. Minha irmã que me arrastou até aqui. - fez uma careta e no instante seguinte apareceu passando um braço pelo pescoço de .
- Dando em cima da minha irmã, ? - ela tentou fazer uma cara ameaçadora, mas o álcool falou mais alto e ela riu.
- Nós só estamos conversando, . - respondeu antes que tivesse a chance.
- Ela faz psicologia, sabia? - os dois riram notando que ela já estava sob os efeitos do álcool. - Mas ela canta, tem uma voz tão linda, você adoraria ouvir, .
- ! - chamou alto na tentativa de fazê-la calar.
- Ela deveria ter feito música. - a garota continuou como se não tivesse sido interrompida.
- , pode aproveitar a festa, tenho uma companhia agora. - ela aproveitou para provocar a irmã, que rolou os olhos e saiu tão rapidamente quanto havia chegado.
- Irmã da , quem diria. - não conseguia definir ao certo o que ele queria dizer com aquilo. - Canta e não gosta de festa. - os dois riram juntos.
A conversa fluiu tranquilamente e, diferente do que ela esperava, ele não tentou beijá-la. se tornava cada vez mais interessante e sem perceber ela tinha aceitado encontrá-lo no parque para um piquenique com a turma dele no dia seguinte. Ela deveria agradecer a por tê-la tirado de casa.
No dia seguinte, foi para o parque no horário e local indicados por numa mensagem, o que a pegou de surpresa foi perceber que não havia nenhuma turma ali, apenas ele e as coisas de piquenique. Ela tinha caído no papo de um cara depois de tanto tempo, no entanto sua reação foi sorrir. A tarde ao lado dele foi extremamente agradável, se sentia diferente na companhia dele e, embora não quisesse admitir, ela não queria que a hora de ir para casa chegasse.
não tinha se esquecido da informação valiosa fornecida por na noite anterior e entre as conversas, risos e comida, ele tirou o violão da capa e tocou algumas músicas. Quanto mais ele queria ouvir a voz dela, mais ela fechava os olhos e apreciava a voz dele. Na banda ele não cantava, pelo menos não era a voz principal e ali, deitada e de olhos fechados, ela deixava qualquer preocupação sobre relacionamentos a quilômetros de distância.
- Sua vez. - ele entregou a cutucou e, quando ela sentou, ele colocou o violão no colo dela.
- De onde tirou que eu toco? - ela tinha certeza que essa informação não havia sido mencionada.
- Sua irmã. - ele disse simplesmente, esperando que ela tocasse alguma coisa.
- Que fofoqueira! - reclamou segurando o violão, sem ter ideia do que tocar.
- Ela inclusive disse que você adora tocar músicas do Coldplay e eu adoro Yellow. - disse como quem não quer nada e cerrou os olhos na direção dele.
Ela sabia aquela de cor, era uma de suas preferidas da banda. Começou os primeiros acordes da música e fechou os olhos antes de começar a cantar. Ela nunca gostou de público ou platéia, a música para ela era um hobbie e por isso quase ninguém sabia daquele talento.
teria visto de queixo caído se tivesse aberto os olhos em algum momento. Ele não esperava nada daquilo. Apesar de suave e delicada, a voz dela conseguia emitir sentimento como ele não via há muito tempo. A quem ele queria enganar? Ele estava a cada segundo mais interessado nela e naquele momento ele queria beijá-la. Ele se aproximou e quando ela terminou a música e abriu os olhos, se surpreendeu com a intensidade com que ele a olhava, então eles se beijaram pela primeira vez.
Beijos e mais beijos, encontros e mais encontros. Dois meses depois eles estavam oficialmente namorando.
11 de setembro de 2021
Como esperado após tantas ameaças, um ataque terrorista ocorreu na cidade de Washington, bombas explodiram em estações de metrô e na Casa Branca. A al-Qaeda assumiu rapidamente a autoria dos atentados. O número de feridos e mortos aumentava exponencialmente, famílias desfalcadas e desesperadas e a guerra estava declarada. Esse era o único assunto em todos os canais de televisão, e na internet. O pânico voltava a tomar conta do país 20 anos depois. e eram pequenas quando o atentado às Torres Gêmeas aconteceu, mesmo assim elas tinham lembranças de como foram os dias que se seguiram na escola e como o país todo parecia ter se tornado triste de um minuto para outro.
- Desliga isso aí. - reclamou com a irmã mais velha.
- Eu preciso ter uma notícia, . - se sentia angustiada desde que havia sido levado pelos soldados.
- Você teve uma notícia, .
- Dia cinco! Vinte dias atrás. Antes de tudo isso acontecer. Ele está no Afeganistão e… - não teve forças para continuar a falar. A vontade dela era de chorar, mas insistia em segurar. Quando alguém finalmente havia aparecido e feito com que ela quebrasse todas as barreiras, a vida havia o tirado dela.
- E ele vai voltar quando tudo isso acabar. - abraçou a irmã de lado. - Não adianta ficar vendo essas notícias dia após dia, você é quase uma psicóloga, sabe que não pode viver esperando ouvir o nome dele ser anunciado na lista dos mortos e feridos. Ele está bem.
O único contato de tinha sido uma mensagem curta e sem detalhes alguns dias após ser convocado. Ele dizia que estava tudo bem, que estava sendo treinado e que iria logo para o Afeganistão. Essa era a única coisa que ele estava habilitado a dizer, o resto era tratado como confidencial. Pediu para que ela se cuidasse e quando ela menos esperasse ele estaria de volta a Nova Iorque.
tomou o controle da mão de e desligou a televisão.
- Anda, vai tomar um banho. Sairemos em trinta minutos.
- Não vou sair de casa, . - protestou.
- Não era uma pergunta, já tem vinte dias que você está nessa de casa universidade, universidade casa. Vamos ocupar sua cabeça, você vai para o estágio comigo.
- Eu já fiz meu estágio, não vou ser cobaia da sua musicoterapia.
- Vai sim, se não usa seus próprios conhecimentos de psicologia com você, vai usar os meus porque você está fazendo tudo errado com a sua vida e eu não vou ficar assistindo você assim enquanto nossos pais estão em Washington salvando vidas.
não fez nada realmente com , não a tratou como um dos pacientes da clínica, apenas a deixou em contato com as crianças; muitas delas com doenças incuráveis e mesmo assim lutando e felizes. Só aquela imagem já foi um choque de realidade, ela tinha que lidar com a dor dela, mas nem de longe era a pior do mundo.
- Tia , a moça bonita é sua irmã? - uma das crianças perguntou e a achou adorável.
- É sim. - respondeu. - O nome dela é .
- E por que ela está triste? - a garotinha perguntou baixo, mas não o suficiente já que escutou.
- O namorado dela teve que ir para bem longe e ela está com saudade. - ela assentiu e arrastou sua cadeira até se sentar perto de .
- Tia me contou porque você está triste. - ela disse como se fosse um segredo.
- Contou, é? - fez uma cara surpresa e ela assentiu.
- Você pode cantar pra ele. - ela sorriu como se tivesse solucionado o problema. - Minha avó me disse que logo ela iria para o céu e que quando sentisse saudade dela era para eu cantar, que onde ela estivesse ela escutaria a minha música.
- Uau, vou experimentar então. - afirmou enfaticamente.
- Funciona sim, eu não fico mais triste de saudade. - ela se levantou ao ver as outras crianças indo desenhar e acenou um tchau para e para .
Nos dias que se seguiram, retomou as atividades além da faculdade, se inscreveu num trabalho voluntário na universidade para ajudar amigos e familiares que se encontravam na mesma situação que ela, com uma pessoa querida fazendo parte da guerra e sem poder se comunicar.
Além disso, o conselho da garotinha tinha sido maravilhoso e ela se recriminou por não ter pensado em algo assim antes. Nos meses que estavam juntos, tocar e cantar eram algo deles e ela se sentiu exatamente como sua conselheira havia dito, sentia que ele podia escutá-la cantando e que logo ele estaria cantando ali com ela. Aquilo acalmava seu coração e ela se agarrou àquilo com todas as forças.
23 de dezembro de 2021
Véspera de Natal era um momento alegre para grande parte de Nova Iorque. O país já tinha se recuperado totalmente das bombas, porém a guerra no Afeganistão continuava e continuaria até que o novo líder do grupo fosse pego e levado para os Estados Unidos. As famílias e amigos continuavam sem notícias, a não ser por algumas notícias de alguém morto em combate, e então usou uma técnica com o grupo.
Pediu que eles escrevessem cartas, contando o que estava acontecendo com eles, como seriam as festas de final de ano e outros acontecimentos, para que eles pudessem entregar quando voltassem.
O Natal enfim chegou e conseguiu se divertir com sua família, mesmo que o pensamento não abandonasse completamente. Sentiu o coração apertar a primeira vez naquela noite quando parentes começaram a perguntar sobre o namorado ou se ela ainda estava de fato namorando. Voltou a sentir o incômodo no peito quando começaram a trocar os presentes depois da ceia, se pegou pensando se ele estava com pessoas que ele gostava, mesmo que sua situação não fosse exatamente feliz. Pensou também o que ele gostaria de ganhar e como ela desejava apenas saber que ele estava bem.
Dois dias depois o assunto já era as comemorações do Ano Novo. Os amigos, assim como , queriam comemorar a virada em grande estilo em uma das festas que acontecia ano após ano.
- Vamos, ! Não é a mesma coisa sem você! - uma das colegas da psicologia insistia na frente da família dela.
- Vocês vão se divertir mais se eu não for, acredite em mim, Leah. - olhou para buscando apoio. Ela não se sentia feliz com o ano terminando daquela forma.
- , eu sou sua amiga, mas acho que passou da hora de seguir sua vida. - todos os olhares da sala focaram Leah e não se ouvia a respiração de nenhum deles. - Você não tem notícias de . Mesmo que ele esteja bem, você realmente acha que ele está lá contando os dias pra te ver? Você fica se privando das coisas aqui e eu aposto que ele arrumou outras companhias onde quer que ele esteja.
não esboçou reação nenhuma, mas por dentro ela se sentia sufocada, não enxergava mais nada. Leah não fez questão de ser delicada e a situação piorou quando alguma tia, que ela nem ao menos olhou, concordou com a colega.
- Acho que já deu desse assunto. - se manifestou e seguiu a irmã até o quarto só para encontrar o que ela já esperava. - Não chora, ! Não vale a pena ligar para esses comentários.
- Você não acha que elas estão certas? - perguntou com descrença. Seus pais não a defenderam, o que a fez pensar que eles concordavam com aquela afirmação também.
- Não interessa o que eu acho, isso é sobre o que você sente. - ambas ficaram em silêncio por alguns segundos. - Acho que está na hora de escrever aquela carta que você adora fazer as pessoas escreverem. - colocou um caderno e uma caneta em cima da cama e saiu.
Querido ,
Tudo o que eu mais queria saber nesse momento é como você está, porque eu sinto que você está vivo e bem, mas intuições falham.
Não sei se você vai ler isso algum dia, mas a intenção é deixar que você saiba o que aconteceu nesse tempo.
Não foi fácil no começo, as notícias ruins dominaram tudo e eu não acreditava que te veria novamente em meio a todo o caos. Parei de fazer as coisas, podia estar na universidade ou com minha família que a sensação de vazio não me deixava. O que faltava em meu coração não saia do meu pensamento.
precisou me levar para o trabalho dela para que eu percebesse que estava fazendo tudo errado. Recuperei minha fé e confiei na minha intuição que dizia que nós iríamos nos encontrar novamente. Independente do tempo que passasse até esse encontro, eu precisei de uma forma de me sentir ligada a você. Você vai rir disso, mas eu passei a cantar sempre porque sentia como se você estivesse comigo, me olhando daquele jeito apaixonado pela minha voz.
Parei de pensar só em mim e me voluntariei em um projeto de ajudar pessoas que estão na mesma situação que eu, onde um alguém importante foi levado pelo exército. Eu precisava continuar a viver e isso me ajudou bastante.
Ouvi muitas coisas que preferia não ter ouvido, cheguei à conclusão de que as pessoas são mesmo egoístas e invejosas. E mesmo que os comentários tenham me colocado pra baixo, eu sei que meu sentimento é mais forte e apenas isso basta.
Passar o Natal sem você foi estranho, mesmo que nunca tenhamos passado uma data assim juntos. O Ano Novo está chegando e se eu pudesse realizar um desejo, seria te encontrar numa situação bem melhor.
Sinto sua falta.
.
31 de dezembro de 2021
não fez questão de avisar que não iria à festa alguma, mas insistiu que fosse com os amigos. Os parentes estavam na casa deles novamente e pareciam não se lembrar de nada, todos estavam bem alegres, talvez graças às taças e mais taças de vinho.
A contagem regressiva começou e todos já se encontravam no quintal esperando a queima de fogos que aconteceria por uns vinte minutos. Mesmo que não estivesse na sua versão mais empolgada, aquele momento sempre trazia esperança para e ela começou a sorrir com a beleza das cores no céu escuro. Fechou os olhos e mentalizou seu desejo para aquele ano que se iniciava.
Abriu os olhos e não acreditou no que via, fechou novamente e quando abriu estava ainda mais perto dela. Sem pensar muito ela se jogou nos braços dele, se sentindo extremamente feliz e confortável.
- Como assim? - ela se afastou, notando-o de cima a baixo.
- Cheguei ontem, fiquei com minha família. - abriu a boca em espanto por ele não ter nem ao menos avisado. Ela entendia o fato de ele ficar com a família, mas não era pedir demais uma mensagem, era? - Eu sei o que você está pensando.
- Sabe é? - ela riu sabendo que não tinha como ser mais previsível.
- Dizem que o que a gente faz na virada do ano é o que faremos o ano todo. Eu quero ter a certeza de que vai ser com você.
não tinha palavras e não precisava delas, eles se beijaram e tudo foi ainda melhor com todo o espetáculo de fogos no céu.
Fim!
Nota da autora: Olá! Se você leu até aqui, espero que tenha gostado! Eu nunca fui muito fã de Nx Zero, mas essa é uma das músicas deles que gosto muito e a ideia veio super clara quando pensei em me inscrever no Mixtape. Apesar de não ser sobre essa distância, quem me conhece sabe que amo um final feliz e não conseguiria terminar diferente! Deixem seus comentários aqui e venha fazer parte do grupo do facebook para conhecer outras fics minhas!
Beijos e até a próxima!
Nota da beta: Eu me lembro de bem pré-adolescente ligar o rádio no máximo e gritar essa música como se eu não tivesse que usar minha voz nunca mais. NX Zero tem vários hinos que me marcaram de verdade, fiquei bem feliz de ver Lari escolhendo uma música deles. Adorei a fic, até queria mais desses personagens porque gostei bastante deles. Fica a dica, Lari 😉 xx-A
Qualquer erro nessa fanfic e reclamações somente no email.
Nota da beta: Eu me lembro de bem pré-adolescente ligar o rádio no máximo e gritar essa música como se eu não tivesse que usar minha voz nunca mais. NX Zero tem vários hinos que me marcaram de verdade, fiquei bem feliz de ver Lari escolhendo uma música deles. Adorei a fic, até queria mais desses personagens porque gostei bastante deles. Fica a dica, Lari 😉 xx-A