Capítulo Único
이 향기도 바람도 스며있는 포근함 The scent, the wind is mixing with the warmth
흘러간 시간이 무색할 만큼 그대로인데 Everything’s the same, time is colorless
왜인지 난 작년의 봄 앞에 머문다 But I’m still in last year’s spring
눈물이나 주책 맞게 더 없이 해맑게 Tears are falling
나를 안아주는 햇살이 고마워 Thanks for the sunlight that is hugging me brightly
너도 어딘가에서 이 봄을 느끼고 있겠지 아마
You’re probably feeling this spring from somewhere too Remember that”
Era difícil lidar com as imagens dela em minha mente. A todo momento seu sorriso aparecia, independente dos meus olhos estarem fechados ou não.
E eu sabia que não era apenas comigo, ela cativava a todos com a sua maneira de ser e viver. Muitos a queriam, mas ela havia escolhido a mim e isso me fazia ser mais forte por um tempo. Eu lia seu livro favorito de estação em estação, até mesmo quando tudo se esfriava, eu ignorava tudo que vinha dela até eu encontrar aquela fita velha com uma de nossas músicas preferidas. Foi quando retornaram todas as memórias, juntamente com a saudade de estar com ela.
Involuntário, assim eu chamaria meus atos a partir daquele momento. Eu peguei aquela chave que escondia no peito por tanto tempo pendurada, andei em direção ao cadeado que trancava todas minhas lembranças, sentimentos, frustrações e óbvio, lá, eram guardados meus inúmeros invernos.
Destranquei a mesma, que me levou a um enorme emaranhado de lembranças, saudades e poeira.
- Por que foi que você me deixou tudo isso mesmo? - foram as únicas palavras que saíram de mim.
A primeira coisa que fiz foi vasculhar entre um dos baús antigos que ali havia para ver se encontrava o antigo radio que costumávamos a usar e feito, ali estava ele, todo cheio de poeira e eu nem mesmo sabia se ainda funcionava. Coloquei a fita ali na esperança de que funcionasse, mas nada aconteceu, percebi então que eu mesmo não deveria estar ali, afinal, lembrar dela depois de 2 primaveras ainda era difícil.
Me levantei para sair daquele lugar, mas a melodia tão conhecida pelos meus ouvidos começou, não me deixando continuar seguindo, então eu apenas voltei a me sentar. Eu sorria tanto ao ouvir aquelas palavras, descreviam tanto o que passamos, descrevia tanto o nosso estilo de amar que eu nem saberia explicar. Estamos no século 21, mas nos amávamos a moda antiga. Meu sorriso era grande ao lembrar, eu precisava disso, precisava fechar os olhos e senti-la, saber que tudo aquilo aconteceu e eu não estava só, as memórias falavam por si mesmas. Senti um incomodo, como se de algo reluzisse em meu olhos e somente ao ver o que era pude me lembrar completamente.
- Obrigado, amor! - a garota sorridente agradeceu. - Prometo que quando tivermos uma filhinha eu darei a ela, agora vem, beijo de boa sorte no presentinho para que seja menina.
- E se eu quiser um menino? - ele sorriu travesso para ela.
- Pois teremos dois então, meu amor! - ela o respondeu prontamente, sorrindo ainda. - Sendo filhos seus e estando sempre ao seu lado, não precisamos escolher, tudo que vier será um presente na minha vida, como você foi.
- Tudo bem! - ele sorriu amavelmente a ela. - Você me convence sempre.
- Beijo de boa sorte? - ela sugeriu mais uma vez, levantando o cachorrinho de vidro que ele havia dado a ela.
- Beijo de boa sorte! - ele afirmou. – Nele. - apontou ao presente. - E em você.
Eu me recordava tão bem de cada detalhe dela, seu sorriso, seus olhos, sua boca, seu nariz. Cada um de seus detalhes eram vívidos em minha mente e por mais que fosse dolorido, me deixava feliz não esquecer-la.
Um pouco mais perto dos bichinhos de vidro havia um livro com poesias, eu o folheei levemente com cuidado depois de tirar um pouco de seu pó acumulando. Ela adorava aquilo, era meu livro. Mas folheando, mais uma das lembranças apenas apareceu, aquelas fotos apenas vindas de uns dias depois do melhor dia da minha vida, éramos apenas recém casados, bobos, felizes e apaixonados.
- Primeiras fotos recém casados? - ela sugeriu, se sentando ao lado dele em sua moto.
- Com toda certeza! - ele sorriu, ele amava sorrir para ela, mesmo não percebendo, ele sabia que sorriria e acabaria tirando um sorriso dela também.
- Eu amo você! - ele simplesmente disse. - Eu fico feliz por você ter me escolhido para estar ao seu lado até que a morte nos separe, apesar que nem mesmo ela nos separaria.
- Eu fico feliz que saiba que mesmo que a morte nos separasse, você não sairia de mim. - ela sorriu enormemente a ele, era evidente, ela o amava e ele sem dúvidas retribuía esse amor sem problemas. Ele terminou aquela conversa apenas a beijando e assim as fotos foram tiradas e guardadas.
Era realmente dolorosa aquela lembrança, foi uma das mais próximas que tiveram, era como um choque de realidade para mim. Mas tudo apenas aumentou quando eu me dei conta do porque aquele quarto permaneceu fechado por dois longos anos. Não foram apenas pelas coisas que estavam ali, mas sim pelo lugar em si, foram ali minhas últimas e boas lembranças com ela.
- ! - ela o chamou, rindo. - Me deixa terminar ao menos uma parte dessa parede, eu não consegui passar desse canto ainda.
- Vem, meu amor. - ele a chamou de forma manhosa. - É nossa música preferida, vamos dançar, prometo que será a última vez que te atrapalho.
- Você está dizendo isso desde que começamos a pintar - ela riu, enquanto tentava prosseguir com o trabalho ele a incomodava, fazia cócegas, cantava em sua orelha, sorria demasiadamente até fazer com que ela se rendesse.
- Ok! - ela simplesmente disse. - Você sempre me convence não é?
- Vamos, você é uma ótima dançarina - ele pegou sua mão e fez daquele momento o mais divertido e amoroso, digno de que o cupido visse para que se orgulhasse do trabalho que havia feito.
Um tempo depois ambos haviam se cansado, da dança, da pintura de tudo, apenas se sentaram um ao lado do outro naquele quarto ainda vazio e observaram.
- Você sabe por que eu nunca joguei essa caneca fora mesmo depois de quebrar uma das partes? - ela disse, o despertando de seu transe na música que tocava no ambiente. - Porque a primeira você em que você disse que me amava, eu me lembro de você estar tão nervoso que tomou no mínimo oito copos de água com essa caneca.
- Você a guardou por isso? - ele perguntou, admirando-a.
- Talvez se você não estivesse se preparando dessa forma para me dizer tudo que me disse, talvez não estivéssemos juntos e eu estaria com agora e não com você. - ela suspirou ao lembrar do melhor amigo, mas sorriu em seguida, agarrando um pouco de tinta da caneca e depositando em suas mãos, levando-as a camisa de , sorrindo sorrateiramente a ele.
- Hey, a blusa era nova! - ele riu alto. - Você terá que se resolver com a sua mãe depois. - ele riu mais uma vez, agarrando um pouco de tinta na ponta de seu dedo indicador e depositando a cor na ponta do nariz dela, fazendo com que ela retribuísse o mesmo ato.
- Vamos, de volta ao trabalho ou apenas eu pintarei? Pintei quase tudo sozinha. - ela zombou dele.
- O quê? - fingiu estar ofendido. - Você mesma disse que não conseguiu sair do mesmo canto. - a garota sorriu e riu da atitude do mesmo, o que fez com que ele a perseguisse pelo salão. - Vem aqui! - ele disse enquanto ria, pareciam duas crianças.
Alguns dias depois aquele quarto havia sido preenchido, não apenas com os móveis, mas de memórias principalmente.
- O que você está fazendo? - ela perguntou curiosa enquanto estavam deitados e ele a olhava intensamente.
- Me lembrando disso! - ele sorriu cuidadosamente. - Me lembrando de cada detalhe seu.
- Você não precisa se lembrar! - ela sorriu e ele se pôs em cima dela.
- De qualquer maneira, eu quero sempre me lembrar. - Ele então a olhou mais uma vez e suspirou. - Eu quero sempre me lembrar disso, desse momento, de você.
Ele a beijou sem dúvidas sobre o quanto a queria pro resto de sua vida.
Realmente lembrar, sentir, ouvir tudo aquilo mesmo que através de objetos, música e lembranças era doloroso demais ainda, por mais que pudesse ter tido tempo suficiente para uma recuperação, era sem duvidas a pior coisa que poderia sentir no momento.
Então, sim, eu resolvi sair dali e tentar não sentir mais, pelo menos por um momento, mas foi impossível, mais uma vez algo me impediu, eu pensei que pudesse estar louco, mas agora a voz dela vinda daquela fita soava perfeitamente como eu me recordava.
Eu amo você”
Isso para quem quer que visse poderia ser o mais doloroso possível e de certo era e foi, mas, de alguma forma, escutá-la me fazia bem. Eu sabia que existiam pessoas que não precisavam disso para sorrirem ao se lembrarem dela, que em cada mínimo detalhe ela cativava desde uma simples flor até um simples animal. Mas assim como eu sabia que iguais aos meus sentimentos, pessoas sorriam ao se lembrar dela, também haviam aqueles que por remorso de estarem a todo tempo ao lado de quem amava, mas simplesmente nunca tomaram coragem de contar, assim como também como eu, se lembrar dela seria doloroso principalmente em situações assim.
Não, não era difícil me lembrar dela, apenas foi necessário sentir falta dela, ela era demais para estar neste mundo, mas era como minha força, ela foi tudo que eu sempre quis, ela foi tudo que eu sempre tive, para ela um simples beijo na testa já a deixava feliz, e eu era feliz também, era feliz de amá-la, era feliz de tê-la, era feliz de fazê-la feliz.
Tolos votos, nem mesmo a morte nos separou.
Tudo um dia teve um começo, mesmo que para algo momentâneo.
As ruas na manhã de domingo eram extremamente cheias e movimentadas, poderia ser visto casais com seus filhos, casais apenas se divertindo em um primeiro encontro, casais em momentos de brigas e o mais admirável eram aqueles casais que puderam passar tanto tempo juntos. não tinha ninguém e não via necessidade até encontrá-la naquela loja de instrumentos, dedilhando algo no piano. Foi como ver algo nunca visto antes, seu coração até mesmo sem o seu consentimento disparou intensamente.
- Está tudo bem? - ela parou de tocar a música, o olhando curiosa.
- Apenas não pare por minha causa. - ele suspirou, a olhando.
Ela não se conteve e sorriu largo para o garoto, havia sido as melhores palavras que havia escutado em todo o seu dia e nem mesmo sabia o por quê delas terem esse efeito, então ela apenas continuou na esperança de que depois que terminasse a canção, a vida continuasse a partir dali.
Flashback: Última Primavera
Assim como tudo um dia tem um fim, mesmo que cedo demais.
- Você é o responsável? - o médico direcionou a pergunta a , que se encontrava aflito na sala de espera. Já carregava uns pares de olheiras, dor de cabeça e puro cansaço, já faziam exatas 72 horas que não havia notícia sobre sua mulher, sua preciosa amada.
- Sua esposa pode não ter contado ou nem mesmo ela sabia, mas existe uma rara doença onde o coração enfraquece aos poucos, nos deixando com vários sintomas ao longo do tempo e fazendo com que nosso próprio corpo reaja contra, porém, no momento em que o nosso corpo começa a reagir, nossas complicações se tornam cada vez piores, os sintomas desaparecem, porém o próprio coração sofre calado. Para quem observa o caso de fora, eles chamaram essa doença de “Doença dos apaixonados”, a muito tempo atrás haviam várias histórias em relação a essa doença já que até hoje ela não é tão conhecida, só há trinta anos atrás foram descobrir que seria uma reação do nosso próprio corpo. - o doutor respirou fundo e segurou os ombros de . - Eu sinto muito lhe informar, mas a medicina ainda não descobriu um tratamento para esse tipo de doença, como já te disse, é uma doença recém descoberta e estudada. Eu sinto muito.
- Qua... - tentou formular algo, mas nada saia então apenas respirou fundo e se concentrou em tentar perguntar as milhares de perguntas sem respostas. - Quanto tempo? - foi o que conseguiu falar.
- Não posso afirmar um tempo certo. - o médico disse, analisando a ficha dela novamente. - Eu poderia te dizer para que se prepare para os próximos 3 meses, o caso dela está bem avançado, o coração já não bate da mesma forma saudável e juvenil como deveria. Eu preciso ir checar meus próximos pacientes, nos vemos mais tarde.
O rapaz depois de apenas escutar palavras duras para seu coração se direcionou ao quarto onde ela se encontrava, ele sorriu ao vê-la, por mais que estivesse dormindo pesadamente, ainda sim, tentava demonstrar felicidade por ela ainda estar ali com ele, mas seu coração se retorcia em puro sofrimento.
- Se realmente o que me disseram está certo, serão os últimos meses mais felizes de sua vida. - ele sussurrou, segurando as mãos dela com ternura. - Eu amo você. - ele se aproximou mais de seu rosto e deixou ali em sua testa o primeiro de seus últimos beijos.
Fim.
Nota da autora: Okay, eu sei, mais uma triste pra listinha das minhas no ffobs, mas o que eu posso dizer, como dizem meu maravilhoso bonde eu sou a famosa “Maria do bairro” hahahaha eu vim dizer que esse mv é definitivamente um dos meus favoritos de todos os tempos e sim, BTOB é um dos meus grupos favoritos, por isso eu escolhi ele, tem tanto significado, amor...tudo e eu não sei lidar. Eu espero que não tenham ficado furiosas comigo por esse final, ele de longe é um dos que eu mais gostei e espero que tenham gostado também.
Me diz o que você achou, me conta se você ficou furiosa(o), se você sentiu aquelas lagriminhas por definitivamente eu sofri escrevendo ela.
Obrigado por terem vindo aqui, eu realmente fico agradecida.
Saranghae!!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Me diz o que você achou, me conta se você ficou furiosa(o), se você sentiu aquelas lagriminhas por definitivamente eu sofri escrevendo ela.
Obrigado por terem vindo aqui, eu realmente fico agradecida.
Saranghae!!