Finalizada em: 17/10/2019

House Night: Rose Blue


Mais um dia normal nascia em Arizona. O calor chegava ultrapassar o seu limite naquele meio do ano. estava sentado na beira na piscina com sua boa e fiel loira, a Heineken, aproveitava seus dias de feriado longe daquele local chamado de universidade.

estudava advocacia apenas para agradar seus pais, em outras palavras forçado pelo seus pais, já que para os senhores o verdadeiro sonho de não era algo de se dar orgulho e muito menos um futuro, a dança para os seus responsáveis era apenas... Uma distração. Entretanto era o que ele amava fazer, e revezava seu valioso tempo com a escola de dança local, com a universidade de advocacia e seu trabalho.

Bem, não era um trabalho muito comum de se dizer, não era a mesma coisa dizer “Eu trabalho na livraria perto do Starbucks”, entretanto se orgulhava de trabalhar no Rose Blue, era uma casa noturna onde ele e mais alguns garotos trabalhavam. É, era dançarino, ganhava por altas noites e ganhava os dólares das mulheres que jogavam para ele.

Enquanto permanecia na piscina, ele escutou a porta da casa dele abrindo e as vozes de seus amigos — da escola de dança, Petey e Jesse, eles sempre se reuniam para poder conversar sobre o espetáculo da semana ou então da noite. Não que os garotos quisessem ser dançarinos de boate, mas no momento o único lugar que eles conseguiram foi de dançarinos de boate.

— Hey, dude. — Jesse se aproximou. — Pronto para hoje à noite?

— Com certeza, separei já a setlist.

— Estamos com tudo pronto. — Petey voltou com duas geladas. — Gage falou que está para passar aqui, vai aproveitar que a banda do pai dele vai da uma pausa e resolveu passar aqui, ele também está meio brigado com a Host-sister dele.

— Desde quando eles ficam brigados? Sempre estão juntos e conversando direto. — estranhou.

— Também achei estranho. — Jesse deu um gole. — Só que ele veio com essa e pediu para não tocar no assunto nem no nome dela.

— Logo eles vão estar conversando. — Revirou os olhos. — Pega o cinzeiro ali, Petey.

— Toma. — Jogou o objeto depois de se esticar para pegá-lo. — E semana que vem?

— O que tem semana que vem?

— Dia das mulheres, o Rose Blue ficou de fazer um dia específico para elas.

— Caralho, eu esqueci completamente. Temos que pensar nisso ainda. — Acendeu o cigarro.

— Yeah! — Gage apontou no quintal.

— Gage! — Petey o abraçou. — Pega uma cerveja lá na geladeira.

O garoto foi e voltou rapidamente, já abrindo a long neck.

— Vocês vão dançar hoje? — Gage falou em um tom brincalhão.

— Vamos, mesmo em um feriado. — Jesse riu.

— Trouxe a de sempre? — questionou Gage. — Ou está naquela?

— Não, eu trouxe. — Jogou o saquinho na roda de amigos. — Cansei dela ficar falando as coisas para mim. — Se mostrou extremamente irritado com a garota.

— Ela só quer seu bem, lembre disso. — Enrolava a droga no papel, deixando de lado o cigarro.

— Não, ela quer realmente mandar na minha vida.

— Não quero causar intriga, mas tem razão. — Jesse falava. — Ela está com vocês desde os dezessete anos dela, isso dá o quê?

— Uns três anos. — Petey calculou rapidamente.

— Dá para não falar dela, tá legal?

— Tem ideia sobrando aí? — mudou de assunto. — A chefe do clube quer que comemoramos o dia da mulher, só que estamos zerados de ideia. — Olhava para o loiro. — Gage?

— Não. — Se despertou. — Não tenho, mas se eu tiver. — Deu um gole na bebida alcoólica. — Eu mando uma mensagem a vocês.

Os quatro amigos ficaram na beira da piscina conversando, fumando e bebendo.


×


À noite, e o melhor momento do dia, foi até o Rose Blue. Levou consigo a playlist no pendrive e entregou ao DJ e se encaminhou para seu camarim. Do lado de fora pode escutar as mulheres indo à loucura, Jesse era formidável com sua apresentação, incorporando o bom e sagas italiano sedutor e sexy, deixando todas praticamente sem dinheiro para os próximos dançarinos.

Logo depois Petey subiu ao palco, com sua tão temida fantasia de Policial, ele terminou de tirar o ar de todas as mulheres, com seus músculos e o sorriso branco. No mesmo momento em que ele fazia sua apresentação um grupo de mulheres entrou no local, nitidamente como festa de despedida de uma das mulheres.

Sentaram em uma mesa mais reservada, mas também onde tinha um pequeno palco com um dançarino. Não era a mesma apresentação que os três garotos faziam, mas era algo mais reservado, até porque aquele dançarino já tinha feito sua apresentação da noite.

— E o que as moças lindas vão querer? — O garçom parou ao lado da mesa delas, sempre sustentando um grande sorriso nos lábios.

— Vamos querer um Martini para todas, quer dizer, menos para ela. — Apontou para a moça loira. — Ela com certeza vai querer um Whisky com gelo de coco.

— Certo, logo vou trazer.

— E uma rodada do drink de despedida de noiva. — , a noiva, falou toda alegre.

— Ok. — O homem sorriu. — Mas antes, preciso ver a identidade da senhorita? — Olhou para .

— Ah, sim. — Pegou a identidade na bolsa e entregou. — Todos acham que eu sou nova, mas na verdade tenho vinte e oito anos.

— Confirmado, daqui alguns minutos logo trago seus pedidos, querem algo para comer?

— Batatas fritas, por favor. — pediu. O homem concordou com a cabeça e andou até o bar. — Eu, sinceramente, não sei como não vim aqui antes. — Comentou com as mulheres.

— Aqui é bem tranquilo, eles não vem até a gente e começam a dançar e tirar a roupa. — explicava. — Fiz a despedida de solteira da minha irmã aqui, ela não quis e eles não vieram, só ajudaram a gente colocar ela no carro, tadinha, estava tão bêbada. — Riu ao lembrar.

— Isso é incrível. — disse. — E eles vão vir aqui? Ou não vai querer?

— Eu já pedi isso. — Gargalhou. — Eu sei, tenho noivo, mas eles tem limites.

— Amém! — A mulher levantou a mão, comemorando. — Acha que demora?

! — As outras mulheres advertiram entre risos.

— Não sei, eu posso ver com o garçom. — comentou. — Amiga, sério? — Olhou para a . — Estamos aqui para nos divertir, me dá esse celular aqui. — tirou da mão dela e colocou no banco único onde elas estavam sentadas.

— Está bem. — Levantou as mãos em forma que se rendia. — Mas não ia conseguir de deixar de responder o e-mail da empresa.

— Você é a melhor arquiteta, nós sabemos, mas se você não se divertir um segundo e deixar o trabalho de lado, nada mais na sua vida vai render, mon amour.

— Não vou negar que você está certa? — Suspirou suavemente. — Você vai querer ver uma dança ou simplesmente vai ficar aqui sentada conversando e bebendo?

— Depois vamos para o palco principal, vamos beber primeiro.

— Aqui está, senhoritas.

O garçom colocou todas as bebidas na mesa, saiu e deixou-as se divertindo. Principalmente com a rodada de despedida, era um dos melhores que havia tomado em toda sua vida de bebidas; Doce, não tão forte, muito bem preparado e realmente tinha gosto de vida solteira. É, era algo que não sabia muito bem definir já que sempre descobria sabores para sensações da vida e do dia-a-dia.

Logo um tempo depois, as garotas deixaram os copos vazios em cima da mesa quadrada e foram perto do palco principal, todas com um novo drink em suas mãos; Esperaram pelo o próximo dançarino enquanto conversavam e bebiam, quando as luzes baixaram um pouco e a música começou a tocar, todas gritaram. Um homem de cabelos compridos — que nitidamente aparentava ser uma peruca, forte e alto entrou todo sexy vestindo praticamente as mesmas roupas de John, de John Wick. Até a peruca estava idêntica.

— Ele está de. — começou a falar praticamente babando.

— Sim, de John Wick. — terminou a frase.

estava muito bonito naquela roupa, bem, eram apenas terno e gravata, os quais já se encontravam no chão. ficou o admirando, praticamente hipnotizada pelo homem; De cima do palco, pode ver quão perfeita era a aquela mulher sentada ali, rindo de suas amigas e conversando com uma delas. Ela ia ser a convidada especial da dança dele, mas quando ele começou a se encaminhar em direção dela, o DJ da casa diminuiu a música e abriu seu microfone:

— Hoje, como para muitas, é um dia especial, mas hoje está comemorando sua despedida de solteira. — Muitas gritaram em comemoração. — Poderia acompanhar nosso John Wick?

— Como assim? — estranhou. Não havia pedido aquilo, entretanto ria pois estava um pouco alterada.

— Eu avisei. — avisou. — Mas relaxa que avisamos que você não gostaria de algo muito exagerado.

— Divirta-se. — deu uma piscadela.

— Oi. — parou na frente dela. — Por favor, senhorita, preciso que venha comigo para um lugar mais seguro. — Lançou um sorriso brincalhão.

No meio tempo que foi até , uma das assistentes colocou uma cadeira almofadada para a noiva sentar. O homem dançou, entretanto seguiu a restrição que foi passado a ele alguns minutos antes de a música ficar mais alta.

pegou uma das notas de dinheiro que estava no chão do palco e colocou na cueca de . Aquilo era muito prazeroso para ele, não em relação de ser o outro, um homem forte e esbelto que dançava para muitas mulheres — casadas e solteiras —, mas por fazê-las felizes e alegres, principalmente aquelas que haviam tido um péssimo dia ou outra ocasião que mantinha a tristeza por perto.

Ele segurou as duas mãos da mulher, a guiando. Parou na frente dela sem encostar em seu corpo, ele deslizou as mãos pelo tórax dele lá embaixo. o olhava e, no fundo, sentiu um ciume. Ela queria está ali sentada e ter a sorte de poder olhar para bem de perto.

— Vocês são muito loucas. — voltou para as amigas. — Eu não esperava por ser convidada para subir ao palco.

— Você tem que ter uma despedida à altura. — falou. — Mais um drink, por favor. — Fez um gesto.

— Esse vai ser o último, tenho que ir trabalhar amanhã. — comentou. — Vamos todas juntas?

— Sim, temos que deixar a futura senhora Cox em casa, afinal alguém vai casar depois de amanhã.

— Nem lembre, , preciso passar para ver meu vestido.

— Aqui está. — O garçom colocou na mesa.

— Obrigada. Então vamos brindar, ao casamento, é claro, mas a essa despedida maravilhosa. — puxou o brinde.

— Aos homens lindos e maravilhosos que dançaram aqui. — disse, rindo.

— A vocês, minhas duas grandes amigas que toparam fazer a despedida aqui e não juram em nenhum momento.

Cheers.
Brindaram.

tinha chamado um carro para elas, cada uma pagou sua parte da passagem, e foi a única que desceu em sua casa. e foram para a casa de , além de ser mais perto era mais seguro, não deixaria sua amiga ir até a casa dela mais bêbada do que sóbria, afinal a última vez que isso aconteceu ela praticamente invadiu a casa do vizinho achando que era a dela. Foi muita dor de cabeça para ela, literalmente.


×


e os garotos terminaram de sair do camarim. O ruivo se aproximou do bar e pediu uma água, e logo seus amigos se ajuntaram a ele.

— Tinha um celular perdido em cima do banco. — Jesse colocou no balcão.

— Sem registo de número? — Se referiu à ligação.

— Sem.

— Podemos deixar aqui, quem sabe amanhã a dona vem buscar. — O bartender falou.

— É uma boa ideia. — falou. — Até mais, cara.

— Até, dude.

Jesse e Petey estavam mais à frente quando olhou para o aparelho cinza e o pegou, escondendo debaixo da sua blusa de frio. Mesmo com o local tendo câmera, ele e o aparelho ficaram em um ponto cego, e o bartender nem se deu conta que há alguns minutos atrás ali em cima havia um celular, nem mesmo os amigos perceberam.

Entraram no carro de Petey e deixaram o som ameno, algo tranquilo e com batidas suaves, já que eles saíam da casa de dança com a cabeça explodindo.

— Gage mandou uma mensagem. — Jesse falou, se ajeitando no banco de trás.

— Deixa eu adivinhar. — olhou pelo espelho. — Ele voltou falar com a Cat.

— Não. — Riu. — Deixou a casa dos pais dele.

— Eu achei que ele nunca deixaria lá, já que a Cat ainda mora com eles.


Perdão, eu não quis quebrar a quarta parede dessa história, mas a autora não me deu escolha, vi que você, meu amor — daqui algumas linhas ou páginas, não sei como você gosta de chamar, deve ter ficado bem confusa com Gage e Cat. O nome dela é Catarina, estudante de letras e uma grande designer gráfica e não posso desconsiderar que é uma boa fotógrafa.

Bom, resumidamente, para você não ter muita informação antes da hora, Cat é a host-sister de Gage, o filho de um dos integrantes do Slipknot. Bom, os dois são muito ligados desde que ela foi recebida pela família Crahan, e como o Gage é bem cabeça dura e às vezes não escuta, além de beber de mais, como uma boa amiga e irmã ela tenta alertá-lo, e não controlá-lo como ele sempre fala. Ah, esqueci de dizer, ela é brasileira e, se não fosse irmã do meu amigo... Desculpe, amor, mas esse pensamento é bem antes de te conhecer. Ah, e antes que eu me esqueça, você vai conhecê-la no segundo semestre de 2020.


— Será que ela está namorando?

— Hey. — deu um tapa na nuca de Petey. — Dá para respeitar a garota? Ela é irmã do nosso amigo.

— Não literalmente.

— É sim, Jesse, e Gage já deixou isso bem claro. Tenho certeza que você não ia gostar que eu pegasse sua irmã adotiva.

O amigo não respondeu, já que o exemplo caiu perfeitamente para ele. Petey também não pode negar que concordou com o exemplo. Não que fosse uma regra dos amigos, mas se as meninas não mostrassem interesse estaria mais do que errado em forçar a barra. Entretanto os pensamentos de não estavam na irmã de seus amigos, e sim naquele celular em seu bolso.

Quando é que alguém larga um celular no banco? Até mesmo as mulheres que mais tomavam drink ele via sair com o celular, e tinha a certeza que nenhum outro GoGo Boy tinha feito ela deixar para trás. O contrário era bem severo e isso incluía até denúncia ao meritíssimo caso tentasse algo — independente o nível da tentativa — com uma cliente.


×


Deixado em casa. jogou o pendrive em cima da mesa e foi para um banho rápido. Logo após ele tentou ligar o aparelho, mas não teve sucesso e deixou o mesmo carregando enquanto descansava para mais um dia de aula naquele pequeno inferno.

A mesma chatice, os alunos tentando adivinhar a lei, os professores não paravam de falar. Ele passava o tempo todo criando passos na cabeça. E, por mais incrível que pareça, ele conseguia aprender todas as matérias, mesmo não gostando do curso.

, oi! — Uma garota falou acenando na frente dele, tirando ele dos pensamentos. — Está tudo bem ou pensando em algo bom?

— Ou, Beverly, desculpa, eu não vi você chegar. — Recolheu seu material.

— Vai fazer alguma coisa hoje à tarde?

— Sim, preciso chegar cedo em casa, e depois vou sair para trabalhar. — Mentiu.

— Mas o quê que custa você chegar um pouco tarde em casa? A gente podia sair para comer, ficar juntos. — Entrelaçou seus braços. Ela não era atirada, nem estava querendo ficar com ele por puro prazer, mas Beverly estava apaixonada por ele, desde o primeiro ano do curso de direito.

— Eu realmente não posso, desculpa, quem sabe outro dia. — Deu um beijo na bochecha da garota e saiu.

— Você continua querendo ficar com ele, amiga.

— Sim, eu o amo.

— Só cuidado para não se decepcionar.

— Como assim?

— Cooper disse que sempre vê ele entrando no carro com dois caras, todos os dias.

— Aonde? — Olhou curiosa.

— Em frente à casa dele. Ai não, Beverly, eu conheço esse olhar.

— Eu vou ir ver e seguir, quero saber onde ele trabalha.

— Amiga, é sério. — Começaram a andar. — Não faz isso.

— Você sabe de algo, Jasmine?

— Não, claro que não, só não quero ver você magoada.

— Vai comigo?

Jasmine ficou olhando para a amiga, pensando se ia ou não, mas como era uma boa amiga:

— Está certo, eu vou com você.

— Cooper disse que horas? — Entraram no carro.

— Lá pelas três e pouco.

— Certo, eu te busco às duas e meia, já que você mora mais ou menos perto dele.

— Isso. — Disse aflita.

Jasmine lembrava muito bem da entonação da voz de Cooper, e aquilo ficou fixo em seus devaneios, não era algo do tipo eles saiam para andar de skate — o que às vezes Jesse e Petey faziam com Gage, mas sim no sentido de algo mais vulgar, em palavras baixas, eles eram prostitutos.


×


Como combinado, Beverly passou às duas e meia em ponto na casa de Jasmine, ambas com blusas pretas, assim dificultava ver se havia alguém dentro do carro. A mulher então parou o carro a alguns metros de distância e ligou o ar. O passar do tempo foi bem demorado para Bery, e quando o carro esportivo chegou, às três e meia, ela ficou realmente incrédula que Cooper tinha razão.

Discretamente ela seguiu o carro até Academy Dance, elas comeram perto do restaurante que tinha ali e esperaram eles, por cinco longa horas.

— E então, o que você vai fazer agora?

— Vamos seguir ainda, eu quero ver se vão deixá-lo em casa.

— Não é nada demais, é só uma escola de dança.

— E eu quero saber que tipo de dança, ou se ele dá aula aí. Me responde, Jasmine, que aluno de direito quer ficar enfiado em uma escola de dança? — Perguntou, inconformada.

! — Falou o óbvio. — Ele tem o livre direito de fazer o que quer, não sabemos se ele dá aula, se ele tem aula ou se é só um passatempo. Nós sabemos que é muito quieto e na dele, tem os amigos lá, mas realmente nada chega a aquela amizade que vimos.

— Que direito? Quem sai de Arizona tem todos os empregos em seus pés. — Pararam dois carros atrás do Petey. — Puta merda, é brincadeira! — Falou ao ver onde eles estavam entrando.

— Ai não. — Jasmine se afundou no banco.

— Consegue ver que horas abre? — Perguntou, se mexendo no banco.

— Às dez e meia.

— Vou ficar aqui, se quiser pode ir embora, eu pago para você.

— E deixar você aqui, sozinha, com sua loucura e a raiva à flor da pele? Não mesmo, Bery.

— Certo, eu vou ali pegar alguma coisa para comermos, fique de olho, se ele sair você tem que me avisar!


×


Enquanto isso, no outro lado da cidade.

estava inconformada que havia perdido seu celular, não sabia como conseguiu fazer aquela proeza em sua vida. O último iPhone que havia sido lançado em pleno dois mil e dezesseis e ela perde ele. Tinha revirado a casa toda, até mesmo sua pequena bolsa que havia levado na casa noturna e nada, pediu até ajuda para sua amiga, para ver se não havia ficado no Uber.

— Sério, eu tenho a pior cabeça do mundo, como eu não lembro onde eu deixei meu celular. — Estava na casa de , e se servia mais champanhe.

— Calma, você vai achá-lo, você não deixou naquele quiosque?

— Eu não sei. Eu já rodei Arizona todinha em busca desse celular, mas enfim, muito obrigada por passar os outros contatos. — havia comprado um outro.

— Disponha, amiga, e não esqueça, é amanhã, viu.

— E tem como esquecer? — Se despediu. — Até, mon amour.

entrou em seu carro, conectou seu celular novo no painel do automóvel e foi para o trabalho. Mesmo com o novo ela queria o antigo, precisava de alguns contatos que estavam ali e também de algumas fotos. já tinha ligado para o antigo telefone umas milhares de vezes e ninguém havia atendido, sempre era caixa postal e, quando não era, a ligação caía direto. Seria assim, o fim do seu pequeno e lindo celular cinza.

A arquiteta chegou ao seu trabalho, se ajuntou com a equipe que trabalhava com ela e começou a mexer nas plantas que iram ser entregues naquele dia. No decorrer da semana, ela queria deixar tudo adiantado, e o motivo não precisava ser dito.

— E aqui. — Apontou com uma caneta. — A cliente falou que não queria parede, mas depois quis voltar atrás, então podemos colocar porta folhada. Deixamos em tom azul acinzentado, para ter contraste com os móveis.

— Certo, vou fazer o protótipo e aí enviamos para ela. — Uma das funcionárias falou.

— Agradeço, me envia antes de mandar para ela, quero aprovar, e se ela gostar é só me avisar que eu assino.

— Sim, chefe.

— Espero tudo isso no meu escritório.

foi para sua sala terminar de fechar o contrato com alguns fornecedores para os outros projetos. Era tanta coisa que não reparou que já eram sete horas da noite, e mais uma vez ligou para seu antigo celular, sem nenhum retorno. Antes de sair, enviou um e-mail para todos avisando sobre sua troca de e-mail deixando ciente todos os seus fornecedores.


×


— Hey, está pronto?

— Sim, Petey.

— Você é o próximo.

Sua fantasia era normal, bom, não é normal usar um colete de cowboy e uma calça onde seu bumbum é muito bem ventilado. A música country começou a tocar e ele a dançar, a luz refletia no óleo que ele passou antes de colocar o colete marrom; Seu abdômen definido e os músculos de seu bíceps se formando ao segurar no barra americana, e aquilo só lhe dava mais dinheiro no palco.

No mesmo instante em que ele tirou a calma de velcro, Beverly entrou no local. Ela só não caiu de trás pois sua amiga estava atrás dela.

— Eu não acredito nisso, Jasmine, ele é prostituto.

— GoGo Boy. — Ela corrigiu.

— Sério que você vai defendê-lo? Sabe com quantas mulheres ele transa?

— Não, mas o que isso tem a ver?

— Eu não acredito nisso. — Repetiu.

— Bery, não é o fim do mundo, você já viu ele feliz desse jeito? Não falo com essas mulheres, mas dançando, olha essa alegria que ele exala para todas. E pelo o que está escrito aqui. — Estava com um panfleto na mão. — Ele não é prostituto, ele é dançarino, aqueles que vão em festa de despedida de noiva ou só fica em casa noturna.

— E eu gosto dele.

— A escolha é sua, a verdade? Eu acho que esse é o trabalho dele e a escolha de dança é o que realmente faz com todo amor, e não direito.

— E que merda ele faz lá?

— Amiga, eu te amo muito, mas eu ainda não tenho a capacidade de adivinhar.

— Vamos para casa.

Beverly estava bem desapontada, não imaginou que tudo aquilo era o grande amor dele, e até mesmo a falta de atenção para os flertes vinha de uma casa noturna.


×


O dia amanheceu bem quente, acordou com seu despertador tocando no máximo, era a hora de ir se encontrar com sua amiga.

— Meu Deus, é o casamento da ! — Levantou assustada ao lembrar.

Ela saiu da cama correndo, pegou suas peças de roupas, colocou de qualquer jeito na mala e foi para uma ducha rápido. Durante a estrada, enviou um áudio avisando que já estava a caminho. O casamento ia ser em Arizona, mas mais perto da casa da noiva, que coincidentemente era perto da House Night; Já perto do hotel onde ela ia ficar com , ela entrou depois de deixar o carro com o manobrista e seguir até o hall com seu vestido envolvido pela capa protetora.

Se anunciou e logo teve a autorização para ir até o quarto em que ela e sua amiga iam ficar hospedadas por algumas horas. e se conheceram no período da faculdade, mesmo sendo de cursos diferentes.

— Achei que não ia vir.

— Mil desculpas, eu perdi a hora, como o celular é novo eu esqueci de colocar para programar. — Se cumprimentaram.

— Está perdoada, o maquiador chega daqui uma hora, dá tempo de você tomar um banho, tem banheira. — Colocava champanhe nas taças.

— Ok, logo estou de volta.

tomou seu banho de espumas e colocou o seu hobby vinho com o seu nome logo atrás. Quando saiu do banheiro ela viu e a irmã de , , todas com o hobby vinho também, já que eram as madrinhas. O maquiador chegou conforme o horário combinado, e logo após o cabelereiro acompanhado do fotógrafo.

— Prazer em conhecê-las, sou Jesse, o fotógrafo que você contratou.

— Obrigada, Jesse, por aceitar em cima da hora, a outra fotógrafa desmarcou ontem.

— Sem problemas, senhorita, se incomodam de começarem? — negou. — Certo, eu já conversei com a recepcionista lá em baixo e vou segurar o elevador por trinta minutos para fazer suas fotos e das madrinhas.

As fotos estavam ficando lindas, e não tinha a menor ideia de que estava perto da pessoa que viu seu celular pela a ultima vez. Terminaram a sessão no elevador e a última no hotel foi no quarto, com as madrinhas em volta tomando champanhe e depois as fotos apenas de ; De lá rumo a igreja.


×


Em casa depois da faculdade de direito, tentava fazer o celular voltar a funcionar e nada, aquilo estava o deixando louco e não podia fazer mais nada pelo o eletrônico. Jogou o mesmo no outro lado do sofá e aproveitou que estava de folga do Rose Blue e começou a planejar o espetáculo para o dia da mulher. Pensou em algo bem normal, mas que no fim saberia que ia trazer mais risadas das mulheres.

E vocês alugam as vespas? — Questionou ao vendedor.

Sim, temos de vários modelos.
Pode ser de qualquer modelo, não me incomodo. Preciso de seis, teria na cor vermelha, preta, creme, prata e azul?
Temos, senhor, e temos seis disponíveis para você, entretanto não teremos a prata.
Duas vermelhas, então. — Anotou em um caderno. — Quanto?
Dois mil.

Só? — Estranhou já que eram seis vespas.

Sim, pois elas já foram alugadas mais vezes.
Compreendo, irei precisar para o dia oito da semana que vem, tem como deixar reservado?
Tem sim, mas o senhor precisa da meia entrada hoje ou amanhã.
Sem problemas, faço isso mesmo ainda hoje.
Vou deixar registrado aqui. — Pode ouvir os sons do teclado. — Qual o seu nome completo?
.
Certo, , só vir aqui que nossos atendentes saberão quem é você.
Muito obrigado, Oliver.
colocou seu celular para carregar e foi arrumar a casa, mas era cada tarefa que fazia desatento já que não parava de pensar no telefone que pegou na boate. Se levasse para a assistência teria que dar o tempo de consumo do aparelho, não que seja errado ter dois celulares, mas sabia que ali não havia nenhum índice de que era seu, todavia ficou decidindo se levava ou não para a assistência.

Quando terminava de preparar seu almoço, escutou a campainha tocar, desligou o fogão e foi até a mesma atender.

— Oi, Beverly, entre.

. — Ela passou direto sem cumprimentá-lo. — Eu não acredito nisso.

— No quê? Na aula de hoje?

— Não, você é prostituto! Como pode? Você faz direito na melhor universidade e você ainda vai dançar e ir para uma escola de dança?! Está jogando seu futuro no lixo por conta daqueles seus amigos.

— Eu não sou prostituto. — Riu. — Sou dançarino, e lá é o meu emprego, mesmo com meus glúteos para fora, continua sendo um emprego digno. Meus amigos não influenciaram nada, eu os conheci e fui eu quem convenci de trabalharem lá também.

— Mas seu futuro como advogado vai ficar comprometido.

— Ai, Bery, meu futuro como advogado não vai existir, eu sou obrigado a fazer por conta dos meus pais e nada mais. Mas por que tanta preocupação?

— Porque eu te amo, , desde nosso primeiro dia de aula juntos eu senti algo diferente por você.

— Bery, me desculpa se não sou o que você imaginou, e também por não te corresponder nesse sentimento.

— Jasmine estava certa, você não ama mais nada a não ser a dança.

— É. — Ele concordou. — A dança é tudo para mim, mesmo com vinte e um anos, finalizando a universidade de direito, eu nunca deixaria a dança.

— Eu vou embora. — Estava chorando. — Sabe, eu realmente achei que você era daqueles homens quietos, educados que não dá em cima de mulheres alguma, mas na verdade você faz pior, você dança nu para elas! E só Deus sabe com quantas mulheres você já dançou.

Saiu batendo a porta da casa de e procurando a chave de seu carro. O garoto nunca viu Bery desse jeito muito menos imaginou que ela teria preconceito por ele ser dançarino.

— Acredite, Bery, eu nunca transei com nenhuma das mulheres que me vê dançar. — Falou para ela, mesmo a garota já estando na próxima esquina com seu carro.

Aquilo tudo o desanimou, estava acostumado com aquelas palavras, mas nunca ouviu alguém dizer que ele dormia com as mulheres. Em pleno dois mil e dezesseis e havia ainda pessoas com preconceito de homem que dança. Está certo que para convencer alguém que ele só dançava era um pouco mais complicado que qualquer outro estilo de dança.


Tempo corrido. Ele passou no aluguel de automóveis e deu a entrada para as vespas. De lá foi andando até Academy Dance Arizona. Encontrou-se com Petey e passou a ideia principal do dia das mulheres.

— E como vai abrir mais cedo dá para fazermos essa introdução pequena.

— Você esqueceu que nossa apresentação é de noite.

— Ah, caralho. — Ele suspirou, decepcionado. — Eu esqueci, Pet.

— E você quer que eu veja com o Gage o número do Corey? — Pet questionou.

— Por favor. E aí, vão querer aprender a dançar de salto? — riu.

O que não faremos por elas. — Jesse falou rindo pelo celular na chamada de vídeo em um canto privado do casamento. Petey se afastou e ligou para Gage e esperou o amigo atender.

What’s up, dude. — Petey iniciou a conversa.

Yeah, Petey.
Preciso de um favor, poderia ajudar?
Só dizer.
Poderia passar o número do Corey? Preciso para um apresentação no Rose Blue.
Eu sabia que você queria dançar para ele. — Riu ao zoar o amigo.

Ele é irresistível, cara. — Ria também.

Vou pegar. — Um silêncio rápido ficou na ligação. E do outro lado, Petey pode ouvir a conversa.

— Cat, tem o número do Corey?

— Eu achei que você não ia falar comigo enquanto estivesse aqui. — Estava deitada na cama mexendo no celular.

— Catarina, eu preciso passar pro Petey.

A garota se esticou e pegou um papel e caneta, mexeu no celular e anotou, amassou e arremessou na direção dele.

— De nada. — Fechou a cara. — E saiba que só fiz isso por ele!

Petey, anota aí, 5554118.
Valeu, e volta a falar com ela, não quero ficar escutando você falar dela depois. Até.
Até.
Enquanto ele terminava de conversar com Corey, Jesse e terminavam a discrição para arrumar o Rose Blue. Um detalhe, os três estavam tomando conta da apresentação principal e iam chamar mais dois dos outros dançarinos da boate.

Com leds na parede e na passarela, vou ver se eles colocam o barra americana no centro. — Jesse tomou água.

Isso é bom, eu já estava planejando de recolocar os espelhos.
Tenho o número do Corey, me identifiquei e falei que foi a Cat que passou o número, depois de conversar com ele, ele aceitou a ideia e se ficar bom vai gravar o videoclipe deles.
Bom, muito bom. — Jesse comentou.

Vamos fazer disso então um grande espetáculo, e sem salto para evitarmos que nos machuquemos.
— Meninos, vamos. — A professora de dança contemporânea chamou.

— Nós temos que ir, bom trabalho aí, Jesse. — desejou e logo desligou depois do amigo se despedir.


×


Eram exatamente cinco horas, já estava no seu... Algum número de copo de bebida alcoólica, e alternava com os doces que os garçons ofereciam entre os convidados. Estava bem feliz pela amiga, e deu um graças a Deus por não ter mais que acordar no meio da madrugada para escutar as crises de pânico de sua amiga relacionadas ao casório.

Foi então que, em uma das conversas, ela lembrou de um pequeno detalhe.

— E você realmente levou suas amigas lá na Rose Blue? — ria, tampando o sorriso com a mão.

— Foi muito bom, você perdeu. — falou.

— Além de serem muitos respeitosos, você tem que acreditar.

— Realmente, , está certa, nunca vi ninguém que respeitasse tanto assim, pedimos que fosse algo mais tranquilo e eles aceitaram. — confirmou.

— Acho que me arrependo de não ter ouvido você, . — Gargalharam.

— Só essa pessoa que não sabe sair do trabalho e ir se divertir, tive que tirar até o celular dela e colocar no banco.

Meu Deus! Era isso, ela tinha deixado no Rose Blue, como pode esquecer que havia deixado lá? A resposta é indescritível, não precisava dizer o motivo. Pensou lerdamente por conta do álcool e se teria condição de ir até o local, mas não, teria que deixar para outro dia, afinal já passou dias sem o aparelho, o que seria passar mais alguns outros dias?

Usou o novo celular e pesquisou pelo o local, ele estaria fechado para o dia das mulheres, então, seriam dois longos dias sem ir lá, já que hoje não teria condição de ir até a boate.

— Eu vou jogar o buquê. — se afastou. — Não vem não, ?

— Não, vou ficar aqui, não pretendo casar agora.

— Bom, então eu estou indo, tem umas mulheres ali quase me fuzilando com o olhar para jogar o buquê logo.

tinha chamado todas as mulheres que queriam pegar o buquê, ficou de frente para a mesa do bolo, e Jesse registrou todo o momento. Já disposta a voltar para casa, ela chamou um uber que a levou até onde pegou seu carro e se encaminhou para sua casa.

Chegou cansada e exausta do calor de Arizona, jogando o salto em um canto qualquer do quarto. Desfez o penteado e tirou toda a maquiagem, sem falar do vestido, que pendurou no cabide apenas para não estragar e poder devolver para a loja. Oito horas da noite, cansada e com muita preguiça de levantar da cama depois de um banho relaxante, ela adormeceu apenas pensando em que comida pediria no aplicativo.

Amanheceu com o celular colado no corpo, o lençol no chão e o ar condicionado no máximo, se sentia mais refrescada do que antes. Colocou o celular para carregar e preparou seu café. Mesmo sendo sábado, ela teria que trabalhar em casa. Ajeitou algumas plantas, escolheu os ladrilhos finais e as tintas, para combinar com toda a harmonização dos projetos. estava praticamente morta de cansaço em apenas trabalhar, desejava umas férias, algo ou alguém que pudesse tirar dos mesmos pensamentos.


Os dias passaram e finalmente dia oito tinha chego, eles esperavam uma boa arrecadação de dinheiro, não só para os dançarinos, mas para pagar toda a infraestrutura e a banda Stone Sour. Nesse mesmo dia, não foi para a universidade, tinha ficado em casa ensaiando os passos, mesmo com alguns momentos sendo espontâneos, havia alguns passos que ele ensaiava.

Saiu para ver sua roupa que ia usar, e de lá levou para seu camarim, onde encontrou os outros dois homens que iam fazer parte da equipe dele Night for Women. Passou com eles os últimos ajustes e verificou se eles não teriam nenhuma dúvida. Agora era só esperar a hora da gravação.


— Prazer, , esses são Neil e Josh, acho que o Jesse e o Petey você já conhece, eles ainda não estão aqui.

— Sim. — Corey riu. — Cat falou deles e acho que de você também. Onde os instrumentos vão ficar?

— Pensamos em colocar ali atrás. — Mostrou. — E vocês podem se movimentar, não vai interferir.

— Hm, e de quem foi a ideia? Eu tenho sempre algumas músicas na cabeça e quando eu conversei com Petey e depois com a Cat, vi que a ideia era muito boa para uma das músicas, o que mentalmente desencadeou o clipe.

— Foi minha, pensei em algo diferente para comemorar o dia da mulher, e essa foi a melhor forma que achei.

— Muito inteligente, eu gostei da ideia, para ser sincero. — Sentaram em uma das mesas. — Todos nós, e achamos que seria uma boa, daqui um ano poder usar as mesmas ideias, e saber se você não quer escrever, registrar, e a gente usar com sua autorização, pagamos por ela.

— Não desejo ganhar nada em troca, e não levem a mal, mas eu já estou fazendo o que eu gosto aqui.

— Usaremos no clipe, então. — Corey falou sem medo.

— Pode usar, e se quiser usar o Rose Blue para gravar, também fique à vontade.

— Quero ver quando sua chefe souber que está oferecendo a casa. — Todos riram.

— Ou ela me mata ou me agradece por divulgar.

— Onde fica nosso camarim? — Josh indagou.

— Levo vocês até lá.

deixou os integrantes do Stone Sour, e foi conferir o pequeno vídeo de abertura; Estava tudo certo, era só se arrumar e torcer que tudo desse certo.


Tudo em ordem, a banda tocava seus sucessos, havia fãs sentadas em volta do palco, e quando um dançarino da boate ia dançar a banda dava uma pausa. Já no alto da noite, às dez horas em ponto, as luzes abaixaram, deixando apenas os led iluminarem uma parte do local. Nesse momento entrou no local depois de apresentar sua identidade ao segurança, da entrada pode ver o vídeo de cinco homens de óculos escuros pilotando as vespas, o sol forte, a rua pouco movimentada. A câmera se distanciou, quando eles viraram a esquina a câmera focou no Rose Blue.

O telão apagou, houve um pequeno suspense e e os homens entraram ao som de Stone Sour, cada um vestido de mulheres, e muito sexy, alguns passos de dança estavam em perfeita sincronia, como se já estivessem acostumados a fazer a coreografia há anos.

Jesse estava de noiva e à direita de , ele tomou a frente do grupo enquanto os mesmos permaneciam dançando. Todos fizeram mesmo, Petey de Cowgirl, Josh de Advogada, Neil de Dançarina. Os quatros fizeram uma grande apresentação, tudo dentro de seus personagens.

Quando se aproximou da barra americana, no solo de rock, incorporando uma estrela do rock, a maquiagem azul nos olhos destacavam mais seus olhos castanhos e aquele batom vermelho também combinava com toda a proposta, se segurou de costas na barra americana se jogando para trás, o que tirou riso de algumas mulheres. Segurou na barra, e com o braço para trás, forçando um pouco seus músculos, e começou a fazer movimentos de vai e vem, com um sorriso nos lábios. Deitou-se ao chão passando a mão pelo abdômen ainda coberto pela blusa preta, e ao mesmo tempo as mulheres e também colocaram dinheiro no shorts de couro que ele usava com a meia arrastão.

Tirou o colete e jogou para longe ainda passarela, segurou na barra e fez um side spin, já chegando perto da música finalizar, ele deslizou pela passarela de dinheiro e rasgou a blusa preta, deslizando sua mão por todo o abdômen e chegando ao seu membro, e por fim insinuou movimentos pra lá de sexy.

A Stone Sour terminou a apresentação e agradeceu todas que compareceram naquela noite. As luzes baixaram e o garoto que sempre recolhia as notas do chão colheu elas.

— Agradeço todas as mulheres que vieram até a Rose Blue, e também ao Stone Sour por terem tocado em nossa casa. O palco principal está fechado agora, então fiquem à vontade nos palcos mais particulares. Feliz dia das mulheres! — O DJ anunciou e logo após colocou uma música animada.

— Que espetáculo. — Niel falou no camarim. — Obrigado por me deixarem fazer parte.

— Não precisa agradecer. — recuperava o fôlego enquanto tirava a maquiagem.

— Vamos estar lá fora. — Seus amigos avisaram.

— Logo estarei lá.

colocou uma calça jeans e a blusa social branca deixando alguns botões abertos. Andou pelo local cumprimentam algumas mulheres e recebendo elogios — alguns safados — delas. Ao passar ao lado do bar, onde um barman de cabelo comprido e encaracolado atendia uma mulher, aquele pequeno assunto dos dois lhe chamou a atenção.

— Um celular cinza, último lançamento da Apple.

— Nós até achamos, mas quando eu ia colocar na caixinha de achados e perdidos vi que o celular não estava mais aqui. — Se referiu ao balcão.

— Tem certeza?

— Sim, senhorita, quer um drink para acalmar?

— Por favor, eu preciso me desestressar de tudo.

— Com licença. — Disse , se aproximando dela. A mesma falou algo tão baixo que ele não compreendeu. — Seu celular era cinza, com uma capinha cheia de limão?

— Sim! — Ela deu um pulo na banqueta vermelha. — Você está com ele aí?

— Aqui não infelizmente, em casa, sei que as pessoas. — O barman entregou a bebida para a moça, interrompendo . — Daqui não colocariam o celular para carregar, então levei para casa, e com isso vi que ele não ligava mais.

— É a bateria, estava com problema, eu ia levar depois do casamento da minha amiga. — Ela mordeu os lábios antes de questionar. — Eu poderia ir buscar? Se não for muito incômodo.

— Claro que não, vamos.

acompanhou a moça até o carro dela, ele passou o local que era e foram conversando com poucas palavras. lembrou dele da primeira vez que foi ao local, ele conseguia ser mais atraente fora do palco. Era tímido, mesmo chegando nela para dizer sobre o celular. Uma timidez apenas por ser introvertido.

Chegaram na casa de e ele entregou o celular para , que realmente agradeceu, muito feliz.

— Realmente, muito obrigada.

— Por nada, pensei em levar ele para a assistência técnica, mas não tive tempo.

— Não precisa se preocupar com isso, vou indo e mais uma vez obrigada.

— Por nada.

foi acompanhada até a porta pelo dançarino, que pela segunda vez permaneceu em seus pensamentos.


Dias se passaram e ela não conseguia conter a tamanha vontade de ir novamente para o Rose Blue, queria ver e sentir aquela felicidade que ele exalava ao dançar, queria poder só olhar mais uma vez para ele ou quem sabe bem mais de uma vez, ou até mesmo ser amiga dele.

, às sextas, saía do trabalho mais cedo e ia até o clube, às vezes sentava mais perto, às vezes só ficava olhando de longe. O admirando de longe. Em uma das idas de para o clube, os garotos estavam refazendo a sua apresentação do dia das mulheres, entretanto sem a banda Stone Sour ao fundo.

De cima do palco a viu encostada no bar como ela sempre fazia, e enquanto se apresentava ele planejou uma forma mais normal e tranquila de chegar até ela. Já em seu camarim, colocou a roupa que chegou no seu trabalho e saiu pela a porta que dava acesso à pista. Sorriu para algumas mulheres que o elogiavam até chegar ao bar, parou ao lado dela e pediu uma bebida sem álcool.

— Oi.

— Oi! — Ela disse, alegre.

— E o celular, tudo certo com ele?

— Sim, consegui salvar tudo que eu tinha lá, graças a você.

— Que isso. — Mantinha o sorriso nos lábios.

— Posso te fazer uma pergunta? E logo já quero pedir desculpas por parecer muito invasiva.

— Pode perguntar.

— Por que aqui? E não fazer parte daqueles grupos de danças?

— Aqui foi mais fácil, precisava pagar as contas e achei o Rose Blue, e porque ainda preciso terminar a escola de dança.

— Quanto anos você tem?

— Vinte e um.

— Meu Deus. — Colocou a mão no coração.

— Está tudo bem? — Ele segurou o riso.

— E eu vendo um homem de vinte e um anos dançando e eu imaginando coisas. — Ela terminou de dizer e escutou ele gargalhar.

— Desculpa dizer, mas você não parece ser tão velha assim.

— Obrigada, mas tenho vinte e oito anos. — Ela sorriu tímida.

— Realmente, não parece.

Eles ficaram conversando e flertando por um curto tempo, havia algumas coisas em comum e outras que gostaram de descobrir; Entretanto não foi só algo comum e incomum que fez eles se atraírem um pelo o outro, algo sem explicação fez com que eles sentissem uma atração mais quente, mais caliente. se aproximou de e segurando na cintura dela a puxou para mais perto, e falou perto de seu ouvido, fazendo-a arrepiar-se:

— Quer ir para um lugar onde fique apenas nós dois?

— Quero. — Respondeu, mordendo os lábios.


acordou deitada sozinha em um quarto desconhecido, com o seu celular tocando. Desligou o alarme e colocou seu vestido; Andou pela casa até achar a cozinha, que estava perfumada como o cheiro de café.

Com a mesa posta, e tomaram café juntos, e depois daquela noite e dos encontros que a vida proporcionou a eles, eles nunca mais se separaram, até o momento em que tomou coragem e a pediu em namoro.

E o bom, é que ela sempre teria um GoGo Boy em casa, e ele uma mulher que sabia muito bem respeitá-lo e apoiá-lo.


Fim.



Nota da autora: Bom vamos começar pela a música, não sei se você já escutou Stone Sour, sinceramente é uma banda que não sai do meu Spotify, eu não consigo deixar de ouvir essas maravilhas! RSVB, é cem por cento um clipe nada há ver, entretanto a pegada das vespas, do clube de dança os integrantes da banda vestidos de mulheres para entreter as mulheres realmente me deixa alegre e tira uns bons risos de mim, e acho que esse era o objetivo. A ideia era essa, e transmitir para a fanfic, e espero que isso tenha sido bem concluído.
Sobre o , eu não consigo deixar de imaginá-lo como o Mike de Magic Mike, só que mais diferente, kkkk, ele quebrando a quarta parede para conversar com você acho, acho não, tenho certeza, foi a melhor escrita espontânea que eu já fiz.
O fato de não ter cenas hots, só me deixou mais feliz, e me perdoe se você esperava que tivesse, mas como eu falei no meu grupo, eu realmente não consigo mais fazer cenas hots, cheguei ao “meu limite”, bom enfim, é isso. Espero muito que você tenha gostado, e não se esqueça de comentar viu amore.
Ah, eu sabia que ia esquecer, sobre Gage e Cat... Bom como falou, vocês irão conhecê-los no segundo semestre de 2020, ou bem antes no meu grupo do Facebook.
PS: Toda vez que eu escrevia Prostituto eu lembrava do filme “Muito bem Acompanhada”.

“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” — Alanzoka.


Vou deixar aqui os lugares onde vocês tem acesso a cada informação da Fic e também minha Pagina da Autora, com todas as Minhas Fanfics e informações sobre mim.




Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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