Autoras: Lola e Prii V. | Beta-Reader: Morg
Capítulo 1 - A Viagem
Finalmente as aulas estão de volta! Agora e sua amiga podem passar horas e mais horas falando do assunto preferido: Crepúsculo e toda a coleção da Stephanie. Afinal, não tem como mudar de assunto, os livros são completamente perfeitos e o filme é maravilhoso.
Desde a hora em que elas se viram, logo de manhã, até a hora que se separaram, no fim das aulas, não pararam de conversar.
- Ai, , eu acho que a nossa formatura tem que ser perfeita, igual a da Bella.
- Perfeita provavelmente será, só que não 100%.
- Como assim? Eu quero uma formatura 100% perfeita! A Bella teve e eu quero também.
- Como você quer ter uma festa perfeita sem Edward e Jacob como nossos pares e tocando de fundo Fidless Bird, American...?
- Hm... Verdade... Ah! Eu AMO Jacob Black! Ele é o homem mais lindo, cuidadoso, carinhoso, gentil do mundo inteiro! ama JB!
- Cara, que mel! Sabe que toda essa melação me enjoa, né? Como pode alguém se apaixonar por algo tão peludo?
- Ele é quente! E não é peludo o tempo todo... E é QUENTE! A única razão que me deixa um pouco triste é que ele é só um alguém fictício. Ele deveria ser Real!!
- Seria bom se todos os personagens dos livros fossem reais, mas, como se intitula o tipo de história, isso é ficção. Tudo é inventado. Nada é real. Somente no mundo do cinema isso pode se tornar real.
- Mas... Eu quero que sejam reais de verdade e não apenas atores. Eu queria muito. Por que o mundo é tão cruel?
- Aprenda a viver neste mundo cruel. Pelo menos podemos nos contentar com o mundo dos sonhos.
- Não estou pedindo muito... Só quero um lobisomem na minha vida! Eu uma formatura perfeita! Com ele ao meu lado!
- É por isso, minha amiga, que eu vivo viajando e conhecendo novos povos no meio dos livros que eu leio. Quer maneira melhor do que essa?
- Quero! Quero que seja Real! Ah, mas voltando para a formatura... Você vai pra Porto? Ou fazer alguma viagem?
- Bem... para a alegria minha e felicidade nossa, está quase certo que eu viaje para uma cidadezinha chuvosa que conhecemos muito bem pelo mundo dos livros. Porto é para quem gosta de ficar indo ao hospital por causa de bebedeira.
- Coitadinhos dos bêbados de Porto. Mas como assim? Você vai pra Forks?
- Existe alguma cidade citada em livros de histórias mais chuvosa que essa? Eu acho que não.
- Verdade! Chove o tempo todo! Mas você vai lá? De verdade? Seu corpo vai ou só sua mente através de livros?
- Acho que, dessa vez, os dois vão viajar juntos em conjunto... Já viajaram muito separados. Eles precisam de uma chance.
- UAU! Você vai mesmo, mesmo para Forks? Ah! Eu quero, ! Eu quero ir com você! Vou falar com meus pais! Eles têm que deixar! Eu quero ir! Vamos as duas juntas, então?
Bom, pelo visto essa conversa vai longe. Como você percebeu, ir para Forks não era somente conhecer uma cidade dos EUA, mas sim a cidade onde um sonho impossível se tornou real (pelo menos nos livros da Stephanie), onde mitos e lendas são reais.
- Vou sim! Não é massa?!... Quer dizer, Hamilton... – as duas riram – Claro que você tem que ir! Esse passeio não seria o mesmo sem você!
- Eba! Vou falar com meus pais! Quando você vai?
- Talvez nas férias de julho... Vai estar um pouquinho mais quente lá, isso se o clima não estiver louco como aqui... No calor faz frio... No frio faz calor...
- Verdade! Nossa! To louca pra ir! FORKS AÍ VAMOS NÓS!!
Os meses se passaram e o assunto era sempre o mesmo: A viagem pra Forks. A ansiedade da e da era grande. Ficariam do 1° ao último dia de julho na viagem e já tinham montado todo o roteiro do tour, que passaria por vários lugares mencionados nos livros da Stephanie, por exemplo: Port Angeles, Seattle, talvez Phoenix e, para a alegria de , La Push.
No Aeroporto...
- Mãe... Mãe tem como você afrouxar um pouquinho o abraço agora? – tipo... Um mês sem a minha família, e principalmente, minha mãe ao meu lado é muito tempo; ainda mais o grude que somos... Mas mamãe já está exagerando – em um mês eu volto.
- Não tudo bem, filha, vou me segurar... Pelo menos tem a sua irmã que vai estar aqui.
- Nossa, mãe... Não sei como você agüenta ela, só sendo mãe mesmo. – isso era verdade, tinha vezes que não dava pra agüentar minha irmã – Mas mesmo assim, eu a amo, não sei como vou sobreviver esse tempo sem as maluquices dela.
Nesse momento se ouve a segunda chamada para o vôo.
- Bom, mãe... Preciso ir.
- Claro... Mas vê se liga para contar como está sendo a viagem e... – odiava quando ela colocava os “es” nas suas frases sempre que ela saia para algum lugar – não esquece as paquerinhas.
“Ta bom, eu disse que não gostava disso. Vocês podem me dizer se existe uma mãe no Brasil ou no mundo que queira tanto um genro igual a minha? Não dá para agüentar isso.” Pensava .
- Mãe, você sabe que não me importo em estar solteira ou não... Mas para você não ficar triste, prometo lhe contar se ver algum menino bonito.
Enquanto isso, na família da ...
- Mãe, mãezinha... não chora, maravilhosa! Você nem vai perceber, vai passar rapidinho. – Poxa! Minha mãe ta se desaguando em pleno aeroporto – Você vai ver. Logo, logo estou de volta.
- Me liga quando chegar lá, me fala como é lá, se é bonito, não saia na chuva – Ela não esperava que eu fosse obedecer isso, né? – E juízo! Vê se não apronta ouviu?
- Ouvi, mãe. Se cuide... E pára de chorar!
- Está certo, se cuida também. Se precisar é só ligar. Volta logo!
beijou sua mãe e se juntou a para embarcar.
Acenaram uma última vez para suas famílias antes de entrarem no Freeshop.
No freeshop, comprou um perfume delicioso chamado – era só 20 dólares e o nome a faria lembrar do Brasil – na esperança de chamar atenção de algum gatinho nos EUA.
“Como será que a nem se importava se encontraria um paquera em Forks?”
Capítulo 2 – A Pequena Forks
A viagem de avião foi... Tranqüila. Chegando ao aeroporto de Seattle, elas pegaram um táxi e foram para uma pensão em Forks.
Depois de ajeitar mais ou menos as malas no quarto, decidiram sair para andar pela cidade – não iriam esperar agüentar até o dia seguinte para ver a cidade.
Pegaram a câmera fotográfica e partiram em busca de marcos da história de Stephanie.
Assim que saíram da pensão, entramos numa loja de artigos esportivos, onde conseguiram um mapa de Forks e cidades próximas. Já que a loja as lembrou a loja dos Newton, onde Bella trabalhava no livro, aproveitaram para tirar algumas fotos.
Com o mapa em mãos, puderam visitar a delegacia, onde o pai da Bella trabalhava, a escola Forks High School, onde Bella estudava, o posto de gasolina, onde a Bella abastecia sua Chevy e depois seu Mercedes... Tantos lugares... Tudo tão lindo, tão mágico, como um sonho.
A noite chegou e, com ela, o que mais esperavam, a chuva.
Sonho realizado: e juntas em Forks sob a chuva leve e constante, que nos lembrava que estava frio.
Voltaram para a pensão, tomaram banho bem quentinho (em Forks! Não é incrível?!) e foram dormir para se prepararem para o dia seguinte.
Prepararam uma lista antes de sair, onde estava tudo o que pretendiam fazer naquele dia.
Tomaram café da manhã reforçado num restaurante próximo da pensão. , empolgada com a possibilidade de ir à La Push no dia seguinte, a previsão era de sol – comeu seu omelete com queijo e seu mini-suco de laranja- que por acaso é do tamanho de um copo grande brasileiro – enquanto saboreava seu bolo de prestigio e bebia seu mini-suco de laranja.
- Pelo visto você ficou animada com o tempo que irá fazer amanhã né ?
- Nossa , estou tão feliz. Será que vai dar pra gente ir para La Push amanhã? Eu quero tanto ir. Eu quero!
- Bom... se você não quiser ir para praia amanhã tudo bem, eu vou estar pegando um ônibus para lá de manhã bem cedinho.
- EBA! To loca pra ir para praia. Vou usar meu perfume pra ver se atraio algum rapaz bonito.
- isso se tiver alguém naquela praia – “gostei disso rsrsrsrsrs”
- Bom, se o povo daqui é tão ligado em previsão do tempo quanto eu, todos sabem que vai fazer sol e vão querer curtir uma prainha. Não acha?
- talvez sim ...talvez não.
- Espero que sim. Espero que esteja cheia de gatinhos. Qual é? Eles estão de férias, né? Precisam curtir um pouco.
- Pode ser.. mas vê se não se joga para todo menino bonito que estiver lá, viu? Não gosto muito dessa situação... sou mais ficar em um lugar sossegado com um bom livro.
- Ah, é que você é sossegada. Eu gosto de festinhas, luais, turma, sabe? Mas, relaxa. .eu não vou atacar ninguém.
- Tomara mesmo... se fizer alguma coisa eu juro que volto até a pé para Forks!
- Eu vou ficar quietinha. Só olhando, pode?
- É.. olhar não tira pedaço! - disse rindo.
- Vou tentar não ser indiscreta. Eu juro.
Terminaram o café e começaram a cumprir a “lista” do dia.
Capítulo 3 – O acidente
- Eu não acredito no que você fez! – o pior é que eu havia feito um trato com ela antes – Ficou dando em cima do garçom!
- Ah, , ele era bonitinho. Pelo menos eu ganhei um bombom. Eu gastaria uns US$ 3 dólares se fosse comprar um desses!
- Só você mesmo para me aprontar uma dessas.
- Hm... não fique brava... Parei! Não vou mais fazer isso. Vamos logo embora, temos muito o que fazer hoje.
- Eu conheço você menina... sei que é uma promessa só de momento e ...- não deu tempo nem de respirar.
- O quê?
já havia atravessado a pequena praça, indo pro meio da rua, onde se encontrava um filhote de cachorro dormindo, e não percebeu que um doido dirigindo um Volvo prata vinha em sua direção sem diminuir a velocidade. Claro que só uma brasileira, uma que se preocupa com os outros, como a , se preocuparia em salvar um cachorro, nem percebeu que o carro estava cada vez mais perto.
- ! Cuidado com o car...- tarde demais. já estava a 3 metros do lugar que estava a meio segundo atrás. Mesmo com a velocidade diminuída, o Volvo atingiu e agora ela estava deitada, cheia de sangue e segurando o pequeno vira-lata. correu em sua direção e depois até o carro, cheia de raiva em seu olhar.
A porta do carro se abriu.
travou entre os dois. Não estava acreditando no que estava acontecendo ao seu redor. 1º: sua amiga sofre um grave acidente para poder salvar um cachorro, 2º: de onde havia surgido aquele homem de pele branca, lindo de morrer, com cabelos escuros, de olhos cor topázio?
- Você...você... machucou a m...minha amiga – falou num inglês tremido, como ele podia ser tão lindo? – Você atropelou ela.
- Me desculpe. Ela entrou de repente na frente do carro – disse ele mantendo uma calma incrivelmente constrangedora. Ele andou calmamente até ( o cachorrinho correu quando ele se aproximou) e segurou a mão dela fazendo uma carreta ao ver todo auqele sangue. –Ela vai ficar bem, não se preocupe. Entre no carro que eu levo vocês para o hospital.
Ele pegou a nos braços com um breve movimento e logo a colocou no banco de trás do Volvo. Abriu a porta da frente no lado do passageiro para que entrasse. Assim que ela sentou, ele olhou a pediu que ela olhasse a amiga enquanto ele dirigisse. Por um segundo, olhou para amiga ainda sangrando e, no segundo seguinte, o carro já estava em movimento, numa velocidade bem alta, com aquele rapaz maravilhoso ao volante.
Em menos de 3 minutos chegaram ao hospital – essa é uma ótima vantagem pela cidade ser pequena e o motorista dirigir loucamente pelas ruas.
Assim que pararam, ele pegou e correu com ela para dentro do hospital. entrou atrás deles, nunca alcansando a velocidade do homen.
Os enfermeiros colocaram numa maca e a levaram para dentro das salas de exame e consulta.
O rapaz ficou com na sala de espera, tentando acalma-lá.
- Era pra ser a viagem perfeita – choramingava - Você estragou minhas férias!
- Olha, não chore. Eu, por mais incrível que isso seja, não vi que ela entrou na frente do carro. E ela vai ficar bem. Amanhã de manhã, já receberá alta.
- Amanhã?! – agora tinha caído a ficha de – Isso não é justo! Amanhã a gente ia para La Push!
- La Push? – ele parecia decepcionado – Vão fazer o que lá?
- Bom... –certamente não podia dizer que queria ver alguns gatinhos em First Beach. – Vamos aproveitar o sol para ir na praia.
- Ah... – ele parecia mais decepcionado. “ Que homem estranho”, pensava. – Acho que quando ela tiver alta ainda vai dar tempo de pegar o ônibus para La Push.
e o homem se calaram e assim ficaram por um bom tempo, até que os enfermeiros chegaram trazendo notícias sobre .
- Quem é parente ou conhecido da menina que acabou de entra?
se levantou da cadeira e disse:
- Sou eu. Na verdade, somos amigas, mas eu sou responsável por ela. Como ela esta?
- Bom, o estado dela não é tão grave, como aparentava ser...ela teve apenas um corte no supercílio onde tivemos que dar alguns pontos, e o deslocamento do joelho direito, que está engessado agora.
“Engessado?” – pensou – "droga! Será que ela não vai querer/poder ir para La Push!”
- Então ela está bem? Que bom! Quando ela vai receber alta?
- Por precaução, ela irá passar a noite aqui no hospital. Será liberada amanhã pela manhã.
- Mas ela está bem mesmo, né?
- Como já lhe disse, não foi tão grave como parecia.
- Eu não lhe disse que ia ficar tudo bem? – o estranho comentou – Amanhã ela já vai sair, e vocês poderão ir para... La Push.
A alegria tomou conta de ao pensar no dia seguinte.
- É. Você acertou. Er... – sorriu – Quer ir para La Push com a gente?
- Me desculpe... tenho que ir agora – ele já estava andando em direção a saída – Mande meus votos de melhora para sua amiga. Até qualquer hora.
correu até ele, mas tudo o que conseguiu ver foi o vulto do Volvo prata dobrandu a esquina numa velocidade violenta.
- Mas... ele nem disse o nome dele.
voltou para perto dos enfermeiros.
- Posso ver como minha amiga está?
- Claro é só me acompanhar até a enfermaria.
ainda estava meio ‘drog’ por causa dos medicamentos e também bem confusa.
- ... o que aconteceu? Como eu cheguei aqui? – Como eu vim parar no hospital? Porque minha perna ta engessada? Minha cabeça ta doendo.
- ! – correu até a cama em que estava deitada e a abraçou – Que bom que você está bem! Ah! Você é louca, menina! Pra que foi tirar aquele cachorrinho da rua? Ele não iria ser atropelado, é muito pequeno, e o carro passaria e nem encostaria nele, mas você... Você tinha que ir no meio da rua bem quando aquele homem louco ia passar?! Você podia ter morrido, sua louca! Não sabe como eu fiquei preocupada! – não parava de falar nem para respirar – , não faça isso de novo!... Aliás, o cara que te atropelou era lindo!
- Então eu sofri um... ACIDENTE? – não era possível, sempre tomei tanto cuidado, justo hoje – Se minha mãe souber, arranja um jeito de vir aqui me buscar sem pensar duas vezes.
- E por isso, eu não liguei pra ela, mas foi quase. Sorte que o... Rapaz que te atropelou... Que não me disse o nome dele... Ficou na sala de espera comigo. Senão eu estaria totalmente pirada até agora.
- Obrigada por não ligar pra ela... Mas de qualquer maneira...
“Do you see what we’ve done? We gonna make such fools of ourselves…” – tocou o celular de .
- Não disse que ela ia descobrir – já pegava o telefone – Oi, mãe, tudo bem?... É, bem, estou no hospi... Calma, mãe, não foi grave... Não precisa vir... Bom, pelo menos realizei o meu sonho, tô com a perna engessada... Claro que sim, prometo te ligar se as coisas não melhorarem, mas já fui medicada e estou me sentindo melhor. A está comigo. – era quase impossível esconder algo dela – vou ter que desligar agora... Ah, já ai me esquecendo, disse que fui salva por um príncipe encantado, ator de cinema. Beijos, até mais... Também te amo.
- Sua mãe ficou feliz com a parte de seu príncipe, né? – ria – Como ela soube?
- É coisa de mãe. Ela pressentiu que havia acontecido algo, mas não sabia o que era então ligou... Bom, acho que ela estava tão nervosa que não prestou muita atenção.
- Nossa! Bom, achei que agora ela estaria dando “graças a Deus” porque um gato te atropelou.
- Se eu pelo menos tivesse visto ele, teria como desviar a conversa, mas – agora tinha me tocado – Meu! Me desculpa, não queria fazer isso com você.
- Fazer o quê? Me deixar horas e horas sentada ao lado de um super gato? – riu.
- Não... Eu to me referindo a La Push. Agora miou tudo... Desculpa mesmo.
- Ah... Bom, o “príncipe encantado” disse que quando você receber alta ainda vai ter ônibus pra La Push. Se você estiver disposta...
- Sei não... O médico provavelmente vai pedir pra eu ficar em repouso, e você não vai poder “caçar gatinhos” – essa eu não podia deixar escondida – Vai só você, quem sabe você não conhece algum quileute gatinho. Eu vou ficar bem na pensão.
- Não... ER... Deixa quieto então... Outro dia a gente vai... – Isso se fizer sol outro dia – Tudo bem... Relaxa.
- Não mesmo! Amanhã vai fazer sol, e você não vai ficar presa dentro de casa só por causa de mim... Pensa bem... Você pode encontrar o seu Jacob... Como no livro!
riu levemente encantada com a possível impossibilidade.
- Mas você não vai precisar de mim durante o dia? Como vai fazer as coisas?
- Eu me viro – é só abrir espaço no quarto e... para que serve o telefone? – Vá se divertir.
- Olha, você está quase me convencendo. Promete que vai ficar no quarto, vai pedir comigo por entrega em casa e, pelo Amor de Deus, não vai salvar nenhum filhote dorminhoco do meio da rua? Promete?
- Prometo, prometo... Mas se for um Volvo que estiver passando, vou me jogar na frente só por curiosidade – falou rindo.
arregalou os olhos.
- Será que eu vou ter que te trancar no quarto?
- E você acha que eu sou louca a ponto de fazer isso? – disse gargalhando – Nunca mesmo! Uma vez já está de bom tamanho.
- Eu espero que não faça mesmo! Então, está decidido... Você recebe alta, eu te levo pra pensão e depois pego o ônibus pra LA Push! – O sorriso no rosto de era enorme e sua pele se tingia de um vermelho rubro.
- Se divirta a manhã por nós duas!
Capítulo 4 – La Push
Amanheceu. E com o sol ofuscado pelas nuvens da manhã, levei a para a pensão. Informei a senhora já bem idosa, dona da pensão, que minha amiga talvez precisasse de ajuda e saí.
Enquanto eu esperava o ônibus, as nuvens se foram e o sol começou a reinar sobre mim e toda Forks.
O ônibus chegou. Estava quase vazio. Tinha apenas um menino, que graças ao tom avermelhado da pele, julguei ser um nativo, sentado no último banco.
Sentei-me ao lado do garoto com a esperança que ele iniciasse uma conversa, mas ele só me olhou o caminho inteiro.
Ele tinha um jeito calmo, mas ao mesmo tempo parecia perturbado. E era muito bonito. Cabelos castanhos escuros (quase pretos) caídos sobre os ombros, olhos negros e gentis e um sorriso de tirar o fôlego de qualquer pessoa. Pena que o sorriso se perdeu quando sentei ao lado dele.
Chegamos a La Push e ele sumiu por entre as árvores.
Peguei meu mapa, aquele que consegui na loja de artigos esportivos perto da pensão, e segui uma trilha até a First Beach.
A praia era linda, mas, como a Null tinha dito, não tinha ninguém.
Fui até o mar e mergulhei. Fiquei um bom tempo nadando até que comecei a sentir um pouco de fome.
Saí da água, sequei-me com uma toalha tentando parar de tremer. Incrível como aquela água era fria!
Peguei em minha mochila meu isqueiro, montei uma pequena fogueira com umas madeiras que estavam no chão e a acendi.
Coloquei as salsichas que eu tinha levado para fora da mochila, peguei uma e comecei a esquentá-la.
- Assim, você não vai conseguir. – disse uma voz atrás de mim.
Assustada, levantei-me num pulo e quase caí sobre o fogo.
- Desculpa! Eu te assustei? Bom... Mau nome é Jimmy.
Olhei o rapaz. Era muito parecido com o do ônibus, mas seu cabelo era mais curto e seus olhos mais divertidos que o do outro.
- Sou . – estendi a mão para cumprimentá-lo. Ele fez o mesmo e apertou a minha – Prazer em conhecê-lo.
- O prazer é meu. Estava esperando meu irmão e vi quando você começou a fazer sua salsicha. Quer ajuda?
- Claro, seria ótimo. – Eu não tenho mesmo noção sobre o que estava fazendo.
Ele reorganizou tudo. Desde a fogueira até a posição da salsicha no espeto.
- Quer comer comigo? Eu trouxe bastante. – perguntei.
- Bom... Eu vou aceitar uma. – respondeu dando um sorrisinho tímido.
Quando ele ia dar a primeira mordida em sua salsicha, surgiu na trilha alguém.
- Dan! Vem aqui! Vem comer com agente! – Jimmy chamava o alguém. Olhou pra mim e sorriu. Retribui o sorriso, meio sem graça.
O alguém se aproximou. Eu não acreditava. Era o garoto do ônibus. Ele olhava sério para mim e depois para Jimmy e novamente para mim.
Quando se sentou ao lado de Jimmy deu um sorriso leve – e ainda assim MA-RA-VI-LHO-SO!
- , esse é meu irmão, Daniel. Dan, essa é minha nova amiga, .
Eu, Jimmy e Dan passamos várias horas na fogueira comendo e conversando. Eles eram muito legais e divertidos.
De tarde, Jimmy teve que ir embora, pois já tinha compromisso.
Dan e eu ficamos mais algum tempo em volta da fogueira. Ele me contava das brigas entre os irmãos dele e eu falava sobre o Brasil.
- Você vai ficar até quando aqui?
- Pego avião para o Brasil dia 31.
- Então, você virá mais vezes para La Push. Certo?
- Pretendo vir sim. Mas depende do tempo, do clima...
- Se estiver chovendo a gente pode ficar lá em casa.
- Ah... Não sei Dan.
- Anota meu telefone e me dá o telefone da pensão para que a gente possa combinar de se ver de novo.
Após a troca de números, Daniel me levou até o ponto para eu pegar ônibus para Forks.
- Olha. No máximo daqui a dois dias meu carro já vai estar consertado e, se você quiser, posso te buscar de carro. – disse ele enquanto eu entrava no ônibus.
- Certo. A gente combina Dan.
- Me liga quando chegar à pensão.
- Você parece minha mãe!
Pude ver mais uma vez o sorriso encantador dele.
O ônibus partiu. Sentei-me no mesmo lugar daquela manhã, só para ficar lembrando do meu novo amigo quileute: Daniel.