MV: Into You

Finalizada em: 09/05/2019
Music Video: Ariana Grande - Into You


Capítulo Único

- null, seu motorista está a sua espera!
- Estou indo, Lindsay.
A garota passa as mãos pelos cabelos castanhos e dá uma última olhada no seu próprio reflexo no espelho, antes de sair do banheiro.
Pega sua bolsa da Channel em cima da cama e então, abre a porta do quarto e sai. Desce as escadas com calma e elegância, como sua mãe ensinou desde pequena, e quando vê seu motorista, involuntariamente ela abre um sorriso.
Coisas que null causava nela, todos os dias. Sorrisos bobos, nervosismo e coração acelerado.
- Senhorita null - ele faz uma breve reverência, e abre um de seus sorrisos maravilhosos que faz o coração da mulher palpitar.
- Olá, null. Vou precisar de você a tarde toda.
null abre um sorriso malicioso e, em seguida, disfarça pelos olhares dos outros empregados sobre os dois.
- Estarei ao seu dispor, Senhorita. Sou seu motorista e seu segurança, prezo pela sua segurança.
- Que bom, então vamos.
- Claro!
null faz um gesto indicando que ela deveria passar primeiro, num ato completamente cavaleiro, e acaba arrancando um riso da garota. Ele vem atrás, arrumando seu terno e conferindo seu ponto no ouvido, que estava interligado com os outros motoristas e seguranças da mansão dos null.
Do lado de fora, os seguranças pareciam se duplicar, todos com pontos e ternos e expressões sérias no rosto.
null abre a porta para a mulher e ela entra, acomodando-se no seu assento.
O segurança entra em seguida, fecha a porta do carro, aperta o botão e os vidros completamente escuros do carro, dá a devida privacidade aos dois.
- Devo dizer que está linda, senhorita null? - pergunta, olhando a mulher no banco de trás com seu típico sorriso malicioso.
- Gostaria muito de ouvir novamente, senhor null.
Ambos gargalham numa sincronização estranhamente agradável e encaram-se através do espelho do carro.
- Você é maravilhosa.
null sorri tímida e sente suas bochechas esquentarem. Mais uma das reação de null quando null elogiava.
Eles se entreolharam por alguns segundos e quando null percebeu que ela estava envergonhada, escondeu um sorriso e ligou o carro.
- Então, linda, para onde vamos?
- Deixa-me na empresa da minha mãe, tenho uma reunião importante em poucos minutos.
- É pra já, senhorita - ele piscou maroto para ela.
Ele ligou o rádio e colocou na estação favorita dela.
- Hoje meu dia será longo, null.
- Prefiro quando você me chama de null, principalmente se for num tom de gemi...
- null! - exclamou horrorizada, o que fez o homem rir alto. Ela não resistia ao som da sua risada e, negando com a cabeça, ela começou a rir também.
- Você trata o sexo como se fosse algo ruim, senhorita.
- Não é sobre o sexo em si. Ele é bom...
- Bom? - foi a vez de null exclamar horrorizado.
- Incrível, maravilhoso, gostoso, todos os adjetivos que existem.
- Não há adjetivos suficiente para descrever o nosso sexo, senhorita.
E mais uma vez as bochechas esquentaram.
- Então... Não é sobre o sexo, mas é sobre nós.
null olhou curioso para a mulher com uma sobrancelha arqueada.
- Quero dizer, o que temos é maravilhoso, mas... Ah, deixa quieto, null - ela abanou a mão no ar.
- Não, não. Fale, eu gostaria saber sobre o que você acha.
- null... eu... assim, isso - ela aponta para os dois. - É totalmente proibido e... não sei, para os meus pais é algo inaceitável, e se eles desconfiarem de qualquer envolvimento entre nós, você é um homem morto e se der sorte, um homem desemprego pelo resto da vida como segurança.
null assentiu concordando.
- Você não escutou quando eu disse que faria qualquer coisa por você? - perguntou, olhando fixamente nos olhos claros da garota. - null, eu não me importo com o dinheiro, se eu tiver você do meu lado.
- Eu escutei, mas eu não posso mentir... nunca... null, não podemos ter um relacionamento, entende?
Ele concorda, ainda encarando a mulher.
- E não é por que eu não quero, porque eu realmente gosto de você, mas... é sobre meus pais e minha família, e...
- Eu compreendo, sua reputação mancharia se descobrissem que você fica com o seu motorista/segurança.
- null, não. Por Deus, não é isso, mas é que eu não quero ver você sendo humilhado por alguém por culpa minha.
- null, chega. Eu não estou pedindo pelo seu amor mesmo, não há necessidade de explicar nada, você pode continuar me usando para foder, porque eu não me importo, vou aproveitar cada segundo com você - respondeu, friamente.
- null...
null retorna em sua posição e continua a dirigir.

- Que horas posso voltar? - null perguntou, sem olhar para a garota.
- null... - ela murmura, enquanto disfarça por causa dos olhares das pessoas.
- Que horas, null?
Ela olha rapidamente em seu rosto e apenas vê o olhar duro e frio de null e suspira.
- Daqui três horas.
- Estarei aqui 10 minutos antes, tenha uma boa reunião e bom dia.
E entra rapidamente no carro em um piscar de olhos, deixando uma null um pouco boquiaberta. Ela disfarça novamente e sorri para algumas pessoas e entra na empresa.
A cada passo, seu salto alto ecoa no espaço luxuoso da empresa, os seguranças cumprimentam casualmente e alguns funcionários arriscam a sorrir para a mulher.

(...)


null abre a porta do carro, sem retribuir o olhar de null. A mulher, já estava aflita pelo silêncio e cara fechada do segurança. Mas entrou no carro e esperou null entrar e dar partida, ainda naquele silêncio.
- null...
- Sim, senhorita null?
Ela revira os olhos.
- Sem formalidades, estamos apenas nós dois aqui.
null apenas ficou em silêncio e assentiu.
- Por que está tão distante?
- Estou normal, senhorita.
null bufou impaciente.
- null, olha... se for pelo o que eu disse hoje...
- Não é nada pessoal, apenas deixe-me trabalhar, senhorita - falou rude, mas do seu jeito educado de tratar os patrões.
null bufou, encostou sua cabeça no banco, e fechou os olhos.
E assim foi a viagem até sua casa, com os olhos fechados e pensamentos a mil.

Ela estranhou o fato de null estar agindo daquele jeito frio com ela. Ela sabia que mexeu com ele depois de suas duras palavras. Não queria admitir, mas sentiu-se impotente por ter causado algum tipo de sofrimento em null.

- Senhorita null?
Ela abriu os olhos e seus olhos claros encontram-se com os de null. Tão brilhantes e profundos.
- Apenas null, null.
- Você já disse isso - respondeu e voltou em sua posição.
null retirou o cinto de segurança e se aproximou de null.
- O que você tem? - perguntou baixo, perto do seu ouvido.
Imediatamente o corpo do homem se arrepiou e ele amaldiçoou em seus pensamentos pelo poder que aquela mulher tinha sobre ele.
- Nada...
- null... - sussurrou e acariciou uma de suas bochechas
- null, acho melhor entrar.
- Eu não quero.
- Mas eu...
- Eu quero você - sussurrou e encostou seus lábios em sua bochecha, no mesmo instante, null fechou os olhos. - Apenas você. Você não me quer?
- Você sabe a resposta - respondeu simplesmente, ainda de olhos fechados.
null continuou com seus beijos carinhosos pelo rosto do homem e quando aproximou-se de sua boca, tão convidativa, buscou o olhar de null.
- Quero te beijar - falou, olhando profundamente para ele.
Eles se encararam por um instante e null reage. Suas mãos tocam a bochecha de null e ele acaricia o local, em seguida seus dedos passam por os fios castanhos da mulher. null fecha os olhos e entrega-se a sensação que null causava nela, com apenas um toque.
Então, os lábios de null se encostam nos dela, por um momento, e ela fica com a boca entreaberta e sente a língua dele para invadir sua boca, saboreando, degustando de seu sabor.
O beijo se torna intenso e viciante, nenhum queria ser o primeiro a quebrar aquele contato.
O meio das pernas de null despertou quando as mãos de null tocaram o local. Ela foi a primeira a separar os lábios, e num piscar de olhos, sentou-se no colo de null e retomou o beijo intenso de antes.
Ele mordia seus lábios levemente e os chupava em seguida, causando um aperto no interior de null. As mãos de null desceram para os glúteos da mulher e apertaram com uma certa necessidade. Arrancando um gemido baixo dela, enquanto suas mãos arranhavam a nuca do homem, e depois desceu até a gravata dele.
Arrancou com cuidado, ainda sem deixar de parar o beijo. Foi a vez de null romper o beijo.
- Alguém pode nos ver aqui.
- Eu quero sentir você, não me importo com ninguém.
- null - ele sussurrou, tentando se controlar.
A mulher percebe e rebolou lentamente sob o membro duro dele, fazendo ele fechar os olhos e soltar um suspiro.
- Você me deixa louco.
Ela sorriu maliciosa e retira sua própria blusa.
- null - murmura, completamente hipnotizado pela visão dos seios da mulher.
Ele toca aquela carne quente e macia e aperta entre a palma da sua mão, em seguida, leva seus lábios até o seio esquerdo dela e começa a chupar o mamilo. null suspira, jogando sua cabeça para trás, completamente entregue.
Seus lábios mordiscam o outro seio e aperta-os com força. null sente o volume ficar mais visível nas calças dele e suas mãos param no cinto dele. Ela faz tudo com pressa e joga o cinto no outro banco.
nullKyle ajuda ela, erguendo seus quadris e puxa um pouco a calça para baixo e sua cueca. Ela morde os lábios, repreendo um gemido quando avista o membro completamente duro do homem. Tão excitado somente por ela.
Com desespero, ele puxa seu rosto e beija os lábios dela. As mãos de null descem ligeiras, param no membro do homem e apertam levemente, fazendo ele parar o beijo para respirar profundamente.
Ela começa a acariciar o pênis dele, com calma e força nas mãos, e sempre sorria quando ele apertava os lábios fortemente para não gemer.
- Eu quero escutar você gemendo, null - sussurra no seu ouvido, enquanto aumenta os movimentos de sua mão sobre o pênis dele.
Ele não responde, suas mãos apertam os seios dela com força e descem para os seus glúteos.
- null... - ele murmurou, entregando-se ao prazer que as mãos dela causavam em seu corpo.
Ela sorri e começa a beijar seu pescoço, sem parar os movimentos.
O pré gozo dele começa a escorrer e ela para os movimentos, devagar.
- Por que... - Kyle reclama segurando a cintura dela.
não responde e ergue sua saia para cima, dando a null a visão maravilhosa de suas pernas torneadas e sua calcinha vermelha.
- Gostosa - sussurrou no seu ouvido e em seguida deu um tapa em sua bunda.
Ele passa as mãos pelas pernas e para quando chega na sua calcinha, passa os dedos por ali, sentindo null molhada somente para ele. Seus lábios se curvam em um sorriso, e então ele começa a fazer movimentos torturantes ainda por cima da calcinha em null. Totalmente excitada, ela começa a rebolar contra os dedos dele, causando uma fricção gostosa.
null observa tudo maravilhado.
Ver null com os olhos fechados e os lábios entreabertos, era uma visão incrível, ele nunca se cansaria de vê-la chegar ao ápice do prazer e gemer seu nome.

Afasta a calcinha dela e introduz um dedo em seu interior molhado e quente. Os dois gemeram juntos pelo toque, null começa a penetrar a mulher com toda calma do mundo e null encontrava-se desesperada para libertar o seu orgasmo, rápido.

- null, quero você dentro de mim - falou, com a boca colada com a sua. - Agora.
null diminui o ritmo das estocadas do seu dedo, observando o desespero da mulher.
- Você quer o que, amor?
null respirou fundo e gemeu baixinho.
- Você...
null não espera um segundo e invade com seu membro duro dentro dela, suas estocadas são fortes e profundas, fazendo ela revirar os olhos de prazer.
Os dois estavam muito excitados e provavelmente não aguentariam. null estava no seu limite, o interior da garota apertado e quente, enlouquecia o homem. E então, ele continuou com suas estocadas.
- null... - sussurrou, puxando os fios de cabelo da mulher.
Seu corpo entrou em espasmos e no mesmo instante, gozou.
null não demorou muito, null passou a acariciar sua intimidade e então ela gozou, repreendendo um gemido de prazer no pescoço dele.

Ficaram por alguns minutos descansando, ainda abraçados. E null que desfez o contato, saiu de cima do colo dele, e começou se arrumar. E null fez o mesmo.
- Preciso ir, null - ela fala e aproxima-se do rapaz, para beijá-lo. - null?
Ele olha curioso para a garota, após o beijo.
- O que acha de amanhã termos um dia off?

(...)


null estava há dois quarteirões afastado da mansão dos null com sua moto. E sorri, quando avista uma null linda, vindo em sua direção.
- Bom dia, senhorita - null comprimenta com um sorriso debochado nos lábios.
null apenas revira os olhos, rindo.
- Vamos logo, null.
- Antes, quero meu beijo de bom dia.
A mulher ri, mas se aproxima dele, pegando seu rosto entre suas mãos e beijando carinhosamente seus lábios.
- Bom dia, null - ela diz, após o beijo.
Ele sorria abertamente e pisca um olho para ela, fazendo-a gargalhar.
- Sobe aí - ele diz e entrega o capacete. Ela coloca na cabeça e sobe na moto, agarrando a cintura de null.
- Preparada para o melhor dia da sua vida?
- Nasci pronta.

Eles passam por várias estradas e lugares muito interessantes. E então, null para a moto num posto de gasolina. Eles descem da moto e a primeira coisa que ela faz, é entrelaçar sua mão com a dele.
Ele olhou para todos os lados, mas provavelmente não há ninguém ali, então dá de ombros e continua a andar.
Entram na loja de conveniência e procuram por algo para comer.
Compram mais do que é necessário e um rapaz meio entediado, atende eles no balcão.
Eles saem da loja e sentam-se numa cadeira. null coloca os salgadinhos em cima da mesa e cada um pega um, começando a comer.
- Por que resolveu ter esse "day off"? - ele perguntou.
- Hum... talvez pensei que seria uma forma para eu me redimir com você pelas bobagens que eu disse.
- null, olha...
- Não, null. Eu sei que falei merda e machuquei você, eu não queria ter sido fria, então me desculpe.
- Não há nada pelo que se desculpar, desde o primeiro momento eu sabia que nosso caso era proibido, você apenas me acordou para a realidade. Eu estava sonhando e você fez o certo.
- Acontece que eu não queria acordar para a realidade, quero continuar sonhando com você aqui do meu lado, sempre.
Ele respira fundo e pega a mão dela que estava em cima da mesa.
- Um dia algo irá acontecer, null. Talvez alguém descubra e tudo estará acabado, você sabe.
- Eu sei.
- Então vamos esquecer sobre isso, que tal? Ali tem um quarto, vamos lá.
Ela concorda e levanta-se. Novamente, seus dedos se entrelaçam com os dele e começam a caminhar.
null abre a porta do quarto e espia lá dentro, encontrando o vazio. Então, null entra e coloca a sua bolsa em um canto qualquer. null se joga no colchão e chama a mulher em sua direção.
Ela obedece e se joga na cama também.
- Tenho um jogo de cartas aqui, quer brincar?
- Sim.
Ele pega as cartas e começa a embaralhar tudo.
- É UNO, sabe brincar?
- Eu tive infância, null.
- Ah, não sei. Talvez sua infância era apenas viajar e tals, não tenho como adivinhar que você fazia coisas tão comuns.
A garota gargalhou e empurrou levemente os ombros dele. null então distribuiu as cartas e começaram a jogar.
De primeira, quem ganhou foi null. E então, ele provocou dizendo que as viagens internacionais dela não a fizeram ganhar. Mas na segunda rodada ela ganhou.
E assim ficaram até se cansar.

Ela jogou as cartas num canto na cama e deitou-se. null faz o mesmo e deitou por cima do corpo dela, e então, beija seus lábios.
Eles começam a se beijar intensamente e apenas se separam para respirar melhor.
- Você ama ele?
A pergunta repentina de null faz ela arregalar os olhos levemente.
- Não...
- Era disso que eu precisava saber. Vamos fazer outro jogo, mas de perguntas e respostas - ele disse sorrindo feliz e sentou-se na cama esperando por ela.
null senta-se de frente para ele.
- Então comece, null.
Ele riu e concordou.
- Hum... eu sei que sua fruta preferida é morango... então qual é seu filme favorito?
- De repente 30.
- Ah, um belo clichê, não? Sua vez agora.
- Série favorita?
- Greys Anatomy - responde rapidamente.
- Prefiro Supernatural.
- Greys - ele debateu
- Supernatural. - respondeu.
Eles começam a rir.
- E qual é sua profissão dos sonhos?
- É óbvio que ser segurança não é uma profissão maravilhosa perto da sua, mas eu gosto de trabalhar com isso.
- Por que?
- Porque eu te conheci - respondeu.
null sorri levemente e desviou do olhar dele.
- Mas se eu pudesse escolher, seria engenheiro. E você?
- Policial Civil.
null reprimiu uma risada.
Quando que a Senhorita null null null seria uma policial civil?
- Por que gosta dessa profissão?
- Ah, eu acho maravilhoso o fato deles cuidarem da sociedade - ela disse, simplesmente.
- Te entendo.
- E qual o seu tipo favorito de filme?
- Gosto de terror - ele dá de ombros.
- Prefiro meus clichês românticos.
- Quem diria, hein, a herdeira da maior empresa da América, gostando de clichês - ele comentou rindo.
- Mas isso é normal, você e outras pessoas que tem uma imagem de mim completamente distorcida do que eu realmente sou.
- E o que você realmente é?
- Sou... uma mulher normal, não é a minha conta bancária que diz algo sobre mim, sou rica, mas, é daí? Não posso ser uma pessoa normal também?
- Você é bilionária - null intrometeu.
- Tanto faz, no fim, eu não sou ninguém, simplesmente um fantoche nas mãos dos meus pais, você sabe.
- Por que não se muda de lá?
- Por vários motivos, null.
Ele concorda em silêncio, aproxima seu rosto perto dela e beija levemente seus lábios.
- Vou estar aqui sempre que precisar.
Ela sorriu. Mas por dentro, o aperto no seu peito aumentou, por que ela sabia, um futuro com o seu segurança era totalmente incerto.

Eles estavam do lado de fora, brincando como duas crianças. null pulava em suas costas e, as vezes, o próprio null imitava um cavalo, fazendo a garota rir até sua barriga doer.
Infelizmente estava ficando tarde e null teve que levá-la embora.

- Nos vemos hoje à noite - ele diz, logo que ela retira o capacete.
null faz uma careta, porque tinha se esquecido completamente do maldito evento de hoje à noite.
- Nem me lembre.
- Olha, se não tiver com vontade de ir, lembre-se que eu estarei lá, te observando - ele falou e piscou um olho.
- Vou colocar meu melhor vestido... para você - sussurou.
null engoliu em seco e disfarçou com um sorriso.
- Vou ficar linda para você, apenas. Porque não há ninguém além de você que eu gostaria do meu lado.
Ele sorriu e puxou a cintura dela, beijando-a.
- Então, fique mais linda do que já é. Não deixarei de te admirar um segundo sequer.

(...)


null estava pronta.
Vestiu seu melhor vestido, um vermelho que ficava grudado no seu corpo e era comprido, o modelo do vestido destacava suas costas e um decote na frente. Colocou salto alto. Sua jóia mais cara. Seu cabelo estava solto, com as pontas num curvar invejável. Seu olho preto a deixava com um olhar mais confiante e sedutor. Seus lábios estavam destacados pela cor vermelha.
Ela estava incrivelmente linda e tudo isso era apenas para um pessoa em especial.

Não para o homem ao seu lado, que tinha um braço por cima do seu ombro enquanto dizia coisas que ela não compreendia muito bem, pelos pensamentos focados em outra pessoa.
Naquela pessoa que estava ali, do outro lado do salão de festas, com seu terno preto e olhar duro, a mandíbula trincada e ombros largos.
Como se tivesse percebido a presença da mulher no local, os olhos frios de null null miraram diretamente em null.
Imediatamente seus olhos brilharam.
Ele queria sorrir para ela, queria correr e beijar seus lábios vermelho, queria ser aquele que segurava a sua cintura.
Mas não era, não passava de um simples segurança.
O mundo de null parou. Ela não ouviu nada do que Josh dizia, por que estava completamente focada na figura de null, pois ele estava lindo como sempre.
Como da primeira vez que o viu e no mesmo instante sentiu seu coração bater mais rápido.
- Vamos logo, null. Porra, não temos o tempo todo! - o seu namorado reclama em seu ouvido, puxando-a pelo braço.
Ela aperta seus passos, mas não deixa de dar o último olhar.
E vê null null com os punhos cerrados, olhos bem abertos e ardentes e a cara fechada.

Os discursos estavam enchendo a paciência de null. Sempre que alguém acabava de falar, Josh cutucava seu braço para ela prestar atenção e usar sua educação para aplaudir.
E então, chegou sua vez. Josh vestiu sua máscara de bom namorado, levantou da cadeira e estendeu a sua mão na direção de null.
Ela ficou um tempo encarando sua mão parada em sua frente e seus olhos foram atraídos para outra pessoa.
Ele estava atrás de Josh, encostado numa parede com os braços cruzados. Ela observou seu rosto por cima dos ombros de Josh. Seu peito se apertou, porque ela não era corajosa o suficiente para pegar na mão da única pessoa que a tratava bem.

Arrependeu-se quando aceitou a mão estendida e levantou da cadeira.
Arrependeu-se enquanto caminhava até o palco e o barulho ao fundo das pessoas batendo palmas.
Arrependeu-se quando Josh segurou o microfone e segurou fortemente sua cintura, forçando-a a ficar do seu lado.
Arrependeu-se quando recebeu os aplausos que não merecia e muito menos Josh.
Arrependeu-se quando Josh apertou com maior força sua cintura, mas disfarçou diante das câmeras com seu sorriso, não dando opção a ela, se não sorrir forçadamente também.

Então, desceram do palco e caminharam de volta à mesa. No meio do caminho, null passou ao lado de null.
Ele não olhou para ela, não podia fazer isso e ele ficou parado com os olhos distantes e queixo levemente erguido.

Os discursos chatos tinham acabado e null agradeceu mentalmente. Mas a tortura de estar ao lado de Josh babaca ainda não tinha terminado por completo.
Estavam sentados e Josh sempre pegava em sua mão e depositava um beijo "carinhoso" ali. E sorriu, quando uma câmera flagrou o momento entre a jovem mais rica da América com o ator mais famoso do momento.

- null, irei falar com uns amigos. Não saia daqui e nem vem atrás de mim - ele cochichou no seu ouvido.
- Mas que absurdo! Eu quero conversar com alguém também.
- Cale a porra da boca, mulher! Você tem o direito de ficar calada e quieta na merda do seu lugar se não quiser que eu a corrija depois por isso.
null estremeceu e assentiu rapidamente.
Josh deu um sorriso falso e levantou-se.

A mulher acompanhou tudo com um olhar cerrado, viu quando Josh comprimentou alguns homens e pediu uma dose para o barman. Quando ele bebeu tudo em um gole só e pediu por mais. Quando gargalhava abertamente junto com os amigos, enquanto ela continuava ali, apenas olhando.
Quando uma mulher se aproximou e cochilou no pé do seu ouvido, arrancando um sorriso completamente malicioso de Josh. Quando ele passou as mãos pelos glúteos dela e sorriu. Quando a mulher se afastou com uma piscada ligeira e depois seus amigos sorriam e batiam levemente em seu ombro, falando o quão sortudo ele era por ter uma mulher daquelas.

Aquilo tudo era demais para ela.
null não aguentava mais assistir aquilo normalmente.

E do outro lado do salão, null assistia a sua decepção com um olhar irritado, pelo babaca do Josh não a valorizar devidamente.
Queria estar ao seu lado agora, queria estar conversando com ela e fazendo-a gargalhar. Mas não podia!
Assistiu também quando ela levantou-se e olhou brevemente para Josh e saiu andando entre a multidão de pessoas bêbadas e famosas.

Então, a perdeu de vista. Imediatamente, saiu de seu lugar.

- Volte aqui, null - um de seus colegas gritou.
- Preciso ver onde a Senhorita null foi, ela desapareceu - explicou brevemente e deu as costas para os outros seguranças.
Procurou entre as pessoas pelo rosto da mulher que amava.
Mas quando olhou em volta, encontrou-se completamente perdido. Então, começou a falar com o ponto em seu ouvido.
- Preciso de reforço aqui no salão de festas, a Senhorita null não está no meu campo de visão.
- Um dos seguranças acabaram de falar que ela passou por ele, não se preocupe.
- Para onde ela foi?
- Desde quando isso é da sua conta, null? Continue seu serviço corretamente agora mesmo.

Bufou irritado e deu uma última olhada ao redor. E viu Josh beijando descaradamente uma mulher.
- Babaca - null sussurrou.

null passou por um dos seguranças, disse que estava bem e negou quando um deles se ofereceu para levá-la embora.
Ela tinha um objetivo aquela noite.
Ninguém mais veria seu rosto naquela maldita cidade.
Estava decidida a ir embora hoje mesmo e nunca mais olhar para seus pais e muito menos para Josh.

A única pessoa que ela sentiria falta seria de null. Apenas ele.
Continuou caminhando pelas ruas, completamente decidida sobre o que faria.
Pela primeira vez na sua vida, ela faria suas próprias escolhas.
Ela seria um ser humano normal.
Ela seria uma mulher de decisão e não um fantoche de sua mãe. Iria tentar fazer sua própria vida, mas com seu coração preso em null. Talvez fosse tarde demais para perceber que o amava.




Fim.



Nota da autora: Sem nota. 30/04/2019.


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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