E a história se repete?
por: Nina
Betada por: Natýh Vilanova



Eram dez da manhã e eu estava saindo apressadamente da minha aula de balé com o joelho enfaixado e o pé inchado e doendo. Edward havia me ligado antes do fim da aula dizendo que precisaríamos conversar urgentemente. Ele alegava que não tinha tempo e que a conversa teria que ser agora. O que me fazia lembrar: por que essa pressa? Ele é um vampiro e tem a eternidade, e eu uma humana que torceu o pé por causa dele.
Desculpe-me, esqueci de me apresentar. Sou , tenho 19 anos, moro em Porto Alegre e namoro um vampiro. Você deve estar se perguntando: o Edward da Bella? Well, não é mais o Edward da Bella.
Vamos aos flashbacks.

Flashback on

Eu andava pelas ruas escuras de um lugar que eu nem conhecia, só sabia que era o centro de Porto Alegre. Havia acabado de me mudar e na saída do shopping, não sabia nem qual ônibus pegar para voltar pra casa. E ele estava lá com uma cara fechada andando atrás de uma me que parecia uma fada, da mesma altura que eu e com um jeito de andar de bailarina mega experiente. O menino do cabelo estranho começou a olhar pra mim e eu senti uma forte sensação de pânico, não por meu instinto protetor, mas sim o de sobrevivência da vaidade, afinal, eu estava sem maquiagem, com um moletom e de tênis. Quando eu pensei isso ele começou a rir, e já que ele estava de bom humor agora, aproveitei a oportunidade e fui pedir ajuda para voltar pra casa.
– Oi, tudo bem?
– Oi, está tudo ótimo. O meu nome é Alice, e o seu?
. Muito prazer.
– O prazer é nosso. Esse é o meu irmão Edward.
– Oi, Edward. - Falei com o meu sorriso de 100 dentes de pessoa que acabou de retirar o aparelho.
– Oi . - “Ai que sério! Ele não deve saber que beleza não põe mesa e que pra ser conquistador tem que ter humor”
– E quem disse que eu quero conquistar você? - Ele disse com cara de ofendido.
– Ai humilha, mas não esculacha, além do mais, eu prefiro morenos estilo índio. - Falei com cara de tédio.
– É você não seria a primeira.
– Olha aqui, seu metidinho, você tem que aprender a falar com uma dama e... Espera aí, opa. Ê, meu camarada, você leu a minha mente, rapá, eu sei que leu. Você é médium? Fala com o povo do além do aquém?
– Você tá maluca? Por que você acha isso?
– Porque eu não falei em voz alta sobre conquista, e a baixinha aí, com todo o respeito, colega, que parece uma fadinha bailarina, está com cara de pânico, ok? Olha, pode abrir o jogo, eu respeito todos os seres humanos, vivos, não vivos, e etc...
Bom, depois disso ele ficou com cara de bunda e quis se livrar rapidamente de mim. Me deu a informação sobre como chegar na minha casa e depois sumiu, mas eu voltei a encontrá-lo, pois ele era professor de piano na escola de música que eu fiz matricula. Depois da minha pessoa muito perturbá-lo e eu vê-lo olhar para um coelhinho com olhar de fome, ele me contou sobre ser vampiro, sobre sua má experiência com namorar humanas, sobre como foi ir ver a namorada de novo e a encontrar com o amiguinho grudento dela aos beijos, uma tal de Bella, a ex dele, e é isso. Ah, e é obvio que não foi tão fácil. Houve uma certa perturbação minha, uma certa ajuda da Alice, e eu vê-lo brilhando também ajudou para que ele admitisse tudo.

Flashback off

? , você está me ouvindo?
– Oi . Ah, oi, meu amor. Eu viajei muito?
– Só um pouco . - Ele riu de leve.
– Mas o que você quer falar comigo, Ed?
– Sobre ontem, , você...
- Espero que você não volte ao assunto Jasper.
- Mas, , ele quase te machucou por minha causa. - Ele dizia com uma carinha fofa de culpado.
– Ah me poupe, Ed, o Jasper só quase me atacou porque estava sem caçar a um mês. Se vocês queriam animais pra comer até se cansar, tinham que ir morar perto da floresta. Lembrando que sou contra a extinção dos animais!
– Eu coloquei você em perigo , você não entende?
– Ah ok, grande perigo. Eu estava tentando andar de skate, o pobre do Jasper estava todo preocupado do meu lado tentando evitar que eu caísse, aí no minuto que ele saiu de perto de mim, eu cai e ralei o joelho e ele com um jeitinho só dele tentou adquirir um pouco do meu sangue.
– Ele puxou a sua perna para morder, mas não é isso que eu vim falar... Eu vou embora, , e...
– Sério, Ed? Que falta de imaginação!
– O quê? Do que você esta falando? - Eu tinha aprendido a enganar a mente do Ed. Eu era esperta, baby, eu conseguia conversar com ele, e cantar uma música do Restart na minha mente, e já que o Edward não gostava dessa banda, ele tentava não ouvir meus pensamentos.
– Ah para, Ed! Eu te conheço. Você já ia começar a utilizar o mesmo discurso que usou para terminar com a Bella. Você nem ia se dar ao trabalho de inventar outro não?
...
– Nem vem com essa vozinha querendo deixar as coisas favoráveis para você. Nós namoramos há quatro anos eu te dei os melhores quatro anos da minha vida, Edward!
– Por isso mesmo, acho melhor eu partir com a minha família! - Dizia ele tentando parecer inabalável.
– Ah tá. Como se eu fosse aceitar que você terminasse comigo. Olha aqui, querido, eu fiquei com fama de papa anjo por sua causa, já que para todo mundo você tem no máximo 19 anos e eu tenho 23!
– Eu estou indo embora. - Ele disse isso com uma voz de assustado. Ele se virou e ameaçou partir.
– Edward Anthony Masen Cullen, volte já aqui, quando começamos a namorar eu te contei dos canalhas que partiram meu coração e você disse que não seria um deles, e eu já te falei que meu instinto suicida e homicida fica nas alturas quando eu sou rejeitada, e você não quer isso na sua consciência, quer?
– Não, mas...
– Nada de mas, eu só ralei o joelho, já você, me fez com a sua pressinha boba fazer uma luxação no meu tornozelo. Agora você vai me levar para o hospital, não vai me deixar sozinha nesse estacionamento, eu não vou pegar um ônibus por sua causa. E se você me abandonar no hospital e eu descobrir que você foi embora... Ah, Edward, eu vou te caçar, eu vou te perseguir e eu vou te achar, e você vai se arrepender de ter terminado comigo e mais...
– Mais?
– É, mais! Eu vou atrás do Jacob, tiro ele da Bella e dou um beijo desentupidor de pia nele, e isso na sua frente. Estamos entendidos? - Disse com a voz rouca de tanto falar e gritar.
– Então é isso? Você vai me impedir de terminar com você?
– Sim. Por dois motivos, quer saber quais?
– Quais? - O rosto dele agora era mais suave e divertido.
– O primeiro é que eu sei que você me ama. Eu acreditei todas as vezes que você disse que eu era exatamente tudo pra você e que eu era a sua última esperança de ser feliz, e eu te amo também. E o segundo: eu estou grávida!
– Sério, meu amor?
– Ah, agora eu sou seu amor, é?
– Para, ! - Ele dizia me rodopiando e rindo.
– Bom, parece que agora você não vai mais me abandonar, né?
– Eu não ia desde o momento que você falou do instinto suicida e homicida. - Dizia ele animado e gargalhando.
– Talvez a Bella devesse ter agido assim para não te perder. - Eu disse com um biquinho de ciúmes.
– Eu agradeço profundamente a ela por não ter agido assim. O que seria da minha existência se eu não pudesse te conhecer?
Então eu o beijei! E eu o beijaria e faria outras coisinhas também, para sempre!

Epílogo

10 anos depois.

– Calleb, não corre menino. Eu estou cansada já!
– Amor, você é vampira agora, não se cansa. - Dizia Ed rindo de mim. Eu estava ofegante e com as mãos no joelho, fingindo um cansaço.
– Ed, querido, me deixe, agora que não preciso mais fazer corrida para manter o peso, o único exercício que quero fazer é com você na nossa cama.
Desculpe, novamente não lhes contei o que aconteceu. Eu tive o Calleb, que agora é um menino lindo de cabelos castanhos escuros ondulados iguais aos meus, e tem os olhos verdes de Edward quando ainda era humano. Nosso filho é uma criança normal, mas começou a desenvolver certas habilidades, como correr rápido e ter uma grande força física para um menininho de dez anos, além de ser muito inteligente, claro, igual a mim. Depois que voltamos para casa do Ed e dissemos que ninguém iria embora e que eu estava grávida, tentaram descobrir como a gravidez aconteceu e, claro, decidiram que não iriam mais embora, mas eu nem me importei, só queria cuidar do meu filhinho que logo vinha e logo todos deixaram isso para lá. Até hoje os Volturi não sabem de nada que aconteceu e...
– Amor? Eu estou falando com você. Como você mesmo sendo vampira consegue se distrair desse jeito?
– Sei lá, amor, da mesma forma que eu consigo me cansar. E que tal você me dar uma canseira lá na nossa king size, heim?
– Rosalie, você pode cuidar do Cal pra gente? - Gritou Edward do nosso quintal na nossa casa, no interior de Vancouver, no Canadá.
– Claro, mas é pela e pelo Cal. – É, a Rose me adora desde que convenci a todos que o melhor era ela adotar uma criança. Eu, ela e Alice somos melhores amigas.

Em casa...

– Como você conseguiu isso, , me dar essa vida perfeita?
– Simples, gato, não tive medo de me arriscar mesmo sendo uma medrosa de primeira. Não aceitei a sua tentativa de término porque eu não era criança e sabia que um amor não podia acabar assim sem motivo. E bom, eu sou um máximo...
– Ok, minha little bailarina. Eu te amo.
– Eu também te amo, meu vampiro gostosão, agora e para sempre.

FIM


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