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Autoras: Lola e Prii V. | Beta-Reader: Morg


Capítulo 1 - A Viagem


Finalmente as aulas estão de volta! Agora e sua amiga podem passar horas e mais horas falando do assunto preferido: Crepúsculo e toda a coleção da Stephanie. Afinal, não tem como mudar de assunto, os livros são completamente perfeitos e o filme é maravilhoso. Desde a hora em que elas se viram, logo de manhã, até a hora que se separaram, no fim das aulas, não pararam de conversar.
- Ai, , eu acho que a nossa formatura tem que ser perfeita, igual a da Bella.
- Perfeita provavelmente será, só que não 100%.
- Como assim? Eu quero uma formatura 100% perfeita! A Bella teve e eu quero também.
- Como você quer ter uma festa perfeita sem Edward e Jacob como nossos pares e tocando de fundo Fidless Bird, American...?
- Hm... Verdade... Ah! Eu AMO Jacob Black! Ele é o homem mais lindo, cuidadoso, carinhoso, gentil do mundo inteiro! ama JB!
- Cara, que mel! Sabe que toda essa melação me enjoa, né? Como pode alguém se apaixonar por algo tão peludo?
- Ele é quente! E não é peludo o tempo todo... E é QUENTE! A única razão que me deixa um pouco triste é que ele é só um alguém fictício. Ele deveria ser Real!!
- Seria bom se todos os personagens dos livros fossem reais, mas, como se intitula o tipo de história, isso é ficção. Tudo é inventado. Nada é real. Somente no mundo do cinema isso pode se tornar real.
- Mas... Eu quero que sejam reais de verdade e não apenas atores. Eu queria muito. Por que o mundo é tão cruel?
- Aprenda a viver neste mundo cruel. Pelo menos podemos nos contentar com o mundo dos sonhos.
- Não estou pedindo muito... Só quero um lobisomem na minha vida! Eu uma formatura perfeita! Com ele ao meu lado!
- É por isso, minha amiga, que eu vivo viajando e conhecendo novos povos no meio dos livros que eu leio. Quer maneira melhor do que essa?
- Quero! Quero que seja Real! Ah, mas voltando para a formatura... Você vai pra Porto? Ou fazer alguma viagem?
- Bem... para a alegria minha e felicidade nossa, está quase certo que eu viaje para uma cidadezinha chuvosa que conhecemos muito bem pelo mundo dos livros. Porto é para quem gosta de ficar indo ao hospital por causa de bebedeira.
- Coitadinhos dos bêbados de Porto. Mas como assim? Você vai pra Forks?
- Existe alguma cidade citada em livros de histórias mais chuvosa que essa? Eu acho que não.
- Verdade! Chove o tempo todo! Mas você vai lá? De verdade? Seu corpo vai ou só sua mente através de livros?
- Acho que, dessa vez, os dois vão viajar juntos em conjunto... Já viajaram muito separados. Eles precisam de uma chance.
- UAU! Você vai mesmo, mesmo para Forks? Ah! Eu quero, ! Eu quero ir com você! Vou falar com meus pais! Eles têm que deixar! Eu quero ir! Vamos as duas juntas, então?
Bom, pelo visto essa conversa vai longe. Como você percebeu, ir para Forks não era somente conhecer uma cidade dos EUA, mas sim a cidade onde um sonho impossível se tornou real (pelo menos nos livros da Stephanie), onde mitos e lendas são reais.
- Vou sim! Não é massa?!... Quer dizer, Hamilton... – as duas riram – Claro que você tem que ir! Esse passeio não seria o mesmo sem você!
- Eba! Vou falar com meus pais! Quando você vai?
- Talvez nas férias de julho... Vai estar um pouquinho mais quente lá, isso se o clima não estiver louco como aqui... No calor faz frio... No frio faz calor...
- Verdade! Nossa! To louca pra ir! FORKS AÍ VAMOS NÓS!!
Os meses se passaram e o assunto era sempre o mesmo: A viagem pra Forks. A ansiedade da e da era grande. Ficariam do 1° ao último dia de julho na viagem e já tinham montado todo o roteiro do tour, que passaria por vários lugares mencionados nos livros da Stephanie, por exemplo: Port Angeles, Seattle, talvez Phoenix e, para a alegria de , La Push.

No Aeroporto...
- Mãe... Mãe tem como você afrouxar um pouquinho o abraço agora? – tipo... Um mês sem a minha família, e principalmente, minha mãe ao meu lado é muito tempo; ainda mais o grude que somos... Mas mamãe já está exagerando – em um mês eu volto.
- Não tudo bem, filha, vou me segurar... Pelo menos tem a sua irmã que vai estar aqui.
- Nossa, mãe... Não sei como você agüenta ela, só sendo mãe mesmo. – isso era verdade, tinha vezes que não dava pra agüentar minha irmã – Mas mesmo assim, eu a amo, não sei como vou sobreviver esse tempo sem as maluquices dela.
Nesse momento se ouve a segunda chamada para o vôo.
- Bom, mãe... Preciso ir.
- Claro... Mas vê se liga para contar como está sendo a viagem e... – odiava quando ela colocava os “es” nas suas frases sempre que ela saia para algum lugar – não esquece as paquerinhas.
“Ta bom, eu disse que não gostava disso. Vocês podem me dizer se existe uma mãe no Brasil ou no mundo que queira tanto um genro igual a minha? Não dá para agüentar isso.” Pensava .
- Mãe, você sabe que não me importo em estar solteira ou não... Mas para você não ficar triste, prometo lhe contar se ver algum menino bonito.
Enquanto isso, na família da ...
- Mãe, mãezinha... não chora, maravilhosa! Você nem vai perceber, vai passar rapidinho. – Poxa! Minha mãe ta se desaguando em pleno aeroporto – Você vai ver. Logo, logo estou de volta.
- Me liga quando chegar lá, me fala como é lá, se é bonito, não saia na chuva – Ela não esperava que eu fosse obedecer isso, né? – E juízo! Vê se não apronta ouviu?
- Ouvi, mãe. Se cuide... E pára de chorar!
- Está certo, se cuida também. Se precisar é só ligar. Volta logo!
beijou sua mãe e se juntou a para embarcar.
Acenaram uma última vez para suas famílias antes de entrarem no Freeshop.
No freeshop, comprou um perfume delicioso chamado – era só 20 dólares e o nome a faria lembrar do Brasil – na esperança de chamar atenção de algum gatinho nos EUA.
“Como será que a nem se importava se encontraria um paquera em Forks?”

Capítulo 2 – A Pequena Forks

A viagem de avião foi... Tranqüila. Chegando ao aeroporto de Seattle, elas pegaram um táxi e foram para uma pensão em Forks.
Depois de ajeitar mais ou menos as malas no quarto, decidiram sair para andar pela cidade – não iriam esperar agüentar até o dia seguinte para ver a cidade.
Pegaram a câmera fotográfica e partiram em busca de marcos da história de Stephanie.
Assim que saíram da pensão, entramos numa loja de artigos esportivos, onde conseguiram um mapa de Forks e cidades próximas. Já que a loja as lembrou a loja dos Newton, onde Bella trabalhava no livro, aproveitaram para tirar algumas fotos.
Com o mapa em mãos, puderam visitar a delegacia, onde o pai da Bella trabalhava, a escola Forks High School, onde Bella estudava, o posto de gasolina, onde a Bella abastecia sua Chevy e depois seu Mercedes... Tantos lugares... Tudo tão lindo, tão mágico, como um sonho.
A noite chegou e, com ela, o que mais esperavam, a chuva.
Sonho realizado: e juntas em Forks sob a chuva leve e constante, que nos lembrava que estava frio.
Voltaram para a pensão, tomaram banho bem quentinho (em Forks! Não é incrível?!) e foram dormir para se prepararem para o dia seguinte.
Prepararam uma lista antes de sair, onde estava tudo o que pretendiam fazer naquele dia.
Tomaram café da manhã reforçado num restaurante próximo da pensão. , empolgada com a possibilidade de ir à La Push no dia seguinte, a previsão era de sol – comeu seu omelete com queijo e seu mini-suco de laranja- que por acaso é do tamanho de um copo grande brasileiro – enquanto saboreava seu bolo de prestigio e bebia seu mini-suco de laranja.
- Pelo visto você ficou animada com o tempo que irá fazer amanhã né ?
- Nossa , estou tão feliz. Será que vai dar pra gente ir para La Push amanhã? Eu quero tanto ir. Eu quero!
- Bom... se você não quiser ir para praia amanhã tudo bem, eu vou estar pegando um ônibus para lá de manhã bem cedinho.
- EBA! To loca pra ir para praia. Vou usar meu perfume pra ver se atraio algum rapaz bonito.
- isso se tiver alguém naquela praia – “gostei disso rsrsrsrsrs”
- Bom, se o povo daqui é tão ligado em previsão do tempo quanto eu, todos sabem que vai fazer sol e vão querer curtir uma prainha. Não acha?
- talvez sim ...talvez não.
- Espero que sim. Espero que esteja cheia de gatinhos. Qual é? Eles estão de férias, né? Precisam curtir um pouco.
- Pode ser.. mas vê se não se joga para todo menino bonito que estiver lá, viu? Não gosto muito dessa situação... sou mais ficar em um lugar sossegado com um bom livro.
- Ah, é que você é sossegada. Eu gosto de festinhas, luais, turma, sabe? Mas, relaxa. .eu não vou atacar ninguém.
- Tomara mesmo... se fizer alguma coisa eu juro que volto até a pé para Forks!
- Eu vou ficar quietinha. Só olhando, pode?
- É.. olhar não tira pedaço! - disse rindo.
- Vou tentar não ser indiscreta. Eu juro.
Terminaram o café e começaram a cumprir a “lista” do dia.

Capítulo 3 – O acidente

- Eu não acredito no que você fez! – o pior é que eu havia feito um trato com ela antes – Ficou dando em cima do garçom!
- Ah, , ele era bonitinho. Pelo menos eu ganhei um bombom. Eu gastaria uns US$ 3 dólares se fosse comprar um desses!
- Só você mesmo para me aprontar uma dessas.
- Hm... não fique brava... Parei! Não vou mais fazer isso. Vamos logo embora, temos muito o que fazer hoje.
- Eu conheço você menina... sei que é uma promessa só de momento e ...- não deu tempo nem de respirar.
- O quê?
já havia atravessado a pequena praça, indo pro meio da rua, onde se encontrava um filhote de cachorro dormindo, e não percebeu que um doido dirigindo um Volvo prata vinha em sua direção sem diminuir a velocidade. Claro que só uma brasileira, uma que se preocupa com os outros, como a , se preocuparia em salvar um cachorro, nem percebeu que o carro estava cada vez mais perto.
- ! Cuidado com o car...- tarde demais. já estava a 3 metros do lugar que estava a meio segundo atrás. Mesmo com a velocidade diminuída, o Volvo atingiu e agora ela estava deitada, cheia de sangue e segurando o pequeno vira-lata. correu em sua direção e depois até o carro, cheia de raiva em seu olhar.
A porta do carro se abriu.
travou entre os dois. Não estava acreditando no que estava acontecendo ao seu redor. 1º: sua amiga sofre um grave acidente para poder salvar um cachorro, 2º: de onde havia surgido aquele homem de pele branca, lindo de morrer, com cabelos escuros, de olhos cor topázio?
- Você...você... machucou a m...minha amiga – falou num inglês tremido, como ele podia ser tão lindo? – Você atropelou ela.
- Me desculpe. Ela entrou de repente na frente do carro – disse ele mantendo uma calma incrivelmente constrangedora. Ele andou calmamente até ( o cachorrinho correu quando ele se aproximou) e segurou a mão dela fazendo uma carreta ao ver todo auqele sangue. –Ela vai ficar bem, não se preocupe. Entre no carro que eu levo vocês para o hospital.
Ele pegou a nos braços com um breve movimento e logo a colocou no banco de trás do Volvo. Abriu a porta da frente no lado do passageiro para que entrasse. Assim que ela sentou, ele olhou a pediu que ela olhasse a amiga enquanto ele dirigisse. Por um segundo, olhou para amiga ainda sangrando e, no segundo seguinte, o carro já estava em movimento, numa velocidade bem alta, com aquele rapaz maravilhoso ao volante.
Em menos de 3 minutos chegaram ao hospital – essa é uma ótima vantagem pela cidade ser pequena e o motorista dirigir loucamente pelas ruas.
Assim que pararam, ele pegou e correu com ela para dentro do hospital. entrou atrás deles, nunca alcansando a velocidade do homen.
Os enfermeiros colocaram numa maca e a levaram para dentro das salas de exame e consulta.
O rapaz ficou com na sala de espera, tentando acalma-lá.
- Era pra ser a viagem perfeita – choramingava - Você estragou minhas férias!
- Olha, não chore. Eu, por mais incrível que isso seja, não vi que ela entrou na frente do carro. E ela vai ficar bem. Amanhã de manhã, já receberá alta.
- Amanhã?! – agora tinha caído a ficha de – Isso não é justo! Amanhã a gente ia para La Push!
- La Push? – ele parecia decepcionado – Vão fazer o que lá?
- Bom... –certamente não podia dizer que queria ver alguns gatinhos em First Beach. – Vamos aproveitar o sol para ir na praia.
- Ah... – ele parecia mais decepcionado. “ Que homem estranho”, pensava. – Acho que quando ela tiver alta ainda vai dar tempo de pegar o ônibus para La Push.
e o homem se calaram e assim ficaram por um bom tempo, até que os enfermeiros chegaram trazendo notícias sobre .
- Quem é parente ou conhecido da menina que acabou de entra?
se levantou da cadeira e disse:
- Sou eu. Na verdade, somos amigas, mas eu sou responsável por ela. Como ela esta?
- Bom, o estado dela não é tão grave, como aparentava ser...ela teve apenas um corte no supercílio onde tivemos que dar alguns pontos, e o deslocamento do joelho direito, que está engessado agora.
Engessado?” – pensou – "droga! Será que ela não vai querer/poder ir para La Push!
- Então ela está bem? Que bom! Quando ela vai receber alta?
- Por precaução, ela irá passar a noite aqui no hospital. Será liberada amanhã pela manhã.
- Mas ela está bem mesmo, né?
- Como já lhe disse, não foi tão grave como parecia.
- Eu não lhe disse que ia ficar tudo bem? – o estranho comentou – Amanhã ela já vai sair, e vocês poderão ir para... La Push.
A alegria tomou conta de ao pensar no dia seguinte.
- É. Você acertou. Er... – sorriu – Quer ir para La Push com a gente?
- Me desculpe... tenho que ir agora – ele já estava andando em direção a saída – Mande meus votos de melhora para sua amiga. Até qualquer hora.
correu até ele, mas tudo o que conseguiu ver foi o vulto do Volvo prata dobrandu a esquina numa velocidade violenta.
- Mas... ele nem disse o nome dele.
voltou para perto dos enfermeiros.
- Posso ver como minha amiga está?
- Claro é só me acompanhar até a enfermaria.
ainda estava meio ‘drog’ por causa dos medicamentos e também bem confusa.
- ... o que aconteceu? Como eu cheguei aqui? – Como eu vim parar no hospital? Porque minha perna ta engessada? Minha cabeça ta doendo.
- ! – correu até a cama em que estava deitada e a abraçou – Que bom que você está bem! Ah! Você é louca, menina! Pra que foi tirar aquele cachorrinho da rua? Ele não iria ser atropelado, é muito pequeno, e o carro passaria e nem encostaria nele, mas você... Você tinha que ir no meio da rua bem quando aquele homem louco ia passar?! Você podia ter morrido, sua louca! Não sabe como eu fiquei preocupada! – não parava de falar nem para respirar – , não faça isso de novo!... Aliás, o cara que te atropelou era lindo!
- Então eu sofri um... ACIDENTE? – não era possível, sempre tomei tanto cuidado, justo hoje – Se minha mãe souber, arranja um jeito de vir aqui me buscar sem pensar duas vezes.
- E por isso, eu não liguei pra ela, mas foi quase. Sorte que o... Rapaz que te atropelou... Que não me disse o nome dele... Ficou na sala de espera comigo. Senão eu estaria totalmente pirada até agora.
- Obrigada por não ligar pra ela... Mas de qualquer maneira...
“Do you see what we’ve done? We gonna make such fools of ourselves…” – tocou o celular de .
- Não disse que ela ia descobrir – já pegava o telefone – Oi, mãe, tudo bem?... É, bem, estou no hospi... Calma, mãe, não foi grave... Não precisa vir... Bom, pelo menos realizei o meu sonho, tô com a perna engessada... Claro que sim, prometo te ligar se as coisas não melhorarem, mas já fui medicada e estou me sentindo melhor. A está comigo. – era quase impossível esconder algo dela – vou ter que desligar agora... Ah, já ai me esquecendo, disse que fui salva por um príncipe encantado, ator de cinema. Beijos, até mais... Também te amo.
- Sua mãe ficou feliz com a parte de seu príncipe, né? – ria – Como ela soube?
- É coisa de mãe. Ela pressentiu que havia acontecido algo, mas não sabia o que era então ligou... Bom, acho que ela estava tão nervosa que não prestou muita atenção.
- Nossa! Bom, achei que agora ela estaria dando “graças a Deus” porque um gato te atropelou.
- Se eu pelo menos tivesse visto ele, teria como desviar a conversa, mas – agora tinha me tocado – Meu! Me desculpa, não queria fazer isso com você.
- Fazer o quê? Me deixar horas e horas sentada ao lado de um super gato? – riu.
- Não... Eu to me referindo a La Push. Agora miou tudo... Desculpa mesmo.
- Ah... Bom, o “príncipe encantado” disse que quando você receber alta ainda vai ter ônibus pra La Push. Se você estiver disposta...
- Sei não... O médico provavelmente vai pedir pra eu ficar em repouso, e você não vai poder “caçar gatinhos” – essa eu não podia deixar escondida – Vai só você, quem sabe você não conhece algum quileute gatinho. Eu vou ficar bem na pensão.
- Não... ER... Deixa quieto então... Outro dia a gente vai... – Isso se fizer sol outro dia – Tudo bem... Relaxa.
- Não mesmo! Amanhã vai fazer sol, e você não vai ficar presa dentro de casa só por causa de mim... Pensa bem... Você pode encontrar o seu Jacob... Como no livro!
riu levemente encantada com a possível impossibilidade.
- Mas você não vai precisar de mim durante o dia? Como vai fazer as coisas?
- Eu me viro – é só abrir espaço no quarto e... para que serve o telefone? – Vá se divertir.
- Olha, você está quase me convencendo. Promete que vai ficar no quarto, vai pedir comigo por entrega em casa e, pelo Amor de Deus, não vai salvar nenhum filhote dorminhoco do meio da rua? Promete?
- Prometo, prometo... Mas se for um Volvo que estiver passando, vou me jogar na frente só por curiosidade – falou rindo.
arregalou os olhos.
- Será que eu vou ter que te trancar no quarto?
- E você acha que eu sou louca a ponto de fazer isso? – disse gargalhando – Nunca mesmo! Uma vez já está de bom tamanho.
- Eu espero que não faça mesmo! Então, está decidido... Você recebe alta, eu te levo pra pensão e depois pego o ônibus pra LA Push! – O sorriso no rosto de era enorme e sua pele se tingia de um vermelho rubro.
- Se divirta a manhã por nós duas!

Capítulo 4 – La Push



Amanheceu. E com o sol ofuscado pelas nuvens da manhã, levei a para a pensão. Informei a senhora já bem idosa, dona da pensão, que minha amiga talvez precisasse de ajuda e saí.
Enquanto eu esperava o ônibus, as nuvens se foram e o sol começou a reinar sobre mim e toda Forks.
O ônibus chegou. Estava quase vazio. Tinha apenas um menino, que graças ao tom avermelhado da pele, julguei ser um nativo, sentado no último banco.
Sentei-me ao lado do garoto com a esperança que ele iniciasse uma conversa, mas ele só me olhou o caminho inteiro.
Ele tinha um jeito calmo, mas ao mesmo tempo parecia perturbado. E era muito bonito. Cabelos castanhos escuros (quase pretos) caídos sobre os ombros, olhos negros e gentis e um sorriso de tirar o fôlego de qualquer pessoa. Pena que o sorriso se perdeu quando sentei ao lado dele.
Chegamos a La Push e ele sumiu por entre as árvores.
Peguei meu mapa, aquele que consegui na loja de artigos esportivos perto da pensão, e segui uma trilha até a First Beach.
A praia era linda, mas, como a Null tinha dito, não tinha ninguém.
Fui até o mar e mergulhei. Fiquei um bom tempo nadando até que comecei a sentir um pouco de fome.
Saí da água, sequei-me com uma toalha tentando parar de tremer. Incrível como aquela água era fria!
Peguei em minha mochila meu isqueiro, montei uma pequena fogueira com umas madeiras que estavam no chão e a acendi.
Coloquei as salsichas que eu tinha levado para fora da mochila, peguei uma e comecei a esquentá-la.
- Assim, você não vai conseguir. – disse uma voz atrás de mim.
Assustada, levantei-me num pulo e quase caí sobre o fogo.
- Desculpa! Eu te assustei? Bom... Mau nome é Jimmy.
Olhei o rapaz. Era muito parecido com o do ônibus, mas seu cabelo era mais curto e seus olhos mais divertidos que o do outro.
- Sou . – estendi a mão para cumprimentá-lo. Ele fez o mesmo e apertou a minha – Prazer em conhecê-lo.
- O prazer é meu. Estava esperando meu irmão e vi quando você começou a fazer sua salsicha. Quer ajuda?
- Claro, seria ótimo. – Eu não tenho mesmo noção sobre o que estava fazendo.
Ele reorganizou tudo. Desde a fogueira até a posição da salsicha no espeto.
- Quer comer comigo? Eu trouxe bastante. – perguntei.
- Bom... Eu vou aceitar uma. – respondeu dando um sorrisinho tímido.
Quando ele ia dar a primeira mordida em sua salsicha, surgiu na trilha alguém.
- Dan! Vem aqui! Vem comer com agente! – Jimmy chamava o alguém. Olhou pra mim e sorriu. Retribui o sorriso, meio sem graça.
O alguém se aproximou. Eu não acreditava. Era o garoto do ônibus. Ele olhava sério para mim e depois para Jimmy e novamente para mim.
Quando se sentou ao lado de Jimmy deu um sorriso leve – e ainda assim MA-RA-VI-LHO-SO!
- , esse é meu irmão, Daniel. Dan, essa é minha nova amiga, .
Eu, Jimmy e Dan passamos várias horas na fogueira comendo e conversando. Eles eram muito legais e divertidos.
De tarde, Jimmy teve que ir embora, pois já tinha compromisso.
Dan e eu ficamos mais algum tempo em volta da fogueira. Ele me contava das brigas entre os irmãos dele e eu falava sobre o Brasil.
- Você vai ficar até quando aqui?
- Pego avião para o Brasil dia 31.
- Então, você virá mais vezes para La Push. Certo?
- Pretendo vir sim. Mas depende do tempo, do clima...
- Se estiver chovendo a gente pode ficar lá em casa.
- Ah... Não sei Dan.
- Anota meu telefone e me dá o telefone da pensão para que a gente possa combinar de se ver de novo.
Após a troca de números, Daniel me levou até o ponto para eu pegar ônibus para Forks.
- Olha. No máximo daqui a dois dias meu carro já vai estar consertado e, se você quiser, posso te buscar de carro. – disse ele enquanto eu entrava no ônibus.
- Certo. A gente combina Dan.
- Me liga quando chegar à pensão.
- Você parece minha mãe!
Pude ver mais uma vez o sorriso encantador dele.
O ônibus partiu. Sentei-me no mesmo lugar daquela manhã, só para ficar lembrando do meu novo amigo quileute: Daniel.
Capitulo 5 – Sonho, estranho sonho


.
É pelo visto meu dia vai ser perfeito, presa dentro do quarto da pensão, com essa perna engessada (que pelo visto ta começando a coça), enquanto esta na praia se divertindo...Doroti!* Pelo menos terei uma distração mexendo no laptop dela.
- Tomara que alguém esteja on no msn e que as meninas ( Morg e/ou Mandy) tenham postado mais fics, to doidinha para ver a continuação de algumas.
Nunca comentei nenhuma fic, mas algumas eu já quase escrevi...sei que deve ser muito difícil escreve uma historia, leva tempo...o pior mesmo é as autoras acabarem o capitulo com aquela cena que te deixa louca para saber o que vem depois.
No msn não tinha tanta gente online, a maioria eu não tinha muito assunto, exceto uma...
- oi harry
- hermione
- hahaha...kra axo q vai ser difícil perder essi costume
- concordo hahahaha
- pelo visto vc deve ter acabado d chega d alguma festa, ñ? P estar essa hora na net
- imagina...eu ñ faço essi tipo d coisa
- claru q ñ...d ondi foi q eu tirei isso?!
- ta confesso
- blz
- to acordandu + cedo p correr
- exercício é bom...desde qdo vc ta correndu?
- faz umas semanas...c ñ tenhu nd p faze depois e o sono vai embora, costumo entra na net
- bom saber disso...enquanto estiver com a perna engessada terei com qm conversar
- perna engessada?!?!como isso...o q aconteceu?
- Fui atropelada
- KRAMBA!! Vc ñ olha antis de atravessa a rua ñ?
- Olho sim, sempre olho...+ 1 doido ia atropela um cachorro e eu ñ podia dexa
- Vc ñ fez isso
- Salvar um cachorro?...claru q fiz
- Vc é doida msm
- ñ so.. ta so um pouquinhu,...+ pensei q eli ia para
- so vc p axa issu
A conversa se estendeu ate quase uma hora da tarde. No FanFic Twilight Team, houve atualizações, com novas fics e capítulos de outras. Na parte da manhã eu estava ocupada, agora a tarde... so chegaria la pelas 6h30, eu tinha que arrumar algo para fazer urgente!
- harry....vo t q sai agora
- d boa
- tenhu q toma vários remédios de pois de come, eh claru
- então....bom apetite
- teh + tarde, bjos, Fuiiiiii
- bjos, xau
Ta confesso...eu estava com fome, muita fome, a comida do hospital não é la aquelas coisas; eu precisava comer algo de verdade, se é que você me entende...um pratão de macarronada, bife com batata frita, arroz e feijão. Se eu estivesse no Brasil seria o prato perfeito...como estou nos EUA, me contendo com 2 copos de CupNuddles( macarrão instantâneo).
Tomei meus remédios para dor; como são fortes peguei no sono...

Pera ai...porque eu estava sonhado com o aniversário de 15 anos da minha prima?
Lembro que fui uma das 15 damas, e que só fui conhecer meu par da valsa na hora da festa... ele havia faltado no ensaio do dia anterior. Fomos para trás da cortina nos preparar, e como ocorreu no dia da festa, ele estava atrasado; a mulher que estava coordenando a festa não agüentou mais esperar por ele, mandou começar a entrada dos casais, daixando eu por ultimo...ela ainda tinha esperanças que ele iria aparecer?Na festa de verdade ele apareceu, e não fomos os últimos a entrar, já no sonho não estava acontecendo o isso. Ele não iria aparecer?
- ?
Finalmente ele havia chegado, agora era explicar as pressas o que ele tinha que fazer e... que ser era aquele que estava na minha frente?...totalmente um deus grego!
- Sim! – foi o que eu consegui responder.
Só alguém como eu que tem uma imaginação fértil, pode sonhar com algo desse tipo I-N-A-C-R-E-D-I-T-A-V-E-L!!! Só em sonho para acontecer isso.
- Sou Angel, primo do Thiago que viria dançar com você hoje.
Encaixava perfeitamente o nome... ele era um anjo com cabelos escuros, pele e olhos claros.
- Ele torceu o pé jogando bola hoje a tarde
- Aham... – estava de boca aberta
- Não conseguiu ligar para avisar, então para não estragar a festa da amiga, pediu para eu vir...
- Vamos gente, já esta na hora de entrar; ainda bem que você chegou, já estava prestes a pegar algum convidado para entrar com ela. Vamos, vamos!
Não deu tempo de falar ou fazer mais nada.Fizemos a entrada; nunca vi tantos olhos voltados para mim como naquele momento; e fomos para o nosso lugar.
Depois de toda a entrada dela ( minha prima) e o resto da cerimônia, chegou a hora da valsa...
- Me permite a contradança?
Além de bonito era cavalheiro....que lindo!
- Não é para isso que estamos aqui? – me juntei a ele e começamos a dançar.
- Você dança bem! – sussurrou ele no meu ouvido.
- Você é quem sabe conduzir muito bem...um bom pé-de-valsa! – nós dois rimos com o meu último comentário.
A dança não foi tão longa. Quando acabou, o povo já ia se dispersando e a festa continuou.
- Tenho que ir – ele falou alto por causa da música.
- Mas já? – não, Fica fica.
- Já fiz o que meu primo pediu...tenho que ir agora – ele se despediu dando um beijo na minha bochecha, que me fez arrepiar dos pés a cabeça; depois foi embora.
Demorei demais para ir atrás dele e pedir para ele ficar...quando vi já tinha ido embora. Tinha perdido o cara mais lindo que eu já vi na minha vida.

Nesse momento acordei num pulo da cama, meu celular estava tocando; era minha mãe querendo saber como eu estava.
Acabei de falar com ela e depois as imagens daquele sonho não paravam de passar na minha cabeça. Será que existe alguém no mundo como ele ou foi só minha imaginação?

Capítulo 6 – Garoto dos sonhos



ligou a Tv a fim de ver algum filme para se distrair...mas que azar o dela, só estavam passando filmes românticos ou então comédias românticas; tipo “Vestida para casar” e “O melhor amigo da noiva”; todas fazendo ela lembrar do garoto do sonho
A porta se abriu com um pequeno estalo.
- ? – pela porta entrou a , ainda “flutuando nas nuvens” que começava a surgir no céu. – Você está bem? Não pulou na frente de nenhum Volvo, certo?
- Hã? O que você disse? – ainda estava com a cabeça em outro lugar
- Perguntei se você tinha pulado na frente de um Volvo? – ria da amiga desligada – Pelo visto, nem acordou ainda, né?
- Desculpa...estou meio aérea; mas não, fiquei longe de Volvos hoje.
- Que bom! espero que permaneça bem longe deles por toda viagem e, se possível, por toda a vida. Volvos já deram muito trabalho!- analisou –tá!conta!o que aconteceu?
- Por que toda vida?! É um carro tão bonito de se ver! – já estava mais ligada agora.
- Ah...mas se for observar, tente se manter na calçada
- Prometo ficar mais atenta –levantou a mão direita em forma de juramento – Agora me conta, como foi em La Push? Muita azaração?
- Ah...nem tanto. A praia estava vazia grande parte do tempo. Só quando resolvi comer que surgiu um quileute super legal e depois um irmão dele, estremamente gato, que por acaso foi comigo no ônibus de manhã.
- Pelo visto já se jogo em cima dele, não foi?
- Você me conhece, né? – deu um sorrisinho de leve – Mas, ele é...diferente, especial, sei lá...Não é apenas uma caça. Ele meio que me...encantou. Ah ! Não sei como explicar isso. Ele não é só lindo, é gentil, agradável,conversamos um pouco, ta...bastante e ele é “cabeça feita”. Inteligente, divertido e...nem sequer olhou para mim. – disse a ultima parte levemente entristecida.
- Não...pera ai, você deve ta doente- levantou e colocou a mão na testa da amiga – você não pode estar apaixonada.
- Eu não estou apaixonada! Não posso estar! É impossível! – ‘não! Isso não pode estar acontecendo!‘ – Não tem como isso acontecer! Não comigo!
- Porque não pode acontecer com você? Acontece com todo mundo; pelo menos uma vez na vida.
- , não! Eu não quero estar apaixonada. Ele não gostou de mim. Não posso amar alguém que não me ama. – falou desabando seu corpo sobre a cama desarrumada no meio do quarto alugado.
- Você não pode dizer que ele não te ama; você perguntou isso a ele para colocar essa afirmação? Pelo que eu saiba não. – se sentou em sua cama que ficava na frente da sua amiga.
- Olha, eu nem tinha cogitado a idéia de gosta mesmo dele. E...Eu não sou o tipo de garota que pergunta para um rapaz maravilhoso: “Oi! Tudo bem? Você me ama?” Não rola!
- Mas quem falo que é para ser tão direta assim? Dá para perceber por pequenos detalhes...como por exemplo como ele age perto de você.
- Ele me pareceu confuso quando sentei perto dele no ônibus e mais confuso ainda quando ele me viu com o irmão dele na praia, mas quando o irmão dele foi embora, Dan ficou...hm...Legal. Sei lá...ficou mais gentil e a gente riu de montão com as historias dele. Quando ele me levou no ponto, achei que ele me beijaria, é o que geralmente acontece, mas ele apenas pediu insistentemente que eu fosse mais vezes a La Push nesse mês, que ele poderia me buscar e...- então se lembrou de algo muito importante – Ah meu Deus! Preciso ligar pra ele para dizer que eu cheguei e estou bem. Ele pediu!
- Ele gosta de você...., pelo que você me contou eu posso afirmar isso. – falou animando a amiga – só te digo uma coisa, não seja tão fácil...de uma de durona, deixe ele lutar para poder te ganhar.
- Hum... – ‘será que ela não percebe o quanto seria difícil resistir ao Daniel?’ – OK! Eu devo ligar para ele?
- Liga, só não da uma de desesperada para falar com ele acentiu com a cabeça e pegou o telefone. Tirou da mochila o papel onde estava o numero do telefone. Discou. Esperou, esperou
- Alo? – uma pausa aconteceu – Dan? Aqui é a . To ligando para avisar que cheguei na pensão e estou bem. – mais uma pausa – Vir me pegar? Espera um pouco...- tampou o fone para que Dan não ouvisse a conversa – o que você acha do Daniel vir pegar a gente para irmos á La Push semana que vem?
- Você é surda ou o que?- não acreditava – Não ouviu o que eu acabei de te dizer?
- Hm...sobre?
- Você está querendo ficar na mão dele? Não mostre que esta caindo aos pés dele, seja mais mão fechada.
- Ok! ser mais mão fechada. Certo...mas o que eu falo?
- Diga que não sabe...que vai pensar se da ou não.
- Ah!! Certo! – tirou a mão do fone – Então, Dan , está um pouco corrido meu tempo por aqui, então não sei se vai dar – ela esperou ele responder e por fim deu uma piscadela para null – etá bem então. Combinado. Tchau. – desligou o telefone, olhou para amiga sorrindo.
- E...como foi a reação dele?
- Ele pareceu...confuso, mas disse que amanhã me liga mais ou menos no mesmo horário. Só pra saber como foi o dia e saber se eu decidi.
- Esperança, essa é a palavra certa!
- Você é a melhor, ! Te A-D-O-R-O!! – saiu da sua cama e correu para abraçar sua amiga – alias, o que você ficou fazendo hoje? v- Nada de mas – deu de ombros- mexi um pouco na net, conversei com um amigo no msn, comi e cai no sono depois que tomei os remédios.
Alias- fez uma cara de quem não havia entendido uma pergunta- tive um sonho estranho, muito estranho
- Conta, conta, conta...quero saber tudinho! – disse a amiga muito interessada
- Não, você não vai querer saber – “Porque um sonho com um super gato com quem você dança valsa?” – foi sobre o aniversario de 15 anos da minha prima, nada de interessante!
- Ah ! Não quer contar mesmo?
- Sei lá... foi tipo muito estranho, porque eu sonharia com a festa minha prima e que um homem surreal dançaria comigo – “OPS!...escapo. que venha a interrogação!
- Homem surreal? Como assim? – os olhos de até brilhavam de desejo de saber mais.
- Não era para ter falado...porquê?! – olhou para cima como quem diz: “Ajuda, please!” – e não era tão surreal assim...só um deus grego....MERDA!!! escapo de novo!
soltou um gritinho agudo e abafado por um travesseiro.
- Diz...fala mais...como ele era?
- Ah não...você não pediu muito, não ta tão interessada assim – tinha que zuar.
ajoelhou aos pés da amiga
- Por favor, pelo amor de Deus, me fale como era a espécia rara de homem, conhecida como deus grego. Por favor, , eu te imploro!!
- Ta bom, ta bom – estava rindo da cena - ...bom, alto, moreno, de olhos claros, pele branca, um pouco fortinho.
- Ai...que delícia! Sabe o que é mais estranho? Acho que já vi alguém assim...
- Como assim você já viu? – “Será que o Angel existe mesmo?” – Onde? Quando? Como? – já estava desesperada com a possibilidade de vê-lo novamente.
- Ai,calma ! Eu estou tentandu lembrar. Lembro que vi um cara lindo, maravilhoso, que tinha essas características, mas...onde? – ela pensava com cara de paisagem – onde será que eu vi o garoto dos seus sonhos?
- Mais que MERDA!!! – a garota já estava bem nervosa e tinha levantado da cama – onde você viu ele menina?
- Er... – “ ah meu Deus! a surtou!!” – cuidado com o coração!
- Porque o coração...que eu saiba não tenho problema cardíaco!
- Mas vai ter um se surta desse jeito...
- EU NÃO SURTO!!! – “Mas será que essa menina é tão cabeça oca assim, que não se lembra nem onde viu um cara exuberante desses?”
- Calma , eu não quero ir para o hospital com você de novo. E dessa vez nem vai ter aquele gato do Volvo pra... – a voz de
foi diminuindo e não terminou a frase
- Que? O que foi? Que que tem o gato do Volvo?
- Repete as características do ‘gato dos sonhos’. – “Não é possível!” estava chocada!
- Moreno, olhos claros, alto, um pouco forte e branco – não agüentava mais o suspense que a amiga estava fazendo
- Branco branco ou branco muito branco?
- Quase transparente, serve? Apesar de estar meio escuro.
- Você , por acaso, sonhou com o gato do Volvo?
- Como eu vou saber se era ele, se eu estava desacordada por causa do acidente?
- Mas, pelo que você me falou... era ele. Eu acho.
- Então ele existe mesmo?! num creio! – caiu com tudo na cama com amão na testa
- Mas...e agora? Vou ficar curiosa pra saber se era ele mesmo! Preciso apresentar vocês dois!
- Mas onde você vai achar ele? Como você vai nos apresentar?
ficou parada, só pensando.
- Não tenho a mínima idéia!
- Ai eu te amo – “ Na verdade ODEIO!!” – e agora? Você vai me deixar com essa esperança, doida para conhecer o Angel!
- Conhecer quem?
- Angel, foi como ele se apresentou para mim no sonho
- Ah...o garoto do Volvo nem se apresentou pra mim. Tudo bem, vamos chama-lo de Angel...mas isso não é nome de mulher? – disse ela rindo
- Você nunca viu Buffy?
- Vi, é uma piada feita em um capitulo
- Ele é o que o nome diz: um anjo, que caiu do céu, e me atropelou com um Volvo!
rolou de rir com a piada da amiga.
Mas e agora? O que fazer? Como encontraro misterioso rapaz que dirige um Volvo prata e que teoricamente se chama Angel? Só por um milagre, conseguiria apresentar sua amiga para o garoto dos sonhos.
Houve um silencio e em seguida uma batida na porta.

Capitulo 7 – O sonho vira realidade


- Quem será uma hora dessas? – já se levantava a caminho da porta –quem é?
- Oi, é a Sra. Watson. – a voz rouca da dona da pensão respondeu. – Tenho um recado para .
abriu a porta para a Sra Watson.
- Um recado para mim?! – “quem poderia ser?”, pensava
- Conheceu alguém enquanto eu estava fora?- perguntou.
- Não sai de casa – retornou a dona da pensão e pegou o recado – Obrigado Sra. Watson! – fechou a porta e voltou para sua cama
pulou de sua cama e se pendurou no ombro da amiga.
- De quem é? – perguntou curiosa.
- Não pode ser! – estava surpresa com quem havia mandado a carta e entregou depois a amiga. – Leia você mesmo.
abriu um sorriso de orelha a orelha ao ler o recado.

“Cara , espero que me perdoe por ter atropelado você. Gostaria de te recompensar de alguma forma. Por favor, me ligue: 555-3749.
Com carinho,
Angel.”

- Acho que ai esta a sua chance de nos apresentar! Mas você vai ligar.
- Por que eu? A carta era pra você. – disse dando risadinhas histéricas.
- Porque você já conversou com ele, eu não.
pegou o telefone.
- Posso ligar mesmo?
- Sei lá...liga – deu de ombros – Mas vê se não fala coisa que não deve, por favor!
- Certo! – descou o numero e esperou. – Alô. Angel? Aqui é a , amiga da . – ela sorria para a amiga enquanto ele falava – Sim, sim...ela esta bem melhor. – ele continuava falando – É , bom, ela está tomando uns remédios para dor e está em repouso. – ele disse mais alguma coisa – Não, ela fico na pensão, mas eu fui sim. Me diverti bastante, mas fiquei preocupada com ela aqui sozinha. – então arregalou os olhos. – Sério? Eu...eu acho que ela iria gostar. – houve uma pausa – OK. Tchau.
- O que foi que ele disse?- “Pelo menos ela não falou nenhuma besteira” – Por que essa cara?
- Ele disse que... – um sorriso surgiu no canto da boca de . – Está vindo aqui.
- O QUÊ?! Você não ta falando sério!
- Estou sim! Ele disse: A se importaria se eu fizesse uma visita pra ela. Eu disse que achava que você iria gostar. Então ele disse: então daqui a uma hora eu estou aí.
- Bom... pelo menos eu tenho uma hora para poder fugir desse rolo que você me arrumou.
- Eu não acredito que você está falando isso! Há 5 minutos você estava louca para conhecê-lo, já que provavelmente ele é o garoto dos seus sonhos, e agora isso... chega de drama! Se você quiser eu te ajudo a se arrumar, mas não vou agüentar seus choramingos. – estava séria.
- Você? – apontei para ela- me arrumar?...nem a pau Juvenal!... Ainda mais que eu não gosto das mesmas coisas que você! Não quero virar sua boneca.
- Ótimo! Então se ajeita logo para esperar o Angel que, você bem sabe, ele dirige feito louco e pode ir daqui ao Brasil em 1 minuto. – riu da própria piada.
- e suas piadinhas sem graça. – “Doroti!”* - tudo bem, eu vo só toma um banho e trocar de roupa.
- Certo. Bom banho! Tenta não cair ou molhar o gesso, ta?
Tentou não demorar muito no banho, queria mesmo é aliviar a tensão, esfriar a cabeça. Vestiu uma calça bailarina preta e uma regata branca; "pra que eu ia me arruma mais"? Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo.
- Você vai vestir isso?
- O que que tem a minha roupa? – “não esta ruim” – eu não vo receber a rainha da Inglaterra para me arrumar mais – “sabia que ela não iria deixar isso de lado
- Não é a rainha da Inglaterra e se fosse essa roupa estaria boa. – analisava a amiga – É o garoto dos seus sonhos! Que, por acaso, é totalmente maravilhoso! Você deveria parecer uma princesa! Ou mais que isso, pelo menos.
- Não exagera ta – “Não disse?” – Não é pelo fato dele supostamente ser o “garoto dos meus sonhos”, que ele vai ver quem eu NÃO sou... é isso que você quer, mostar para ele uma pessoa que não existe de verdade, não eu.
- Mas, ...pelo menos arruma um pouco melhor esse cabelo, então – “não adianta. A é assim mesmo!
- Meu cabelo fica lindo assim....e eu não vou me maquia, pode ir esquecendo..
grunhiu de ódio. “Ah! como ela pode NÃO ligar? Porque ela não pensa na amiguinha dela aqui? Ah...
- Para de fazer essa cara vai...não é o fim do mundo!
Porque ela não entende que é o fim do MEU mundo?
- ... por que você me odeia tanto? – pergunto com um biquinho.
- E quem foi o maluco que te disse isso? Eu so acho você um pouco exagerada de mais. – disse rindo
- Mas, mas...Mass... Nem um rimel?
- Mas só isso também... o rimel destaca demas os meus olhos, então não precisa de mais nada. Ok!
Com um leve sorriso de um contentamento, acentiu com a cabeça uma vez.
- Mas vai logo! Que só falta 15 minutos para ele chegar.
- Em menos de 5, eu passo isso.
- Hm...é claro que você passa. Ok.
Passei o rimel e ficamos ouvindo o Cd da trilha sonora do filme.
Passada 1 hora certinho, a Sra. Watson veio bater na nossa porta.
- Meninas , tem um rapaz muito simpático lá embaixo querendo falar com vocês.
sorriu para com seu típico sorriso orelha a orelha.
- E ai vamos nós...
- Ta parecendo que é o seu garoto dos sonhos – foram descendo pelas escadas – e não o meu ga...
tinha travado em um dos últimos degraus quando viu quem estava parado em frente a porta da casa com um pequeno buquê nas mãos...dava para ser mais perfeito que isso? Claro que não.
- Oi Angel! – comprimentou ainda atrás de estática na escada, dando um cutucão na amiga – Você está bem, ? – sussurrou.
- Hã?! O que? – “Não estava acreditando no que meus olhos viam.”
- Acorda . Você esta estranha. Ta tudo bem com você? – murmurava.
- Me diga uma coisa... – se virou para amiga e sussurrou – eu fui atropelada por um trem e parei no céu ou eu to tendo alucinações e vendo o fantasma do garoto do sonho ali embaixo, a poucos metros da gente?
- Nem uma das duas coisas, amiga. Você está vendo o garoto dos sonhos, que por acaso é o mesmo que te atropelou com um Volvo em altíssima velocidade e agora está se mordendo de culpa. Agora, vai falar com ele!
- Você bem que podia nos apresentar, não? – puxou a miga pelo braço, deixando ela do seu lado, quando percebeu que ele estava olhando, e murmurou pelo canto da boca – vocês já são íntimos!
- Quem me dera ser intimo dele, mas...- disse ainda sussurrando. Olhou para o rapaz maravilhoso e disse: - Angel, se lembra da ? Bom, esse é o rapaz que te atropelou e gentilmente te salvou depois. – virou-se para e sussurrou – Ta bom assim? Eu sou péssima em apresentações.
- Doroti!- sussurrou de volta – Ah! Obrigado por me atropelar... estava louquinha para engessar a perna. – ergui a mão para cumprimentá-lo.
- De nada!... eu acho – ele retribuiu o aperto – Como você está se sentindo?
- Bem, obrigada!
- Ah...isso são para você – disse entregando o buquê.
- São lindas! – disse isso sentindo-se corar um pouco – vou la dentro colocar em um vaso. Faça, enquanto isso, companhia a ele , eu já volto.
segurou o braço de
- Pode deixar que EU coloco no vaso
- Mas...- queria respirar um pouco tinha uma pressão no ambiente e talvez se continua-se ali ficaria mais vermelha do que já estava.
- , pode deixar, eu não me importo. Lembre-se que ele veio aqui para TE visitar. Seria muita falta de educação se você o deixasse aqui comigo – deu uma piscadela para amiga.
- Já que você insiste – dando aquele sorriso do tipo “eu te mato depois”, e voltou-se para Angel – vamos sentar la na varanda, deve estar uma bela noite.
subiu a escada e ficou trancada no quarto. Colocou as flores no vaso que a Sra Watson emprestou e passou as fotos da câmera fotográfica para o computador.
Enquanto isso na varanda...
- Espera – ele disse me segurando pelo braço – eu te ajudo
- Ah...não precisa, já me acostumei a andar com isso – disse se livrando do braço dele.
- Já que você insiste – ele abriu a porta da frente que dava para varanda. – Vamos.
POV
Tinha duas cadeiras lá. Em vez dele se sentar na outra, empurrou-a para que ficasse na minha frente para eu apoiar o pé; sentando ele no murinho.
Ficamos um bom tempo em silencio. “Onde é que estava aquela doida da que até agora não desceu?”... “Este silencio está me matando...o que que se conversa com um homem desses?”
- Então...- começou a falar ele – Está gostando de Forks?
- Vi pouco...mas já percebi que é diferente das cidades pequenas do Brasil – “Obrigado por falar algo” , não dava para olhar diretamente para ele, então olhava para o céu.
- Ah é? Como é lá?
- Bom...como eu posso te explicar. São menos evoluídas que as daqui, algumas ruas são de pedras e existem muitos casarões antigos. Conseguiu visualizar? É tipo aquelas cidades de época, só que dentro do século XXI.
- Cidades de época? Tipo... paradas no tempo há cem anos mais ou menos?
- Não tão exageradamente assim! – risos - Só existem algumas construções que não foram destruídas e que são utilizadas por pessoas. Mas de resto... as pessoas vivem como o resto do mundo.
- Ah..é...estou curioso. Acho que vou fazer uma visitinha ao Brasil para ver essas “cidades antigas”. Faz muito sol por lá?
- Sol?...se houver uma cidade que não tem sol a culpa é do aquecimento global, que mudou o clima. – "de onde foi que eu tirei essa piada? Ta...eu to nervosa com essa situação, por isso o ataque de loucura e risos".
Angel riu, mesmo não achando muita graça na piada
- O mundo está mudando muito, né? - disse o rapaz
- Esta mesmo...e as pessoas tentam arranjar soluções e acabam criando outros problemas
- Também...é cada coisa ridícula que as pessoas pensam... o tempo todo parece que com o passar dos anos, as pessoas ficam mais patéticas e irritantemente burras.
- Não só nesse assunto, em outros também existem pessoas com esse aspecto. O mundo é tão injusto.
- O mundo não é injusto. As pessoas são!
- É...as pessoas são tão injustas!- "loca, para de fazer piadas sem graça".
Ele riu, dessa fez foi realmente legal.
- É muito legal conversar com você. Sabia disso?
- Sério? – "só pode estar mentindo" – estranho que nem sempre tenho assunto para conversar.
- É que você é diferente. Nossos pensamentos se encaixam.
É impressão minha ou ele ta dando em cima de mim?”
- Seus hobbys são também filmes, livros e música? Por que tirando isso eu só consigo pensar nas injustiças que as pessoas causam umas nas outras.
- Musica é meu principal hobby. Toco piano e tenho uma coleção enorme de CDs no meu quarto. Gosto de ler e assistir filmes, mas sou mais adepto a música. O que você gosta de ouvir?
- De tudo um pouco – "ele gosta das mesmas coisas que eu, não acredito" – aprendi a apreciar com meu pai.
- Gosta de musicas antigas?... a minha grande paixão é musicas antigas e clássicas. Sou compositor também.
- As antigas “tem letra”, como diz meu pai, e bons ritmos....mas não escuto muito clássicos, então não sou fã – "isso era verdade" – e ...parabéns por essa bela habilidade!Não deve ser fácil.
- Bom...como tudo na vida, exige treino, mas é algo muito divertido de se fazer.
- Paciência, imaginação e inspiração, são bases, eu acho.
- Esqueceu de uma base: disciplina. É sempre necessário existir disciplina na vida de um musico para que ele consiga ser bom ou verdade
- Disciplina em que sentido?
- Em tudo na vida. Disciplina como sempre ensaiar, como respeitar as pessoas, como estudar sempre, treinar o ouvido com diversos estilos de musica...disciplina em geral
- Ah ta...agora eu entendi...irei lembrar disso sempre que for fazer algo.
- Viu o que eu disse? Você é muito diferente! Geralmente quando eu exponho a minha teoria da disciplina as pessoas nem prestam atenção.
- É que elas não apreciam a cultura como a gente – não consegui,tive que olhar para ele...que sorriso LINDO! ..."calma menina não estrague as coisas agora".
- Tem outra coisa que eu gosto de apreciar. A cultura gastronômica. Quer jantar comigo amanhã? Pode chamar a e quem você quiser – ele diminuiu seu sorriso, meio tímido – Aceita?
- Pensei uma vez em fazer gastronomia, lá em casa todo mundo gosta de cozinhar... mas depois que eu vi o preço da faculdade ...- "me dava pavor só d pensar".
- Se você estudasse aqui poderia conseguir uma bolsa ou...é...quem sabe eu possa pagar sua faculdade para pedir perdão pela sua perna – disse olhando para o desastre que causou.
- Não! imagina!...uma faculdade não vale uma perna machucada! – "deu pena agora, será que ele pensava que eu era esse tipo de pessoa?"
Levantei da cadeira e fui até ele.
- Não precisa tanto, um jantar já basta.
Ele a abraçou para evitar que ela caísse.
- Posso passar aqui para pegar vocês as 7p.m. amanhã?
sentiu um calafrio com aquele contato repentino. Pensava ser a única que a funerária esqueceu de levar.
- Acho que sim... tenho que ver com a . Falando nisso, onde está ela?
- Eu não tenho a mínima idéia. Então, me ligue assim que falar com a para dar a resposta. Eu tenho que ir. Já esta tarde
- Mas já – "não, de novo não" - porque você não fica mais um pouco? Foi você mesmo quem falou que a conversa estava boa.
- Mas, , eu não posso chegar muito tarde em casa, meus pais podem ficar preocupados. Eu não avisei que talvez fosse demorar. – ele a abraçou mais forte – Você precisa dormir e ...amanhã a gente se vê – ele deu um sorriso torto – Você é uma grande amiga e uma grande mulher.
Apesar de frio, não resistiu e devolveu o abraço.
- Obrigado pela parte que me toca – não queria mais me soltar dele mas..- tudo bem... vou falar com a e ver se ela tem alguém que ela queira convidar e te ligo depois, só me passa o seu numero.
anotou o numero dele no seu celular, eles se despediram, e ela foi mais rápido que a perna engessada deixava, correndo para o quarto contar as coisas para amiga.



Capitulo 8 – O Encontro


- !- gritou abrindo a porta.
- Fala!fala tudo, não me esconda nada! – segurou pelo braço e a largou na cama, sentando ao seu lado totalmente curiosa – O que aconteceu?
antes de mais nada deu um belo “pedala robinho” na amiga.
- Loca, porque me deixou sozinha lá com ele?
- Eu tava me sentindo uma vela... Alias... Mais que vela, praticamente um poste. Ai eu vim pro quarto.
- Ta... tudo bem, não precisa explicar nada agora – deitou na cama e continuou a falar – Você tem alguma pessoa em mente que esteje livre amanhã a noite?
- Hã? Como assim?
- O Angel me convidou para jantar e pediu para eu levar você e quem mais eu quisesse. – disse dando de ombros.
olhou espantada para amiga e um segundo depois estava rolando na cama de tanto rir.
- Não era você que me dizia que tínhamos que ser difíceis? – ela parou, se recompôs, respirou fundo e disse – Acho que eu posso convidar o Dan. Se você pode ter um encontro... Eu também posso.
- Mas não deu para escapar... era o jantar ou ele me pagar uma faculdade de gastronomia aqui. – ela disse rindo – E eu não deixaria nunca que ele fizesse isso, então escolhi o jantar.
- Ele pagaria uma faculdade de gastronomia pra você? Aqui? Caramba! Ele te ama mesmo, hein!
- Como assim me ama?... Ele mal me conhece, como pode me amar? Impossível!
- Bom... Sei lá... Homens são estranhos! Mas, e ai? Posso chamar o Dan?
- Você está esperando o quê para pegar o telefone e ligar para ele?
- Obrigada amiga! – falou dando um super abraço em e agarrando o telefone. Discou, já decorara o numero. Tocou uma vez... duas... – Alô! Dan?... Ah... Oi Jimmy... Sim, sim, estou bem. E você?... Posso falar com o Daniel? – ouviu dois rapazes brigando do outro lado da linha: Jimmy, me dá o telefone! Eu sei que ela quer falar comigo! Me dá agora! E um segundo depois a voz totalmente encantadora do jovem quileute Daniel disse um ‘Oi, ’ – Dan. Tudo bem?... Estou bem. Er... – ela estava completamente tímida – Você vai fazer alguma coisa amanhã?... Não! Er... quer sair comigo?... É... Vai eu, a e um ‘amigo’ dela... Vamos jantar... Não sei onde... Espera ai. – virou-se para – Que horas ele chega?
- Ele pediu para confirmar... Disse que passava aqui para pegar a gente as 7p.m.
- 7p.m., Dan... Serio? Claro, quero ver o seu carro. – ela riu com algo que o garoto falou – Então, até amanhã. Bye!
olhou para
- Ele vem. Chegará um pouco antes das 7 p.m.
- Tudo bem... então é melhor você começar a se arrumar com algumas horas de antecedência – começou a rir com o comentário.
- Ai... É verdade. Vou começar a me arrumar umas 5p.m., talvez 4 – deu um suspiro longo e profundo.
- Não sei como você consegue demora tanto, eu consigo fazer tudo em uma hora ou menos até.
- Ai, meu Deus!! Com que roupa eu vou?
- Começa a procura agora porque se não amanhã você não faz nada.
- É claro que eu vou procurar agora! Se eu não tiver NADA vou ter que comprar amanhã!
- O povo que gosta de gasta dinheiro então sabe aproveitar o que tem – jogou-se novamente na cama – Com o tanto de roupa e acessórios que você trouxe da pra fazer altos looks !
- Quer me ajudar a escolher então? To tão confusa!
- Você ta me lembrando a Alice sabia? Só pensa em compra e compra mais roupa, não se contenta com o que tem... Mas ajudo sim... em que estilo você estava pensando em vestir? Descolada, romântica, punk, roqueira, surfista, hippie...
- Estarei saindo com um quileute... como devo me vestir? Romântica?
- Eles parecem ser um pouco simples, pelo pouco que eu sei... então seja você mesmo, só que sem extravasa.
- Eu não extravaso! OK! Simples... O que você vai vestir?
- Algo simples... Talvez com uma pitada de romântico... Hum, uma saia um pouco acima do joelho, com uma blusa regata e um tamanco baixo.
- Simples... É... vamos ver... – pega sua mala e abre sobre a cama.
- Tira tudo daí de dentro – pegou e virou a mala na cama – Depios a gente arruma as coisas de novo agora... Vamos ver o que você tem – começa a jogar as peças para o ar procurando o ideal para amiga.
- O que você está procurando exatamente!?
- Algo que fique bom em você e, que acima de tudo, não demonstre que é uma caçadora e que ele agora é a presa que você está atrás.
- Hm... é exatamente o que eu quero. Só não sei como achar isso nas minhas roupas...
- Um vestido... Precisamos de um vestido, você tem algum? Se não eu te empresto.
- Algum? Eu tenho muuitos! Estão no bolso da frente da minha mala – disse abrindo o bolso da mala ainda fechado – Essa é a vantagem de mala gigante: dá pra separar as peças de roupas.
- Hm... Vamos ver... Tem que ser simples, não pode ser chamativo mas que deixe nela a vontade de te conhecer mais... – tirou um bolo, de alças largas, na altura do joelho, azul bebê. – O que você acha desse? Apesar da cor clara, as alças, o decote ‘V” pequeno e o seu comprimento vão deixar ele com vontade de te conhecer mais.
- Você quem sabe. – riu – Nunca usei isso. Não sei ser discreta!
- Já passo da hora de aprender isso, se você quer conseguir uma pessoa faça-a brigar por isso.
- OK. OK. Vamos, me ensine.
- Bom – se sentou na cama, puxando a amiga junto – Você tem que dar uma de difícil, como eu já disse antes, porque daí ele vai ficar cada vez mais com vontade de descobrir quem você é, só que você deve apenas liberar depois de muito esforço da parte dele.
- Muito esforço? Como assim?
Sério... a tava dando uma de ‘cabeça dura’, de quem não entende a coisa mais obvia? Demorou horas para que a ficha dela caísse. Foram dormir quase uma hora da manhã.
No dia seguinte acordamos um pouco tarde, as 10 a.m. Então provavelmente não aproveitaria o dia; já que tinha que começa a se arrumar mais cedo.
“Ai! Droga! Bem que eu podia ter acordado quando o despertador tocou as 7 a.m.! Agora não vai dar tempo para sair. Hm... tive uma idéia!”
- , vai querer almoçar o que? Eu vou buscar a comida num restaurante de massa que vi. Parece ser bom.
- Se tiver uma lasanha... como 1ª opção uma de quatro queijos, eu vou adorar... se não, traz o que tiver lá.
- OK! – “Que bom que eu não vou ficar totalmente trancada nesse quarto até as 7p.m., eu iria enlouquecer!” – Vou me arrumar e já vou
- Vê se não demora! Se não eu não terei tempo de me arrumar.
- Claro!
Uma hora depois, estava pronta para ir ao restaurante. Se despediu de sua amiga.
- Nada de pular na frente de Volvos, hein!
E após a piada sem graça - essa mania estava pegando - saiu de casa.
O restaurante não era longe e estava praticamente vazio, ainda era cedo demais para almoçar. logo foi atendida. Pediu a lasanha da amiga – tinha de 4 queijos! – e pra ela pegoiu uma porção de spaguetti com molho branco.
Em menos de uma hora, já estava no quarto de novo – isso porque foi feito na hora.
- Vamos comer?
- Claro!... Mas você demoro muito só para ir até ali no restaurante e comprar comida, quase fui na cozinha pegar algo para comer na geladeira.
- Ah...qual é?! Agora são... – olhou o relógio – 12:10 p.m. De onde veio toda essa fome? Além de tudo, a comida foi feita toda na hora. – Sentou-se na mesa e abriu o embrulho. Um cheiro delicioso invadiu o quarto – Vem.
- Você sabe que quando fico ansiosa fico com fome – levantou e foi se sentar a mesa junto com – E quando to nervosa com alguma situação começo a rir do nada – abriu a embalagem onde estava sua refeição – Hm... parece estar bom mesmo!
Após almoçarem, separaram as suas roupas sobre suas camas. foi toma banho, enquanto mexia na internet ( lia fics do Twilight Team).
Ao sair do banho, leu as atualizações de suas fics favoritas e ouviu interessada contando detalhadamente as atualizações das outras fics. foi tomar banho.
começou seu intenso processo de embelezamento. Secou o cabelo, fez escova e, sim, ela realmente demorou fazendu isso.
- Ei , acaba logo com isso! To até em duvida agora em que você demora mais: se é no banho ou fazendo o seu cabelo! – disse batendo na porta do banheiro que a amiga havia fechado para abafar o som.
- Demoro mais no cabelo, caso você realmente esteje interessada. Mas já acabei. – saiu do banheiro – que tal? – Seu cabelo estava impecavelmente liso, sem frizz, delicadamente colocado sobre os ombros.
- Finalmente hein! – olhou bem para cara da amiga – ah... você sempre deixa seu cabelo desse jeito quando vai sair, e sempre me faz a mesma pergunta... preciso acrescentar algo mais?
- Ahm... obrigado! – sorriu satisfeita – O que faço de maquiagem?
- Ema bem neutra, clara para combinar com o vestido – pegou sua bolsinha – e para finalizar um brilho labial, batom destaca muito; nos olhos você pode usar o rimel com uma sombra branca. Juntando tudo isso seu make vai ficar ótimo!
- Nyaaa! Love you, amiga!! – disse abraçando a amiga.
- Ta, ta bom...eu também te amo – falou se livrando do abraço – agora me deixa para eu acabar de me apronta, que daqui a pouco os meninos estão chegando! – “ o mania de chamar os adultos de meninos e meninas!”
- Ai, meu Deus! Que horas são?
- São exatamente 6:10 p.m. – disse olhando o celular – tenho menos de uma hora para acabar de me arrumar por sua culpa – e saiu correndo para o banheiro para ajeitar o cabelo.
Passando uns 10/15 minutos, batem na porta. Era a senhora Watson, dizendo que havia um rapaz de La Push, esperando por nós.
- Vai , você já esta pronta – disse saindo do banheiro, resolvendo que o cabelo preso em um rabo estaria melhor que qualquer outro penteado – Vai fazer companhia pro seu “amiguinho”.
- Mas... mas... eu vou sozinha?
- Você quer que eu segura vela?... Não estou te reconhecendo . Cadê aquela menina rebelde e toda atirada? Fico no Brasil? – virou a amiga e a empurrou para fora do quarto- Vai lá encara as coisas de frente, de cabeça erguida – e completou num sussurro - agora to te dando o troco do outro dia
- To percebendo- sussurrou de volta, enquanto a fechava a porta na sua cara – OK! O que eu faço agora?
Desceu as escadas até o saguão de entrada, onde o garoto de La Push a esperava.

POV .:
Ele estava de costas aolhando para fora pela porta de vidro da pensão. Vestia uma calça preta de um tecido grosso, diferente e uma camiseta verde-musgo.
- Daniel? – disse ao descer o ultimo degrau.
Dan se virou para me olhar. Seu cabelo esvoaçou formando um arco perfeito e caiu sobre os ombros, espalhando-se. Meus joelhos tremeram. Ele estava com AQUELE sorriso maravilhoso. Acho que vou desmaiar.
- Oi !- ele andou até mim. – UAU! Você está...Bonita...
Ele me achou bonita! Ele disse que me achou bonita! Eu estou bonita!
- Obrigado – sorri tendo a certeza absoluta de que eu estava vermelha. Minhas bochechas queimavam – Você também está bonito – está lindo, maravilhoso, perfeito... Calma ,! Calma! – O que estava olhando la fora?
- Ah, é. Meu carro. Quer ver? – ele me olhou tão interessado que ficou meio obvio que ele queria me mostrar.
- Claro! Vamos lá – tentei mostrar mais entusiasmo do que realmente sentia. Eu queria ver ele e não o carro.
Ele segurou na minha mão e me levou pra fora, até o carro vermelho estacionado na frente da pensão.
- Ah... Er... Hm... Legal. – eu não tinha a minima ideia do que falar.
- É um Rabbit. Eu que montei. Tenho uma oficina em casa, sabe. Deu um trabalhão, terminei hoje de manhã, mas é legal, porque agora da pra te levar pro restaurante e à La Push.
Agora eu tinha certeza absoluta que eu estava quente e vermelha. ELE vai me levar ao restaurante. ELE quer me levar á La Push. ELE é lindo!
- Já que você vai me levar ao restaurante. Você me mostra o interior do carro depois. OK?
- Ah! claro! Vamos lá dentro, então?
Ele segurou minha mão de novo – e isso era algo muito bom – e me levou de volta ao saguão.
Nos sentamos no sofá da recepção. Ele estava me olhando e sorrindo, mas não falava nada. Eu estava tão feliz.
No momento em que ele abriu a boca para falar alguma coisa a porta da recepção se abriu tocando o sininho preso nela.
Fim de POV

Enquanto isso no quarto...
- Bom... to me sentindo a Bella com essa roupa – disse se olhando no espelho – Acho que vou colocar uma calça.
foi até sua cama onde estava a mala, e foi a procura de uma calça que ela tinha e que havia trago, uma meio social. Pelo menos com ela, não estaria aparecendo o gesso e também não estaria parecendo a Bella no dia do baile da escola.
- Ah que bom que eu achei ela, vai combinar com minha blusa branca...
Então no final, eu tinha ficado assim: uma calça preta boca de sino, com uma blusa branca de gola alta sem manga e um belo rabo.
Dei uma ultima olhada no espelho para ver se não estava esquecendo de nada.
“ Como será que a esta se saindo lá embaixo? Como será o Daniel? E o mais importante... Como estará o Angel?
Resolvi descer, não sou tão malvada como a minha amiga a ponto de fazer com ela o mesmo que ela fez comigo, e também Angel estaria chegando a qualquer momento.
- Vamos então conhecer o “amiguinho” da .
Sai do quarto, fechando a porta atrás de mim; mas quando cheguei na escada não consegui descer um degrau. Havia um ser esculpido pelos deuses falando com a na porta da pensão. Ele estava com uma camisa social azul um pouco aberta, com uma calça escura, e uma flor branca na mão.
“Eu já falei pra vocês o quanto gosto de homens com roupa social? Temos que concorda nisso, eles ficam diferentes, bem mais bonitos.”

FlashBack
Daniel ia falar alguma coisa quando Angel entrou na pensão.
Dan e Angel se olharam por um segundo e, em seguida meu quileute estava com uma expressão de raiva e confusão no rosto.
- Oi . tudo bem? – disse Angel. Sua voz calma como sempre.
- Tudo! E você? – respondi tentando não demonstra ansiedade.
- Um pouco ansioso. Onde está ?
- Ela já deve estar pronta. Vou chama-la.
Olhamos todos para a escada e lá estava ela. Pronta e arrumada.
Fim de FlashBack

“Vamos menina, não tenha um treco agora! Desça logo essa escada e vá cumprimentar ele!” – estava começando a ficar vermelha com os pensamentos longe dali.
Foi descer o primeiro degrau. Mas não estava segurando o corrimão. Pisou em falso.
“Pronto... só me faltava essa! Agora vou cai rolando escada abaixo. Serei motivo de piada o resto das férias!”
senti no segundo seguinte, um par de braços frios me segurando, não tive coragem de olhar.
- ... – aquela voz calma sussurrava para garota – você está bem?
- Ah... tudo bem – “Nossa como ele é forte!”, estava com a cabeça baixa por vergonha – Obrigado!
- Não foi nada – disse ele endireitando a menina na escada – Deixe-me ajuda-la a descer – Angel se pôs ao lado de , segurou em sua mão e passou o outro braço em suas costas pousando a outra mão no ombro dela.
- Claro... obrigado! – “Nossa que cavalheiro!” – , demorei muito? Onde está o seu amigo?
- Ah... Não demorou não. Chegou na hora certa. O Daniel? Ele está... – olhou pela porta de vidro – nos esperando lá fora – “Estranho ele não disse que ia sair”
- Bom, parece que ela está com fome! – acabou de descer a escada com Angel e pararam um pouco na porta – Já que estamos todos porntos, podemos ir então. Vamos.
Angel e entraram no Volvo e e Daniel no Rabbit.

Capítulo 9 – A suspeita


Dentro do Rabbit
- Ótimo! Mostre-me seu carro – falou , percebendo o continuo olhar penetrante de Dan no Volvo que seguia na frente.
- Hã? Disse alguma coisa? – finalmente ele tinha saido de seu transe.
- Você não queria me mostrar seu carro? Daniel deu aquele sorriso que tanto ama. - Bom... Como eu disse, eu que montei o Rabbit, então eu coloquei... – ele desembestou a falar e , para não magoá-lo, se fingiu de interressada. E até algumas coisas eram mesmo legais.
Depois de uma conversa automobilistica completa, chegaram ao restaurante, em Port Angeles.

No Volvo Angel soltou quando chegaram no carro, abrindo a porta do carona para ela entrar.
- Obrigado cavalheiro! – Disse entrando.
- De nada, minha bela dama.- falou fechando a porta e logo entrando do outro lado do carro.
Ligou o carro e partiram.
- Para onde nós vamos? Você falou com a ?
- O garoto vai nos seguir. E estamos indo a um restaurante muito bom em Port Angeles. Acho que você vai gostar.
- Qual a especialidades da casa?
- Massas.
- A-D-O-R-O massa! Acho que isso provavelmente veio da minha parte da familia que descende de italianos.
- Então eu acertei né? – ele deu um sorriso torto e uma piscadela.
- Er... eu acho que sim! Você também gosta desse tipo de cozinha?
- Gosto sim. E esse é o melhor restaurante desse tipo na região.
- Existem muitos? Poque as cidades parecem ser tão pequenas.
- São pequenas. Desse tipo de comida tem ens 4 restaurantes por aqui, o que já é um numero grande. É um em Forks, 1 em Seattle e dois em Port Angeles.
- Ah ta.
A conversa continuou por todo o caminho até eles pararem no restaurente. O Rabbit do Daniel parou logo atrás e nós entramos.
- Boa noite! Bem vindos ao La Conditi – disse a recepcionista – Mesa para quantos?
- Mesa para 4, por favor. – pediu Angel com toda aquela educação. percebeu
que ele segura a mão da recepcionista – Num lugar mais... reservado.
A recepcionista os olhou de cima a baixo e libertou sua mão da de Angel, ainda sorrindo, e os guiou até o terraço.
Angel puxou a cadeira para que se sentasse e Daniel o imitou.
- Me diga apenas uma coisa Angel... Você fez o que eu estou pensando que fez? Pagou a pobre garota para nos dar este lugar mais reservado?
- Bom, se ela era uma pobre garota, agora não é mais. Acabei de fazer uma boa ação – ele deu aquele sorriso torto – você não gostou daqui?
- Gostei, é muito bonito – disse devolvendo o sorriso – Mas precisava fazer isso?
- Minha querida, eu só quero o melhor pra você. Se você não gostou, me desculpe.
- É que isso não é certo!... Obrigado por se preocupar comigo, mas nunca mais faça isso.
- Certo não farei – sorriu novamente.
- Hey ! – se virou para amiga – Não vai me apresentar direito ao seu amigo?
- Ah! Claro! Então... esse é o Daniel, meu amigo de La Push e Dan esa é a minha amiga de todas as horas, .
- Ow... muito prazer Daniel! falou muito, mas muito bem de você!“Te mato em casa” – pensou , sentindo seu rosto avermelhar.
- Ahm... o prazer é meu. me contou do seu acidente, mas insisto, em nome de meus irmãos, que você vá a La Push em breve. – Dan deu um sorriso sarcastico.
- Claro! Vou combinar com a e peço para ela te ligar. Estou com vontade de conhecer La Push, parece um lugar bonito.
- É um lugar maravilhoso. Tem paisagens encantadoras e praias deliciosas.
- Bom... – disse olhando pro pé – Acho que pra praia está meio fora de cogitação.
Daniel deu uma risada sem graça.
- Mas você vai mesmo, né?
- Dia e hora que nos vamos?
- Vocês combinam. Estamos a espera de vocês. – o sorriso sarcastico permanecia.
Sentado na frente de Daniel, Angel o olhava com sua calma visivelmente alterada.
- Então gente... sou só eu ou mais alguem aqui está com fome? – perguntou .
- Ai... eu tambem estou morrendo de fome! – comentou com uma careta boba.
Angel automaticamente chamou a garçonete, que se aproximou rapidamente.
Todos fizeram seus pedidos:
pediu cappelleti de carne com brocolis e molho branco, Dan preferiu spaguetti com almondegas com molho bolonhesa, pediu um nhoque no capricho, e Angel... ah, ele não havia decidido o que iria comer, mas pediu uma taça de vinho tinto.
- Mais alguem vai querer algo para beber? – perguntou a garçonete.
- Um suco de uva para mim. – disse .
- Eu quero uma coca – falou – bem gelada! Por favor.
- Uma coca para mim tambem – pediu Daniel dando um “sorriso daqueles” para .
A garçonete acentiu uma vez e saiu. O silencio reinou por um tempo. O clima era levemente tenso, principalmente na reta “Daniel/Angel”.
- É impressão minha ou tem alguma coisa de errado com esses dois ? – chamou a amiga
- É... eu tambem estou reparando. Estou com aquela sensação de ter perdido alguma parte da conversa. Mas não teve conversa – disse acenado com a cabeça em negativo.
- Sabe o que isso me fez lembrar? – disse já rindo da sua imaginação que começou
a rolar solta. – ta parecendo até um vampiro e um lobisomem sentados na mesma mesa. Como o Edward e o Jacob nos livros da Stephanie.
Os dois subitamente olharam para com os rostos mais confusos e temerosos que poderiam. Cadê aquela calma do Angel? Cadê aquela simpatia do Daniel?
- Ei...- olhou com cara de quem queria entender o que houve – Calma gente! Isso foi apenas minha imaginação fertil que resolveu funcionar agora.
Angel foi o primeiro a se controlar e olhar para mesa. Dan ficou por mais alguns minutos
olhando para de para com aquela expressão estranha, como se algo muito errado tivesse acontecido.
- Falei algo que não devia? – não estava se sentindo bem agora – Ei !... Vamos ao banheiro? – disse já se levantando.
se levantou logo atrás da miga e a acompanhou até o banheiro.
No banheiro desabafou com a amiga.
- Sério, isso ta muito estranho ! – disse se sentando na pia – Foi impressão minha ou eles se assustarem com o que eu disse? Como se tivesse contado alguem segredo que não deveria.
- Olha , eu não tenho a mínima idéia do que está aconteceu, mas de uma coisa você pode ter certeza... eu vou descobrir! – os olhos de brilhavam – To me sentindo uma “Pantera” – comentou rindo.
- Vê se me conta tudo o que descobrir, ta? Agora – disse se pondo de pé – Acho melhor voltarmos para mesa... Não sei se foi uma boa idéia deixar aqueles dois sozinhos.
- Verdade... Imagina... Se eles fossem mesmo um vampiro e um lobisomem o restaurante já estaria de pernas pro ar!
- Nem me fale uma coisa dessas! Quando chegaram no terraço, Daniel continuava sentado a mesa, já Angel havia se levantado e foi para o parapeito com sua taça de vinho.
- Meninos, voltamos! – brincou sentando-se em seu lugar ao lado de Daniel. Ele a olhava ainda sério mas, com certeza, mais tranqüilo. aproveitou a concentração dele para sussurrar em seu ouvido:
- Está tudo bem? Você não costuma ser tão sério.
Ele estremeceu e os pelos de seu braço se arrepiaram visivelmente.
- Não é nada demais. É que... Minha família e a família do amiguinho da não se dão bem desde... sempre.
- Por que não se dão bem?
- É uma coisa meio parecida com uma tradição, sabe? Desde o dia em que eles vieram pras proximidades de La Push, há muito tempo atrás, existe essa rivalidade. - Dan parecia perdido em seus próprios pensamentos.
- E você não acha que já esta na hora dessa tradição de ódio mútuo acabar?
Daniel olhou para com uma tristeza infantil no olhar.
- Desculpe-me, . Tem coisas que não tem como mudar. Bem que eu queria poder.
Instintivamente, abraçou o quileute.
- Tudo bem. Mas me prometa que você vai me contar tudo sobre essa disputa.
- Ahm... Eu não posso contar.
- Por que?
- Já teve que manter um segredo que não é seu, mas se sentia na obrigação de guardar?
- Bom... – pensou, pensou... – Na verdade não. Não tive não.
Daniel riu e beijou a face de .
- Talvez eu não precise contar esse segredo. Talvez você descubra sozinha, ou com a ajuda da . E se descobrir vai entender como me sinto por ter que guardá-lo – disse ele dando “aquele sorriso”.
retribuiu o sorriso mesmo sabendo que o seu não era tão maravilhoso quanto o dele.
- O caminho é esse – sussurrou Daniel para , ainda sorrindo.

Enquanto isso, foi ao encontro de Angel no parapeito do terraço.
- Oi – disse apoiando as costas na parede – Olha... me desculpa se o que eu te falei te magôo de alguma forma. Não foi minha intenção.
- Não foi nada. É que... Foi estranho. Só isso. Mas, vamos esquecer isso, Ok?
- Ta... Tudo bem – não queria olhar para ele – Não gosto de ver as pessoas tristes sabe, principalmente quando fui eu quem causei isso.
- Ei, ei, ei! Eu não estou triste. Nem fiquei triste em momento alguém – ele segurou o queixo de forçando-a a olha-lo – Então não fique triste
respirou fundo e segurou nas mãos dele.
- Aham... Agora acho melhor nos juntarmos a eles. A refeição já esta na mesa.
Angel passou o braço pelos ombros de e a guiou até a mesa.
- E ai? Vamos comer? – comentou .
- Claro... Estou com muita fome! Você não vai comer nada mesmo Angel?
- Na verdade, estou um pouco enjoado e sem fome. Se importa de eu não comer?
- É claro que não!... Você quer alguma coisa para melhorar? Eu posso fazer algo? – disse se virando para Angel e colocando a sua mão sobre a dele na mesa.
- Infelizmente, minha querida, nada do que você possa fazer vai me ajudar. Bem que eu queria poder comer com você... – ele sorriu tristonho.
- É já que nós podemos comer... Vamos começar antes que esfrie – falou Daniel pegando o garfo e a faca, riu daquela maneira boba como toda vez que Dan fazia alguma gracinha.
- Acho melhor começarmos a comer mesmo, se não o Daniel vai acabar comendo o
nosso Null – disse para amiga, pegou seu prato e se levantou – Angel... vamos voltar para onde nós estávamos. Lá pode ventar melhor, e isso pode ser bom para você.
virou-se rapidamente para amiga.
- E você toma cuidado. Ele – disse apontando para o Daniel – Ta com cara de quem vai roubar seu prato. Abre o olho! – e saiu andando.
deu risada da possibilidade de perder seu prato para o Daniel. Quando começou a comer Dan já tinha terminado e seu semblante era de fome intensa.
- Quer que eu divida meu cappeletti com você? – disse .
- Ahm. – Dan estava totalmente envergonhado – Não precisa não...
- Estou vendo nos seus olhos que você quer. – ria, enquanto puxava o prato de Daniel e punha grande parte de seu pedido – Não estou com tanta fome assim –
Dando uma piscadela e devolvendo o prato para o garoto.
- Mas ...
- Não aceito devolução!
- Hm... Obrigado – falou o rapaz dando um beijo no rosto dela. ficou vermelha com o beijo. Dan começou a comer o cappeletti e o acompanhou.
Enquanto isso no parapeito do terraço...
- Olha lá – disse apontando com a cabeça rindo para mesa delis – Dito e feito, já está até colocando um pouco de sua refeição no prato do Daniel.
- Ridículo... Se eu soubesse que ela o convidaria...
- Desculpe-me... Mas você falou alguma coisa?
- O que? Hã... Você ouviu alguma coisa?
- Você falou alguma coisa, só que não consegui entender.
- Ah... É... Desconsidera. Só pensei alto. Só... Não estou muito feliz com ELE aqui comendo toda a comida da . É meio ridículo.
- Qual o problema dele estar comendo a comida dela? – “Isso é tão romântico! Mas não da maneira que ela ta fazendo”.– Ta com ciúme deles estarem dividindo a refeição?
- Não... – disse olhando para o prato de e seu copo de vinho. – Quer vinho?
- Não é?! Aham, eu finjo que acredito nisso – disse pegando um pouco do seu nhoque – Ah... Muito obrigado, mas eu não bebo.
Angel abaixou os olhos e ficou olhando o chão.
- Sabe... Eu realmente queria poder dividir com você meu alimento, mas... Não dá...
- Agora eu não estou entendendo – “Do que ele está falando?” – Como você vai dividir seu alimento comigo se você não está comendo nada?
- É... Por isso que não dá... Não posso comer. Infelizmente não posso. – seus olhos ainda estavam em seus pés.
- Ei – colocou uma mão no rosto dele - Não fique assim! Não é só você que tem esse tipo de problema com algumas comidas. Veja os diabéticos... Eles são proibidos de comer doces, algo que é impossível alguém não gostar.
- É... Obrigado pelo apoio. posso te pedir um favor?
- É claro!... Se for algo que esteje ao meu alcance.
- Espero que esteja ao seu alcance... – ele levantou a cabeça e a olhou nos olhos – ... Não se afaste de mim jamais. Por favor.

Capítulo 10 – Amor a primeira vista existe?


ficou confusa com aquele pedido inesperado. Onde é que ele queria chegar aquela pergunta?
- Ah... eu não... não sei se posso fazer isso. – nesse momento virou-se de costas para ele.
Era difícil para ela dizer não para ele, mas ela também não podia dizer o sim que tanto queria, pois iria voltar para casa no final do mês.- Porque isso?
Angel a abraçou pelas costas e aproximou seus lábios dos ouvidos dela.- Você é muito importante para mim, . Eu não suportaria te perder. Por favor, não se afaste de mim.
Aquele abraço inesperado fez corar instantaneamente e sentir um frio na barriga. "OMG! O que ele esta fazendo?... Provavelmente se aproveitando da minha fragilidade.” pensou – “ O que eu fiz para merecer isso?”
- Por que eu? – fez a pergunta com o coração batendo descompassado e segurando os braços dele que a envolvia – Existem tantas melhores...
- Em toda minha vida eu nunca conheci ninguém como você. Tão parecida comigo e, ao mesmo tempo, tão diferente. Você tem sonhos e uma vida inteira para realizá-los. Você é especial gentil...Você é uma humana que eu nunca pensei que realmente existia. Você é como um sonho que finalmente realizei – os braços se prenderam com uma proximidade maior.
apenas se virou e retribuiu o abraço.
- Essa foi à coisa mais linda que alguém já me falou em toda minha vida – disse ela sussurrando em seu ouvido.
- Não se afaste de mim – o abraço se afrouxou, Angel segurou o rosto de em uma mão e a olhou nos olhos. – , não se afaste de mim. Eu preciso tanto de você Promete que não se afastará.

E na mesa...
- Nossa! Você já terminou? – disse , olhos arregalados vidrados no prato vazio na frente de Daniel.
- É eu como rápido. – falou o garoto olhando para o prato da menina, ainda com comida.
- Quer mais? Não estou agüentando comer.
Os olhos dele brilhavam.
- OK! Não precisa responder. – pegou um cappelletti com o garfo e o levou próximo da boca do quileute.
Ele deu um sorriso e abriu a boca. colocou o garfo (com o cappelletti) até dentro da boca aberta que se fechou. A garota pegou mais um cappelleti e colocou em sua própria boca.Daniel, já tinha acabado de mastigar deu mais um daqueles sorrisos e disse:
- Sabia que o macarrão ficou mais gostoso com você me dando?
Ela deu um sorriso tímido e continuou o processo de dar o cappelletti para o menino e comer quando sentisse vontade.
Varias vezes eles paravam e ficavam se encarando (Dan sorrindo daquele jeito maravilhoso) e, quando acabou, ele começou a se aproximar dela, olhava para os olhos de , depois para boca dela e novamente para os olhos... Nisso, ele se aproximou e, a cada milímetro que ele chegava mais perto, ela ficava mais vermelha. Os olhos de começaram fazer o mesmo movimento que os de Dan (dos olhos dele para a boca) e logo pararam nos lábios dele, que agora estavam muito, muito próximos.
Nesse momento, Angel “surge” atrás de Daniel dizendo:
- Já terminaram? Posso pedir a conta?
Dan e se afastaram prontamente. Daniel tinha uma expressão de ódio profundo no rosto e seus olhos queimavam com um fogo aparente.
- OPS! – disse olhando para cara dos dois – Acho que atrapalhamos eles em alguma coisa Angel!
- Hm...- estava mais vermelha que o possível – Tudo bem. Nós só estávamos...Conversando.
- É... Uma conversa muda e bem próxima... – completou o quileute fritando Angel com os olhos.
- Bem... Desculpem-nos por ter interrompido a conversa de vocês, mas já está tarde, provavelmente daqui a pouco suba alguém aqui para dizer que o restaurante está fechando.
riu sem graça, Dan sorriu sério (um sorriso muito diferente do que os de costume) e Angel pediu a conta para garçonete que se aproximava do local.
chamou a amiga para um canto, enquanto não iam embora.
- E ai... como foi depois que nós deixamos vocês sozinhos na mesa?... Você não se jogou nele né?
- Não. Na verdade, eu quase me joguei da cadeira quando vi que ele ia me beijar.
- Ahá!! – disse com a voz um pouquinho alta, que fez Angel e Daniel olharam para as duas – OPS de novo! – disse rindo baixinho – Mas então, voltando ao assunto...Ele ta caindo na teia da aranha?
- Que teia? Hã? Do que você está falando? – olhou confusa.
“É... ela é muito devagar mesmo!”; apenas mexeu a mão como que dizendo: associa uma coisa à outra.
- Ah! Entendi! Se ele está caindo eu não sei, mas eu... To caidinha... – suspirou.
- Nossa como é lerda! – falou baixinho – Mas por favor não desmorona, se sustenta ai. Você que tem que ter ele na mão, não o contrario.
- OK! – disse ficando com uma postura ereta – Mas acho que ele ta caindo sim.
- Que bom! Agora é só provocar, mais um pouquinho e, depois liberar, só que com você no comando.
- Certo! – sorriu confiante – Mas... E vocês? Que fizeram no parapeito?
- Bom... nós... – respirou fundo antes de falar – ele me abraçou por trás e sussurrou que não sabe o que faria se eu me separa-se dele – fechou os olhos e se abraçou, lembrando do momento.
- Oh My God! – “OMG! OMG! OMG!” – E… O que você fez?
- Eu quase falei que sim, que nunca mais me separaria dele – nesse momento olhou para amiga – Mas lembrei que nós vamos embora no final do mês – Disse com a voz baixa com tom de tristeza.
- Mas... O que você fez?
- O que eu fiz depois?... Simplesmente me virei e retribui o abraço e sussurrei um “obrigado”, que aquelas foram as palavras mais bonitas que alguém já havia me dito.
- Só isso? – “Não acredito! ‘O Cara’ Vira para ela e fala um monte de coisas bonitas e ela fala: Obrigado!”
- Bom... me deu vontade de tasca logo um beijão naquela boca linda, mas eu me segurei.
- Hã? – “OK! Eu não esperava ouvir essas palavras saindo da boca dela nunca! Isso foi tão... Eu!” – UAU! Ele mexe mesmo com você, né?
- Você não sabe quanto! Talvez eu nunca irei achar alguém como ele no Brasil ou em qualquer outro lugar no mundo. – ela disse com um baita sorriso no rosto – Não existe palavra no mundo que possa descrevê-lo.
- Eu sei como é isso... Amiga, estamos apaixonadas, ou melhor, estamos...Ferradas!
- Por que agora? Por que tão longe de casa?Por que isso foi acontecer comigo? – estava com a voz um pouco alterada, e não viu que os dois estavam se aproximando.
- Shh... eles estão...
- Vamos? – chamou Angel apoiando uma das mãos num ombro da .
- AI! – deu um pulo – Que susto Angel! – olhou para amiga com uma cara de quem diz “Você não me avisou que eles estavam vindo!”
deu um sorriso sem graça.
- Desculpe- me. Não tive a intenção de te assustar. Mas... Sobre o que vocês estavam conversando tão interessadas que não nos viram chegando? – disse Angel.
Dan se posicionou ao lado de e a abraçou, seu rosto sustentava o famoso sorriso que tanto amava.
- É que eu estou chateada porque vou ter que ficar sem dançar por um bom tempo – falou a primeira coisa que veio na sua cabeça – E dançar é uma coisa que eu gosto de fazer! Não é ?
- É verdade. Vocês tem que ver como essa menina dança bem! – concordou .
- Sério? – Angel ficou pensativo por um segundo – Então depois de amanhã terei uma surpresinha pra você. Está livre de noite?
- Er.. eu acho que sim – “Surpresinha?”
- Posso te pegar as 7p.m. de novo?
- Claro!... tudo bem se você ficar sozinha depois de amanhã a noite ?
- Sem problemas! – disse em meio sorriso.
- Nada disso! – exclamou Dan – Depois de amanhã tem um lual lá perto de casa... Posso te levar ?
- Eba! Amo lual! Adoraria ir!.
- Ótimo!! 7p.m.?
- 7p.m. – deu uma piscadela. Dan sorriu e respondeu com outra piscadela.
- Caiu um cisco no olho dos dois ao mesmo tempo ou foi impressão minha? – disse rindo da própria piada – Acho que tomei muito suco de uva e somando o sono que eu to sentindo, estou ficando meio louquinha!,br> e Dan riram tímidos. Ele ainda abraçando ela, deu um beijo na bochecha dela. fica automaticamente vermelha.
Angel próximo a porta do terraço, com feição séria diz:
- Vamos embora meninas?
Daniel ficou emburrado, mas logo ficou feliz de novo, pois deu um beijo em sua bochecha em resposta ao que tinha recebido.
- Tudo bem, não foi engraçado – disse cabisbaixa – É que eu sou uma pessoa que fica “bêbada” sem ter colocado 1 gota de álcool na boca! Desculpa mesmo, eu não estou bem!
- Foi engraçado, mas... – começou Dan.
- A gente ficou meio... – continuou .
- ... meio... meio envergonhados – completou Dan
- É! Bom, não era pra você ter visto nossas piscadelas. – comentou tímida.
- Mas tudo bem... já foi... seremos mais discretos – falou o quileute e depois deu mais um sorriso.
“OMG! Esse sorriso dele é uma tortura! Tão perfeito!” – pensava – “Eu quero Ele pra mim!”
Angel bufou ainda na porta.
- Vamos? – perguntou novamente rodando a chave do Volvo num dos dedos. Andou até e segurou a mão dela.
- Ah... claro.
Os casais foram para os carros e começaram o caminho de volta para Forks.

Capítulo 11 – Praia, fogueira e histórias


O dia seguinte voou. De tarde no dia dos encontros, ajudou com a escolha da roupa, já que só ela sabia ser discreta.
- Saia longa e blusa regata; “casal” perfeito para um lual.
- Obrigada, amiga! Eu vou só com rímel e gloss, ta? Maquiagem na praia fica estranho...- disse fazendo uma careta.
- Estou gostando de ver – disse sorrindo – Você está aprendendo rapidinho a se comportar como uma pessoa discreta.
- Você é uma ótima professora... – riu – Mas amanhã, meu cabelo vai dar trabalho.
- Porque?!
- Se eu deixar ele “natural", naturalmente ele vai ficar horrível... Então vou ter que deixar ele “natural artificialmente”.
- Hã? – estava confusa – Volta a fita e coloca a tradução.
- Eu não posso deixar ele como ele é porque até o meio da noite ele estaria mais arrepiado e ridículo que é possível imaginar. Vou ter que passar um monte de creme para controle de frizz, controle de umidade, fazer uma bela de uma escova e finalizar com umas ondas feitas com babyliz... Vai dar um trabalho... Mas o resultado é ótimo e duradouro.
simplesmente olhou para cara da amiga sem dizer nada, e depois voltou a se arrumar. entrou no banheiro...
- Vai tomar banho ou precisa entrar aqui? Vou começar a me arrumar...
- Dexa eu tomar banho primeiro! Você é uma tartaruga quando o assunto é se arrumar para sair.
saiu do banheiro dando espaço pra amiga. Foi até sua mala e pegou sua saia jeans escura e uma blusa regata de alça fina rosa clara com corações. Colocou a roupa sobre a cama. Pegou sua caixa de acessórios e nela separou um colar que tinha um pingente de cristal em forma de um círculo – que a garota dizia ser uma lua cheia. Separou uma rasteirinha e por fim, sorriu pra sim própria dizendo:
- Agora só falta vestir tudo isso e me arrumar.
saiu do banho com seu roupão, e parou na frente da sua mala aberta.
- Agora a parte difícil... que roupa eu coloco?... Ele nem sequer disse que tipo de lugar ia me levar.
- Boa sorte com isso... Eu vou pro banho antes que eu me atrase.
entrou no banho, demoro 1 hora, saiu e começou a arrumação de cabelo. Depois de 2 horas, ou mais, de arrumação estava vestida, penteada e, graças a um milagre, pronta.
Saiu do banheiro e viu vestida com um vestido preto de alças largas que ia até um pouco acima do joelho, com um decote pequeno V.
- E então... o que achou?
- Perfeito! Você está maravilhosa!
E então a campainha tocou. foi atender.
- Srta o garoto quileute que veio antes de ontem está te esperando na recepção – falou a senhora Watson.
Os olhos de brilharam. Ela se despediu de e desceu as escadas com a viúva. Ao chegar lá embaixo, viu pela porta de vidro, Daniel ao lado do Rabbit. Ele vestia uma calça de moletom preta, um tênis preto e cinza e sem camisa.
“OMG! Que tanquinho! Santa perfeição!” – pensava pasma saindo da pensão.
- Oi! – disse ele – Nossa, você tem mesmo que estar mais bonita a cada dia que passa? – Dan sorria daquele jeito.

POV

Fiquei um pouco tonta, mas isso tinha mesmo uma explicação obvia. Aquele sorriso... e aquele corpo.
- Obrigada pelo elogio – eu disse meio boba.
Ele entrou no carro e abriu a porta do passageiro por dentro para que eu entrasse, o que foi bom, já que – só para variar – estava chovendo.
Entrei, fechei a porta e olhei para ele. Ta bom! Olhei para o corpo molhado dele. Que posso fazer? Ele é maravilhoso! Mas por que ele estava sem camisa?
- Daniel... Posso te pergunta uma coisa?
- Claro! O que quiser!
- Porque você está sem camisa?
- Er... – ele me olhou enquanto partia com o carro – Eu sinto muito calor.
Ele realmente estava sempre quente demais para o frio constante de Forks.
- Isso te incomoda? – ele me perguntou.
- Não. Sem problema – “Dã! To adorando isso!”
- Certo
- De onde vem todo esse calor?
Ele ficou quieto por um tempo.
- Desculpa – pedi ao ver que não receberia uma resposta
- Você não sabe quanto eu queria te contar. Mas não posso – ele respirou fundo – O que me deixa mais inconformado é que você já sabe! – disse me olhando.
- Última pergunta
- OK!
- A mais idiota de todas. Não me leve a mal.
- Diga.
- Você é um lobisomem?
Ele sorriu.
- Eu disse que você sabia.
OMG! OMG! OMG! Como assim? Eu fiquei pensando nisso desde que falou no restaurante há 2 dias atrás, mas não estava mesmo preparada para que isso fosse uma realidade.
Certo! Isso explica muita coisa: a fome, o calor, o corpo... Mas como pode ser real?! Isso não deveria ser uma lenda?
- Você está brindando, né?
- Hm... Não... Esse é o meu segredo que você não poderia saber, mas de qualquer jeito descobriu hoje. Seria impossível não descobrir. Meus irmãos... Ah... Você vai ver.
- Mas... UAU! Isso é tão perfeito! Mal posso acreditar. Seus irmãos são todos lobisomens?
- É por isso que são meus irmãos. De sangue, sou o único filho homem, mas tenho duas irmãs mais velhas, que estão espalhadas pelo país em faculdades.
- Jimmy não é seu irmão de sangue?
- Não!
- Mas vocês são tão parecidos...
- Todos nós somos.
- Vou conhecer todos hoje?
- Sim... Todos os meus irmãos e irmãs lobisomens, além de meu pai e os pais deles.
Eu estava totalmente pasma! Um sonho, praticamente impossível, Realizado! Meus olhos brilhavam!!
Sem que eu percebesse, paramos numa entrada de uma trilha,. Dan saiu do carro, abriu minha porta e então sai também. O que será que me esperava do outro lado dessa trilha? Ele segurou na minha mão, respirei fundo e entramos no pequeno caminho desmatado. As árvores em nossa volta chacoalhavam seus galhos numa dança agitada. O caminho era cheio de subidas e descidas, muitos galhos e raízes formavam pequenas armadilhas, nas quais caí 2 vezes e tropecei varias mais.
Certa hora, a trilha se fechou. Dan olhou para mim e disse:
- Não saia daqui. Já volto.
Ele entrou na mata e desapareceu.
“O que eu faço aqui sozinha? E se um bicho me atacar? E se...” Um lobo preto gigantesco surgiu na minha frente. Óbvio que eu me esguelei de tanto gritar, até que percebi aqueles olhos pretos gentis que me olhavam.
- Daniel? – perguntei me recompondo e me sentindo uma idiota.
O lobo lambeu meu rosto e fez um sinal com uma das patas dianteiras para que eu subisse em suas costas.Subi e ele estava mais quente que nunca. Segurei em seus pelos bem firme, o que foi bom, porque, nesse momento. O Daniel–lobo disparou por entre as árvores. No caminho, começaram a surgir a nossa volta vários outros lobos, das mais variadas cores. Muitos deles carregavam em suas costas uma garota, e elas acenavam para mim. Paramos todos e então vi em nossa volta uma praia maravilhosa, com muitas pedras, o mar iluminado pela lua cheia e um circulo de troncos posicionado em volta de uma alta fogueira.As garotas saíram das costas de seus lobos e se sentaram cada uma em um tronco.Sentei em um que estava vazio. Os lobos voltaram para mata.Uma das meninas se aproximou de mim.
- Oi. Sou Elizabeth. Você é nova no grupo, né?
- Hm... Sim. Sou .
- Você não é daqui.
- Vim do Brasil.
- Sério? Dizem que tem varias tribos lá né?
- Tem. Mas, não conheço nenhuma.
Ela me olhou com uma expressão meio confusa, mas sorriu.
- É namorada de quem?
- Namorada? – corei instantaneamente – Eu não tenho namorado.
- Não? Mas quem te trouxe?
- O Daniel...
- UAU! Você é uma garota de sorte... Mas ele não se senta ai, se senta lá.
Ela me puxou pelo braço e me levou a outro tronco. Os garotos, ex-lobos, começaram a surgir com suas calças de moletom e se sentaram ao lado das garotas que carregavam. Também surgiram meninas e casais que se sentavam um troncos vazios.Dan foi o ultimo a aparecer e todos se levantaram para que ele passasse.Ele parou ao meu lado – eu estava em pé – fez um sinal e todos se sentaram. Até eu.Dan sorriu, me levantou. Virou-se de frente para mim, segurou minhas 2 mãos olhou nos meus olhos e disse?
- Bem vinda . Essa é a minha família.
E dizendo isso, ele se aproximou de mim, me abraçou, no meu ouvido falou: Quer namorar comigo?
Fiquei totalmente imobilizada, sem saber como agir, o que fazer...Sussurrei um sim. E, pelo visto, todos ouviram, pois assim que falei foi uma festa. Todos começaram a gritar, Assoviar, alguns até uivaram.Eu, realmente, não quero saber o quão vermelha eu estava, mas Dan logo me tirou daquele meio e me levou até uma pedra na beira do mar, onde nos sentamos.
- Desculpe por esse... Constrangimento.
- Hm... tudo bem, Dan. Mas, se me permite questionar, por que tudo isso?
- Sou o Alfa do grupo e... Tenho minhas responsabilidades quanto a isso. Como por exemplo, ter que pedir oficialmente em namoro a garota que eu amo na frente de todos os meus irmãos.
Foi impressão ou ele disse que me ama?
- Você é o Alfa? Tipo, o líder?
- Infelizmente sim...Isso dá um trabalho...
- Estou vendo, mas deve ser bom, né?
- Sou herdeiro de uma tradição e de uma maldição genética. Não posso fugir disso, nem mudar nada. Só tenho que entender e fazer juz ao meu papel no grupo.
- Mas vocês... Lutam contra vampiros?
- Sempre. Ontem passei o dia caçando com minha família. Pegamos 4.
- Tudo isso?! – estava espantada.
- Foi um dia difícil, mas valeu a pena. Assim, hoje podemos comemorar aqui a noite inteira.
Então me veio uma luz, praticamente um holofote.
- Então, Angel...
- Não tem nada de anjo, com certeza!
- Ele é...
- Vampiro. Sanguessuga, frio, amaldiçoado... Criatura maldita.
- Mas está com ele!
- A família dele é “vegetariana”. Não que eu realmente acredite verdadeiramente nisso. Mas não vamos falar deles. Ela não corre risco algum.
- Espero que você esteje certo.
Ele sorriu e me levou ao circulo da fogueira. Tudo já estava calmo. Percebi então a presença de novos componentes na turma.Daniel me apresentou a todos como sua namorada. Apresentou-me também ao seu pai.Todos estavam radiantes com a situação do Alfa estar namorando. Nem ligavam para o fato de eu ser brasileira.O pai de Daniel assumiu o controle assim que chegou, então ouvimos varias historias “lendas” quileutes do motivo de estarem se transformando, de como surgiu o primeiro lobisomem quileute. Varias lindas, excitantes e emocionantes historias.
Também comemoramos muito, quero dizer, acho que para eles é algo natural isso.Alguns cunhadinhos loucos até nadaram naquele mar gelado.
Eram 1h30 da manhã quando cheguei na porta da pensão.
- Que bom que eu estou com a chave da porta, porque senão nem a Sra. Watson, nem abriria para mim – eu disse bêbada de sono.
-Então da próxima vez não pegue chave alguma. Tem uma cama a mais em casa.
Eu ri mas acho que ele estava falando sério.
Destranquei a porta de vidro e ia abri-la quando Daniel segurou meu braço e me puxou.
- Não vai me dar nem um beijo de boa noite? – perguntou me olhando nos olhos e com aquele sorriso. Minhas pernas tremeram.
Ele segurou meu queixo, aproximou o corpo do meu e em menos de um segundo estávamos nos beijando.
O beijo dele era algo mais que delicioso, não consigo descreve-lo. Era algo quente, suave, mas ao mesmo tempo, intenso, apaixonante, gentil, forte brusco, lento, incrível!
Ainda boba, me despedi dele e entrei na pensão. Vi o Rabbit sair em disparada pela porta de vidro e, então, fui para o quarto.
“O que dirá sobre isso?”
Capítulo 12 – Dança Comigo?


havia acabado de fechar a porta. Estava toda empolgada com seu encontro com o “Dan”; mas não estava tão nervosa quanto eu a ponto de desmaia quando visse aquele anjo que caiu de para-quedas na minha vida.
Parei na frente do espelho para me analisar.
- Vai lá garota, arrasa! – o reflexo me dizia – Mostra pra ele o quanto você pode!
- Você só deve estar brincando comigo – respondi – Eu não sou tudo isso não.
- Então me deixa no comando está noite!
- Nem sonhando que eu deixo você no comando hoje! – disse já saindo da frente do espelho, mas voltando depois – ele ta afim da amazona, não da matadora – disse dando um sorrisinho no final.
olhou pela janela e viu que o Volvo estava estacionado lá embaixo. Saiu do quarto e desceu as escadas, prestando mais atenção agora para não cair de novo. “Mas bem que eu poderia tropeçar para ele me pegar novamente!” pensou . Ela já estava no pé da escada, quando Angel retirou de trás de si uma rosa vermelha. Ele não se cansa mesmo de me dar flores e ser um gentleman!
- Que linda! – falou pegando de sua mão.
- Não tanto quanto você.
se viu corando, e abaixou a cabeça.
- Obrigado!... Mas não chego a tanto.
- Você não sabe o quanto é bela.
- Você deve usar óculos!
- Todos os meus sentidos são muito apurados. Sua beleza é descomunal, sua pele tem uma textura perfeita, sua voz parece uma música composta por um mestre clássico, seu cheiro é o mais delicioso que eu já tive o prazer de sentir e... Acho melhor eu não falar sobre paladar.
- Nossa, quantas qualidades! – disse se sentindo corar mais – Cadê os meus defeitos? Será que esqueci no quarto? Acho que vou lá buscar – disse fazendo sinal de que iria subir. “Meu... Quanta besteira estou falando! Meu estado de nervosismo já passo do limite!... Preciso voltar ao normal agora se não ele vai pensar que eu sou louca!”
Angel riu com gosto da piada da garota, mas a segurou pelo braço para evitar que ela subisse as escadas.
- To parecendo uma idiota!... Desculpe-me!
- Você não parece idiota. Você não conseguiria parecer idiota, porque você é perfeita – Angel a viu corar mais ainda – Vamos então?
- Aonde vamos? – perguntou – Vai ver eu não estou vestida adequadamente. - “Olha quem diz!... Ele é que é perfeito!”.
Ele segurou por uma das mãos e a girou. O vestido dela esvoaçou e pousou novamente sobre suas pernas.
- Você está perfeitamente vestida.
apenas sorriu ao elogio. Eles então foram para o carro. Angel abriu a porta do carona para . Ela entrou dizendo um obrigado quando estava se sentando. Angel deu a volta, entrou no carro e começou a dirigir. Ficaram um tempo sem dizer alguma palavra.
- Você pode me dizer agora para onde está me levando?
- Não. Eu já disse. É uma surpresa.
- Ah... – fez biquinho – Eu mereço isso? Não... Eu não mereço – disse para si mesma – Você é muito mau!
- Eu não sou mau, . – disse em meio a um sorriso torto – Só quero fazer uma surpresa –e a beijou no rosto.
- Você é mau sim! Fica usando da minha fragilidade, pra fazer joguinhos!
- Não pense assim. Você me encanta com seus joguinhos! Eu apenas sou um servo desse meu amor.
- Hã?! – se virou – Eu quem lanço os joguinhos?
- Sua perfeição é um jogo melhor que qualquer um que eu posso fazer.
- Ninguém é perfeito, sempre existe alguém defeito!
- O seu único defeito eu já encontrei.
- E qual é?
- Não pode ser minha. Ou não quer. Ainda não descobri ao certo.
- Porque não posso? E quem disse que eu não quero? – falou a ultima frase quase corando de vergonha, mas com um sorriso no rosto.
- Quer? – disse ele a admirando. Ele dirigia sempre aumentando a velocidade e quase nunca olhando para o caminho.
- Você pode, por favor, olhar para estrada! Se você quiser ainda ficar comigo! – falou apontando para frente.
Angel olhou pra frente imediatamente com um sorriso torto.
- Eu tenho um ótimo senso de direção. Não preciso ficar olhando pra estrada – ele respirou fundo – Você não me respondeu...
- É parece que alem de cego é surdo também!... Não ouviu o que eu disse?
- Eu juro que não te entendo. Você um pouco complexa.
- Quer que eu te explique através de mímica? – “Meleca, o que eu to fazendo?”
- Seria ótimo se você me demonstrasse. Seus pensamentos são meio confusos. – disse ele em meio a uma careta.
- Hã?! Como assim meus pensamentos estão confusos? – a garota o olhou com uma cara assustada.
- Er... – Angel desviou os olhos da estrada – Por favor, minha bela, só me responda. Você quer ser minha?
- Você acha que se eu não quisesse estaria indo a todos esses lugares com você?
Ele brecou o carro em frente a uma fachada iluminada. Sentou-se de lado no banco e ficou a olhando.
- Poso fazer uma pergunta antes de sairmos do carro?
sentiu o corpo sendo jogado para frente, mas por estar usando sinto de segurança, só sentiu o tranco.
- Se for para me assustar desse jeito de novo... Não!
- Desculpe. É que nós chegamos.
- Mas precisava brecar assim? Parece até que ia atropelar alguém!
- Não faço isso com freqüência, alias... Você foi a única. E se eu não brecasse, nós iríamos passar pelo lugar sem parar e teria que dar uma volta enorme para chegar aqui de novo. – ele suspirou – Agora posso fazer a pergunta? – disse meio sério, temeroso.
- O que você quer meu anjo? ...Posso te chamar assim? – disse, se virando para ele.
- Pode me chamar do jeito que preferir – disse sorrindo, mas voltou a ficar sério – Eu quero... Posso te beijar? Posso?
- Ai que fofo!Ele ainda pergunta antes de agir! – falou dando um sorrisinho, mas ficando seria depois – Ta esperando o que?
- Sua autorização oficial. Não quero fazer nada que você não queira.
fez movimento de que iria sair do carro.
- Se demorar mais um minutinho, eu saio! – “Você falo que gosta do meu joguinho, então vamos jogar!”
Angel sorriu e se aproximou.
- Você que pediu – disse ele chegando mais perto. Angel segurou o queixo de e encostou de leve seus lábios nos dela.
- Sabe de uma coisa... – disse entre selinhos, depois que pousou os braços em seu ombro – ...estou com pena de você.
- Pena? – disse ele rompendo o beijo.
- Você estava com medo de pergunta “se o macaco quer banana”?... Não estava óbvio? Você acha que eu não queria ficar com você?... Sabia que eu estava mesmo pensando na possibilidade de vir fazer gastronomia aqui só para ficar perto de você? – “Isso é mentira, mas talvez...”
- Se você realmente quiser isso... Você sabe que eu pagaria.
- Eu não seria louca de deixar você pagar! – segurou na gola da camisa dele e sussurrou em seu ouvido – Mas seria louca a ponto de virar uma ladra só para roubar um beijo seu!
Angel a olhou provocante.
- Duvido...
o puxou para si, dando aquele beijo, que a deixou sem ar. Aquela foi uma experiência nova para ela. Ela sentiu como se estivesse em uma montanha russa, na primeira descida; aquele frio na barriga, a adrenalina nas alturas. Era como se existisse apenas os dois ali. Angel a segurou pela cintura deslizou seus lábios pelo pescoço de dando pequenos selinhos.
- Você ta... querendo... me mata? – falou tentando pegar alguém ar. “ele vai me matar se continuar a fazer isso.”
Ele parou e se enrijeceu no banco.
- Não tenho intenção de fazê-lo, mas... Vou me controlar.
Ela o olhou sem entender novamente o que ele estava falando; e aproveitou para mais um pouco de oxigênio.
- Tem alguma coisa que você ainda não me contou?
- Estamos atrasados. O jantar já começou – disse saindo do carro e abrindo a porta para ela sair também. Estendendo a mão na direção da garota para ela se apoiar.
- Você não acha que eu vou deixar isso de lado, acha? – disse pegando a mão dele -... e que jantar é esse? Onde nós estamos?
- É uma jantar dançante, com demonstrações de tango.
- Tango?! – a garota abriu um largo sorriso – É linda essa dança! Eu adoro!
- Que bom! Porque vamos dançar.
- Hã? O que? – o olhou incrédula – Você se esqueceu que estou com o pé engessado? Como vou dançar?
- Deixa comigo, . Você nem vai lembrar que eu te atropelei segundos antes de me apaixonar por você. – e então abriu a porta.
O salão era lindo, estava todo enfeitado, e tinha também muita gente lá.
- Isso não vai prestar.
- Faça um favor para mim? Me dê sua confiança.
O recepcionista se aproximou com uma lista de lugares reservados. Angel os apresentou e o rapaz os levou até a mesa mais próxima do espaço de dança. Angel puxou a cadeira para se sentar e sentou-se depois a frente dela. O garçom se posicionou ao lado da mesa e entregou os cardápios.
- O que vão querer?
- Vocês tem alguém drinque sem álcool?
- Sem alcool? – o garçom abriu o cardápio na página dos drinques – Especificamente sem álcool não, mas temos uma opção no cardápio onde você escolhe os ingredientes da sua bebida – disse apontando para uma lista de ingredientes.
- Suco de maracujá, de caju , de uva e leite condensado. Com gelo, por favor.
Após ter anotado o pedido, virou para Angel e perguntou: - E o senhor? O que aceita?
- Traga-me uma taça de vinho tinto suave. O melhor que tiver. Por favor.
- Você gosta de uma boa taça de vinho, não?
- Um bom vinho faz um bom sangue, que trás bons pensamentos, que gera boas ações. E assim vai. Creio nisso. Boas ações são uma forma de salvação na hora do juízo final, não acha?
- Talvez sim... Mas porque não falamos de outro assunto agora... tipo – disse isso com os dedos subindo pelo braço dele tipo “formiguinha” até tocar a ponta de seu nariz – Aquele segredinho.
- Meu segredinho? – disse Angel com cara de desentendido.
- Parece que você está escondendo alguma coisa... Tipo sua reação ao ver Daniel, você ter controle, você não comer nada... E chega a ser mais gelado que eu... Já chegaram a perguntar se eu estava “morta”!
- Não posso te falar o que me acontece. Isso te colocaria em... Perigo.
- Mais perigo do que eu já estou!
- Na verdade... Não sei. Talvez só por estar comigo você já esteja em risco. Não sei ao certo pois... Você é minha primeira namorada.
- Ai que lindo! O que você ta achando? Por que isso também é novidade para mim e... – parou e olhou para Angel – Nós estamos namorando?
- Se você quiser... Eu quero.
- Deixe-me ver... - ela disse olhando pro teto e depois para ele – Além de roubar um beijo seu, vou ter que seqüestrar seu coração também?
- Tarde demais. Isso já aconteceu. Meu coração, assim como tudo que é meu, é seu.
- Isso me deixa com um trabalho menor... Não sabia que você era tão fácil.
- Você ganhou o jogo. E eu sou escravo desse meu amor por você... Eu que pensava que não ia sentir isso por ninguém... O que você fez comigo?
- Eu que gostaria de saber!... Você consegue me abalar de tal maneira, que eu tenho medo de fazer alguma besteira; é algo tão diferente que não existem palavras que expliquem isso... Só quem sente sabe o que se passa.
O garçom chegou com as bebidas e perguntou o que o casal iria comer.
- Por enquanto nada, obrigada!
O garçom se retirou.
- Você não vai comer?
- Não estou com fome ainda.
Se quiser comer, pode pedir o que quiser você não precisa se preocupar. Não é porque eu não como que você não vai comer né?
- Não... que isso meu vampirinho!
Angel arregalou os olhos.
- ... Se isso fosse verdade, o que você faria?
- Se o que fosse verdade?
- Se eu fosse um vampiro. O que você faria?
olhou para cara dele séria, depois começou a rir. Ela tentou segurar o riso com as mãos, mas não agüentou. Angel deu um sorriso amarelo. As luzes se apagaram, uma música alta se iniciou, um holofote iluminando um casal.
- Eles são meus irmãos – sussurrou Angel apontando para o casal na pista.
- Eles são lindos! – sussurrou a garota de volta – Mas não tão lindos quanto você!
O casal parecia ter sido feito uma para o outro, pena que eram irmãos. Ela, pequenininha, com seus cabelos espetados para fora; ele mais alto, forte de cabelos loiros. Ela era o quadro e ele a moldura.
- Nós cinco somos adotados – murmurou “anjo” – Somos em 2 casais e eu sozinho – disse rindo – Quero dizer... Agora tenho você.
- Nossa que lindo!... Eles foram mesmo feitos um para o outro! Mas onde estão os outros?
- São os próximos a dançar. E depois somos nós – deu um sorriso torto.
O casal começou a dançar. Cada passo era indescritivelmente perfeito, assim como a beleza dos dois.
- Como assim a gente é o próximo?... Não tem como eu dançar com o pé desse jeito! Nem chegaremos perto do bom!
- Sara e Tom estão dançando, depois vai ser meus outros irmãos, Selene e Michael e depois... a gente. Confia em mim, que você vai ver que até com a perna quebrada nós vamos arrasar.
- Duvido muito! Mas já que você insiste... Eu dançaria bem melhor sem isso.
- Tenho certeza que sim. Aliás, quando você vai tirar?
- Pelo que o médico disse, só quando eu estiver no Brasil de novo, isso vai demorar! – ela disse triste.
- Acho que vou ter que te visitar para você me mostrar como dança sem gesso.
- Eu duvido que você vá para lá... Ainda mais só para me ver dançar.
- Eu daria qualquer coisa para poder te ver partir. Isso se você realmente voltar para casa...
- Se eu não voltar, eu e minha família morreremos de saudades uns dos outros... Nós somos muito unidos.
- E se eles vierem para cá?
- Difícil... Nós gostamos de lá!
- E se... Você viesse estudar aqui?
- Daí é outra historia... Mas nem pense que vai me convencer a deixar você pagar uma escola para mim aqui.
- E se você conseguisse uma bolsa?
- Ai sim!
Angel ficou pensativo. A música parou. A luz se apagou. Um novo casal surgiu na poista. O holofote voltou a se acender e uma música nova começou a tocar.
- Vamos temos que nos preparar – disse Angel levantando-se e ajudando a se levantar.
O casal na pista começou a dançar. Angel levou até uma sala nos bastidores do salão e os apresentou a um rapaz que os deu todas as instruções e os preparou ao lado da pista, de onde assistiram Selene e Michael dançando.
- Nossa! Sem comentários para sua outra irmã... linda demais!
- Acho que meus pais tiveram bom gosto na hora de nos adotar – explicou com um sorriso no rosto.
- Com certeza!... Seus pais também estão aqui?
- Vão dançar depois da gente... Depois sentaremos todos juntos numa mesa. Aliás, se Sara ficar falando muito empolgada, não liga não. Ela está doida para te conhecer.
- Hã?!... Como assim doida para me conhecer? Você falou alguma coisa?
- Er... como posso explicar... Ela está assim porque... eu era o único “encalhado” da família.
- Ela então ficou feliz porque você não vai ficar para titio?... que fofo! Já to começando a gostar dela antes mesmo de conhece - lá.
- Não vou ficar para titio... – ele repetiu rindo baixo – é... a Sara é uma pessoa muito legal... Meio agitada, mas muito legal.
- Estou acostumada com agitação... Minha família é bem agitada!
- Que bom, então... Fico mais tranqüilo assim... Só Selene é um pouco chata. Não ligue para ela, certo?
- Já esbarrei com todos os tipos de pessoas na minha vida; então aprendi a lidar com elas.
- Posso falar o mesmo. Parece que eu to vivendo lá uns 100 anos de tanta gente que já conheci. Gente estranha. Gente boa, gente de tudo que é tipo.
-É mesmo...existem tantos estilos e tipos!
- E, por mais incrível que pareça, com tantas pessoas que eu conheci, só você me fez sentir algo diferenti. Só você que conseguiu me mostrar o quanto amar é bom.
- É porque apesar de todos seguirem estilos diferentes, todos seguem uma mesma linha de pensamento... eu não, sou diferente, e penso diferente. Me sinto bem mesmo assim!
- Eu te a... adoro por isso.
- Obrigada!
- Er... de nada, . É só uma verdade...
O casal parou de dançar. A musica parou. A luz se apagou.
- Vamos. Nossa vez.
- É... vamos ver no que isso vai dar – disse o acompanhando até o meio da pista.
Angel se posicionou no centro do espaço de dança segurando com uma mão pela cintura. Encostou seus lábios na orelha dela.
- Eu te amo – sussurrou ele. O holofote se acendeu. deu um sorriso enorme.
A música começou e, com ela, o casal começou a dançar. Os passos se encaixavam perfeitamente, como um sonho. A perna de se movia sem problema. O ritmo era contagiante. Existia um clima de desejo, poder e sedução no ar – culpa da dança – e com olhares eles sabiam exatamente o que fariam no milésimo de segundo seguinte durante a dança.

Capítulo 13 – Uma família surreal


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Finalmente a dança acabou. e Angel receberam vários aplausos.
- Pelo visto não fomos tão mau assim, o pessoal está aplaudindo demais!
- Eu te disse que arrasaríamos – Angel puxou para a mesa no centro do salão onde estavam sentados Sara, Tom, Selene e Michael todos com um sorriso no rosto. Bom... Todos menos Selene, que permanecia séria, concentrada na sua beleza que se refletia no pequeno espelho em sua mão.
- Mas nós só fomos bons mesmos, porque você soube manipular bem a marionete – disse apontando para Angel e depois para si.
O rapaz deu um meio-sorriso e, então eles pararam na frente da mesa da família.
- Pessoal essa é minha namorada , e essa é minha família. – apresentou Angel apontando para cada um enquanto citava os nomes – Essa é Sara, esse o Tom, Michael e essa, Selene.
Após as apresentações, e Angel se sentaram para assistirem a próxima demonstração de tango. A luz se acendeu e a música começou.
- Perguntinha... – disse cutucando Angel – Foi todo mundo para Europa estudar tango?... Porque vocês dançam muito bem!
- Não... Deve ser um dom mesmo. Mas praticamos bastante. Todos nós aprendemos com nossos pais. Eles são so melhores.
- Deu para perceber! Eles estão arrasando lá na pista!
- Clark e Lois são os melhores dançarinos de tango que existem. É uma pena que mamãe não goste de competir e papai seja muito ocupado. Se não fosse por isso eu os colocava num campeonato mundial.
- Ganhariam facilmente o primeiro lugar!
- É o que eu acho, mas eles não querem. E não podem. É difícil dançar quando se é o melhor médico da região.
- Médico?!... Bom saber... já pensou se ele não arranja uma maneira de minha perna melhorar mais rápido?
- Podemos falar com ele mais tarde.
A dança acabou. O casal saiu da pista e foi em direção da mesa.o casal de pais se sentou.
- Pai, mãe... Essa é , minha namorada.
- Ah! Você é a ? – disse Lois se levantando – É um prazer enorme conhecê-la! – completou com um abraço apertado.
- O prazer é todo meu, Sra. Parker! – disse a garota retribuindo o abraço.
- Seja bem vinda a nossa família, . Estamos muito felizes em recebê-la – cumprimentou o Sr. Parker.
- Você pode ir lá em casa, né? – falou Sara, com uma voz musicalizada e uma empolgação incomum.
- Er... Não sei, outro dia talvez... Quem sabe! Mas obrigado mesmo assim pelo convite Sara! – disse sorrindo para menina.
Sara sorriu e abraçou Tom, que deu um selinho nela enquanto Michael e Selena conversavam e riam baixo, Clark beijava o rosto de Lois e Angel mexia nos cabelos de . Com essa família as coisas muito rápidas, todas ao mesmo tempo, numa dinâmica exemplar.
- Até agora não achei sua irmã tão chata como você disse que ela era sussurrou no ouvido de Angel.
- Até agora ela só está te ignorando. Espero que continue assim.¬- murmurou Angel no ouvido de . Selene fez uma careta.
- Eu já falei que não me importo! É o jeito dela.
- Mas é algo desagradável. E... Quer ir lá em casa amanhã? Pode levar a ... Eu não como, lembra?
- Tudo bem... Isso eu já entendei! Mas você não pode escolher o que eu vou comer? Por favor! Plix!
- Mas, ... – Angel respirou fundo – Você é quem sabe... – Pegou o cardápio e começou a olhar – Pelo menos olhe comigo!
- Ta... Você venceu! Me passa o cardápio – disse tirando o cardápio das mãos dele. Angel se sentou mais perto de – se é que isso era possível – e ficou olhando com ela. Aproximou seus lábios do ouvido dela e sussurrou:
-Eu te amo!
- Pelo menos disso eu tenho certeza... Mas o que eu vou comer...
Os dois vasculharam por todas as folhas do cardápio.
- Que tal isso? Conta Filé acebolado e fritas?
- Ah... O famoso bife com batata frita! – disse a menina rindo – Faz um tempo que não como um prato desses!
- Gostou? Posso pedir?
- Já to cansada de come massa... Pode pedir sim! Vou varia meu cardápio um pouco.
Angel chamou o garçom e fez o pedido.
- O que vai beber?
- Por enquanto nada... – pensou mais um pouco -... talvez um suco de uva, por favor!
- Um suco de uva e uma taça de vinho, por favor – pediu o Angel ao garçom.
- Sr. Parker... Estava falando com o Angel, vocês dançam muito bem!
- Obrigado! É um hobby da família. Treinamos uma vez por semana. Temos um cômodo especifico para dançar.
- Quanto mais se treina, melhor fica a apresentação! Pena que com o pé desse jeito eu não possa treinar – a garota disse desanimada – e para voltar ao ritmo de antes, vai demorar um pouco ainda.
- Você não quer que eu dê uma olhada? Angel contou o que aconteceu e não acho que você tenha que ficar tanto tempo com o gesso.
- Mas é claro Sr. Parker!
- Onde você acha melhor ver. Na sua casa ou na minha?
- Para mim tanto faz, a que for melhor para o senhor.
- Acho melhor então na minha casa, pois lá tenho mais matérias de apoio.
- Tudo bem! Quando então?
- Amanhã estou de folga até as 8 p.m. Depois ficarei de plantão no hospital. Então se você quiser pode ir até esse horário em minha casa.
- Vou falar com a , daí eu ligo pro Angel me buscar. – Angel acentiu com a cabeça.
- Então está certo. Você fala com sua amiga e liga pro meu filho para ele te buscar.
- Você será muito bem vinda em nossa casa. – afirmou Lois com um sorriso meigo.
- Obrigado Sr. E Sra. Parker! – disse devolvendo o sorriso – Angel... que horas são?
- Ah, por favor nos chame de Clark e Lois... Você é parte de nossa família – pediu o Dr. Parker.
- Agora são... 00:30 a.m.
- Claro Clark... Você falou 00:30 p.m. Angel? – falou com cara de assustada.
- Isso... 00:30. Por quê?
- É que eu deveria ter tomado meus remédios a 2 horas atrás.
Todos na mesa pararam e ficaram olhando pra e para Clark.
- Olha... Você não vai morrer de dor por esse atraso, mas... Seria melhor você tomar logo – preocupou-se o Dr. Parker.
- É mesmo... Angel teria como você me deixar em casa – disse virando-se para ele – Depois você pode voltar para ficar na festa.
- Bom... Aqui já está acabando e estou meio cansado – Angel olhou para os pais – Vou levar para casa dela e depois vou para nossa casa. Tudo bem?
- Claro filho – concordou Lois.
- Então vamos ?
- Claro – falou se levantando – Foi um prazer conhecê-los!
Sara levantou-se e deu um abraço apertado em . Tom ficou atrás de Sara e acenou com a cabeça. Michael acenou infantilmente dando tchauzinho com a mão. Selene o encarou. Clark cumprimentou com um aperto de mão e Loi deu-lhe um beijo na bochecha e falou:
- Bem vinda a família.
- Obrigado mesmo... Melhor irmos agora, porque a já deve estar preocupada – falou se virando para Angel – Isso se ela já chegou em casa!
Angel deu um sorriso torto e segurou a mão de .
- Tchau pessoal! Até mais tarde.
Eles foram para fora do restaurante e entraram no carro com todo aquele ritual de cavalheirismo. Angel ligou o carro e começou a dirigir em direção a pensão.
- O que achou de hoje?
- É para falar a verdade ou devo mentir?
- É para falar a verdade. Juro que não vou me magoar. – disse num sorriso torto.
- Você quem pediu – disse devolvendo o sorriso - ... Não consegui imaginar algo para que ela fique melhor do que já está!
- Sua imaginação não é muito fértil então... – falou o rapaz rindo.
- É claro que ela é! – disse dando um tapinha no braço deli – Ela só não está boa agora por causa de você!... Você deixa ela maluquinha, daí ela não funciona!
- Por minha causa? Eu não sou tão ruim assim. Sou?
- É sua... Exclusivamente sua! Você faz ela travar, entrar em pane...
- Eu te afeto tanto assim?
- Você nem imagina quanto!
- Acho melhor você se segurar – Angel falou olhando para ela – Estamos chegando.
- Tudo bem! – disse se agarrando ao banco do carona.
O carro brecou e parou exatamente na frente da porta de vidro da pensão.
- Pronto. Está entregue. Sã e salva.
se soltou do banco e tirou o sinto de segurança.
- Ainda bem que existe esse sinto nos carros.. Porque se fosse só eu segurando no banco, eu teria o prazer de dar o meu primeiro vôo atravessando a janela do seu carro!
- Não exagere tanto. Eu não deixaria isso acontecer. – retrucou o garoto.
- Eu não sei o porque, mas eu também acho isso !
- Er... ... – Angel pensou por um segundo – Eu te amo tanto.
- Também te amo, meu anjo!
Angel puxou para perto e começou a beija - lá. “Respira menina, respira!”, a garota tentava fazer essa pequena coisa enquanto Angel a beijava.
- Seu... coração... está rápido... – comentou Angel entre selinhos.
- Eu falei... pra você... que não funciono direto... quando estou com você.
- Cuidado... não quero... que você tenha um treco – Angel começou a beijar o pescoço de , sua mão escorregava para cintura da garota – Respire minha bela menina – sua boca começou a explorar o pescoço e a clavícula dela – Respire... Meu amor.
- Se você parar de...judiar de mim...talvez eu não tenha um treco!
Angel riu baixo. Parou de beijar e encostou seu rosto no peito de .
- O som do seu coração é a coisa mais maravilhosa que existe.
travou com o movimentou inesperado de Angel, mas depois começou a mexer no cabelo deli.
- Ele só está descompassado, meu amor!
- Me perco no descompasso do seu coração, me perco no descompasso da sua respiração, me perco no descompasso dessa minha paixão...
- Você me deixa sem palavras.
- Eu te amo – falou Angel – Você é o ser mais importante da minha vida. Não importa o que aconteça, eu sempre serei seu.
deu mais um beijinho... ta bom, um beijo daqueles em Angel ( fico melhor assim?) , desceu do carro e foi caminhando para porta da pensão. Parou em frente e se virou.
- Boa noite, anjo! - Então Angel estava parado na sua frente.
- Boa noite, minha amada! – disse Angel dando um selinho na garota. – Me ligue quando decidir se vai amanhã lá em casa.
- Uhum... – disse a garota ainda com os olhos fechados.
Depois de sentir um pequena brisa, a garota abriu os olhos e percebeu que ele não estava mais lá. Destrancou a porta com cuidado,subiu tentando fazer o mínimo de barulho. Abriu a porta do quarto e entrou, tateando no escuro, tentou achar sua cama, pois não queria acordar sua amiga. A luz se acendeu. estava com a mão no interruptor sentada na cama.
- Onde você estava? – perguntou séria – Podia ter me avisado que chegaria tão tarde! Você sabe como fiquei preocupada!
- Oi ! Boa noite para você também! – disse se sentando na sua cama – Como foi o lual?
- Você ainda está viva, certo? – disse pulando de sua cama e vasculhando o pescoço da amiga.
- Mas é claro que estou! – a garota disse se assustando com o movimento da amiga – Se não estivesse, não estaria aqui!... Mas porque você está fazendo isso?


Capítulo 14 – Ficção na Real


- Ah! Qual é!? – disse com os olhos arregalados – Você passou a noite inteira com ele, ficou até a 1:15 a.m. com o Angel, e ele não falou nada sobre ele?
- Bom ele me apresentou a família dele, e eu descobri que eles gostam de dançar tango. – disse dando de ombros.
- Só isso? Ele não te disse nada que te parecesse irreal?
- Ah... Ele brincou uma hora, perguntando o que eu faria se ele fosse um vampiro... Eu apenas ri – disse a garota se lembrando da cena e rindo novamente – Algo impossível de acontecer, pois isso não existe.
- Temo em te dizer isso, mas... Existe sim.
- Ah ta – disse rindo ainda mais – Você bebeu demais não foi? Só pode; para estar falando uma coisa dessas.
- Dã! Eu não bebo, lembra? Estou totalmente sã! – disse se emburrando – tudo o que a gente lia e achava que era só ficção, está acontecendo... Na real!
- Ta... Você finge que é verdade e eu finjo que acredito! – disse se levantando – Deixa eu toma os meus remédios, pois já me atrasei demais!
- Além de tudo não tomou seus remédios! Poxa ! Eu te deixo sozinha por uma noite e você sai com um vampiro, chega depois da meia-noite e não toma seus remédios!
- Eu estava sem relógio, não sabia que iria demorar tanto, e que historia é essa de eu sair com um vampiro? Eu sai com o Angel!
- Droga! Acho que falei demais! Mas... Você tem o direito de saber... Seu Angel é um vampiro. Um vampiro de verdade.
- E ele vai me morder, que emocionante! – disse sendo sarcástica com a amiga. - Acho que não. Dizem que ele e a família dele são vegetarianos, mas tenho eu todo direito de me preocupar.
- Ai não acredito! Encontrei o Edward e jantei com os Cullen! Vou falar para as meninas do FFTT; elas não vão acreditar! – disse toda animada e depois fazendo cara de séria – Conta outra vai!... É melhor nós irmos durmir. Alias você foi convidada para ir comigo a casa delis amanhã; o pai do Angel é médico e vai olhar a minha perna, talvez eu tire o gesso mais cedo.
ficou pensando por um bom tempo
- Olha, se é o melhor pra você e para sua perna, nós vamos lá. – “Sem contar que eu sempre quis conhecer a casa de um vampiro” – Só espero que nenhum deles resolva trocar a dieta amanhã.
- Bom então de manhã eu ligo para ele vir buscar a gente. Vou dormir, boa noite! – disse deitando na sua cama.
- Aliás... Estou namorando com o Dan... – disse deitando na sua cama e apagando a luz – Boa noite.
- Parabéns para você e para mim!
- Pra você? O que quer dizer?
- Você acha que eu ia ficar de fora?... Angel me pediu em namoro também, querida! - UAU, que lindo! – bocejou – Você está namorando um vampiro e eu um lobisomem alfa. Legal... Ai, Ai... Que soninho...
- Vai dormir, vai! E vê se amanhã você tira essa história da cabeça. Boa noite!
- Boa noite... – virou-se de lado e dormiu imediatamente.

Capítulo 16 – O Tour


-Aham... Por onde nós começamos?
- Que tal a sala de TV? – falou apontando para a porta aberta ao lado direito deles.
- Pode ser! Eles entraram na sala. Era enorme, com carpete, dois sofás, vários pufs, uma TV enorme e, duas estantes lotadas de filmes, que eram separados por gênero. Tinha uma fileira só com filmes de dança. estava de queixo caído e com os olhos brilhando.
- Gostou? – perguntou Angel. - Eu sonho ter um lugar da minha casa assim – disse a garota ainda admirada com o que via – Teria de um lado filmes e do outro, livros... A-D-O-R-E-I!!!
- Os livros ficam na biblioteca, no andar de cima. Agora, vamos para cozinha... – Angel seguiu na frente seguido de e . - Biblioteca.... melhor não me levar lá, talvez ela ganhe de você; posso me apaixonar por ela! – disse rindo.
- Agora que te levarei lá mesmo. Vai que você se apaixona e fica por lá. Ai te terei o tempo todo perto de mim.
Entraram na cozinha. - To dizendo que você vai me perder para os livros e você não ta acreditando... Conta para ele . - Basicamente é o seguinte... Ela é rato de biblioteca, viciada em livros, louca por historias...
- Ainda quero arriscar...
A cozinha era grande, branca e toda equipada com materiais inovadores e tecnológicos de ponta.
- Santa Gastronomia!
- Imaginei que você gostaria daqui, . Quando estiver na universidade, pode vir aqui cozinhar. Ou mesmo sem estar na universidade.
- Vou pensar ainda na possibilidade... mas adoraria fazer uma bagunça nessa cozinha.
- Adoraria ter você aqui bagunçando a cozinha...
- Se eu não fosse assim também, eu diria: Que mel! – disse rindo.
- Agora vamos subir que a ultima sala daqui de baixo é o consultório particular do Dr. Clark Parker. – disse Angel rindo – E você vai conhecê-lo mais tarde.
- Para onde vamos agora, então?
- Os quartos – disse Angel segurando na cintura de e a ajudando a subir as escadas – Vem ! – chamou ele a menina parada no primeiro degrau.
começou a subir, pensando: “Quarto? Pra quê quarto se eles não dormem? E a cozinha?”. Angel deu uma risada baixa. Chegaram no 2º andar e o rapaz as guiou para direita em direção a uma porta fechada. Ele abriu a porta e dentro se viu um corredor com 3 outras portas.
- Esse é o quarto da Selene – disse ele empurrando a porta para dentro.
- Ela tem bom gosto, não é ?
- Pode-se dizer que... O quarto dela parece um quarto de princesa... – respondeu a garota olhando aquele quarto rosa com detalhes em lilás.
No centro do quarto, uma cama de casal com vários travesseiros, almofadas e uma trança de véu que ia da cabeceira da cama até os pés. Por toda parede, vários espelhos se prendiam. Cada um com um tamanho e formato diferente. Num canto do quarto, uma porta permanecia trancada.
- O que existe atrás daquela porta?... Algo de muito valor? – perguntou
- Com certeza é de muito valor. São as roupas da Selene. Ela mantém a porta trancada e a chave ninguém sabe onde fica. Agora... Vamos para o próximo. O da Sara.
- Ah... o da Sara deve ser uma festa! Uma festa de criança! – disse rindo
Saíram do quarto da Selene e entraram na porta da frente. Ele era espaçoso, pintado de laranja com manchas em verde; tinha um carpete no chão com vários pufs; uma penteadeira e um enorme espelho, que escondia um enorme closet.
- Mara! Diva!... Sem palavras.
- Bem estilo Sara mesmo, né? – comentou o rapaz.
- Opa!... sabe quem iria adorar ver isso também? A minha irmã! – disse a garota com um sorriso no rosto, que murchou logo sem seguida.
- O que foi amor?
- É que bateu uma saudade de repente...
se sentou no carpete do quarto da Sara tristonha.
- Saudades da minha família... Se me dão licença... Vou lá no jardim ligar pra minha mãe.
- Ah! Vai lá sim. – incentivou Angel.
saiu do quarto, do corredor e pode-se ouvir os passos dela escada abaixo.
- Acho que nem ela, nem eu, saímos para ficar tanto tempo longe deles... Somos tão apegados, que parece que falta uma parte quando nos separamos. - Angel a abraçou e acariciou o cabelo dela.
- Logo vocês estarão juntos de novo. E, quando isso acontecer, vai faltar uma parte de mim. Eu te amo tanto... – retribuiu o abraço.
- Você está me ajudando a sobreviver esses dias aqui... Se não fosse você, talvez eu já tivesse voltado para o Brasil, para minha família!
- Meus pais já te consideram parte dessa família aqui. Vamos sentir sua falta quando você for pro seu país.
-Prometo escrever sempre!... Aliás, você tem msn, não?
- Ainda não. Mas prometo fazer um.
- Mas um computador com internet você tem né?
- Tenho um no meu quarto. Não que eu o use, mas está lá.
- Acho que agora você vai passar a usá-lo direto!
- Pra conversar com você? Eu faria de tudo!
- Não precisa de tudo porque é exagero.
- Nada é exagero se eu puder ficar um pouco mais próximo de você.
- Me abraça, bem forte então! Estou precisando disso no momento.
- Seu desejo é uma ordem – Angel a abraçou forte a segurando pela cintura acabando com todos os espaços vazios entre eles.
- Obrigado por fazer eu me sentir segura!
- Sem problema. Estou aqui para te ajudar, te proteger e te fazer feliz.
- Bom – disse a garota se libertando um pouco do abraço e olhando o rapaz – Eu ainda quero conhecer onde vocês ensaiam.
- Certo mas ainda vai demorar um pouco até chegarmos no nosso estúdio de dança. É melhor voltarmos ao nosso tour. – disse o menino puxando-a para última porta do corredor – O quarto dos meus pais – Abrindo a porta com um LC bem grande esculpido.
- Simples, mas muito bonito! Eles tem bom gosto!
- Obvio que têm. Eles me adotaram. - Ai que exibido! – disse a garota, dando um tapinha no braço dele – Você nunca pensou na possibilidade de eu já ter encontrado outra pessoa antes?
- Você... Você já... O que?
- Ei, ei... calma ai! – falou passando a mão no rosto dele – Pra sua informação, eu nunca fiquei com outra pessoa antes de você!
- Mas já quis?
- Menino bonito não falta nesse mundo! E olhar não arranca pedaço! – a menina disse rindo.
- Você já gosto de alguém do jeito que gosta de mim? Mesmo sem ter ficado com essa pessoa?
- Por que a pergunta?... Ta com ciúme é?
- Não! Claro que não estou com ciúme!... Mas responde... Tem alguém que você goste como gosta de mim?
- Tirando a minha família... Eu acho que não – disse olhando para cima fingindo pensar – Mas eu finjo que acredito em você!
- Fingir acreditar no que? – perguntou ele – Ah! Esquece! Vamos entrar! – completou abrindo a porta do quarto.
Era grande, todo branco, com uma cama no lado direito, dois closets, uma penteadeira e um banheiro.
- E para os pais, uma suíte!
- As meninas também têm seus banheiros... Ficam dentro dos closets – disse ele rindo – é só lá que elas ficam mesmo.
- Sou mulher também... mas essa paixão por roupas é demais!
- Eu digo... Ela tem sérios problemas! Agora vamos ao outro corredor – disse o rapaz andando para fora do quarto.
- Para onde vamos agora? O que tem no outro corredor?
- Os quartos dos meninos. Aliás... no quarto do Michael você não vai entrar, viu.
- E porque não?... Agora fiquei curiosa!
- Você não vai querer ver o que tem lá. É muito ...Obsceno! - Obsceno?1 – olhou-o espantada.
- É né... fazer o que?!
- Brincou né?! O Michael, aquela grande criança... Não pode ser.
- Hm... Aquela grande criança pode ser “grande” mesmo, quando fica no quarto dele.
- Ta bom... isso já está me assustando!... Vamos para outro quarto então!
O casal passou pela escada e entrou no outro corredor que era idêntico ao do outro lado – tirando as portas. A primeira porta era visivelmente o quarto de Michael, graças ao “amigável” aviso na maçaneta:
Quarto de Michael Parker:
Não entre sem autorização do maravilhoso dono deste “paraíso”.

- Não seria mais fácil ele ter colocado um “PARE! Não entre!”?
- Michael é um ser complicado... Mas enfim... – abriu a porta do quarto da frente do quarto do Michael – Este é o quarto do Tom.
- Bem... Como posso dizer... Você tem certeza de que ele e a Sara estão juntos? A personalidade deles são totalmente diferentes!
- Tenho certeza mais que absoluta. Já ouviu falar que os opostos se atraem? - Uhum... mas já vi também um caso que não deu certo isso! Ainda bem que eles se entendem, não?
- eles são um casal perfeito. São diferentes e tão iguais... – disse Angel com o pensamento longe.
- Que foi? Você parece estar em outro lugar!
- Estou pensando... Imagina o que aconteceria se eles nunca se encontrassem...
- Acho que não seriam tão felizes assim!
O quarto do Tom era o oposto do da Sara; tons pastéis na parede, um guarda-roupa, uma escrivaninha, uma estante com livros e um divã.
- Ainda falta um quarto – começou Angel.
- E de quem será hein? – a garota fez cara de pensativa.
- Ah... Se você não descobrir não te deixo entrar... – brincou ele.
- Ah... isso não é justo!
- . Só falta uma pessoa da família!
- O cachorro!
- Cachorro?! Não temos um cachorro! Nenhum de nós gosta de cachorro!
- Então ta explicado o porque de você atropelar aquele outro dia!
- Eu não atropelei!
ia atropelar! Ele era pequeno demais para que meu carro batesse nele, mas você quis dar uma de super-heroína... Ai já sabemos bem o que aconteceu – comentou apontando pra perna engessada da garota – Agora falando sério... De quem é esse quarto?
- Do garoto do meu sonho!
- Quem é esse? – disse Angel com uma feição irritada – To brincando... Vamos lá.
Angel abraçou e foram juntos para a ultima porta do corredor.
- Abra você a porta. – ofereceu o rapaz.
- Tem certeza que eu posso abrir? Não tem nada que possa te comprometer? – a garota disse com a mão na maçaneta.
- Deixa eu pensar... Er... Não! Nadinha! Meu nome não é Michael Parker!
- Bom mesmo! – disse isso e abriu a porta.
Teve que segurar na porta para não cair no chão, por causa do que seu olhos lhe mostravam. 3 das 4 paredes do quarto não eram exatamente visíveis por estarem cobertas do teto ao chão de CDs, DVDs e até LPs organizados por estilo, ano e ordem alfabética. Na última parede havia um aparelho de som de ultima geração, um DVD portátil ( que se ligava a um data-show preso no teto) e, acredite, um toca discos daqueles bem antigo mesmo. No canto da parede havia uma pequena porta fechada. Havia no centro do quarto uma cama Box king com algumas almofadas de couro preto e lençol branco impecavelmente estendido. Angel passou pela porta e se sentou na cama.
- Bem vinda ao meu quarto.
- Eu... devo estar... sonhando! – disse tentando chegar até a cama sem cair no chão. O garoto ajudou a menina.
- Não é um sonho! É... Meu mundo! – disse ele com um sorriso torto – Acho que você gostou né?
conseguiu finalmente chegar na pequena/grande cama e desabou. Seus olhos nunca haviam brilhado tanto, como estavam brilhando agora.
- Se você não me tirar daqui agora... Não que eu queira sair sabe...
- Ainda faltam algumas coisas, tipo... A biblioteca, sala de musica e salão de dança... Vai querer ficar aqui mesmo? Não que eu me importe, aliás, eu adoraria.
- É... Talvez eu não deveria ter conhecido essa casa... Esse será mais um local na lista de lugares proibidos para eu ir! – disse rindo.
- Hã? Que lista é essa?
- Lista de lugares onde não posso entrar, se não esqueço do resto do mundo!
- Porque alguém faria uma lista dessas? Esquecer o mundo... Não é essa a intenção das pessoas quando querem relaxar após um dia cansativo?
- Seria sim... Se você não estivesse com outras pessoas que querem ir a outros lugares e se prendem por sua causa.
- Eu ficaria preso em qualquer lugar se isso fosse me deixar próximo de você.
- Mas daí, a situação é outra. Totalmente diferente!
- Certo... Vai querer conhecer o resto da casa?
- Acho que apenas o salão de dança... isso aqui é muito grande!.... Seu pai já deve estar me esperando!
- É verdade! Meu pai vai fazer lição de casa hoje... Então vamos pra sua consulta e depois te mostro o resto da casa.
- Uhum... Você me ajuda? – disse se sentando na cama – Por favor!
- Claro – Angel ficou pensativo – Vamos fazer uma coisa... – disse sentando-se na cama de costas para menina – Segura no meu ombro.
- No que você está pensando? – disse a menina fazendo o que ele pediu.
- Vou te levar para sala do Dr. Parker com rapidez e segurança. Só isso. – respondeu ele levantando-se e se direcionando pra porta de saída – Está pronta?
- Pronta pra que?
- Segura firme. – Angel disparou numa velocidade impressionante e em meio segundo já tinham saído do quarto, do corredor, descido a escada e pararam em frente a porta de entrada, que estava aberta.
estava parada de frente para o casal do lado de fora da casa com uma cara de espanto, olhos arregalados, boca aberta, estática com o celular na mão.
- O que... foi isso? – falou ainda nas costa de Angel e, se segurando ainda mais forte nele.
- Eu disse!! – berrou pouco antes de sair correndo pelo jardim pra longe da casa.
- Você já sabe não? Quero dizer... Já estava óbvia essa situação, né? – perguntou ele tirando a garota das costas e se posicionou de frente pra ela. o olhava incrédula.
- Até agora, eu não estava acreditando! – “Como isso é possível?” – null havia me falado, mas eu achei que ela estava brincando comigo!... Você é mesmo um...
- Corredor? Sou sim. Adoro correr.
- Er... corre muito rápido, pele muito branca, muito gelado... não pode ser falava para si, ainda não querendo acreditar.
- ? – chamou Clark na porta da sala de consulta.
- Hã? O que? – acordou de seu transe.
- Sua consulta. Lembra?
- Ah... Sim, claro! Vamos então a ela.

Capítulo 17 – A Consulta

entrou no consultório. Era como uma sala de hospital de verdade. Toda branca, silenciosa e com aquele cheiro de hospital...
- Então deixe-me ver se eu entendi – falou o Dr. Parker com sua roupa branca e seu jaleco – Você foi atropelada e acabou quebrando a perna. Certo?
- Na verdade eu desloquei o joelho.
- Hm... Venha comigo. Vamos tirar um Raio-X pra ver como esta isso.
Dr. Parker abriu uma porta do outro lado do consultório que levava a um corredor com muitas portas. Uma das primeiras tinha uma placa escrita Raio-X. Clark a abriu; tirou o gesso de colocou a roupa protetora nele e em , pediu para que ela tirasse todo tipo de anel, brinco, pulseira... Posicionou a garota sobre a mesa e pediu para que ela não se mexesse. Voltando para sala, ele analisou as chapas.
- E então... Você pode me ajudar a tirar isso antes de voltar para o Brasil?
- Na verdade, já está bom. Você não precisa mais do gesso. Tente se levantar.
se levantou e andou de um lado para o outro da sala.
- Na verdade... Eu não sinto nada nela, o que incomoda mesmo é quando coça e a força que eu tenho que fazer a mais por causa do gesso. – voltou a sentar.
- Vou te deixar sem o gesso e qualquer dor mínima que você sinta, me avise para podermos te analisar novamente. Combinado?
- Aham!
- Ótimo! – Clark e saíram da sala de raio-x e foram ao consultório. Clark sentou-se na cadeira atrás da mesa e na cadeira a sua frente. – Vou te indicar um remédio para se sentir dor repentina e após tomar o remédio me procure. E qualquer coisa que aconteça com você enquanto estiver aqui pode me procurar também.
- Tudo bem, se estiver com algum problema eu ligo pro Angel me trazer aqui ou me levar para o hospital.
- Boa menina! – brincou o Dr. Parker entregando a receita para a garota.
- Obrigado mesmo Clark!... Agora, onde foi para o Angel e a ? – disse a menina se levantando e saindo da sala.
- Oi meu amor! – falou Angel indo ao encontro dela – UAU! Sem gesso!
- É... Seu pai falou que o joelho já está melhor, e que dava para tirar! Só que se eu sentir alguma dor é para eu procurar por ele.
- Mas você está bem? Não está doendo?
- Agora eu tenho que me acostumar a andar sem o gesso... Mas estou bem sim!
- Que bom... Hm... A foi embora com o cachorrinho dela.
- Você quer dizer o Daniel, né? Porque cachorro?
- Porque ele fica babando nela como um cachorro. Irritante!
- Ah... É porque ele gosta dela! E também eu dei umas dicas para ela – disse dando um sorrisinho.
- Seja como for é irritante!
- Ah, mas todo mundo fica meio bobo quando está do lado de quem gosta! A maneira como agimos é diferente, o modo como falamos, pensamos... Claro que isso só acontece quando conseguimos raciocinar – disse rindo.
- Pode até ser, mas... Ah! Vamos parar de falar deles!
- Vamos ver a sala de dança... Você prometeu me mostrar!
- Primeiro a biblioteca. Está mais perto. – falou o rapaz.
Eles foram até a cozinha e entre as geladeiras e fogão de ultima geração surgiu uma porta de metal. Angel abriu a porta, que dava para uma escada. O casal desceu as escadas e no fim dela, Angel acendeu a luz mostrando a grandiosidade da biblioteca. A mesma largura e comprimento dos outros andares que a casa tinha a biblioteca (só ela) cheia de estantes lotadas de livros divididos por ordem alfabética. Havia também espalhados pelo local, mesas, cadeiras, espreguiçadeiras e namoradeiras.
- Temos livros aqui que são originais e foram escritos há mais ou menos uns 200 anos atrás, ou mais.
- Que coisa linda!... Agora to me sentindo a Bela do filme A Bela e a Fera! – Angel riu.
- Você sempre será minha bela! – falou ele rindo ainda. - Vamos sair daqui antes que eu pegue um livro e trave na espreguiçadeira!
- Vamos! – disse o rapaz a empurrando escada a cima – Agora sala de musica. - Aprendi a gostar de música com o meu pai... Nós amamos música!
Chegaram na cozinha e andaram até a escada que levava aos andares de cima.
- Eu sou meio... Autodidata. Adoro tocar todo tipo de instrumento e, algumas vezes, Sara me acompanha cantando ou tocando a flauta transversal dela. A sala toda é basicamente minha. – Angel subiu no primeiro degrau.
- Quer subir correndo?
- Gostei da adrenalina aquela hora... É claro que topo! – disse já pulando nas costa dele.
Eles subiram correndo todos os degraus, passaram pelo andar dos quartos e foram para o ultimo andar da casa. Parecia que aquele lugar era o sótão; mas foi apenas ele abrir a porta para eu me deparar com uma bela sala de dança, as paredes com espelhos, uj som e uma estante com CDs.
- Estamos ainda na sua casa ou fomos para uma escola de dança?
- Ainda é minha casa. A parte cultural dela, se é que você me entende. Aquela porta – disse ele apontando para uma passagem no canto do salão – Leva a meu estúdio de música.
- Hm... Passagens secretas... Alguém já gravou algum filme de terror ou de oputro gênero aqui?
- Ah! Não é tão assustador assim...
Angel arrastou até o estúdio de musica. A parede do local era acústica. Dentro do estúdio tinha um belíssimo piano de cauda marfim, um violão mogno, vários instrumentos de sopro, como por exemplo: metais (trompetes, trombones, tuba...) e madeiras (sax tenor, sax alto, clarineta...). Havia também violino, violoncelo, viola, contra baixo, guitarra e instrumentos de percussão. Numa caixa no canto do estúdio ficava a flauta transversal de Sara.
No estúdio, tinha uma sala com todos os equipamentos de edição do som e lá se tinha visão tanto para o estúdio de musica quanto para o de dança.
- Vocês tem uma verdadeira orquestra aqui dentro... Mas somente os instrumentos, cadê os músicos?
- To aqui! – respondeu ele, num meio sorriso.
- Só você?! Uma pessoa para vários instrumentos? Uhum... Ta bom! – disse voltando para o salão de dança.
Angel entrou na sala de dança e ligou o som do salão. Um tango já conhecido. A musica que eles dançaram na noite anterior.

Veja como foi esse show quer eles deram na sala

http://www.youtube.com/watch?v=n6nYG0Ua7EM&feature=related


parou. Ela já estava no meio do salão. A música começou a tomar conta dela (n/a: dizem que você dança bem quando sente a musica). Ela se virou e começou a ir na direção do rapaz dançando na batida da musica.
- Você é sacana hein – sussurrou no ouvido dele quando chegou perto – Não queria esperar para me ver dançar no Brasil, né?
- Agora que você já pode me mostrar... Dê-me um show!
A garota deu um sorriso e, continuou a dançar, mostrando o melhor que podia naquele momento; ela tinha acabado de tirar o gesso e não podia exagerar tanto assim nos passos. Foi um pouco parecido com o tango daquele filme “Vem Dançar” com o Antonio Bandeiras (n/a: por isso link do vídeo acima... tudo bem parei). A música acabou e houve aplausos. se recompôs e se deparou com o resto da família na entrada da sala.
- Nossa gente... Não sabia que vocês estavam ai – disse ficando vermelha.
- Você dança muito melhor sem gesso – brincou Michael.
Sara correu até e a abraçou.
- Você pode entrar para nossa equipe de dança. Podia ensaiar aqui com a gente!
Lois deu um sorriso carinhoso e Selene revirou os olhos.
- Se entrar para equipe teria que ensaiar muito – resmungou a patricinha cor de rosa.
- Não dê ouvidos a Selene. É só inveja... - sussurrou Angel no ouvido de - Você dança maravilhosamente bem...
- Ah gente – disse passando a mão no braço sem graça ainda – Obrigado! Mas também não é para tanto assim, eu acabei de tirar o gesso... Não está tão bom.
- Foi ótimo, querida! – expressou Lois.
- Devo admitir que adorei – comentou Tom.
- Você tem uma ótima maneira de se manter poderosa durante a dança. Sempre linda! – sorriu Sara.
Selene bufou e saiu do salão puxando Michael. Pelo corredor pode-se ouvir ele dizendo que queria ver mais e ela resmungando. Lois revirou os olhos, graciosa e foi atrás dos filhos. Sara foi até a sala de som e ligou outra musica. Um novo ritmo. Um samba.
- É de onde você vem, né? – perguntou a baixinha – Me ensina a dançar?
- É sim Sara. É claro que te ensino!
Sara foi para o centro do salão ao lado de . - Ok! Estou pronta! Me ensina!
- Vou te mostrar primeiro para você ter uma idéia, depois te ensino passo a passo. Ok?
- Certo – Sara, Angel e Tom se sentaram próximos de um canto da sala e ficaram observando .
- Ah não... assim eu fico com vergonha!... Volta todo mundo aqui pro meio!
- Ai, ai... Ta bom... – brincou Angel.
Os três voltaram para o centro da sala.
- Vou voltar a musica no inicio – Angel tirou um mico-controle do bolso e voltou a musica.
mostrou para eles o básico, como ter um samba no pé e também como soltar o corpo, eles eram “um pouco duros”. E assim foi a tarde deles, um ensinando ao outro vários estilos de dança.
Capítulo 18 – Um Lugar Magnífico


Sai correndo. Eu sempre soube! Ele realmente era um vampiro! Angel não era um anjo! Minha amiga estava saindo com um vampiro.
E eu, louca, resolvi vir mesmo nessa casa de vampiros! Eles são em 7 vampiros e eu... Só uma humana. Eu vou morrer. já deve estar agonizando nesse momento. Eu seguia correndo, sem rumo. Tentando escapar da morte iminente. Vampiros! De verdade! Vários deles!
De repente, bati em uma algo. Era agora. Eu iria morrer! Poxa! Sou tão nova! Tenho tanto para viver ainda! Agora que finalmente me apaixonei!!!
Ajoelhei-me com tudo no chão e começai a chorar. Me desaguei.
- Por favor! Não me mate Sr. Vampiro!
- Eca! – falou a voz conhecida – Vampiro?!
- Dan!! – disse me levantando e limpando minhas lágrimas.
- O que aconteceu, meu amor?
- Ah! Comigo nada, mas o Angel estava correndo super rápido com a pela casa e eles são muitos... Vai saber o que acontecerá nessa casa! Eu quero ir embora! Me leve pra longe daqui! Não agüento mais isso! – desabou a menina nos braços do namorado – Me salva Dan...
Dan a abraçou forte e murmurou:
- Não se preocupe . Eu estou aqui pra te proteger. Nada de ruim vai te acontecer. Eu não vou deixar que eles te machuquem.
- Obrigado. Agora... Me tira daqui.
Dan deu aquele sorriso maravilhoso que só ele pode dar e isso me acalmou um pouco.
Meu amor pediu que eu esperasse um segundo, foi atrás de uma arvore e voltou do jeito que eu já esperava vê-lo. Um gigante lobo preto.
Subi nas costas do meu lobo-namorado e saímos finalmente de perto daquela propriedade vampírica numa velocidade agradavelmente rápida.
Cerca de 10 mim se passaram e chagamos na casa do Dan, em La Push. Ele entrou na casa (não sei como, mas ele se espremeu e entrou) e eu o esperei do lado de fora enquanto ele se vestia. Logo apareceu na porta na sua forma humana (sem camisa! Ai Ai! *.*).
Ele me convidou para entrar, mas preferi chamá-lo para ir á praia. Ele aceitou e nós caminhamos até First Beach. Chegando lá, nos deparamos com vários irmãos dele. Jimmy, o primeiro quileute com quem conversei na vida, correu ao nosso encontro. Atrás dele surgiram Kile e Riley. Todos eram muito parecidos e aparentavam a mesma idade (20 e poucos anos), quando na verdade tinham idades diferentes.
Kile era o mais novo, o mais engraçado e o único que não se apaixonou por ninguém. Riley tinha a mesma idade de Jimmy (um ano mais novo que Dan) e de todos ali demonstrava ser o mais calmo, sério.
Não me impressionei em nada com o fato deles estarem comendo (bolo de chocolate, brigadeiro, vários docinhos). Acho que entrei numa família de esfomeados. Dan me chamou de lado para conversarmos.
- Te proponho um desafio!
- Desafio? – questionei interessada.
- Fazer uma trilha comigo para chegarmos no alto daquele morro.
Olhei o penhasco imenso para onde iríamos: Assustador!
- E quando chegarmos lá?
- Aí a gente vê o que faz. – disse ele com aquele sorriso perfeito.
- Hm... OK! Vamos lá. – concordei. É impossível resistir ao sorriso dele.
Nos despedimos de Jimmy, Riley e Kile e seguimos rumo a mata. A floresta que se seguia morro a cima era úmida (claro!) e bastante densa. Com árvores altas e troncos cobertos de musgo. Tropecei várias vezes, mas antes que eu caísse no chão ele me segurava e me beijava.
É impossível não se apaixonar pelo Dan. Ele é carinhoso, engraçado, gentil e quente... Muito quente! Agora eu entendo como a Bella se sentia em relação ao Jacob quando dizia que ela o amava. Mas ao contrário do que ela fez, eu não pretendo abandoná-lo. Voltar pra casa no Brasil é algo que eu realmente não estou aguentando pensar, mas estou no último ano, preciso me formar. E terei que ir embora mesmo. Mas falta muito tempo. Não pensarei mais nisso!
Enfim saímos da floresta e nos deparamos com a paisagem mais linda que eu já vi em toda minha vida: As nuvens que passavam por nós e nos davam a impressão de que estávamos voando, se olhássemos penhasco abaixo víamos o mar agitado pelo vento gelado, se olhássemos para cima víamos o céu de nuvens roxas com as gotas de chuva que começava a cair.
- UAU! Que lindo!
- Venho aqui para pensar quando estou triste. É bom ver um lugar bonito para acalmar os ânimos.
- Devo concordar.
Sentamos na terra úmida, ele me abraçou e ficamos olhando a paisagem intocável.
- Eu te amo - sussurrou ele em meu ouvido. - Eu te amo - murmurei dando um selinho nele.
Ele se virou de frente pra mim e começou a me beijar. Eu retribui cada beijo sem demora. Dan me puxou pra mais perto e, quando eu me vi, estava agarrada em seu pescoço, passando as minhas mãos da nuca as costas dele e ele passava as mãos em minha cintura e minhas pernas e me beijava sem parar.
- Daniel... Eu... Preciso... Respirar.
Ele desceu seus beijos pelo meu pescoço e clavícula.
- Está melhor assim? – perguntou ele entre beijos.
- Você vai me deixar louca desse jeito. – respondi recuperando minha respiração.
- Essa é minha intenção... – disse ele sorrindo e voltando a me beijar.
- Isso é injusto... – eu disse suspirando. Minha respiração começava a acelerar enquanto a boca dele vagava pelo meu corpo arrepiado.
A chuva começou a cair mais forte, mas o frio não me atingia, pois meu corpo estava fortemente protegido pelo meu aquecedor particular, Daniel. E a cada segundo que se passava o calor aumentava, pois ele nos aproximava mais e mais. Aos poucos eu era empurrada para o chão e, quando percebi, eu já estava deitada na terra da beirada do penhasco. Ops! Isso está rápido demais! Levantei-me num impulso derrubando o Dan. - O que foi? – perguntou ele assustado ainda no chão.
- Eu... Er... acho que nós... – como eu falo isso pra ele?
- Já entendi – disse ele se levantando – Me desculpe. Eu passei dos limites, né?
- Bom... É... Meio rápido, não acha?
- Concordo. Eu me apresei. Desculpa.
Respirei fundo, andei até ele e o beijei.
- está desculpado, meu lobinho lindo. – eu falei o abraçando – É sempre assim? Seu coração é sempre tão rápido?
- É sempre rápido, mas quando estou com você, ou penso em nós, ele acelera mais ainda.
- O meu acelera, mas nunca chega a essa velocidade.
- Chegaria se você fosse o que eu sou – disse ele com um sorriso-sério.
Olhei meu relógio. Já eram mais de 8p.m.
- Preciso ir pra pensão.
- Posso te levar? – perguntou cabisbaixo. Eu sorri tentando alegrá-lo.
- Por favor! Ou você quer que eu morra de hipotermia? – brinquei.
- Pode deixar, gatinha! Eu te aqueço. – Dan deu A-Q-U-E-L-E S-O-R-R-I-S-O e eu me derreti. – Vamos?
Descemos o morro: Ele transformado e eu em suas costas, pois já estava muito escuro. Fomos para casa dele, pegamos o Rabbit e fomos para pensão. Nos despedimos ainda dentro do carro e, então, entrei na casa, rezando para que null ainda estivesse com Angel e não me visse assim: Toda suja de terra, despenteada... Louca.

Capítulo 19 – Amigas para sempre... Será?


abriu a porta do quarto silenciosa tentando não chamar a atenção.
- Ahá! – gritou pulando em cima da amiga.
gritou agudamente por um tempo até perceber que era .
- Sua doida! Quer me matar?
- Eu não! E ser doida nessa vida é a coisa mais comum! – disse com um enorme sorriso no rosto.
- Hm... que seja! Vou tomar um banho.
- É... Você parece ta precisando de um mesmo... O que houve, caiu rolando de um morro? – a garota disse as gargalhadas – Ou ficou brincando com o seu lobinho na floresta?
- Basicamente a segunda opção... Olha! Você está sem gesso! – comentou tentando mudar de assunto.
- Hm... Segunda opção é? – a garota ficou encarando a amiga.
- Na verdade, foi no alto de um penhasco, mas isso não importa. Vou pro banho.
- No alto do penhasco... Sozinhos... – disse pensando – Não, negativo... Não quero nem tentar imaginar o que se passo lá em cima. Muito obrigado! – balançou as mãos como se quisesse espantar os pensamentos, e caindo logo em seguida na sua cama.
- Não aconteceu nada. Começou a chover e nós voltamos pra cá. Só isso. E, aliás, por que se interessa tanto? Deveria se preocupar com seus vampiros não com os meus lobos!
- Porque com os vampiros? Eu não tenho nada a dizer contra eles, é uma boa família! – disse se sentando na cama e encarando a amiga.
- Porque com os vampiros? Eu te digo o porque! Porque são seres que não deviam ter contato com humanos e mesmo assim você insiste em namorar com um deles. Você sabe muito bem que ele pode te matar pelo simples fato de você ser a caça e ele o caçador! Ou pior, ele pode te transformar em um deles.
- Mas eu sei que ele não seria capaz de fazer isso comigo! Ele me ama!... Ele nunca faria algo para me machucar! – a garota já dizia com a voz alterada.
- Ótimo! Se é assim que você pensa! Boa sorte! Só não reclame se algo acontecer! Se você prefere ficar com esses monstrengos do que se divertir conhecendo lugares maravilhosos, que até onde eu sei é o que viemos fazer aqui, o problema é seu. Não estou nem ai!
- Eu estou com um monstro?! E o seu cachorro de 2 metros de altura? Pelo visto, não sou só eu que esqueci o que viemos fazer aqui! – pegou sua mala e começou a guardar suas coisas. Pegou o celular e discou um numero.
- O que você pensa que está fazendo? Onde você pensa que vai?
- Vou para um lugar onde as pessoas não têm preconceito pelo que ela e os outros são... – alguém atendeu do outro lado da linha – Angel?.... Mais ou menos, depois eu te explico.... Tem problema eu passar um tempo na sua casa?... eu não to querendo incomodar, se não eu arranjo outro... aham... Você pode vir me buscar?... Ta, tudo bem! Vou estar lá embaixo te esperando... Beijo.
- Você vai para casa dele? Você deve ter enlouquecido! Sua mãe vai odiar isso!
- Claro que vou!... e pode deixar que com a minha mãe eu me entendo depois! – pegou sua mala e saiu do quarto batendo a porta logo atrás.
Desceu as escadas e foi para calçada em frente a pensão com suas coisa. Passaram 5 min até um Volvo parar a sua frente. Angel desceu do carro e abraçou .
- Você está bem, meu amor? – perguntou preocupada.
- Vamos sair daqui primeiro, Ok? – a menina disse depois de retribuir o abraço.
Angel pegou as coisas da namorada, colocou no porta malas do Volvo e depois abriu a porta do passageiro para ela entrar.
- Obrigado mesmo por isso! – disse a garota depois de um tempo que estavam na estrada – Não tinha mais ninguém para ligar! Era isso ou voltar para o Brasil.
- Fez bem em ter ligado pra mim. Estou aqui para te ajudar em tudo o que você precisar. Sem contar que a sara está toda animada que você vai ficar lá em casa.
começou a chorar baixinho, mas virou antes o rosto para que Angel não ver sua tristeza.
- Mas parece que a pessoa mais importante nessa história não está muito feliz, né... Já estamos longe, quase em casa, quer me contar o que aconteceu?
limpou o rosto e respirou fundo , antes de começar a falar.
- É que... eu e a ... nós brigamos – depois que falou voltou a chorar, agora soluçando também.
Angel estacionou o carro no acostamento da estrada.
- Bom... eu logo imaginei já que você quis sair da pensão, mas porque brigaram?
- Ela não aceita... o que está... acontecendo com a gente! Ela só pensa nela e naquele cachorro de 2 metros de altura!
- Desde o momento que a conheci, percebi que ela gostava de... “cachorros quentes”, mas não esperava que ela fosse tão anti-vampiros. Era de se esperar que ela entendesse sua escolha. Cada um tem seu livre arbítrio, não é?
- Aham... Não posso fazer nada, não temos os mesmos gostos, mas... ela pelo menos podia entender, aceitar a minha escolha! Até agora eu não tinha falado nada contra o namorado dela, enquanto ela falava um monte de você!... hoje antes de você chegar, eu falei tudo na cara dela já que é assim que ela quer, é assim que vai ser!
- Você não precisa agir como ela. Você é superior a isso. – disse ele acariciando o cabelo de – Não precisa se rebaixar a ela.
- Sabe... eu odeio magoar as pessoas! Principalmente as que eu amo... Mas a passou dos limites, eu não agüentei!
- A culpa não foi sua. Relaxa. Não sei porquê mas acho que vai dar tudo certo. – Angel beijou para evitar qualquer tipo de questionamento.
“É... ele sabe mesmo como me deixar calma!” , foi o que deu para pensar enquanto beijava ele com um sorriso aparecendo na sua boca.
- Eu te amo tanto, – disse Angel se afastando.
- Você sabe fazer eu me sentir melhor! – disse sorrindo um pouco.
- Minha função é te fazer feliz sempre. – falou Angel ligando o carro e voltando para a estrada.
Não demorou muito para chegarem na casa dos Parker. Desceram do carro, Angel pegou a mala de , e entraram na casa. Michael e Tom estavam sentados assistindo TV. Sara estava acabando de descer as escadas quando Angel colocou a mala no canto. Sara pulou e abraçou .
- Estou tão feliz! Você voltou!
- Sara... – resmungou Angel – Não abusa.
- Voltei Sara – a garota falou tentando dar um meio sorriso.
Sara soltou e os meninos vieram cumprimentá-la.
- , vou arrumar o seu quarto, ta? Volto logo! Sara, cuide dela. – falou Angel disparando escada acima com a mala.
- Uhum! – ela respondeu mexendo a cabeça.
Selene apareceu no alto da escada olhou pra e revirou os olhos, depois desapareceu de novo.
- É... Acho que alguém não gostou da idéia de eu passar um tempo aqui... – disse abaixando a cabeça – Talvez eu devesse ter procurado outro lugar, iria ser melhor.
- Não ligue pra Selene. – pediu Michael.
- Ela é muito fechada, teimosa, intrometida, invejosa... Mas no fundo acho que ela até gosta de você – falou Sara. Tom acentiu com a cabeça concordando e Michael fechou a cara.
- Não fale assim dela! – retrucou Michael.
- Você sabe que ela é tudo isso mesmo! – riu Sara.
- Calma gente! Vocês não precisam brigar por isso! Todo mundo tem um tipo de personalidade, ninguém é obrigado a gostar de ninguém.
-É! E Selene não gosta de ninguém! – Retrucou Sara.
- gosta sim! – retrucou Michael – Gosta de mim!
- Ah, Mick! Você é um caso raro!
- Vamos assistir TV? – perguntou Tom interrompendo a discussão.
- O que tem de bom passando?... Ou será que vocês gostam de brincar com o controle remoto também, mudando de canal?
- Meu hobby predileto! – exclamou Michael correndo para o sofá.
riu e o acompanhou até o sofá sentando-se ao lado dele
- Lá em casa eu adoro fazer isso. É difícil achar algo que preste na TV dependendo do dia!
- Sejamos honestos – disse Tom sentando-se entre e Sara – Nunca tem nada de bom passando na TV.
- Eu gosto de filmes e séries... Tirando isso, é difícil eu me prender a algo.
- Gosto de filmes – concordou Sara – Mas todos os que mostram vampiros são tão falsos...
- As vezes eles exageram demais... Mas eu gosto das historias por trás deles! Tipo Underworld! Uma guerra de mais de mil anos entre vampiros e lobisomens.
- Talvez esse seja um dos que mais se aproxima da realidade, acredite. Esse dá até orgulho de assistir. Mas é errado a forma que eles mostram como se fossemos uma sociedade que só busca a destruição daqueles cachorros fedidos e somos destruídos por luz. A gente fica até que bonitinhos no sol, sabe?
- Sério?!... gostaria de ver a qualquer hora dessas, parece algo meio... surreal!
- Há! Qualquer coisa relacionada com a gente é surreal pra pessoas como você. – riu Michael.
Tom deu uma risada abafada e Sara o cutucou disfarçadamente.
- Qualquer dia desses, um que tiver sol, a gente te mostra como é... legal.
- Uhum!... Er... Gente onde fica o banheiro? – disse meio envergonhada.
Michael olhou para Tom, Tom olhou para Sara e Sara olhou para .
- Hm... Tem um no meu quarto... – falou Sara – Eu te levo lá. – Sara levantou do sofá e foi para ponta da escada.
- Obrigada! – a garota se levantou e a seguiu.
a seguiu até o seu quarto, aquele que parece uma danceteria, lembra?... Só faltava o banheiro ser daquele jeito também. A menina fez uma careta só de tentar imaginar. Sara abriu a porta do banheiro, entrou e fechou a porta. Sara sentou-se em um puff e ficou esperando sair do banheiro.
- É... acho que exagerei um pouquinho! – parou olhando o banheiro todo azul.
Saiu depois de um tempinho, pensando que Sara a estivesse esperando, em vez disso, outra pessoa estava lá.
- Pensei que era para Sara não desgrudar de mim, para onde ela foi? – Angel estava parado na janela.
- Ela foi dispensada do trabalho de guarda-costas por um tempo – disse ele se virando. O rapaz andou até a namorada e a beijou.
- Seu quarto está arrumado – segurou na mão da garota e a levou até o quarto dele, agora organizado para que ela utilize.
- Pera ai? – falou, analisando bem o quarto – Você vai dormir aonde?... Ops! Esqueci que você não dorme... Mas onde você vai ficar?
- Ah... Posso ficar na sala vendo TV ou posso ir no quarto de um dos meninos... Eu me viro.
- Ah não... nem pensar!... Você mora aqui e o quarto é seu; deixa que eu me viro com o sofá! – entrou no quarto para pegar sua mala.
Angel a segurou e a jogou na cama. Subiu em cima dela e sussurrou ao ouvido dela:
- Você vai dormir aqui. Se você preferir posso ficar com você aqui, mas desse quarto você não sai. – Angel rolou para o lado dela e a abraçou forte.

Capítulo 20 – Amigas para sempre, será? – Parte 2


*Flashback*
- Você vai para casa dele? Você deve ter enlouquecido! Sua mãe vai odiar isso!
- Claro que vou!... e pode deixar que com a minha mãe eu me entendo depois! – pegou sua mala e saiu do quarto batendo a porta logo atrás.
* Fim do Flashback*

Respirei fundo, sentei-me na cama e comecei a chorar. Não era para isso ter acontecido. As coisas não deveriam ter chegado a esse ponto.
Peguei o telefone e liguei para o Dan, combinei de me encontrar com ele em meia hora na porta da pensão.
Arrumei minhas malas, tranquei o quarto e desci para a recepção da pensão. Pouco depois, Dan já estava na porta. Ele pegou minhas malas e colocou no porta-malas do Rabbit. Entrei no carro, ele entrou ao meu lado e ligou o carro.
Dan me olhou a procura de um resto de felicidade escondida. Não encontrou. Partimos para La Push. Na metade do caminho desabei a chorar de novo e Daniel parou o carro no acostamento da estrada. Saímos do carro e sentamos no penhasco que existia ao lado do acostamento. A natureza ao redor fazia com que eu me sentisse melhor.
- Eu sei que a culpa foi minha, mas eu não esperava que ela reagisse daquele jeito. Eu não sou muito fã de ficar cercada de vampiros, é só isso... Eles não fazem o meu tipo – Dan revirou os olhos com meu comentário – Mas não quis me meter no relacionamento dela. Se ela gosta daquele “frio”, pra mim tudo bem.
- , não se sinta tão culpada... Não é sua culpa se ela se estressou com seus comentários.
- Ah... – suspirei – posso pedir um favor pra você?
- Claro, meu amor! Qualquer coisa!
- Me leve até a casa dos Parker?
Dan arregalou os olhos impressionado..
- Por favor... – pedi com um biquinho.
Ele me beijou e depois concordou em me levar, mas com uma condição de antes nós pararmos em alguém lugar para comermos (ele estava morrendo de fome). Dan dirigiu até a casa dele, descarregou o carro e colocou minhas malas no quarto dele.
- Ei! Você não tinha dito eu tinha uma cama sobrando!? – reclamei.
- E tem. Fica no meu quarto. Vem comigo que eu te mostro.
Fomos até o quarto dele e lá estavam duas camas uma ao lado da outra.
- Eu dormirei nessa – disse ele apontando para cama mais próxima da porta (toda desarrumada) – e você naquela - apontou para cama ao lado da janela, em que minhas malas estavam colocadas.
- Eu vou dormir no mesmo quarto que você? – questionei.
- Se incomoda?
“Óbvio!... Que não...” – pensei revirando os olhos e dando um sorriso.
Virei-me e sai do quarto. Daniel veio atrás de mim. Comecei a ouvir vozes da cozinha.
- Daniel! Daniel! – ouvi uma voz conhecida a chamar.
Jimmy saiu da cozinha e foi nos encontrar na sala. Logo atrás vieram Kile e Riley.
- ! – gritou Kile correndo para me abraçar. – Você ta aqui? Não ia pra casa?
- Ah, Kile. Eu fui, mas acho que vou ficar aqui por um tempo.
- Por quê? – perguntou Riley.
- A minha amiga e eu brigamos e... Ela foi morar com a família Parker.
- Com os vampiros!? – gritou Kile.
- É, Kile... Com os vampiros. – abaixei a cabeça.
- Garota estranha... – comentou Jimmy para si próprio. Daniel o cutucou.
- Vamos comer? –perguntou Daneil. – Já são quase 11 p.m. Estou morrendo de fome!
- Casa da Liz? – sugeriu Kile e Riley corou.
- Boa idéia! Elizabeth cozinha muito bem! Amo a comida dela! – sorriu Jimmy. Riley corou mais ainda.
- Combinado então. Vamos para casa da Elizabeth! – concordou Dan.
- Eu a conheço. Ela me ajudou nas tradições de vocês no dia do lual. Elizabeth é legal, gostei dela... – comentei.
- Riley também gosta dela. – satirizou Kile.
Quileutes já tem a pele avermelhada, mas o Riley já estava quase roxo de tanta vergonha. Tadinho. De repente uma barriga roncou e todos os quileutes saíram da cozinha e foram em direção da porta. Eu os segui. Saímos e entramos numa casinha, com vasinhos na janela com flores coloridas, que ficava do outro lado do quarteirão. Mais vozes... Mais lobos...
- Lizzie! – chamou Jimmy – Tem comida? Estamos morrendo de fome!
- Estamos na cozinha! – gritou ela de longe.
Seguimos até a cozinha e lá encontramos Elizabeth, Tommy, Austin e Brendon saboreando um delicioso (e gigante!) omelete com queijo e bacon. O cheiro era maravilhoso.
Dan, Jimmy e Kile se sentaram a mesa e começaram a comer também, Riley ficou mais um segundo pensando (olhando para Elizabeth), mas logo foi comer junto com os outros.
- ... – falou Liz – Vá comer um pouco antes que esses esfomeados acabem com tudo.
Rimos juntas e segui o conselho dela. Peguei um pedaço de omelete e fui sentar-me ao lado de Lizzie no balcão próximo do fogão. Após o termino do omelete (e de mais dois dela), Dan se levantou e veio na minha direção.
- Quer falar com a agora?
Fiz que sim com a cabeça. Dan olhou para os outros meninos e imediatamente todos se levantaram, ficando em pé na minha frente; Liz se juntou a eles. Fomos todos para fora da casa e seguimos para floresta ali perto. Um a um, os meninos começaram a se tornar lobos e só ai entendi que todos iriam até a casa dos Parker comigo e com o Daniel. OMG! Preciso me acostumar com esse negocio de namorado Alfa.
Quando todos já estavam transformados, subi nas costas do meu lobo-namorado e Elizabeth subiu nas costas do lobo- Riley (percebi porque quando ela subiu o lobo branco com manchas caramelo ficou com os pelos do focinho e do alto da cabeça arrepiados). Em disparada pela mata rumo a mansão Parker.

Capítulo 21 – Conflito


Após uma longa conversa com Angel, onde ele virou seu “psicólogo particular”, foi tomar um banho para relaxar o corpo e esvaziar a mente. Viu-se sozinha no quarto, aproveitou a situação para ligar para sua mãe e contar os últimos acontecimentos. Após ouvir a voz da mãe a consolando, “Por que justo neste momento tão ruim da minha vida, a gente tinha que estar tão longe uma da outras?”, pensou chorando. Quando desligou o celular, se agarrou a um dos travesseiros da cama e caiu no sono um tempo depois. e os lobos chegaram a mansão. Tremendo um pouco, a menina tocou a campainha. A porta se abriu segundos depois e reconheceu imediatamente o rosto feliz de Sara. O sorriso infantil da menina se desfez ao ver acompanhada pelos quileutes, já em forma humana.
- Preciso falar com a . – apressou-se a explicar. Sara encarou a brasileira por um segundo, depois deu um passo para trás. fez menção de entrar na casa, mas Sara grunhiu. Dan se posicionou na frente de para protegê-la de um possível ataque. - Só a entra. – rosnou a vampira.
- O que me garante que vocês não a atacarão se ela entrar sozinha? – rosnou Dan ameaçador.
Angel apareceu à porta atrás da irmã.
- Deixa que eu resolvo isso, Sara. – falou Angel calmamente e depois olhou os quileutes, o rosto frio sério e a boca entreaberta. – O que fazem em minha casa?
- Angel... – falou – não queremos brigar. Eles só vieram me proteger. Eu preciso falar com a . Chame-a pra mim, por favor. Não precisamos nem mesmo entrar na casa.
- Pra que os trouxe. Não queremos atacá-la. Nunca quisemos.
- Ta! Já entendi. – resmunguei – Não tenho culpa se tenho medo de... Vampiros. Seja como for, me desculpa por isso, mas eles não vão embora.
- Sara... Reúna a família.- mandou Angel ainda sério.
Em segundos, todos os Parker, menos o Dr. Clark (que estava trabalhando) estavam fora da casa, frente a frente com a alcatéia e no meio.
- As coisas não serão fáceis pra vocês – ameaçou Michael exibindo os músculos. Tom encarava os quileutes com os olhos queimando de ouro derretido.
- Não compliquem as coisas – reclamou Riley. – Não queremos brigar.
- Eu sabia que elas trariam problemas – xingou Selene irritada.
- Eu só estou querendo RESOLVER as coisas! – gritou entre os frios e os lobos. Austin, o mais descontrolado dos lobisomens da alcatéia de Dan, se transformou fazendo os trapos em que suas roupas se dividiram voarem em direção a família Parker. Michael pulou em direção ao lobo cor de mel e o segurou. Um a um, os quileutes se transformaram. Um a um os Parker partiram para luta. Kile pegou e a levou pra longe, Riley fez o mesmo com Lizzie. Dan ordenou que os dois cuidassem das meninas, mas Kile desobedeceu a ordem e foi pra luta. tentava escapar da “proteção” de Riley para parar a disputa, mas não conseguia. Os vampiros e os lobos formavam um quadro de conflito amedrontador, sob a luz da lua cheia. Riley olhava a luta com desespero. Desejava estar ali no meio. Em uma distração do protetor, fugiu do controle do lobo e correu em direção ao conflito. -
CHEGA! – a luta parou e todos olharam na direção da casa, de onde veio o grito.

* Flashback *

Acordei, ainda abraçada ao travesseiro, com o barulho de gritos, uivos e coisas se quebrando. Desci correndo a escada vendo que a casa estava vazia. Reparei que a porta da sala estava aberta e que alguma coisa acontecia do lado de fora. Vi uma batalha real entre vampiros e lobisomens no jardim. Antes de chegar aqui, isso nunca teria acontecido, mas agora eles estavam se enfrentando aqui na minha frente.

*fim do flashback*

- O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO?
Lobos e vampiros ficaram estáticos. , já muito próxima do conflito, correu em direção a . Angel saiu do meio da confusão, correu até e a abraçou.
- Você não devia ter descido! É perigoso... – começou Angel, mas foi interrompido por um grito de .
- Não!! Não era pra ser perigoso!! Não era pra ser assim!! Eu só vim me desculpar!! Mas vi que eu estou certa!! Vampiros são mesmo seres horríveis!! – e virando-se para os lobisomens – Vamos embora, rapazes.
Daniel (lobo) andou até , fazendo-a subir em suas costas.
- Belo pedido de desculpas ! – disse indo em direção ao jardim – Você vem com eles aqui e trava essa batalha em frente de casa. Valeu mesmo!
- Eu só queria falar com VOCÊ! – gritou a menina indo em direção a – Não tenho culpa que sua nova família não permitiu que isso acontecesse!
- Se você fosse um pouco mais educada e, os seus novos amigos também – falou apontando para os quileutes – provavelmente isso não teria acontecido!
- Se sua família tivesse te chamado em vez de querer nos enfrentar tudo já estaria resolvido e sua irmãzinha loirona não estaria reclamando que a gente trás problemas.
- Mas não trás mesmo? Olha bem o que estava acontecendo até agora! Provavelmente um de seus amigos tinha um pavio tão curto, que veio a explodir logo de cara, não?
- Por que você não abre seus olhos? Eu vim, pedi pra falar com você, ia pedir desculpas e pronto, mas eles tinham mesmo que reunir a turma toda para provocar a gente, tinham que tornar tudo mais difícil? Eles só vieram me trazer, nada iam fazer, mas não podiam fazer tudo de um jeito mais fácil, né? Tinham que complicar!
- Quem apareceu com a turminha foi você! Aqui é a casa deles, é claro que estariam todos aqui. Agora me fala então, quem foi que começou a briga? Por que eu tenho certeza que não foram as pessoas desta família!
- Fui eu. – ecoaram duas vozes ao mesmo tempo. Todos se viraram e viram Michael e Austin (não mais em forma de lobo e completamente nu) sentados no chão um ao lado do outro. Selene urrou de raiva por Michael tomar a culpa para si.
- Eu me transformei! – gritou Austin.
- Eu o ataquei! – gritou Mick.
- Todos tentaram impedir e nos transformamos – completou Kile, humano.
- Tentamos separar e acabamos entrando na briga também. – retrucou Tom.
- A culpa foi de todos. – abaixou a cabeça Angel abraçando .
estava com os olhos arregalados, diante do que tinha acabado de acontecer. Não tinha caído a ficha ainda do que havia acontecido diante dos seus olhos, nem do que havia acabado de ouvir.
- Será que eu poderia ficar sozinha um pouco? Preciso colocar as idéias no lugar. – soltou-se novamente do abraço de Angel, e saiu correndo em direção a floresta. “Não sei onde isso vai dar, mas preciso sair desse sufoco, e respirar um pouco!”
cumprimentou Angel com um aperto de mão e disse:
- Cuide dela. Eu vou para La Push, agora sei que nem deveria ter saído de lá.
Os lobos estavam prontos. Lizzie nas costas do lobo Riley e Dan a esperava. subiu de novo em suas costas e todos partiram para La Push rapidamente.
- Me desculpa, . – murmurou com lágrimas nos olhos.

Capítulo 22 – Apenas um sonho


POV.
Sabe... existem momentos que eu me sinto invisível, mesmo estando no meio de várias pessoas... momentos em que me pergunto o porquê as coisas acontecerem do jeito que acontecem... porquê das pessoas não entenderem... o porquê da minha existência.
Fim do POV.

Ela continuou a correr por entre as arvores e arbustos por um bom tempo, tropeçando as vezes em alguns galhos e pedras que estavam no chão. Ouviu então o barulho de um riacho. Seguiu o som e, quando o som estava mais perto, encontrou uma clareira. Caiu de joelhos no chão, já chorando (N/A: eu sei que ela está chorando muito ultimamente... mas pensem bem sobre tudo q ela está passando). Um filme passou em sua cabeça com todos os acontecimentos: os pais autorizando sua ida a Froks; a amiga empolgada com a viagem; Forks; a pensão, o acidente, a perna engessada, Angel e o jantar, Daniel, o tango, os Parker e a briga com a ...
“Queria que isso fosse apenas um sonho com um final triste; onde eu iria acordar na minha cama, em minha casa no Brasil e, isso seria apenas minha imaginação. Mas isso não é um sonho, é tudo real, não é minha imaginação; eu simplesmente vim pra cá, vivi tudo isso e... se pudesse, passaria por tudo novamente!”
- Não... eu não posso me rebaixar assim – disse limpando as lágrimas do rosto. – Vamos ! Você é uma menina forte! Levanta desse chão, volte lá e resolva logo essa situação!
Levantou-se e começou a fazer o caminho de volta, decidida a colocar tudo no seu devido lugar. gostava de animais... só não gostava quando eles apareciam do nada, assustando-a. Foi exatamente isso que aconteceu no meio do caminho de volta. Uma raposa apareceu de trás de um arbusto, assustando que gritou enquanto dava passos pra trás tropeçando em um galho que a fez cair e rolar em um barranco. Bateu a cabeça em uma pedra, desmaiando em seguida.

POV
Minha cabeça estava latejando, uma dor forte vinha da minha nuca. Meu corpo todo estava dolorido. Tentei abrir meus olhos. Vi uma luz branca, alguns vultos e vozes; mas nada fazia sentido. Me lembrava da floresta e da raposa. Como é que eu vim parar aqui?
Fim do POV

- Ela vai ter alguma consequência grave? – perguntou uma mulher.
- Provavelmente não. Não houve fratura na coluna. Mas temos que esperar que ela acorde. A memória dela é meu único medo. Um acidente desses pode trazer um desastre traumático na memória de alguém.
- Onde eu estou? – perguntou em um fio de voz. – Como vim parar aqui?
A mulher deu um pulo de susto.
- Oi, . Eu sou o Dr. Alberto Reis. Você no hospital.
- Hospital?... O que aconteceu comigo?
- Você estava numa viagem com uma amiga quando sofreu um acidente. Seu primeiro tratamento foi por lá mesmo, mas agora pudemos te trazer de volta para o Brasil.
A mulher saiu da sala e logo voltou com .
- Nossa ! – correu e abraçou a amiga. – Tive tanto medo que você não acordasse. Como está se sentindo?
- Estou aos poucos melhorando mas,... Nós não estamos de mal uma com a outra? Cadê o Angel? E o Daniel? Onde estão os vampiros e os lobos?
- O que? , do que você está falando? – fitou a amiga com os olhos arregalados.
- Como assim do que eu estou falando? – olhou para amiga, como ela não se lembrava deles? – Estou falando do Angel, o meu namorado que é um vampiro, e do Daniel, o seu namorado que é um lobisomem.
- Olha , acho que o seu acidente... Sabe... afetou sua mente. Estes seres mágicos, vampiros e lobisomens não são reais. – explicou cuidadosamente – E... Eu namorando? Isso é quase impossível, não acha?
- Mas você estava... quer dizer, está namorando. E eu não estou inventando! Você estava lá e viu também tudo! Eu sei disso! – talvez ela tenha batido a cabeça, e bem forte.
- Lá onde? Não estou dizendo que você esta inventando, mas...
- Em Forks, !!... Aliás não deveríamos estar lá agora?
- ! No dia seguinte ao que chegamos a Forks, você sofreu um acidente, foi atropelada, entrou em coma e só acordou agora. Ficamos lá um bom tempo, mas não saímos do hospital.
- Bom,do acidente eu me lembro bem... mas eu não fiquei em coma! Eu apenas desloquei o joelho e tive um corte na cabeça... foi você mesma que apresentou a ele, o Angel, que me atropelou..
- Angel? Eu nem sei quem te atropelou! O idiota fugiu! Você quase morreu.
- ... – a garota colocou a mão na testa – chame a enfermeira, por favor!
apertou o botão vermelho na parede.
- Pois não... – uma voz soou pelo interfone.
- Preciso de uma enfermeira no quarto 379. Por favor.
Em alguns segundos a enfermeira entrou no quarto.
- , minha cabeça ta latejando muito!... Faz ela parar!! – se agitava na cama, rolando de um lado para o outro.
segurou em um abraço improvisado.
- Tudo bem! Vai ficar tudo bem, ! Se acalma.
A enfermeira injetou um líquido transparente no soro de .
- Logo sua cabeça vai parar de latejar. – falou a enfermeira.
- Viu. Você já vai ficar bem.
parou de se mexer e caiu em um sono profundo por causa do remédio.
Caítulo. 23 Formatura Inesquecivel Parte I – Preparação


As aulas voltaram na 1ª semana de agosto, e com ela os preparativos para formatura. Não parece, mas a quantidade de coisas que temos pra fazer até o grande dia é ENORME. Baile, churrasco, fotos, colação, missa e vários pequenos detalhes, como a cor do vestido das formandas.
No mês de agosto inteirinho foi para escola com a perna engessada; na metade do mês já não havia mais lugar para assinar no gesso. O gesso foi retirado na primeira semana de setembro; no inicio foi difícil apoiar o pé no chão, mas com o passar dos dias
voltou até ao grupo de dança da escola para ensaiar o numero que iriam apresentar no baile de formatura, a coreografia final do filme: “Ela dança Eu danço”.


POV
“Em sonho ele veio me visitar
Os olhos negros e carinhosos

Pedi para não mais acorda
Pedi que, então, fossem sempre calorosos.

O cabelo escuro e brilhante
A chicotear pelo vento insistente
Fez-me lembrar de uma vida distante
Em que brotava a nossa semente.

Nos lábios um sorriso surpreso
‘Como é bom te ver novamente!’
Puxou-me, então, num beijo intenso.
Seu corpo quente, em meu abraço ficou preso.
Sua imagem estava sempre em minha emente.
Daniel, seu nome ecoa e a ti pertenço.”

Relutei por um bom tempo a abrir os olhos. Se eu voltasse a dormir talvez eu sonhasse de novo com aquele rapaz. Eu sentia como se já o conhecesse. Aquele sorriso, aquele cabelo, aquele olhar... Jacob Black? Talvez. Era uma explicação. Meu amado indiozinho de La Push, Jacob! Ele se apresentou como Daniel. O nome do meu Jacob é Daniel. Minha mãe bateu a porta do meu quarto.
- ! Acorda! Você tem que se arrumar.
Eu tenho que me arrumar? Pra que? Formatura! A minha formatura! O rapaz do sonho saio de foco e em seu lugar só consegui pensar no baile de formatura.
Fim do POV

POV

- Ô MANHE!!
- Que foi ! Fui correndo até a porta do quarto dela.
- Onde esta o meu vestido da dança? – disse parando na porta do quarto.
- O marrom rodado?
- É mãe, esse mesmo! Onde está?
- Pendurado atrás da porta do seu quarto.
- Pô mãe, tinha que ser justo naquele lugar?!
- Não tinha outro local – mamãe falava rindo da minha cara.
Voltei pro meu quarto e continuei a me arrumar; fiz a maquiagem, arrumei o cabelo e coloquei o vestido escolhido pro baile, na cor roxa; o outro colocaria quando fosse a hora de apresentar o numero. Saímos de casa faltando uns 15 min para hora marcada para o inicio do baile, como fazia parte da comissão tinha que chegar mais cedo e ver se tudo estava onde deveria estar, no seu devido lugar. Essa noite ia ser A NOITE.
Fim do POV

Depois de dar uma olhada geral nos preparativos, se tudo estava no seu devido lugar e, dar os últimos comandos ao Buffet, foi a o encontro de , para saber sobre a coreografia que iriam apresentar na festa.
- Oi ! – disse se aproximando da miga.
deu um salto e virou-se, os olhos espantados como se visse um cadáver.
- Ah! Oi ! – respirou fundo – Caramba! Você me assustou!!
- Nossa... Não sabia que estava tão feia assim! – disse rindo – Desculpa!
- Hm? – riu – Não... É que eu tava concentrada aqui em uns negócios...
- Ah bom... tudo certo para nossa apresentação então? – disse já um pouco mais calma – Porque do resto... Já dei os retoques finais.
- Ah, um.... era o que eu estava vendo por aqui... Bom, só tem um pequeníssimo problema que eu já estou resolvendo, não se preocupe.
- Oi?!... Como assim? – não estava acreditando.
- Relaxa – segurou amiga pelo braço e a chacoalhou – Eu já disse que estou resolvendo. Já estava preparada para algum problema com o retardado do Thiago!
- O que o Thiago aprontou dessa vez?... Justo ele!... Não poderia ser o Leandro ou o Gustavo? Tinha que ser o Thiago – já estava começando a ficar nervosa.
- Eu não tenho culpa que o seu par da dança é sempre o mais bagunceiro. Ele saiu ontem a noite,bebeu pra caramba, andou pelas ruas e deu uma de ... Foi atropelado! – riu da própria comparação.
- Ah, mas eu mato aquele infeliz!... Justo no dia antes do baile e da nossa apresentação!... O que eu vou fazer agora? Os outros meninos não foram ensaiados para substituí-lo... Terei que tomar uma medida drástica – disse a garota já sem emoção – Eu vou... can... cancelar a apresentação!
- Vai cancelar coisa nenhuma! – gritou – Eu já disse! Estou me empenhando para arrumar isso... Só falta uma simples resposta que aí ta tudo certo! – e como se para dar maior intensidade ao falado o celular de apitou com uma mensagem. A garota pegou o celular e mostrou para a amiga a resposta curta e certeira. O simples e mágico: SIM! – Viu! Eu já dei um jeito!
- Mas essa pessoa sabe a coreografia toda?... Ela é do grupo? ... Da onde ela é? – as perguntas não paravam de sair.
- ... Primeiro: Relaxa! Segundo: A pessoa conhece a coreografia e dança muito bem. E terceiro: Eu já dei um jeito, então, PARA DE SE PREOCUPAR!
ficou estática, olhando pro vazio. Justo essa parte da festa tinha que dar problema. Mas pelo visto já tinha arrumado tudo; só faltava a ficha da cair.
- Acho que vou dar uma passadinha na mesa do bartender, e pedir um drink – disse apontando pro lado contrario em que estava, se virando logo em seguida.
- Isso mesmo. Vai lá! Sem álcool, hein! Não quero perder mais uma dançarina. Aliás, o bartender é perfeito! Bem que a Letícia falou que o “amigo” da irmã dela era o melhor bartender do mundo. Sem contar que... Ele veio dos EUA pra cá, só pra essa formatura e não cobrou nada! E... Vai logo antes que eu desembeste a falar de novo... To focando nervosa.
Aos poucos os formandos foram chegando com seus convidados e, as mesas foram sendo ocupadas. As amigas ficavam circulando entre as mesas para ver se tudo estava acontecendo como deveria. O DJ começou a tocar músicas mais agitadinhas e todos que estavam presentes (pelo menos os mais animados) começaram a dançar.
Luke, o bartender amigo da irmã da Letícia ( a terceira integrante da comissão de formatura) estava trabalhando pra caramba, mas ainda sim, se divertindo. Ele dançava enquanto preparava os drinks mais loucos e deliciosos do mundo. (N/A: Para mais informações sobre o bartender Luke Henris ler a fic Shine On. RS! Divulgando!)

Capítulo 24 – Festa Inesquecível Patê II – A Dança


Faltava 15 min pras 11h. As meninas e o resto do grupo que iria dançar começaram a se dirigir aos camarins atrás do palco.
- ! Verifica se está todo mundo aqui!... E onde está o menino que vai substituir o Thiago? – disse atrás de uma cabine, enquanto colocava seu vestido.
- Ta! – correu com a lista de presença pelo camarim e já já voltou – OK! Todo mundo OK!
- Ótimo! – disse saindo da cabine – Mas... e o garoto que vai dança comigo, já chegou? A gente entra em 5 min!
- Er... Hm... Relaxa . Ele ta ai...
Não deu tempo de reclamar ou falar mais alguma coisa; a professora já estava falando no palco e anunciando nossa apresentação. chamou então o grupo.
- Gente... é agora ou nunca! Vamos mostrar o quanto a gente é bom nisso! Que além de estudar e tirar boas notas somos bons na pista de dança!
Era audível o comentário dos garotos: “Tirar boas notas? HAHA!”, mas ninguém ligou. Era chegado o momento do grupo de dança mostrar que eles podem! Mesmo!
os organizou nas coxias e avisou á Letícia que estavam prontos. Lettie deu o sinal ao DJ. As luzes se apagaram. A música começou. Agora!

Link com a coreografia: Ela dança eu Danço – Final
http://www.youtube.com/watch?v=1WqhCBXElMM

e as meninas entraram e começaram a dançar, enquanto o resto do grupo saia andando de um lado para o outro do palco. “ Só espera mais um pouquinho pra conhecer meu parceiro... Será que ele vai mesmo sabe faze a coreografia?” pensava .
Após a formação das duas fileiras no canto, a garota de canto de olho conseguiu ver apenas o Gustavo e o Leandro, pois o terceiro integrante estava fazendo alguns passos de rip Rop. “Mas que droga ele não podia ficar parado como os outros!”. Os meninos foram pro fundo do palco, e o restante do grupo foram para o centro novamente dançar; os meninos se juntaram ao grupo depois também.
A música começou a ficar mais lenta; “Ah... mas é agora que eu vejo o rosto do menino-misterioso!”. Ele segurou na cintura da menina e a virou de costas pro publico. “E o menino mistério é...”
- Você?! – “Como é possível?”, foi a única coisa que conseguiu pronunciar.
sentiu como se o tempo parasse; ela não acreditava no que seus olhos a mostravam; havia prendido a respiração e seu coração acelerou de tal maneira que podia jurar sair pela boca ou explodir ali dentro mesmo.
- Depois – o garoto pediu e continuou a dança.
Se a garota não soubesse que havia um publico os assistindo naquele momento, teria parado a dança ali mesmo para entender o que estava acontecendo. (N/A: vo partir agora pro final da dança se não cansa. Assistam o vídeo para saber do resto). e o menino-não-mistério realizavam os últimos movimentos e finalizaram o show. Para se ter uma idéia, os outros formando, os professores e os outros convidados ficaram de pé para aplaudir; os outros dançarinos entraram e as palmas continuaram, tendo assobio agora.

Cap. 25 – Festa Inesquecível – Parte III


Terminada a dança e os aplausos, os dançarinos voltaram para os vestiários.
- ! – chamou o garoto-não-mistáriso segurando o braço dela.
- Oi! – ela só se deu conta de quem a havia chamado quando virou – Vo... Vo... Você?!Co... Como? – “Ainda estou sonhando?... Para de gaguejar menina!”; disse enquanto o coração parecia estar em uma montanha russa.
- ... – ele segurou as duas mãos da menina e a olhou nos olhos – Me desculpa. Eu sei que demorei demais pra vir, mas... Você queria que sua formatura fosse perfeita, então... Eu precisava te dizer que eu... Só me responda uma coisa...- ele puxou uma quantidade enorme de ar – Você, em algum segundo, se lembrou de mim? Ou sentiu minha falta?

POV
Eu não estava acreditando no que estava acontecendo naquele momento. Eu estava sonhando?... Não poderia, pois o mesmo estava segurando minhas mãos. Mas a me confirmou que foi tudo um sonho, que nada havia acontecido e que eles não eram reais. Como, então, ele poderia estar aqui na minha frente, todo enrolado e, fazendo perguntas obvias? É claro que eu me lembrava dele... É claro que eu senti sua falta. Abri a boca pra responder, mas minha cabeça começou a girar e, minha visão parecia o final do desenho do Looney Toons, se fechando de fora pra dento. Então tudo ficou escuro. Fim do POV.

POV Angel
Caramba! O que eu estava falando? Ela estava ali, linda, parada ali na minha frente. Se pudesse, meu coração bateria descontrolado, por sorte (ou azar) ele não bater bate. começou a ficar branca, pálida (como ele). Seus olhos se fecharam e seu corpo caiu. Segurei-a antes que suas costas tocassem o chão.
- ! – gritei – vem aqui!
A menina logo chegou, correndo. Não pude deixar de reparar que o cabelo dela estava totalmente bagunçado e seu vestido um tanto amassado.
- Ah, Angel! Você não consegue se aproximar dela sem fazê-la ir pro hospital, né?
Fim do POV

Flashback
Era a noite antes da formatura. Eu, a Letícia e a Morgana decidimos fazer uma festa do pijama (tipo uma despedida de colegial). A não pode ir, porque tinha que terminar de arrumar as coisas para a apresentação de dança da formatura. Para a “noite das meninas” pedimos pizza de null. Ligamos o computador e ficamos ouvindo música.
Cantávamos alto, Letícia ficava lendo as fanfics do FFTT, dançávamos... Quando a Lettie terminou sua leitura, deu-me espaço no MEU computador. Abri meu ORKUT, meu Twitter e meu MSN. No MSN não tinha ninguém de interessante on-line, no Orkut só tinha recados do povo da sala em contagem regressiva para a formatura. O Twitter tinha um monte de twits dos famosos que eu sigo. Eu escrevi o simples twit: NOITE DAS MENINAS!!! PRÈ-FORMATURA! Sai do Orkut e do Twittwr, deixei o MSN ligado e disse para Morg ir pro computador. Era a vez dela. No entanto, quando eu me levantei da cadeira para Morgana sentar, a Letícia veio e me deu uma travesseirada. Ah! Eu NÃO podia deixar assim!
- GUERRA DE TRAVESSEIROS!!!
Morg e eu corremos e pegamos nossos travesseiros. Começamos a bater com eles, umas nas outras. Caí tantas vezes que estaria toda roxa se meu quarto não tivesse o chão todo coberto com um tapete fofo. Um dos travesseiros estourou e deixou meu quarto cheeeeeio de penas e plumas. Terminamos as três jogadas no chão macio olhando para o teto com estrelinhas coladas e rindo muito. Sinceramente? O colégio vai fazer uma falta além dos limites.
Terminou a pasta de musicas que estávamos ouvindo e eu fui trocar. Quando mexi no mause vi que tinha um novo pedido de add no MSN: wr2.forks.la.push@hotmail.com. Ah! Ótimo! Mais uma fanfiqueira de plantão me add! D+! mais uma pra passar a madrugada falando de Twilight. Aceitei. A fanfiqueira estava on-line. Não me agüentei, fui falar com ela.

(festa das meninas) diz:
Oiee!tá ac²!! Td bem?
Wr2(A.P and D.T.) diz:
Oi ! Eu sei português, mas você poderia escrever segundo a linguagem padrão?
(festa das meninas) diz:
?? está bem!

- Cara! Que menina chata! – gritei e as minhas amigas foram ver de quem eu falava – Essa fanfiqueira que me adicionou.
- Como você sabe que é uma fanfiqueira?- perguntou Morg.
- Ah! toda vez que alguém com o MSN twilight, forks, La push... me adiciona é uma fanfiqueira.
- Mas acho que isso não é uma fanfiqueira. Olha o sub-nick! – falou Lettie. O subnick era: Príncipe de Froks e Plebeu de La Push.
- Parece-me nome de fic. – retruquei.
- Só há um meio de saber... – Morg puxou o teclado e digitou:

(festa das meninas) diz:
Quem é você?
Wr2 (AP and DT) diz:
Eu sei que você não se lembra de nós, , mas nós nos conhecemos em Forks. Sou Angel Parker. Ah, e o Daniel Trevor ta aqui também.

Foi o suficiente para as meninas olharem para mim, gritarem e pedirem uma explicação. Mas como explicar quem era Angel-sei-lá-quem e Daniel-não-sei-quem-lá de Forks se EU não sabia quem eles eram. E quem disse que elas acreditavam em mim?

(festa das meninas) diz:
Eu não me lembro mesmo de vocês. Vocês cuidaram da no hospital enquanto estávamos ai?
Wr2 (AP and DT) diz:
, sabemos que você não se lembra, mas precisamos reverter isso com urgência! Precisamos te ver.
(festa das meninas) diz:
Ok! Quando gatinho?

Lettie!! O que essa louca fez? Vai marcar um encontro comigo e dois “desconhecidos” que nem do Brasil devem ser. Louca!

Wr2(AP and DT) diz:
Pra falar a verdade... Se possível... hoje.
(festa das meninas) diz:
Onde?

A Lettie ta ficando louca né? Muito louca, né?

Wr2(AP and DT)diz:
Vêm aqui no hotel em que estamos. É na rua Marechal Deodoro, 100. Te esperamos no restaurante do hotel.
(festa das meninas) diz:
Em 1 hora estarei ai. Levarei 2 amigas, certo?

Lettie saiu do MSN e foi para o banheiro.
- O que você PENSA que esta fazendo, Letícia?
- Vai me dizer que você não quer ir? Eles estão no Palace, o melhor hotel da região.
- Meus pais não estão em casa!
- E por isso nem saberão que você foi.
- Pode ser um assassino.
- No Palace? Acorda!
Ela saiu do banheiro de jeans e blusinha.
- Vamos?! – Letícia falou.
- Vamos! – disse uma voz atrás de mim. Virei-me e vi Morg toda arrumada.
- Vocês devem estar zuando com a minha cara!
- O que deu em você? – Letícia passou o braço pelos meus ombros – Onde está aquela menina curiosa, empolgante e atirada que eu conheço?
- Não sou atirada! Só curiosa... E empolgante...
As duas pararam na minha frente e fizeram um biquinho.
- Por favor... – pediram
- Ah! Parem com isso! – elas não pararam – Ta Bom! Vamos!
- Ê êêêêê...! – começamos a pular e a gritar.
Elas me arrumaram. Não é justo! Porquê elas podem usar jeans e eu tenho que ir de vestido romântico de renda? Mas não vou discutir. Elas estão em maior número, eu perderia mesmo.
Liguei para o ponto de taxi próximo a minha casa. Logo chegou “nosso motorista”. Subimos as três no banco trazeiro do taxi, demos o endereço ao taxista e fizemos a baderna no carro.
- Quem serão os misteriosos garotos de Forks? – perguntou Morg.
- Não são garotos de Forks! São o príncipe de Forks e o plebeu de La Push. – corrigiu Lettie.
- Vocês são duas loucas! – brinquei – Não acredito que me convenceram a fazer isso!
- Para de reclamar, ! Você fala como se não quisesse ver os tais garotos americanos.
- Eu quero mas...
- Mas nada. Chegamos! – o taxi parou. Descemos e paramos em frente à porta do hotel Palace.
- Depois que sairmos daqui, mato vocês! – reclamei uma ultima vez.

Cap. 26 – Explicações - Parte I


Continuação FlashBack

Letícia foi a primeira a dar um passo em direção ao hotel, eu e a Morg a seguimos. Entramos no saguão de entrada (N/A Lola: ñ querida saguão de saída....kkkk), um dos funcionários do hotel veio nos atender.
- Dois amigos nossos nos esperam no restaurante. O Sr. Parker e o Sr. Trevor. – disse sorrindo para o funcionário.
Fomos levadas ao fabuloso restaurante do Palace. Era tudo em vermelho e dourado. As mesas em mogno. Lindo! O funcionário nos guiou até uma mesa próxima da grande parede de vidro. Ao lado da mesa dois rapazes nos esperavam em pé. O garoto mais alto foi o primeiro a se mexer. Andou ao meu encontro e me abraçou. Sussurrou.
- Que saudades, meu amor, que saudades. – Era o melhor abraço que já tinha recebido em minha vida. Era quente, carinhoso, forte e sensível ao mesmo tempo. E, então, como num flash vi lugares maravilhosos, uma praia, uma montanha, o pico da montanha. Um frio-aquecido.
- Daniel? – perguntei ao garoto-índio. Obviamente era o Daniel Trevor, o plebeu de La Push.
- Você se lembra? – ele perguntou se afastando poucos centímetros. Mexia a cabeça em negação.
- . – chamou-me o outro rapaz. Virei-me para ele. – Perdoa-me.
- Porque devo perdoar? – estava confusa.
- Sentem-se primeiro – o príncipe de Froks ofereceu. Sentamos. Eu, ao lado Daniel, a minha frente Angel, ao lado de Angel, Morg e, entre Morg e Daniel, na ponta da mesa Letícia.
- E então?- perguntei, esse suspense me matava. – Devo perdoar por quê motivo?
Daniel se remexeu na cadeira ansioso, Morg e Lettie os olhavam mais ansiosos que Daniel, e eu? Aflita. Quem eram aqueles garotos que me pediam perdão?
- , meu nome é Angel Parker, sou namorado da sua amiga . Este aqui é Daniel Trevor, seu namorado...
- Pára! Meu namorado? Se toca! Eu NUNCA namorei na minha vida. – eles são loucos? Não, acho que eu estou ficando louca.
- Você não se lembra . Eu devo dizer, a culpa é minha. Tenho uns... Poderes... Com a mente. Posso bloquear parte da memória das pessoas humanas.
- Pessoas humanas?
- Você vai entender, acredite. Meu pai é médico e descobriu que seu eu bloquear a memória de alguém por mais de 6 meses, essa memória é apagada. Daniel descobriu e... – os olhos de Daniel brilhavam de raiva, perdidos em algum lugar no tempo e no espaço – Me convenceu a desfazer esta... Burrada.
- Ok! Você finge que é verdade que eu finjo que acredito. – virei-me para as meninas – Vamos embora. Isso é ridículo! – levantei-me. Daniel se levantou e segurou meu braço.
- , acredite, não foi fácil convencê-lo a vir aqui. Sei que amanhã é sua formatura, sei que você queria que fosse perfeita com o “seu Jake” ao seu lado. Você tem tudo na mão, mas acredite. – seus olhos se encheram de lágrimas. – Acredite!
- Daniel... – meus olhos se encheram de lágrimas também e, eu nem entendia o porque.
- Deixe-me tentar. – pediu Angel atrás de mim.
Instintivamente, acenti com a cabeça. Os dedos de Angel se encostaram ao lado da minha cabeça e tudo ficou branco. De repente, minha vida toda, desde o momento em que o óvulo da minha mãe foi fecundado pelo espermatozóide de meu pai. Tudo! Tudo o que eu lembrava até o atropelamento de em Forks. E aí, começou uma parte da minha vida que eu não conhecia. Um dia de sol na praia, mergulhos em água fria, salsichas na fogueira, Jimmy, o primeiro quileute que conheci, Daniel nas primeiras vezes que o vi, o jantar com Dan, Angel e , a noite com os lobos, um passeio no lombo do Daniel-Lobo, beijos maravilhosos, Angel, a MANSÃO que ele mora com a família super-estranha dele, a disputa entre lobos e vampiros... as brigas entre eu e ; a queda da e sua ida ao hospital. Por fim, antes de chegar de novo na parte que eu conhecia da minha vida, vi (ou melhor, lembrei) quando Angel chegou perto de mim, e me abraçou, Daniel grunhiu e o Parker falou: Vocês não vão mais sofrer por nossa causa. E tudo ficou branco. E eu acordei ao lado da cama onde estava em coma. E... tudo começava a fazer sentido.
Sai do meu transe. As mãos do vampiro, como eu bem me lembrava, saíram da minha cabeça. Daniel me olhava com desconfiança, mas com uma esperança visível. As meninas estavam completamente assustadas, paradas atrás de Daniel.
- ? - chamou o Parker. – Como se sente?
- Além de completamente irritada? – perguntei virando de frente pra ele. Angel deu um passo pra trás. – Além de irritada eu estou maravilhosamente agradecida. – abracei o vampiro, sua pele gelada me arrepiou. O soltei e virei-me para Daniel – e a você, acho que devo isso. – me aproximei dele devagar e o beijei lentamente por uma eternidade... até que alguém tocou meu ombro.
Virei-me e minhas amigas estavam com cara... bom... agora eu daria explicação. Após Angel e Dan me autorizarem, nos sentamos de novo e contei tudo que aconteceu no passado. Tudo que por tanto tempo eu tinha perdido, bloqueado, esquecido... E os rapazes me contaram que depois da briga entre lobos e vampiros que eu ajudei a provocar eles tinham feito um novo pacto, mais como uma renovação do pacto de paz que a tanto tempo tinham feito. Agora o pacto se chamava - em homenagem as amigas para sempre que eles separaram.
Passamos horas conversando até que recebi uma ligação do Gustavo, desesperado dizendo que o Thiago tava totalmente bêbado e tinha sido atropelado. Assustada contei tudo para as meninas. Quem dançaria na formatura? O Thiago era o melhor dançarino do colégio e o único que sabia a coreografia.
- A vai ficar arrasada. Ela lutou tanto por essa apresentação. – comentou Lettie quase chorando. Já víamos a cara da quando ela descobrisse. Coitada. Angel se levantou agitado e disse:
- Eu danço. Pego fácil qualquer coreografia – menos samba-, eu posso dançar..
- Você faria isso? – perguntou Morg.
- Pela ? Qualquer coisa. Só preciso saber como é a coreografia.
- Tudo bem então... Tenho um vídeo do ensaio geral. A coreografia estava perfeita.
- Vamos pegá-lo? – perguntou o vampiro- Levo vocês. Que tal?
- Só se o Dan for junto – pedi – Estou morrendo de saudades.
Fomos eu, Dan e Morg no banco traseiro do carro que Angel alugou para sua estadia no Brasil. Angel e Lettie foram no banco da frente. Dan e eu não paramos de nos beijar um segundo sequer. Quando chegamos em minha casa, fui com as meninas para meu quarto, peguei o DVD com o vídeo do ensaio geral e voltei para entregá-lo ao Angel. O vampiro foi para dentro do carro após pegar o DVD e Dan me abraçou.
- Eu te amo muito, . Senti muito a sua falta. – ele acariciava meus cabelos.
- Hoje eu sei, você é o amor da minha vida. – disse. O beijei como se não quisesse parar nunca mais. – Inclusive, você pode ser meu padrinho de formatura? – Dan aceitou e me beijou mais. Bom, terei que dar mais uma boa desculpa para o Gustavo. Mas perder a chance de ter a minha formatura perfeita ao lado do “meu Jake”? Nunca.
Avisei ao Angel que o Thiago, padrinho de formatura da , estava impossibilitado de acompanhá-la e que o mais possibilitado de acompanhá-la e que o mais indicado para substituí-lo era, obviamente, o Angel. Claro que ele aceitou. Me despedi dos dois e entrei em casa. No meu quarto, as meninas já dormiam. Foi uma noite muito longa para todas nós.


Fim do Flashback
Cap 27 – Explicações – Parte II


Pov
Estava despertando do desmaio, quando senti que estava deitada em algo macio. Abri os olhos devagar. A visão no começo estava meio embaçada, mas aos poucos foi se normalizando. Estava deitada em um sofá no camarim mesmo.
- O que aconteceu? - disse me sentando.
Angel surgiu e sentou-se ao meu lado. Seu rosto rígido, impenetrável.
- Você esta bem?
- Eu acho.... acho que sim – disse. – Onde estão os outros?
- Pedi que fossem para a festa. Precisava ficar a sós com você.
- Para...? – fiquei um pouco nervosa, apreensiva. “Ele é seu namorado, o cara dos seus sonhos... porque ta desse jeito? Relaxa menina!”
- Para... – ele se ajoelhou na minha frente – Bom, quero primeiramente pedir desculpa por te deixar. Saiba que eu pensei ser o melhor para você.
- Melhor para mim?! – disse me levantando e começando a andar de um lado para o outro do camarim – Como você acha que eu fiquei quando ouvi da que tudo o que houve com a gente foi pura imaginação?! Eu quase morri! (no sentido figurado, claro).
- Era a única maneira. Eu vi que estava acabando com a sua vida. Por minha causa você sofreu dois acidentes e você e a estavam toda hora brigando. Eu só queria nunca ter entrado na sua vida. – ele respirou fundo – Mas, depois que vocês foram embora, quando eu tinha certeza de que você pensava que tudo tinha sido um sonho em um coma... Aí eu vi que não tinha mais motivo para existir. Eu percebi que não sou nada se não tenho você, porque você é tudo o que importa na minha “vida”. Você é TUDO o que eu tenho e, eu realmente achei que tinha perdido. Tinha perdido a minha alma, se é que eu ainda a tenha depois da transformação. Por favor, entenda que estou arrependido. Perdoe-me!
Parei de andar bem no maio do camarim. Virei e começai a andar em sua direção. Ele continuou parado feito uma estátua em frente ao sofá, até deu para perceber que não entrava nenhuma partícula de ar nele.
- Angel... – parei na sua frente, a apenas alguns centímetros de distância, dava para sentir seu cheiro... – Olha bem no fundo dos meus olhos e... – “puta m... ele ta olhando! Respira fundo e continua.” – Me diz se eu sou tão louca assim a ponto de não te perdoa, depois de tudo que aconteceu entre nós, dos momentos felizes e dos momentos em que você esteve ao meu lado quando estava pra baixo... Teriam que me internar em um hospício, pois eu estaria sem todos os parafusos da minha cabeça.
O rapaz segurou minha mão, carinhoso.
- Você... – gaguejou – Você... Me perdoa? Mesmo? – seu corpo estava rígido como antes, mas em seu rosto nascia um sorriso leve.
- Sabe de uma coisa... eu simplesmente odeio quando você faz isso – disse rindo – Sempre fazendo perguntas óbvias.
- Eu bloqueio memórias, não leio mentes – ele brincou com o sorriso crescente – e a resposta óbvia é...?
- Que você é o vampiro que mais me assombra a noite quando eu durmo! – Angel riu ruidosamente.
- Você ainda não viu nada, minha linda! Daqui pra frente será “pior”.
- Ai que medo!.... Já vi que não vou consegui dormir a noite!
- Não nos próximos... eternos anos. – ele piscou lentamente com um rosto quase angelical – Isso se você aceitar né?
- Aceitar....? – fiz cara de desentendida.
- ... – Angel se ajoelhou – Aceita se casar comigo?
- Como?... – “Do que ele ta falando?” – Oi?... – “Ele bóio na maionese legal agora” – Você está zuando com a minha cara né?... Eu não quero me casar! Não agora pelo menos... Talvez daqui a alguns anos.... – Angel riu alto. “Do que ele ta rindo?”
- Eu sei... era só para zuar.... Na verdade, eu só queria pedir para ser seu padrinho de formatura. A disse que o seu padrinho sofreu um acidente e... Ta quase na hora da valsa. – Angel se levantou – Sem contar que... Você ainda é muito nova pra mim. – ele deu uma piscadela.
- Nova para você?!... Para sua informação, fiz 18 em desse ano. Já sou maior de idade.
- E eu fiz uns 150 anos antes.
- 150 na cabeça né.... porque na aparência... – não deu para não analisar o porte do ser... ai ai...
- De aparência tenho 23 – ele respirou e fez uma careta – Mas você está me enrolando! Não vamos “valsar”? Se vamos, temos que ir agora!
- Zimbora então – disse indo em direção a porta – Se não daqui a pouco vão vir aqui nos procurar.
Angel segurou em minha mão e fomos para o salão. , assim que me viu, correu em nossa direção arrastando Daniel com ela.
- ! ! Você ta melhor? Eu tava tão preocupada! – ela me abraçou.
- Estou... foi apenas uma queda de pressão! Já estou bem melhor! – disse sorrindo – E você lobinho... também resolveu dar o ar da graça por estas bandas?
- Ah, sim, namorada do vampiro. Eu não ia perder esses comes e bebes de graça. – ele riu. também. Angel revirou os olhos.
- , estou com pena de você!
- Ah, não querida, eu gosto de cozinhar. – todos riram.
Anunciaram nos altos falantes para que todos os formandos e seus padrinhos formassem fila atrás do arco para entrega do diploma seguida da valsa. Com o tanto de formandos que estavam ali, foi uns 40 minutos gastos, ou mais, só para a entrega dos diplomas. O vestido que eu estava usando era um pouco quente (imagine: frente única, longo e roxo), só essas meninas loucas mesmo para escolher uma cor tão escura como essa; estava parecendo uma festa chique de Halloween, não um baile de formatura.
Quando finalmente acabou a entrega dos canudos e, os aplausos cessaram, nos dirigimos ao centro do salão para a valsa com os padrinhos e as madrinhas.
Link para ouvir música Free To Be - Sonohra : http://www.youtube.com/watch?v=nV9P4DGeC7k
(n/a: sei que não eh música p se dançar valsa... + ela eh mto linda)

A música começou a tocar, os outros casais começaram a dançar menos eu e o Angel. Ele fez uma reverência, se levantando com um sorriso estampado no rosto e, fez a pergunta mais absurda para o momento:
- Você me daria o prazer dessa contradança?
- Você poderia para de fazer isso? – disse sentindo minhas bochechas esquentarem. – É óbvio que eu vou dança.
- Desculpa, não posso evitar – ele riu.
Ele então se aproximou, colocou uma das mãos no meio das minhas costas e estendeu a outra para que eu encaixasse a minha; apoiei uma em seu ombro e encaixei a outra na sua mão estendida. Aproximamo-nos um pouco mais e começamos a balançar de um lado para o outro; aos poucos a musica tomou conta de mim, acho que dele também pois, começamos a fazer alguns passos; eu girava para um lado e depois era puxada novamente; deixávamos literalmente a música nos levar.

Pov
Dan e eu dançávamos a NOSSA valsa. Estava tudo perfeito; eu e o amor da minha vida (o único e eterno amado), realizando o meu maior sonho: a formatura perfeita. Sim! Eu consegui! E me parece que a também. Ela e o Angel parecem estar se divertindo dançando. Eles são bons mesmo. Já eu e o meu lobinho estamos ralando para não cairmos no meio do salão. Seria engraçado. Daniel me olha tão sereno e carinhoso que é quase impossível acreditar que eu achei que ele não existisse. Um lobisomem real? Sim, o meu grande amor, Daniel Trevor.
Fim o Pov

- Sabe de uma coisa... – disse olhando pra ele enquanto dançávamos – eu havia comentado com a que talvez esse não fosse ser um baile tão bom assim.
- E está sendo bom pra você? Quero dizer... É como você queria?
- Por enquanto sim... Pelo menos esta tudo nos conforme, e ninguém saiu no fight – disse rindo – Mas ainda não está 100% boa.
- E o que está faltando? Você sabe que eu faria qualquer coisa por você.
- Eu acho que você deve ter noção do que está faltando para tudo ficar perfeito.
- Pode pedir meu amor. Seja o que for.
- Você sabe bem do que eu estou falando – cheguei mais perto dele – E eu não vou dá nenhuma dica... Acho que é algo que nós dois já queremos há algum tempo fazer, mas especificamente, desde que nos encontramos novamente – Angel deu um sorriso cheio de charme.
- Nós dois queremos... Certo... Já sei o que é... – ele parou de conduzir a dança, ficamos parados bem no meio do salão com todos aqueles casais ao nosso redor ainda valsando. Ang se aproximou bem lentamente e disse no meu ouvido – Essa vai ser a primeira das melhores noites da sua vida.
O vampiro segurou-me pela cintura, respirou fundo uma vez e me beijou. A união de nossos lábios formava em nós uma aliança que jamais poderá ser quebrada: a união do verdadeiro amor, aqueles que geralmente só acontecem em livros, mas que eu e Angel, e Daniel tivemos o prazer de transformar a ficção em realidade.

N/A: Buááááá..... chegou ao final nossa fic girls..... que tristeza.... primeira fic que escrevo, e agora ela termina junto com o ano e outras cositas mas.... Buáááá. Foi bom ter a companhia de vocês nesse decorrer do ano; foi muito boa a experiência. Irei pensar talvez na possibilidade de escrever outra; é só minha amiga imaginação bater de novo aki em casa. Mil beijos... vlw pelo apoio e por passarem isso comigo e com a Prii V. See you, hasta La vista, ... teh qualquer dia. =*