Finalizada em: 19/05/2021
Music Video: Coming Home – NCT U

Capítulo Único

não esperava estar de volta à sua cidade natal tão cedo. Desde que partiu, seus pensamentos voaram longe do lugar ao qual se dirigia naquele momento. Portland era realmente bonita nessa época do ano e, como sempre, esquisita também, seus costumes e aleatoriedades chamavam a atenção até demais.

A melhor e mais estranha forma de encarar tudo isso era se conduzindo pelo antigo trem que o estado de Oregon havia feito questão de manter como meio de transporte especial.

O garoto que esteve fora por anos não podia negar, realmente era nostalgicamente bonito ver das grandes janelas do trem os flocos de neve que o inverno trazia, denunciando o frio que fazia lá fora. Ele achava engraçado como a volta que ele estava prestes a fazer era tão cega, sem direção ou um motivo certo. Ele podia ter ficado no país em que vivia atualmente e ignorado ou dado alguma desculpa para não comparecer ao terceiro casamento da mãe, mas ele preferiu tomar um rumo diferente esse ano.

aqui, aqui! — desceu os degraus do trem já escutando seu nome soar pela estação que, por ser uma época do ano agitada na cidade, também se encontrava cheia e agitada. A mulher que segurava um cartaz com seu nome sorriu maior do que se poderia imaginar ser possível, e ela não foi a única, havia outra pessoa pequena e podia-se dizer que com um pouco mais de frio do que aparentava sorrindo para ele.
— Eu disse que não precisava vim me buscar. — ele sorriu, seu tom de voz era amoroso apesar de tudo, não via a mãe pessoalmente há pelo menos quatro longos anos, já que era a única que o visitava junto de seus amigos de infância, mas nunca nem por um dia sequer, deixou de ligar e manter contato. — E você, pequena ... — ele se agachou, ficando do tamanho dela, e tocou o nariz da pequena, que sorriu o abraçando fortemente. — Você deveria estar dormindo!
— Eu disse isso a ela. — a mãe se pronunciou. — Mas ela se escondeu no carro e se recusou a sair.
— Mentira. — a garotinha falou. — Ela nem se esforçou para me tirar de lá.
— Eu aposto que se ela tivesse dito que você poderia comer uns cookies antes de dormir, você sairia rapidinho do carro. — ele riu fazendo carinho no cabelo da menininha que riu ao escutar o comentário.
— Eu pensaria. — ela riu sendo sincera. — Mas talvez eu não aceitaria. — ela o abraçou de novo. — Porque era você chegando. Meu irmão favorito.
! — ele riu chamando a garotinha. — Eu sou seu único irmão.

Acontece que e não eram realmente irmãos, ao menos não de sangue.

Um ano e meio antes de partir da cidade foi deixada como um grande presente vindo de um trágico momento. , sua mãe, era a melhor amiga de Annie e Jordan, pais de . Os dois viram passar por diversas dificuldade em criar sozinha, e também ajudaram no processo. Sempre foram tão presentes quanto qualquer outra pessoa da família era. Em 2013, a pequena havia nascido depois de muitas tentativas e tratamentos feitos pelo casal, foram dois anos de pura felicidade, amor e carinho em que a família realmente emanava.

Mas todos nesse mundo sabem, os caminhos para os quais nossas vidas se encaminharam são incertos.

Dois anos após o nascimento da garotinha, os pais faleceram em um acidente de carro que foi lembrado por anos como um dos mais trágicos da cidade. também se encontrava no carro no momento, sendo a única sobrevivente registrada. O que claramente foi um choque para todos, principalmente para e . Os dois, mesmo tristes, tinham um alívio dentro do peito, a garotinha havia sobrevivido afinal, e ela nunca estaria sozinha.

Os pais da garotinha tinham uma condição financeira consideravelmente boa, então eles haviam preparado um testamento que dizia que se algo acontecesse, tudo seria cuidado por , inclusive a guarda da criança. Eles não haviam tido apoio dos pais durante o namoro e muito menos durante o casamento, por isso era a única que poderia ficar responsável pela pequena, e não só isso, a empresa que eles administravam juntos também havia sido passada a ela, o que criou uma grande reviravolta, revolta e confusão na cidade.

Foi então que veio parar em suas vidas por definitivo. Agora com sete anos ela entendia e sabia quem eram os pais, a mãe de e ele mesmo sempre fizeram questão de que a garota soubesse quem eram as pessoas maravilhosas que deram vida a ela e que pelo tempo que a tiveram, a cultivaram com mais amor do que qualquer ser humano no mundo poderia dar.

Afinal, ela era filha deles, e sempre seria.

— Certo? — reafirmou esperando uma resposta da pequena. — Ainda sou seu único irmão ou você decidiu encontrar outro?
— Não é isso! — ela pegou um das mãos dele e segurou forte. — Você sempre vai ser meu único irmão.
— É só que ela também gosta de como a trata desde que você se mudou. — se pronunciou, fazendo gargalhar e olhar mal-humorada para ela.
— Mamãe! — ela protestou.
— Ele é legal. — disse se abaixando próximo a eles. — Qual é o problema? Seu irmão e ele são amigos, ele não acharia mal você gostar de ser tratada bem pelos amigos dele, não é?
— Claro que não! — ele sorriu. — Eu estive fora por muito tempo, ele tentou suprir minha ausência por aqui. Eu pedi isso para ele, não precisa se preocupar.
— Mas você continua sendo meu único irmão. — ela sorriu. — E eu tô feliz que você tenha resolvido vir para cá esse ano em vez de nos fazer viajar de novo.
— Como se você não gostasse de ver a Yin todo ano. — citou a cachorrinha que havia ganhado uns dois anos atrás.

A cachorrinha realmente alegrava a garotinha toda vez que via, então ela sempre ficava ansiosa pela época do ano em que ia visitar o irmão.

— Você deveria ter trazido ela! — se levantou e fez o mesmo, então finalmente começaram a caminhar em direção ao estacionamento. — E se ela se sentir sozinha? Ela não vai ficar com fome todos esses dias, né? Você deixou comida reserva? Água? Brinquedinhos?
— Você fala como se eu não cuidasse dela, . — ele riu bagunçando o cabelo da garotinha. — Ela está sendo cuidada por alguém confiável, não ficará sozinha e muito menos está sem água ou comida, e sim, eu deixei a comida reserva por perto caso precisem.
— Eu não quis dizer isso! — a garotinha retrucou, fazendo com que ele sorrisse e balançasse a cabeça positivamente. — Mas é bom saber!

A estação onde havia chegado não era tão longe de onde moravam, então estranhou o caminho que a mãe havia tomado, sua casa era para o sentido oposto de onde estavam se direcionando.

— Não se preocupe. — disse vendo a confusão evidente no rosto do filho. — Temos que fazer uma paradinha antes de irmos para casa, sei que está cansado, mas...
— Vamos ver os vovós! — disse animada na parte de trás do carro.
! — repreendeu a garota. — Eu não disse para você não contar?

Óbvio que aquela cena fez com que desse risada. Ver as duas em uma discussão sobre porque guardar segredo era importante mesmo quando ele descobriria facilmente para onde estavam indo era algo engraçado de se ver, ele havia sentido falta daquilo.

O lar dos Jones ficava em uma enorme mansão branca, no meio da cidade. Conhecia muito bem aquele lugar, já que os pais do novo noivo da mãe eram pessoas que haviam estado em suas vidas na maior parte do tempo.

Amelie Jones e Andrew Jones eram pessoas incríveis e acolhedoras, tiveram apenas um filho, Dylan Jones, também conhecido como futuro marido da mãe de . Eles se casariam na noite de Natal já que diz ser sua noite preferida é perfeita para um casamento.

o conhecia desde sempre, ele havia sido seu professor de história no ensino fundamental e hoje em dia trabalhava como diretor do no museu mais conhecido do Oregon. Amelie, Andrew e Dylan foram as primeiras pessoas além de Annie e Jordan que conheceram quando chegaram à cidade. Sua mãe e o rapaz eram da mesma idade e chegaram a estudar juntos quando resolveu retomar sua pós-graduação. Viraram bons amigos e isso fez com que passasse um tempo extra com os pais do mesmo, e por isso eles eram como os avós que nunca havia tido em sua vida.

— É só um jantar rápido, mas se estiver muito cansado, apenas me diga e eu te levo para casa. — disse antes de tocar a campainha da casa.
— Não se preocupe, eu estou bem! — ele respondeu tranquilo.
— Vovó, Vovô! — disse animada assim que a porta foi aberta por Amelie.

O sorriso de abriu assim que viu a senhora de cabelos negros. Há quatro anos não a via e aquele momento parecia mais do que importante para ambos, por alguma razão.

— Acho que pedi tanto para que você fosse meu neto que acabou acontecendo. — ela disse assim que o abraçou. — Bem-vindo de volta! Eu sei que são apenas por algumas semanas, mas ainda sim estou feliz por finalmente poder te ver outra vez, meu neto.

— É bom te ver outra vez, Vovó! — ele disse baixinho enquanto a abraçava.

A verdade era que o afeto da mulher não apenas com , mas também com era mais do que extraordinário. Era como se fosse algo que deveria ter acontecido desde o começo, como se a sintonia deles para serem uma família fosse algo traçado desde o começo.

— Surpresa! — ouviu assim que passou pela porta.

Todos que conhecia estavam ali, e seu grupo de amigos de infância, seus amigos do antigo trabalho de meio-período, sua mãe, , Amelie, Andrew, Dylan e ela.

Fiore era definitivamente a pessoa que ele mais esperava ver em toda aquela sua “aventura”. A verdade era que havia decidido fazer aquela viagem pelo simples motivo de vê-la. Óbvio que ver sua mãe e , assim como seus amigos era importante, mas ? Era outra situação.

e tiveram uma relação no máximo estranha para muitas pessoas. Nunca foram namorados, mas, de alguma forma, nunca deixaram de ser um do outro também.
Ambos eram amigos de infância, assim como , que era o melhor amigo da garota mesmo antes de ele e se conhecerem.

Quando partiu, sentiu que uma parte dele ficou ali e isso era por conta da falta que sentia dela.

Com não foi diferente.

Flashback
Quatro anos atrás, dia da partida

— Você pegou aquele cachecol que tanto gosta? — perguntou ao amigo enquanto o ajudava a descer com as malas pela escada do aeroporto.
me deu ele, foi a primeira coisa que eu guardei. — ele respondeu rindo.
te deu muitas coisas, você quer mesmo que eu lembre de tudo? — o amigo perguntou rindo. — Falando nela, onde raios ela se enfiou?
— Eu não sei se ela vem, brigamos ontem porque eu disse que não a queria aqui. — respondeu tranquilo.
— Você fez o quê? — parou no meio do caminho para olhar o amigo de forma indignada.
— Eu não quero ter que me despedir dela, . — seus olhos olhavam para todos os lugares, menos para o amigo à sua frente. — Se ela aparecer por aqui, eu me conheço o suficiente, eu vou desistir de ir embora e vou simplesmente aceitar que eu preciso dela ao meu lado a todo momento e isso não é uma ideia que me deixa muito feliz, porque você sabe muito bem o que ela pensa sobre relacionamentos.
— Eu definitivamente não entendo vocês dois. — massageou as têmporas irritado pela situação. — Primeiro se odiavam quando éramos mais novos, depois passaram a melhores amigos, lógico, nunca tirando meu posto principal, porque é impossível. — ele riu, fazendo com que risse junto. — Mas ainda sim viraram amigos, e depois disso, vocês nunca mais se largaram, e isso inclui a observação de que eu tive que ver vocês em amassos em quase todas as festas que nós íamos no ano passado. De onde você tirou que a teoria dela sobre relacionamentos não funcionarem se encaixa em vocês? Cara, ela gosta de você e eu aposto todo meu dinheiro que ela vai aparecer aqui hoje.
— Você por acaso tem dinheiro? Pelo que eu me lembro, você gastou a maioria do seu salário com aquele jogo novo. — continuou andando em direção à sua área de embarque, ainda tinha alguns minutos, então não estava preocupado.
— Esse é o ponto. — disse rindo. — Eu não tenho, mas você tem e eu sei que ela vem, então pode ir abrindo a carteira, meu amigo.
, o interesseiro. Como pude me esquecer de seu apelido de infância? — disse rindo.
— Olha, para ser sincero, eu nem mesmo sei como alguém como você se tornou meu amigo. — ele respondeu rindo.

Naquele dia, se preparava para uma nova fase de sua vida.

Não que desejasse deixar todos para trás e nunca mais voltar ou algo do tipo, ele apenas queria sentir e ter certeza de que “lar” era onde ele estivesse e não um lugar ou cidade. Ele, sem dúvidas, teve um tempo incrível enquanto esteve em Portland, amava seus amigos, família e mais do que tudo, mas realmente precisava trabalhar coisas em si mesmo, ir atrás de cada tipo de curiosidade que surgia em sua mente e por isso, quando a oferta de emprego no país natal de sua mãe apareceu, ele sequer conseguiu pensar duas vezes.

— É o seu voo. — sua mãe, que chegou um tempo depois com em seus braços, disse assim que ouviu o voo ser chamado. — Eu não acredito que você cresceu. — a mulher choramingou.
— Já faz alguns anos, mãe. — ele brincou e abraçou a mulher, deixando em seguida um beijo carinhoso na testa de , que a esse ponto dormia tranquilidade.
— Vejo você em breve, Bro! — disse abraçando o amigo que sorriu.
— Esperarei vocês por lá. — disse se despedindo tranquilamente.

Todos ali sabiam que odiava despedidas tristes e melancólicas, aliás, despedidas em geral não eram algo que ele apreciava muito, então evitava ao máximo qualquer tipo delas.

— Meu filho, ela mandou entregar isso. — a mãe disse relutante, porque no final esperava que a garota aparecesse para fazer aquilo ela mesma.

O pacote era vermelho e dentro dele havia uma pulseira de cor preta com uma pequena pedra branca. Ele se lembrou imediatamente da vez que ela disse sobre aquela ser uma de suas pedras favoritas. Junto da pulseira havia uma pequena carta.

“Volte e repouse quando se sentir cansado. Porque mesmo quando você olhar para trás, para o caminho cheio de neve que está atravessando desde o momento em que tomou essa incrível e corajosa decisão de viver por si mesmo, eu estarei lá. Você me verá sempre que precisar e mesmo que não precise mais um dia, lembre-se de voltar para casa.

Com amor, .”

Mas aquela despedida, de todas as formas, foi a mais dolorida, porque partiu sem sequer se despedir de . Aquilo ficaria marcado para ambos.

Flashback off


— Você ainda tem chance, ela continua solteira! — cochichou para quando o pegou observando de longe.

A cena era adorável, ela e brincavam pelo gramado como duas crianças, e assistir aquilo fez com que ele notasse que não importava quanto tempo passasse, e ele teriam aquela atração instintiva. Era como se ele soubesse que a qualquer momento, se decidisse ficar, estaria ao lado dela mais uma vez, na realidade, nunca esteve longe.

Ele tinha certeza de que ela sempre esteve com ele em seu coração, assim como ele o fez por todos esses longos quatro anos.

— Vai conversar com ela. — insistiu.
— Eu não sei o que dizer. — disse enquanto bebericava a bebida em seu copo de forma nervosa.
— Começar com um “Oi” já é o suficiente. — o amigo viu que não se mexeu ou se deu o trabalho de responder, então decidiu que precisava ajudar. — Vou te ajudar. — ele disse dando um passo adiante. — Quem é a criança mais bonita dessa festa que vai assaltar a cozinha atrás do famoso bolo de chocolate da senhora Amelie?

disse indo em direção a e , que pararam no mesmo momento de brincar para prestar a atenção no mais velho.

— Bolo de chocolate da Vovó? — disse animada.
— Ouvi dizer que tem dois deles lá na cozinha, mas é nosso segredo. — sussurrou para a garotinha.
— Podemos levar a também? — ela perguntou sussurrando de volta.
— Espiões não trabalham em coletivo, lembra? — disse se referindo à última vez em que brincaram de espiões. — Então terá que ficar fazendo companhia para o seu irmão aqui. — disse puxando o amigo pela manga. — Mas nós podemos trazer algo para eles.
— Feito! — ela respondeu e se virou para a mais velha sorrindo. — Eu já volto, tenho uma missão importante agora.
— Tudo bem! — bateu continência. — Não se preocupe comigo. — ela disse sorrindo para a mais nova. — Mas não esqueça do meu bolo. — sussurrou.

agarrou a mão de e saiu arrastando o mesmo, que sorriu para vitorioso, afinal, sua missão estava cumprida ali, agora era a parte dele.

— Oi! — ele disse tímido.
— Não sabia que você tinha esse lado. — ela disse rindo.
— Que lado? — ele perguntou confuso.
— Tímido. — ela riu, fazendo com que ele risse também. — Eu senti a sua falta. — disse de repente, pegando ele de surpresa. — Quer dizer, todos nós sentimos, eu...

a beijou.

Ele não deu espaço para que desculpas surgissem entre os dois. Não era necessário, ele sabia que de alguma forma, aquilo, aquele beijo, aquele momento era tudo que ele precisava.

— Eu senti a sua falta. — ele disse, a beijando novamente e suspirando assim que seus lábios se soltaram. — Céus! E como senti.

A sensação não era esquisita, deveria mas passava longe de ser esquisita e incomoda.

Eles sabiam que aquilo aconteceria algum dia.
Sabiam que um dia ele voltaria para casa.
Sabiam que um dia ele voltaria para o seu “lar”.
Sabiam que um dia ele voltaria para ela.

— Quando você volta? — ela pergunta baixinho para ele enquanto seguravam a mão um do outro, sentados debaixo da árvore favorita dele naquele jardim.
— Semana que vem, depois do ano novo. — ele diz e ela se encolhe um pouco, um pouco incerta do que seria dali para frente. — Você pode vir comigo. — ele sussurra, fazendo carinho em sua mão.
— Ou você pode voltar. — ela disse mais baixo para que ele não ouvisse, mas ainda assim ele ouviu.
— Ou eu posso voltar. — suas palavras fizeram com que os olhos dela se abrissem assustados. — Você quer que eu faça isso?
— A pergunta certa é se você quer fazer isso. Você foi embora por um motivo, Jae. Você quis viver sua vida de uma forma diferente, de uma forma independente. — ela disse se levantando e arrumando seu vestido. — Você deve decidir isso e não eu. — a garota sorriu e ofereceu sua mão para o rapaz. — Vem, vamos ver como vai a missão bolo de chocolate.
— Acho que tenho uma ideia melhor. — ele disse se levantando rapidamente e agarrando a mão da garota. — Vem, preciso fazer algo.

Ambos correram pelo jardim até chegarem às portas do fundo da casa, entraram e ofegantes sorriam um para o outro. Ela, ainda confusa sobre o que estava acontecendo, apenas o seguiu para dentro da casa, diretamente à sala onde todos, exceto e , se encontravam.

— Eu tenho um anúncio para fazer. — ele disse ainda ofegante.
— Meu filho, está tudo bem? — a mãe perguntou preocupada e o mais novo apenas assentiu sorrindo.
— Diga, meu rapaz, o que você tem a nos dizer? — Andrew disse curioso.
— É, Jae, o que foi? — perguntou com a boca cheia de chocolate, estava ao seu lado, exatamente na mesma situação.
— Eu vou voltar. — ele disse e todos paralisaram, inclusive , que estava a seu lado. — E pretendo me casar, mas primeiro a noiva precisa aceitar o meu pedido.
— Você pediu alguém em casamento? — e Amelie disseram juntas.
— Quem seria doida de se casar com você? — zombou e então olhou para o lado, vendo ainda paralisada e com os olhos arregalados. — Ah, é verdade, eu conheço alguém que aceitaria.
, esse não é o pedido formal. Quando eu voltar com todas as minhas coisas, eu juro que faço um próprio, mas por enquanto... — ele disse tirando a pulseira que ela havia lhe dado quatro anos atrás. — Você me aceita? Eu entendi tarde demais, mas pelo menos entendi. Lar não é onde nós estamos, mas sim com quem nós estamos. É assim que eu me sinto sobre você. Você, , minha família e meus amigos são tudo o que eu preciso.
— Eu... — ela engasgou, parou, respirou fundo e tentou falar mais uma vez. — Eu não sei o que dizer.
— Só diz que você aceita, por favor! — disse quase gritando.
— Eu aceito! — ela disse rindo e abraçando em seguida.
, você me deve cinco notas de dez! — o amigo disse, fazendo todos darem risada.
— Espera, você apostou contra o sim? — perguntou quase ofendido.
— Eu achei que demoraria mais um pouco, porque você precisa trazer a Yin. — ela disse citando a cachorrinha. — E sem a Yin aqui não tem casamento.
— Você é quem manda, vou buscá-la na próxima semana! — ele disse rindo junto com todos os outros da sala.

“By the time when my trip is over, I’ll know it Like that time holding you in my heart, I’m coming home...”



FIM



Nota da autora: Finalmente COMING HOME saiu com esse especial. Eu não achava que conseguiria, mas esse plot aqui guardado a mais de um ano me implorou para ser desenterrado, eu aceitei e bom, aqui estamos nós. A história foi simples, mas ficou do jeito que eu imaginei, espero que vocês tenham gostado e mais uma vez agradeço pela existência das minhas bffs Biba, Bru e Cami que me ajudaram com essa jornada complicada, mas gostosa.
Se você gostou, não esqueça de deixar seu comentário no link da caixinha!
Muito obrigada por ter lido!
Xoxo, Caleonis



Nota da beta: Esta beta está extremamente chorosa...
Bom, como vocês sabem, o Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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