Finalizada em: 18/05/2021
Music Video: Midnight Memories - One Direction


Caro leitor,
se você disser que não ama uma fofoca, você está mentindo.

Sobretudo nesta época do ano, quando nosso querido gatinho (miau), Styles, dará a sua lendária festa de começo de semestre. Eu sei, eu sei. Poucos de vocês terão a sorte e a exclusividade de um convite, mas é para isso que estou aqui — e prometo não deixar passar nada.

XOXO.

– COLUNA DE FOFOCA DO JORNAL ESCOLAR DIÁRIO DA WEST ACADEMY.


o desastre


— Mas que merda! — exclamou , do outro lado da sala. — Me deixe falar com ela.
apenas estendeu a mão, pedindo para que ele esperasse. Aquela não era uma boa ideia.
A sala da casa de estava quase vazia, se não fosse pelo seu grupo mais próximo de amigos e Connor, o garoto que era da mesma sala de matemática que e passava a fila das provas para ele.
Aparentemente, Connor foi o único que não recebeu o cancelamento falso do que deveria estar sendo a festa do ano, e apareceu lá, se sentindo importante por estar tendo um momento exclusivo com os garotos.
olhou para ele, dançando sozinho no meio da sala iluminada, como se aquela fosse a melhor noite de sua vida, e pensou que a cena seria cômica se não fosse trágica. Porque era trágica.
Entre seus amigos, estava jogado no sofá, afundado em um copo de ponche batizado, acompanhado de , que interagia apenas com Stormtrooper, o cachorro de ; já cochilava em uma das grandes poltronas havia alguns minutos, enquanto estava tentando acalmar e falar ao telefone com a culpada por tudo aquilo: .
Ela havia mandado o cancelamento falso da festa para o e-mail de todos do colégio West Academy, alegando que a festa havia sido remarcada para a noite seguinte, em sua própria casa. Como a garota mandou os e-mails apenas uma hora antes do horário marcado por , ele não teve tempo para desmentir nada, e seus colegas, desapontados, já haviam feito outros planos para aquela sexta-feira à noite.
Ignorando o pedido de para que ficasse calmo e o deixasse cuidar daquilo, arrancou o celular da mão do amigo, praticamente gritando:
— Quando você vai parar de sabotar a minha vida, ? Ainda não se cansou desse joguinho estúpido?
— Hum, deixe-me ver… — a garota respondeu, do outro lado da linha, enquanto analisava suas unhas perfeitamente pintadas de rosa claro. — Acho que quando perder a graça. E você não tem noção de como ainda é engraçado, bonitinho.
— Quero minha festa de volta. Quero agora! — reverberou em sua sala, fazendo com que acordasse do seu cochilo. — Mande um e-mail para cada aluno daquele colégio dizendo que a festa de amanhã vai acontecer aqui, ou eu não me responsabilizo pelo que vou fazer.
— O que vai fazer, bonitinho? — perguntou. — Encher meu armário de creme de barbear? Não deu muito certo da última vez, deu? Você foi parar na diretoria, pego no flagra.
— Eles acreditaram que foi só um acidente! E pare de me chamar de bonitinho!
— Já chega! — se manifestou, tomando o seu celular de volta. — Vamos fazer uma aposta, . Quem ganhar é o anfitrião da festa.
— E quem disse que eu tenho tempo para seus joguinhos, ?
— Não sei se tem, mas sei que não resiste a um desafio.
Após alguns segundos em silêncio, ponderando se valeria à pena arriscar ser a anfitriã da festa que mantinha , seu ex-namorado, no topo da linha de popularidade do West Academy, respondeu:
— Tudo bem, pegue uma caneta e comece a anotar.


a aposta


1. Roubar o tempero secreto do Kali Kebab.
2. Achar uma caixa de Twinkies.
3. Pendurar uma roupa íntima do oponente no Tower Bridge.

TERMINAR TUDO ATÉ A MEIA NOITE.
GRUPO QUE TIVER FEITO MAIS PONTOS, MAIS RÁPIDO,
VENCE.


Os garotos olhavam para o papel, em um misto de emoções ao que estavam prestes a fazer.
— Podemos ser presos — concluiu ao terminar de ler a lista. — Podemos não, nós vamos ser presos, do jeito que temos sorte.
— Não vamos ser presos coisa nenhuma, seu covarde — respondeu, arrancando a lista da mão do amigo.
Connor, que ainda os seguia, respondeu prontamente:
— É muito provável que sejam. Se precisar entrar no quarto da sua ex-namorada sem sua autorização para pegar uma de suas calcinhas, , pode ser acusado de invasão domiciliar. E se pendurar uma calcinha no Tower Bridge e ser pego por um dos guardas, pode ser acusado de vandalismo. Sem falar na provável acusação de roubo ao tempero do senhor Kebab, claro.
— Connor, agora não — suspirou, esfregando as têmporas.
— Vamos começar pelos Twinkies, certo? Deve ser o item mais fácil — contestou.
— Achar uma caixa inteira de Twinkies um dia depois do Halloween? Você está brincando. Não vamos achar nunca — respondeu.
, vocês namoraram por um ano, por favor, me diga que tem alguma calcinha dela por aí…
— Não...
— Você só me decepciona — respondeu, em tom sério.
— E acho que deixei uma cueca minha na casa dela… o que já nos deixa em desvantagem.
— Cavalheiros — anunciou em tom de desistência —, foi bom ser anfitrião da maior festa do ano com vocês.
— Cala a boca! — os outros responderam, em uníssono.


o kali kebab


Londres é uma cidade bem grande. Ainda assim, o senhor Kebab consegue ser conhecido como o velho mais ranzinza da grande capital inglesa. Ninguém sabe ao certo seu sobrenome, mas ele ficou conhecido por seus famosos Kebabs, espetada de pedaços de carne, deliciosos de sua lanchonete (e pelo seu mau humor também). É lá onde grande parte dos alunos do West Academy costumam ir depois de jogos de futebol ou bailes de formatura, para infelicidade do velhote, que não suporta nenhum deles. A única vez que abre a boca para puxar conversa é quando fala da importância de seu tempero secreto, passado entre sua família por várias gerações, e ameaça qualquer um dos “pivetes”, como gosta de chamar os alunos, que tentem roubá-lo.
Bom, e sabiam que não seria fácil. Souberam ainda mais quando chegaram, juntos, em frente à porta da lanchonete.
Não importa quanto tempo tenha passado desde que decidiram terminar: o primeiro impulso que têm ao se verem, é, no mínimo, dar um abraço caloroso — mas agora eles apenas resistem, por mais que doa.
Tentando disfarçar o clima entre os dois, pigarreou e se aproximou da garota, antes de dizer:
— Pronta para perder de lavada, ?
You wish respondeu, cerrando os olhos.
A lanchonete estava lotada, tanto de estudantes quanto de pessoas mais velhas, tentando ter uma sexta-feira tranquila e longe da agitação de Londres.
Para a felicidade de , o senhor Kebab tinha chamado seu sobrinho um pouco mais velho, que já estava na faculdade, para ajudá-lo com o movimento. Ela já sabia o que fazer.
— Vocês precisam distrair o velho para que eu possa entrar na cozinha e procurar o maldito tempero — cochichou para os amigos. — , preciso que seja mais inconveniente que o normal.
— Ei! — protestou .
, espero que esteja com fome. Peça tudo que quiser e coloque na minha conta, deixe o Kebab ocupado.
— Pode deixar — respondeu, já lendo o cardápio.
Ao se esgueirar para a parte de trás do balcão, aproveitando a barulheira que , e estavam fazendo, que tiraria qualquer um do sério, e vendo que fazia as perguntas mais aleatórias ao senhor Kebab sobre o cardápio, deixando-o louco, parou ao escutar a voz de sua ex:
— Você se importa de me mostrar como funciona o backstage? — falava para o sobrinho do dono da lanchonete, com uma voz provocativa que conhecia bem. — Sempre pensei que seria emocionante trabalhar em uma cozinha de restaurante, como em um programa de culinária. Você se incomodaria em me mostrar?
Ela nunca pensou em trabalhar com cozinha!, pensou, se perguntando por que o fato de estar dando em cima de outro cara, mesmo que seja descaradamente apenas por interesse, o incomodava tanto. Por puro impulso, reagindo ao ciúme irracional que estava sentindo, ele teve uma ideia.
Ficou escondido, atrás do grande fogão industrial que tinha na cozinha da lanchonete, até ver chegar com o “Kebab mais novo”, que estava nas nuvens por estar recebendo atenção de uma garota tão linda como ela.
— Espere um pouco, vou procurar meu chapéu de chef para te mostrar — o garoto falou, se afastando o suficiente da garota para que pudesse chamá-la.
Psssssiu! ! — ele cochichou um pouco alto demais, assustando a menina que estava praticamente do seu lado.
— Você está maluco? Vão te pegar aqui! — ela respondeu, baixinho.
— Eu tenho uma proposta — ele anunciou, sério.
— Não quero negociar nada com você.
Antes que pudesse responder, sem querer, esbarrou em um amontoado de panelas, causando um estrondo na cozinha e chamando a atenção do sobrinho do senhor Kebab, ainda procurando “seu chapéu” (que tanto quanto sabiam que deveria ser, na verdade, do seu tio).
— O que foi isso? — ele perguntou, ainda de longe.
— Ah, nada… — respondeu, fazendo sua melhor cara de inocente, que convenceu o garoto que estava tudo bem em apenas alguns segundos.
— Eu já consegui o tempero, é só caldo de knorr! — cochichou novamente.
O quê? perguntou, confusa. — Quer dizer que temos o tal do “tempero ultra secreto” no armário da nossa cozinha esse tempo todo?
AAAAAAAAA! NÃO! gritou do lado de fora da cozinha, chamando atenção de todos.
— Que barulho foi esse? — perguntou o sobrinho Kebab.
— Acho melhor você ir até lá, ver o que aconteceu — respondeu.
— Não saia daqui, está bem?
O garoto saiu correndo, deixando e a sós.
— Venha aqui — chamou, ainda escondido atrás do fogão, esquecendo-se de que não precisava mais cochichar. — Troco um pouco do tempero por uma calcinha sua.
não respondeu. Ficou apenas observando o ex namorado, pensando no que ele estava aprontando. Será que podia mesmo confiar nele?
— Olha, você tem o tempero e uma cueca minha, eu tenho o tempero e a calcinha. Estamos empatados — ele explicou. — Vamos apenas atrás dos malditos Twinkies e correr até o Tower Bridge. É o justo.
Os barulhos fora da cozinha se intensificaram, aguçando a curiosidade dos dois e fazendo com que não perdesse muito tempo pensando na proposta. Não saberia nem por onde começar a procurar aquele tempero se não tivesse a ajudado e contado o que realmente era, afinal.
— Feito — ela respondeu, apertando a mão de formalmente e recebendo o pequeno recipiente com o caldo knorr que o garoto segurava.
Ao saírem da cozinha de fininho, deram de cara com , em cima do balcão, com a cara tão vermelha quanto um tomate.
— Mas que m…
— Está apimentado demais! — ele gritou, desesperado.
— Ele pediu com pimenta extra! — O senhor Kebab protestou, apontando para um inútil, que não soube como se defender.
— Eu, eu…
— ÁGUA! PRECISO DE ÁGUA, berrou.
Seguindo uma sequência digna de um filme de comédia, apareceu com um copo de leite, jogando-o na cara do amigo, que, por sorte, acabou engolindo boa parte da bebida. E, como se não fosse o suficiente, surgiu com o extintor de incêndio, acionando-o bem na cara de , que ficou coberto de espuma mecânica. Mal tiveram tempo de reagir ao que estava acontecendo, quando o senhor Kebab gritou:
— FORA DA MINHA LANCHONETE!


o walmart


— Esse banheiro é nojento — reclamou enquanto a esperava do lado de fora do banheiro químico do estacionamento do Walmart.
— Ande logo, está frio para caralho aqui fora.
— Você não pode apressar uma garota que está prestes a te dar uma calcinha — ela protestou.
— Tudo bem, tudo bem. Foi mal.
saiu do banheiro, segurando uma sacola plástica, que continha sua calcinha dentro, e logo sentiu suas bochechas arderem graças ao frio. logo notou. Já sabia que a garota nunca tivera tolerância àquele tipo de tempo, principalmente nos meses de Novembro e Dezembro. Por um momento, teve que lutar contra o impulso de trazê-la para perto de si e esquentá-la, como costumava fazer quando ainda namoravam.
— Obrigado — ele disse, sem jeito, resistindo a vontade de dar uma espiada dentro da sacola. Seria um pouco constrangedor, então decidiu apenas acreditar na palavra de .
— Foi ótimo fazer negócios com você — ela disse, antes de começar a se afastar e ir em direção ao supermercado. — Agora, que vença o melhor de nós.
— Por que o Walmart está parecendo uma cidade fantasma? — perguntou , se aproximando do amigo. — Achei que todos já tinham começado as compras de Natal.
— Acho que ainda estão de luto pelo Halloween — ele respondeu. — Sem falar que já já fecha. Temos que nos apressar.
Havia duas verdades universais: uma os garotos sabiam, e outra, que tinham acabado de descobrir.
A primeira era que, desde o lançamento do filme Zumbilândia, de Ruben Fleischer, os Twinkies, um popular bolinho importado dos Estados Unidos, tinha uma demanda impressionantemente grande durante o Halloween, acabando em questão de poucas horas. As pessoas costumam se fantasiar de zumbis e comprar caixas daquele docinho incrivelmente gostoso. Não era à toa que Tallahassee, o personagem do filme, estava tão preocupado em achá-los mesmo diante do fim do mundo.
A outra era que quase toda a população idosa de Londres tinha o costume de fazer suas compras no Walmart à noite, com a loja praticamente vazia, em seus carrinhos eletrônicos. Isso era novidade para eles.
— Isso aqui está parecendo um campo de golfe — declarou , observando os idosos em seus carrinhos.
— Não vamos achar esse bolinho em nenhuma dessas prateleiras, nem deve estar aqui. Deve ter ido procurar em outro lugar — reclamou .
— Ela está aqui, vi quando ela entrou — disse , ainda pensando na garota e como aquela noite seria ainda melhor se estivessem do mesmo lado naquela aposta, juntos até o final. Odiava admitir, mas sentia muita falta dela.
— Seria legal se estivéssemos mesmo em um apocalipse zumbi, procurando por Twinkies, como no filme — declarou , que dava golpes em com uma vassoura, como se estivesse lutando com uma espada.
— Estar em um apocalipse zumbi parece um cenário melhor do que perder essa aposta ridícula que o propôs — reclamou.
— Você quer ser anfitrião da porcaria da festa ou não quer? — ele respondeu.
— Claro que q… — parou em meio a frase, lembrando de uma coisa muito importante. — Esperem aí, cadê o Connor?
— Ele estava com a gente no Kali Kebab, não estava?
Como se adivinhasse que estava sendo requisitado, Connor surgiu, dirigindo um dos carrinhos eletrônicos vermelhos para uma senhora, que ria de tudo que ele falava e dizia como ele lembrava seu neto.
— Finalmente alcancei vocês! — Connor disse, inocentemente, sem perceber que foi deixado para trás. — Essa é a senhora Jerkins, ela tem Twinkies dentro da bolsa!
O quê? — Todos os garotos perguntaram ao mesmo tempo.
— Espere aí, senhora Jenkins que mora na mesma rua da ? — perguntou .
— Ah, sim, ótima garota — a senhora disse enquanto tirava alguns Twinkies e dava aos garotos. — Ela foi Au Pair do meu sobrinho neto nos Estados Unidos, ano passado. Foi ela quem comprou as várias caixas de bolinhos para mim, porque sabe que eu os adoro. Ela também me ligou hoje à noite, pedindo para me encontrar aqui e pediu alguns desses docinhos.
Filha da mãe disse, baixinho. — Muito, muito obrigado, senhora Jenkins. Temos que ir!
— Connor, você é foda — um dos meninos disse, dando um beijo no topo da cabeça de Connor, que estava tendo a melhor noite de toda a sua vida.


o tower bridge


O trânsito da sexta-feira à noite, em Londres, estava tornando a ida ao Tower Bridge meio impossível. Foi por isso que teve que tomar outra medida para que chegasse à ponte. Não esperava, no entanto, dar de cara com no mesmo lugar que ele.
Ele nem ao menos achou que ela lembrava daquele lugar, mas foi ali, perto dos barcos e vendo a torre iluminada, que a levou para comemorar os seis meses de namoro havia pouco tempo.
Naquela noite, no entanto, aquele lugar nada mais era do que um jeito mais fácil de atravessar o rio e chegar à entrada da ponte. Sem romance, sem lembranças e as juras de amor que tinham sido deixadas para trás, por mais difícil que fosse não pensar nelas.
Ao se encararem, depois de terem comprado suas passagens em um dos navios que fazia a travessia com alguns turistas, não fizeram nada além de sorrir e aceitarem o tempo nostálgico que passariam juntos, ali, naquelas águas, pela próxima meia hora.
— Então, no fim das contas, estamos mesmo empatados — ela disse, se aproximando do garoto.
— Tenho que tirar o chapéu para você — ele respondeu. — A jogada da senhora Jenkins no Walmart, para me fazer achar que estava indo lá procurar os bolinhos pelas prateleiras, foi genial.
— E você também não foi nada mal, inventando que o tempero do senhor Kebab era caldo knorr. — olhou para , confuso. — Eu não sei qual é o tempero, mas sei que não é caldo knorr, . E sei que você também não faz ideia de qual tempero é, apenas entrei no jogo porque queria dar o fora daquela lanchonete logo.
— Achei que estivesse se divertindo com o sobrinho Kebab — ele disse, tentando não parecer ciumento, mas falhando completamente.
— Está com ciúmes? Foi por isso que inventou que sabia qual era o tempero e concordou em me dar um pouco?
— Bem… — coçou a cabeça, sem jeito. — Quando você fala desse jeito, parece bem pior do que eu pensei.
não conseguiu evitar e começou a gargalhar. Ela não podia acreditar que ele tinha mesmo feito aquilo.
— Você é impressionante — ela concluiu, ainda rindo um pouco.
Os dois ficaram em um silêncio confortável por poucos minutos, enquanto observavam as águas do rio e tentavam ignorar , que passava mal dentro da pequena cabine do barco depois de ter comido tantos kebabs apimentados.
— Lembra da última vez que viemos aqui? — perguntou. — Foi uma noite perfeita.
— Claro que lembro — olhou para ela, de relance, sentindo um aperto no peito. Passou a noite inteira querendo abraçá-la, chegar perto dela, e agir de um modo distante estava o matando aos pouquinhos. Sentia sua falta. Odiava o fato de que sentia sua falta, mas não podia mais negar.
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, seu relógio apitou em seu pulso, indicando que já faltavam apenas dez minutos para meia noite.
— Sabe, no fim das contas, não adiantou muita coisa. Vamos chegar juntos à Torre e temos todos os itens da aposta. Empatamos até nisso.
— É, acho que vamos ter que decidir isso de outro jeito.
— Eu pensei no assunto. Quero que dê a festa em sua casa.
olhou para ele com os olhos arregalados. Não acreditava no que estava ouvindo.
— Que tal… — ela começou a falar, mas teve que respirar fundo e juntar coragem para continuar. — Que tal darmos juntos? Nunca demos uma festa juntos, nem quando estávamos namorando.
— Está falando sério?
— É! — ela disse, dando de ombros, adotando um tom brincalhão. — O objetivo de roubar sua festa era só te irritar, de todo jeito, mas já vi que não vai funcionar mais.
— Acho que podemos fazer isso — disse, sorrindo, o que fez o coração de derreter.
— Ah, por favor, se beijem de uma vez! — e olharam para trás e viram seus amigos observando a conversa (com exceção de , que estava segurando um balde em sua frente, com cara de doente) e pedindo para que acabassem logo com aquela amolação, cada um de seu jeito. Os dois riram, envergonhados.
— Será que podemos, pelo menos, ter um pouco de privacidade? — perguntou .
— Não! — todos responderam, logo antes de vomitar no balde mais uma vez.
— Tudo bem — concluiu antes de puxar para o que gosta de pensar que foi um dos melhores beijos de sua vida.


FIM.



Nota da autora: Olááá! Obrigada por ter lido essa short que fiz inspirada no vídeo da minha banda preferida! Espero que você tenha se divertido tanto quanto eu me diverti escrevendo! Se possível, me conta o que achou nos comentários ou no twitter (@fine_folklore). Beijossss!



Qualquer erro no layout dessa fanfic, notifique-me somente por e-mail.



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