Autora: Aline Santos | Beta-Reader: Aline Santos
Prólogo
Eu estava morrendo.... e tudo o que eu podia fazer era esperar. Tudo o que eu tinha me foi roubado. Tudo o que podia fazer me foi vedado. Cheguei ao fundo do poço? Onde mais eu poderia ir? Existe algum lugar pra mim? Alguém talvez?...
A notícia
- Desculpe Michael eu não estou entendendo onde você quer chegar com isso.
- É exatamente isso que você ouviu Andie... você não pode mais se esforçar tanto, precisa diminuir seu ritmo, precisa viver como uma pessoa normal. Caso contrario você vai morrer!
- Michael francamente! Estou começando a duvidar da sua competência médica. Olhe pra mim!!!! Eu pareço estar morrendo??? Estou ótima, só tenho 18 anos e quer que eu não me exercite mais??
- Não foi isso que eu disse minha querida. E não se finja de desentendida. Conheço você desde que nasceu e sei perfeitamente que você entende a sua situação, então pare de agir como uma criança mimada e siga minhas instruções medicas.
- Há Há! Criança eu? E quais são suas instruções ilustríssimo DOUTOR MICHAEL?
- Vai tentar pelo menos segui-las?
- Posso tentar, mas não garanto nada.
- Hum, pois bem. Durma bem, e quando eu digo bem, eu digo pelo menos 6 horas por dia.
- A qual é? Você sabe que isso não é...
- Vai deixar eu continuar?
- Ok OK entendi.
- Pare de comer fast...
- A NÃO!!!!
- Andie...
- Ta bom, ta bom. Não interrompo mais.
- Diminua o fast food, siga aquela dieta que você sempre ignorou, e o principal, diminua os exerci...
- NÃO ISSO NÃO!!! Não vou parar, sem chance!
- Andie não estou falando pra parar de se exercitar, estou falando pra parar os seus exageros insanos!!! Se continuar assim seu corpo não vai suportar por muito tempo meu bem. Eu sei que é difícil pra você... eu so quero o melhor pra você...
- Não existe outro jeito? Não tem cura? Eu pago o que for preciso.
- Não querida, tudo em você é diferente, seu organismo é muito complexo e muito além da minha compreensão. Não existe estudos e provavelmente não haverá pois você é a única de sua espécie.
- Só porque sou única não significa que a ciência não se interesse na cura. Posso ser a cobaia, eu fui isso a minha vida toda mesmo!
- Pare com isso Andie! Você não é cobaia, e não, a ciência não esta interessada na cura porque ela nem sabe que você existe!!
- Ah, isso é fácil de se resolv...
- Cale-se sua tola! Está louca?sabe que é proibido!
- Ah cale-se você, você não sabe o que passei todos esses anos...
- Não sei??Quem esteve com você desde..deixa eu me lembrar... SEMPRE?
- Só por estar comigo não significa nada! Você não sofreu nada.
- Tudo bem Andie, se você quer resolver tudo a sua maneira, então boa sorte.
- AHH! Então é assim? Boa sorte e pronto?
- O que mais você quer de mim?
- Hum.. nada, eu acho... er.. nada.. Não vou mais tomar o seu tempo. Adeus Michael.
- Andie...
...........
E foi assim o principio do fim... Andie Howard, na primavera dos meus 18 anos.
A mudança
A não dá pra acreditar que acabei acatando aquelas instruções sem sentido. Não, não eram instruções, eram ORDENS!! Onde está a democracia meu Deus?? Quero tanto minha vida de volta... se é que posso chamar isso de vida, mas tudo bem, já superei essa fase. Pois bem, acabo de chegar a essa mini-cidade, que mais parece “aquele” lugar onde o vento faz a curva, que tem meia dúzia de gatos pingados, mais especificamente 3.000 habitantes. E pior, o sol aqui age feito diabo fugindo da cruz, onde claro a cidade é a cruz! Pior, chove quase todos os dias. Pior ainda, esse cubículo não tem incentivo ao esporte, ou seja, sem jogos, sem campeonatos, SEM NADA!!! Será que sobrevivo aqui? Bem, não custa nada tentar.
E o que me trouxe pra essa situação deplorável? Vamos ver... a mais ou menos duas semanas atrás, meu médico e melhor amigo,ops, quero dizer meu único amigo, me passou uma receita maluca de como não morrer tão rápido. E claro eu não iria seguir aquilo nem a pau. Bom, foi o que eu pensei, mas como ele me conhece melhor do que eu mesma, ele passou a pegar no pé...passou a ligar pra mim pelo menos umas 10 vezes por dia! Quer um exemplo?
- Alô, Andie meu anjo, dormiu bem?
- Alô, Minha flor já jantou? Comeu o que? e amanhã o que vai comer?quer que eu leve algo pra você?
- Alô, vai sair? Pra onde? Com quem?quer companhia?vai jogar?
- Alô, querida tenho ótimas noticias! Arrumei um personal trainer pra você! Já detalhei o seu caso e ele vai cuidar de você!
- Alô, fiquei sabendo que ia a praia? Não esqueça o protetor solar!
- Alô.. Alô, Andie.. você ainda esta na linha? Andie??
AHH!!! Parece minha mãe! Dessa vez eu tive que bater na cara dele. O cara é sem noção. E isso não foi o pior!! Quer mais?
- Andie, essa radiação de Phoenix não faz bem pra sua saúde. Você precisa morar em um lugar mais úmido. – Disse ele calmamente.
- Michael, o que exatamente você está me propondo. – respondi no mesmo tom.
- Ah, não se preocupe eu já pesquisei um lugar ótimo! – falou com um sorriso de criança.
- Hey, do que você ta falando? Você não respondeu a minha pergunta. – eu já respondia com certo nervosismo na voz, aquilo não estava me cheirando bem
- Forks!!! É uma cidade linda e encantadora. Perfeita pra você morar meu bem.
- Você quer parar com isso? Está me tirando do sério! Eu não vou pra lugar nenhum! – como eu disse, não era coisa boa, mas pela cara dele de que já sabia minha reação, eu tive medo...muito medo. Ele tava aprontando algo pior, assustador!!!
- Já comprei as passagens!!!. – EU SABIA!! Ele é louco!
- MICHAEL VOCÊ É ABSURDO!!! Me recuso. - a essa altura eu não estava mais a par de minhas ações.
- E olha só, não precisa se preocupar com suas coisas, já enviei quase tudo pelo Kevin, essa hora já deve estar tudo na sua nova casa!. – ele falava como se fosse a coisa que eu mais queria em toda a minha vida, como se fosse algo realmente bom.Como se eu fosse concordar com essa insanidade.
- Minhas coisas? Que coisas?CASA?? que casa?Michael francamente você bebeu?. – mais um pouco e eu pularia no pescoço dele!
- Vou com você até lá. Fico contigo uma semana, pra te mostrar a cida...
- Você já foi lá?- interrompi irritada.
- Claro meu anjo! Eu não iria te mandar pra qualquer lugar sem ter certeza de que seria o melhor pra você. Sabe que faço tudo pela sua felicidade – ele falava como se fosse meu marido,meu pai,minha mãe e meu irmão, tudo junto, consegue imaginar isso? Tenho certeza que não.
- Você só tem duas semanas pra arrumar o resto das coisas, comprar roupas de frio e se desvincular de todos os clubes de esporte.Não se preocupe com a transferência escolar, já providenciei tudo – É, ele não só bebeu como bateu com a cabeça.E pior, ele falou de um jeito tão serio que eu quase acreditei que era verdade, quase.
- Ok, e qual a moral da historia?, porque eu não entendi a piada.Dá pra contar de novo pra ver se consigo rir?- falei com sarcasmo.
- Não tem piada nenhuma Andie. E o tempo ta passando. Não se esqueça, 15 dias e passo não sua casa pra irmos ao aeroporto.São 4 horas de viagem então se prepare.Agora tenho que ir, tenho pacientes me esperando.Se cuida princesa. – ele disse se levantando e me dando um beijo na testa. Nesse momento eu já não estava mais ali, estava perdida nos meus pensamentos, ou melhor nos meus pesadelos.Aquilo não poderia ser real, como essas coisas só acontecem comigo?Como alguém pode mandar em mim desse jeito? Será que isso nunca iria acabar?
- ANDIE!!!! Acorda! – Michael estava abanando a mão na frente do meu rosto como se tivesse espantando moscas.
- Hã? Er...o que foi...? – eu engasguei quando percebi que estava perdida nas minhas lembranças.
- Chegamos querida, venha desça daí,olha como é linda sua casinha – as vezes eu achava que ele era meu gay.Mania de falar no diminutivo: casinha, florzinha,amorzinho...bah! me sentia uma criança de 5 anos perto dele.
- Michael posso te perguntar uma coisa?
- Claro princesa – ele respondia com sorriso de criança, aquilo me desarmava.
- Er..hum.. você é gay? – não sei como consegui perguntar isso.
- O QUE???- ele me olhou indignado.
- Ah desculpe, é que você tem essa mania de falar no diminutivo e fica me colocando apelidinhos, e além do mais nunca te vi namorando! – falei com a cara mais inocente que consegui.
- Andie pelo amor de Deus, que ridículo!!! – ele ainda estava estático olhando pra mim.
- Você não respondeu.
- Preciso mesmo responder essa idiotice?Claro que não sou gay. E pra começar, você não me ver namorando porque eu não tenho namorada!! Quantas pessoas no mundo não têm namorada?!
- Francamente Michael, como um homem como você não tem namorada? – perguntei ainda o encarando nos olhos.
- Mas que pergunta besta! Como eu vou saber? Meus relacionamentos não dão certo, só isso! – ele berrou e me deu as costas indo direto pra porta da minha “casinha”. E claro, ele estava fugindo do assunto.
- Hey garanhão! Não me dê as costas enquanto estou falando. Não terminamos a conversa. – gritei indo em sua direção.
- Me deixa em paz Andie. – ui! Por essa eu não esperava.Agora ele estava com um tom sério, do tipo que não quer mais papo furado.
- Ai, calma. Não precisa se irritar com tão pouco. A te onde eu sei a bipolar aqui sou eu. E além do mais, eu é que deveria estar berrando de ódio por ter que morar nesse fim de mundo. – tentei parecer mais indignada do que eu já estava. Ele apenas olhou pra mim revirando os olhos.
Entramos na “casinha”. Tudo parecia bem familiar, a mobília estava simples, mas de muito bom gosto. Tudo muito bem decorado, cores alegres e reconfortantes, até mesmo convidativo. Quase fiquei com vontade de morar ali, quase. Logo na entrava dava pra ver as escadas que levava para o outro andar. A esquerda havia uma sala espaçosa com um sofá de canto, um lindo carpete felpudo e ao meio uma mesinha de centro com um jarro contendo minhas flores prediletas, lírios brancos. Na parede oposta ao sofá havia uma televisão de plasma de 40 polegadas. Do lado direito da escadaria ficava uma copa com uma mesa de vidro e 6 cadeiras. E mais adentro estava a cozinha.
- Venha, vou te mostrar seu quarto – michael falou enquanto me arrastava pra escada.
- Michael, me diz uma coisa. Porque escolheu Forks?– perguntei enquanto entrava no quarto que ele abriu para mim.
- Hum, na verdade eu não foi bem uma escolha. Eu já conhecia essa cidade, e como se encaixava com o que eu estava procurando...
- Acha que toda essa mudança era realmente necessário? – perguntei enquanto me sentava na minha mais nova cama King Size.
- Sem dúvida. Você ao pode se expor demais ao sol e aqui também limita suas opções esporivas, o que é ótimo para diminuir seus exageros.
- Há Há muito engraçado, exagero porque posso e preciso – buffei indiferente.
- Bom vou me acomodar e se quiser podemos dar uma volta na cidade mais tarde – ele disse enquanto saia do quarto.
- Ok! Ok! disposição tenho de sobra – gritei me esparramando na cama.
Conhecer a cidade foi até interessante. Fomos em quase todos os lugares e ao final do dia jantamos no único restaurante de Forks. Michael só ficou comigo uma semana, nesse tempo não quis ir pra escola, fiquei aproveitando minha única companhia, porque depois que ele partisse, uma depressão longa e dolorosa me aguardava.
Forks High School
Começa o meu primeiro dia de solidão em Forks. E pior, primeiro dia de aula, na única escola da cidade, e pior ainda, 100% de certeza de que todos na cidade já sabem da minha existência, logo serei o assunto da hora. Estacionei meu Peugeot 207 vermelho
Foto
, e caminhei até a secretaria com centenas de olhos me fuzilando. Os garotos babando e as garotas morrendo de inveja. Há Há Há!! Adoro isso, afinal estava linda, vestindo um vestido azul escuro, curtinho diga-se de passagem, por cima um sobretudo preto e um cachecol grafite no pescoço, e botas pretas
Foto. Na secretaria uma velha carrancuda me deu o mapa da escola e uma caderneta que os professores teriam que assinar. Em seguida andei até minha primeira aula de Literatura. Até então não tinha sido abordada por nenhum garoto babão, felizmente. Cheguei e só tinham alguns alunos na sala, me sentei ao fundo. Quando o professor entrou fui entregar a caderneta. Estava tudo andando nos conformes, a
aula já tinha começado quando uma baxinha de cabelos curtos e espetados entrou na sala
Foto .
- Bom dia! – disse ela sorrindo carinhosamente.
- Esta atrasada senhorita Alice. – respondeu o professor rispidamente.
- Ah desculpe professor, problemas de saúde... – disse com uma carinha inocente e sentando-se no único lugar vago, ao meu lado.
- Olá Andie, que bom que estamos juntas nessa aula, seremos grandes amigas!!!! – wow! Ela falou como se já nos conhecêssemos a décadas!
- Er.. oi. – foi tudo que consegui responder diante de tamanha espontaneidade.
- Então, porque veio pra forks? – disse ainda me encarando com um sorriso desconcertante.
- Problemas de saúde... – disse vagamente.
- O que você tem?
- Nada demais...– respondia o mínimo que podia, afinal não conheço a criatura e ela já esta me fazendo um interrogatório. No mínimo, a escola toda estaria sabendo de tudo quando acabasse a aula.
- Ué mas se não é nada demais porque se mudaria de uma cidade tão maravilhosa pra vir pra esse fim de mundo? – ela arqueou as sobrancelhas mostrando curiosidade.
- Ah... só não posso tomar muito sol... – nossa ela é muito enxerida!! Tenho que cortar essa conversa.
- Senhoritas gostariam de compartilhar a conversa com a turma? – berrou o professor. Meu salvador! Me livrou desse interrogatório.
- Desculpe... – falei cabisbaixa. Alice não falou mais nada desde então, olhei pra ela de canto de olho e parecia muito pensativa. Quando o sinal tocou, me apressei pra aula de química sem olhar pra traz, desejando do fundo de minha alma não estar na mesma sala que ela. Ótimo! Não foi o que aconteceu. Novamente estávamos juntas. E pior, ela recomeçou com a tagarelisse.
- Então, esta gostando daqui? – pra minha sorte ela não perguntou mais sobre minha saúde. Talvez ela tenha entendido que eu não queria falar sobre isso.
- Não muito... – respondi calmamente.
- Não gosta de chuva?
- Sinceramente? Detesto!
- Então pra você se deslocar de uma cidade ensolarada pra uma chuvosa que você detesta, sua saúde deve estar mesmo comprometida. – claro ela tinha que voltar pro assunto, pra meu azar ela só estava me sondando até chegar no ponto que ela queria.
- Desculpe Alice, mas não quero mais falar sobre isso se não se importa – disse rispidamente.
- Na verdade, me importo sim – ela me encarou nos olhos com uma carinha, triste?!
- Não vejo motivos para você se importar, você nem me conhece!! – a essa altura meu humor já havia mudado consideravelmente, estava ficando irritada com essa conversa mole.
- Me importo com você, já te disse seremos grandes amigas e quero que você esteja bem, quero que você esteja feliz Ani! – ela falava isso como se já fossemos melhores amigas, que garota estranha.
- Francamente Alice, nem te conheço e fica me tratando como amiga, e quem te deu o direito de me chamar de Ani? De onde você tirou esse apelido?- meu tom agora era grosseiro.
- É seu apelido carinhoso que criei pra você!! – agora ela me assustou, estava me lançando aquele sorriso infantil que desarma qualquer um.
- Alice. Por favor – eu estava tentando formular uma resposta pausadamente pra ver se ela entendia que eu não queria conversa nem muito menos uma melhor amiga, assim do nada! É exatamente isso, eu não sou de muitos amigos, como eu disse meu único amigo era o Michael, sempre tive problemas em me relacionar com as pessoas, provavelmente causadas pelas minhas alterações de humor repentinas, sou um tanto bipolar. Mas eu consegui fazer aquela pentelha parar de falar? Claro que não! Agora ela parecia uma mini-metralhadora falante, não consegui proclamar uma só palavra. Ela falava um milhão de coisas sobre a cidade, sobre sua família, escola, roupas, carros e outras tantas coisas aleatórias. E pra variar ela estava destrinchando a minha vida aos pouquinhos, mais ou menos assim...
- Hum suas roupas são lindas!! Onde você comprou? Essa é sua cor preferida? E esse cheiro nossa, que perfume você usa? Ganhou de alguém? Você tem namorado? Eu adoro jogar baseball com meus irmãos, você gosta de algum esporte? O que você faz nas horas vagas? Podemos sair no final de semana pegar um cineminha o que você acha?
Nem preciso dizer que foi impossível negar alguma coisa ou alguma resposta, aquele jeitinho encantador dela era irresistível. Mas ainda sim estranho... será que...
- Alice, você é lésbica? – não resisti tive que perguntar oras! Imagina só se ela tiver dando em cima de mim, tou fora!!!
- O que?! Não, claro que não! Eu tenho namorado, o nome dele é Jasper, te apresento na hora do intervalo – o engraçado é que ela não me pareceu tão espantada assim, como se ela já soubesse que eu iria perguntar isso. E ainda continuava olhando pra mim com um sorrisinho torto.
- Pelo visto as senhoritas já sabem todo o assunto, poderiam me responder como faço para obter ácido acetilsalicilico? – opa, em meio a conversa com Alice tinha esquecido completamente da aula, mas essa pergunta era muito fácil, afinal toda essa porcaria de 2º grau eu já sabia de cor e salteado desde meus 12 anos de idade.
- através de uma reação de acetilação do ácido salicilico com anidrido acético e ácido sulfúrico concentrado como catalizador – respondi rapidamente, deixando todos inclusive o professor boquiaberto, há há! Por essa ele não esperava.
- Muito bem senhorita Howard, você veio de um curso avançado? – ele perguntava ainda balançado com a surpresa.
- Não – respondi secamente.
- Ah então pressuponho que seja muito aplicada nos estudos – nesse momento o sinal tocou e partimos para próxima aula. Nesse meio tempo Alice ainda falava.
- Nossa Ani como você é inteligente, você é uma daquelas pessoas superdotadas? – ela perguntada arqueando as sobrancelhas.
- Me poupe Alice, só respondi uma pergunta idiota, qualquer um ali poderia responder – respondia a contragosto.
- Não mesmo, ninguém ali iria responder, uma pena que nossa aula agora não é a mesma – ela sussurrou entristecida.
- Hey não vai chorar! Nos vemos no intervalo tola! – tentei alegrá-la, espera ai!! Porque eu estou fazendo isso? A minutos atrás eu só queria distancia, e agora essa de nos vemos no intervalo?! O que deu em mim? As vezes não me reconheço...
A outra aula foi tranqüila, nenhum maluco me abordou, ninguém falou comigo, apenas aqueles olhares ferinos em minha direção, o que não me incomodava nem um pouco. Enfim a hora do intervalo.
A família Cullen
Assim que tocou o sinal fui voando pro refeitório, estava azul de fome e louca pra comer uma besteirinha gordurosa.Ká pra nós, tem coisa melhor do que comer besteira? Não né? Pois é, corri pra fila, peguei meu lanchinho maravilha e logo avistei a pentelha acenando pra mim. Ao lado dela tinham 3 indivíduos, tão pálidos como ela, provavelmente seus irmãos. Andei até a mesa e ela fez as apresentações. O mais velho era Emmet, um sujeito musculoso, cabelos pretos num corte baixo, tinha um sorriso maroto estampado na cara, muito carismático por sinal
Foto. O outro era o namorado dela, Jasper, tinha cabelos louros meio bagunçado, fortinho também e bem reservado
Foto . E a garota, melhor dizendo, o mulherão era uma lourissima de cabelos ondulados e muito, muito bonita, namorada do Emmet, Rosalie Hale
Foto . Segundo Alice ainda havia o irmão mais novo, Edward Cullen, que ainda não havia chegado ao refeitório. Todos eles
faziam parte da família Cullen
Foto , sendo que Jasper e Rosalie eram irmãos de sangue, e foram adotados pelo pai de Alice, a qual também era adotada. Em resumo eram todos adotados, Deus sabe lá porque um cidadão em sã consciência iria adotar 5 cidadãos adultos e formar uma linda e harmoniosa família. Que tosco, e pior, formavam pares!! Imagine a baixaria em casa! Sabe o que eu achei mais interessante de toda essa história? Os olhos! Todos tinham os mesmos olhos dourados. Que coisa né? Coincidência? Não custa nada xeretar!
- Então, seu pai escolheu vocês pelos olhos? – perguntei já me sentando.
- O que tem demais nos nossos olhos? – Jasper se pronunciou arqueando as sobrancelhas.
- São iguaizinhos!!! – respondi com certa empolgação.
-Ah... não exatamente, é mais complicado que isso... – dessa vez Alice quem respondeu se sentando ao meu lado.
-Tenho todo tempo do mundo! Afinal, como você mesma disse, seremos melhores amigas, quero saber tudo sobre Ali! – Nossa! estou adorando invadir a vida dela do jeito que ela me invadiu! Vamos ver como ela reage ao troco.
Nesse momento três coisas aconteceram consecutivas: alguém parou atrás de mim e pousou sua mão fria, ou melhor, CONGELADA!! Nos meus ombros. Dei um pulinho da cadeira do susto que essa sensação me causou.
-Você só pode ser a sensação do momento. Andie Howard, certo? – me virei pra focar a criatura que falava comigo. UAU!!! Retiro o que eu disse, não era uma criatura, era, era, era o que era AQUILO?!!!
Foto .Que injustiça alguém carregar tal beleza, me senti um nada perto daquele ser monumental.
- Er... ee.. ã.. é isso. Oi.. – gaguejei ainda focando aqueles olhos de topázio. Ele trazia um sorrisinho torto e isso me quebrou no meio. Quando me dei por mim, estavam todos nos encarando com risinhos insinuantes, menos Alice que abriu um sorriso ainda maior dos que eu conhecia, como ela conseguia fazer isso? Acabou que toda essa situação me deixou desconfortável e meu rosto agora queimava de tão vermelho. Ótimo! Todos riram de mim pra variar.
Foi então que o segundo fato se dá: Estávamos sentados em uma mesa próximo a porta do refeitório, Edward ainda estava em pé quando alguém abriu a porta e uma rajada de vento passou levantando meus cabelos, Edward arrancou a mão que ainda repousava sobre meu ombro e colocou na boca como se fosse espirrar, ele fez uma cara assustadora como se tivesse passando mal, morrendo de dor e desespero e saiu do refeitório numa velocidade impressionante para um humano normal.
-O que deu nele? – perguntei arqueando as sobrancelhas
-Ah.. ânsia de vômito.. Edward tem problemas digestivos – Alice quem respondeu. Foi então que percebi que estavam todos se entreolhando com olhos assustados. Estranho...
-Se é só uma dor estomacal porque ele correu feito louco e naquela velocidade?! – perguntei lançando o meu melhor olhar incisivo.
-Que velocidade Ani? Você ta imaginando coisas... –Alice falava com muita calma.
-Hum, mas porq...
Foi ai que o terceiro fato surge interrompendo minha linha de raciocínio: Um cidadão louro de olhos azuis parou ao lado
Foto .
-Er.. hã... você é a Andie Howard? - Gaguejou colocando as mãos nos bolsos.
-Se você já sabe a resposta porque pergunta? - Respondi grosseiramente, afinal odeio quando alguém me interrompe num momento interessante, e pior, odiei mais ainda pelo fato de ser aquele babão que eu não queria que tivesse aqui nessa escola.
-Ah.. hum.. ã. er... desculpe... eu só queria dar as boas vind...
-Boas vindas aceitas, agora cai fora que estou ocupada! – é eu sei, até eu fiquei chocada com tamanha cavalice.
-Ok então, a gente se ver por ai, meu nome é Mike, se precisar de algo...
-Agradeço sua atenção Mike, mas não estou precisando de nada agora – falei um pouco mais calma pra tentar amenizar a minha cena anterior. Ele se virou e saiu. Ufa! Quanta coisa em apenas 10min. Me voltei para os Cullen que me encaravam curiosos.
-Que foi?! tá me achando bonita? Ou perdeu alguma coisa em mim? – nossa!! Eu ainda tava a flor-da-pele.
-Andie, que você é bonita eu não tenho dúvidas, mas é engraçado o seu jeito brabinha – agora foi Emmet quem se pronunciou dando uma gargalhada gutural.
-Era pra rir Emmet?Porque não achei graça nenhuma – eu nem conhecia os Cullen direito e já respondia como se fosse irmã do sujeito. O que está acontecendo comigo?! Essas cavalices só vão me fazer ficar sozinha e sem amigos como sempre... Deu pra perceber porque não faço amigos né? Depois disso ninguém mais falou nada, menos Alice claro! Ela continuava a metralhar palavras, enquanto eu comia meu lanchinho mara.
-Vocês não vão comer? – percebi que o lanche deles estavam intocados.
-Sem fome - todos responderam quase em coro.
-Hum, acontece...- estranho... outra coincidência?
Conversamos algumas baboseiras até o sinal tocar e cada qual partir para suas respectivas aulas. Tive a próxima aula com Emmet, foi até divertido, impossível manter meu mau humor perto dele, o cara é uma figura! Depois peguei uma aula com Jasper caladão e pensativo, e por fim a aula que eu mais esperava, educação física. Nossa minha adrenalina tava quase explodindo nas veias, precisava muito queimar o stress!!! A aula não foi muito o que eu esperava, as garotas eram meio descoordenadas, não tinham jeito pra coisa, e claro dei meu showzinho, afinal sou expert em esportes de todo tipo até mesmo futebol americano!! Conseguem imaginar uma mulher jogando isso? Alice e Jasper estavam também, eles jogavam bem, mas eram meio retraídos como se estivessem com medo de alguma coisa, de se machucar talvez...uma pena que aquela beldade não estava presente, será que ele pegaria alguma das aulas comigo? Ao final da aula fui pra casa esperar o próximo dia chegar.
O cheiro
Estávamos eu e meus irmãos a caminho da enfadonha Forks High School para mais um dia tedioso de aula. Voava no meu Volvo prateado enquanto Alice tagarelava sobre a nova aluna transferida.
-A como ela deve ser? Loura?morena?ruiva? magra?gorda? e os olhos, ah os olhos devem ser lindos!! Ela deve ser bronzeadinha!! Que fofo! Mal posso esperar! - Blá blá blá blá ... ela continuou ate chegarmos a escola, todos permaneciam calados, mas pelos pensamentos pude notar que estavam todos tão ansiosos quanto Alice pra conhecer a pirralha, fala sério! Era só mais uma palhinha no palheiro. Me pergunto quando é que existência deixaria de ser tão igual...
E pra variar as aulas foram a mesma porcaria de sempre, e os pensamentos desses humanos insignificantes estavam a todo vapor. Podia visualizar a tal de Andie Howard nas suas mentes. Era loura, cabelos incrivelmente lisos e compridos, tinha uma franja repicada ao nível dos olhos, e que olhos!! Nunca vi azuis tão profundos quanto aqueles, e parece que eu não fora o único a perceber isso, porque todos os maxos estavam babando pela garota. Quase senti vontade de conhecê-la, quase...Nesses momentos eu gostaria de ser tão humano quanto eles, e são esses momentos que tornam a minha não-vida mais torturante.
No final da 3º aula eu não estava com a mínima disposição de encenar a hora do lanche, aquele mesmo teatro todos os dias, e por isso fiquei um pouco mais de tempo na sala tentando abstrair aqueles pensamentos alheios. E depois de uns 10min me arrastei ate o refeitório, e lá estava a menina dos olhos d’água, e por incrível que pareça sentada a nossa mesa. Graciosa... isso a define muito bem. Corajosa também, a maioria dos alunos têm medo dos Cullen.. ou será que ela só esta interessada em um dos meninos?seria ela igual a todas as outras? Não que não fosse normal ela se encantar pela beleza deles, mas eu queria que não fosse o caso... não sei porque estava sentindo isso, só sei que isso me deixou um pouco frustrado, triste talvez...
Me aproximei silenciosamente e coloquei minhas mãos gélidas no seu ombro, e foi divertido sentir que ela estremecera ao toque e deu um pulinho de susto. Aproveitei a deixa e perguntei.
-Você só pode ser a sensação do momento. Andie Howard, certo?- Ela se virou pra mim e me encarou nos olhos. Nossa!! Ela é incrivelmente linda. Esta é a primeira vez que considero uma beleza puramente humana. Fiquei estático sustentando o olhar, preso àquele mar azul e transparente.Reaja Edward! Diga alguma coisa! O que esta acontecendo comigo? E então ela quebrou a tensão.
- Er... ee.. ã.. é isso. Oi... – e isso foi tudo o que ela conseguiu proferir. E nesse instante aconteceu algo realmente inusitado.Um sujeito abriu a porta do refeitório e uma rajada de ar entrou levantando os cabelos da princesa de olhos azuis [princesa??!! Eu disse isso?disse], e foi então que senti aquele cheiro...sim, o cheiro de Andie, tão doce...tão puro..tão...indescritível. E daí vocês já podem imaginar a minha situação né? Meu lado racional lutando com meus instintos mais selvagens, eu queria aquele sangue! Todo ele! Ate a ultima gota! Pior, eu a quero também!!! Como uma só pessoa pode fazer isso comigo? Me arrancar do meu dia tedioso sem permissão e virar minha existência de cabeça pra baixo. O que fazer ? fugir..é isso preciso fugir daqui, não posso tê-la, não posso deixá-la... AHH!!
E tudo o que eu consegui fazer foi correr o mais longe que pude daquele ser, daquele ímã, causa da minha aflição, tortura e desespero.
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E então uma flor-de-Lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo suas pétalas. Edward Cullen na primavera dos meus 108 anos.
O Lual
O resto da semana foi a mesma chatice, e segundo Alice o coitadinho do Edward estava de cama com infecção intestinal, o quadro havia piorado. Que pena não poder ver aquele homem maravilha por aqui, senti uma vontade de visitá-lo e tal, mas Alice disse que ele não quer receber visitas. Mike Newton que agora pegou no pé pra variar, me convidou para uma festinha na praia de LaPush, nunca tinha ido lá, seria divertido. Pelo menos uma vez na vida as coisas estavam mudando pra mim. Eu estava fazendo amizades! Talvez eu fique por aqui mesmo, talvez...
-Alô Andie? Está pronta? Passo ai as 20:00 está bom pra você? – esse era o babão do Mike ao telefone, pra meu azar ele insistiu em me levar no carro dele.
-Ok! Tudo bem pra mim – desliguei e me esparramei no sofá, esperar a hora passar já fazia parte da minha rotina, afinal aqui em Forks não tinha muito o que se fazer. Eu ia com Alice e Rosalie às vezes a Port Angeles fazer compras, assistir um filme, mas não dava pra preencher todo o meu tempo. Ela insistia pra eu dormir cedo pra não prejudicar minha saúde, mas pra mim isso era quase impossível, eu quase não dormia, se muito 4 horas por noite, da pra imaginar alguém elétrica como eu dormindo bem? Não né? Isso era um dos motivos para eu fazer tantos esportes, queimar toda essa energia extra nem que fosse um pouquinho pra tentar dormir, é eu sou diferente mesmo, eu não me canso fácil...
Bi! Bi! Era Mike buzinando e me tirando dos meus devaneios. Hora da festa na praia!! Chegando lá avistei uma imensa lona na areia da praia com várias pessoa sentadas, assim como vários casais se pegando. Havia também um fogueira logo a frente e ao lado dela um rapaz sentado em um tronco de árvore com um violão na mão. Não era bem uma festa no final das contas, era um lual, onde alguns rapazes se revezavam ao violão cantando músicas da hora e músicas clássicas pra galera. Rolou muita bebida e petiscos também e muita resenha claro, aquela coisa de quem ta pegando quem. Sinceramente eu nunca tinha participado de algo tão interessante assim, pensando por esse lado minha vida antes de Forks era um DROGA! Já eram 2:00 da manhã quando um dos garotos que tocava veio e se sentou ao meu lado. Ele era moreno, cabelos na altura dos ombros, olhos castanhos escuros e tinha “aquele” sorriso que me parte no meio Foto.
-Olá, gostando da festa?- perguntou me encarando.
-Ah claro! Você toca e canta bem! Parabéns...- falei com tom de admiração.
-Ah só você diz isso! Me chamo Jacob, mas pode me chamar de Jake- falou estendendo sua mão pra mim.
-Andie, muito prazer! – respondi dando-lhe um aperto de mão.
-O prazer é todo meu – Ahh... que sorriso encantador...De repente me deu uma vontade de não sair mais daqui...ele não tinha “aquela” bela sobre-humana de Edward mas tinha uma beleza singular e cativante. Gostei dele.
-E ai, o que te trouxe a Forks?- ai que saco essas perguntas malditas de novo, ninguém merece!
-Hum, gosto do clima daqui...- menti descaradamente, pelo menos isso já não abriria aquele leque de perguntas.
-Ah legal, mas pretende ficar mesmo ou só está de passagem?
-Por enquanto vou ficando...- respondi mordendo o lábio inferior.
-Nossa...- ele me encarou desajeitado.
-Que foi?- perguntei desconcertada.
-Sem querer ofender, mas você fica linda fazendo isso...- uau! Ele ta flertando comigo?
-Isso o que?- agora eu estava vermelha como um pimentão.
-Essa carinha indecisa e mordendo os lábios...- ele falou fitando a praia, é ele estava com vergonha... que fofo!
E pra variar não consegui responder nada, apenas fitei o mar a frente, sentindo aquela brisa gélida. E pra meu espanto Jake pousou sua mão sobre a minha, estremeci com aquele toque, mas foi uma sensação tão...boa.
-Jake...- sussurrei quase como uma melodia.
- Hum? – ele respondeu ainda com suas mãos sobre a minhas e fitando o mar.
-Colocou sua mão não fogueira?- perguntei agora o fitando nos olhos.
-Porque eu faria isso?- ele perguntou arqueando as sobrancelhas.
-Porque elas estão pegando fogo! – respondi lhe dando o meu melhor sorriso.
-Ah! Desculpe é que eu costumo ser quente assim mesmo... – WOW! Sentiram?[duplo sentido apitando] ele falou isso enquanto retribuía meu sorriso com “aquele” sorriso.
-Jake...- recomecei a sussurrar enquanto ainda me perdia naqueles olhos profundos.
-Hum? – agora ele também me fitava perdido nos meus olhos.
-Menti pra você, desculpe - desliguei nossos olhos e baixei a cabeça.
-Não me importo, Andie... vai parecer loucura... não me entenda mal por favor mas acho que... – ele começou a falar lentamente e depois acelerou até engasgar e por fim repousou seus lábios sobre os meus. PASMEM!! É isso mesmo! Ele me beijou!! E quer saber? Retribui o beijo, claro quem não retribuiria? Ele é um charme! Começou com um beijinho lento e quente, muito quente diga-se de passagem, e foi ficando mais urgente até que...
-ANDIE O QUE VOCE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!! – ARG!! Que raiva, quem foi o imbecil que quebrou meu clima? Tinha que ser o MIKE, fdp, vai me pagar!
-EU QUE PERGUNTO! O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTA FAZENDO?! – gritei com toda a raiva que me dominava.
-Você ta se agarrando com esse sujeito ai, você o conheceu hoje!! – ele falou se sentindo o dono da razão. Babaca!
-Ah vai ver se eu tou na esquina mané! – respondi rispidamente.
-Como é que é?- ele me olhou incrédulo.
-Isso mesmo que você ouviu, não entendeu? Dá o fora, capa o gato, VAZA!! – ah acho que sempre quis dizer isso, foi um alívio cuspir essas palavras, mas a cara de cachorro abandonado que ele fez quase me fez sentir peninha, quase...
-Isso não vai ficar assim Andie! – ele buffou me dando as costas e pelo visto estava indo embora. Ótimo agora vou a pé pra casa.
-Acho que vou precisar de uma carona agora – falei ainda olhando pra Mike que estava andando e chutando a areia, senti pena da areia...
-Não se preocupe linda, eu te levo! – ele me encarou sorridente.
E o resto da noite foi uma delícia, tranqüila, e da pra imaginar né? Beijinho pra lá, beijinho pra cá... calma foi só isso mesmo, só beijos!!! Não que eu não quisesse mais, mas eu não sou tão fácil assim!! E então ele me levou pra casa, já estava amanhecendo. Pra variar eu não tinha uma gota de sono sequer, as vezes me pareço um zumbi, acho que sou a única humana, se é que posso me chamar mesmo de humana, que não gosta de dormir, eu realmente não gosto de dormir, é tempo perdido sabe? Podia está fazendo tanta coisa legal... mas como aqui não se tem o que fazer o melhor é dormir mesmo, fazer o que né? Demorei pra pegar no sono, devo ter dormido umas 3 horas, mas o que mais me incomodou quando acordei foi lembrar perfeitamente do sonho que tive.
Capítulo 7 - O sonho
Eu porei as melhores forças de minhas entranhas
e alimentarei suas raízes
Eu porei as melhores linfas de meus seios
e farei crescer sua haste
Eu porei minhas melhores brisas
e tonificarei a planta.
Eu porei todo o meu calor
para dar às suas corolas as mais formosas cores.
Com amor, Edward Cullen.
-Oh Edward como é lindo! Te amo sabia?
-Sabia, mas não me importo de ouvir de novo, pode falar o quanto você quiser, mas ainda assim eu sempre irei te amar mais.
-Nada disso! Eu amo mais! Eu posso provar!
- É mesmo? Então prove!
E foi exatamente ai que eu acordei. Cara eu sonhei com Edward Cullen?! Porque diabos eu sonharia com Edward? Deveria ser o Jake!! Que injusto!! Se bem que não foi de todo ruim, afinal Edward é perfeito, digo, sua beleza era perfeita, e bem, no sonho nós estávamos meio que entrelaçados, na cama, isso mesmo, na CAMA!!! Dá pra imaginar? Estávamos embaixo do edredom, uhuu!! e ele acabara de me dar uma linda flor-de-lótus empalhada em resina e junto com ela, uma carta que continha aquele poema singelo. Não sei exatamente porque sonhei com ele, nem se quer me lembrava de sua existência, afinal ele não deu as caras na escola durante a semana toda.
Pois é, hoje em pleno domingo, nada pra fazer. Não combinei nada com Jake, ah! mas porque combinaria? Nós não estamos namorando oras! Foi só uns amassos e nada mais, que pena... mas tudo bem eu supero, afinal minha vida amorosa sempre foi um desastre também. Nunca fazia amigos quem dirá namorados. Alice também me deixou na mão, viajou com a “família feliz” e só volta pra aula na segunda. Quer saber? Vou me divertir sozinha mesmo! Vou correr! Ótima idéia, nunca mais tinha feito isso, e é tão bom, ajuda a queimar minha adrenalina sobrenadante. Levantei, tomei um banho, vesti um calça de tactel azul marinho, uma blusinha curta branca e um moletom cinza entreaberto por cima. Amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo e coloquei uma tiara branca pra segurar a franja. Pronto! Uma legítima atleta.
Bom, só correr não foi suficiente pra me fazer esquecer aquele sonho maldito, ele não sai da minha cabeça! Queria tanto que fosse verdade, e que não fosse ao mesmo tempo. Decidi entrar numa trilha que avistei enquanto corria, tinha muitos arbustos e limo, mas era uma trilha bem feita, provavelmente era utilizada com freqüência. Continuei adentrando a floresta até que o vi.
Capítulo 8 - Desentendimentos
Foi a cena mais horripilante que já presenciei. De tudo o que eu já havia visto de bizarro na minha vida, nada se comparava aquela coisa demoníaca na minha frente. E tudo o que eu pensei naquele momento foi: O diabo tem se mantido ocupado...
Ele estava sobre o corpo inerte de um cervo, seus olhos flamejavam num negro obscuro, estava agachado sobre o animal quando notou a minha presença, olhou nos meu olhos, e eu pude ver os seus dentes embebidos de sangue. Isso não foi o pior...
O mais torturante daquela cena foi saber que aquele era Edward. O meu Edward, aquele em quem eu não conseguia parar de pensar durante toda a manhã, aquele que invadiu os meus sonhos e me acendeu uma chama de esperança...
De todas as coisas que eu mais desejei pra minha vida, a que eu mais ansiava era encontrar alguém que tornasse a minha vida preto-e-branco em Pink e Blue. Alguém em quem confiar. Alguém que eu possa amar...
E a apenas 2min atrás esse alguém eu desejei que fosse Edward. Nem Michael, nem Jake, nem ninguém. Apenas Edward...
Eu me enganei...
Foi apenas um sonho...
Eu estava em choque.Imóvel até o momento em que ele se levantou me tirando dos meus devaneios. Numa velocidade sobre-humana, a qual eu pude acompanhar perfeitamente, ele parou a minha frente. Limpou com a língua os seus lábios manchados de sangue
Foto. Estávamos tão próximos... não estava com medo, nunca tive medo da morte, meu único medo era de morrer sozinha... Foi então que ele me empurrou com uma força brutal até a árvore que estava atrás de nós, felizmente eu não sou uma garota qualquer, caso contrário meus ossinhos tinham virado pó. E então ele puxou meus cabelos de maneira a inclinar minha cabeça completamente pro lado, poderia ter quebrado meu pescoço!
Meu pescoço estava completamente exposto, e sua boca agora repousava sobre ele, se abrindo até encostar seus dentes afiados na minha pele, estremeci com aquele toque, não de medo, prazer talvez. Estranha sensação de desejar ser mordida por um monstro, um lindo monstro...
Por uma fração de segundos consegui visualizar uma porção de detalhes que passei batida. Sempre fui uma pessoa extremamente observadora, e desta vez fui pega de jeito. Coisas óbvias!! Como isso pode me passar despercebido? Pálidos além da conta, frios feito gelo, não comiam, seus corações não batiam, quando reparei neste fato pensei que meus super-sentidos estavam com defeito, velocidade sobre-humana e por fim seus olhos que eram dourados agora completamente pretos. Um Vampiro...um não, vários deles, uma infestação de vampiros! O que mais poderia ser pior na minha vida mais-ou-menos?
-EDWARD NÃO!!! – nesse momento Edward foi arremessado bruscamente por Jasper, que apareceu não sei de onde, logo em seguida Emmet apareceu do outro lado e o segurou com força, e Alice que havia gritado estava agora nos meus braços, me abraçava forte e soluçava, mas não haviam lágrimas, apenas um rosto abalado que emanava uma tristeza tão profunda que doía até em mim.
-O... o..que está acontecendo aqui? – gaguejei ainda um tanto anestesiada.
-Oh meu Deus Ani, eu tive tanto medo, eu não quero perder você! Não suportaria te perder...- Alice ainda me abraçava e falava entre soluços.
- TIREM ELA DAQUI, AH! TIREM! – Edward agora gritava em um suplicio arrepiante. Sua expressão era de dor, parecia uma criança prestes a desabar em lágrimas. Ele estava sofrendo.
-Venha Alice, leve a garota pra casa – agora foi Carlisle, o pai deles,quem apareceu atrás de nós.
-NÃO! ,não vou sair daqui até me explicarem o que diabos é isso? O que são vocês? Eu não pensei que eram uma família de monstros! – berrei me desvencilhando dos braços de Alice a qual me olhou ressaltada com minhas palavras.
-Vamos Ani prometo que te conto tudo na sua casa – Alice sussurrou ainda cabisbaixa.
-O que? Nem pensar que vou levar vampiros pra minha casa! Fiquem longe de mim! – empurrei Alice e sai correndo e cambaleando ainda tonta com toda aquela situação.
Não sei exatamente o que deu em mim, minhas emoções se misturavam. Fui muito áspera com os Cullen, o jeito como proferi aquelas palavras ferinas, com certeza palavras que eles não gostariam de ouvir, que não queriam ouvir, não pela minha boca. O que foi que eu fiz? Justo eu que conheço a dificuldade de se viver em sociedade quando se é diferente. E Alice como ela deve estar se sentindo? Minha amiga... vampira....
Chegando em casa tranquei todas as portas e janelas, não que isso fosse evitar sua entrada ou que eu estivesse com medo, mas apenas pra mostrar que não quero visitas, não agora. Preciso pensar...
Capítulo 9 - A decisão
Edward POV
-O que aconteceu com você Edward? Está péssimo!
-Posso ficar aqui como vocês por uns dias? Preciso pensar...
-Claro meu bem, sabe que aqui sempre tem um lugar pra você...
-Obrigada Tânia! Fico devendo mais essa.
Eu estava realmente péssimo. Mil coisas passavam por minha mente e não encontrava nenhuma solução a não ser continuar distante daquele ímã. Estava tudo tão bem até ela chegar em Forks. Causando um vendável na minha pobre existência. Andie Howard, a dona do sangue mais doce, mais nobre. Dona da beleza e do sorriso mais encantadores. Como ela podia ser tão cruel? Eu queria tanto dela e não podia. Isso está me “matando” por dentro, se meu coração pudesse bater, ele estaria pulando do meu peito. A única maneira que encontrei de acabar com essa angustia foi deixar Forks. Parti sem falar com ninguém, sem levar nada. Parti pro Alasca com meu carro, não tinha intenção de voltar. Sei que isso iria machucar minha família, mas o que mais eu poderia fazer? Arriscar o nosso segredo? E seu não fosse forte o suficiente? E se eu a matasse?
Estava decido, ficaria com as Denalli. Elas eram uma família de três mulheres apenas. Lindas vampiras, diga-se de passagem. Tânia era uma grande amiga [pelo menos eu a considerava assim] e estava muito feliz com a minha chegada. Estava morrendo de curiosidade sobre a minha repentina visita. Não falava nada, mas nem precisava, afinal eu podia ler seus pensamentos que estavam a mil por ora “o que o trouxe aqui?enjoou de Forks? Saudades de mim?veio pra ficar? Ficar comigo?” e outros tantos blá blá blá. Não respondi a nenhuma de suas indagações internas, não queria conversa, precisava apenas de um canto pra sofrer sozinho.
Fiquei lá o resto da semana, até bater aquela saudade de minha família. E então decidi que ficar fugindo não ia me fazer esquecer absolutamente nada. Eu precisava deles, e eles precisavam de mim, assim como preciso de Andie. Me despedi das Denalli e voltei no sábado pra casa.
-Edward!!!! Que bom que você voltou meu filho! – Esme vinha com seus olhos cheios de um amor maternal. Mesmo não sendo seu filho de sangue, isso não mudava os seus sentimentos. Éramos todos os seus filhos. E Carlisle seria sempre o seu amado esposo
Foto.
-Como você pode fazer isso conosco? Não faça isso nunca mais!! – Alice vinha logo atrás de Esme e me deu um abraço forte. Em seguida vieram Emmet, Jasper, Rosalie e Carlisle. Estavam todos contentes com a minha volta. E apreensivos, por saberem o quanto eu estava sofrendo.
-Hey Edward foi se divertir sozinho no Alaska? – Emmet não perdia uma chance de me perturbar.
-Emmet meu filho isso não é hora pra brincadeiras – Carlisle o reprimiu, Emmet apenas sorriu não se importando muito com o que ele falava.
-Vai dar tudo certo Edward, ela vai te aceitar, eu pude ver – disse Alice me mostrando o que vira através de sua mente. Ela podia ver o futuro, mas era muito subjetivo, e mudava conforme as pessoas mudavam suas decisões.
-Isso não é o que mais me preocupa Alice... não sei nem se conseguirei encostar nela sem atacá-la. – expressei toda minha tristeza.
-Você consegue meu filho, se é o que você quer, se você precisa dela então iremos fazer de tudo pra que você seja feliz, estaremos sempre ao seu lado – Carlisle respondia carinhosamente repousando sua mão sobre meu ombro.
-Não sei o que seria de mim sem vocês – respondi um pouco mais confiante. Andamos até a sala, e quando estávamos todos acomodados Alice se pronunciou.
-Agora que estamos todos reunidos, eu gostaria de falar umas coisinhas...
-Então desembucha logo – Emmet berrou.
-é sobre a Andie... – ela falava calmamente, deixando todos curiosos.
-Edward você precisa ser muito, muito paciente com ela... – ela me encarou pensativa. Um milhão de coisas passavam rapidamente em sua mente e eu não conseguia acompanhar.
-Explique melhor Ali – pedi ainda a encarando nos olhos.
-Ela é... diferente...
-Isso eu já percebi, afinal ninguém causaria isso em mim se não fosse diferente... – respondi ainda intrigado com o que ela estava falando.
-Não é diferente desse jeito que você diz Edward, er.. é.. eu não sei explicar direito mas, tem algumas coisas bastante confusas sobre ela.
-Que coisas? – agora foi Jasper quem se pronunciou curioso.
-Primeiro: ela está doente.
-Isso todos nos sabemos Alice, não é algo relacionado ao sol? – Jasper ainda perguntava incisivo.
-Não Jasper, só isso não seria motivo pra fazer ela sair de Phoenix! E eu tenho quase certeza que é alguma cardiopatia! – Alice estava um tanto inquieta.
-De onde veio essa suspeita Ali – Carlisle perguntava agora mais interessado.
-Do coração dela oras! Emmet e Rose também notaram isso. O coração dela não é normal.
-E o que tem de diferente no coração dela? – Carlisle ainda questionava tentando ajuda-la com o raciocínio.
-Bate demais! Ela respondeu com espanto na voz.
-Desculpe querida, mas só o fato de o coração dela bater muito não implica numa patologia... –Carlisle respondia ponderando as palavras.
-Não Carlisle, quando eu digo bate demais eu digo bate demais mesmo!! Pelo menos duas vezes mais rápido do que um coração normal.
-Hum isso pode ser interessante. Mas se for uma cardiopatia não justifica o fato dela vir pra Forks, afinal o sol não iria interferir em nada – Carlisle falava pensativo.
-Ali porque você não perguntou pra ela? Não são amigas? - perguntei intrigado.
-É ai que entra a outra coisa estranha. Ela não me da chance. Toda vez que tenho uma visão, essa visão não acontece. Eu nunca sei quando devo perguntar porque ela vive mudando suas decisões. Sempre que tento avançar ela me corta.
-E o que tem de estranho nisso Ali? Se ela não quer falar da vida pessoal dela isso é mais do que normal, afinal vocês mal se conhecem! – falei um tanto ríspido.
-Tem tudo de estranho nisso Edward! Você não ouviu o que eu disse? As visões nunca, nunca batem! Ela é absurdamente instável!! Isso sem contar as mudanças de humor, ora ela ta com um sorriso amarelo, ora ela me manda ir pro inferno!! Sem motivo nenhum! – Alice berrava ao perceber que não estávamos dando créditos as suas constatações.
-Ali ela pode sofrer de transtorno bipolar querida – Carlisle falava complacente.
-Eu considerei essa possibilidade também, mas ela é muito consciente do seu humor, ela muda conforme a situação, por vontade própria, e é sempre com muito exagero, se ela ta com raiva, ela sente muita muita raiva, se ela está feliz ela fica muito muito feliz, entende?
-Ali onde você esta querendo chegar? Tudo bem que ela possa estar doente, que ela seja instável... o que mais te leva a pensar que ela é tão diferente assim?
-O cheiro!!! – agora todos na sala, exceto Carlisle e Esme, responderam em coro.
-HÁ HÁ! Isso é algum tipo de piada?Você fala isso pra mim? – falei indignado. Ela estava brincando comigo? Uma coisa tão óbvia! Claro que o cheiro dela era diferente! O melhor de todos!
-Não Edward, não o cheiro do sangue dela, o cheiro que a caracteriza como humana! – Alice respondia me encarando.
-Pra mim é tudo a mesma coisa – falei arqueando as sobrancelhas.
-Não é não! Ela cheira diferente tenho certeza.
-Então vamos considerar que ela cheire diferente, tenha um coração animadinho e seja bipolar, isso nos leva ao que? – Jasper quem perguntava indiferente.
-Não sei, só sei que precisamos ficar atentos. Carlisle eu gostaria que você desse uma olhadinha nela, talvez você descubra a doença. Não quero correr o risco de a perder pra uma doença idiota de humanos!
-Ela não morrer Alice, não vamos deixar – Carlisle respondia ainda complacente.
-O que exatamente você esta insinuando pai? – perguntei arqueando as sobrancelhas.
-Nada meu filho, só estou querendo dizer que ela vai ficar bem, porque iremos cuidar dela.v
-Hum... ah bom, agora preciso caçar, não posso me dar o luxo de sentir sede perto dela – falei enquanto andava pra porta.
-Eu também vou – Emmet, Jasper, Alice e Carlisle falaram em coro.
Capítulo 10 - O monstro
Trilha Sonora (tradução no fimdo capítulo)
Edward POV.
Resolvi que ficaria na região próxima a casa mesmo, não estava com muita sede, só queria mesmo me empanturrar pra evitar algum tipo de desastre. Eu estava decido a lutar por Andie, a queria pra mim mais do que qualquer coisa do mundo. Mas pra isso teria que ganhá-la. Será que ela vai gostar de mim? Será que faço o seu tipo? Pelo menos tenho Alice como informante, saberei tudo que ela gosta e tudo o que ela precisa.
Me separei dos meus irmãos, sempre preferi caçar sozinho. Encontrei alguns cervos nada apetitosos, mas dava pra quebrar um galho. Parti pro ataque com meus instintos mais selvagens e drenei todo seu sangue, e foi então que senti “aquele” cheiro. Penetrava todos os meus poros, minha garganta queimava de desejo, minha boca se encheu de veneno e então pude ver a fonte da minha perdição. Ainda estava agachado sobre o animal, quando a olhei nos olhos, eles mostravam espanto, desespero, choque.
Como isso pôde acontecer? Porque ela estava aqui? Minha Andie. Me vendo nessa situação vergonhosa, deplorável. Porque ela tinha que descobrir tudo da pior maneira possível? E pior! Nesse momento não tinha o mínimo controle de meus atos! Estar assim tão perto! Era mais forte do que eu...
E então num ato impensado e violento me aproximei e a empurrei contra a árvore, eu queria seu sangue, eu precisava daquilo como se eu fosse um viciado perante minha heroína. Estranho! A força que empreguei teria espatifado seus ossos, e nada aconteceu. Inclinei sua cabeça pelos cabelos, acabaria com essa aflição, seria rápido... Mas novamente seu corpo permaneceu íntegro... de onde veio toda essa resistência? Me arrisco a dizer que é sobre-humana. Será que as constatações de Alice têm algum fundamento?
Na primeira vez que nos vimos, foi tão rápido que nem pude perceber que não ouvia a sua mente. Só agora eu notei que a mente dela aparece vazia. O que ela estaria pensando de mim? É tão frustrante não poder ler seus pensamentos. Porque ela tem que ser tão diferente das outras pessoas? Ah! Pra que me importar com isso agora?, estaria tudo acabado em segundos. Mas e depois? Como iria sobreviver à sua perda? Como iria me encarar por tê-la matado? Não! Não faria isso, eu sou mais forte do que isso!
E então antes mesmo de mordê-la eu parei, não iria continuar aquilo. E antes mesmo que eu pudesse me desculpar pra Andie, ouvi o grito de Alice e fui arremessado pra longe de Andie e caindo nos braços de Emmet.
Olhei pra Andie transtornado. Só agora me dei conta do quanto eu a havia assustado. Podia ver sua dor nos seus olhos. Eu não queria ficar ali mais um minuto, não queria ela por perto, não queria ter que dizer o que sou, não podia machucá-la desse jeito. Ela gaguejava em pânico.
-O... o..que está acontecendo aqui?
-Oh meu Deus Ani, eu tive tanto medo, eu não quero perder você! Não suportaria te perder...- Alice falou e abraçando-a entre soluços. Ah quanta dor eu sentia, meu peito doía, ia explodir com tanta dor, não queria que ela me visse assim, não precisa ser assim...
- TIREM ELA DAQUI, AH! TIREM – gritei num suplício.
-Venha Alice, leve a garota pra casa – Carlisle disse complacente.
-NÃO! ,não vou sair daqui até me explicarem o que diabos é isso? O que são vocês? Eu não pensei que eram uma família de monstros! – Andie berrou se desvencilhando dos braços de Alice. E isso me “matou”, ouvir essas palavras da boca dela... não poderia ser pior...ah nunca desejei tanto a morte...
-Vamos Ani prometo que te conto tudo na sua casa – Alice sussurrou cabisbaixa.
-O que? Nem pensar que vou levar vampiros pra minha casa! Fiquem longe de mim! – Andie empurrou Alice e saiu correndo e cambaleando até desaparecer do meu campo de visão.
Fiquei ali por horas, relembrando toda a cena um milhão de vezes, o cheiro dela ainda estava impregnado no ambiente. O que fazer agora? Me mataria se pudesse...Carlisle não me deixou sozinho nem um minuto, mesmo eu pedindo pra me deixarem. Estavam todos apreensivos com o ocorrido. Nunca em 100 anos tinha acontecido algo bizarro desse tipo com nossa família. E eu quem quebrou essa corrente .Sou uma vergonha, a ovelha negra.
Alice tinha ido atrás de Andie, tentar explicar as coisas, mas isso não me confortava nem um pouco. Ela iria me odiar pro resto da vida, pelo monstro que fui e pelo monstro que sou.
Are You The One?
Within Temptation
Será você?
O viajante que chegou a tempo
de curar as minhas feridas,
de me guiar para o sol...
De caminhar comigo esta estrada até o fim dos tempos
Será você
Que brilha no escuro como o fogo
A eternidade no céu ao entardecer
Encarando a manhã de olhos nos olhos
Será você a pessoa
que dividiria esta vida comigo
Que mergulharia no mar comigo?
Será você,
a pessoa que já teve o bastante do sofrimento
E não deseja mais sentir a vergonha?
Será você, cujo amor é como uma flor que precisa de chuva..?
Para lavar o sentimento de dor
Que, às vezes, pode levar a prisão do medo..?
Será você,
a pessoa para caminhar comigo num jardim de estrelas?
O universo, as galáxias e Marte
A *supernova do nosso amor é a verdade
Será você a pessoa
que dividiria esta vida comigo,
Que mergulharia no mar comigo..?
Será você,
a pessoa que já teve o bastante do sofrimento
E não deseja mais sentir a vergonha?
Capítulo 11 - Esclarecimentos
Passei umas duas horas mergulhada na banheira até que meu estômago roncou. Já devia ser umas 12:00 pm, precisava fazer algo pra comer. Sai do banheiro vestindo um roupão branco e pude ver que a janela do meu quarto estava aberta.
-Se você não percebeu não estou pra conversa Alice, sei muito bem que está ai fora, estou sentindo seu cheiro – falei me encaminhando para o closed.
-Andie por favor me deixe explicar – Alice respondeu ainda fora do meu campo de visão. Parei de andar e me sentei a cama.
-Não vou conversar com você escondida, saia logo daí e depois trate de consertar minha janela que você arrombou! – falei calmamente. Ela passou pela janela e veio se sentar junto a mim.
-Você tem cinco minutos – falei indiferente.
-Ok! Por onde começo? – ela falou fitando os pés.
-Suponho que pelo começo – respondi rispidamente.
-Como você percebeu, nós somos vampiros – ela começou.
-É isso tá mais do que óbvio – interrompi ainda ríspida.
-Vai deixar eu falar ou vai ficar interrompendo?
- ok, continue.
-Carlisle foi o primeiro de nossa família a ser transformado a mais ou menos 300 anos atrás. Ele não queria ser um assassino então optou por se alimentar apenas de sangue de animais. Ele tem um alto-controle surpreendente e com isso ele conseguiu se tornar médico. Foi então que ele conheceu Edward. Ele havia contraído a gripe Espanhola e tava nas últimas, e então Carlisle o transformou. Logo em seguida foi Esme, que havia caído de um penhasco. Rosalie e Emmet também estavam a beira da morte quando foram transformados. E por fim eu e Jasper que já estávamos juntos na época e já éramos vampiros se juntamos a família. Todos nós temos seguimos a mesma dieta “vegetariana”.
-Como ocorre essa transformação?
-Com a mordida, nossa boca tem um veneno que quando em contato com o sangue transforma o individuo em vampiro.
-O que te faz diferente de mim?
-Ah, uma porção de coisas. Nosso coração não bate; não circula sangue próprio nas nossas veias, apenas sangue de nossa caça; não comemos a sua comida; não temos secreções, apenas o veneno; não procriamos; tudo em nós é estático, imutável; não produzimos calor; nossos olhos ficam preto se estamos com sede ou com raiva, vermelhos se nos alimentarmos de humanos; não dormimos; somos mais fortes, mais rápidos, e alguns de nós têm habilidades especiais.
-Sério? – perguntei empolgada.
-Sim, eu posso ver o futuro, mas tipo, é subjetivo, varia conforme as decisões de cada um. Edward pode ler mentes. Jasper sente e manipula os seus sentimentos e por ai vai...
-Edward lê meus pensamentos?!! – perguntei chocada.
-Creio que sim Ani – ela respondeu complacente.
-Ah que droga! Isso é injusto!
-É, mas não da pra controlar sabe? Perto dele não temos privacidade mas já estamos acostumados.
-Ani... – Alice me encarava seriamente.
-Hum? – eu estava meio tonta com tanta informação de uma só vez.
-Não vai me perguntar porque Edward te atacou?
-Não, a resposta é óbvia – respondi indiferente.
-O quão óbvia Ani? O que você está pensando?
-Ele queria meu sangue oras! – falei um tanto incomodada com o rumo da conversa.
-Não é só isso Ani. Você não percebe o efeito que tem sobre ele? Seu sangue canta pra ele, desperta nele um desejo mortal, é algo que não acontece normalmente.
-Desculpe Alice pra mim você ta falando da mesma coisa. No final das contas ele só queria meu sangue e ponto final.
-Não Andie, não é tão simples assim. Você não pode nem se quer imaginar a luta que ele travou pra não te matar no primeiro dia que te viu. Por isso ele fugiu de Forks.
-Ele fugiu de Forks?
-O que você acha que ele esteve fazendo a semana toda? Ele foi pro Alaska sozinho Andie, desesperado. Ele não queria te matar. Mas voltou, e estava decido a superar isso por você. Estava caçando apenas pra garantir a sua segurança. E você aparecer ali na floresta enquanto ele estava com todos os seus instintos a tona, é a pior coisa que podia acontecer! – Alice tentava desesperadamente me fazer entender as ações de Edward. Nesse momento pouco me importava, eu apenas queria distância dele.
-Ali, está tudo bem – ela me olhava com carinha de cachorro abandonado, era de partir o coração.
-Ah você vai deixar de ser minha amiga? – impossível resistir a essa carinha fofa.
-Claro que não Ali. Me diga só uma coisa.
-Quantas coisas você quiser! – agora ela tinha “aquele” sorriso.
-Você iria me contar se eu não tivesse descoberto hoje?
-Provavelmente.
-Hum, desculpe por ter te chamado de mons...
-Não tenho nada pra desculpar Ani, vamos esquecer tudo isso – ela me interrompeu me abraçando forte.
-Na verdade eu queria que você pudesse desculpar o Edward... – ela me olhou com carinha de cachorro pidão, irresistível né?
-Não se preocupe Ali, já te disse que está tudo bem.
-Ah então o que acha de irmos lá em casa? Você precisa conhecer os meus pais! – agora ela já estava toda animadinha como se nada tivesse realmente acontecido.
-Ah.. não acho uma boa idéia...
-Não precisa ficar com medo, ninguém vai te machucar eu prometo.
-Não é isso... eu ainda quero ficar sozinha, preciso comer e descansar um pouco.
-Hum...que pena, e a noite? Gostaria de jantar conosco?
-Piada? Vocês nem comem Ali! – arqueei as sobrancelhas, incrédula com tamanha maluquice.
-Ah, mas sabemos cozinhar! Eu faço e você come, vai ser divertido – agora ela dava pulinhos pelo quarto.
-Hum vou pensar, prometo que te ligo mais tarde.
-Tudo bem, vou esperar – Ela me deu um beijo na bochecha e saiu pela janela.
Ah! Que dia. Não é possível que não terei um dia normal nessa cidade!
Capítulo 12 - O jantar
Querem saber o que eu fiz no resto do meu domingo? Nada! Simplesmente passei o dia todo andando pra lá e pra cá feito barata tonta. Vou ou não vou “jantar” com os Cullen? Vou!
-Alô, Ali? Vem me buscar!!
-UHUUUUUUUU!!!!!!! Chego em 5 min ai linda!
Dito e feito, em 5min ela chegou com um porche amarelo básico, e partimos para a casa Cullen. Nem precisa comentar o quão linda era a casa né? Simplesmente indescritível. Alice me levou até a sala onde estava o resto da família.
-Opa! A refeição chegou! – tinha que ser o palhaço do Emmet claro. Com essa até eu tive que rir.
-HÁHÁHÁ! Você é uma figura Emmet – gargalhei entreolhando o resto da família também estava rindo.
-Seja bem vinda Andie! Por favor ignore as bobagens de Emmet. Meu nome é Esme, mãe desses pirralhos! – Esme me saudou me abraçando delicadamente.
-Muito prazer mami! – retribui seu abraço, tentei parecer o mais confortável possível. Havia ainda uma certa tensão no ar.
-Espero que goste de massas Andie, Alice preparou uma lasanha com muito carinho pra você – Carlisle parou ao lado de Esme me lançando “aquele” maldito sorriso irresistível.
-Você deve ser o Carlisle, não tivemos tempo de apresentações mais formais... – supus ainda o encarando.
-Exato, nosso encontro não foi melhor jeito, mas faremos o possível pra compensar o seu dia – Carlisle disse agora um pouco mais sério.
-Não está faltando alguém aqui? – falei passando o olho por todos que estavam presentes. É, Edward não estava ali.
-Er... Edward não está se sentindo bem... – Esme respondeu um tanto sem graça.
-Não consigo imaginar um vampiro não se sentindo bem... onde ele está? – perguntei incisiva.
-Er... no quarto dele, eu acho – Esme respondeu a contragosto.
-Alice pode me levar até lá?
-Hã... claro, por que não? Vem – ela me puxou pela mão escada a cima. Chegamos até a porta do quarto dele.
-Preciso falar com ele a sós se não se importa Ali – sussurrei encarando a porta fechada.
-Tudo bem, estaremos lá embaixo, qualquer coisa grita – ela falou com um sorriso torto.
-Engraçadinha,creio isso não vai ser necessário – retribui com um sorriso maroto. Ela se retirou e eu fiquei ali alguns minutos só encarando a porta. Quando levantei o punho para bater na porta, esta se abriu. Ele estava péssimo! Ficamos nos entreolhando por alguns segundos.
-Nossa Edward você está horrível! Não sabia que era alcoólatra – ele ainda me encarava, com um rosto completamente inexpressível. Ele não fez questão de parecer amigável.
-Não vai me convidar pra entrar? – perguntei ainda fitando sua inexpressão.
-Não. Não é seguro – ele respondeu frustrado.
-Isso quem decide sou eu – falei o empurrando pra dentro do quarto.
-Wow! Você poderia pelo menos fingir que dorme. Não tem nem uma caminha aqui – mais uma tentativa de quebrar esse clima pesado, que não deu certo por sinal, ele não estava ajudando.
-Não preciso fingir o que não sou dentro da minha própria casa – putz essa conversa está mais difícil do que imaginei. Eu sou a vítima e ele que está complicando as coisas!
-Aff Edward que carranca é essa? Não dificulta as coisas mais do que já estão... – falei enquanto sentava na poltrona.
-Não estou dificultando nada Andie, eu só não entendendo o que você veio fazer aqui... – ele respondeu ainda em pé com os braços cruzados.
-Edward, eu gosto muito de sua família, são todos adoráveis. Depois de Miachael, Alice foi a única pessoa que me aceitou do jeito que eu sou, o mínimo que posso fazer é aceitar vocês do jeito que são.
-Mas...
-Deixa eu concluir! Edward, o aconteceu na floresta foi um acidente. E além do mais eu sei que você não iria conseguir, você parou! Eu sei que parou, eu senti, você parou no último instante, você... você não ia me matar Edward!! – agora eu gaguejava tentando parecer o mais convincente que eu podia. Não sei exatamente porque eu estava fazendo isso, nem ao menos tinha planejado ter essa conversa... De onde essas palavras estão surgindo? Da minha mente? Do meu coração?
-Não minta pra mim Andie! Você estava com medo, estava apavorada! Você me considera um monstro! Porque diabos está tentando ser amigável com o monstro que tentou te arrancar todo sangue de suas veias? – ele me encarava com um desespero transparente. Me levantei e fiquei a sua frente, apenas alguns centímetros nos separava.
-Edward, podemos apenas...recomeçar? – sussurrei ternamente. Porque diabos meus olhos estavam cheios de lágrimas? Porque ele tem tanto efeito sobre mim? Não o conheço, não sei nada sobre ele, e tudo o que eu sei deveria me fazer temê-lo, mas não...não consigo temer esse homem.
-Andie...você...está chorando? – ele sussurrou ao meu ouvido. Tão perto...
-Não... – não consegui suportar as lágrimas, desabei deito bêbê.
-Andie...porque?
-Você não sabe? Meus pensamentos são tão claros! – solucei cabisbaixa.
-Não posso ler você – ele respondeu erguendo minha cabeça pelo queixo.
-O que te impede?
-Não que eu não queira, eu simplesmente... não consigo.
-Alice disse que você lia os pensamentos... – falei confusa.
-E posso, mas não os seus. Não me pergunte o porque, eu também não sei...
-Ah, isso é interessante...
-Eu não acho, é tão...frustrante...
-Não tem nada de frustrante nisso, é bom pra você aprender a não xeretar a vida dos outros – sorri e andei até uma imensa parede de vidro ao fundo do quarto. Estava muito escuro, mas podia ver a lua.
-Bela visão! – falei agora mais relaxada.
-Andie, você não me respondeu porque chorou... – ele perguntou parando ao meu lado.
-Eu... só... não queria perder meu futuro grande... amigo... – nossa! Não sabia que doía tanto chamá-lo de amigo.
-Amigo... – ele repetiu com uma frustração ainda maior.
-Ah, estou com fome! Podemos descer? – lhe dei o meu melhor sorriso, mas não foi suficiente pra quebrar tamanha frustração dos seus olhos.
-Claro – ele apenas sussurrou.
O resto da noite foi maravilhoso. Ri a beça com Emmet e Alice que estavam transbordando alegria. Edward permaneceu quieto e Carlisle ficou apreensivo com o filho. Detalhe, a lasanha estava soberba!
Capítulo 13 - Edward x Jacob
Levantei cedo para mais um dia tedioso de aula, quer dizer, não tão tedioso, já que hoje terei a companhia maravilhosa de nada mais nada menos Edward Cullen. Conversando com o “ser” noite passada acabei por descobri que ele estaria comigo nas 3 últimas aulas. Pra que melhor?!
As 3 primeiras foram até divertidas contendo a companhia de Alice. No intervalo obviamente me sentei com meus vampirinhos adoráveis, e claro, Edzinho. E pra meu espanto ele ainda estava carrancudo. Estávamos tão bem ontem a noite, porque diabos estava com essa cara de quem comeu e não gostou? Será que ele ainda está preocupado com minha segurança? Ou simplesmente não gosta de minha presença? Ah não pensei que Edward seria tão complicado. Em compensação Emmet falava igual a nega do leite.
O sinal tocou e nos separamos para nossas respectivas aulas. Menos eu e Edward que estávamos juntos.
-Edward você está bem? – perguntei enquanto caminhávamos para a sala.
-Sim – ele só respondeu SIM?! Que resposta miserável é essa?!
-Ok! Agora você está me assustando... o que diabos está acontecendo Edward? Sou eu? Não superamos isso ainda? – perguntei incisiva, me colocando a sua frente e impedindo a sua passagem.
-Não é você Andie... não está acontecendo nada... – ele respondeu de uma forma tão... triste?!!
-Tenho certeza que você mente melhor do que isso Edward... – falei ainda o encarando.
-É só... é só que...ok! você está mesmo saindo com o Jacob? – ele gaguejou, mas não conseguiu me olhar nos olhos.
-O que?! De onde você tirou isso? E o que isso tem a ver com seu mau humor?! – perguntei com espanto.
-Mike Newton...
-Ah! Você leu a mente a dele... – não foi uma pergunta.
-Entao...é verdade... – ele afirmou cabisbaixo. Por que diabos ele está tão abalado? Não me diga que...OMG!!!!
-Edward francamente, você está com ciúmes? – perguntei incisiva.
-O que você acha? Andie eu pensei que nós...
-O quê? “que nós” o que Edward? Nós não temos nada e ponto final! E pra seu governo, não estou saindo com Jake, nós ficamos e foi só isso, nada mais. E quer saber? Não te devo satisfação de minha vida pessoal. Oras, mas já se viu...! – ok! Alguém por favor me explica porque eu fui tão grossa com ele? Porque minhas mudanças de humor só vêm na hora errada? Essa não deveria ser a hora em que eu diria : “Edward não estou saindo com ninguém e é só você que eu amo, é só com você que eu quero ficar” ?! Alguém ai, me bate, me mate, eu quero um buraco pra me enterrar agora!!!!
Nem precisa dizer como foi o resto das aulas né? Péssimas! Edward não deu um piu, e tinha aquela cara inexpressiva que dá vontade de matar. Mas pra meu espanto, na saída da escola ele me abordou no carro.
-Andie...não vou desisti de você – ele apenas sussurrou isso ao meu ouvido com “aquele” sorriso torto e foi pro carro dele, me deixando com.ple.ta.men.te sem ar! Respire Andie, respire garota isso não é hora pra xiliques.
Pensaram que acabou? Advinha só quem estava parado a minha porta? Não, não era Edward e sim Jacob.
-Er... oi Andie! Eu... er...senti saudades... – ele gaguejou desajeitado enquanto abria a porta do carro pra mim.
-Hã...er... oi Jake...não espera sua visita... er.. quero dizer, você não ligou... – falei também desajeitada e mordiscando meu lábio inferior.
-Não faça isso...
-Isso o que?! – agora eu estava coradíssima. É, eu ainda me sinto...estranha perto de Jake. A fala sério quem não ficaria?, o cara é uma coisinha fofa!
-Ah você sabe... a mordida...desculpa,mas fica... sexy... – tenho certeza que se ele não fosse moreninho ele estaria mais vermelho do que eu.
-Ok! Ok! Já entendi, mas mudando de assunto, o que te trás aqui?
-Já disse... saudades...você sabe...não consigo esquecer o lual... – ele falou enquanto me acompanhava até a porta.
-Jake. Bem...er...nós só ficamos... – sussurrei enquanto passava a chave na fechadura. Estava de costas pra ele, mas pude sentir que ele ficou triste com o que eu disse.
-E não foi bom pra você? Quero dizer... você não quer continuar... [ai vai um triplo sentido :p], engoli em seco e fui adentrando a casa, ele me seguindo.
-O que exatamente você quer dizer com isso? – falei me virando para olhar nos seus olhos.
-Quero saber se você gosta de mim o tanto que eu gosto de você. Se você não gostaria de namorar comigo – A qual é? Como ele me pergunta isso com essa cara de cachorro pidão?
-Jake, eu não sei...não sou muito boa com relacionamentos... – respondi insegura.
-Desculpe Jake, mas ela vai ter que recusar, afinal ela já tem namorado – OMG!!! De onde saiu essa voz?
-Que porra é essa? EDWARD?!!! O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA? – Edward estava descendo as escadas, dá pra acreditar?
-Estava te esperando no quarto querida[triplo sentido again!] – ele ainda descia as escadas com seu maldito sorriso torto.
-ESTAVA O QUE? QUEM TE DEU PERMISSÃO DE ENTRAR NO MEU QUARTO? E QUE HISTÓRIA RIDÍCULA DE NAMORADA É ESSA? FICOU LOUCO? – a essa altura eu já estava Pê. da vida. E jake coitado estava mais chocado do que eu, acho que ele acreditou...
-Você me deu permissão lembra? Você disse que queria recomeçar, e é assim que tudo começa meu bem, no quarto ... – wowwwww o que deu nele? Não parece o Edward que eu conheço, de onde saiu tanta ousadia?
-Edward!! Como você pode dizer essa barbaridade? Está tentando manchar minha reputação?! – soou meio piegas né? Mas foi tudo o que eu consegui dizer diante de tamanha maluquice. O cara invade a minha casa, pior, o meu quarto, me chama de querida, me chama de meu bem e ainda quer me levar pro quarto?! Diz ai, eu durmo com um barulho desse?
-Pelo visto você não é bem vindo Cullen... – Jake enfim se pronunciou em tom de rivalidade.
-Não Jacob, o único enxerido aqui é você! Andie já tem companhia, sua presença só incomoda – E pra completar o teatro, Edward colou do meu lado transpassando seu braço pelos meus ombros.
-CALEM-SE OS DOIS!!!! NÃO ESTOU NAMORANDO COM NINGUÉM E SE UM DIA EU ESTIVER, POSSO GARANTIR QUE NÃO SERÃO NENHUM DE VOCÊS, AGORA DÊEM O FORA DA MINHA CASA, AGORA!!! – eu sei, eu sei, me exaltei, mas pow é muita coisa pra minha pobre mente!
Eles apenas me olharam em choque, por essa reação eles não esperavam.
-Viu só o que você fez branquelo? – Jacob falou enquanto andava em direção a porta.
-Isso é o que acontece quando se dá em cima do que é dos outros! – Edward respondeu também se retirando.
-Vou fingir que não ouvi isso Edward, para o bem de sua integridade física – respondi ainda irritada.
Depois de um dia tão conturbado o que mais eu poderia fazer? Dormir, eu realmente preciso dormir. É isso!! Vou dormir ,uma semana inteira!!!
Capítulo 14 - Que vença o melhor
Ah! Estou péssima, minha cabeça vai explodir a qualquer momento. Tive um milhão de sonhos, quando não era com Edward era com Jake. Minha vida está virando de cabeça para baixo. Há alguns dias atrás eu não tinha nada, não tinha ninguém, e agora ganhei uma infestação de vampiros como amigos e duas criaturas divinas como admiradores, opa duas não, tinha o babão do Mike também, eca! Mas como o tempo não pára, não posso ficar deitada quando se tem aulas pra assistir.
Quando estava saindo de casa olha só quem ta a minha espera. Jacob e Edward, ambos parados em frente a seus respectivos carros. Agora me diga, sinceramente, WHAT THE FUCK IS THAT? Antes mesmo que pudessem falar algo eu interrompi.
-Á.Á. nenhuma palavra! Não esperem que eu participe do joguinho de vocês. Vão pro inferno! – berrei enquanto entrava no meu carro e batendo a porta com força.
As aulas foram um porre, não estava com saco pra nada. Aqueles dois não saiam da minha cabeça. E acabei despejando tudo em Alice, coitadinha, se ela não me conhecesse bem, ela já teria me quebrado a cara, pelo tanto de merda que falei o dia todo. Como era de se esperar no intervalo Edward colou em mim.
-Me mandar pro inferno não vai adiantar – Edward sussurrou no meu ouvido na fila do lanche.
-A não? Posso saber porque? Pra mim parece uma ótima forma de você me deixar em paz – respondi sarcástica.
-Porque no inferno eu já estou – ele falou e abrindo um sorriso torto.
-Wow! E como é a sensação de estar no inferno?
-Estar no inferno é...hum...estar sem você! - Ok! respire Andie, por essa eu não esperava. Ele quer me matar do coração aqui no refeitório?! Depois dessa investida de Edward, tudo o que eu consegui fazer foi olhar pra ele incrédula e vermelha claro!
-Francamente Edward, você tem um repertório de “como matar uma garota do coração”? – ai que droga, Edward sorriu vitorioso. Porque eu disse isso? Não me reconheço nessas horas críticas!
-Fico feliz em fazer esse efeito em você. Era tudo o que eu precisava saber – ótimo! Ele falou isso se virando e me deixando batida com o coração na boca.
Já que ele insiste tanto no jogo, então vamos jogar! Pra o azar dele, resolvi sentar na mesa do Mike. Quero ver como ele reage a isso.
-Hey Mike! Posso? – perguntei apontando para a mesa em que ele estava sentado.
-Claro, fique a vontade – ele respondeu um tanto espantado.
-Er...acho que te devo desculpas pela noite no lual... – eu disse já me sentando a mesa.
-Ah...eu que peço desculpas, afinal você tem do direito de ficar com quem quiser... – ele respondeu corando.
-Vamos esquecer isso então, temos coisas mais interessantes pra conversar... – Háhá, Edward estava me fuzilando com os olhos!
-Ah! Claro. Então... como foi o seu domingo? – Mike perguntou agora mais relaxado.
-Péssimo! Assisti um filme de terror, fiquei em pânico o dia todo... – Edward agora me encarava curioso.
-Que filme foi? – Mike perguntou tentando estender a conversa.
-“Entrevista com vampiros” – olhei para Edward de canto de olho, que por sua vez estava chocado com o que eu disse, e com raiva...muita raiva. Ok, melhor eu parar de espremer a paciência de Edward senão vai sobrar pra mim!
Depois disso conversei apenas coisas banais com o babão, Edward me encarou feio durante todo o intervalo, nessas horas eu queria poder ler sua mente. As aulas seguintes Edward não pronunciou uma palavra. Mas não parecia triste nem com raiva, apenas pensativo... alguma coisa ele estava aprontando.
Capítulo 15 - O filme
Voltei pra casa voando, não queria arriscar encontros com Jake ou Edward. Tomei um super banho de 1 hora e meia e desci vestindo apenas um roupão de seda branco um tanto transparente. Quando estava a caminho da cozinha...
-Não sei porque as mulheres demoram tanto no banho – paralisei em estado de choque. Me virei devagar pra olhar pra fonte daquela voz melodiosa.
-EDWARD!!! o que você pensa que está fazendo ?! – berrei olhando pra aquela cara cínica. Ele estava sentado no sofá e me olhava de cima a baixo com um sorriso torto, e pior com uma bacia de pipocas na mão.
-Ah eu não te disse? Vamos assisti um filme... – ele respondeu, mas ele não me encarava, ele estava olhando pra meu decote!!!
-Como você faz isso? – perguntei ainda estática.
-Isso o que?
-Chega de não sei de onde, faz o que quer, isso é... isso é ridículo!! – berrei irritada.
-Hum...na verdade cheguei pela porta, você deixou aberta...
-Háhá, muito engraçado, ainda assim é invasão de domicílio! E o que te faz acreditar que vou assisti filme com você?!
-Podemos fazer outra coisa se preferir...mas ai você vai ter que se trocar, sua roupa está transparente... – ele falou isso me olhando de cima a baixo.
-EDWARD!! VOCÊ É ABSURDO!!! – berrei enquanto corria escada a cima, preciso me trocar senão as coisas podem ficar...complicadas!!!
Coloquei uma roupa descente e voltei pra sala. Mas antes que eu pudesse me sentar a campainha tocou.
-NÃO ABRA! – Edward berrou com uma feição raivosa.
-Hey a casa é minha, eu quem decido isso! – e numa fração de segundos Edward estava na minha frente, rapidamente ele me lançou sobre seus ombros e me jogou no sofá.
-O que você pensa que está fazendo?! – perguntei ainda sem entender o motivo dessa maluquice.
-Não tem mais vagas pro filme, seremos só eu e você Andie – ele me respondeu me olhando, frustrado?! Ele matinha o seu corpo emborcado na minha direção, um dos braços apoiado no sofá, e um de seus joelhos estava no braço do sofá, ou seja, ele estava quase em cima de mim.
-Do que você está falando? É só uma campainha tocando! Pode ser importante Edward! – falei tentando levantar, mas minha posição não estava ajudando.
-Você sabe que só pode ser uma pessoa Andie! Por favor, por favor, não atenda... – ele ainda mantinha uma expressão frustrada.
-Edward, Jake é importante pra mim também, não posso simplesmente ignorá-lo à minha porta... – ele apenas engoliu em seco e saiu de cima de mim, agora com uma tristeza transparente. Me levantei e fui atender a porta, Edward apenas se sentou no sofá encarando o nada.
-Hey Jake! Ao que devo a honra de sua visita?
-Oi linda, eu, bem... eu estava pensando em te convidar pra assisti um filme... – ele gaguejou desajeitado.
-Impossível! Ela já tem planos pra noite, e é comigo! – Mas é lógico que Edward não ia ficar de fora da conversa! Ele já estava ao meu lado e me abraçando por trás, e nesse momento minha respiração já estava irregular.
-De onde esse cara sai? Sua mãe não te ensinou a bater na porta antes de entrar na casa dos outros? – Jake arqueou as sobrancelhas encarando Edward.
-Na verdade, fui convidado pela dona da casa, ao contrário de você! – Ah que mentiroso!!!
-Edward, francamente, você não tem amor a sua vida? Acho melhor você ficar bem quietinho até que eu diga que você pode falar! – olhei feio pra ele que me lançou um sorriso torto.
-Pois bem, já que estamos todos aqui, e um filminho em comum, vamos assistir!! – Edward me olhou incrédulo, coitadinho, ainda esperava que eu fosse dar um chute em Jake.
-Ah... não sei se vai ser uma boa idéia...esse cara ai tem que ficar mesmo? – Jake perguntou apontando com o queixo na direção de Edward.
-Jake, francamente! Se você não quer é problema seu! – respondi incisiva.
-Ok, contanto que ele fique o mais distante possível.
-HÁHÁ! E quem é que quer ficar perto de você, fedorento?! – Edward berrou enquanto me arrastava pelo braço para a sala.
-Que filme iremos assisti? – Jake perguntou já sentando numa ponta do sofá.
-“Antes que termine o dia”
Foto – Edward respondeu sentando na outra ponta do sofá e me espremendo ao seu lado.
-Ai Edward, você está me apertando! – falei isso tentando me soltar. Ele folgou o abraço e pude me sentar ao meio do sofá. Já assistiram Dona Flor e seus dois maridos? Pois é, é assim que eu me sinto!
Depois disso, ninguém pronunciou uma palavra até o final do filme. E pra variar chorei litros. Os garotos me olharam incrédulos, e acabaram por rir da minha cara.
-Qual o motivo da graça? – perguntei entre soluços.
-Você! – ambos responderam em coro.
-Não sabia que tinha virado palhaça! – respondi enxugando as lágrimas. E isso fez com que eles rissem mais ainda.
-Andie não sabia que você era uma manteiga – Jake falou ainda sorrindo.
-É Andie, de todas as suas características essa era a que menos eu esperava! –Edward também estava caçoando de mim.
-AH! Já chega os dois! está ficando tarde, hora de criança ir pra cama – falei jogando uma almofada em cada um.
-É Jake, já está na hora de você ir pra casa – Edward falou enquanto me arrastava pra perto de si.
-Sem chance de eu deixar a Andie com um sanguessuga –opa! Eu ouvi isso?
-Espera, espera, espera! O que disse?! – perguntei incrédula.
-Eu? Nada! Não disse nada... – ele falou arqueando as sobrancelhas, tentando disfarçar a mancada.
-Ela sabe vira-lata. Não precisa se preocupar – Edward se pronunciou calmamente.
-O que eu sei Edward? do que você está falando?!
-Quem eu sou...vampiros... – ele respondeu me olhando ternamente.
-E porque Jake também sabe? – perguntei ainda confusa.
-Ele não te contou? – Edward me olhou também confuso.
-AH! Está mesmo tarde! Já vou! – Jake se levantou e foi andando rápido até a porta.
-HEY!! Jake você está fugindo do assunto? Mas que coisa infantil! – berrei me levantando do sofá.
-Jake do que adianta você esconder isso? Se você não disser eu digo – Edward falou ainda sentado no sofá.
-Cale-se idiota! Isso quem decide sou eu! – Jake deu a volta e me olhou nos olhos.
-Jake, você não confia em mim? Se não me disser o que está acontecendo...
-Ele é um Lobisomem Andie... – Edward me interrompeu.
-Droga Edward! você não ouviu o que eu disse?! – Jake tinha uma voz alterada.
-Sério?! Nossa! O que mais tem aqui em Forks? – falei sorrindo e voltando a me sentar no sofá.
-Andie isso...isso não te...assusta? – Jake perguntou me olhando com espanto.
-Nenhum um pouco, o que poderia ser mais assustador do que um vampiro? – falei dando um sorriso torto pra Edward.
-Obrigado pela parte que me toca Andie – Edward não gostou nenhum pouco do comentário sádico.
-Perguntinha! Vocês são rivais igual nas histórias? – perguntei olhando pra ambos.
-Claro! – responderam em coro.
-AH! Interessante, Jake o que te diferencia de mim? – perguntei o indicando com a cabeça pra se sentar ao meu lado.
-Hum, minha temperatura gira em torno de 43ºC, me transformo em lobo a hora que eu quiser, não envelheço enquanto tiver me transformando, sou mais forte, mais rápido, e o resto do hábitos humanos é igual... – ele respondeu ignorando completamente a presença de Edward, que também olhava interessado na conversa.
-Ah legal! Me mostra sua transformação depois? – perguntei em tom de empolgação.
-Se você quiser... mas agora que você sabe o meu segredo, eu gostaria de saber o seu... – ele me encarou incisivo.
-Er...que segredo? – ai ai ai, não estou gostando do rumo dessa conversa.
-No lual você disse que tinha mentido pra mim, então, qual foi a mentira e porque mentiu?
-Você disse que não se importava Jake! – pude senti os olhos de Edward flamejando de curiosidade.
-E não me importo, mas quero uma troca justa, meu segredo pelo seu!
-Não Jake, isso não é justo!
-Então, você não confia em mim – ah! Ele sabe como me deixar fora de mim!
-Claro que confio Jake, eu só...não quero falar sobre isso... –Edward ainda me fuzilava com os olhos, e Jake estava irredutível.
-A qual é Andie? Não deve ser tão ruim assim... vamos pelo começo. Qual foi a mentira? – Jake perguntava incisivo.
-Você me perguntou porque vim pra Forks, eu disse que gosto do clima, quando na verdade eu detesto, pronto! Foi só isso a mentira! – falei a contragosto, sabia que ele não ia se contentar só com isso. Dito e certo!
-Hum, se era só isso porque mentiu?
-Porque não suportava mais responder a mesma coisa pra todo mundo que perguntava.
-E qual era a sua resposta pra todo mundo? – Jake ficara ainda mais interessado. E Edward, só faltava comer meu cérebro pra saber as respostas.
-Que eu vim porque meu médico disse que o sol não faria bem pra minha saúde – respondi a contragosto.
-Então você tem problemas de saúde – não foi uma pergunta.
-É – respondi secamente.
-Coração? – Jake perguntava ainda me encarando.
-Coração? Porque? O que meu coração tem a ver?
-Andie eu não sou idiota, tenho super-sentidos esqueceu? Posso ouvi-lo com clareza e o que eu ouço é um coração batendo absurdamente mais rápido que o de um humano normal! – Jake falou com um tom mais exaltado.
-Ah! Jake, não tem nada com meu coração, e não tem mais nada sobre mim que você precise saber, meu médico é psicótico e acha que o sol não me faz bem, e só! Ponto final! – berrei, enquanto me levantava para abrir a porta.
-Estou satisfeito, por enquanto! E não vou sair até o chupa-cabra sair também! – Jake levantou e andou até a porta.
-JAKE! Quer parar com essa implicância? Não vou tolerar essas picuinhas na minha frente!
-Deixa o pulguento falar sozinho Andie. Essa provocação barata não me atinge. E Jacob, não pretendo ficar aqui, Andie é uma dama de respeito,e ao contrário de você eu fui muito bem educado.
-Ai ai, vocês já estão me enchendo a paciência, caiam fora logo – berrei os empurrando para fora.
Mais um dia insano! Quando isso vai parar?!
Capítulo 16 - A noite só começou
Nunca! Não vai parar nunca! Querem saber porque? Ok! Um breve resumo então. Estava eu tomando aquele magnífico banho, porém o meu nobre estômago roncou, e novamente vesti meu singelo roupão de seda transparente e fui preparar meu jantarzinho, e o que aconteceu? Isso mesmo! Déjá vu !
-Edward francamente! Você é impossível! – falei abismada com tanto cinismo estampado na cara de um único ser.
-Imaginei que estivesse com fome, então comprei uma pizza e trouxe pra ti!
-É mesmo? E o que aconteceu com aquela história de “não pretendo ficar aqui porque Andie é uma dama de respeito” ?- perguntei sarcasticamente.
-Ainda continua valendo, mas só na frente de Jacob! – ele respondeu com “aquele” sorrisinho torto.
-Está querendo dizer que não sou uma dama de respeito? – perguntei arqueando as sobrancelhas.
-Você é uma dama de respeito, tanto que me botou pra fora mesmo querendo que eu ficasse! – ele falou isso com uma cara tão cínica e tão fofa que é impossível descrever a sensação que isso me deu. Sabe aquelas reviradinhas no estômago? Aquele friozinho na espinha? É, mais ou menos isso o que eu senti.
-Eu queria que você ficasse? Engraçado, não me lembro disso! – falei isso já me sentando na mesa.
-A não lembra? E porque não me bota pra fora agora? – Edward ta ficando muito espertinho pro meu gosto!
-Simples! Porque se eu te colocar pra fora, você não vai! Você é completamente impossível e teimoso! – respondi enquanto pegava uma fatia da mega-pizza que ele comprou. Ele achou que eu comeria tudo isso sozinha?
-Edward me responda uma coisa sinceramente.
-Qualquer coisa que você quiser! – AI! Me mate mas não diga isso!!
-Eu sou gorda?!
-Gorda?!! – ele perguntou intrigado.
-É! Olha essa pizza! Isso dá pra umas 5 pessoas comerem!!!
-E o que isso tem a ver com o fato de você ser gorda ou magra? – Edward ainda perguntava confuso.
-Tudo a ver! Se não tem 5 pessoas aqui pra comer, só me leva a crer que eu valho por essas 5, ou seja, eu sou uma jamanta!!!! - Nesse momento Edward deu uma gargalhada gutural.
-Que foi? Porque tá rindo? – perguntei agora corada.
-Você é uma figura Andie! Como pode sair tanta bobagem de uma cabeça só?! – Edward falava entre risos.
-Obrigada pela parte que me toca Edward! – agora eu estava um pimentão de tão vermelha.
-Andie, vou te explicar, mas só desta vez. A pizza família cabe mais sabores, e como eu não fazia idéia do que você gostava eu pedi essa com o máximo de sabores possível! Eu só queria agradar você! – ele falou calmamente e com um sorriso delicado, que me quebrou no meio.
-Viu só? Você é absurdo! Não bastava ligar e perguntar? – falei já com a boca cheia de pizza.
-Aí estragaria a surpresa!
-Faz sentido.¬¬’
Ficamos conversando coisas banais até umas 23:30 pm. Depois fomos pro quarto e conversamos até aquele sono brutal bater na porta.
-Edward, preciso dormir... – falei mordiscando meu lábio inferior.
-Então durma... – ele respondeu ajeitando os travesseiros pra mim.
-Er...eu realmente preciso dormir... – tentei novamente pra ver se ele entendia o significado daquelas palavras.
-Andie, eu sei que você quer que eu saia, e não fique com vergonha disso, mas eu sei também que eu não quero sair... me deixe cuidar do sono, não vou fazer nada, prometo! – ele falou calmamente acariciando meu rosto com suas mão congeladas.
-Eu sei que você não vai fazer nada, é que...quando eu acordar... bom...er...eu vou acordar horrível !!! – gaguejei agora completamente corada.
-Andie, tem um vampiro no seu quarto, que não dorme e que deseja o seu sangue e você não o quer aqui porque vai acordar horrível ?!! – Edward me olhou incrédulo.
-Eu não tenho medo de você Edward!! – berrei indignada.
-Isso é que me preocupa!! – ele respondeu ainda chocado.
-Ah! Se você quer ficar ai fique, mas não me responsabilizo pelo susto inesquecível que você vai tomar de manhã!!
-E depois disso eu que sou o absurdo!! Você é completamente insana Andie!! – Edward falava enquanto se acomodava ao meu lado.
Ele colocou uma grossa camada de cobertor entre nós e me abraçou carinhosamente. Nem precisa dizer que dormir feito criança né?
Capítulo 17 - A clareira
Acordei às 04:00 am e Edward estava lá do mesmo jeito me olhando, mas tinha um enorme problema, ele estava rindo!!!
-Edward!! do que você está rindo?! Ai que ódio não acredito que você está rindo da minha cara!!
-Desculpe, não é da sua cara que estou rindo!
-O que é então? Eu ronco? Falei alguma besteira dormindo?!
-Não. É pior!! – ele ainda gargalhava.
-Ai meu Deus! O que pode ser pior do que isso?! – meu rosto estava queimando.
-Você baba!!! – agora ele soltou uma risada gutural.
-Ai!! Droga! Não era pra rir!!! – berrei enquanto corria pro banheiro. Deixa eu correr pra ele não sentir o bafo, já basta a baba!!
-Hey porque está acordando tão cedo?! – Edward berrou antes que eu pudesse fechar a porta do banheiro.
-Eu não durmo muito! – respondi batendo a porta.
Saciei todas as minhas necessidades humanas matinais.
-Onde você pretende ir a essa hora? – Edward me olhava curioso.
-Correr! – respondi empolgada.
-Correr?! – Edward ainda não entendera.
-É, adoro correr, Alice não te contou? As opções de esporte aqui não são muitas, então eu corro!
-Foi o que você estava fazendo naquele dia?
-É – foi tudo o que eu consegui responder.
-Então vou te levar pra um lugar interessante – ele agora parecia mais empolgado.
-Ok! Vamos?!
Corremos por 1 hora adentrando a floresta. Até chegarmos a um pequena clareira circundada de imensas árvores.
Trilha Sonora (Tradução no fim do capítulo)
-Você corre bem Andie, e não me parece nenhum pouco cansada - Edward falava enquanto se sentava no meio da clareira.
-E você é mais observador do que eu imaginava – falei lançando um sorriso torto e me sentando ao seu lado.
-Hum, observo tudo que está relacionado a você – ok! Essa é a hora em que se deve respirar Andie!!
-Ah! Não tem nada de interessante em mim, está perdendo o seu tempo – falei fitando as árvores.
-Você não se vê com clareza Andie.Tudo em você é interessante! – ele me encarou incisivo.
-Vá por mim, você vai mudar o seu conceito logo logo... – buffei indiferente.
-Receio que isso não seja possível – e num ato inesperado, Edward puxou o meu rosto pra si e me beijou!!! Uhuuuuu!!! Pasmem!!!! Ele passou sua língua gélida em meus lábios e eu abri permitindo sua passagem. Nossas línguas dançavam numa sincronia perfeita enquanto eu puxava levemente seus cabelos pela nuca e ele me acariciava as costas e me apertava contra si. Não consegui me desvencilhar daquela boca ma.ra.vi.lho.sa., e ficamos sustentando o beijo agora com urgência. E a famosa corrente elétrica percorria cada centímetro do meu corpo me fazendo arfar, queimar e pedir por mais.
-Eu te amo Andie! Mais do que tudo no mundo! Amo você e nada do que disser vai me fazer mudar de idéia, e nada, nada, nunca fará com que eu desista de você – Edward sussurrou me olhando ternamente, e eu... oh Deus, onde eu estava mesmo?! Completamente entorpecida com o beijo, seu toque, suas palavras, tudo nele me paralisava no tempo. Oh homem bom!!
-Edward eu... – e antes que eu pudesse pronunciar uma palavra ele selou nossos lábios mais uma vez. Ficamos deitados na relva trocando carícias por alguns minutos.
-Edward eu não sei se estou preparada pra suportar as suas limitações... – falei entre beijos.
-Tudo o que eu preciso é de uma chance Andie, minhas limitações não vão te afetar – ele falava acariciando meu rosto.
-E você tem certeza que quer encarar uma garota problema como eu?
-Os problemas podemos superar juntos Andie... – ele falou me beijando de novo.
-Deixa eu te mostrar uma coisa – ele falou se levantando e indo em direção a um feixe de luz solar.
-O que? Você não vai fritar no sol não né?! – perguntei com espanto. Ele apenas sorriu e abriu a camisa.
OMG! Edward agora brilhava como se sua pele tivesse milhares de pedrinhas de diamantes. E o corpo? O corpoooooooo!!!!! Perfeitoooooooo!!!!!!! Como pode existir um ser tão...tão... surreal!!!
-Wow! Não sabia que o natal tinha chegado! – aff eu não disse essa bobagem disse? Disse!
-Você pensou mesmo que eu queimaria no sol? – ele falou enquanto andava em minha direção, e detalhe! Ele não fechou a camisa. Ok preciso respirar.
-Er...pensei... vocês nunca saem no sol, então supus que o mito fosse verdade... – falei sem graça.
-Andie, eu odeio ter que dizer isso mas, já são 06:00 am, precisamos ir senão vamos nos atrasar pra aula.
-Hum, se você odeia então porque disse? Eu odiei ouvir isso!!! – respondi corando de leve. Ele apenas sorriu e estendeu a mão pra me levantar.
-Vamos minha flor! – ai ti fofinho!! Quando foi mesmo que eu comecei a amar esse homem/vampiro? Não sei...só sei que foi assim...
Shaman
Conto de Fada
Senhora fada, que se esconde nas paredes
A vida é curta e a espera é longa
As estrelas, lá no alto
Desaparecem com o amanhecer
Senhora fada, que se esconde nas paredes
Seu conto acaba de se iniciar
Começa lá de longe,
Na terra de lugar nenhum
Onde o vento sopra um som
pra lá de conhecido
Senhora fada, seu amor a muito foi embora
Oh querida, ouça minha alma e cuide do meu choro.
Porque todas as minhas lagrimas podem criar um rio em meu coração.
"Oh, a vida é boa,
Oh, a vida é boa,
Oh, a vida é boa...
Tão boa quanto você quer que seja!"
Linda senhora, os cavalos estão de volta
Trazendo prazer e felicidade
Mas de repente os cavalos foram embora
Eram apenas as batidas do seu coração sozinho!
Oh querida, ouça minha alma e cuide do meu choro.
Porque todas as minhas lagrimas podem criar um oceano em meu coração.
"Oh, a vida é boa,
Oh, a vida é boa,
Oh, a vida é boa...
Tão boa quanto um beijo!"
Oh minha querida,
Agora eu não posso conter meu choro
Minhas lágrimas me afogaram
E me recuso a perceber
O que resta em minha volta, é tudo tão estranho, é tudo tão escuro
Estou completamente sozinho aqui
Para juntar os pedaços do meu coração
Pequena senhora, seu conto tem um fim
Para o céu, o seu amado foi mandado
Ele se transformou em faíscas que brilham com as estrelas...
...E à noite ele sempre estará lá
Para cuidar de sua fada
E assim ele nunca morrerá.
Capítulo 18 - Os foras
Trilha Sonora (Letra no fim do capítulo)
O resto da manhã ocorreu bem, com Alice tagarelando e Edward quietinho claro. No intervalo...
-Fica esperta Andie – Alice me cutucou na fila lanche.
-Hein?! – quando me virei pra perguntar ela já tinha sumido. E eis que surge uma figura desagradável.
-Hey Andie, tudo bem? – tinha que ser o Mike!
-Er...oi – respondi a contragosto.
-Você ta sabendo do baile que vai ter daqui a um mês? – ai ai ai! Lá vem bomba!
-Er...não porque? – respondi andando em direção a mesa dos Cullens e ele na minha cola.
-O que você acha de irmos juntos? – ele perguntou me bloqueando a passagem. Por sobre os ombros de Mike pude ver os olhos negros de Edward nos fuzilando.
-A seria ótimo, mas não dá, Edward já me convidou... – respondi com cara de inocente.
-Mas você não acabou de dizer que não sabia do baile? – ele perguntou incisivo.
-Er...na verdade eu sabia, só não estava lembrada, mas obrigada pelo convite, fica pra outra vez – respondi rapidamente e andei até a mesa. Olhei de canto de olho e pude ver que Mike fuzilava Edward que agora sorria abertamente.
-Você mente muito mal sabia? – Edward falou enquanto me sentava ao seu lado.
-E quem liga pra aquele babão? – falei dando um selinho nele. Edward agora sorria vitorioso.
-Belo fora Andie! Eu não queria ta na pele do coitado! – Emmet sorria abraçado a Rosálie.
-Eu não te daria um fora Emmet! – falei brincando e todos na mesa riram menos Rosalie que estava em fúria.
-Calma Rosie, é apenas uma brincadeira! – falei estendendo as mãos em sinal de rendição.
Ao final das aulas combinamos um passeio em Port Angeles. Edward me deixou em casa para que eu me aprontasse. Depois que eu estava pronta a campainha tocou.
-Hey! Jake você tem que aprender a usar o telefone – falei em tom de brincadeira.
-Er...desculpe. Eu estava de passagem e vim saber como você estava – ele sorriu ternamente.
-Estou ótima!!! – respondi empolgada. Quem não estaria?
-Que bom, então o que você acha de irmos em La Push da uma volta?
-Ah! Não vai dá Jake...eu tenho um comprom... – Nesse momento Edward como sempre surge do nada e me agarra fortemente me forçando um beijo sufocante.
-Hey idiota o que pensa que está fazendo?! – Jake berrou chocado e com as mãos tentou apartar o beijo.
-Beijando a minha namorada, não posso? – Edward sorria vitorioso.
-Namorada?! – Jake me olhou incrédulo.
-Estou mentindo amor? – Edward ainda encarava Jake com um sorriso torto.
-Er... não... – Porque estava tão difícil responder? O ar estava pesado, não, minha consciência estava pesada...alguma coisa em mim gritava e eu não sabia o que... de alguma forma eu não queria perder Jake, a amizade dele claro...
-Foi só dar as costas e os morcegos fizeram a festa! Andie você poderia ao menos ter me dado um fora mais decente? Eu pensei que...
-Jake!! E não estou te dando um fora! Nós não tínhamos nada!! – berrei enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas. Ai meu Deus porque as lágrimas? Não me reconheço!!
-Nada...é, foi só a minha imaginação então...se você prefere um iceberg então fique com seu vampiro! – Jake falou irritado e se embrenhou mata a dentro. Neste momento as lágrimas despencaram no meu rosto me fazendo soluçar. Edward me olhava intrigado.
-Andie...
-Eu quero ficar sozinha! – entrei e bati a porta deixando-o do lado de fora. Corri pra meu quarto e quando cheguei lá Edward já estava.
-Você não ouviu o que eu disse? – berrei entre soluços.
-Não vou te deixar Andie. Muito menos chorando! – Edward falou enquanto me abraçava forte.
-Desculpe Edward, eu não sei o que acontece comigo, eu vou sentir a falta dele... – sussurrei sustentando o abraço.
-Tudo bem minha flor, não te culpo por isso. Você tem certeza que não quer mais sair? Alice vai ficar uma fera contigo...
-Hum, Alice uma fera não é boa coisa, acho que tou melhor, vamos.
Kid Abelha
Nada Sei
Nada sei dessa vida
Vivo sem saber
Nunca soube, nada saberei
Sigo sem saber...
Que lugar me pertence
Que eu possa abandonar
Que lugar me contém
Que possa me parar...
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto tempo me deixar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...
Nada sei desse mar
Nado sem saber
De seus peixes, suas perdas
De seu não respirar...
Nesse mar, os segundos
Insistem em naufragar
Esse mar me seduz
Mas é só prá me afogar...
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo me deixar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo
Me deixar passar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...
Capítulo 19 - Guerra dos presentes
Trilha Sonora (Tradução no fim do capítulo)
O passeio foi super agradável com a família Cullen, todos foram menos Carlisle que estava no hospital. Alice fez uma festa de compras, e me metralhou de presentes, não que eu não tivesse dinheiro pra comprar, mas deixá-la comprar era o mesmo que dar doce pra criança, e vê-la feliz me deixava feliz. Chegamos tarde em casa e passei mais uma noite com Edward ao meu lado, calma gente não rolou nada demais!!! [infelizmente... ¬¬].
E no dia seguinte tudo ocorreu da mesma forma com uma exceção. Estava me “pegando” com Edward quando a campainha tocou. Era do serviço de entregas, recebi uma embalagem repleta de morangos frescos com um envelope.
Querida Andie,
Peço perdão pela minha atitude infantil,
e informo desde já que não vou perder
pra esse boneco assassino!
Com amor, Jacob Black.
OMG! O tempo vai fechar pro meu lado! Podia sentir os olhos de Edward me fuzilando. Socorro!!!
-Morangos hein... bom saber... – Edward falou entredentes. Ele não mencionou nada depois disso. Mas no dia seguinte...
-Serviço de entregas!!! – Abri a porta e lá estavam duas caixas imensas lacradas tendo como remetente nada mais nada menos que Edward Cullen. E dentro das caixas o que tinha? Morangos!!! Muitos morangos! De todos os tipos e todos os tamanhos! Nacionais e internacionais!! E na outra tinha uma porção de doces e bolos de morangos!
-EDWARD!!! eu virei praga pra comer tantos morangos?! – berrei pra ele que estava esparramado no sofá sorrindo vitorioso.
-Livre-se dso presentes do Chubaca[N/A:pra quem não assistiu Star Wars olha aí a foto do Chubaca Foto primeiro antes de recusar os meus! – ele gargalhava ignorando a minha indignação. E agora o que eu faço com tantos morangos? Desse jeito eu vou virar uma bola! De uma coisa eu tenho certeza, minha pele agora vai brilhar que é uma beleza... Vou ter que apelar para as doações...
-Alô Mike você gosta de morangos?
-Alô Ângela, você come morangos?
-Alô Jessica morangos?
-Alô ,Alô, Alô, Morangos, morangos, morangos, alguém quer? Quem quer?
Não, vocês não estão entendendo a minha situação. Deixa eu explicar, Jake descobriu sobre o presente de Edward e resolveu medir forças. E agora eles passaram a semana toda me metralhando de morangos!!!
Jake estava determinado a me ganhar, sempre que Edward ia caçar ele ia me visitar. De vez enquanto eu ia passear em La Push também. Mas pra meu azar ele sempre acabava arrancando alguma informação adicional de mim, principalmente sobre coisas que eu gostava de comer. E foi assim que começou a temporada das cerejas! Conseguem imaginar?
-Alô Mike você gosta de cerejas? Não gosta? Tem que gostar!!!
-Alô Ângela, você come cerejas? Se não gostar vai descer goela abaixo!!!
-Alô Jessica vai um docinho de cerejas?
-Alô ,Alô, Alô, cerejas, cerejas, cerejas!!!!
E na semana seguinte, chocolates, e na outra uvas até que eu engordei 1kg!!!
-AAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!! EDWARD!!! estou uma baleia!!! É tudo culpa sua!!!! Como eu vou pro baile agora? Tou parecendo uma porca de abate!!!
-Você está linda minha flor, sua pele está até mais coradinha, não sabe que betacarotenos faz bem pra saúde?
-Nada em excesso faz bem a saúde Edward!!! – Nessas 4 semanas nós brigamos feito gato e rato, mas sempre aquela velha história “e se dia a gente briga, a noite a gente se ama”, no bom sentindo claro!! Nem vem com suas mentes poluídas!! Não sou fácil assim não, mesmo sendo Edward Cullen!!
A ultima semana do mês em especial eu realmente me exaltei, mas por um bom motivo oras!! TPM!!!!
-Andie, ainda tem muita uva sobrando, não vai deixar perder...
-Vai pro inferno com essas uvas Edward!!! Quer saber? Pega essas uvas e enfie no seu...
-Xii que boca suja é essa? Isso é falta de carinho? Vem cá me dá um beijinho, vem...!!!
-Ai não vem não Edward que tou de TPM!!!
-Que TPM maluca é essa? “Temporada Proibida para Machos”?
-Não Edward, do tipo “Tocou, Perguntou, Morreu”!
-Pra mim parece mais com “Tente no Próximo Mês” porque eu estou “Totalmente Pirada e Maluca” !! – ele disse isso fazendo um movimento com as mãos e balançando a cabeça.
-HÁHÁ! Muito engraçado Edzinho!! Acabei de crer que você não tem medo de morrer mesmo!
-Andie, meu anjo não precisa se irritar com tão pouco... – ele falou se aproximando de mim com carinha de cachorro abandonado.
-AH! TOU PUTA MESMO!!! - dei um tapinha na mão dele e fui pro meu quarto com.ple.ta.men.te. irritada! Pude ouvir a gargalhada de Edward enquanto subia as escadas pisando forte. Vou te contar TPM é f...!
E se você pensa que a guerra dos presentes acabou, está muito enganado! Qué co fiz para merecer isso? Dois homens lindos e maravilhosos na minha cola, sinceramente eu não sou essas coisas todas...será que são os feromônios? Será contagioso? Ai Jisus!!!
Avril Lavigne
Contagioso
Quando você está por perto eu não sei o que fazer
Eu acho que não posso esperar
Pra ir em frente e conversar com você
Eu não sei o que eu deveria dizer
Então eu caminho em silêncio
Aí é que eu começo a perceber
O que você traz à minha vida
Caramba, esse cara consegue me fazer chorar
Isso é tão contagioso
Eu não consigo tirar isso da minha cabeça
É tão excessivo
Você me faz sentir tão alterada, o tempo todo
Todos dizem que você não é bom pra mim
Mas eu estou perto de mudar isso
Eu mostrarei que eles não sabem de nada
Acho que eu já entendi tudo
Então eu caminho em silêncio
Aí é que eu começo a perceber
O que você traz à minha vida
Caramba, esse cara consegue me fazer sorrir
Eu lhe darei tudo
Eu lhe tratarei bem
Se você me der uma chance
Eu posso provar que estou certa
Capítulo 20 - Baile e caos
Trilha Sonora (Tradução no fim do capítulo)
Enfim chega o dia do mais esperado baile dos estudantes. O baile estava fabuloso, e eu estava linda claro, sem falsa modéstia Foto. Na verdade eu perdia feio para os Cullens. Foi divertido, dancei com Edward boa parte da noite, até que Jacob resolve aparecer e me tirar pra dançar. Edward só faltou morrer de ódio quando eu aceitei. Mas foi só uma dança porque Edward não desgrudou de mim depois. Quando só haviam poucas pessoas na pista de dança o inesperado aconteceu. Senti uma tontura esquisita, senti um suor frio escorrer nas minhas mãos e então quase me espatifei no chão se não fosse Edward pra me segurar, a essa altura eu não vira mais nada, tinha desmaiado.
Edward Pov
Minha mente girou, tudo parecia um caos. Andie de repente despencou nos meus braços e as pessoas em volta entraram em pânico, alguns preocupados e outros chegaram a insinuar que Andie estava grávida, ridículos! Corremos pro hospital e rapidamente Carlisle se encarregou de cuidar dela. Depois de algumas horas esperando notícias, ele voltou com uma expressão preocupada.
-Ela está bem? – todos na sala perguntaram em coro.
-Está, eu acho...- ele me encarou frustrado. A sua mente estava mil, mal conseguia acompanhar ser raciocínio.
-Acha?! O que ela tem? – perguntei agora agitado.
-Venha até a minha sala filho – Carlisle falou enquanto me indicava o caminho.
-Eu também quero saber o que ela tem!! – Jacob que saiu não sei de onde, agora berrava pra Carlisle.
-Eu não deveria expor nada sobre ela visto que ela não tem parentesco aqui... – Carlisle falou olhando pra Jacob.
-Mas sou amigo dela e se ele pode saber eu também posso!! – Carlisle apenas assentiu com a cabeça e entrou na sala. Depois que todos estavam acomodados ele começou a falar.
-Na verdade não há muito o que se falar. Tudo está ainda muito confuso,e o que podemos concluir é que o organismo de Andie não funciona como os outros. Seus órgãos e metabolismo possuem um rítmo muito mais acelerado, e com isso ela não responde as medicações. E o mais impressionante é a regeneração celular, não é tão acentuada quando a nossa, mas para um humano normal eu diria que é impossível!.
-Isso justifica a aceleração do coração dela? – Jacob perguntou ainda confuso.
-Exato, o que nós pensávamos ser um estado patológico, na verdade é perfeitamente normal para o organismo dela, é como se ela tivesse sido feita a mão, ao mesmos tempo que ela é igual a uma humana, ela é completamente diferente...- Carlisle falava frustrado.
-E o desmaio?o que causou? – perguntei intrigado.
-Esse é o grande problema. Não conseguimos saber a causa, porque não conseguimos entender como ela funciona. E pior, desde que ela acordou está agonizando com fortes dores de cabeça e nada do que damos funciona.
-Não é o caso de levá-la pra algum lugar melhor? – Jacob perguntou.
-Receio que qualquer outro lugar o diagnóstico seja o mesmo rapaz.
-Vamos apenas ficar observando o sofrimento dela sem fazer nada?! – Jacob berrou se levantando da cadeira bruscamente.
-Estamos tentando tudo que está a nosso alcance, tudo o que podemos fazer é esperar que ela responda ao tratamento – Carlisle respondeu calmamente.
-Preciso falar com ela pai – falei encarando Carlisle.
-Não é uma boa idéia Edward. Você não precisa vê-la nesse estado, espere que ela melhore...- Carlisle falou complacente.
-Eu realmente preciso falar com ela, preciso do número do médico dela. Com certeza ele sabe de algo que possa ajudar – falei incisivo.
-Tudo bem, mas não garanto que ela vá responder, ela não está falando coisa com coisa... – Carlisle falou enquanto se levantava e nos encaminhava para o quarto dela. E realmente eu não queria vê-la daquele jeito. Ela se batia na cama como se estivesse tendo algum ataque epiléptico, as roupas estavam encharcadas de suor, e ela falava várias coisas sem nexo. Era indescritível a dor que eu senti ao vê-la sofrendo tanto. Minha flor está sofrendo e o que eu posso fazer? Nada! Um inútil!!
-Cabeça, cabeça, vai explodir!! – Andie berrava enquanto se debatia.
-Posso ficar sozinho com ela? – perguntei encarando a todos presentes.
-Edward não force a barra pra ela – Carlisle falou tocando meus ombros.
-Vou tomar cuidado não se preocupe – falei me direcionando a cama em que ela estava. Esperei até que todos tivessem saído e me sentei ao seu lado. Encostei minhas mãos gélidas em seu rosto suado e a trouxe pra meu colo. Ela ainda tremia muito e tinha os olhos abertos voltados pra mim.
-Andie minha flor tente relaxar um pouco. Divida comigo a sua dor... – sussurrei no seu ouvido. Fiquei por mais uns 10min tentando acalmá-la até que ela sussurrou tão baixo que um humano não ouviria.
-Edward? – ela agora estava mais calma, mas seu corpo ainda estava contraído.
-Hey...sou eu meu bem, está melhor agora? – falei acariciando o seu rosto com a parte externa das mãos.
-Hum... – ela apenas sussurrou.
-Consegue falar alguma coisa? – perguntei calmamente.
-Sim – a partir daí ela falava apenas com um sussurro que só eu conseguiria distinguir.
-O que você tá sentindo?
-minha... cabeça... dói...
-vou te massagear a cabeça então, se doer me fale – fiquei massageando lentamente por algum tempo até que ela sussurrou.
-quero ir pra casa...
-não seria bom pra você meu bem.
-não faz diferença...
-o que não faz diferença? - Perguntei ternamente.
-isso aqui, me leve pra casa – engoli em seco, não sabia o que dizer.
-Andie...você quer que eu chame o seu médico? Ele pode te ajudar?
-Não, não pode, ninguém pode – respirei profundamente e fiquei calado por uns instantes até que bateram na porta.
-Edward? – era Carlisle.
-Entra – respondi ainda abraçado com Andie.
-Hum, ela parece melhor. Com está se sentido Andie? – ele perguntou se aproximando e sentando numa cadeira próxima a cama.
-Bem.
-Ela quer ir pra casa...- falei mordiscando o lábio inferior.
-Não acho que seja uma boa idéia – Carlilse falou olhando ternamente para ela.
-Eu estava pensando e acho que se ela ficasse lá conosco não seria tão ruim...- falei o encarando.
-Hum...você gostaria de ficar em nossa casa Andie? – Carlisle perguntou ainda a fitando nos olhos.
-Pode ser.
Depois disso deixamos que Jacob ficasse com ela por um tempo e então a levamos pra casa. Não fomos pra escola por uma semana, Andie melhorava rapidamente e insistia que queria voltar pra casa.
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Edward me levou pra sua casa, ele comprara uma mega cama pra mim e Alice passava horas me paparicando. Jake vinha me visitar todos os dias e trazia flores. Como Edward não iria ficar pra trás, já sabe no que deu né? A casa toda virou uma floricultura!. E o pior de tudo é que eu já estava ótima mas Edward não me deixava ir.
-Edward francamente, até quando você pretende me manter prisioneira?!
-Você não é prisioneira Andie, só não está em condições de sair.
-Estou ótima caramba! Como você é insistente!
-Só vou deixar você ir depois que me disser qual o seu problema. Porque veio pra Forks, porque desmaiou, porque não ligou pra Michael e porque nenhum médico consegue dizer o que você tem – ele falou rispidamente me arrastando pra cama de novo.
-Quantas vezes vou precisar repetir que eu não tenho nada demais?
-Não entendo como você pode ser tão mentirosa!
-Façamos um trato então. Você me leva até Phoenix e eu deixo Michael me examinar, se ele encontrar algum defeito eu prometo que deixo você ouvir o diagnóstico.
-Feito! – ele assentiu já correndo pra arrumar suas coisas. Ele não é besta nem um pingo né? Sabe que o que não sair pela boca do Michael, sai pela mente dele...pena que estarei preparada pra isso...
Alanis Morissette
Tudo
Posso ser uma idiota em grau maior
Posso resistir mesmo quando já está fora de moda
Posso ser a queridinha mais recatada e você nunca conhecerá ninguém
Que seja tão pessimista como eu sou algumas vezes
Sou a mulher mais inteligente que você já conheceu
Sou a alma mais bondosa com que já teve contato
Tenho o coração mais valente que você já viu e você jamais conhecerá alguém
Que seja tão otimista quanto eu algumas vezes
Você enxerga tudo, enxerga cada detalhe
Você enxerga toda minha luz e ama meu lado obscuro
Você vasculha todas as coisas as quais me envergonho
Não há nada em comum com você
Mas você ainda está aqui
Eu culpo todo mundo mas não assumo a minha parte
Minha passividade agressiva pode ser devastadora
Estou assustada e desconfiada e você nunca conhecerá alguém
Que seja tão fechada quanto eu sou algumas vezes
Aquilo que eu resisto persiste e fala mais alto que eu
Eu resisto seu amor não importa o quão pra baixo ou pra cima eu esteja
Sou a mulher mais engraçada que você conheceu
Sou a mulher mais boba que você conheceu
Sou a mulher mais linda que você conheceu
e você nunca conheceu ninguém
Que seja tão TUDO como eu sou algumas vezes
Capítulo 21 - Diagnóstico
Viajamos apenas eu e Edward para Phoenix. Como não sou idiota, liguei com antecedência para Michael, informando minha situação e sobre o que poderia e não poderia mencionar na frente de Edward e lógico implorei para ele não pensasse em momento nenhum sobre o meu problema, não falei que Edward lia mentes claro, mas também tinha que ter certeza de que ele não me colocaria em encrencas com seus pensamentos.
-Michael!!! Que saudades!! – falei enquanto o abraçava fortemente.
-O que andou comendo princesa? Engordou hein... – eu disse que Michael me conhecia melhor do que ninguém...¬¬
-AH! Tudo culpa desse indivíduo aqui! – buffei apontando para Edward que estava no meu lado sorrindo torto.
-Hum.. então esse deve ser o Cullen... – Michael o encarou gentilmente.
-É, Edward esse é o Dr. Michael Reese Foto– fiz as devidas apresentações.
-Muito prazer Dr. Michael – Edward falou apertando a mão de Michael.
- Ah, esqueça as formalidades, apenas Michael por favor, você pode se sentar ali enquanto eu faço o check-up de Andie – Michael falava apontando os assentos junto a mesa do consultório.
-MICHAEL!!! O QUE É ISSO NO SEU DEDO??! – gritei observando uma aliança na mão direita dele.
-Ah... bom, queria te contar pessoalmente... er...conheci uma pessoa...
-Você ficou noivo e não me contou?! E em tão pouco tempo, como foi isso? – perguntei me sentando na maca.
-É uma longa história...
-AH não! Me conta tudoooooo!!!!! – berrei sorrindo pra ele que estava completamente sem graça.
-Bom, ela era uma paciente.... – daí em diante Michael falou feito metralhadora e me contou todos os detalhes, e durante todo o dia ele me fez uma bateria de exames, Edward apenas observava e fazia um comentário ou outro tentando arrancar alguma informação adicional. Ao fim do dia fomos para um hotel, quartos separados não viajem tá? E no dia seguinte...
-Andie, vou ser bastante sincero com você, não consegui encontrar nada diferente do habitual em seu organismo.
-Hum, eu imaginava... viu Edward? não foi nada! Todo mundo desmaia uma vez na vida.
-Fale de sua hipótese Michael – Edward falou um tanto frustrado
-Que hipótese? Não falei nada...- Michael respondeu confuso. Edward pegou alguma coisa de seus pensamentos.
-Edward você quer parar com isso?! – sussurrei em um tom que só ele pudesse ouvir.
-Não é possível que você não tenha nada em mente com relação a isso – Edward continuou incisivo, nem se quer olhou pra mim.
-Bom, tenho uma hipótese, mas é muito subjetivo...
-Não me importo, qualquer coisa pode ser útil – Edward respondia extremamente curioso.
-Acredito que seus órgãos falharam por uma fração de segundos, não me pergunte o motivo porque eu também não sei, é apenas um palpite... – Michael respondia incomodado. E eu a essa altura estava em choque com o que acabara de ouvir.
-Falharam?! Quer dizer, pararam de funcionar? – perguntei ainda em choque.
-Provavelmente, considerando meu último diagnóstico, seus órgãos não suportaram alguma sobrecarga – Droga! Se ele pensar, nem que seja uma mínima coisa... tenho que encerrar a conversa!
-Ah! Isso é ridículo! Eu ...er... preciso ir! – gaguejei levantando e arrastando Edward.
-Espera Andie! Que diagnóstico foi esse que ele falou? – ele ainda permanecia grudado na cadeira, provavelmente vasculhando a mente de Michael.
-NÃO! Vamos logo, estou cansada, com fome e com sono! – berrei tentando arrancá-lo daquela maldita cadeira.
-Andie você é tão absurda! Isso só me mostra o quanto eu sou indiferente na sua vida! – Ok! Por essa eu não esperava. Edward agora me olhava com uma feição tão triste que me quebrou no meio.
-Indiferente?! Edward você É a minha vida! Eu só quero te poupar e você não entende! – parecia que minhas palavras entravam por uma orelha e saiam pela outra, Edward ainda permanecia indignado. E Michael coitado estava sentado no meio do campo minado ouvindo nossa briguinha.
-Você é que não entende! Eu não quero ser poupado de nada que tenha a ver com você, não percebe que isso só me deixa mais aflito? A todo instante fico imaginando que você vai partir e eu nem sequer saberei o que te levou!
-Hum Hum... acho melhor deixar vocês a sós... – Michael pigarreou enquanto se levantava da cadeira.
-Não Michael, nós já acabamos – falei fuzilando Edward com os olhos.
-Não acabamos não! – Edward insistia na desgraçada da cadeira, eu sei que a cadeira não tinha nada a ver com a história, mas minha vontade era de estraçalhá-la e arrancar Edward pelos cabelos!
-Não se incomode comigo Andie, vou pegar um café e volto em 5 minutos – Michael falou e saiu da sala.
-Edward, por favor... confie em mim... – eu sei, eu sei, era apelação olhar pra ele com aquela carinha do gato de botas de Shrek Foto. E quem disse que funcionou? Acreditem! Edward estava irredutível.
-Não faça essa cara, eu não estou brincando! – ele agora estava mais relaxado.
-Edward, eu não sou imortal, e vou morrer um dia como qualquer pessoa, se você está como medo de minha morte então não deveria se apaixonar por uma humana! – falei pausadamente.
-Andie, nunca me importei com o fato de você ser humana, nem de que você vai...partir...um dia... me dói pensar nisso, mas não é justo que seja antes do tempo!
-Você nunca ouviu a frase “que seja eterno enquanto dure”? – falei já me sentando na porcaria da cadeira.
-Odeio essa frase! Ainda mais quando se sabe que não vai durar nada! – Edward tinha aquela expressão frustrada misturada com dor e tristeza.
-Como você sabe? Nem sabe o que tenho pra dizer que não vai durar. Se é isso a sua dúvida, então pode se acalmar porque não vou morrer nem hoje nem amanha, não é tão ruim quanto você pensa – apelação número 2: toquei ternamente sua face com as mãos e o beijei. Um beijo suave e quente, a medida que foi ficando mais urgente nossos corpos grudavam como se fossem ímãs de pólos opostos e em uma fração de segundos estava em seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo. Indescritível a sensação de tocá-lo e beijá-lo, era como se tivesse incendiando por dentro e tomando choque de alta voltagem a cada toque. Como se o mundo não existe, e só havia eu e ele.
-Você.Não tem. Noção. Do que. Está. Fazendo. – Edward sussurrava entre beijos. Aproveitando sua embriagues parti pra apelação número 3: beijei carinhosamente o lóbulo de sua orelha com leves mordidinhas e fui descendo para o seu pescoçinho de mármore, dei uma última olhada nos seus olhos que agora ardiam completamente negros e abri os botões de sua camisa.
-Hum Hum... não queria atrapalhar, mas já atrapalhando, preciso dar uma palavrinha a sós contigo Andie – AH! ME MATEM! Alguém merece? Diz ai? Como esse idiota aparece numa hora dessa?! Respira, inspira, respira! Levantei com cuidado de cima de Edward, e claro eu já estava completamente vermelha com essa situação constrangedora.
-Eu...eu...te espero no carro... – Edward gaguejou se levantando. Esperei até que ele saísse e me sentei novamente.
-Até que enfim você amoleceu esse seu coração de pedra... – Michael sorria caçoando de mim claro!
-Ah! Não sei do que você está falando! Eu ainda sou a mesma e não sei como ele me suporta – falei sinceramente.
-Interessante. Mas me conte, porque não diz a verdade pra ele?
-Não viu a cara dele? Se ele souber a verdade ele vai surtar!
-Pra mim ele já aparenta surtado o suficiente.
-Ele se preocupa demais, não quero que ele sofra por algo tão bobo, eu não valho tal sofrimento Michael!
-Andie, você vale. Sabe que te considero uma filha, e sei que esse cara te ama, tá na cara! O mínimo que você pode fazer por ele é lhe contar a verdade.
-NÃO! Sem chance! É isso que você queria conversar?
-Está pra nascer alguém mais teimosa e mais birrenta que você.
-Não vim aqui pra levar sermão ou lição de moral! Se é só isso então estou de saída!
-Me dê um abraço pelo menos princesa, não sei quando te verei outra vez – nos despedimos e segui em direção ao carro.
-Você deveria seguir as orientações do seu médico, faz bem pra sua saúde – Edward falava me lançando “aquele” sorriso torto.
-É mesmo? E quais eram mesmo as recomendações, não me lembro de ter ouvido nada a respeito... – brinquei entrando no carro.
-Me contar a verdade, isso me parece bastante saudável – ele sorria dando partida no carro.
-Hum, quem sabe um dia.... – ele fez um biquinho e depois sorriu.
Capítulo 22 - Investidas
Como prometido, Edward me deixou voltar pra casa, porém sua insatisfação só aumentou, agora ele me sondava com mais freqüência. Mas toda vez que ele me sondava eu apelava. E o mais irritante de tudo é que: primeiro, meus hormônios estavam a mil por hora; segundo, Edward me rejeitava sempre que eu tentava avançar; e terceiro. Edward NUNCA avançava!
-Alice, me diga sinceramente, eu sou feia?
-Não!
-Gorda?
-Não!
-Magrela?
-Não!
-Sem graça?
-Não, não e não!
-Então porque diabos Edward não me quer?!
-AI não seja tola Ani! Claro que ele te quer!
-Não precisa mentir pra me confortar Ali, eu sei que sou horrorosa!
-Ani, francamente! Você é perfeita! Edward está com medo de te machucar...
-Ele não vai me machucar, eu não sou quebrável como ele pensa, já provei isso milhões de vezes!
-Não é só disso que ele tem medo, ele não sabe qual sua doença e por isso tem medo de piorar as coisas...
-IMPOSSIVEL!! Amiga você tem que me ajudar! Não tenho experiência e não sei mais o que fazer....
-Não se preocupe eu tenho um plano!!
-Ali já te disse o quanto eu te amo? Você é a melhor!!
Alice me levou para um shopping em Seattle.
-Vamos começar pelo seu guarda-roupas! – Alice saltitava e batia palminhas no ar.
-Ali isso não vai funcionar! Preciso de algo mais apelativo – berrei enquanto ela me arrastava para as lojas.
-E quem disse que não vai ser apelativo? – ele me lançou um sorrisinho torto.
-A partir de hoje você não veste mais roupas compridas, precisa trocar o comprimento das toalhas também pra quando ele te vir sair do banho! – Alice saltitava enquanto jogava uma porção de roupas em cima de mim.
-Ali, Edward não me vê de toalhas, ficou doida?
-Agora ele vai ver oras! – eu agüento com essa pestinha?
Ao final do dia tínhamos comprado uma porção de roupas e apetrechos novos, veja só onde eu tou me metendo!
Edward Pov
Tinha acabado de chegar da caça. Alice saltitava pela casa, até então tudo normal, mas o esquisito é que ela não estava pensando coisa com coisa, e vez ou outra ela tinha na mente apenas uma parede branca, ou seja, ela estava me escondendo alguma coisa.
-Ali.... – comecei a falar, mas ela interrompeu logo em seguida.
-Nem vem Edward, não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe – ela falou desapareceu numa fração de segundos. Estranho! Ignorei as maluquices de Alice e fui ver minha Andie, saudades tava matando. Entrei pela janela como sempre e a esperei em sua cama, ela estava no banho e... UAU!!! Definitivamente ela quer me matar! Ela saiu do banheiro vestindo apenas um colan branco coberto por um fino tecido esverdeado Foto, não sei exatamente o que eu estava sentindo, mas minhas emoções humanas que se perderam a décadas voltaram com tudo, afinal minha calça de repente estava muito, muito apertada.
-Hey! Pensei que iria demorar mais na caça... – ela falou com a cara mais sonsa que eu já vira. E claro, não consegui responder nada, se eu abrisse a boca agora com certeza iria engasgar.
-Que foi? Viu algum fantasma? – ela perguntou se ajoelhando na cama e vindo em minha direção numa posição nada comprometedora, imagina, nem um pouco sexy...
-N..NÃO... – é eu sabia que ia gaguejar. O que diabos ela está fazendo? Perdeu o juízo só pode! Malditos hormônios! E pra completar ela veio com aquela cara safada e me beijou loucamente.
-Andie, por favor... – sussurrei entre beijos.
-Hum? – ela já estava muito perto...
-Não podemos....
-Shiii... – ela colocou o dedo indicador na minha boca para que eu me calasse. E então ela tirou o tecido “não cobre nada” e montou em cima de mim. Alguém ai sabe como reagir numa situação como essa? Não né? Pois é, cai pra dentro já fora de mim, joguei ela pro lado para que eu ficasse por cima, mas pra minha sorte ou azar o telefone tocou!
-AH! PUTA QUE PARIU! – Andie berrou me tirando dos meus devaneios.
-Atenda! – ordenei saindo de cima dela.
-Não! Esqueça essa porcaria! – ela berrou me puxando pra perto de si.
-Pode ser importante, atenda!
-É mesmo? E se for Jake?! – ela falou irritada.
-Ainda assim pode ser importante – falei a contragosto. Ela torceu a boca e levantou bruscamente.
-Alô – Andie atendeu grosseiramente.
-Hey princesa! Como você está meu anjo? – era a voz de Michael ao telefone.
-Péssima!! O que você quer?! - ela respondeu me fuzilando com os olhos.
-Que foi, atrapalhei alguma coisa?
-Imagina Michael, você NUNCA atrapalha! – ela respondeu sarcasticamente. Tive que prender o riso ao lembrar da cena constrangedora que passamos no consultório do Michael.
-Desculpe querida mas tenho algo importante pra te falar...prefere ouvir agora ou quer vir me visitar?
-Desembucha logo!
-Está sozinha?
-Não.
-Então vou falar só o básico, andei avaliando seus exames e conclui que está evoluindo...
-O quanto? – ela perguntou agora se sentando na ponta da cama e me olhando de canto de olho. É claro que ela não queria que eu ouvisse isso.
- quatro vezes mais...
-QUATRO?! – Andie berrou e logo em seguida paralisou percebendo que eu estava ouvindo tudo.
-Não muda nada né? – ela perguntou calmamente.
-Não.
-Ok! obrigada Michael, depois com tempo eu te ligo – ela desligou o telefone e saiu do quarto sem falar nada. Fui atrás e a encontrei na cozinha com um copo de água na mão.
-Fala – disse calmamente.
-Falar o que? – ela não me olhava nos olhos, estava fugindo.
-O que está evoluindo quatro vezes? Você está quatro vezes pior é isso? – perguntei incisivo.
-Nunca estive mal como poderia estar pior? – ela estava tentando dar outro rumo pra conversa, até parece que vou desistir fácil.
-Não me faça de idiota! Andie pelo amor de Deus isto está me matando! Quando é que você vai confiar em mim? – sussurrei pegando seu rosto em minhas mãos.
-Eu confio em você Edward... eu te amo e você sabe disso... – ela sussurrou me abraçando em seguida.
-Eu te amo tanto Andie, por favor me diz que não estou te perdendo 4 vezes mais rápido...
-Desculpe, mas....está...- ela disse isso entre soluços.
-Amor você está chorando? O que diabos você tem, por favor me deixe ajudar...
-Eu...eu, preciso ficar sozinha, por favor Edward... – ela suplicava já se afastando de meu abraço.
-Não! Não posso, não consigo, não vou te deixar! Vem, você precisa dormir – falei arrastando-a para o quarto. Ela dormiu quietinha e outra vez fiquei sem respostas.
E o pior de tudo é que Andie, por mais que eu insistisse, ela não falava mais no assunto, e pior as tentativas suicidas ficaram constantes, querem saber como?
O guarda-roupas dela agora desconhece a palavra composto. Pode estar frio como for, ela só veste roupas absurdamente curtas e indecentes Foto e
Foto e
Foto
Toda vez que faz um solzinho de nada, mas quase nada mesmo, ela inventa um banho de sol, não precisa nem falar o que ela vestia né? Foto e Foto
E pra piorar as coisas ela comprou um piano, e queria aulas particulares, e quem era o professor? Eu né? Seria ótimo dar aulas pra ela se eu conseguisse me concentrar, mas era quase impossível já que ela tentava me seduzir a todo o custo . Na verdade ela não tentatava, ela conseguia, fato.
Foto e Foto
E aí vocês me perguntam como eu resisti a tentação? Eu não resisti. Impossível resistir a tamanha beleza, ela é tão...tão...como é que os humanos dizem mesmo? Tão...gostosa! isso, ela é gostosa! Mas o mundo conspirava contra nós e sempre, SEMPRE! aparecia algo ou alguém que atrapalhasse na hora H. Tem gente que nasce pra empatar a foda dos outros... ¬¬
Capítulo 23 - Briguinhas
Visto que o mundo conspirava contra mim, esfriei a cabeça e não tentei nada mais ousado depois últimas tentativas frustradas. O fato é que eu nunca sei se Edward fica feliz ou triste quando não dá certo. Ele ainda continua com essa história de que não quer me machucar e blá blá blá. E pior! Olha só a proposta indecente que o safado me fez...
-Vamos fazer um acordo.
-AI ai ai, lá vem você com esses acordos malucos!
-Seguinte, visto que você está subindo pelas paredes, eu proponho te dar tudo o que você quiser e mais um pouco se você me contar se segredinho sujo...
-EDWARD!!! eu não estou subindo pelas paredes, e não tenho segredinho sujo! Você bateu com a cabeça?!
-Depois não venha chorar e pedir carinho que não vou cair na sua armadilha.
-Armadilha?! Por acaso você é gay, otário ou retardado?! Eu sei que não sou das mais bonitas, mas também não precisa pisar, pouxa você me deixa frustrada...
-Não mais do que você me deixa frustrado...nós somos o único casal do mundo no qual só um dos parceiros não sabe absolutamente nada sobre o passado ou a saúde do outro!!
-AH! De novo com isso! Você concordou comigo quando eu disse que não gosto de falar do meu passado!
-E depois o otário sou eu!
-TÁ me chamando de otária?!
-Se a carapuça serviu...
-AH! VAI PRO INFERNO EDWARD!!!
E por aí vai, sabe aquela história de “ e se de dia a gente briga, a noite a gente se ama” ? pois é, nós estávamos nessa fase. Brigas e reconciliação o tempo todo. Edward não me dava um minuto de folga o que mais eu poderia fazer? Brigar oras! Todo casal briga, eu também faço parte...
Capítulo 24 - O Acidente
Trilha Sonora (Tradução no fim do capítulo)
E numa linda manhã de sol eu resolvi me presentear no meu aniversário. Segundo Edward, ele tinha ido caçar, mas eu tinha certeza que tinha alguma surpresinha por trás, eu adoooorooo surpresas!!! Então aproveitei a deixa e fui pra Seatlle comprar algumas coisitas. E bem, encontrei com nada mais, nada menos que Edward e Alice ambos com sacolas nas mãos, eu sabia que tinha mutreta!!
-Hey! Caçada rápida hein... – falei sarcasticamente.
-ALICE! Você não viu Andie vindo pra aqui? – Edward berrou irritado.
-ARG!! Já falei que não dá pra ver por trás das indecisões dela? É impossível ver o que ela vai fazer!!!
-ou ou!! Não briguem por bobagens! Se querem que eu saia eu saio oras! Não vou estragar a surpresa – falei lançando um sorrisinho torto pra Edward, ele ainda estava emburrado.
Enquanto Alice e Edward discutiam distraídos, eu observava um garotinho lindo que brincava com uma bola do outro lado da rua. Tudo aconteceu muito, muito rápido. O pirralho deixou a bola escapar e correu atrás dela, atravessou a rua correndo enquanto um carro passava em velocidade. Numa fração de segundo atravessei a rua me agachei, puxei o muleque pra meus braços e fiquei ali de costas pro veículo que se chocou com meu corpo.
*Edward Pov*
Foi a cena mais absurda que eu já presenciei vinda de um ser humano. Foi tão rápido que só reflexos vampíricos poderiam entender o aconteceu. Andie sumiu de minhas vistas e no mesmo instante estava se chocando com um veículo em alta velocidade. Quando dei por mim ela ainda estava agachada segurando um garoto nos braços, e por incrível que pareça, aparentemente nenhum dano físico nela, apenas no veículo que tinha a frente completamente destruída. Tudo acontecia em câmara lenta, e ela percebeu que nós estávamos chocados com o que ela fizera, então ela ridiculamente disfarçou a situação fingindo desmaiar no chão.
*Alice Pov*
-Mas o que...foi isso? – gaguejei ainda em estado de choque.
-ANDIE!!! – Edward correu em direção a ela que agora fingia desmaiada.
-Vou chamar uma ambulância! – berrei já pegando o celular.
-NÃO! Nós mesmos levaremos ela ao hospital! – Edward berrava enfurecido.
-OH meu Deus!! Ela está bem? Chamem a ambulância!! – as pessoas na rua inclusive o motorista agora berravam desesperados.
-Edward não podemos tirar ela daqui de qualquer jeito! – falei calmamente.
-Ela não tem ferimentos Alice, como vamos explicar isso para os médicos? – ele sussurrou a uma altura que só eu pudesse ouvir.
-Ok! Pegue-a rápido antes que chegue a polícia e a ambulância – sussurrei rapidamente. Ele pegou o corpo de Andie informando em seguida aos transeuntes que a levaria ao hospital. Colocamos ela no carro e saímos de lá rapidamente.
-UFA! Essa foi por pouco – Andie levantou no banco de trás com a cara mais sonsa que eu já vi.
*Edward Pov*
Minha mente agora trabalhava a mil por hora. Não fazia idéia do que tinha acontecido, só sabia que precisava levá-la pra Carlisle examiná-la. Eu ainda não tinha certeza se ela estava realmente bem até que ela se levantou.
-O que... diabos você fez?! – perguntei chocado com a feição sonsa que ela mostrava.
-Salvei uma criança... – ela respondeu com um sorriso torto.
-Isso eu percebi! Quero saber como você ainda está inteira!
-Eu fui feita pra isso... – ela deu de ombros.
-Feita?! – eu e Alice perguntamos em coro.
-É! – agora ela sorria descaradamente, provavelmente achando graça de nossas expressões.
-Edward, relaxa eu estou bem! – ela sussurrou me dando um selinho no pescoço enquanto eu dirigia.
-Hoje você não escapa, vai me contar tudo, tim tim por tim tim!!! – berrei acelerando o carro o máximo que eu podia.
-Hoje é meu aniversário, não tou afim de complicações. – ela afirmou dando de ombros.
-Complicações você verá se não me contar!
-Veremos!
-Veremos!
Avril Lavigne
Como se sente isto?
Eu não temo coisa alguma
Só preciso saber que posso respirar
E não quero demais
Mas de repente, de repente
Eu sou pequena e o mundo é grande
tudo ao meu redor está se movendo rápido
tão rodeada por tantas coisas
Mas de repente, de repente
Como se sente isto
sendo diferente de mim
Nós somos iguais?
Como se sente isto
Sendo diferente de mim
Nós somos iguais?
Como se sente isto
Eu sou jovem e sou livre
Mas posso estar cansada e posso estar fraca
Posso estar perdida e não consigo dormir
Mas de repente, de repente
Como se sente isto
Sendo diferente de mim
Nós somos iguais?
Como se sente isto
Sendo diferente de mim
Nós somos iguais?
Como se sente isto
Você me consolaria
Você choraria comigo?
Eu sou pequena
E o mundo é grande
Mas eu não temo coisa alguma
Como se sente isto
Sendo diferente de mim
Nós somos iguais?
Como se sente isto
Sendo diferente de mim
Nós somos iguais?
Como sente isto
Capítulo 25 - A festa
Depois de muita briga eu deixei que Carlisle me examinasse, para então ele comprovar que eu estava ótima. Edward estava surtando com o fato de que eu não iria dar explicações do ocorrido. Apenas prometi que contaria pra ele, mas não hoje, só assim pra ele se acalmar.
Alice preparou um festão pra mim e eu adorei, usei o resto do dia pra me embecar. Cacheei meu cabelos e vesti um lindo vestido branco que Ali me deu (http://yfrog.com/59haydenpanettierewhitedrj ). Todos os meus amigos e não amigos estavam presentes.
-Quem convidou o chubaca? – Edward perguntou fazendo bico.
-Eu claro! – respondi me sacudindo ao ritmo da música. Edward buffou e voltou a conversar com os irmãos.
-Hey linda! Porque nunca mais foi em LaPush? – Jake me abraçou.
-Complicações – falei gesticulando com a cabeça em direção a Edward.
-Entendo... mas isso não está certo, ele não pode te impedir...
-Ele não me impede de nada Jake, é só que...ele não consegue ficar longe...- sussurrei fitando os convidados.
-Ele virou chiclete agora? – Jake perguntou me puxando pra seu olhar.
-Jake não começa...- falei calmamente, não estava a fim de discussões desnecessárias.
-Só porque hoje é o seu dia! – Jake sorriu e me deu um beijo na bochecha. E claro, Edward pirou e veio me arrastar pra perto dele.
A festa foi maravilhosa, e minha atenção foi disputadíssima por Jake e Edward pra variar...Viramos a noite com a festa e ao final só estávamos a família Cullen e Jake.
-Posso saber porque não ganhei presentes dos senhores? – falei apontando com o dedo indicador pra Edward e Jake.
-Porque é surpresa oras – Jake respondeu brincando com uma mexa de meus cabelos.
-Não acha que já passou da hora das surpresas? – perguntei brincando com uma mexa dos cabelos dele.
-Se ele quer ficar fazendo suspense é problema dele, mas o meu presente está aqui amor! – Edward apareceu carregando uma caixa com alça.
-Até quem enfim Edward já não agüentava mais esperar! O que é? – falei empolgada.
-Olhe você mesma! – Edward também estava empolgado.
-Vou buscar o meu – Jake saiu fazendo bico.
-Hum...vou abrir!! – comecei a abrir quando ouvi um barulhinho de dentro da caixa. “Miau, miau”.
-Um gatinho?! – olhei chocada para o gato lindo que miava pra mim Foto.
-Não gostou? – Edward me encarava apreensivo.
-AMEI!!!! QUE LINDOOOOOOOOO!!!!!!!!! Te amo, te amo, te amo!!!!! Ai obrigada Edward! nunca ganhei nada tão lindo! – eu estava em êxtase, foi o melhor presente de toda a minha vida!
-É uma gatinha amor! – Edward falou me beijando calorosamente.
-Pensei que gatos não gostassem de vampiros...- brinquei pegando a gatinha no colo.
-Mito... – ele sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar dos pés a cabeça.
-Hum... ela já tem nome? – perguntei encarando a bolinha de pêlos.
-Não sei... eu pensei em Yukie, o que você acha?
-O que significa? – perguntei confusa.
-Neve – ele respondeu sorrindo torto.
-Lindo!!! Perfeito! – lancei meu melhor sorriso. E então ouvi outro barulho dessa vez vindo de fora da casa. Jake estava atravessando a porta quando eu o vi, a coisinha linda e perfeita que ele trazia na coleira Foto.
-OMG! Não acredito! É meu?! – berrei indo de encontro ao filhotinho maravilhoso.
-Se você quiser é todo seu! – Jake sorria fazendo carinho no cachorro.
-Jake você é idiota? Não vê que ela tem um gato na mão?! – Edward berrou com a pior cara enraivecida que ele tinha.
-Ah! Acho que ela prefere o cachorro – Jake falou sarcasticamente pra Edward.
-Ai parem os dois, eu amei os dois! Que legal agora eu tenho dois bebezinhos!!!
-Bebezinhos?! – Edward e Jake falaram em coro.
-É meus bebês! – agora eu saltitava feito Alice.
-Andie, não acredito que você pretende criar os dois...
-Claro que vou criar os dois! São meus eu que decido! – coloquei a Yukie no chão e não sei como mas ela estava brincando com o cachorro.
-Viu só? Eles se adoram! – Jake e Edward olhavam incrédulos para os bichinhos se embolando no chão.
-Qual o nome dele Jake? – perguntei já me embolando no chão com o cachorro.
-O que você acha de Atsui? – Jake perguntou.
-Que linguagem é essa, Quiluete? – perguntei.
-É! Significa calor! – Jake deu um sorriso torto e olhou para Edward de canto de olho, este por sua vez já estava fumaçando.
-HÁ HÁ! Vou fingir que não entendi essa indireta! – Edward buffou embirrado.
-AI amo vocês sabia?! Não sei o que seria da minha vida se não os tivesse conhecido – falei ternamente encarando os dois.
-Está tarde amor, vem vou te levar pra casa – Edward falou enquanto puxava o cachorrinho pela coleira.
Me despedi de todos e quando cheguei em casa estava exausta demais para paparicar meus bichinhos, larguei eles pela casa e fui dormir. Tenho me cansado muito fácil ultimamente, acho que o tempo está chegando mais rápido do que imaginei. Edward ficou comigo o resto da noite e não falou mais nada, eu sabia que ele estava se comendo por dentro pra não tocar no assunto do acidente.
No dia seguinte Edward estava excessivamente carinhoso e atencioso. Conseguem imaginar alguém mais atencioso do que Edward? e um Edward mais atencioso do que ele já é? Não né? Pois é, Edward conseguiu esse feito e estava me tirando do sério. Exemplos?...
-Amorzinho!! Vem comer!
-Docinho!! Hora do lanche!
-Florzinha seu cheiro está tão bom hoje!
-Deixa eu te fazer uma massagem amor!
E por aí vai. Foi simplesmente o dia todo ele me paparicando como se eu fosse a rainha da Inglaterra.
-Porque você não fala logo o que quer “morceguinho”? – perguntei enquanto brincava com o Atsui.
-Morceguinho?! – Edward perguntou sorrindo.
-Seu mais novo apelido carinhoso, nem adianta falar que não gostou porque vou continuar usando até enjoar – disse lhe dando meu melhor sorriso.
-Porque pergunta se eu quero alguma coisa? não posso mais cuidar de você? Sempre fui assim... – ele respondeu fazendo biquinho.
-Você é um péssimo mentiroso sabia? Tenho certeza que você ta querendo alguma coisa – brinquei.
-Engraçado você sempre cai nas minhas mentiras...
-Você mente pra mim?! – perguntei chocada.
-Viu só? eu minto bem, você acabou de acreditar – ele gargalhou vindo de encontro a mim. Nós estávamos sentados no carpete da sala brincando com minhas duas bolinhas de pêlos. E foi então que Edward mudou sua feição de brincalhão pra mais sério.
-Andie... – ele começou mas eu interrompi.
-Ai nem vem! Eu disse que só ia contar quando estivesse pronta! – murmurei mordiscando meu lábio inferior. Edward ainda me olhava tentando ler minhas expressões.
-Um acordo?! – agora ele quem mordiscava o lábio inferior.
-Depende... – respondi o encarando.
-Bom, visto que eu sou o único “homem/vampiro” no mundo que não sabe nada do passado da minha namorada... – e novamente eu interrompi, pois falar do meu passado era mais torturante pra mim do que falar do meu presente.
-Não vá por esse caminho morceguinho...eu tenho certeza que você não quer saber sobre o meu passado, ele é muito mais obscuro do que você pode imaginar, e dói mais falar do meu passado do que meu presente... – falei calmamente.
-Mas falar do seu presente precisa passar pelo passado – não foi uma pergunta.
-O que nos leva ao ponto 0 de novo – concordei calmamente.
-Então... porque você não me fala aos poucos, tipo, as coisas mais simples até você se acostumar com a idéia... – ele falava pausadamente.
-Aos poucos?...
-É, aos poucos...
-Tou a fim não! – encerrei a conversa indo pro meu quarto, e claro quando eu entrei ele já estava lá, e pela cara ele não estava de brincadeira.
-Não aceito não como resposta! – ele tinha uma expressão tão séria que chegava a assustar. Ele se aproximou com sua velocidade vampirica e me empurrou contra a parede com força, me beijou profundamente. É lógico que eu não resisti, minhas pernas fraquejaram e nossos corpos já estavam no limite da loucura, rapidamente ele me jogou na cama, ficou sobre mim me olhando nos olhos com ternura e paixão.
-Me fala de seus pais... – ele matinha sua posição superior e agora me prendia contra a cama. Me olhava com tanto amor que me partia o coração, agora me digam como não responder a essa criatura divina na minha frente?, eu estava sem fôlego e sem forças de rebater.
-E o que eu ganho em troca? – sussurrei um tanto engasgada.
-O que você quiser... – ele sussurrou e me beijou minha face, descendo até o pescoço deixando um rastro de fogo.
-Mortos.
-Isso não me diz nada – ele ainda continuava acariciando minha pele.
-Ah Edward, por favor...- sussurrei em suplicas.
-Quando você os viu pela última vez – Aff, Edward não dorme no ponto, ele sempre arruma um jeito de me arrancar informações.
-Eu tinha 12 anos – nesse momento ele me olhou confuso.
-Como sabe que estão mortos?
-Fui ao enterro – óbvio!
-Hum...você os amava?
-Só conheci o significado dessa palavra quando Michael me acolheu.
-Interessante. Qual a causa da morte deles?
-Minha mãe por doença, meu pai por queima de arquivo – agora Edward me olhava intrigado.
-Assassinado?!
-É. Já chega por hoje, você disse aos poucos... – sussurrei em suplicas.
-Não entendo... – ele murmurou enquanto me libertava do seus braços.
-O que?
-Se você não amava os seus pais porque é tão difícil falar deles?
-Porque eles nunca foram os meus pais de verdade, eu nunca fui vista como filha, minha mãe nem me conhecia!! – lágrimas ameaçavam despencar no meu rosto.
-Ah! Eu sinto muito amor – ele sussurrou pegando meu rosto em suas mãos.
-Não sente – foi tudo o que consegui dizer antes de desabar em seus braços.
Capítulo 26 - Pressão
*Edward Pov*
Depois do ocorrido foi realmente difícil voltar ao assunto. Andie passou a semana toda arrasada. Não fazia idéia do que se passava na sua cabeça e isso estava me matando. Fazia de tudo para vê-la sorrir novamente, mas era tudo em vão, até os bichinhos conseguiam lhe arrancar um sorriso, e eu idiota como sempre só conseguia lhe trazer dor. E pra piorar as coisas ela vivia fugindo pra LaPush e voltava tão feliz... eu sou o pior! Estou perdendo-a pra Jake e meu amor incondicional me impedia de contestar, a felicidade dela era mais importante.
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-Andie não entendo porque continua com aquele sanguessuga.
-Jake eu o amo! O que acontece quando não se tem mais oxigênio? Ele é o ar que eu respiro!
-Você sofre ao lado dele!
-Não sofro não! eu não o mereço, todo amor que ele me dá e coisas tão simples que ele me pede eu não consigo...
-Se você o ama tanto assim porque foge pra aqui? Porque vem me ver amando outro?
-Não posso mais visitar meu amigo?
-Nunca pedi pra ser seu amigo, SÓ amigo não...
-Jake! Nunca te dei falsas esperanças!
-Só o fato de sorrir pra mim já me dá esperanças Andie...
-Ah! Por favor Jake, você é o único que não me pressiona...não me faça perder o meu refúgio...
-Você sofre pressão porque quer, e eu só não te pressiono porque o chupa-cabra já está fazendo o serviço sujo...eu também me importo com você, sua história, sua saúde...
-Ah! Então era isso? Você nunca falou nada esperando descobri via Edward? francamente Jake!
-Andie não deve ser tão ruim assim!
-É tão ruim assim! Não quero mais falar sobre isso, já vou.
-Volta amanha?
-Talvez...
Eu estava no meio de um campo minado, Edward de um lado Jake do outro. Eu realmente queria dizer tudo, desabafar, mas foi algo que guardei a tanto tempo, algo que esqueci lá no fundo... trazer tudo a tona me dava calafrios. Se eu já não dormia direito agora pior ainda, tinha acessos de tontura e fraqueza com freqüência e Edward surtava toda vez que ocorria. Fora as crises de ciúmes dele, até do cachorro ele tinha ciúmes!! Ele achava que se eu ficasse mais com cachorro era o mesmo que dar preferência a Jake, se eu ficasse com a gata a preferência era dele, veja só onde eu fui me meter!!!
Edward passou uma semana inteira sem me pressionar, mas estava claro que ele estava se mordendo por dentro de tanta curiosidade. No final de semana ele me levou pra nossa clareira. E se eu bem o conheço, ele iria me paparicar até conseguir me deixar tranqüila o suficiente pra começar as perguntas. Mas eu já estaria preparada pra elas...
-Andie....- ele começou.
-Pergunte logo antes que eu desista!
-De onde vem a sua renda? Michael que banca você ou... – ele mordiscou o lábio inferior.
-Não, Michael me acolheu como filha mas nunca gastou um centavo comigo. Podemos por assim dizer que o desgraçado do meu pai deixou uma herança bem gordinha. Eu sei que é que estranho eu aceitar o dinheiro vindo dele, mas era o mínimo que ele podia fazer depois de tudo...
-Hum... gorda quanto? Quantos zeros? – ele perguntava com os olhos flamejando de curiosidade.
-Curioso hein!! – brinquei deitada em seus braços. – alguns zeros... – conclui.
-Você disse que sua mãe nem te conhecia, como você sabia dela então?
-Como eu disse eu tinha 12 anos na época, mas bem, eu não tinha uma mente infantil de 12 anos...eu fui criada apenas pelo meu pai até essa época e segundo ele, minha mãe havia morrido no parto...
-Entendo, mas ela estava bem viva então...
-É, num hospital psiquiátrico. Mas ela não era doente da cabeça, pelo menos não quando ela foi internada pelo meu pai...
-Seu pai a internou?! – Edward indagou indignado.
-Sim, ele não queria que ela abrisse a boca, queima de arquivo disfarçado, foi o melhor que ele conseguiu fazer para que não a matassem.
-E o que ela sabia de tão importante?
-Aí é historia pra outro dia, estou cansada...
-Acabamos de chegar Andie! – ele berrou fazendo bico, já sabendo que eu não iria mais falar nada.
-Podemos ficar, mas podemos ficar em silêncio?
-NÃO! não suporto mais! quero saber a verdade, isso está me deixando louco! – Edward berrou se levantando da grama e ficando de frente a mim.
-Não começa, não precisamos brigar...
-Já comecei e quero mais! – É, eu até tentei ser maleável, mas ele não me deixa escolha a não ser explodir!
-AH! VAI PRA MERDA EDWARD.
-Você acha que vai sempre resolver as coisas assim? Na ignorância?! – Edward agora berrava enraivecido.
-Não, mas eu posso resolver isso mais fácil do que você imagina!
-É mesmo? De que forma seria?
-Partindo! É isso, o melhor que eu posso fazer é deixar isso tudo aqui!
-O que você está querendo dizer? – Edward agora estava estático como se tivesse levado um choque.
-Isso mesmo que você ouviu, eu vou embora e você não precisa mais se preocupar comigo, é até melhor que você não precisar presenciar a minha morte! – berrei enquanto andava em direção a floresta. Nesse instante Edward já estava na minha frente bloqueando a passagem.
-Nunca.mais.diga.isso! Nunca! – Edward falou pausadamente apontando o dedo indicador no meu rosto.
-Sinceramente eu não te entendo, não quer tanto ouvir a verdade? A verdade nua e crua é exatamente essa, eu estou morrendo Edward, mais rápido do que você imagina, estou definhando e não há nada que você possa fazer quanto a isso. Eu sou tão egoísta, pensei que o tempo que passássemos juntos fosse o bastante, pensei que o meu limite seria o suficiente pra nós, mas te ver assim nesse estado está me matando Edward, desculpe, foi um erro ter levado isso adiante, não quero mais te ver sofrendo e não quero nem imaginar como você ficará quando eu partir... - falei calmamente enquanto ele mantinha uma expressão de dor profunda.
-Não vou deixar você partir...
-O que exatamente você ta querendo dizer Cullen?!
-Exatamente isso que você ouviu Howard! Não vou deixar você partir, ficaremos juntos pra sempre ta me entendendo? – ele respondeu cruzando os braços e respirando descompassado.
-Não se atreva a me tornar uma de vocês!! – berrei estupidamente colocando o dedo indicador na sua face.
-Porque não? É tão ruim assim a idéia de viver a eternidade a meu lado? – Edward soluçava mas não havia lágrimas.
-Edward eu não estou preparada pra eternidade, não quero isso pra mim, eu quero seguir meu curso normal. Cansei de ser uma aberração e diferente dos outros...
-Ninguém está preparado Andie, mas você já sabe o que te espera, você terá uma família te esperando...
-NÃO EDWARD! EU QUE DECIDO O QUE EU QUERO PRA MIM, E EU DECIDO DESCANSAR EM PAZ QUANDO ME FOR DELEGADO ISSO!!! – nesse momento Edward endureceu sua expressão e rapidamente me lançou nas suas costas e começou a correr.
-O que...o que diabos você está fazendo?! – berrei enquanto ele corria.
-Não vou fazer nada que você não queira Andie, mas não vou deixar você tirar de mim o tempo que nos resta, você não vai fugir.
-Não percebe que é o melhor pra nós dois?!
-Eu decido o que é melhor pra mim, e o melhor pra mim é você!
-Para com isso, me bota no chão!
-Não até conversarmos direito!
-Me bota no chão caralho!!!
-NÃO!
-Edward você é absurdo!
-Eu sei! – Edward me colocou no chão e já estávamos em frente a casa dele, ele me arrastou pelo braço.
E o tempo está fechando pra mim, Andie Howard no verão dos meus 19 anos.
*Alice Pov*
-O que você está vendo Ali?
-Ah! Minha cabeça dói com essas visões conturbadas. Oras ela está com Edward feliz, oras ela não está mais aqui,e oras ela está com o vira-lata. Ah tenho tanto medo Jazz...
-Vai dar tudo certo Ali, ela gosta de nós e é louca por Edward, não vejo o porque dela fugir. E além do mais Edward nunca permitira que ela o trocasse por Jacob.
-Não tenho tanta certeza assim..., ela está indecisa e se sentindo pressionada. E pra completar, Edward só piora as coisas brigando com ela feito gato e rato.
-Eles brigam, mas sempre se entendem no final Ali...
-Mas hoje eles vão brigar feio. Não sei o que pode acontecer depois...
Hoje estava sendo um dias “daqueles”. Jasper tentava me acalmar, mas minha aflição era transparente, e nem seu dom estava surtindo efeito. Ficamos ali algumas horas discutindo o futuro de Edward e Andie e não chegamos a nenhuma conclusão. Andie era imprevisível.
Foi então que a porta escancarou se chocando com um estrondo na parede.
-ME SOLTA EDWARD, ME SOLTA!!! – Andie gritava enquanto Edward a puxava pelo braço.
-NÃO ATÉ CONVERSARMOS DIREITO! – Edward berrou arrastando-a para as escadas.
-VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO!!! VOCÊ QUER ARRANCAR MEU BRAÇO??!!! – Andie tentava se desvencilhar de Edward.
-COMO SE ISSO FOSSE POSSÍVEL! – Edward tentava levá-la pra cima sem sucesso.
-Aiiiiiiiii !!!!!! VOCÊ DESLOCOU MEU BRAÇO! SEU IDIOTA ESTÚPIDO!! – Andie fez uma cara de dor e Edward soltou seu braço assustado.
-OLHA O QUE VOCÊ FEZ SEU BRUTAMONTES!! JAKE NUNCA FARIA ISSO COMIGO! – Andie berrava enquanto segurava o braço deslocado.
-Deixa eu ver isso Andie, me perdoe, ah... desculpe não queria te machucar... – Edward andava pra ela enquanto ela se afastava, ele estava arrasado com o que fizera com Andie.
-NÃO ENCOSTE EM MIM! ODEIO VOCÊ! ODEIO! DESAPAREÇA DA MINHA VIDA! – Andie falou entre soluços e deixando escapar algumas lágrimas. Ela se virou e saiu correndo floresta a dentro.
Edward estava paralisado em estado de choque. Estava com as mãos na cabeça em sinal de desespero. Tinha uma dor profunda nos olhos.
-Edward vocês não conseguem ficar sem brigar um único dia? – perguntei andando até ele. Ele não respondeu, ainda estava sem reação.
-Ed. Estou falando com você – insisti.
-Você... você ouviu o que ela disse? – Edward gaguejava entre soluços.
-Ouvi toda a discussão Ed... – falei tentando acalmá-lo.
-Onde... onde ela está indo? – ele perguntou me encarando nos olhos.
-Pra um milhão de lugares diferentes... – respondi levantando as duas mãos em sinal de indecisão.
-Como assim? – ele perguntou ainda sem entender. Quantas vezes vou precisar repetir que Andie é imprevisível?
-Preciso explicar de novo sobre as indecisões de Andie?- respondi a contragosto.
-Ah... vou procurá-la então... – ele disse com uma expressão triste.
-Não Edward, deixe-a sozinha um pouco. Ela precisa respirar – falei o segurando pelo braço.
-Não! E se ela estiver indo atrás de Jake?! – ele berrou tentando soltar minha mão.
-Que ela vá então! Você não pode prendê-la o tempo todo.
-Você não entende Ali, ele vai se aproveitar da tristeza dela! – Edward tinha uma expressão de desespero.
-Quanto a isso você não vai poder fazer nada Ed. Tudo que você tem a fazer é esperar e confiar nela – falei tentando parecer mais relaxada.
Depois disso ele relaxou um pouco mais e subiu pro seu quarto pensativo. O resto da família chegou da caça e repassei todo o ocorrido. Estávamos todos de mãos atadas.
Capítulo 27 - O chalé
Trilha Sonora
Sai da casa dos Cullen a mil por hora, levei a meu limite minha velocidade excepcional, era comparável a de Edward diga-se de passagem, claro que nunca usei na frente dele pra evitar as perguntinhas nojentas. Não fazia idéia pra onde eu estava indo, talvez iria até Jake, ou até Michael, ou pra casa, ou pra todos os lugares ou pra lugar nenhum. Corri milhas e já não fazia idéia de onde eu estava, talvez Alaska, só sei que tudo estava frio de repente e nem minha resistência extra evitou que eu sentisse frio.
Porém nada me fazia esquecer aquela discussão, o que Edward achava que eu sou? Seu brinquedinho e decidir o que ele quer pra mim? Eu sei que estou sendo insensível e egoísta, mas não seria melhor que eu o deixasse de uma vez? Pelo menos ele poderia conviver com a idéia de que eu estou viva em algum lugar...Porque ele não pode superar isso como as outras pessoas normais fazem? Ah! Ele nem é normal! Eu sou a pior, nem se quer poderei dividir a sua dor, nem se quer estarei aqui, e eu serei a causa de seu sofrimento, eu não o mereço, ele não precisa sofrer por uma idiota insensível como eu. Ah! nem sequer posso morrer em paz porque assim eu estarei o matando junto....
Caminhei mais alguns metros imersa em lágrimas e dor, completamente perdida. Adentrei uma floresta escura e sombria e minhas pernas me enganaram, fraquejei e desabei no chão molhado. Estava chovendo, estava frio e meu corpo não se mexia, tudo estava girando e minha mente estava me abandonando, minha lucidez se esvaindo. Porque está tudo tão escuro? Não me lembro de ter fechado os olhos, então esse é o fim? Acabou?
.............
Avril Lavigne
Caindo
Se é o medo que nos faz decidir
Nossa futura jornada,
Não vou para a viagem,
Porque ainda estou aprendendo
Para tentar e tocar o sol
Meus dedos queimando
Antes de ser velho você é jovem,
É, ainda estou aprendendo
Eu estou caindo
Tente me parar
É tão bom chegar ao chão
Você pode me assistir,
Caindo diante de mim,
A uma raça humana é ascendente
E eu estou caindo
Estou na rua
A terra está girando
Eu sinto debaixo dos meus pés,
E ainda estou provando,
Que eu posso agüentar meu chão,
Eu meus pés estão ali, não lavei meu cabelo
Estar perdido antes de ser achado
Não significa que você está perdendo
Um dia morarei numa casa
Etc., etc., etc.
Não sabe que não é por enquanto?
E por enquanto eu estou caindo
caindo...caindo..caindo...,
caindo...caindo..caindo,
caindo...caindo...caindo,
Yeah e Yeah..Yeah e Yeah,
Estou caindo,
Estou caindo.. Estou caindo...
Estou caindo....
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*Edward Pov*
Não consegui relaxar nem por um minuto desde que Andie saiu porta a fora. E o pior de tudo é que foi tudo minha culpa. Como pude fazer isso com ela? Como pude machucá-la assim? O que ela está pensando agora? E se eu for atrás dela pioro ou melhoro as coisas? Ah! Tão imprevisível minha flor....
Não resisti diante de tamanha dor e aflição e corri floresta adentro em busca do rastro dela. Era tão doce que tornava tudo tão fácil achá-la. Corri milhas e seu rastro chegava a passar do Alaska. Perdi seu rastro por alguns instantes até reencontrá-la próximo a uma floresta de mata fechada Foto. Adentrei a floresta e em pouco tempo a encontrei caída inconsciente em meio a lama do chão. Se meu coração ainda batesse, ele teria parado agora mesmo, congelei em meio aquela cena, uma calafrio subiu na minha coluna e meu corpo estava estático. Andei em sua direção e pude ouvir um som bem fraquinho de seu coração batendo. Suspirei aliviado e a tomei em meus braços gélidos, e o pior é que ela já estava congelando em meio aquela chuva e tempo tão frios. Precisava aquecê-la mas não fazia idéia de como, se eu a levasse de volta a Forks ela resistiria? Está tão fraca e tão frágil que temo que ela não suporte uma viagem de volta. Resolvi procurar algum abrigo.
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Não sei quanto tempo fiquei desacordada, mas quando acordei estava em um chalé horroroso Foto deitada de frente a uma lareira em chamas.Tentei me levantar, mas meu corpo não reagia, estava dolorido e pesado. Ainda vestia minhas roupas molhadas e enlameadas, agradeci a Deus que nenhum tarado tentara me atacar enquanto eu estava inconsciente. Olhei em volta e conclui que estava sozinha, até que a porta se abriu e pra minha surpresa era Edward quem adentrava o chalé, segurando uma porção de cobertores e travesseiros. Arregalei os olhos em sua direção e ele apenas sorriu vindo até mim.
-Quando você vai cansar de tentar suicídio? – ele brincou se ajoelhando em minha frente.
-O que...aconteceu? – perguntei ainda confusa.
-Eu que pergunto! O que diabos estava fazendo na floresta e sozinha?
-Eu...apaguei...- sussurrei mordiscando os lábios. Edward me encarou com uma feição inexpressível e balançou a cabeça em sinal de reprovação.
-Não sei mais o que fazer com você...não posso te deixar um minuto sozinha que faz besteira – ele falou fazendo bico.
-Não fiz nada demais, só estava correndo...
-Imagina nada demais, só correndo no meio de uma floresta congelada...
-Posso saber porque não tirou minhas roupas molhadas? Não viu que eu estava congelando – olhei pra ele com um sorriso torto.
-Há! E apanhar quando você acordasse? Não perdi o juízo ainda! – ele brincou e em seguida me beijou.
-Tome, peguei essas roupas numa cidadezinha aqui perto, se troque e se cubra com esses cobertores, quando estiver pronta me chame, estarei lá fora – ele disse me passando as roupas.
-Quando você diz “peguei” significa que você roubou? – arqueei as sobrancelhas.
-Mais ou menos isso, não poderia perder tempo em lojas então peguei emprestado... – ele sorriu e eu tive que dar uma gargalhada com aquela carinha sínica dele. Ele saiu e eu rapidamente me troquei.
-Pode entrar Edward! – gritei enquanto me aconchegava nos cobertores. Edward veio e se sentou muito longe de mim.
-Hey! Porque essa distância toda? – perguntei fazendo bico.
-Não sou a pessoa mais adequada pra te esquentar...
-Me poupe Edward, vem aqui vem... – e ele veio sorrindo feito cachorrinho pidão.
Trilha Sonora (tradução no final do cap. Solte o som e viaje...)
-Obrigada por me salvar amor...o que eu faria sem você? – sussurrei entre beijos.
-Essa pergunta é minha, o que eu faria sem você? – agora ele me beijava intensamente, sem medos, sem limites, sem dor... e então não havia mais frio, nossos corpos gritavam e nossa pele ardia em chamas... ele retirou os cobertores e repousou seu corpo sobre o meu. suspirei quando senti seus beijos quentes e suaves sobre meu pescoço e descendo até o meu colo. Entre beijos e caricias ele sussurrava “eu te amo”. Suas mãos se moviam de cima a baixo, removendo minhas roupas conforme desciam. Desabotoei sua camisa acariciando seu peito nu, e a cada simples toque uma descarga elétrica percorria todo o meu corpo. E em minha cabeça martelava "é agora é agora é agora!" Ele desceu sua mão que estava sob os meus cabelos e tocou os meus seios carinhosamente, me olhou nos olhos e envolveu meu mamilo com a boca e então eu gemi. Ele continuou lambendo e sugando meus seios enquanto eu me contorcia de prazer, seus olhos agora estavam num negro profundo, mas não de raiva e sim de desejo. Ele sorria ternamente a cada gemido que eu grunhia e assim ele desceu com seus beijos até meu umbigo fazendo movimentos gentis com a língua até chegar a fonte de minha excitação. Suas mãos a tocaram docemente explorando cada parte, ele olhou pra mim e sussurrou “tão bela...”. Massageou levemente o meu sexo e prendi minha respiração ofegante a espera de seu próximo movimento... ele posicionou sua cabeça entre minhas pernas e me acariciou com a língua, minha respiração estava irregular e descontrolada com todas as sensações alucinantes que percorriam o meu corpo, apertei os lençóis entre meus dedos quando ele sugou com mais força me fazendo explodir em êxtase, deixei escapar um grito de prazer e com ele o seu nome”Edward!”...E novamente ele me olhou cheio de desejo e sussurrou ao meu ouvido enquanto arfava “tão doce...”, eu estava tão fora de mim que nem notei quando ele tirou as calças e se posicionou sobre mim. Senti a pressão do seu corpo no meu, ele me beijou ferozmente e então pressionou sua ereção entre minhas pernas e gemeu. Senti uma dor aguda, mas ignorei quando senti o seu membro deslizando dentro de mim, enlacei minhas pernas em suas costas contraindo meu corpo sob o dele e então pude sentir os músculos tensos e forcei meus quadris contra os dele impaciente suplicando por mais, ele continuou pra dentro e pra fora com mais força e agora suas investidas eram furiosas, fortes o suficiente para serem prazerosas e sem dor. Senti um calor absurdo se aproximando e então explodi, pressionando meu corpo contra o dele tentando segurá-lo em mim enquanto eu gritava de prazer. Ele continuou me penetrando uma, duas, três vezes mais até que seu corpo enrijeceu num espasmo e ele largou um gemido gutural enquanto despejava um líquido gélido entre minha pernas. Ele permaneceu rígido por uns instantes até recair o seu corpo sobre o meu mantendo o seu peso em seus cotovelos. Ele recostou sua cabeça em meu peito enquanto arfava descompassado.
-Andie... – ele sussurrou agora me olhando calmamente.
-Não pergunte, por favor por favor por favor não faça essa pergunta ridícula! – pedi sorrindo ternamente.
-Ah eu sempre quis perguntar, deixa? – ele fez carinha de cachorro pidão, quem resiste? Cocei minha cabeça em sinal de impaciência e fiz biquinho.
-Diz... – falei entortando a boca.
-Foi bom pra você? – ele perguntou apreensivo. Sabia que ia perguntar essa idiotice! Ninguém merece!
-Claro Edward! não é óbvio?!
-Não sei você pode estar fingindo...
-Ridículo – brinquei dando um tapinha nos seus ombros.
-Ai droga!!! – berrei olhando pra minhas mãos.
-Que foi? Te machuquei?! – Edward arregalou os olhos assustado.
-Quebrei minha unha na suas costas! – Edward gargalhou e rolou o seu corpo pro lado. Ele enlaçou o meu corpo e me beijou.
-Amor...- sussurrei enquanto beijava carinhosamente o seu peito nu.
-Hum? – ele fazia caricias em meu cabelo.
-Quero mais!
-Gulosa! – ele gargalhou e me amou mais 3 vezes. Fiquei feliz em saber que vampiros são insaciáveis, porque até eu que quase não durmo não agüentava mais o cansaço. Acabei despencando num sono profundo e acordei com Edward fazendo caricias em meus seios.
-Não vai me deixar dormir? E depois a gulosa sou eu! – brinquei ainda de olhos fechados.
-Você dormiu por doze horas amor, precisa comer alguma coisa – ele murmurou ainda brincando com meu corpo.
-É acho que estou com fome mesmo – sorri o olhando nos olhos.
-Já arrumei comida pra você.
-Hum você é o melhor! A propósito, foi muito difícil pra você ficar tão perto de mim? – perguntei curiosa.
-No começo não, mas foi difícil quando você sangrou...olha essa mancha, você sangrou além da conta, e isso foi perigoso – ele falou enquanto me mostrava uma macha de sangue nos lençóis, era realmente grande, tinha pelo menos um palmo de diâmetro.
-Hum...Edward o que mais te atrai? Meu corpo ou meu sangue?
-Depende, se eu estiver saciado seu corpo tem mais efeito, mas se eu estiver sedento...
-Hum...sabe, eu acho que os vampiros são meio burros.
-Porque? – ele perguntou curioso.
-Siga meu raciocínio, quando as pessoas se apaixonam elas tem desejos, sexo, daí elas se casam e podem saciar esse desejo sempre que quiserem. Agora veja você, você tem desejos, sangue e sexo, e tem os dois mas só consegue saciar um porque o outro pode me ser fatal. É ai que está a burrice, você poderia se saciar com o meu sangue sem necessariamente me matar... – Edward levantou em um espasmo e me fuzilou como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo.
-Você...você enlouqueceu?!! Você acha que eu poderia provar de seu sangue sem te matar?! – ele berrou.
-Acho não, tenho certeza! – afirmei tornando a expressão dele mais dura.
-Porque é uma tola! É por isso você tem certeza, você não tem um pingo de juízo e não faz idéia da tentação que é só sentir o seu cheiro, quem dirá provar dele!!!
-Se fosse tão tentador assim porque não me matou ontem? Porque não o faz agora? Muito simples Edward, você me ama mais do que a tentação e jamais conseguiria me matar, você não o fez nem quando estava a puro instinto!!! – agora eu berrava fazendo bico.
-Cale-se Andie, você não sabe o que está dizendo! – nesse momento eu furei o meu polegar com os dentes e enfiei na boca dele. Ele revirou os olhos com a sensação do sangue em sua boca, mas endureceu logo em seguida, ficou paralisado com os olhos fechados e os músculos tencionados. E então ele relaxou pegou o meu pulso e lambeu o sangue que agora escorria, para então sugar o machucado que eu criei no dedo. Alguém ai conhece alguém mais louca do que eu? Não né? Pois é, mas a sensação de saciá-lo em todos os sentidos me fazia completa e suficiente pra ele, era tão bom...Ele continuou sugando por um tempo e então eu o interrompi.
-Edward...já fechou...eu me curo rápido lembra? Edward! acorda não tem mais nada ai – eu protestei enquanto ele ainda segurava o meu dedo em sua boca.
-Hum... – ele murmurou agora me olhando.
-Que? – perguntei confusa, a expressão que tinha nele era de prazer e ódio.
-Não faça mais isso...
-Isso quem decide sou eu...
-Andie, por favor, você já esqueceu que está doente? Quer que antecipe a sua morte por anemia?
-ah! De vez enquando não faz mal, isso te faz tão bem Edward...você está suspirando até agora...
-Não importa o que eu sinto, eu não preciso disso, eu só preciso de você viva e saudável, é isso que importa pra mim... – ele sussurrou e me beijou ternamente.
-Edward...
-Hum...?
-Foi bom pra você? – sorri torto e ele gargalhou.
-Andie você é completamente INSANA!!
-Eu sei...
Lene Marlin
Aqui estamos
Mantendo o minha distância
Eu olho, mas eu realmente não vejo
É como se as coisas perdessem sua cor
E as pessoas estão caminhando direito através de mim
Para não dar atenção
Não é fácil de ver o que está passando por você
Eu dei-lhe uma tentativa
Não vi você seguindo o meu caminho
Agora você que segurar minha mão
Você optou por levá-la
A verdade é que eu nunca pensei que iria fazer isso
Aqui estamos
Sem chance estou deixando
Idéias de amor e de vida que pode assegurar a enganar
Aqui estamos nós agora
Como é que aconteceu?
Naquele momento eu tinha certeza que não sabia
A finalidade do encontro
Naquela época eu não acreditava então
De alguma maneira você veio pra mim
E nunca mais vou incitar uma briga
Quando estiver tudo certo
Finalmente tudo está certo
Agora você quer segurar minha mão
Você optou por levá-la
A verdade é que eu nunca pensei que iria fazer isso
Aqui estamos
Sem chance estou deixando
Idéias de amor e de vida que pode assegurar a enganar
Aqui estamos nós agora
Agora você quer segurar minha mão
Você optou por levá-la
A verdade é que eu nunca pensei que fazer isso
Aqui estamos
Sem chance estou deixando
Idéias do amor e da vida, com certeza pode ser enganador
Segure minha mão
Você optou por levá-la
A verdade é que eu nunca pensei que fazer isso
Aqui estamos
Sem chance estou deixando
Idéias do amor e da vida, com certeza pode ser enganador
Aqui estamos nós agora
Aqui estamos nós agora
Capítulo 28 - A lenda
Ficamos no chalé o resto do dia, entre beijos, caricias e amassos... Eu definitivamente não conseguiria sair dali por vontade própria, teria que ser arrastada!
Estava sendo um dos melhores dias da minha vida, ficar com Edward sem medo, sem restrições e sem dor. O que eu sentia era indescritível, a cada toque e a cada beijo, eu não me cansava, meu corpo e minha alma dependiam daquilo como um viciado à sua heroína.
E Edward se mostrou um amante que eu jamais teria esperado dele, era surpreendente o fato de que ele conhecia o meu corpo melhor do que eu, ele me enlouquecia com coisas tão simples... e meu coração pulsava tão absurdamente que a qualquer momento eu poderia infartar, e não que isso fosse ruim, seria adorável morrer nos braços dele, meu Edward...minha vida...meu amor...
-Morceguinho... – sussurrei. Estávamos deitados no chão, ainda em frente à lareira e entre lençóis “emprestados”. Ele me abraçava forte por trás, e eu podia sentir a vibração do seu corpo nú e gélido.
-Hum? – ele sussurrou ao meu ouvido enquanto dava mordidinhas na minha orelha.
-Qual foi o teste de auto-controle mais difícil pra você? Quando você estava caçando e me viu ou hoje quando bebeu o meu sangue? – perguntei me virando para fitar os seus olhos.
-Na caçada. Naquela época eu tinha certeza de 3 coisas: você tinha o sangue mais tentador que eu já havia sentido; eu te amava incondicionalmente; você era humana, mas não poderia ficar sem você. Entretanto eu não tinha certeza de que conseguiria ficar perto de ti sem te machucar... e você aparecer exatamente quando meus instintos me cegavam foi a pior coisa que poderia acontecer...eu poderia ter te matado... teria te perdido pra minha sede... eu não sei como consegui parar Andie, não naquele estado, eu nem sabia se era correspondido, eu nem sabia se você algum dia me amaria, a única coisa que me freou foi olhar pra minha vida futura e me vê sozinho sem você... E hoje que eu sei que você me ama tanto quanto eu, eu consigo enxergar as coisas com clareza, e beber o seu sangue não é tentação o suficiente diante da tentação de te ter todos os dias ao meu lado, de ficarmos juntos pra sempre...
-Pra sempre...- murmurei me voltando a ficar de costas, não poderia fita-lo e deixar que ele percebesse a minha tristeza iminente. Pra sempre? nem perto disso!!
-Que foi? Andie eu não posso te ler, não saber o que está pensando me frustra...
-Não foi nada, só estou cansada...
-Quer ouvir uma historinha de ninar? – ele me perguntou sorridente.
-Historinha de ninar?! – perguntei desconcertada. Pra que diabos eu iria querer ouvir historinha de criança?
-Na verdade é uma lenda, eu acho que ela se parece com a nossa relação, a forma como você apareceu na minha existência...
-Tá, conta ai...
-É sobre o nascimento da flor-de-lótus – ele recitou a lenda calmamente, como se fosse o próprio um poema.
“Certo dia, à margem de um tranqüilo lago solitário, a cuja margem se erguiam frondosas árvores com perfumosas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos onde aves canoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra.
- Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.
-É verdade - disse o ar. - É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade.
- Não te queixes - disse a água -, pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão fogo, entra e sai por toda parte servindo a vida e a morte. Eu faço o mesmo.
- Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar - disse a terra - pois estou sempre imóvel, e mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço.
- Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos - tornou a dizer o fogo - com discussões supérfluas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união.
Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo. Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! como ele era ingrato. Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram:
- E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? - A idéia pareceu digna de experiência.
-Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes.
- Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste.
- Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta. - Eu porei todo o meu calor - disse o fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores.
Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana.
Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada. a incomparável jóia na flor de lótus. Assim, o santo cresce além deste mundo e o ultrapassa. Apesar de suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, sua cabeça está erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universalidade ilimitada”.
-Edward eu...sonhei com isso... – falei confusa.
-Com o que?
-Não assim exatamente, mas sonhei que você me dava uma flor-de-lótus e um poema que continha parte dessa lenda... eu..nunca a tinha ouvido antes...
Flashback on:
Eu porei as melhores forças de minhas entranhas
e alimentarei suas raízes
Eu porei as melhores linfas de meus seios
e farei crescer sua haste
Eu porei minhas melhores brisas
e tonificarei a planta.
Eu porei todo o meu calor
para dar às suas corolas as mais formosas cores.
Com amor, Edward Cullen.
-Oh Edward como é lindo! Te amo sabia?
-Sabia, mas não me importo de ouvir de novo, pode falar o quanto você quiser, mas ainda assim eu sempre irei te amar mais.
-Nada disso! Eu amo mais! Eu posso provar!
- É mesmo? Então prove!
FlashBack off.
-Você nunca me disse que sonhava comigo – ele sussurrou me beijando a face.
-Foi antes de estarmos juntos Edward, uma noite antes de saber que você é vampiro...você não acha isso estranho? – perguntei ainda confusa.
-Não sei amor, talvez tenha sido um aviso..., mas que diferença faz agora? Nós estamos juntos e você é a minha flor-de-lótus!
-Eu sou a flor? – perguntei sorridente.
-Claro!! Você pensou que te contei isso em vão? Pra mim você é a flor-de-lótus que ermergiu pra iluminar minha existência, você é tão perfeita Andie... o que seria de mim sem você?
-Deixe-me ver se eu entendi... eu sou o símbolo da pureza e perfeição enquanto você é o homem que me vê como exemplo?
-É! – Edward falava tão sorridente que estava quase arfando.
-Pureza e perfeição... eu? – com essa eu tive que gargalhar, eu poderia ser qualquer coisa menos pura e perfeita, que ridículo!!! Edward fechou a cara e não entendia o porquê eu ria tão descontroladamente.
-O que foi? – ele perguntou desconcertado.
-Edward francamente, de todas as comparações possíveis você me compara logo com o impossível, eu não tenho nada de puro, quem dirá perfeito! Eu sou exatamente o oposto!
-Oposto?! Ta louca? Você não se vê com clareza Andie! – ele berrou inconformado.
-Edward é por eu ser tão imperfeita que eu estou morrendo...e é por eu ser tão impura e tão podre que nunca te contei meu passado... ele está nas trevas, trancado a sete a chaves!
-Nada do que você foi ou que você é agora vai me fazer mudar como eu te vejo, você vai ser sempre a minha Andie, minha flor, minha vida, meu amor...pra sempre!
-Isso significa que não quer mais saber do meu passado?- perguntei sarcasticamente.
-Não exatamente, eu quero saber do seu passado, mas não me interessa se ele está envolto de trevas e o que quer que seja, ainda assim eu vou te amar – ele falou ternamente e me beijou fervorosamente.
-Hum...e se eu morrer antes mesmo que você saiba a causa? Ainda assim vai me amar?
-Se você morrer, eu não durarei muito tempo pra pensar nisso...
-Como assim? – perguntei curiosa.
-Andie acho que você não entendeu ainda. Eu sou um vampiro, e meu amor é imutável, uma vez adquirido pra sempre estará comigo. Minha existência não é possível sem você, não existe a possibilidade de eu sobreviver a sua perda, nem em mil anos eu me recuperaria...
-Mas você é imortal Edward, como você não duraria pra pensar?
-Não tão imortal quanto você pensa...eu posso morrer também.
-Como é que é? Você nunca me falou nada sobre isso...- perguntei incrédula.
-Você nunca perguntou... – ele deu de ombros.
-Co-mo se mata um vampiro? – gaguejei temerosa.
-O ideal é cortar em pedaços e queimar... – ele respondeu incomodado com rumo da conversa.
-Fogo... – não foi uma pergunta.
-É, fogo.
-Edward você ta querendo me dizer que iria se queimar logo após a minha morte?! – perguntei só agora percebendo a barbaridade que ele planejava.
-Não exatamente, acho pouco provável só o fato de me queimar eu morrer, vou precisar que façam o serviço pra mim, o serviço completo... – ele falava a contragosto.
-EDWARD! ninguém iria se atrever a fazer isso com você! – agora eu estava enraivecida. Como ele poderia fazer uma coisa dessas? Que insanidade!
-Na verdade, eu sei que ninguém conhecido faria, então eu iria perturbar os Volturi na Itália, daí eles fariam o serviço sem pestanejar...
-Volturi? Que diabo é isso?
-A realeza dos vampiros... eles que matém a ordem no nosso meio, nós não podemos nos revelar para os humanos, então qualquer vampiro que queira atrapalhar essa ordem são exterminados pelos Volturi.
-Edward isso é ridículo! Se matar a troco de nada!
-A troco de nada? Você não sabe o que está dizendo! Esqueça isso, vamos voltar pra Forks todos devem estar preocupados –ele encerrou a conversa se levantando e me deixando lá boquiaberta.
-Nessa chuva?! – perguntei. Edward coçou a cabeça num ato tão humano que eu tive que rir.
-Qual a graça agora? – ele perguntou desconcertado.
-Não sabia que vampiros tinham esses “tics” humanos... – falei imitando-o em tom de brincadeira.
-Hum nem eu...é a convivência com você, ta me deixando doido...
-Humanos agora são doidos? Eu sou doida?– perguntei caçoando dele.
-Você? Ainda duvida? Você é a loucura em pessoa! – ele brincou com seu sorrisinho torto.
-Então me responda uma coisa Sr. Sanidade, porque está andando pra lá e pra cá completamente nú? – falei enquanto apreciava a bela visão do deus grego a minha frente.
-Não gosta? – agora ele que caçoava de mim. Ele olhava para o próprio corpo e passava a mão pelo peitoral MA-RA-VI-LHO-SO!!!!
-Magina...nem um pouco....quem iria gostar de ver a nudez do vampiro mais sexy,mais lindo, mais gostosão e tentador de todo mundo? – caçoei dando um sorriso torto.
-Sério? Tânia não pensa assim...
-QUEM?!! – perguntei fechando a cara.
-Hey, não precisa fechar a cara, é só brincadeira amor... – ele veio em minha direção e me beijou.
-Eu ouvi muito bem o que você disse Cullen! Quem diabos é Tânia? – perguntei me desvencilhando com esforço do seus beijos [lê-se com muito, muito, mas muito esforço mesmo!!].
-Uma das Denalli Andie, é só uma amiga e nada mais, só estava brincando contigo...nem achei que você sentiria ciúmes... – ele respondeu acariciando minhas bochechas.
-Ela é só uma amiga na concepção dela também? – perguntei incisiva.
-Claro Andie! Ela é amiga da família! – agora ele estava incomodado.
-É mesmo? Você está me escondendo alguma coisa! Estou sentido Edward! – berrei me levantado e agora eu que andava nua pra lá e pra cá.
-Não estou escondendo nada meu amor, e por favor, não faça isso se não quiser que eu te ataque... – ele me comia com os olhos...
-Edward você é insaciável! – brinquei voltando pra seus braços. Claro né! Quem iria resistir?
-Vamos ficar aqui só até a chuva passar...- ele sussurrava entre beijos e caricias.
-Vou precisar de pelo menos 10 vampiros do porte de Emmet pra me tirar daqui...é humanamente e vampiricamente impossível me fazer desgrudar de você agora... – sussurrei o enquanto o empurrava pro chão e montava nele. Edward gargalhou com a minha comparação.
-Se você precisa de 10 então eu preciso de 100!! – e então nos calamos e apreciamos o momento. Ele me tocava e me beijava e seu membro já me penetrava fervorosamente. Eu em cima dele me movimentava rápido e forte conforme nossos desejos cresciam, conforme nossos corpos gritavam por mais. Ele me dava auxilio com as mãos em minha cintura e fazia pressão pra baixo. E eu imaginei o quão ridículo seria se aqui tivesse vizinhança, porque nós estávamos gemendo horrores. Fazer amor com Edward era simplesmente indescritível, ele era tão viril e tão doce ao mesmo tempo. E ele me extasiava uma, duas, três vezes seguidas. Até quando esse homem pretende fazer meu coração explodir?!
Capítulo 29 - Se eu quero, você casa!
Horas depois....
-Edward a chuva não passa.... – sussurrei enlaçada em seus braços.
-Pensei que você queria ficar aqui...enjoou?
-Claro que não, só acho que sua família deve estar preocupada...
-Eles vão ter que esperar, você vai congelar se sair nesse tempo.
-Edward. Alice me disse que vocês não tinham secreções...no entanto quando você goza sai uma secreção transparente...
-É eu também não sabia dessa secreção, eu estava tentando entender...
-Como assim? Como você não sabia? Você nunca...? não acredito!
-O que você esperava? Andie, nunca senti nada por mulher alguma, nenhum tipo de atração, nada! Só você me faz sentir isso, só você me dá essas sensações humanas...
-Mas você é tão...experiente...- murmurei tentando digerir a novidade.
-Pedi uns conselhos pra Emmet...eu...não sabia o que esperar...- ele falou envergonhado.
-Hum, isso foi interessante...
-Interessante pra ruim ou pra bom? – ele perguntou mordiscando os lábios.
-Interessante pra maravilhoso! Você é só meu!! – falei sorridente e ele gargalhou.
-Como eu estava dizendo, eu também não sei o que é essa secreção, acho que é veneno, não sei, não deve ter função nenhuma, afinal vampiros são imutáveis...
-Isso também é interessante... – falei pensativa.
-O que você está pensado? – ele me olhou curioso.
-Imaginando se vampiros poderiam ter filhos...
-Óbvio que não! Vampiras não ovulam Andie...
-As humanas ovulam...
-Ficou louca?! Está querendo dizer um vampiro e uma humana?! Andie não! Isso é ridículo! O que quer que seja esse liquido não é sêmen, e sem contar que nossas espécies são diferentes, é geneticamente incompatível! – ele berrou me olhando apavorado. Não consigo imaginar o que se passa na mente agora.
-Calma Edward...eu só estava pensando...
-Eu...eu não posso te dar um filho Andie, desculpe por tirar esse direito de você...mas se é tão importante pra você eu não ia me importar se...
-Cale-se Edward! agora é você que está louco! Eu não me deitaria com mais ninguém por causa de um filho, não seja ridículo! E além do mais não faria diferença, porque eu sou estéril... – falei a contragosto. Edward me encarou chocado.
-Sério? Você não está mentindo pra me tirar esse peso da consciência não né?
-Ridículo! Pra que eu iria mentir? Eu te disse que sou imperfeita, cheia de falhas.
-Andie isso não muda o fato de você ser perfeita, eu não queria pensar assim, mas de certa forma isso a torna mais perfeita pra mim, eu não preciso me preocupar mais em não te dar tudo o que você tem direito. Eu sei que é um pensamento egoísta mas é isso que eu estou sentindo agora, não consigo controlar...
-Eu não iria querer ter um filho nem que pudéssemos Edward...eu não iria ter um filho sem saber até quando eu poderia cuidar dele, se eu morresse enquanto ele fosse apenas um bêbê?
-Você não deveria pensar assim, você tem que viver tudo que tem pra viver independe de quando se vá morrer, todos morrem um dia, e nem por isso o mundo para pra esperar pela morte, todos casam, têm filhos, mesmo sabendo que pode morrer no parto ou na próxima esquina.
-Eu sei, é que eu não consigo ver nada além do meu futuro, eu só consigo ver a mim e a você e nada mais, e então termina.
-Não termina! Nunca vai terminar, será pra sempre Andie! – ele soluçava mas não havia lágrimas.
-Que seja Edward...- respondi a contragosto. Que ingênuo!!
-Essa conversa me fez lembrar de algo muito importante – ele falava pensativo.
-O que? – perguntei curiosa.
-Que não podemos mais ficar perdendo tempo, que precisamos oficializar nosso amor...
-Oficializar? Em que sentido?
-Casar oras!
-CASAR!? Ta louco? – berrei incrédula. Que sentido tem esse casamento se não vai durar nada? Prefiro viver meu eterno namoro de casal apaixonado e morrer feliz e sem preocupações, do que viver embaixo de brigas de casal. Ninguém merece!
-Droga não me programei pra isso! Tenho que comprar as alianças...preciso falar com Alice, ela vai adorar preparar as coisas! – ele nem me ouviu... ¬¬
-EDWARD! você está me ouvindo?! Que maluquice é essa? Eu não vou casar não! – berrei mais alto e ele ainda estava pensativo e inexpressível.
-A cerimônia poderia ser lá em casa mesmo, poucos amigos, mas vai ser difícil fazer Alice concordar com isso... – Mas que porra ele não tava nem aí pra o que eu estava dizendo!
-EDWARD!!!EU.NAO.QUERO.CASAR.PORRA.NENHUMA!!!! – gritei e ele finalmente olhou pra mim ainda inexpressível.
-Está fora de questão, isso não foi um pedido Andie, você está emocionalmente comprometida e não está ciente do que está dizendo, e como eu sou o responsável por você eu que decido!
-O QUE?!!! Vai me obrigar a casar com você? Ficou louco? Bateu com a cabeça? – eu tinha um péssimo pressentimento quanto a isso, Edward quando quer ele consegue, ainda mais vindo de mim que fico feito retardada perto dele.
-Andie...você precisa dormir – ele me beijou e me deitou forçadamente.
-Não acabei de falar....
-Shii!!... vai querer uma cantiga de ninar também? – ele sorria maroto e me acariciava o rosto.
-Não vai ficar assim Edward Cullen! – murmurei e pendi meu corpo pro lado, não tinha percebido que estava exausta.
Capítulo 30 - Ciúmes e Porradas!!
Finalmente a chuva horrorosa estiou e pudemos voltar pra casa. Iríamos passar primeiro na casa de Edward. Chegando lá Edward estancou na porta fazendo bico.
-Que foi? – perguntei.
-Visitas... – ele murmurou.
-E isso é ruim? – perguntei confusa.
-Não necessariamente...são as Denalli...- ele me encarou procurando alguma coisa em minha expressão. Ciúmes!
-Hum...não pode ser tão ruim... – alguma coisa me dizia que seria péssimo! Entramos e encontramos todos reunidos na sala, com expressões arrasadas. Assim que entramos todos se voltaram pra nós e sorriram.
-Oh meu Deus Edward, onde você esteve meu filho? – Esme veio soluçando.
-Estávamos preocupados com o sumiço de vocês – Carlisle veio logo atrás nos cumprimentar.
-Alguém morreu e eu não fiquei sabendo? Vocês estão péssimos! – tive que perguntar. Eles sorriram.
-Vocês somem a dois dias e queria nos encontrar como? – Esme falou me dando uma abraço de urso.
-Felizes oras! Quem não ficaria feliz em se livrar de uma maluca como eu? – brinquei e eles riram. Adentrei a sala, Alice estava estranhamente quieta num cantinho fazendo bico, e haviam mais 3 mulheres em pé na outra extremidade da sala. Uma delas sorria abertamente, enquanto as outras estavam sérias.
-Andie essas são Tânia, Carmen e Irina, elas ficarão conosco por uns dias. – Carlisle fez as apresentações.
Carmen me cumprimentou sorridente, ela tinha cabelos louros, curtos e espetados, muito carismática Foto . Irina não foi tão receptiva quanto Carmen mas portava uma beleza típica de vampiras, cabelos escuros e cacheados Foto . Já Tânia...prefiro não comentar... Foto ela fez uma cara feia que me deixou incomodada, não sei se foi por eu ser uma humana ou por eu estar com Edward, afinal essa historinha de que eles eram só amigos ainda não engoli.
-Muito prazer...er...desculpem os trajes, eu preciso tomar um banho...- falei desconcertada.
-Venha querida, tem roupas suas lá em cima – Edward falou me levando escada acima. Tânia me encarou e estalou a boca em sinal de desaprovação. Deu uma vontade de gritar “morra de inveja mocréia”!!.
Seguimos para o quarto de Edward, não comentei nada afinal em casa de vampiros as paredes tem ouvidos, literalmente...
-O que foi amor? Tão calada...está cansada, com fome? – Edward perguntou apreensivo.
-Não, estou ótima! Só preciso de um banho mesmo, vem comigo? – perguntei com um sorriso torto.
-Creio que não seja uma boa idéia – ele respondeu sem graça.
-Qual o problema Edward? estamos só eu e você aqui – sussurrei em seu ouvido enquanto arrancava suas roupas.
-Eu não vou conseguir me segurar...- ele sussurrou em resposta.
-E quem disse que precisa se segurar? – falei o arrastando pro banheiro.
-Andie você é muito...histérica...todos vão ouvir...- ele sussurrou mordiscando os lábios.
-Hey! Não exagera, eu não sou histérica! Sei muito bem ficar calada...- falei enquanto tirava minhas roupas.
-Você não sabe o que está dizendo,você perde a noção de tudo quando estamos juntos...- ele brincou me beijando em seguida, edizinho já estava animado...
-Banheira ou chuveiro? – ele perguntou entre beijos.
-Chuveiro...- falei e ele me arrastou pro box.
Abriu o chuveiro e me enlaçou em sua cintura. Beijou meu pescoço, meu colo e me penetrou com força me chocando contra a parede. Ameacei gemer e ele tapou a minha boca me suplicando com os olhos pra que eu ficasse quieta. Quase impossível!! Então ele continuou e eu consegui não sei como ficar calada, sentindo todo o prazer que ele me proporcionava.
-Edward eu vou...! – DROGA! Deixei escapar um gemido alto e logo em seguida ouvi as gargalhadas de Emmet lá embaixo. Edward me olhou sereno, ele ainda estava arfando e eu me assustei com a merda que eu acabara de fazer.
-Eu disse que você é histérica... – Edward caçoou me beijando e eu tive que rir. Terminamos o banho e descemos.
-Derrubando o banheiro irmãozinho? – Emmet gargalhou e todos na Sala riram, menos Tânia que fez cara feia.
-Cala a boca Emmet! – Edward berrou e eu corei.
-Vem Andie vou te levar pra casa – Edward me arrastou pra fora.
-Espera Edward preciso falar com Alice, ela está estranha... – falei tentando me soltar, esforço em vão...
-Não se preocupe, ela só está fazendo cena, ela vem te ver a noite – ele falou e me levou até o carro.
Ficamos em casa o resto do dia e não comentamos nada sobre as Denalli, Edward não queria falar sobre isso.
-Amor eu não vou ficar contigo esta noite...preciso receber as visitas adequadamente, vai ficar chato se eu não aparecer... – Edward sussurrou em meus braços.
-Hum...te vejo na aula amanhã então...- ele saiu e fui correndo cuidar dos meus bebezinhos, estava morrendo de saudades. Fiquei brincando com eles por um tempo até que a campainha tocou.
-Jake!! – gritei lhe dando um abraço de urso.
-Céus Andie onde você esteve?! Passei dois dias te procurando e nem sinal de vida! Estava começando a achar que o sanguessuga...
-Estou bem Jake, e não! Edward não fez nada! Não seja ridículo! – o interrompi antes que ele pronunciasse as baboseiras que passavam em sua mente.
-O que você queria que eu pensasse? – ele arqueou aas sobrancelhas como se tivesse falando algo extremamente óbvio.
-Vai ficar ai parado ou vai entrar? – murmurei acenando com a cabeça para o interior da casa.
-Então... o que aconteceu? – ele perguntou se jogando, literalmente, no sofá. Cocei a cabeça desconcertada, por onde eu começo?
-Bom, briguei com Edward, e fui parar no Alaska, tive outra crise, desmaiei e ele me achou, ficamos em uma cabana horrorosa esperando a chuva passar e voltamos, pronto foi isso! – cuspi tudo em um único suspiro.
-Wow! Calma aew! Como você foi parar no Alaska sozinha? – ele indagou incisivo.
-Correndo oras! – dei de ombros.
-Há Há! É algum tipo de piada? – Jake era assim mais lerdinho mesmo do que os outros, ele ainda não tinha notado meus “dotes” sobre-humanos.
-Jake qual é! Você já deveria ter percebido que eu não sou tão normal assim... – ele me olhou cético.
-E posso saber o que te faz ser Não tão normal assim? – ele perguntou zombeteiro.
-Se pudesse eu já tinha falado dã!! – brinquei e ele fez bico.
-Hum...você é tão complicada, dá até dor de cabeça... – ele murmurou ainda fazendo biquinho.
-É só não pensar nas minhas complicações e a dor passa, meus problemas são meus! – murmurei me deitando no sofá.
-E posso saber porque o chupa-cabra chiclete não ta aqui? – ele perguntou tentando parecer indiferente. Óbvio que ele queria saber se houve reconciliação.
-Não estamos mais brigados se é isso que você quer saber – eu disse e ele apenas me olhou fechando a cara.
-Na verdade me intriga o fato de ele não ta grudado em você... o que só poderia ser por dois motivos, ou ele foi acabar com a fauna local ou ele tem algum outro motivo muito mais interessante pra te deixar aqui sozinha...- ele murmurou pensativo. Odiei esse comentário pra variar! Que motivo poderia ser mais interessante do que ficar comigo?! Tânia?! AHH!&@%(785)(%)@&)%O*)¨%O*!!!!
-Chegou visitas na casa dele...- falei a contragosto.
-Mais sanguessugas?! – ele arqueou as sobrancelhas.
-É.
-Hum preciso manter o bando informado...
-Não se preocupe, eles são como os Cullens, e são amigos da família.
-Não sei como você se sente tão a vontade com esses...
-Não começa Jake! – interrompi jogando um travesseiro nele, que por sua vez revidou e ai já viu né? Briga de travesseiros!
Não sei exatamente como terminou a noite, só sei que acordei toda quebrada. Estava esparramada num dos sofás e Jake estava babando meus travesseiros no outro sofá. Levantei atordoada e olhei pra frente, me deparei com na mais nada menos Edward Cullen paradão em um dos pilares da sala, com braços cruzados e fuzilando a mim e Jake. Dessa vez eu consegui ficar assustada com tamanha fúria que fluía daquele ser, uma mistura de ódio e dor. Ele entreabriu os lábios fazendo menção pra falar, mas parou esperando explicações.
-Não é o que você está pensando Edward – murmurei bocejando.
-E o que eu estou pensando Andie? – ele falou ríspido.
-Está pensando um monte de bobagens e abobrinhas! Jake veio me visitar quando você saiu e ficamos conversando até tarde, caímos no sono e só! – falei indo em sua direção. Ele continuou imóvel e inexpressível.
-Edward por favor diga alguma coisa, está me assustando! Aconteceu alguma coisa? – perguntei aflita.
-Estou te assustando?! Ótimo! – ele berrou andando até as escadas.
-Edward! você entendeu o que eu quis dizer! – continuei andando atrás dele, que por sua vez andava escada acima.
-Edward Responda! O que aconteceu? – só paramos de andar quando estávamos no quarto, ele bateu a porta e me encarou.
-O que aconteceu? Eu é que pergunto! Eu te deixo em casa pra descansar e você recebe visitas tarde da noite de outros homens! De um cachorro!! E ainda deixa o infeliz dormir aqui! Do seu lado! E ele ainda está semi-nú! Que reação você esperava de mim? O que você quer que eu pense?! – ele berrou ficando em pé a minha frente.
-Edward que ciúmes ridículo! Você sabe que não aconteceu nada demais! E eu não recebi visitas de OUTROS homens, recebi visita do meu AMIGO! E ele não está semi-nú, só está sem camisa! – berrei em tom de igualdade.
-NÃO!! Eu não aceito essas visitas! Ele está babando por você e está só esperando uma oportunidade de te fisgar! Eu não sou idiota de deixar ele ficar dormindo com você!!! Isso é o cúmulo do absurdo! Você não faz idéia do esforço que estou fazendo pra não descer essas escadas e acabar com a raça daquele cachorro! – quando disse isso, ele bateu com o punho na parede e abriu um buraco fazendo um estrondo na casa. Eu fiquei em choque com a feição assassina que ele tinha.
-Andie você está bem? O que está acontecendo? – Jake perguntou do outro lado da porta, me tirando do meu estado de choque.
-E-u...es-tou bem...- nesse instante Edward se virou e abriu a porta bruscamente, eu o segurei pelo braço com força e berrei.
-EDWARD NÃO! Por favor não! Jake saia por favor! – Jake tinha uma feição calma até ver o buraco na parede, ele então olhou pra mim abismado e cheio de fúria.
-O que você pensa que está fazendo?! Se você machucá-la eu te mato desgraçado! – Jake se posicionou em ofensiva na frente de Edward que rosnava em resposta.
-Nunca machucaria minha Andie, vira-lata! Só não posso garantir que não aconteça com você! – Edward berrou ficando a pouco centímetros de Jake. E depois disso não vi mais nada, tombei no chão fazendo um estrondo.
-Andie!! Andie!! Olha o que você fez cachorro!
-Eu fiz? Isso é tudo culpa sua!
Não sei quanto tempo se passou, mas quando acordei estavam Jake e Edward cada um de uma lado da cama.
-Hey amor, como se sente? – Edward perguntou com uma feição de dor e aflição.
-Melhor...desmaiei de novo? – perguntei mordiscando meu lábio inferior.
-Seu corpo não está reagindo bem as emoções...- Edward sussurrou me beijando em seguida. Jake se remexeu ao lado da cama incomodado.
-É. Eu percebi... me deixem sozinha por favor, preciso me arrumar pra aula.
-Nem pensar! – responderam Jake e Edward em coro.
-Não vou falar duas vezes! Saiam! – ordenei imponente. Eles resmungaram e saíram.
Depois do ocorrido me despedi de Jake que estava preocupado e fui para a escola com Edward, esse nem precisa comentar né? A preocupação e o desespero em pessoa. Passou o dia todo me paparicando, só faltou me levar no colo de sala em sala.
Ao final das aulas Edward me deixou em casa e foi pra sua prometendo me buscar para um passeio mais tarde. Até ai tudo bem, meu problema agora era Alice que mal falou comigo o dia todo, não sabia o que diabos se passava naquela cabeçinha de fada.
-Ali, precisamos conversar! – falei ao telefone.
-Chego ai em dois minutos! – ela respondeu em tom de empolgação, podia garantir que ela estava dando pulinhos do outro lado da linha, alguém entende essa criatura? Eu pensei que a bipolar aqui fosse eu...
Quando sai do banho a pequenina já estava sentada na minha cama.
-CONTA TUDO!!! – ele pulou da cama e começou a saltitar pelo quarto.
-É CONTA TUDO, TAMBÉM QUERO SABER!! – Rosalie entrou pela janela me arrancando um susto.
-Rose você quer me matar de susto?! – perguntei com os olhos arregalados.
-Desculpe, Emmet me segurou em casa só consegui vir agora...- ela fez biquinho.
-Primeiro quero saber o motivo da ceninha ontem e hoje na escola senhorita Alice Cullen – falei me encaminhando para o closed me trocar.
-Ah! Não foi ceninha, eu estava “de mal” de você!
-“De mal”?! Ali francamente que coisa ridícula! Parece uma criança.
-Você é muito mal comigo Ani! Passa dois dias fora e sozinha com Ed. e nem me liga, não diz nada, você não me ama né?
-Ali, é claro que eu amo todos vocês! E não contei porque não tive condições! – respondi enquanto me vestia.
-Vai, conta tudo, tim-tim por tim-tim, todos os detalhes!! – elas me olharam suplicantes e sorridentes.
-Bom, o que vocês já sabem? – perguntei já me sentando na cama.
-Não enrola Ani, quero saber da chalé, o que houve lá?
-Ali se você já sabe porque ta perguntando?
-Hey eu não sei de nada! Esqueceu que não consigo te ver com clareza? – ela fez biquinho.
-Hum...bom...er...ah você sabe...tipo...rolou uns amassos e tal...
-Ani conta logo!!! – elas berraram em coro.
-Ai vocês são tão enxeridas! Nós fizemos oras!
-Fizemos o que?
-Sexo caramba não é óbvio?! – suspirei enquanto elas faziam cara de que era novidade, fala sério!
-AHHHHHHHHH!!!!!OMG! OMG! – agora as duas pulavam pra lá e pra cá pelo quarto. Ridículo!
-Como foi? Ele foi gentil? – elas perguntaram se sentando novamente na cama.
-Depende do que você entende por gentil...Porque na minha concepção gentileza não se aplicou à ocasião...
-Como assim? – perguntaram em coro.
-Ah...ele foi super carinhoso, mas no ato ele era um tanto bruto, tipo, se eu não fosse o que sou , ele teria me quebrado a bacia e deixado alguns hematomas...não que isso seja ruim...na verdade foi maravilhoso...ah! foi ótimo, foi gostoso, ele é um tesão e me deixa doida e é isso que importa! – cuspi tudo num jato de palavras.
-Bruto hein?...uhuuu..!!! Edzinho todo todo hein... ui ui ui – e começou a gozação com minha cara.
-Ah se é pra ficar gozando com minha cara não falo mais nada! – fechei a cara fazendo bico.
-Desculpe – elas pediram em coro.
-Ai Ani estou tão feliz por vocês! Já posso arrumar as coisas pro casamento? – ela voltou a saltitar pelo quarto.
-Tá doida menina? Que casamento?
-iiii nem adianta fazer essa cara! Sabe que vai casar nem que seja arrastada! Isso é importante pra mim e pra família, e pra Edward, você não pode me tirar esse direito! E eu vou ser a madrinha e ponto final! – fiquei paralisada olhando as duas comemorarem um casamento louco, de que adianta falar alguma coisa? Nada né? Essa ai é irredutível!
-Edward ta demorando...- sussurrei encarando a janela.
-Ah! Vamos lá pra casa! Podemos começar a escolher o seu vestido!! – ignorei os devaneios de Alice e aceitei apenas a proposta de ir logo ver meu Edward.
Chegando na casa deles, estavam todos na sala menos Edward e Tânia. Agora veja só a baixaria!!! Alice me olhou percebendo o que eu tinha percebido e todos ficaram tensos quando perceberam o que eu percebi [entenderam?surtei agora com essa coisa de perceber]. Não falei nada e corri para o quarto de Edward, não bati na porta, na verdade eu abri com tanta força que quase derrubo. E pra meu profundo sofrimento e desagrado, presenciei a cena, ela mesma, maldita cena que me tirou do sério, me tirou todo o auto-controle que eu desenvolvi por anos. Podia sentir a adrenalina borbulhar nas veias e meus músculos ficaram rígidos e tensos de ódio e fúria.
Tânia estava deitada na cama, semi-nua e vestindo a camisa de Edward. Edward por sua vez estava dentro do banheiro,percebi pelo barulho do chuveiro. Agora me digam, o que vocês iriam pensar? Óbvio! A bandida sem vergonha traçou o meu Edward e agora o safado estava no banho enquanto ela se deliciava na cama, nossa cama! Não deu outra, parti com tudo o que eu tinha pra cima da bandida.
-BISCATERA! VAGABUNDA! COMEÇA A CONTAR OS ÚLTIMOS MINUTOS DE VIDA! – parti pra cima dela com tudo e a empurrei com força, ela voou pela janela de vidro, se espatifando nas árvores. Os vidros voaram pra tudo quanto era lado e ela se recompôs rapidamente, se posicionando em ofensiva e mostrando os dentes pra mim, rosnou em resposta.
-Perdeu o juízo humana? Posso saber de onde saiu essa força toda? Arremessar uma vampira janela a fora não é uma coisa muito sábia a se fazer – ela tinha os olhos negros fixos em mim e pronta pra atacar a qualquer movimento meu. Eu estava agachada no lastro da janela também em ofensiva.
-O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – Edward saiu do banheiro aos berros, e paralisou com a cena.
-ANDIE?! O que...você está fazendo? – ele gaguejou com os olhos arregalados.
-Fique ai bem quietinho que o próximo é você Cullen! – respondi rispidamente o olhando de canto de olho.
-Andie pelo amor de Deus desça daí! – ele falou vindo em minha direção na intenção de me tirar da minha posição. Tânia ainda sustentava sua posição ofensiva. Não esperei que ele se aproximasse a tempo, e com minha velocidade básica parti pra cima de Tânia que já se preparara para o impacto.
*Edward Pov*
-NÃO!! PAREM!! – berrei enquanto observava em estado de choque as duas se engalfinharem pela floresta. De tudo mais absurdo que presenciei de Andie, sem dúvida esse era o pior. Ela estava se pegando com uma vampira?!!! E pior! Estava pau a pau, minto, Andie estava se dando melhor. Ela tinha um estilo próprio e diferente de lutar, confesso que até me impressionei com a sua postura elegante, tão graciosa, não parecia uma animal como a maioria dos vampiros lutam, era apenas uma linda guerreira.
Ela estava obviamente fora de controle, porém totalmente consciente de suas ações e de seus movimentos em batalha, como se ela tivesse feito isso desde que nasceu, como se tivesse sido preparada pra ocasiões como essa, e nesse curto espaço de tempo minha mente vagou e me levou de volta pro carro logo depois do acidente que Andie evitara...
FlashBack on:
-O que... diabos você fez?!
-Salvei uma criança...
-Isso eu percebi! Quero saber como você ainda está inteira!
-Eu fui feita pra isso...
-Feita?!
-É!
FlashBack off.
-Briga!!! Pega ela pega ela!! – Emmet berrou do meu lado me tirando dos meus devaneios.
-Emmet me ajude a separá-las!!! – berrei enquanto ele gargalhava. Os outros da casa agora estavam chocados observando as árvores caírem, o chão rachar, as rochas espatifarem e cabelos voarem pra todos os lados.
-Tá louco irmãozinho? Não vou parar essa briga por nada! Olha só Andizinha ta dando mó surra na Tânia– Emmet falou gargalhando enquanto os outros olhavam o repreendendo por tal atitude imprudente.
-Emmet Andie é vulnerável! – ele fechou o sorriso entendendo o que eu estava dizendo. Andie podia ser forte e rápida, mas ainda assim ela era humana e não era tão resistente quanto um vampiro, ela está recheada de órgãos vitais e bastava apenas um dando direto para eles se espatifarem feito gelatina. A sorte dela é que até agora ela não foi acertada diretamente, só a coitada da Tânia que tava apanhando feito mala velha, Andie derrubava, ela levantava pra cair de novo, eu tive até vontade de rir porque a cena foi hilária, mas meu lado consciente falava mais alto.
--Você segura a Tânia e eu pego a Andie – falei e corremos pra enlaça-las.
-Me solta Emmet! Vou arrancar o pescoço dessa pirralha!
-TENTA MOCRÉIA! EDWARD SE VOCÊ AINDA TEM AMOR A SUA MÃO É MELHOR ME SOLTAR, AINDA NÃO ACABEI COM ESSA PIRANHA! – Andie se debatia em meus braços, e céus que força!
-PIRANHA?! Vou te mostrar quem é a piranha!
-Parem as duas!! – berrei fazendo força pra segurar a Andie.
-Edward seu imundo como você ousa?! Ainda tem coragem me tocar! Me solta! Eu tenho nojo de você! – Andie berrou e todos se calaram e a olharam com espanto. O que diabos eu fiz pra ela estar com nojo de mim?
-O QUE?! Ficou louca? O que foi que eu fiz?! – gritei desesperado.
-Agora eu sou louca? Quer saber, eu vou quebrar a tua cara! – ela começou a se debater com mais força e foi preciso que Carlisle e Jasper pra me ajudarem, nem o efeito calmante de Jasper fazia efeito, Andie estava num frenesi alucinado.
-Andie minha filha, por favor se acalme – Esme soluçava em prantos.
-Calma o escambau! Culpa do seu filho que não respeita um relacionamento sério!
-Eu o que? O que foi que eu fiz?
-Olha pra aquela vaca e me diz Edward! – só então que eu percebi, Tânia vestia apenas roupas íntimas [mínimas] e por cima a minha camisa. Ah! Ah! Droga o que diabos ela fazia no meu quarto com minha camisa?
-O que...você faz com minha camisa Tânia? – perguntei num fio de voz.
-O que você acha? – ela perguntou sarcasticamente.
-Tânia não força! Diga a verdade pra ela! Andie pelo amor de Deus eu não fiz nada, nós não fizemos nada!! – falei entre soluços e suplicas.
-É mesmo? Qual a sua desculpa então? Eu vi Edward! ela tava vestida com sua camisa, deitada na nossa cama e você no banho!!! Seu imundo como ousa me trair assim!!!?
-NÃO! Eu nunca faria isso, eu não preciso de mais ninguém Andie, você é tudo pra mim, TUDO!!
-Ai quanto blá blá blá, como você é burra garota, esse papo meloso ta me dando nos nervos! – Tânia fez cara de nojo ainda presa nos braços de Emmet que se divertia com a ceninha.
-Burra?! Não pense que vai sobreviver a mais um dia biscate! Me solta Edward, me solta caralho!!
-É burra mesmo, como você pode se quer pensar que alguém como Edward iria te trair? Não acha isso ridículo? Eu fui ao quarto dele com segundas intenções mesmo, mas ele tava no banho então preparei uma surpresinha pra ele, e você chegou antes pra estragar a festa. Eu fui mesmo sabendo que não ia rolar nada, Edward nunca me deu bola solteiro quem dirá arriado os quatros pneus por você – Tânia falou fazendo bico e todos olharam pra ela estarrecidos com tal confissão.
-Tânia que coisa absurda! Você me envergonha! – Carmen falou indignada.
-Tou nem aí pra suas lamentações, eu não tinha nada a perder mesmo! – Tânia rebateu dando de ombros.
-Andie meu amor você acredita em mim agora? Andie?Andie? – ah! Desmaiou que eu nem percebi.
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Capítulo 31 - Revelações
Acordei com uma dor de cabeça horrorosa. Demorei alguns segundos pra me situar, estava no quarto de Edward. Ele estava deitado ao meu lado me acariciando as bochechas, com um semblante de dor e frustração. O olhei nos olhos e tornei a fechar me aninhando em seu peito.
-Desculpe...- foi tudo o que eu consegui dizer. Ele não respondeu. Ficamos em silêncio por alguns minutos.
-Me prometa que não fará isso de novo – Edward sussurrou me abraçando com força.
-E-u...não queria duvidar de você, me perdoe, eu sou uma burra mesmo...não vai acontecer outra vez eu juro – sussurrei deixando algumas lágrimas escaparem.
-Amor eu não estou falando disso, estou falando de sua luta insana com uma vampira, por Deus nunca mais faça isso, céus você é tão vulnerável...o que eu faria se você se machucasse? Eu não me perdoaria jamais, se vo-cê, se...eu não iria suportar te ver sofrendo...me dói só de pensar... – ele gaguejou entre soluços.
-Não sou tão vulnerável assim, sei me cuidar sozinha – murmurei fazendo birra.
-É sim! Você é humana, frágil e quebrável! Não me interessa se você é forte, rápida, resistente e luta bem, nada disso importa! Você cansa, você respira, você se machuca, você mor-re... – ele pronunciou as últimas palavras embargado.
-Tudo bem, vou tentar não me atracar com ela de novo, mas trate de não colocá-la no meu campo de vista! Mulherzinha barata, sem vergonha, ai que vontade de...
-Andie por favor... – ele me interrompeu e eu fiz bico.
-Eu sinto muito...- murmurei enterrando minha cabeça em seu peito.
-Tem outra coisa que está me preocupando...
-Não vai deixar passar dessa vez né? – perguntei me desvencilhando de seus braços e sentando na ponta da cama.
-Nem mais um dia... – ele murmurou também se sentando.
-Hum...você não faz nenhuma idéia?
-Algumas talvez...
-Então, me conte as suas teorias...
-Hum...eu pensei em algo como o incrível Huck fêmia... – ele murmurou prendendo o riso e eu tive que gargalhar.
-Eu fico verde quando estou com raiva? Pensei que tivesse algo mais coerente em mente – falei ainda gargalhando.
-Mulher maravilha então...- ele falou sorrindo.
-Menos pior, mas não tão bom assim...- sorri e fiquei séria em seguida.
-Edward pra mim parece tão óbvio! Você não lembra o que eu disse no dia do acidente?
-Você disse que foi feita...
-Isso, eu não estava brincando, eu fui literalmente feita, criada o que quer que seja!
-Criada como e por quem? Pra mim você não parece nenhuma exterminadora do futuro.
-Do futuro não...
-Do futuro não? – ele ficou sério e curioso claro!
-Edward eu não sou um robô!!! – ele tava me olhando cético e me apalpando pra ver se eu era de metal, ridículo!
-Então o que? Uma marciana feita pra exterminar o planeta terra? – ele caçoou dando o velho sorriso torto.
-Me poupe Edward!
-Então diz logo!
-Deixa eu falar e não me interrompe.
-Sou todo ouvidos – ele falou e se estirou na cama.
-Meu pai era dono de uma companhia de biotecnologia e desenvolvimento, ele fez uma associação às escuras com uma partição do exército. E acabaram por desenvolver um projeto que criaria super-seres, super-soldados mais especificamente. Eu fui a primeira, a cobaia...meu pai doou seus espermatozóides e minha mãe foi enganada por ele achando que iria fazer uma inseminação artificial, eles recolheram seus óvulos e fecundaram in vitro, mas no meio do processo fizeram suas modificações genéticas e resultou no que sou...um super-ser. Infelizmente ou felizmente o projeto não foi pra frente visto que eu era imperfeita e instável...então eu acabei sendo a única...
-Um super-ser? – Edward perguntou pensativo.
-é.
-Me conta os detalhes ainda não entendi direito, você sempre soube que fazia parte dessas experiências? E sua mãe como ficou na história? E porque você era imperfeita?
-Eu não sabia que era um rato de laboratório... Edward eu não...eu não tive infância, eu vivia pro exército, vivia sobre controle rigoroso, eu só tinha 12 anos e já era um soldado, o melhor deles, mais forte, mais rápida, um QI altíssimo, tinha um corpo de menina mas uma mente de mulher, mas pra mim era tudo normal eu não sabia de nada...meu pai mentiu pra mim, ele disse que minha mãe morreu no parto, quando na verdade ela estava internada numa clínica psiquiátrica...Eu só descobri toda a verdade quando completei 12 anos. Recebi uma ligação anônima que me mandou ir até o endereço de uma clínica, ele havia falado que era sobre minha mãe e que eu precisava saber a verdade, e eu fui mesmo sabendo que poderia ser armação ou algo do tipo. Lá me levaram pra conversar com uma mulher, ela era nova, só que os mau tratos escondiam sua beleza, parecia o meu espelho, fiquei estatelada com tamanha semelhança de traços. Ela estava deitada e cheia de fios e soros, e quando me viu desatou a chorar. Foi como se nos conhecêssemos a décadas, e vê-la chorar me quebrou no meio, e acabei chorando também sem motivo, eu pensei que estivesse ficando louca, nunca havia chorado uma vez se quer na minha vida e agora chorava feito criança...Depois de muito tempo ela conseguiu falar e me contou que era minha mãe...que vivi rodeada de mentiras e que eu fui tirada dela, eles não queriam que eu tivesse laços, e não queria que ela abrisse o bico e por isso a internaram como louca, para que se um dia ela se pronunciasse todos a tachariam de doente...Ela nunca abriu a boca porque haviam dito que eu seria morta, então ela esperou que eu tivesse idade suficiente pra correr os riscos...ela estava doente, câncer em estado terminal e não havia mais tempo pra esperar...Eu não sabia o que fazer, foi como se não houvesse mais chão sob mim, eu resolvi ficar com ela nos seus últimos dias e aproveitar a mãe que nunca tivera, foram os melhores e piores dias de minha vida. Ela me contou tudo sobre sua vida e tudo que almejava pra mim...morreu depois de 4 dias. Não tinha contado pra meu pai até então, resolvi averiguar as coisas sozinha, e então burlei algumas coisas e consegui acesso aos arquivos restritos, e lá tinha tudo sobre o projeto e sobre mim, o fracasso...como eu disse, eu tinha as melhores qualidades que qualquer humano e ainda era imune a quase todas as patologias que existem, porém meu QE (quociente emocional) era o pior, e por isso eles vedaram o projeto, eu não conseguia controlar o meu humor, todo ele era exagerado, vivia sob stress e acabei machucando varias pessoas com meu descontrole. Eles conseguiram criar algumas drogas que me mantinham razoavelmente estável, o único motivo pelo qual eu não fui exterminada. E então eu vive sob controle rígido e fui treinada a minha vida toda pra servir o exército, aprendi tudo sobre artes marciais e armas, cheguei até a fazer algumas missões...mas descobri a verdade me deixou furiosa. Peguei todos os arquivos e fui embora, não quis nem falar com meu suposto pai porque sabia que poderia mata-lo de tanto ódio que sentia. Voltei a revê-lo pouco tempo depois quando ele estava morto, acredito que o mataram pra que essa historia se enterrasse de uma vez por todas...
-E o que você fez depois?
-Passei 1 ano sozinha sem destino, recebi minha herança e vaguei pelo mundo sem destino... – tentei ser o mais clara possível pois não queria chegar no assunto que eu havia trancado a sete chaves.
-E?
-E conheci o Michael que cuidou de mim como filha, irmã e amiga...e foi a minha verdadeira família e só – falei fitando os meus pés.
-Hum...não estão me escondendo alguma coisa?
-Porque estaria? O que mais você quer? Acha que é fácil eu despejar toda a minha vida podre pra você? – berrei fazendo cara feia.
-Andie...eu sei que não é fácil, mas eu sei quando você me esconde algo importante, e sei que é exatamente o motivo pra você não ter me contado nada até hoje, e você ainda não me explicou a sua doença...as peças do quebra-cabeça ainda estão soltas...- ele sussurrou e me abraçou com força.
-Amor você está bem? Andie? Fala alguma coisa, você está tremendo! – e eu estava tensa, só em lembrar o que eu não queria me deixava em pânico.
-Eu...eu...matei...pessoas...- gaguejei desabando em lágrimas, Edward por sua vez ficou tenso e me abraçou com mais força. Silêncio...
-Meu suprimento de drogas acabou e então fiquei fora de controle...eu não sabia o que fazer era mais forte do que eu...qualquer coisinha eu me irritava e acabava fazendo besteira...e acabei matando inocentes...eu sou um monstro Edward!! eu deveria estar morta! – minha voz saiu embargada e agora eu me debatia em desespero, não queria lembrar disso, Michael havia me ajudado com isso, me ajudou a deixar isso no passado, me ensinou a controlar meu humor e a viver em paz com a sociedade...e agora tudo voltava a tona, e todo o meu remorso...toda a culpa...
-Não Andie! Você não é um monstro! Você é maravilhosa, você superou!! Não falemos mais disso, eu não preciso saber, não me interessa, ficou no passado, foram só fatalidades meu amor...- Edward tentava desesperadamente me acalmar, tentativas em vão, eu já estava a beira da histeria.
-Não Edward, não está certo! É por isso que tenho que morrer! Preciso morrer logo, tenho que pagar com minha vida, nada foi mais justo do que apodrecer...nada mais justo do sentir a morte chegar...nada mais justo do que morrer aos pouquinhos...- soluçava impulsivamente.
-É por isso que não me deixa te transformar?! Você quer morrer? – Edward perguntou me soltando do seu abraço e puxando meu queixo para que o olhasse de frente.
-Eu não mereço viver Edward, e você quer me dar imortalidade? Eu não sou digna de viver pra sempre...eu sou podre Edward!
-Não! Você é pura Andie, Pura!!! Você não é a culpada de nada, você é a vítima, como não entende isso? Você não pediu pra nascer assim, nem pra ser criada dessa forma! É culpa deles se você sofre com os efeitos colaterais! Não pode viver se martirizando com algo que não está em suas mãos!
-Está em minhas mãos sim! Tanto que agora eu me controlo, eu deveria ter me controlado desde o inicio, teria evitado as perdas...
-Não é assim tão fácil...Andie eu sei bem o que você esta sentindo...eu também matei pessoas, eu não conseguia controlar os meus desejos e matei muitos humanos, mesmo que fossem delinqüentes e assassinos ainda assim eu os matei e foi errado eu sei...mas não faço mais, eu superei assim como você superou, e as coisas andam pra frente, o passado não importa mais...
-Não quero mais falar sobre isso, não vamos chegar a lugar nenhum...preciso descansar...- suspirei profundamente e me esparramei na cama encarando o teto. Ele se deitou e fez o mesmo.
-Sua doença...é outro efeito colateral? – ele recomeçou depois de alguns minutos de silêncio.
-É...Michael a descobriu quando eu tinha 15 anos. Envelhecimento precoce, muito precoce... – Edward me olhou arregalando os olhos, incrédulo.
-Você não deveria parecer mais velha do que é então? – ele arqueou as sobrancelhas duvidoso.
-Deveria mas só acontece por dentro...estou apodrecendo de dentro pra fora...eu devo estar equivalente a pouco menos de 50 anos...me perdi nas contas porque agora está 4 vezes mais rápido o processo...- Edward me olhou com pesar e dor.
-Se esta 4vezes mais rápido e você está quase com 50, então a poucos anos você estará...
-Morta óbvio! E antes talvez, meus órgãos não estão suportando sobrecarga física e emocional...– ele engoliu em seco.
-Andie me deixe...
-NÃO!
-Por favor...
-NÃO! NÃO! E NÃO! Já disse que não mereço isso, não quero isso!
-Por favor, por favor, por favor...não vou suportar te perder tão rápido...- ele soluçava inconformado.
-Edward chega! Não acha que isso é demais pra mim?
-Nada é demais pra você meu amor, você merece tudo e mais!
-Edward por favor, não insista eu não vou te perdoar se não respeitar a minha decisão...me deixe viver o tempo que nos resta, eu faço o que você quiser, eu caso se você quiser, mas me deixe viver do jeito certo...- sussurrei em suplicas. Ele me abraçou e me beijou ternamente e assim ficamos até que eu adormeci de exaustão.
Capítulo 32 - Pesadelos
Acordei e já era noite. Edward ainda me enlaçava em seus braços.
-Te acordei?
-Não...- me virei pra olhá-lo, não foi exatamente a expressão que eu queria ver, ele ainda estava triste e tentava disfarçar sua dor com um sorriso falso...pra cima de mim não Edzinho, te conheço e não é de hoje!
-Posso saber o motivo dessa sua depressão?
-Não sei do que você está falando...estou tão mal assim?- ele arqueou as sobrancelhas.
-Péssimo! – falei isso e meu estômago roncou...
-Você precisa comer, fica aqui que te trago algo – ele falou e desapareceu antes mesmo que eu pudesse rebater. Levantei e fui tomar um banho, quando sai do banho ele já estava na cama com uma porção de bandejas.
-Jantar pra quatro? – perguntei sorrindo ternamente. Ele apenas retribuiu o sorriso e deu umas batidinhas na cama ao seu lado, indicando que eu me sentasse, não antes dele me comer com os olhos como sempre, afinal eu estava apenas de calcinha e sutiã.
Ele ficou me olhando comer e depois descemos pra sala, quero dizer, eu quase cai nos tapas com ele pra me deixar sair do quarto, se antes ele era superprotetor sem saber meu problema imagina agora, está me tratando como se eu fosse uma idosa de 100 anos!
Na sala estavam todos apreensivos, Tânia não estava presente, e Alice até fazia biquinho. Quando adentrei eles me olharam especulativos e por fim Alice veio até mim e me deu uma abraço de urso.
-Ani você é tão injusta!
-Não entendo como isso é possível Ali, eu não fiz nada pra ser injusta...- respondi confusa.
-Você não quer ser da família! – ele falou fazendo bico.
-Alice por favor...- Edward falou repousando sua mão sobre seu ombro.
-Como não? Eu vou me casar não vou?! – perguntei com entusiasmo. Precisava quebrar aquele clima. E funcionou porque todos arregalaram os olhos.
-Vai?! – perguntaram em coro, e Alice claro já estava saltitando e batendo palminhas.
-A não ser que Edward não me queira mais como esposa...- murmurei o olhando, ele ainda estava digerindo a noticia. Mas que tolos! Isso não era óbvio? Como uma pessoa em sã consciência não casaria com esse homem?
-Eu não te querer mais é a coisa mais ridiculamente impossível! – ele me abraçou forte me tirando do chão.
-Edward...Edward...preciso respirar! – ele me soltou constrangido.
-Desculpe – ele enlaçou meu rosto com as mãos e me beijou. E todos sorriram, Emmet gargalhava claro!
-Andie você está oficialmente de mudança! Não precisa mais voltar pra sua casa, traremos todas suas coisas! – Edward falou com uma sorriso largo.
-O que?! Não vejo a necessidade, não casamos ainda...- falei com tom de indignação.
-E precisa? – ele perguntou inconformado. Emmet gargalhou de novo...
-Não sei...não vai ficar estranho?
-Claro que não querida, além do mais aqui poderemos cuidar melhor de você...- Esme falou tentando não tocar no X da questão, é, eu estava adoecendo rapidamente e daqui a poucos anos eu não estarei apta pra me cuidar sozinha...ah! penso nisso depois!
-Vou pens...
-Não! ,já te disse, daqui você não sai mais! – Edward me interrompeu me apertando em seu peito, me fazendo arfar, meu coração deve ter falhado umas duas batidas, será que ele não percebe o efeito que tem sobre mim? Me apertando assim...eu num guento!!!
-Edward as coisas não são assim...deixa eu colocar minhas idéias no lugar, vem me leva pra casa...- murmurei e ele fez biquinho [que fofo!!], quase cedi...
Edward me levou pra casa, ficou caladão ainda emburrado com o fato de não ter ficado.
-Edward, se vai ficar com essa cara, melhor você me deixar sozinha... – ai droga eu disse isso mesmo? Disse! Claro que eu não quero que ele saia, como vou respirar sem meu ar?
-Sou obrigado a concordar com Alice...- ele murmurou se deitando em minha cama.
-Como o que?
-Você é tão injusta...não estou te pedindo nada mais do que morar comigo...é tao ruim assim ficar comigo? Não vou te transformar se você não quiser, não vou te tocar se não quiser...
-Cala a boca Edward! bebeu foi? Digo...não sangue...álcool...- ele arqueou as sobrancelhas confuso – Edward...tudo o que eu mais quero é ficar com você, e é por isso que eu não quero morar lá ainda... – murmurei constrangida, ah! Ele ainda não entendeu...
-Desculpe, mas ainda não entendi...é lá que eu moro então...você deveria ficar lá...
-Edward, você as vezes é tão bobinho...eu quero ficar aqui porque aqui não temos restrições...aqui podemos...você sabe...sem se preocupar...não quero morar ainda onde as paredes tem ouvidos e falam...
-Ah! Não tinha pensado por esse lado– eureca! Até que enfim ele entendeu!
-Por que você não vem morar aqui comigo? – falei fazendo a melhor cara de safada que eu tinha...
-Hum...minha família iria surtar com isso, principalmente Esme...- ele falou pensativo.
-Mas você fica aqui quase o tempo todo...bom,vamos deixar isso de lado, tem coisas mais interessantes que podemos fazer...-falei já me jogando,literalmente,em cima dele, eu sei eu sei...não dá pra resistir!
Acabamos deixando as coisas como estão. Edward não admitiu oficialmente que estava morando comigo, mas trouxera uma porção de roupas e itens pessoais pra minha casa, escondido claro...Preciso dizer que essa semana estava sendo simplesmente maravilhosa? Pois é, eu e ele...sozinhos..em casa..todos os dias...sem limites...só Love...
-Edward não faça isso! Por favor, por favor não!!! – lágrimas...rios de lágrimas... Eu corria, corria e corria, estava desesperada...precisava encontrá-lo antes que fosse tarde...Ah! eu estava tão lenta! Porque nessas horas as forças me faltavam? Porque essa floresta está tão fechada? A mata açoitava minha face enquanto corria...estava cansando e não podia parar, não! Por favor não desmaie agora! Não me deixe na mão! E de repente a mata se abriu, havia uma clarera e Edward estava parado olhando pro céu, triste, dolorido...
-Edward!! – ele não se virava pra mim...porque ele está me ignorando? E mantinha seu olhar perdido de dor e martírio pro céu...Porque ele está assim? Ele não percebe o quanto está me matando? Oh céus de onde vem tanta dor?
-Edward por favor olhe pra mim! – eu ainda chorava e tentava em vão chamar sua atenção...o que eu fiz para machucá-lo tanto? Por chegamos a esse ponto? Porque eu estava aqui? O que diabos esta acontecendo? Isso é real? Ah! Eu não quero mais vê-lo assim! Dói tanto...meu coração está destruído, ele está sofrendo...meu Edward...não sofra, por favor viva! Sorria!
-Edward!! eu estou aqui, me perdoe eu não sei o que eu fiz, mas não fique assim...não sofra mais, não se machuque...eu não suporto...eu corri até ele e ,o abracei, e porque não sinto seu corpo? Eu o abracei não abracei? Onde está o seu corpo gélido? Só então percebi que eu estava atravessando o seu corpo...o que é isso? Eu...estou...morta?!
-EDWARD! – acordei com um grito entalado em minha garganta.
-Andie! Você está bem ? – Edward me sacudia pelos ombros, ele estava em pânico.
-Eu...- as lágrimas impediram minhas falas, eu soluçava em seus braços e não sabia o que dizer, estava como medo...um dia o veria assim? Não! Não posso vê-lo sofrer assim, é demais pra mim...demais pra meu coração suportar tanta dor...
-Está tudo bem amor, foi só um pesadelo...- ele tentava me acalmar. Droga porque pesadelos têm que ser tão reais?
Passei mais uma semana inteira tendo esse mesmo pesadelo, a diferença é que ia ficando pior a cada noite. Cada vez a dor que ele sentia era mais intensa, e meu desespero era maior, e eu chorava. Ao final da semana era simplesmente apavorante pra mim ter que dormir, eu não suportava mais sofrer com os pesadelos.
-Andie meu amor você precisa dormir...
-Não Edward! não gosto de dormir, e não quero! Não vou dormir nunca mais!
Tentativas em vão, eu sempre acabava caindo no sono, ainda mais depois de fazer amor com Edward, ele sabia como me deixar cansada e com sono...E lá vinha o maldito pesadelo! Mas essa noite foi a pior de todas, Edward estava...queimando...e ver isso era mortalmente doloroso...E minhas noites agora eram uma tortura, estava a beira da loucura! Agora todas as noites eu sonhava como meu Edward queimando...E eu sempre acordava aos berros e soluços, lágrimas...E pra piorar Edward sofria com minha dor, e isso me matava...eu era a causa de tudo, eu era a causa de sua dor...
-Andie acho que essa casa não está te fazendo bem...o que você acha de mudarmos de ar um pouco? Passarmos uns dias lá em casa...- Edward sussurrou enquanto me ninava na cama.
-Hum...podemos tentar...- eu estava deitava em posição fetal, eu sempre ficava assim depois de um “surto”.
E não adiantou bulhufas mudar de casa, ainda persistiam os pesadelos que ficavam cada vez piores. Uma dessas noites estranhamente eu não tive o pesadelo, e mais estranho ainda é que Edward não estava aqui no quarto. Já ia descendo as escadas quando ouvi Alice falando.
-Edward isso não está certo! Você não pode fazer isso conosco! – ela falava em sussurros.
-Já está decidido Alice, ponto final! – Edward respondeu secamente.
-Você não se importa com sua família mais? Já não basta a dor que vamos sentir quando ela se for?
-Não existe mundo pra mim sem ela Alice! Quando ela se for eu vou também!
-Não vai! Eu não vou deixar! Eu não vou suportar, ninguém vai, você quer matar a sua família toda?
-Não há nada que você possa fazer pra mudar isso, só tem que respeitar minha decisão...- eu estava escondida em cima da escada, não conseguia ver o rosto deles, mas pelo tom era dor que emanava entre eles.
-Edward eu não vejo você queimando, portanto isso não vai acontecer!
-Não tem como você ver, meu futuro está entrelaçado com o de Andie...Alice você está sofrendo a toa, isso não vai acontecer nem hoje nem amanhã...
-Não importa! Um dia isso vai acontecer e não quero perder vocês – ela soluçava. Droga! Estão todos sofrendo por minha causa...eu não deveria ter aparecido aqui, deveria ter ficado sozinha com minha vida mais-ou-menos, nada disso estaria acontecendo.
-Alice minha filha precisamos respeitar a decisão dele, não seja egoísta...- essa voz era de Carlisle.
-Carlisle não acredito que você vai aceitar que Edward se mate!! Ele é seu filho! – ah! Então era isso...Edward estava comunicando o seu “futuro” quando eu partisse. O idiota ainda não tirou essa insanidade da cabeça! Isso não está certo...preciso dar um jeito...preciso pensar... Voltei pro meu quarto e não consegui dormir mais...
Levantei cedo pra um dia de domingo, Edward ainda estava na sala com a família. Me arrumei e desci, e eles ainda estavam discutindo, estancaram assim que me viram. Edward sorriu tentando disfarçar sua tristeza.
-Posso saber onde vai tão linda? Foto – ele brincou vindo até mim.
-Não posso mais ficar bonita pra meu amado? – sorri e o beijei.
-Deve! – ele murmurou entre beijos.
-Hey vão continuar essa dança do acasalamento no quarto! – Rosalie resmungou, todos riram.
-Cala a boca Rose! – falamos eu e Edward em coro.
-Andie só estávamos esperando você acordar, precisamos ir caçar, não vamos demorar – Edward falou colando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
-Tudo bem, quanto tempo até voltarem? Eu estava pensando em dar uma passada em Port Angeles...
-Não quero que você vá sozinha, me espere voltar. – Edward falou.
-Ai Edward eu sei me cuidar!
-Andie por favor, não vou consegui sair tranqüilo se você não estiver segura em casa...- buffei fazendo bico.
-Tá vai e volta logo...
-Só algumas horas eu prometo – ele sussurrou me beijando.
Capítulo 33 - Lágrimas
Trilha Sonora (tradução no fim do capítulo)
*Edward Pov*
Voltamos algumas horas depois e a casa estava silenciosa. Silenciosa demais. Onde será que está meu coraçãozinho? Subi correndo pra ver se ela estava escondida em algum canto, e nada...ela não estava em casa. Teimosa! Fui até o quarto e em cima da cama havia uma rosa vermelha e uma carta. E nesse instante passou um calafrio pela minha espinha e um aperto no estômago, mal sinal... Peguei a carta e sentei na cama, não que eu precisasse, mas tudo que vinha de Andie me deixava assim, tão humano... demorei alguns minutos pra ganhar coragem em abri-la.
-Edward posso entrar? Você sabe onde a Andie foi? Tentei ligar pra ela, mas não dá sinal... – era Alice batendo na porta do quarto.
-Não sei, me dá só um minuto Ali...
-Tudo bem...qualquer coisa grita – ela falou e pude ouvir seus passos descendo as escadas.
Abri a carta e comecei a ler.
Querido Edward,
Antes de tudo eu preciso dizer que te amo, mais do que tudo, mais do que a mim mesma...e por isso precisei partir...céus! eu não queria ter que fazer isso, mas foi a única maneira que encontrei de te manter vivo...não faça essa cara de “eu estou morto portanto não posso viver, blá blá blá”. Edward é demais pra mim saber que você não sobreviverá à minha perda...mesmo sabendo que eu não mais estarei aqui para ver, eu ainda posso sentir essa dor de te perder...eu sei é estranho, é como se quando eu morresse eu fosse sentir o que você faria...essa sensação me persegue todos os dias... e por todo esse tempo eu tentei encontrar uma forma de te fazer mudar de idéia e não achei nada plausível, então a melhor forma de te manter a salvo, é ficando longe, longe o suficiente pra você nunca saber se estou viva ou morta, longe o suficiente pra te dar um motivo de continuar a existir... Edward eu voltarei um dia pra saber como você está, e eu juro que se você não estiver ai, eu não vou te perdoar nunca! Te amo...te amo...te amo... não esqueça disso, tenha isso em seu coração pra sempre entendeu? Pra sempre no seu coração!
P.s : não culpe a Alice por não ter visto o que iria acontecer, eu sei que ela não me vê com clareza e aproveitei disso pra burlar a habilidade dela... cuide dos meus bebês!
Andie Howard
É, foi pior do que eu imaginei, ela me deixou...ela me deixou...ela me deixou....NÃO! NÃO! NÃO! Minha cabeça latejava, minha mente gritava, meu corpo congelado não se movia, não suportava tamanha pressão no peito, não suportava tamanha dor, estava me rasgando por dentro, me quebrando em pedaçinhos, queimando e virando pó...
-Eward! Edward! Por Deus Edward responde! – não sei quem berrava, mas haviam vozes histéricas na minha mente, de quem era essa voz? a minha?
-O que ele está sentido Jasper? Ele parece em choque!
-Dor...medo...
-Edward! reaja! Edward vo..cê está chorando? – e essa voz me tirou do meu transe, e então eu pude perceber, minha visão estava vermelha, e tudo era vermelho e escuro e gelado...lágrimas escorriam na minha face, lágrimas de sangue...
-Como isso...é possível? – outra voz...
-É sangue, meu Deus Edward você está chorando sangue! Nunca tinha visto algo parecido antes...- outra voz...
-Não consigo imaginar o tamanho de sua dor...para fazê-lo chorar...- outra voz...
-Edward meu filho diga o que acontecendo, nós somos sua família e poderemos ajudar...
-E-la...se...foi – gaguejei largando a carta e tapando meu rosto com as mãos.
-*!%@#*(%#*!)¨!¨)P*()&(@!*¨@&%#*&%6P847 0- e novamente um milhão de pensamentos passaram na minha cabeça, não conseguia ouvir nada, não sentia nada...só dor...
-Edward! Edward! Edward! – perdi a noção de quantas vezes ouvia isso, quanto tempo se passou mesmo? A quantas horas eu estava do mesmo jeito? Dias talvez?
James Blunt
Adeus meu amor
Eu te desapontei ou decepcionei?
Eu devia me sentir culpado ou deixar os juízes desaprovarem?
Porque eu vi o fim antes de começar,
sim, eu vi que você estava cega e eu sabia que tinha vencido
Então eu tomei o que é meu por eterno direito
Tomei sua alma durante a noite
Talvez isso tenha acabado, mas não vai parar aí
Eu estou aqui por você, se você se importasse
Você tocou meu coração, tocou minha alma.
Você mudou minha vida e meus objetivos
E o amor é cego e eu soube disso quando
Meu coração estava cego por você
Beijei seus lábios e segurei sua cabeça.
Partilhei seus sonhos e a sua cama.
Conheço-te bem, conheço o seu cheiro.
Eu estive viciado em você.
Adeus meu Amor.
Adeus minha amiga.
Você tem sido a única
Você tem sido a única para mim(bis)
Sou um sonhador, mas quando acordo,
Você não pode destruir meu espírito - são meus sonhos que você toma
E quando você seguir em frente, lembre-se de mim
Lembre-se de nós e tudo que costumávamos ser
já te vi chorar, já te vi sorrir
Observei-a dormindo por um instante
Eu seria o pai do seu filho
Eu passaria uma vida inteira com você
Eu conheço seus medos e você conhece os meus
Nós tivemos nossas dúvidas, agora nós estamos bem
E eu te amo, juro que é verdade
eu não posso viver sem você
E ainda seguro sua mão na minha,
Quando estou dormindo
E eu irei aguentar minha alma no tempo,
Quando eu estiver ajoelhando aos seus pés
Estou tão vazio, querida, estou tão vazio
Estou tão, estou tão, estou tão vazio
*Alice Pov*
Trilha Sonora (tradução no fim do capítulo)
Estávamos todos em pânico, tudo virou um caos de repente. Andie se fora e Edward estava petrificado. Passaram-se 3 dias e ele permanecera do mesmo jeito, imóvel, em choque. E pra completar Jasper estava enlouquecendo com os sentimentos de Edward.
Eu vasculhava o futuro e não encontrava nada, nada!!! Como isso é possível? O que diabos aquela teimosa fez pra me burlar? Ela sempre foi imprevisível, mas eu conseguia ver borrões pelo menos, dessa vez eu não vi absolutamente nada! Ridículo! Eu sou ridícula! Como posso ser tão impotente? No final das contas a culpa é toda minha, falhei com minha família, não pude ajudar em nada e ainda não posso, mãos atadas!
-Edward ela vai voltar! Reaja por favor! – e por um milagre divino ele reagiu. Virou-se pra mim, e em sua expressão tinha, ódio?!
-Voltar?! Não seja ridícula! – ele berrou e se levantou bruscamente.
-Ela prometeu na carta Edward! – falei tentando encorajá-lo sem sucesso. Como poderia ter sucesso se nem eu acreditava no que eu estava falando?
-Alice, esse é o ponto. É exatamente isso que ela quer. Ela quer que eu acredite que ela vai voltar um dia. Ela quer que eu tenha esperança pelo resto da eternidade...ela quer que eu a espere pra sempre...Você não leu? “pra sempre no seu coração”...Idiota estúpida! Como se eu fosse acreditar que ela vai voltar! – engoli em seco, as constatações dele estavam absolutamente corretas e não havia nada que pudéssemos fazer. Edward agora estava só e sofrendo, temo pelo que ele fará daqui em diante...
-Va-mos...encontrá-la...- gaguejei ainda tentando animá-lo.
-Onde Alice? Onde? Ela partiu mundo afora, procurá-la seria como achar uma agulha num palheiro, iria me levar a eternidade...- ele falou e saiu do quarto batendo a porta.
Como achar uma agulha num palheiro? Fiquei me perguntando a dias. E desde então ficava quase todo meu tempo livre vasculhando o futuro. Andie não irá suportar a distância por muito tempo, ela vai voltar, e estará no nosso futuro em algum lugar, mas onde? Onde está você?
Within Temptation
Doce Amargura
Se eu te falasse
Você ouviria?
Você ficaria?
Você ficaria aqui pra sempre?
Nunca iria pra longe?
Nunca pensei que as coisas mudariam
Abrace-me forte
Por favor não diga novamente
Que você tem que ir
Um pensamento amargo
E eu tive tudo...
Mas simplesmente deixei ir
Abrace seu silêncio
Isto é tão violento
Desde que você se foi
Todos os meus pensamentos Estarão contigo para sempre
Até o dia em que estaremos juntos novamente
Estarei esperando por você
Se eu tivesse falado
Você teria escutado?
Você teria ficado?
Você estaria aqui para sempre?
Nunca teria ido?
Isto nunca seria o mesmo
Todo nosso tempo
Teria sido infame?
Porque você teve que ir?
O pensamento mais doce
que eu tive de tudo
Porque eu deixei você ir?...
Todos os nossos momentos
Ainda me mantém aquecido
Até quando você estiver de volta
Todos os meus pensamentos Estarão contigo para sempre
Até o dia em que estaremos juntos novamente
Estarei esperando por você
Capítulo 34 - O adeus
Trilha Sonora (tradução no fim do capítulo)
Estava decidido. Era hora de partir, deixar tudo pelo quanto sonhei, meu amor, minha família... O que mais eu poderia fazer? O que mais poderia fazer com que Edward vivesse, pra sempre? Eu não merecia tanto dele, eu não o merecia, nao merecia essa família...eles eram demais pra mim, uma idiota meio morta...Tudo que consigo trazer é dor, sofrimento e perda, nada mais...Seria melhor assim, ele precisa saber que pode viver sem mim, isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde, fato!
Não havia muito tempo, pracisava correr. Os Cullen tinham ido caçar, eu teria apenas algumas horas pra sair. Peguei pouca coisa, apenas o básico e meus itens mais importantes, deixei nosso álbum de fotografias pra Edward..Escrevi uma carta e a deixei junto a uma rosa sobre a cama. Peguei meu carro e fui para Seatle. Pra onde eu iria? Não fazia a menor idéia, compraria uma porção de passagens aéreas aleatório e na hora do vôo eu pegaria qualquer uma. Será que Alice viria quando eu escolhesse o lugar? Melhor não arriscar...
-Hei muleque! Pode me ajudar?- perguntei para um garoto qualquer no aeroporto.
-Depende...- ele respondeu maroto.
-Eu pago bem! – falei e puxei um maço de dinheiro do bolso. Ele arregalou os olhos e sorriu.
-Claro madame, do que você precisa? – ele perguntou ainda encarando o maço de notas.
-Olha só, estou com uma porção de passagens aqui e preciso viajar sem saber pra onde vou...tudo o que você tem que fazer é escolher pra mim e me levar pro portão de embarque. Você não pode me dizer pra onde estou indo entendeu?
-Entendi moça, mas não vai dar certo – ele respondeu torçendo os lábios.
-E porque não? – perguntei confusa.
-Você vai ouvir a chamada pelo interfone. Eles vão informar o lugar e ai você vai acabar sabendo...
-É eu não tinha lembrado disso...mas não tem problema, eu coloco meu ipod e não vou ouvir nada! – falei sorridente e o menino gargalhou com minha expressão eufórica.
-Então podemos ir? – ele perguntou.
-Devemos!
E então a dor me perfurou como uma faca e senti as lágrimas escorrerem enquanto embarcava no avião. Adeus Edward...
Within Temptation
Nossa Despedida
Nas minhas mãos
Uma herança de memórias
Eu posso ouvir você dizer o meu nome
Eu quase posso ver seu sorriso
Sentir o calor do seu abraço
Mas não há nada além do silêncio
Em torno daquele que eu amei
Essa é nossa despedida?
Querido você se preocupa demais, minha criança
Vejo tristeza nos seus olhos
Você não está sozinho na vida
Embora você possa pensar que está
Nunca pensei
Que esse dia chegaria tão rápido
Nós não tivemos tempo pra dizer adeus
Como o mundo pode continuar?
Eu me sinto perdida quando você não está ao meu lado
Mas não há nada além do silêncio
Em torno daquele que eu amei
Essa é nossa despedida?
Querido você se preocupa demais, minha criança
Vejo tristeza nos seus olhos
Você não está sozinho na vida
Embora você possa pensar que está
Desculpa se seu mundo está desabando
Eu cuidarei de você por estas noites
Descanse e vá dormir
Porque, minha criança, essa não é nossa despedida
Essa não é nossa despedida
Capítulo 35 - Azar
Trilha Sonora (tradução no fim do capítulo)
A viajem foi cansativa, mas enfim cheguei na minha nova cidade, onde diabos eu estou? E que calor! Olhei em volta e não demorei muito pra saber onde eu estava, Sydney – Austrália. É, até que não é tão ruim assim. Aluguei um carro e perambulei pela cidade por horas, era realmente linda! Foto; Foto; Foto; Foto . Anoiteceu e eu lembrei que nao havia escolhido um lugar pra ficar, e estava frio...Frio com Edward? Muito mais frio sem Edward...um vazio por assim dizer...
Resolvi descer do carro e caminhar um pouco. Estava escuro, acho que não foi uma boa idéia descer aqui. Quando eu ia voltando pro carro, senti uma sensação estranha, ameaça... Me virei e os vi, saindo da escuridão, eram cinco homens, mal vestidos e descaços. Arregalei os olhos quando percebi o pior, eram extremamente pálidos, 2 deles com olhos vermelhos sangue e 3 com olhos negros. Vampiros! Cinco vampiros! E pior, sedentos!
Que caralho de azar é esse? Vim parar numa merda de lugar infestada de vampiros? De novo?!
Rapidamente me postei em posição de defesa. Óbvio que eu nao sairia viva dessa, cinco contra um é sacanagem! Pelo menos um eu tinha que derrubar! Eles começaram a rir entre si e um deles quebou o silêncio fazendo piadinhas.
-Ei gata! Não precisa ficar com medo! Eu não mordo...muito... – os outros gargalharam e eu dei alguns passos pra trás. Eu era rápida, mas nao chegava aos pés de Edward e com o azar que tenho eles também devem ser mais rápidos do que eu. Pqp! Tou na merda!
-Se eu fosse você eu não daria mais nenhum passo, vampiro! – falei tentando parecer perigosa, ridículo!
-Oh! Vampiro? Você é rápida hein? É do tipo que gosta de historinhas de terror? – ele perguntou sarcástico enquanto se aproximava lentamente como se tivesse pisando em ovos.
-Fique longe de mim!! – berrei e andei dois passos pra trás. Nesse instante os cinco vampiros estancaram e seus olhos ficaram desfocados, estranho, bom ou ruim? Não sei, mas me parece que tive um pouco de sorte pelo menos, aproveitar a deixa e correr, me parece a melhor opção. Mas como alegria de pobre dura pouco, o azar me pegou de novo, nem me mexi quando por trás de mim, mãos gélidas e petrificadas repousaram nos meus ombros. Congelei de susto e meus músculos se contraíram com o toque. O desconhecido afastou meus cabelos e fungou o meu pescoço, e eu fiquei completamente sem reação.
-Seu cheiro...dá água na boca...tão...diferente...
-Não diga...- respondi irônica, não podia mais fazer nada mesmo, a única coisa que poderia tentar era ganhar tempo, mas agora eram 6 vampiros, hoje é sexta-feira 13? Deve ser... O sujeito ficou tenso e apertou meus ombros, me virando pra si em seguida. E ainda consegui contemplar a beleza daquele ser...era simplesmente, perfeito. Como eu posso admirar a criatura que vai me matar? Não sei, só sei que foi assim...
Ele ficou me encarando com o cenho franzido, sinceramente não entendi sua reação, ele estava meio chocado...
-Você é bem guloso hein! Seu bando está faminto e você quer a presa toda pra você...que líder mais egoísta... – é eu sei, eu sou louca, brincando numa hora como esta, mas o que mais eu poderia fazer? Chorar é que não vou!
-Co-mo você...ainda se mexe?! – ele perguntou gaguejando ainda com expressão de espanto. E agora eu que não entendi nada, porque eu não iria me mexer?
-Desculpe vampiro, mas não vejo motivo para eu não me mexer...
-Vampiro?! Como sabe? Quem é você? O que é você? – ele perguntou ainda incrédulo.
-OMG! Seus olhos! Você...não se alimenta de pessoas! – como eu sou burra! Como não tinha reparado a cor dos olhos? E que olhos meu Deus! O sujeito me segurou com força e num ato inusitado ele colocou o seu ouvido no peito e depois as mãos no meu pescoço...que cara estranho...
-Responda! O que diabos é você? Você é tão humana! A pulsação, o calor, o cheiro...diferente mas ainda assim apetitoso...Como sabe o que sou? E por que não tenho efeito sobre você? – acredite meu caro, você tem efeito sobre mim...um homem gostoso desses não se vê todo dia Foto , você só perde pra Edward claro!
-Hey calma! O vampiro aqui é você, porque está tão assustado?
-Você não está com medo? Seu coração está acelerado, no entanto você não me parece nervosa, ou assustada... – ele ainda estava atordoado.
-Medo eu? Todos nós morreremos um dia meu caro...digo, nós humanos claro...A propósito se vai me matar faça-o logo porque estou ficando com frio! – eu falei isso? Eu mandei ele me matar? Onde é que tô com a cabeça?
O sujeito olhou pra mim incrédulo e gargalhou, pois é, ele riu e riu...e que sorriso!
-Eu não ia te matar...eu estava de passagem e ouvi a discussão, só vim ajudar...
-Hey qual é?! Conta outra, você estava a 1 centímetro do meu pescoço! E o seu bando está ali paradinho esperando suas ordens! – falei fazendo bico. Fala sério eu estava meio que brincando com ele sabe? Devo ter batido com a cabeça em algum lugar na viajem só pode...
-Eu não tenho um bando...não os conheço. Eles estão paralisados porque eu os paralisei...é uma das minhas habilidades. – ele falou me lançando um maldito sorriso torto, ai ai...tão lindo...
-Você tentou me paralisar? – perguntou olhando pro bando de vampiros estáticos.
-Tentei, mas não consigo...isso é...estranho...- ele respondeu frustrado.
-Hum, interessante! Então você paralisa as pessoas? – perguntou curiosa.
-Também... – ótimo ele não queria falar no assunto.
-Hey não vou responder as suas perguntar se você não responder as minhas! – falei ainda fazendo bico.
-Na verdade minha habilidade mesmo é a hipnose, então eu posso controlar as pessoas...do jeito que eu quiser...posso fazê-las ver o que eu quiser e parecer ser real...
-Nossa! Isso é magnífico, digo, forte, muito poderosa sua habilidade...- olha só o tamanho da encrenca que eu arrumei...um ilusionista...
-É eu sei, mas não tem efeito sobre você, isso é frustrante...
-Eu já ouvi isso antes...
-Sua vez... – ele não iria desistir das respostas...
-Você não acha isso estranho? Tipo, estamos aqui conversando tranquilamente, nem nos conhecemos, você é um vampiro, eu sou uma humana, e tem um bando de vampiros loucos pra me devorar a dois metros de distância...
-É, estranho, resolvo isso já. – Fiquei observando enquanto ele olhava pro bando e num segundo eles se viraram e saíram correndo pra escuridão.
-O que você fez?! – perguntei impressionada.
-Mandei eles darem o fora...não estava te incomodando? – ele perguntou franzindo o cenho.
-Você é estranho sabia? – perguntei brincando.
-É, já me falaram isso antes...- ele sorriu. -Onde você estava indo antes de ser quase morta?
-Lugar nenhum na verdade...eu acabei de chegar na cidade e ainda não sei pra onde ir...- respondi corando.
-Você acaba de chegar na cidade e fica andando sozinha, de noite e sem rumo? – aff ele pareceu Edward agora...
-É! A vida é minha eu que decido quando dar de presente para os vampiros! – brinquei e ele riu.
-E depois eu que sou o estranho – ele riu. – Vem comigo, eu moro aqui perto...- ele estendeu a mão pra mim.
-Ah, não sei se é uma boa idéia... – falei mordiscando os lábios.
-Se eu quisesse te matar você já estaria morta...- ele falou um tanto decepcionado. Ele queria o que? Que simplesmente aceitasse com um sorriso estampado e vivesse com ele feliz e pra sempre? Ridículo!
-Não é tão simples assim... eu não posso simplesmente aceitar seus convites pra sei lá onde...você ainda é um vampiro!
-Então fique ai dando sopa pra vampiro sedento! Estou tentando ajudar idiota! – ele me xingou?
-Hey! Com quem você pensa que está falando?! Idiota é sua avó! – berrei apontando o indicador na cara dele.
-Eu não tenho avó! – ele riu sarcástico.
-Vai pra merda! – gritei e comecei a andar em direção ao meu carro, quando entrei no carro o idiota estava sentado no banco do passageiro.
-Mas o que é isso?! Saia já do meu carro!
-Esse carro é seu? Parece mais carro alugado... – ele sorriu torto. AHH!! Maldito sorriso desgraçado que me quebra no meio! Quem foi que inventou esse sorriso do inferno?!
-Caralho como você é chato! Sua casa não é perto? O que diabos você quer no meu carro?!
-Quero uma carona oras! – ele riu maroto.
-Um vampiro pedindo carona? Ridículo! – falei a contragosto. Dei partida no carro e ele continuou rindo.
-Pra onde? – perguntei.
-Siga essa rua e vire no final a direita.
-Pronto sanguessuga, cai fora! – ele gargalhou me arrastou pra fora do carro.
-O que você pensa que está fazendo?! Me solta imbecil! – ele ainda ria, me colocou no chão e me prendeu contra o carro.
-Você vem comigo e ponto final. – ele falou sério. Deu até um calafrio a expressão dura que ele fez.
-Tá...- foi tudo o que eu consegui dizer. Pegamos minhas coisas e entramos na casa. E que casa! Foto
-Vem, vou te mostrar o seu quarto – ele falou enquanto me conduzia escada a cima.
-Meu quarto?! Você não tá pensando que...-Ele parou de andar bruscamente e me encarou feio, e novamente me veio o calafrio.
-É, seu quarto, eu disse que você iria ficar aqui lembra?
-Isso é estranho...eu não te conheço e sei lá...- ele riu e continuou me conduzindo até uma porta. Parou e abriu. Nossa sinhora! Nem o quarto de Edward era tão lindo! Foto.
-Isso é o seu quarto de hóspedes? Não consigo imaginar o seu quarto!
-Você pode ficar no meu quarto também se quiser...- ele falou com um sorriso cínico.
-HÁ HÁ! Muito engraçado, pra que você precisa de um quarto mesmo?
-Hum, pra muitas coisas...- ele pegou uma mexa do meu cabelo e enrolou nos dedos e ainda mantinha a cara cínica.
-Sr. Vampiro poderia, por favor, me dar um pouco de privacidade? Preciso de uns minutos humanos...
-Como queira senhorita humana – ele brincou e se retirou. Cara doido,e gostoso...Foco Andie, foco!
Arrumei minhas coisas, tomei banho e vesti uma roupa confortável. Desci e segui o cheiro maravilhoso de comida vinda da cozinha Foto . Ele estava vestindo um avental ridículo e estava segurando uma frigideira cheia de ovos e bacon.
-Hum o cheiro está ótimo! Isso tudo é pra mim? – perguntei me sentando no banquinho.
-Pra mim é que não é! – ele riu e despejou a comida no meu prato. Ele fez uma porção de outras guloseimas enquanto eu enchia o bucho.
-Chega, chega! vou estourar se comer mais! – ele riu.
-Agora que você já comeu podemos conversar – ele falou sério.
-Tenho outra opção? – falei fazendo bico.
-Não – curto e grosso. Ele me conduziu até a sala onde nos sentamos no bellíssimo sofá branco Foto .
-Então, qual o seu nome vampiro?
-Victor Reese.
-Hum, o meu nome é Andie Howard e eu sou um ímã pra vampiros...- nós rimos.
-Como sabia sobre vampiros? – ele perguntou.
-Meu noivo é um vampiro...
-Noivo?! – ele arregalou os olhos.
-É, mas eu o deixei...e por isso estou aqui...
-Você estava noiva de um vampiro...- não foi uma pergunta.
-Victor eu não vou falar sobre o meu passado...não vou dizer quem são, nem porque os deixei...
-Você o deixou mesmo? Não pretende voltar?
-Não vou voltar...
-Hum..., porque não faço efeito em você? Porque seu coração bate tanto? E porque cheira diferente? –ok, lá vem as perguntas chatas...
-Eu sou humana se é isso que você quer saber, completamente humana...não há nada de errado comigo, eu nasci assim, sou diferente só isso...
-Sei...- ele murmurou incrédulo.
-Victor, porque você mora aqui na Austrália? Vampiros não preferem as sombras? Lugares mais nublados?
-Eu gosto de lugares ensolarados, me faz me sentir vivo...
-Mas você não pode sair no sol...
-Na rua não, mas eu não saio durante o dia, trabalho em casa...
-Se é pra ficar em casa, que diferença faz ficar em lugares ensolarados?
-Hum, eu saio ao sol, mas só aqui em casa, por isso ela fica tão distante das outras habitações...
-Porque não se alimenta de pessoas? – ele ficou sério e pensativo.
-Não quero ser um monstro...
-Você é o vampiro mais esquisito que eu conheci! – falei sorrindo.
-E você a humana mais insana que eu já vi! Andie você sabe o risco que seu vampiro corre por ter uma humana como parceira?
-Não exatamente...
-Andie,a única regra entre nós é jamais revelar nossa identidade para os humanos...se os Volturi descobrirem esse furo eles matam o responsável...- e aquele calafrio percorreu a minha espinha.
-Não tem como eles saberem...ou tem?! – perguntei assustada.
-Uma hora ou outra eles ficam sabendo...
-Mas eu não estou mais com eles...não tem perigo nenhum...- falei indignada.
-Andie, os Volturi são severos com relação a suas leis...eu sei como isso funciona...eu...era um deles...- ele falou e eu me assustei.
-Você não vai...
-Calma, eu não vou dedurar você, não ouviu o que eu disse? Eu era um deles, não sou mais...
-Porque os deixou?
-Porque aquela vida não era pra mim...eles são imundos...- ele murmurou com um ar de tristeza.
-Foram eles que te transformaram?
-É, eles têm uma vampira que identifica as pessoas que podem desenvolver habilidades quando vampiro, a Mily .
-Nossa! Como ela faz isso?
-Com o sangue...tá tudo no sangue...
-Ela bebe o sangue e sabe se a pessoa terá habilidades? – perguntei curiosa.
-Não é só isso, ela sabe exatamente qual a habilidade, sabe como funciona e todos os prós e contras da habilidade. Eu era apenas uma vítima dela, mas quando ela tomou o meu sangue ela viu, e então não me matou...me deu de presente pra Aro, o líder dos Volturi.
-E então você entrou pra família...- não foi uma pergunta. – nossa você tem história pra contar hein! Quantos anos você tem?
-200.
-Uau! Bem velhinho.- ele fechou a cara e fez biquinho, que fofo! – Ok. Não está mais aqui quem falou! – brinquei e ele sorriu.
-Andie porque “seu vampiro” não te transformou?
-Porque eu não quero. – respondi secamente.
-Não é tão ruim assim, sabe...
-Não é pelo fato de me tornar uma vampira...é só que...eu não quero...
-Entendo. Está tarde, você não precisa dormir? – ele perguntou.
-É, acho que sim...- respondi mordiscando os lábios.
-Não precisa ter medo, não vou te atacar enquanto dorme – ele falou com um sorriso torto.
-Vou te dar esse voto de confiança, mas vou trancar a porta! – brinquei e ele riu.
-Como se uma porta fosse me impedir de fazer alguma coisa! – ele ria e eu joguei uma almofada nele.
-Boa noite vampiro, durma bem! – falei sarcástica, ele riu.
-Boa noite humana, feche as janelas também...- ele brincou e eu gargalhei.
-Não se preocupe vou colocar umas correntes pra reforçar...
-Água benta e alho também ajuda...- nós rimos e não falamos mais, fui pro meu ilustríssimo quarto e desabei. Sonhei com Edward...chorei...muito...
-Andie você está bem? – era Victor batendo na porta.
-Estou – solucei e ouvi ele resmungar algo.
-Seu café da manhã está pronto...- ele falou.
-Desço em 10min – murmurei limpando as lágrimas.
Within Temptation
Congelada
Eu não consigo sentir meus sentidos
Eu apenas sinto frio
Todas as cores parecem desaparecer
Eu não consigo alcançar minha alma
Eu pararia de correr
Se eu soubesse que havia uma chance
Me machuca ter que escarificar tudo
Mas eu sou forçada a desistir
Diga-me que estou congelada
O que eu posso fazer?
Não posso dizer as razões
Pelas quais fiz isso por você!
Quando mentiras se tornam verdades
Eu sacrifico tudo por você
Você diz que eu estou congelada
O que eu posso fazer?!
Eu posso sentir sua tristeza
Você não me perdoará
Mas eu sei que você ficará bem
Me machuca saber que nunca entenderá
Mas eu tenho que desistir
Tudo irá embora
Pedaços destroçados ficarão pelo caminho
Quando lembranças se tornam vastidão
Apenas o tempo dirá quanto ao destino
Se tudo foi em vão
Eu não consigo sentir meus sentidos
Eu apenas sinto frio
Capítulo 36 - O “incidente”
3 meses depois...
Minha vida nesses últimos 3 meses? Boa...é, não foi tão ruim assim...Eu não estava me esforçando pra melhorar na verdade. Victor era um homem maravilhoso, nos tornamos grandes amigos, na minha concepção, na dele eu já não posso dizer o mesmo...Ele não fazia o mínimo esforço pra esconder a atração por mim, mas também eu fingia que não percebia, era melhor assim...Eu nunca iria trair o meu Edward, fato! Só porque eu o deixei não significa que eu o esqueci ou que meu coração está aberto. Óbvio que o Victor não aceitava isso, toda vez que eu falava do “meu vampiro” ele fechava a cara. É, eu nunca disse o nome dos Cullen nem revelei nada sobre o meu passado, eu confiava em Victor, mas um olho fechado e o outro aberto sabe? Sei lá...ele é gente boa, mas é estranho...e não posso esquecer que ele fora um Volturi um dia...Chega dá um calafrio quando eu penso o que ele faria com Edward se um dia se batesse com ele...Edward não teria chance contra a hipnose...
Eu não fazia praticamente nada. Não estava estudando nem trabalhando. Ficava em casa ou visitando os lugares maravilhosos da Austrália. Victor não gostava disso, eu saia durante dia e ele não podia, ele era tipo Edward, super-protetor. Mas saíamos muito à noite também, ele me mostrou lugares incríveis! Na outra parte do tempo ele só trabalhava, era um daqueles trabalhos de análise de sistemas, que você fica colado no computador. Victor era super carinhoso também, demais até...espertinho também...sempre querendo tirar uma lasquinha, você acredita que mês passado ele quebrou meu ar condiconado pra dormir comigo?!
FlashBack on
Eu estava dormindo tranquilamente, nunca mais tive aqueles pesadelos com Edward, agora eram apenas sonhos calmos e felizes. Eu queria tanto que ele estivesse aqui...Eu estava sonhando com Edward dormindo comigo, me abraçando, eu podia sentir seu hálito no meu pescoço, podia sentir suas mãos me apertando contra seu corpo, podia sentir sua pele gélida, sua respiração compassada...e era uma sensação tão real, tão real...
-Andie...se você soubesse o quanto eu te amo...- Pera aí! PÁRA TUDO! Essa não é a voz de Edward! eu conheço muito bem essa voz, VICTOR!!
-O que...O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO MEU QUARTO?!! ME ABRANÇANDO AINDA POR CIMA? – berrei e dei um pinote pra fora da cama, me embolei com as cobertas e me espatifei de bunda no chão.
-Andie você está bem?! – tirei os lençóis que estavam no meu rosto e o encarei com raiva.
-Você está louco?! Como se atreve a vir no meu quarto enquanto durmo?! Victor eu confiei em você!
-Andie eu não fiz nada! Eu só vim ajudar, o ar quebrou e você estava com calor! – ele levantou as mãos se fazendo de inocente.
-É mesmo?! E como você sabe que eu estava com calor?! Desde quando você entra no meu quarto enquanto eu durmo?
-Desde hoje Andie! Estou falando a verdade, o ar quebrou e vim climatizar o ambiente...- ele falou e não conseguiu esconder o riso cínico.
-Victor você quebrou o ar de propósito?!! Eu não acredito nisso! Você é absurdo!! – berrei e não consegui deixar de rir também. O cara é completamente maluco!
-Tá eu confesso, quebrei! Eu só queria ficar aqui com você...
-Victor não começa, já conversamos sobre isso, nós combinamos que seriamos só amigos e você está tentando quebrar o trato!
-Hey! Não estou quebrando nada! Eu não fiz nada de mais, e nem pretendia, só queria ficar aqui, Andie eu juro que não vou fazer nada enquanto você dorme...por favor me deixe ficar...
-Victor eu ouvi o que você sussurrou no meu ouvido...- falei enquanto me desenrolava dos lençóis.
-O que eu falei você já estava cansada de saber, você sabe que eu te amo, não preciso ficar escondendo, mas não significa que eu vou te forçar a nada...eu tenho todo o tempo do mundo pra esperar...- ele falou e se abaixou junto a mim.
-Então você está perdendo o seu tempo, não me espere...eu não posso retribuir seus sentimentos, você sabe onde está o meu coração – ele cerrou os punhos e contraiu os músculos.
-Vou te provar que sou melhor do que ele! Vou te fazer esquecê-lo...- ele pegou o meu rosto em suas mãos e ficou encarando a minha boca. Eu o afastei e ele me trouxe de volta. Diabos! Essa não era a hora que eu deveria dar umas porradas nele? Um tapa no mínimo! Mas não, não estou resistindo a altura! O que deu em mim?!
-Pára Victor... – minha voz saiu quase num sussurro.
-Se você não resistir de verdade eu não vou parar...- ele sussurrou, me olhou e seus olhos estavam negros de desejo, e me beijou em seguida. Calmo e quente...QUENTE?! estou ficando louca!! Louca!! Retribui a droga do beijo, não sei porque estava fazendo isso, mas foi assim que aconteceu, eu não estava mais reagindo, ridículo!
Ele soltou um gemido, ou fui eu? Não sei, só sei que quando dei por mim já estava em cima da cama e ele sobre mim, me beijando a face, a boca, o pescoço e descendo...pqp eu estava fora de mim! Senti uma forte dor no peito, uma pontada aguda e passei a pesar uma tonelada, eu me sentia pesada e dolorida, é isso que chamam de consciência pesada? Acho que sim, porque foi isso que me deu forças de reagir.
-PÁRA VICTOR! PARE AGORA! – ele não parou...
-SAI! SAI DE CIMA MIM!! SAI CARALHO!!! – botei pressão no seu corpo e consegui arremessá-lo pra fora da cama. Ele me olhou com os olhos arregalados arfando assim como eu.
-O que...foi isso?! – ele conseguiu gaguejar enquanto arfava descompassado.
-Força de vontade, descarga de adrenalina, acontece de vez enquando...- murmurei e percebi que ele engoliu o H.
-Desculpe...- ele sussurrou por fim e saiu do quarto batendo a porta. Engoli em seco e fui pro banheiro, precisava de um banho, urgente!
Dia seguinte ao “incidente”
-Victor estou indo embora...- falei séria e ele estancou arregalando os olhos.
-NÃO! Não faz isso Andie, por favor...- ele berrou e baixou o tom em seguida.
-Não dá mais pra ficar aqui...entenda eu não preciso de outra carga de culpa nas minhas costas...eu fugi do homem que amo porque sinto culpa, eu fugi da minha única família porque sou culpada, por onde eu passo eu trago dor e sofrimento...eu não iria suportar fazer o mesmo com mais ninguém...não posso permitir que você me ame Victor! Eu não mereço nada nem ninguém! E eu não quero ninguém que não seja o único homem que eu amei e vou amar pra sempre...
-Andie, não se sinta culpada, você não pode decidir quem vai te amar ou não, se eu te amo e não sou correspondido isso é problema meu, e a culpa é única e exclusivamente minha! Escute...eu não vou te forçar a nada, não vou te tocar se você não quiser...eu juro que não vou fazer nada que você não queira... – passei a língua nos lábios e pensei...
-Ok! Então vamos estabelecer as regras. Primeiro: Não vai me tocar, me abraçar nem nada, sem a minha permissão. Segundo: não quero ouvir mais uma palavra sobre seus sentimentos. Terceiro: não vai entrar no meu quarto nunca mais!
-Ah não! Não isso eu não aceito!
-Então nada feito! Vou embora!
-Não Andie! Eu não já prometi que não vou te tocar? Eu quero ver você dormindo...
-Sem chance!
-Por favor..por favor...- carinha do gato de botas...ninguém merece!
-Só olhar! E você fica no chão!
-E se você sentir calor?
-Conserte o ar seu idiota!! Tá achando que vou dormir nesse forno é?
-Eu esfrio você...
-Sem chance! Conserte o ar ou nada feito!
-Chata! – biquinho.
-Chato! – dei língua pra ele, ele riu.
FlashBack off
E assim fui levando a minha vida mais-ou-menos. Victor nunca mais mexeu comigo, não diretamente. Ele era muito teimoso...Brigamos uma porção de vezes mais, ele nunca me deixava ir embora.
Fora isso, eu chorava todas as noites com as lembranças dos Cullen, de Michael, coitado deve está tão preocupado...não tive coragem de ligar pra ele, enviei apenas uma carta(sem remetente) relatando tudo o que ele precisava saber. Com Jake eu fiz o mesmo, não tive tempo de me despedir dele, foi melhor assim, não gosto de despedidas, por isso lhe enviei uma carta também explicando tudo, ele era meu melhor amigo no final das contas, ele merecia detalhes. Ele deve tá uma fera com o Edward...E Edward...saudades...
*Alice Pov*
Foram os 3 meses mais horrorosos que já passei. Minha família estava péssima. Edward estava um caco. Acabado e destruído, sem vida. Ia pra escola e voltada sem dizer um ai. Sabe aquele negócio de entra mudo e sai calado? Pois é, Edward parecia uma estátua ambulante. Não ria, não tocava, não falava, nada! Absolutamente vazio... Jasper ficava péssimo perto de Edward e eu ficava péssima por Edward e por Jasper. Carlisle e Esme, coitados estavam de mãos atadas, sofriam muito pelos filhos e pela perda de Andie. Emmet sofria tanto quanto nós, mas tentava disfarçar, tentava nos alegrar sem sucesso. Rosalie por incrível que pareça era a que estava pior depois de Edward, ela não admitia, mas adorava a Andie e agora nem se arrumar direito ela conseguia. E eu? Nem comento...
Capítulo 37 - Visão
*Edward Pov*
-Alice para com isso! Não adianta ficar fuçando o futuro da Andie.
-Não estou olhando pro futuro dela, estou olhando pro nosso, uma hora eles vão ter que se cruzar!
-Então senta e espera porque isso não vai acontecer...
-Cala a boca Edward!
Hoje completam 5 meses desde a partida de Andie. E não há absolutamente nada que me faça melhorar o ânimo. Era impossível viver sem ela...Minha família está arrasada e eu me sinto cada vez mais culpado por isso...O que mais eu poderia fazer? Alice não parava de bisbilhotar o futuro, tudo que ela via eram apenas borrões e coisas sem nexo.
“-Alistair, você não me conhece, mas sou filho de um velho amigo seu...
-Não tenho amigos, e saia já daqui se ainda gosta de sua vida!
-Por favor preciso que me escute, não precisa sentir medo, viemos em paz...
-Não há paz nas pessoas, não há paz em lugar nenhum, tudo está podre!
-Amigo preciso muito de sua ajuda, e por isso venho em nome de Carlisle...”
-O que foi isso Alice?! – perguntei espantado com tal visão.
-Eu...não sei Edward! veio sozinho...- Alice respondeu também assustada.
-O que tá pegando? – Emmet perguntou.
-Alice teve uma visão esquisita...- respondi pensativo.
-O que exatamente você viu Ali? – Carlisle perguntou interessado. Agora todos estávamos na sala.
-Edward estava em algum lugar conversando com um tal de Alistair...
-Alistair?! – Carlisle pareceu surpreso.
-Você o conhece? – perguntei.
-É um amigo de tempos remotos...Mas sobre o que exatamente Edward conversava? – Carlisle indagou intrigado.
-Edward pedia algum tipo de ajuda, em seu nome...- Alice respondia e continuava a sua busca por mais detalhes.
Ficamos um bom tempo discutindo as possíveis possibilidades pra esse futuro ocorrer, e não chegamos a nenhuma conclusão. Sabíamos apenas que Alistair era um vampiro inglês que tinha aversão a sociedade e vivia sempre sozinho, não gostava de visitas e não tinha amigos. Porque diabos eu procuraria esse sujeito? E em que ele me seria útil? Ouvimos um carro adentrar o caminho que levava a nossa casa.
-Alguém está esperando visita? – Esme perguntou e todos nos entreolhamos confusos.
-Não. – respondemos em coro.
O carro se aproximou da casa e parou. Alguém saiu do carro e veio até a porta. Tocou a campainha. Eu fui atender.
Capítulo 38 - A Busca
Trilha Sonora
*Edward Pov*
-Boa tarde senhor. Temos uma entrega para senhor Edward Culen.
-Sou eu mesmo. – respondi e olhei para o embrulho. De quem diabos é isso?! Senti uma pontada de esperança no peito.
-Pode assinar aqui por favor? – o homem pediu e eu assinei. Olhei pro embrulho e vi que não tinha remetente...
-Sem remetente? – perguntei indignado.
-Desculpe senhor, mas o embrulho foi endereçado assim...
-Tudo bem, obrigado. – fechei a porta e todos me fuzilavam curiosos. Abri o embrulho e dentro havia um celular e uma carta.
-Mas que merda é essa, um celular? Pra que você precisa de outro celular? – Rosalie perguntou ríspida.
-Tem uma carta Ed. abre logo! – Alice falou empolgada. Abri a carta e li em voz alta.
“Não suporto mais ficar sem você...Mudei de idéia sabe? Pedi pra me esperar, mas agora quero que venha me buscar...É muito pedir isso? Se você achar que não vale a pena ou que não me quer mais eu vou entender...se você não quiser perdoar as minhas atitudes eu também entenderei...Não espero resposta então nem se incomode com isso. Agora estamos em pé de igualdade, nunca saberei se você vem, mas estarei te esperando...É um jogo que nós dois podemos participar...Você não terá pistas pra onde eu fui, posso estar em qualquer lugar ou em lugar nenhum...Não faça essa cara de que será impossível me achar, você é um vampiro e tem Alice a seu favor, se vira! Ah sim, ia me esquecendo, o celular...bom, talvez eu ligue ou mande uma mensagem...Até mais ver Edward...”
-Andie você é louca! – sussurrei pra mim mesmo.
-AH! Viu Edward? eu disse que ela ia dar notícias! Yupie!!! – Alice saltitava e sorria batendo palminhas. Os outros também não conseguiram esconder a alegria. Eu também não pude deixar de sorrir, só em saber que ela está bem...e me queria de volta...Não vou te decepcionar meu amor, irei te encontrar nem que seja no inferno...
-Ok! Alguém faz alguma idéia de onde começaremos a busca? – perguntei e todos pararam as comemorações. É, estávamos perdidos.
-Vamos ter que dar tiros no escuro...- Jasper murmurou pensativo. Olhei pra Alice e seus olhos estavam desfocados, e ela estava revendo a cena com Alistair.
-Alistair, você não me conhece, mas sou filho de um velho amigo seu...
-Não tenho amigos, e saia já daqui se ainda gosta de sua vida!
-Por favor preciso que me escute, não precisa sentir medo, viemos em paz...
-Não há paz nas pessoas, não há paz em lugar nenhum... tudo está podre!
-Amigo preciso muito de sua ajuda, e por isso venho em nome de Carlisle...
-Você é filho de Carlisle Cullen?!
-Sim, ele disse que você ajudaria, que você tem algum tipo de divida com ele...
-Ah! É eu sei...o que diabos você quer de mim?
-Preciso que rastreie uma pessoa...
-Não sou bom rastreador, não sei se posso ajudar...
-Qualquer coisa que você puder fazer será de grande ajuda...
-A única coisa que posso fazer é te indicar a direção.
-Já é bastante útil.
-Mas vou precisar do cheiro dela.
-Trouxe itens pessoais dela, acho que é suficiente.
-Alistair é um rastreador?! – perguntei pra Carlisle.
-Ah! Como posso ter me esquecido disso?! Ele tem uma habilidade que o faz sentir um impulso evasivo na direção do que procura, e é suficiente pra dizer que direção tomar...é por isso que você o procura Edward! é uma idéia excelente!
-Oh isso vai ajudar muito! – Esme comemorou e todos nós sorriamos feitos crianças.
-Então o que estamos esperando?! – Alice perguntou empolgada.
-Você não vai Ali! Pode ser perigoso, não conhecemos esse cara e não vimos o final da conversa! – Jasper a repreendeu ríspido.
-Claro que eu vou, quero ser a primeira a ver a Andie! – ela respondeu fazendo bico.
-Nem pensar! – ele retrucou.
-Jasper você vem junto se quiser...- falei tentando evitar a briga iminente. Ele torceu a boca.
-Quando partiremos? – Jasper perguntou.
-Agora! –respondemos eu e Alice em coro.
Avril Lavigne
Eu Vou Ser
Não há nada que eu poderia dizer para você
Nada que eu poderia fazer para te fazer enxergar
O que você significa para mim
Toda a dor, as lágrimas que eu chorei
Ainda assim que você nunca disse adeus e agora eu sei
Até onde você deseja ir
Eu sei que eu te decepcionei
Mas não é mais assim agora
Desta vez eu nunca vou deixar você ir
Eu vou ser
Tudo o que você quiser
E me recompor
Pois você faz com que eu não caia aos pedaços
Toda a minha vida, eu vou estar com você eternamente
Para fazer com que você siga com o dia
E fazer tudo estar bem
Pensei que eu tinha tudo
Eu não sabia o que a vida poderia trazer
Mas agora eu vejo, sinceramente
Você é a única coisa que eu acertei
O único que eu guardo dentro de mim
Agora posso respirar, porque você está aqui comigo
E se eu te decepcionei
Eu vou mudar isso
Porque eu nunca deixarei você partir
Eu vou ser
Tudo o que você quiser
E me recompor
Pois você faz com que eu não caia aos pedaços
Toda a minha vida, eu vou estar com você eternamente
Para fazer com que você siga com o dia
E fazer tudo estar bem
Porque sem você não posso dormir
Eu nunca, nunca mais deixarei você partir
Você é tudo que eu tenho, você é tudo que eu quero
Yeah...
E sem você não sei o que faço
Eu não posso nunca mais viver um dia sem você aqui comigo,
Aqui comigo, você vê,
Você é tudo o que preciso
Eu vou ser
Tudo o que você quiser
E me recompor
Pois você faz com que eu não caia aos pedaços
Toda a minha vida (minha vida), eu vou estar com você eternamente (eternamente)
Para fazer com que você siga com o dia
E fazer tudo estar bem (estar bem)
Eu vou ser (vou ser)
Tudo o que você quiser
E me recompor
Pois você faz com que eu não caia aos pedaços
Toda a minha vida, eu vou estar com você eternamente
Para fazer com que você siga com o dia
E fazer tudo estar bem.
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Passaram-se quase 5 meses desde que deixei os Cullen. Eu já estava enlouquecendo de saudades e subindo pelas paredes detalhe...Victor ainda se aproveitava de minha fraqueza e ficava me atentando, deu pra andar sem camisa e de shorts pela casa...sinceramente, as vezes dava vontade de jogar tudo pra cima e dar uns pegas nele, mas minha consciência e meu coração não deixavam...Vou te contar, ninguém merece ficar na “seca” por tanto tempo!. Eu estava quase desistindo disso tudo, precisa voltar pra Edward...estava insuportável a distância e o silêncio...será que me perdoaria? Será que ele vai me querer de volta?
-Victor tô indo no shopping...
-Deixe pra ir à noite que eu vou com você...
-Não, não, eu realmente quero ir agora...te vejo mais tarde!
Francamente o Victor tava virando um chiclete! Qual a graça de ir pra shopping com homens? E como iria comprar roupas íntimas com ele do lado? Ridículo! Na verdade, na verdade mesmo, a companhia dele não seria apropriada pra o que estou planejando fazer...Pensei muito e cheguei a conclusão que só deixar Edward me esperando era injusto, daria pra ele a chance de me deixar no mesmo barco. Tudo o que eu teria que fazer era enviar-lhe uma carta e de quebra um celular pra que eu pudesse mandar umas mensagens...claro que eu não iria ligar pra ele, não suportaria ouvir sua voz...
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*Edward Pov*
Estávamos a caminho da Inglaterra, na esperança de encontrar o Alistair. Estávamos no avião quando recebi a primeira mensagem de Andie.
Nova mensagem: ID desconhecido.
-Saudades? Eu tô subindo pelas paredes... XD
Confesso que se meu coração batesse, ele estaria saindo pela boca agora. Quando estávamos em solo inglês recebi outra.
Nova mensagem: ID desconhecido.
-Espero que esteja cuidando do meu coração...ele ficou ai com você *-*
Encontramos o tal do Alistair esquisitão e ele nos mostrou que deveríamos seguir a direção sudeste, para além do oriente médio, provavelmente atravessando o oceano índico, em direção a Austrália.
Resolvemos procurar nos países europeus antes de partir pra Austrália. O que nos tomou muito tempo, pois só podíamos procurar no fim do dia, quando não havia mais sol. Perdemos um mês de busca nas cidades mais prováveis.
Perdemos mais 1 mês procurando em alguns países do oriente médio e nada...Decidimos seguir pra Austrália. Percorremos toda parte oeste do litoral Australiano e depois fomos em direção ao centro.
Resolvemos nos dividir e marcamos de se encontrar em Sydney no final do mês. Jasper e Alice seguiram pelo Norte, e eu fui pelo sul. Durante todo esse tempo eu recebia mensagens de Andie com freqüência. Ela perguntava sobre todos, sobre os bichinhos de estimação, sobre Jacob, enfim, perguntas sem resposta...
Capítulo 39 - A fuga
6 meses...
7 meses...
8 meses....
Eu já estava ficando louca! Será que ele estaria me procurando? Será que vai me encontrar algum dia? Esse silêncio está me matando! Devo ligar? Não! Não posso, não agora! Depois de tudo que eu o fiz sofrer, eu tenho que sofrer também, com a dúvida, com a incerteza...
Estava sozinha em casa, Victor tinha saído pra caçar, coitadinhos dos cangurus...Resolvi dar uma volta pela cidade. Já estava anoitecendo quando sai pra caminhar. Andei até um rio que passava próximo da casa e fiquei parada na ponte observando a lua.
*Edward Pov*
Vasculhei cidade por cidade até chegar em Sydney. Fui o primeiro a chegar, Alice e Jasper ainda estavam a 1 dia da cidade.
Comecei a busca pela cidade, pelo litoral mais precisamente. Estava sedento, mas a fauna nessa porcaria de país era um horror, só tinha marsupial pequeno, não dava pra saciar a sede. Já estava anoitecendo, estava percorrendo a linha de um rio quando finalmente veio o cheiro. É, “aquele” cheiro, o melhor de todos...Andie...em algum lugar por aqui! Comecei a correr desesperado em busca da origem do cheiro. O cheiro ainda estava fraco, talvez trazido pelo vento, poderia estar a quilômetros. O cheiro estava ficando inebriante...estava sendo irresponsável em me aproximar com tanta sede...mas eu suportaria...tudo por ela, talvez seja minha única chance...
Cheguei até uma ponte que cortava o rio, o cheiro estava forte, mas não havia ninguém...
/ Edward Pov
Estava ficando tarde e frio, resolvi voltar pra casa. Quando virei à esquina no final da ponte senti uma pontada forte no peito. Droga será que vou desmaiar aqui? Nunca mais tinha tido essas vertigens...mas era tão diferente dessa vez...uma sensação tão esquisita...doía muito, mas era bom, me aquecia do frio, espantava meus medos, minha tristeza...me deixava feliz?! Balancei a cabeça pra espantar meus devaneios e recomecei a andar.
*Edward Pov*
Atravessei a ponte rapidamente e virei a esquina no final da ponte. Haviam três caminhos a frente. E o cheiro estava forte e fresco. Ela estivera ali. Todos os caminhos estavam impregnados do seu cheiro, pra onde ir?
/ Edward Pov
Virei na rua da direita e andei a passos largos. Meu coração palpitava sem motivo aparente...Faltavam mais alguns metros ainda pra chegar em casa, Victor já deveria estar chegando da caça.
*Edward Pov*
Direita. O cheiro está fresco na direita. Apertei o passo e virei na rua.
/ Edward Pov
Meu coração falhou uma batida e eu parei. Droga não poso cair aqui nessa rua a essa hora! Só mais alguns metros...só mais um pouco...Uma corrente elétrica percorreu a minha coluna e minhas pernas fraquejaram...o que diabos está acontecendo? Que sensação é essa? Uma voz gritava na minha cabeça “vire-se Andie! Vire-se agora!”
*Edward Pov*
Não precisei correr mais, lá estava ela, de costas, parada...O que diabos ela estava fazendo uma hora dessas, parada no meio da rua?! Irresponsável! Seu coração falhou uma batida e depois seguiu acelerado. Ela está se sentindo mal? Ela sentiu a minha presença? Olhe pra trás Andie, olhe agora!
/ Edward Pov
Segui meu impulso interior e virei pra trás, e estanquei. Meu coração foi à boca e minhas pernas fraquejaram, cai de bunda no chão.
*Edward Pov*
E ela se virou...me olhou e caiu. Corri até ela e a puxei pra meus braços.
/ Edward Pov
Ele veio até mim e me puxou contra si. Ah! Esse cheiro...essa pele fria...Meu Edward! minha vida...não tenho palavras pra descrever essa sensação...é mágico! É felicidade! Como nunca senti...o meu amor de volta...a minha vida de volta...o meu ar...
-Andie meu amor você está bem? Andie reaja por favor! – Edward me sacudia e eu tentava me desprender dos meus devaneios, do meu transe.
-Você veio...- consegui falar por fim.
-Claro que eu vim...eu iria até o inferno se fosse pra te ter de volta! – ele falou e me beijou profundamente. Urgente, quente e apressado...chegava a doer a eletricidade e o calor que queimava nossos corpos...Pulei no seu colo e ele me espremeu no seu corpo me trazendo pra mais perto, como se pudéssemos ficar mais perto do que isso...com as mãos nos seus cabelos bagunçados o puxei com mais força...não desgrudamos o beijo nem por um segundo e nosso corpos gritavam, clamavam por mais...Lágrimas jorraram no meu rosto e eu solucei com medo, medo de que esse momento fosse acabar...
-Amor...onde você tá morando? Continuar com isso aqui não é apropriado...eu preciso de você...preciso muito...- e quando ele disse isso eu estanquei, como se tivesse tomado um banho de água fria, me lembrei do perigo que Edward corria aqui...Victor! engoli em seco e desci do seu colo.
-Edward...nós temos um pequeno problema...- ele me olhou apreensivo – vo-você confia em mim? – resolvi não contar os detalhes agora...só contaria o necessário, se ele só imaginar que vivi com um vampiro por todo esse tempo...
-Claro que confio Andie! O que está acontecendo? Não vai querer mudar as regras do jogo agora não né? Não vou deixar você fugir de novo entendeu?! Nunca mais! – ele falou transtornado.
-Não é isso Edward...eu vou com você, mas teremos que fazer tudo do meu jeito...você tem que fazer tudo o que eu disser entendeu?
-Andie você está me assustando! O que diabos está acontecendo?
-Você vai fazer o que eu disser ou não?! – perguntei inquieta. Muitas opções passavam por minha cabeça numa fração de segundos, tinha que analisar as possibilidades de fugir sem que Victor nos alcançasse. Tudo seria mais fácil se ele não estivesse em casa, se ele estiver eu realmente não sei o que fazer...ele não pode saber de Edward, não pode nem imaginar que ele está na cidade...ele iria matá-lo!
-O que eu tenho que fazer?
-Você está com seu celular ai?
-Estou...
-Seguinte...nós vamos pra minha casa, mas você fica a alguns metros de distância, você só entra se eu ligar pra você. Se eu não ligar você vai ter que esperar eu descer entendeu?!
-Andie qual o problema? O que você está me escondendo?
-Edward, por favor...eu preciso que confie em mim...prometo que conto tudo no avião...
-Avião?!
-Claro Edward! como planeja sai daqui?
-Eu pensei que dormiríamos aqui hoje...
-NÃO! Não há tempo....vamos agora, não podemos esperar nada, tem que ser rápido...
-Andie isso é algum tipo de fuga?! – ele perguntou enquanto corríamos.
-Algo assim...- ele me olhou franzindo o cenho e não resmungou alguma coisa que não ouvi. Adentrei a casa rapidamente e chequei todos os cômodos, estava vazio, Victor não voltara da caça ainda, ótimo! Liguei pra Edward e ele veio.
Trilha Sonora
-Antes de tudo, eu preciso que você se concentre o máximo que puder e procure qualquer mente que esteja pensando em mim...qualquer mente...o mais distante que você puder, se você ouvir, você me fala e agente corre entendeu?! – só existe uma única mente que sabe meu nome e que estaria pensando em mim...- Toma pega essa mala enche com tudo que você achar necessário pra mim! – ele estancou e respirou profundamente, franziu o cenho e me olhou assustado.
-Andie essa casa cheira a vampiro!
-Eu sei Edward...e é dele que estamos fugindo...- murmurei enquanto jogava minhas coisas na cama.
-O que um vampiro fazia na sua casa?!! Você ficou louca?! – agora ele berrava com uma feição assustadora.
-Edward estamos perdendo tempo! Faça o que eu mandei! – ele resmungou alguma coisa e começou a colocar as coisas na mala em velocidade vampírica.
-Não estou gostando disso...não estou gostando nenhuma pouco, você vai ter que me contar que palhaçada é essa...
-Droga não acho meu passaporte!
-Podemos arrumar outro Andie...
-Não Edward! não podemos ficar no país...temos que pegar o primeiro o vôo, pra qualquer lugar...
-Vou procurar no outro quarto...- Será que Victor escondeu meu passaporte? Ele não faria isso, faria?
-Achou? – dei um pinote com o susto, Edward estava parado a porta do quarto de Victor. Entrou e fez uma careta.
-Você não estava morando com um vampiro, estava?! – ele recomeçou a discussão...
-Agora não Edward, por favor, concentre-se nas mentes...- falei enquanto vasculhava o quarto.
-Alguém está pensando em você...
-O QUE?! – arregalei os olhos e senti aquele maldito calafrio.
-Uma mente...está longe, a alguns quilômetros...
-Muito longe? Quantos minutos daqui pra um vampiro?! – perguntei desesperada.
-Uns 5 min...mas ele é rápido, está ficando próximo...
-Droga! Me ajuda a achar meu passaporte! Precisamos correr!
-Ele não para de pensar em você...ELE TE BEIJOU?!! – Edward berrou e eu estanquei, droga! Victor devia tá relembrando o “incidente”.
-Edward por favor, agora não...- as lágrimas agora despencaram no meu rosto. Medo, ressentimento, desespero. Ele ia chegar antes, vai nos alcançar, vai achar Edward...vai matá-lo...não há tempo...não há mais tempo...
-Achei! – gritei entre lágrimas.
-Ele está a dois minutos daqui... Andie eu não vou deixar isso barato...eu não fugir...- Edward me encarou com uma expressão de dor...ele viu a cena toda...ele viu tudo...merda! merda! merda!
-O que você está querendo dizer? Você não vai enfrentá-lo Edward!
-Você não pode me impedir! DROGA ANDIE ELE TOCOU VOCÊ!!! ELE TE CHAMA DE “MINHA”!!! – Edward explodiu e um rio de lágrimas caiam no meu rosto. 2 minutos! Não daria tempo! Agora eu precisava de uma boa desculpa pra tirar Edward daqui, mas o que? O que eu posso fazer?
-Edward ele vai me matar se te ver aqui...ele é possessivo, não vai me deixar viva pra você...- se eu bem conheço Edward ele não iria arriscar a minha vida por uma rixa ou por ciúmes. Dito e certo! Ele me olhou chocado e me puxou porta a fora.
-Pela janela Edward, vamos pela mata! – pulamos a janela e disparamos pela mata densa.
-Ainda está ouvindo? – perguntei enquanto corríamos.
-Estou, ele entrou em casa agora e já sentiu meu cheiro.
-Ai meu Deus! Ele é rápido Edward!
-Vem sobe em mim que é mais rápido.
-Ele já viu a bagunça...
-Ah! Não vai dar tempo!!- minha voz agora saia num suplicio, e as lagrimas ainda despencavam.
-Ele tá achando que você foi raptada por algum bando de vampiros...já está se movendo...
-Ah não! Não não não!
-Se acalme Andie, ele não vai me alcançar.
-Ele não pode te ver, ele também tem um alcance absurdo com a habilidade dele...
-Ele tem uma habilidade?
-Te conto no avião, não pare de correr! – corremos por um bom tempo até chegarmos ao aeroporto. Compramos passagens pro avião que iria sair em 5 min.
-5 min Edward! não vai dar tempo!
-Vai dar tempo, eu não estou mais ouvindo, ele deve ter se perdido no rastro...
-E se não for isso? E se ele estiver perto?
-Se ele chegar perto eu ouço meu amor, relaxa um pouco, vai dar tudo certo...- o tempo passava feito lesma. Corremos pro portão de embarque e adentramos o avião. Meu corpo ainda tremia e meu coração estava pra sair pela boca. Edward também estava nervoso, mas tentava disfarçar sem sucesso.
-Está ouvindo né? O que você está ouvindo?!!
-Ele já está aqui...
-Aqui onde Edward?!! – berrei em desespero, chamando a atenção dos outros passageiros.
-Já vamos levantar vôo, ele não vai achar a tempo...- ele sorriu mais tranqüilo e me beijou.
-Tem certeza? Não tem perigo?
-Não tem perigo...pode sossegar...
-Eu te amo sabia?
-Sabia...- ele sorriu torto e me beijou de novo. – eu também te amo Andie, mais do que a mim mesmo...
-Posso contar tudo quando estivermos em solo? Estou exausta...- pedi com carinha de cachorro pidão.
-Não se preocupe com isso, temos todo o tempo do mundo...
Linkin Park
Fuga
Decorações de pichação
Debaixo do céu de pó
Uma onda constante de tensão
Em cima da confiança quebrada
As lições que você me ensinou
Eu aprendi que nunca era verdade
Agora eu me sinto sendo questionado
Eles apontam o dedo novamente para mim
Culpado através de associação
Você aponta o dedo novamente para mim
Eu quero fugir
Nunca diga adeus
Eu quero saber a verdade
Invés de desejar saber por que
Eu quero saber as respostas
Nenhuma mentira mais
Eu quero fechar a porta
E abrir minha mente
Bolsas de papel e vozes bravas
Debaixo de um céu de pó
Outra onda de tensão
Fez mais do que me encher
Toda minha conversa de entrar em ação
Estas palavras nunca eram verdade
Agora eu me sinto sendo questionado
Eles apontam o dedo novamente para mim
Culpado através de associação
Você aponta o dedo novamente para mim
Eu quero fugir
Nunca diga adeus
Eu quero saber a verdade
Invés de desejar saber por que
Eu quero saber as respostas
Nenhuma mentira mais
Eu quero fechar a porta
E abrir minha mente
Eu vou fugir, e nunca direi adeus
Vou fugir, vou fugir, vou fugir, vou fugir
Eu vou fugir, e nunca pensar no motivo
Vou fugir, vou fugir, vou fugir, vou fugir
Eu vou fugir, e abrir minha mente
Vou fugir, vou fugir, vou fugir, vou fugir
Vou fugir, vou fugir, vou fugir, vou fugir
Eu quero fugir
Nunca diga adeus
Eu quero saber a verdade
Invés de desejar saber por que
Eu quero saber as respostas
Nenhuma mentira mais
Eu quero fechar a porta
E abrir minha mente
Eu quero fugir, e abrir minha mente
Eu quero fugir, e abrir minha mente
Eu quero fugir, e abrir minha mente
Eu quero fugir, e abrir minha mente
Capítulo 40 - De volta pra casa
Fomos pra França e lá esperamos por Alice e Jasper. Em seguida partimos de volta para os Estados Unidos. Contei tudo que aconteceu comigo nesses 8 meses, claro que o detalhe do “incidente” só contei pra Edward, e óbvio ele ficou puto. Também não era pra menos, ele ver um vampirão lindo e gostoso me agarrando, e o pior é que estava correspondendo ¬¬, quem não corresponderia? Não sou de ferro né...
Seguimos nossa viagem cansativa pra Forks e por fim chegamos em casa. Fui recepcionada com muita alegria, estavam todos eufóricos, Rosálie só faltou quebrar meus ossos com um abraço de urso, Emmet nem se fala. Eu estava um caco, não demorei muito e fui dormir. Sonhei com Victor, ele estava mal...E não pude deixar de pensar em como ele ficaria sem mim...
Edward foi caçar enquanto eu dormia, mas não saiu até se certificar que Alice que ficaria me vigiando...ridículo! Quando ele voltou, eu já havia acordado. Estava na sala matando as saudades, atualizando as novidades e brincando com meu “bebês”, nossa como meu cachorrinho
cresceu !!!
-Já acordou meu anjo? Você precisa descansar direito...- Edward sussurrou enquanto me puxava pra um abraço.
-Estou ótima amor! Eu estava pensando...estou com saudades de nossa clareira...
-Hum...você quer ir lá agora – ele respondeu pesaroso e um pouco triste...
-Se você não quer podemos ficar...
-Não, claro que quero ir, tudo o que você quiser lembra? – ele sorriu e me beijou.
-Ai ai ai! Não vai derrubar as árvores! É bom mesmo matar essa seca braba na floresta!
-Cala a boca Emmet! – gritamos em coro.
Trilha Sonora
-Me espera lá fora amor, vou só pegar uma cesta de lanches, tô com fome...Corri no quarto peguei um lençol e na cozinha enchi uma cesta de guloseimas. Adentramos a floresta até chegarmos a clareira. Tirei o lençol e estendi no chão, Edward me olhou curioso.
-Tira a roupa! – ordenei com um sorriso torto.
-Você quer fazer isso aqui?! Andie é desconfortável pra você...- ele falou apreensivo.
-Edward...cala a boca e tira a roupa! Você faz alguma idéia do quanto eu esperei por isso? – ele riu e começou a se despir.
-Se faço idéia? Eu que pergunto! – esperei até que ele se despisse todo e fiquei babando na sua beleza. Ele já estava ereto... Ele me olhava com um misto de desejo, felicidade e agonia...Eu comecei a me despir lentamente e ele ia ficando inquieto a cada peça que caia...Eu ri e ele fez bico e me olhava de cima a baixo um tanto nervoso. Enfim eu estava nua e ele começou a andar em minha direção, eu estiquei o braço fazendo sinal para que parasse. Ele franziu o cenho confuso, eu apenas ri e dei alguns passos pra trás até me encostar a uma imensa árvore. Elevei minha mão até meu pescoço e fiz a melhor cara sacana que eu tinha. Edward sorriu, provavelmente pensando que eu estava fazendo charme, mal ele sabendo que essa não era exatamente a minha intenção, eu estava aprontando outra maluquice, claro... Cravei as unhas no pescoço e provoquei um rasgão na minha pele fazendo bastante sangue escorrer por todo o meu corpo nú.
- o que...? céus...- Edward arregalou os olhos e ficou rígido por uns instantes, cerrou os punhos e fechou os olhos procurando controlar seus instintos. É, eu sei que sou maluca, mas eu gosto da sensação do perigo sabe? Realmente deve estar sendo difícil pra ele sentir meu sangue depois de 8 meses de distância, quem dirá provar!
Enfim ele abriu os olhos e relaxou, seu olhar agora era mais calmo, mas cheio de desejo...ele andou até mim, selou seus lábios nos meus e desceu até meu pescoço, respirou fundo revirando os olhos e encostou seus lábios na ferida exposta.
- Já te disse o quanto você é insana? – Sussurrou em meu ouvido e logo sugou lentamente o fluxo que saia e em seguida lambeu o excesso de sangue que desceu pelo meu corpo, passou sua língua por toda a extensão e por todos os lugares onde havia um rastro de sangue.
-Já te falei que quando estou com você minha cota de pecados só aumenta? Olha só o que você me faz fazer... – ele sussurrava enquanto beijava, lambia e mordiscava cada pedaçinho do meu corpo. E eu só gemia...
A cada toque eu sentia meu corpo tremer de tesão, meu coração explodindo e minhas pernas pendendo de fraqueza. Edward sussurrava coisas que não consegui distinguir e eu gemia freneticamente...
-Já te falei o quanto eu te amo? – ele falou e me beijou nos lábios, mas dessa vez era um beijo calmo, terno e cheio de amor...
Ele sustentou o beijo enquanto deslizava suas mãos por meu corpo, alisando minhas costas, apalpando meus seios e apertando minha bunda, colando nossos corpos até onde as leis da física permitiam. Seu membro estava entre minhas pernas, em contato com meu sexo e isso estava me roubando a sanidade. Apertei a sua bunda e pressionei contra meu corpo para aumentar o atrito entre nossos sexos, ele percebeu minha agonia e começou um movimento de vai e vem, esfregando ainda mais o seu membro e me fazendo gemer histericamente.
Quando não suportávamos mais a tensão e o desejo nos deitamos no lençol, mas de alguma forma eu queria sustentar aquela visão de Edward enlouquecido de desejo. Flexionei meus joelhos e travei minhas pernas, ele olhou pra mim confuso e tentou forçar a abertura, continuei travada e sorri torto. Ele continuou confuso mas pareceu entender a “brincadeira”.
-Você que me deixar louco? – ele perguntou já agoniado.
-Imagina...por que eu faria isso? – respondi ainda com sorriso torto.
-Qual o outro motivo pra você estar travada?
-Talvez porque eu não te queira tanto assim – falei irônica.
-Há Há! Você quer mais do que eu! Você está toda molhadinha...Andie...eu não vou forçar...abre vai...- ele pediu com uma expressão suplicante.
-Hum...não...- fiz biquinho e sorri em seguida. Ele franziu o cenho e tentou forçar uma abertura mais uma vez.
-Andie...não agüento mais...por favor...
-Hum...não está sendo convincente morceguinho...pede com carinho...- falei num tom sedutor.
-Amor...dá pra mim vai... – ele falou e não conseguimos conter a gargalhada.
-Ed. isso não foi nada carinhoso...- falei ainda rindo.
-Não vai me dá? – ele perguntou enquanto passava a língua nos lábios.
-Não...-ele olhou pra mim, abriu a boca pra falar, mas fechou em seguida dando um sorriso sacana.
-Você que pediu...- ele murmurou e pegou minhas pernas com força me fazendo virar num movimento rápido. Ok, por essa eu não esperava. Agora eu estava de costas pra Edward, de joelhos no chão.
-Edward...- só deu tempo de sussurrar o seu nome antes que ele me penetrasse por trás com força. O movimento brusco me fez gritar, não de dor...Gemidos frenéticos agora saiam de mim e de Edward a cada investida, indescritível tamanha sensação que era tê-lo de volta, tamanha saudade sendo expressa num só ato de amor e prazer. A essa altura eu já estava fora de mim, e meu corpo respondia sozinho, não tinha mais sanidade suficiente para reagir a isso, era esse o efeito que Edward tinha sobre mim, e seria assim até meu último dia de vida, seria assim pra sempre...enquanto eu vivesse, seriamos eu e ele...
Senti a tensão e os espasmos chegarem com um orgasmo sensacional. Deixei um gemido alto escapar e Edward gozou logo em seguida fazendo o mesmo, só que de um tom mais forte e sensual. Deixei meu corpo pender para o chão e fiquei deitada de bruços, tentando controlar minha respiração descompassada e meu coração que estava na boca. Edward deitou seu corpo sobre o meu, mantendo o peso nos cotovelos. Fungou meus cabelos e beijou carinhosamente as minhas costas, repousou a sua cabeça e assim ficamos por alguns minutos, um ouvindo a respiração do outro. Não demorou muito e já podia sentir sua nova ereção. Me virei para recebê-lo e recomeçamos nossa “brincadeirinha”.
-Sabe...poderíamos ficar assim pra sempre...- murmurei entre beijos.
-Concordo...
-Ed. eu te amo...
-Pra sempre...
Perdi a noção de quanto tempo passamos ali na clareira. E agradeci aos céus por estar ali e não em casa, imagina só o quão ridículo seria matar a seca com tanto vampiro em casa! Ia ser motivo de chacota pro resto da minha vida! Já estava anoitecendo quando meu estômago roncou. Que droga, hora de ir pra casa ¬¬’
Pintura ÍNtima
Kid Abelha
Vem amor que a hora é essa
Vê se entende a minha pressa
Não me diz que eu tô errado
Eu tô seco, eu tô molhado
Deixa as contas
que no fim das contas
O que interessa pra nós
É fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada
Larga logo desse espelho
Não reparou que eu tô até vermelho
Tá ficando tarde no meu edredon
Logo o sono bate
Deixa as contas
que no fim das contas
O que interessa pra nós
É fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada
Voltamos pra casa em meio caricias e amassos, falando bobagens e amenidades, afinal tinha tanto pra se falar depois de 8 meses! Dá pra acreditar? 8 meses!!!! Como eu consegui ficar longe do meu morceguinho por 8 meses?
-Um beijo por seus pensamentos...- falei enquanto caminhávamos.
-Só um? – ele fez biquinho e sorriu em seguida.
-Tá tá, dois então...
-Eu estava pensando...antes de você partir...estava quase tudo pronto pro casamento, então... – ele falou pausadamente como se tivesse receoso de algo.
-Então...? – instiguei.
-Bom...então precisamos concluir o que deixamos inacabado não acha? – ele perguntou enquanto mordiscava seu lábio inferior. O que diabos ele está pensando? Porque tanto medo pra falar uma bobagem dessas? Será que ele acha que eu não quero mais casar? Bobinho...
-Edward...do que você tem medo? tá achando que não te quero mais, é isso? Acha mesmo que não quero me tornar uma senhora Cullen? – Parei a sua frente e o indaguei com tom de indignação.
-Senhora Cullen...- ele murmurou pensativo.
-Hum...esquece o senhora, tô me sentindo uma velha assim, fiquemos só com o Cullen tá?...- coçei a cabeça desajeitada e ele riu. Ele abriu a boca pra falar e depois fechou em seguida.
-Que foi? Fala alguma coisa...- murmurei fazendo bico.
-Deixa pra lá, eu sou um idiota mesmo...
-Fala Edward!
-É que...- ele coçou a cabeça e parou de novo ¬¬
-É que...? – instiguei novamente.
-Eu não quero mais esperar, eu tava pensando se a gente podia adiantar pra esse final de semana...- ele falou inquieto e não me fitava nos olhos, ele sabia o que viria em seguida, por isso todo esse suspense...
-NEM PENSAR!!! TÁ DOIDO?!! – ele suspirou e torceu a boca desgostoso.
-Porque não Andie? Já está tudo pronto...
-Você ainda pergunta? Claro que não está tudo pronto! Eu tenho que rever o vestido, e tenho que mandar os convites, e tenho que rever a decoração e uma porção de coisas! Não dá pra fazer tudo isso em uma semana!
-Você está fugindo...- não foi uma pergunta.
-EDWARD CULLEN! Não ouse falar essa bobagem novamente! Eu não estou fugindo de nada, vou casar e pronto! Você está sendo ridículo!
-Está sim, está com medo... – ele continuou afirmando.
-Medo?! medo de que? Meu Deus Edward, sério eu não te entendo!
-Está com medo do compromisso, e por isso foge, vai ficar me enrolando até onde não puder mais...- com essa eu tive que rir, rir não, gargalhar. Edward tava parecendo uma criança querendo o presente de aniversário antes da hora.
-Edward você está sendo absurdo! – ele buffou e saiu andando. Ai dá pra acreditar nisso? O que ele quer que faça? Casar em uma semana? Ficou doido, fato.
-Edward...por favor pára de birra? Edward...Edward!!! – continuei falando e o miserável não ligou e continuou andando. Mas que teimosia!
-Tá bom Edward! uma semana está ótimo ¬¬ - esse vampiro está me deixando mole, fato. Ele se virou com um sorriso bobo na cara e me abraçou forte.
-Ar, ar Edward! eu preciso de ar! – ele me largou assustado e eu ri desajeitada.
-Desculpe...- ele sussurrou e enlaçou os meus cabelos com as mãos, acariciando minha nuca e me puxou para um beijo aconchegante.
-Você venceu, mas só desta vez...- murmurei entre beijos.
-Eu venço sempre bobinha...- ele falou e sorriu torto.
-Metido...
-Linda...
Enfim, voltamos a caminhada até chegarmos em casa. Estavam todos lá, ficamos jogando conversa fora até uma 22:00 pm.
-Edward eu preciso ver o Jacob...- falei enquanto ele acariciava os meus cabelos. Ele fez uma cara esquisita.
-Não posso te levar até lá, você sabe disso...- ele respondeu a contragosto.
-Você não precisa ir, eu sei muito bem ir sozinha...
-Nem pensar! – ele respondeu e me levantou do seu colo, ficou de frente pra mim e segurou o meu rosto com as mãos, acariciando as minhas bochechas com o polegar. – Eu já disse que não vou te deixar sozinha nem mais um minuto...é torturante sair do seu lado até mesmo pra caçar...não me peça isso por favor....
-Não tô pedindo...estou avisando...eu vou vê-lo, quer você queira ou não. – falei o mais calma possível, tentando o máximo possível não parecer grossa ou indiferente.
-Não você não vai! –agora ele ficou alterado.
-Sim eu vou, e não é você que vai me impedir! – Ok, agora não dava mais pra segurar o nervosismo. O que ele pensa que tá fazendo? Ele não manda em mim! Me impedir de ver meu amigo não é coisa que se faça!
-Andie...por favor não...- ele suplicou e eu neguei com um balançar de cabeça. Passei a língua nos lábios e suspirei.
-Será rápido eu prometo...você me deixa próximo a La Push e me espera tá? Coisa de 30 min...- ele respirou fundo e fez bico.
-20 min e só! – ele falou ríspido.
-25 min e assunto encerrado! – finalizei e saí do sofá com um pinote e corri para um banho rápido. Me vesti e procurei as chaves do meu carro, e ops! Eu não tenho mais um carro ¬¬. Desci apressada e desesperada eu berrei.
-EDWARD! – ele veio rápido e me olhou assustado.
-O que foi? Tá se sentindo mal? – ele veio e começou a me examinar de cima abaixo.
-Não, quero dizer sim, quero dizer eu tô bem, mais ou menos, quero dizer...- me embolei com as palavras e ele se desesperou mais ainda.
-Fala o que você tá sentindo, vou chamar meu pai...
-Não precisa! Deixa eu respirar...é que eu lembrei que tô sem carro...- murmurei e mordisquei meu lábio inferior. Edward olhou pra mim incrédulo e suspirou.
-Todo esse pânico só por isso?
-Como vou sobreviver sem um carro? – falei chorosa.Ele apenas sorriu. Aff como ele pode rir da miséria dos outros?
-Onde você enfiou o seu carro Andie? – ele perguntou ainda sorrindo.
-Eu dei...
-Deu?!
-Uhum...- afirmei enquanto minha mente divagava em lembranças...
Flashback on
-Hei muleque! Pode me ajudar?- perguntei para um garoto qualquer no aeroporto.
-Depende...- ele respondeu maroto.
-Eu pago bem! – falei e puxei um maço de dinheiro do bolso. Ele arregalou os olhos e sorriu.
-Claro madame, do que você precisa? – ele perguntou ainda encarando o maço de notas.
-Olha só, estou com uma porção de passagens aqui e preciso viajar sem saber pra onde vou...tudo o que você tem que fazer é escolher pra mim e me levar pro portão de embarque. Você não pode me dizer pra onde estou indo entendeu?
-Entendi moça, mas nao dar certo – ele respondeu torçendo os lábios.
-E porque não? – perguntei confusa.
-Você vai ouvir a chamada pelo interfone. Eles vão informar o lugar e ai você vai acabar sabendo...
-É eu não tinha lembrado disso...mas não tem problema, eu coloco meu ipod e não vou ouvir nada! – falei sorridente e o menino gargalhou com minha expressão eufórica.
-Então podemos ir? – ele perguntou.
-Devemos!
Ele escolheu uma das passagens e me encaminhou até o portão de embarque. Entreguei-lhe um maço de dinheiro, sabe-se lá quanto tinha ali, mas quem liga? E me lembrei do meu carro estacionado lá fora, pra que diabos eu iria querer aquele carro mesmo?
-Toma, tem muito dinherio ai, e pega isso aqui também – entreguei as chaves do meu carro pra ele. Ele me olhou sem entender nada.
-É a chave do meu carro, pode ficar com ele. Os documentos estão dentro...faça o qe quiser com ele, não me serve mais.
-Cara cê tá de brinca? – ele falou ainda com os olhos arregalados.
-Olha pra minha cara e diz, eu tô de “brinca”? – falei a contragosto.
-Puta que pariu! Que carro é? – ele perguntou quase saltitando.
-Um pegeot vermelho, aperta esse botãozinho ai que ele alarma...- apontei o chaveiro.
-Pow valeu! Valeu mesmo!! – ignorei a sua comemoração e atravessei o portao de embarque.
FlashBack off.
-Se precupa com isso não, amanhã a gente dá um jeito nisso, eu tava mesmo pensando em te dar um presentinho...
-JURA?! Você vai me dar um carro?! – perguntei eufórica.
-Tudo por você lembra? – ele falou manhoso.
-E eu vou poder escolher?!
-Nem pensar! Será surpresa!
-Ai não, eu quero escolher – fiz biquinho.
-Você não tem bom gosto pra carros, aquele seu era muito sem graça...- ele falou com um sorriso torto.
-Sem graça? Fala sério Edward, meu carro era lindo, ele tinha personalidade tá? – falei embirrada.
-Sei...- ele brincou.
-Tá ficando tarde, me leva logo pra La push. – falei e ele cortou o riso na mesma hora.
-Pensei que tinha desistido...- ele murmurou.
-Me poupe...
Os Cullens não podiam entrar em La Push, era um acordo feito entre eles e os lobos, então Edward me deixou até onde lhe era permitido ir. Segui o resto do caminho a pé, eu era rápida, não precisaria de transporte. Chegando a frente da casa de Jake, suspirei e bati na porta. Demorou um tempo até que resolveram abrir.
Jake estava só de shorts e sem camisa como sempre. Arregalou os olhos ao me ver e ficou imóvel, e sem fala pelo visto.
-Hey! Você não estava dormindo ou algo do tipo né? Eu posso voltar outra hora se preferir...- parece que minhas falas surtiram algum efeito porquer ele saiu dos seus devaneios e me abraçou em seguida.
-Oh...Meu Deus, você voltou! – ele ainda mantinha um abraço forte.
-É! Senti tanto a sua falta...- murmurei tentando segurar as lágrimas que agora se formavam.
-Eu também pequena, você não faz idéia do quanto foi duro aqui sem você...- ele desfez o abraço e me encostou nossas testas. – vem entra, tem alguém que você precisa conhecer. – ele me puxou pra dentro.
-Andie essa é a Poliane, minha namorada. – uma garota de cabelos prestos e lisos se levantou do sofá e veio ao meu encontro. Ela tinha uma pele morena como a de Jacob, era linda.
-Er...oi...- falei e sorri. Ela sorriu em resposta.
-É um prazer te conhecer, Jake falou muito de você...
-Ah, espero que coisas boas! – sorri. Ficamos mais alguns minutos conversando, Poli era uma pessoa marailhosa, perfeita pra Jake.
- Opa, já deu a minha hora, Edward tá me esperando sabe...- falei e eles apenas riram, Jake estava mudado, fato. Apaixonado eu acho.
Ele me levou até onde Edward estava me esperando e em meio a caminhada conversamos.
-Jake estou tão feliz por você!
-É, conhecer a Poli foi a melhor coisa que já me aconteceu...Ela me fez perceber que eu não te amava de verdade sabe...era só uma paixonite ou algo assim, sei lá...
-Eu sempre soube disso...você só não conseguia enchergar...
-Não é como se eu não tivesse sentindo a sua falta sabe...eu ainda amo você pequena...da mesma forma que você me ama, sempre seremos amigos né?
-Claro Jake! Sempre! – falei e o abraçei forte.
-Aparece aqui pra me contar os detalhes de “sua viagem”.
-Claro, assim que der eu venho, o Edward não descola do meu pé...mas eu prometo que venho tá? – dei um beijo na sua bochecha e caminhei até Edward. Este sorria abertamente, estranho...
Entramos no carro e Edward ainda sorria feito bobo.
-Posso saber o motivo da graça? – perguntei intrigada.
-Não posso mais sorrir? – ele respondeu ainda abobalhado. Doido é aew...
-Edward, fala sério, eu acabei de voltar da casa do Jake e você sorrindo assim, é a coisa mais esquisita que eu já vi!
-Ele não te vê mais como antes...- ele falou eufórico.
-É por isso que você tá assim? Me poupe...
-Você preferia quando eu ele era meu rival? Eu vi os pensamentos dele, e ele ama outra, isso é ótimo porque agora não preciso ficar disputando, você é só minha!
-Meu Deus Edward, eu sempre fui só sua! Você tem cada idéia...- ele buffou e ficamos o resto do caminho em silêncio.
E no dia seguinte...
-EU VOU EMBORA!! E É DEFINITIVO! – berrei enquanto descia as escadas.
-NÃO ANDIE, POR FAVOR ME ESCUTA! –Edward berrou com a voz embargada.
Capítulo 41 - Greve
Algumas horas depois...
-EU VOU EMBORA!! E É DEFINITIVO! – berrei enquanto descia as escadas.
-NÃO ANDIE, POR FAVOR ME ESCUTA! –Edward berrou com a voz embargada.
-Não vem não Edward, isso é tudo culpa sua! – berrei e parei pra observar os Cullens que estavam parados em choque.
-Minha culpa? A culpa é sua!!! - ele falou entre dentes.
-HÁ HÁ! Faz-me rir Edward Cullen! Qual a minha parcela de culpa nessa história hein?!
-Você sabe que eu não fiz isso sozinho!
-Fez sim! Eu falei pra você parar e você não me ouviu!
-Eu...não consegui...Andie eu tava com saudades...não deu pra parar...
-É mesmo? Onde foi parar o seu autocontrole?
-Você me fez perder o controle Andie! Por favor tente entender, é que...você é...tão...
-Eu sou o que Edward?!
-Boa...quero dizer...você é tão gostosa...e eu não me contive...
-Edward o que o fato de eu ser “gostosa” tem a ver com isso?
-Tem tudo a ver oras!, juntou você, a saudade e ai você de novo...meu sangue ferveu...e não consegui parar...e..e...e quando eu vi a gente já tava no chão com a cama quebrada, o que eu posso fazer?! – Edward gaguejou e cuspiu as palavras de uma vez só. E é óbvio que Emmet se contorcia de tanto rir.
FlashBack on
Chegamos em casa, e eu já estava com sono, é, ultimamente tenho ficado cansada e sonolenta facilmente, acho que a porcaria da “velhice” tá me pegando de jeito...
Tomei um banho relaxante com Edward claro, e estava me preparando pra dormir quando ele veio por trás todo “animadinho” e começou a literalmente se esfregar em mim e a me fazer caricias maliciosas, estremeci dos pés a cabeça.
-Edward aqui não...- minha voz saiu num suspiro, tanto que ele ignorou. Ele me jogou na cama e com um estalo minha camisola foi pro espaço e ele também já estava nú. Oh God como resistir a esse homem?
Ele me acariciava o corpo, beijava e mordia meu pescoço, seios, umbigo...Beijou a minha virilha ternamente, lambeu suavimente me levando a loucura, desejo, era isso que eu sentia naquele momento.
-Edward, por favor não...eles vão ouvir... – não sei de onde eu tirei forças pra profeir essas palavras.
-Shiiii...- ele me calou com um beijo desesperado e urgente. Ele sugava minha língua com força e mordia meus lábios com desejo. Voltou a descer para minhas pernas e dessa vez não se ateve a virilha, lambeu e chupou o meu clitóris, primeiro com calma, depois com urgência, rápido e forte num movimento ritimado que me fazia gemer. Já não sabia mais onde eu estava, não tava mais nem aí pra quem ia ouvir, que se dane...
-Oh...Edward eu vou...- e instantaneamente me contorci de prazer e gozei em sua boca gélida e gostosa.
Ele veio por cima e mim e eu impedi rolando por cima dele. Ele ficou deitado esperando meu próximo movimento. Comecei com caricias singelas, beijando seu corpo, seu peitoral deifinido, e descendo até o seu membro rijo que pulsava de tesão. Com uma mão fazia movimentos de vai e vem e com a outra acariciava seus testiculos, ele apenas gemia e se contorcia, sempre inclinando a os quadris em minha direção, ele queria mais...Lambi o seu membro por toda a sua extenção, fazendo movimentos circulares com a língua, e em seguida abocanhei com vontade dando continuidade aos movimentos. Mais algumas investidas com a boca e ele já estremecia.
-Ah...oh...Andie...- ele colocou as mãos na minha nuca e puxou de leve a minha cabeça inclinando pra trás, e nesse instante senti esguinchar no meu rosto o seu liquido gélido, no quarto se fez ecoar o seu gemido gutural e rouco.
-Amor...olha pra mim...consegue enchergar o meu amor aqui e agora? eu não quero que você se esqueca do quanto eu te amo...nem por um minuto...- ele sussurrou.
Não se passou nem um minuto e ele já estava pongando em mim me abrindo as pernas. Me penetrou com calma, e com movimentos regulares, não desprendemos nossos olhares nem por um instante.
-Não vou esquecer...jamais...- sussurrei em meio a gemidos frenéticos que agora ecoavam pelo quarto.
-Oh...ah...Você é tão....apertadinha....oh...tá bom assim?...quer mais...? – me estocou com força.
-S-sim...- mais uma estocada, e outra, e outra...um frenesi começou e Edward estava um pouco fora de controle, ele praticamente rosnava em meio a gemidos enlouquecidos, não sei se ele é sempre assim ou só tô percebendo agora, mas esses gemidos estão me tirando a sanidade...
Senti a cama ranger e comecar a chocar com a parede fazendo um som de marteladas.
-Edward...devagar...- quem disse que ele me ouviu? – Edward!, devagar senão você vai quebrar a cama... Edward!! – e nada, ele estava fora de si, continuou suas estocadas frenéticas e BOOM! No mesmo instante em que gozamos senti um baque em baixo de mim, em meio a respirações ofegantes pude observar pedaços da cama espalhados e colchão estirado no chão. Olhei assustada pra Edward que ainda estava de olhos fechados, acho que ele nem percebeu o desastre ¬¬, mas pelo visto a casa toda percebeu afinal as gargalhadas de Emmet estavam ensurdecedoras.
-EDWARD OLHA SÓ O QUE VOCÊ FEZ!!!
-Hã? – o coitado ainda tava desnorteado.
-Porque você não parou? Eu mandei você parar! Olha só essa merda! A casa toda ouviu!!! – ele olhou pros lados e a fixa caiu.
-Ops...
-OPS?!! ISSO É TUDO QUE TEM A DIZER?! Puta merda! Olha só pra Emmet, tá quase morrendo lá em baixo de tanto rir! Que ridículo!
-Calma Andie, não é pra tanto...
-Não é pra tanto?! Vou ser motivo de chacota pro resto da vida agora! E a culpa é sua!
-Andie ninguém vai mexer com você, eu falo com ele relaxa...
-Relaxa uma pinóia! Eu vou embora! – sai da cama, que agora era só um bagaço, e sai resmungando e me tranquei no banheiro. Tomei um banho e saindo do banheiro me vesti rápido sob os olhares de Edward.
-Eu tou indo embora, vou pra minha casa...- falei e ele arregalou os olhos, levantou e se vestiu rapidamente.
-Tá doida? Você não vai pra lugar nenhum! – ele berrou e eu rebati.
-EU VOU EMBORA!! E É DEFINITIVO! – berrei enquanto descia as escadas.
FlashBack off.
-Emmet eu juro que se você continuar rindo eu arranco o seu...- berrei e antes que eu terminasse a frase Rosalie rosnou alto e se prostou na frente dele. Coitada ela acreditou... ¬¬
-Rosna pra ela de novo e você perde os dentes!! – Agora era Edward que tava rosnando na minha frente. Meu Deus eles vão mesmo brigar por causa dessa bobagem? Só podiam ser vampiros mesmo...
-CHEGA VOCÊS!! Eu tô saindo, vou voltar pra minha casa!
-Andie por favor, foi só uma cama! Eu compro uma mais resistente...
-Cala a boca Edward, você só piora as coisas – Alice se pronunciou e veio me abraçar.
-Ani fica calma tá? Isso sempre acontece sabe... é normal entre vampiros...o Emmet tá rindo, mas ele foi o pior da casa, ele ja destruiu uma casa inteira!! – ela falou e eu tive que rir, só de imaginar a cena de Rosalie e Emmet se atracando e quebrando tudo.
-O Carlisle e a Esme também quebram camas? – não resisti, se eu já tô na merda, vou levar todo mundo! O Coitado se pudesse corar estaria um pimentão agora, e Esme colocou a mão no peito e abriu a boca em um “O”. O que deixou a cena mais hilária ainda, todos riram, menos o casalsinho que estava morto de vergonha. Era realmente estranho morar numa casa onde ninguém tem privacidade, ter que aprender a conviver com a intimidade dos outros, era no mínimo, constrangedor. Eu definitivamente não quero morar aqui.
-Andie...- Edward me olhou choroso.
-Tá eu não vou agora, mas trate de arrumar uma casa pra nós, e nem pense que vou estou satisfeita com isso viu? Essa semana você dorme no sofá!
-Hã? – ele me olhou incrédulo e todos caíram na gargalhada.
-Você sabe que não é no sentido literal! – falei e ele continuou com o cenho franzido.
-Porque diabos eu vou “dormir” no sofá? – ele cruzou os braços e já estava furioso.
-Porque estou de greve, essa semana você não tem direito a nada!
-GREVE DE SEXO?!! AUHAUHAUA – Emmet berrou e caiu na gargalhada, fazendo o resto rir junto.
-O QUE?! Ficou doida? Você acabou de chegar e quer fazer greve? – Edward berrou indignado.
-Já fiz meu caro, e começa a partir de hoje, no meu quarto você não entra, e nem pense em quebrar as regras, eu juro que se você pisar os pés lá enquanto eu durmo, há há, o resultado não vai ser bom! – falei e dei as costas.
-Isso eu não vou aceitar! Isso é ridículo!
-Edzinho, sua pena acabou de aumentar, 1 mês de greve! – Emmet estava literalmente morrendo de rir. – e se Emmet não ficar bem quietinho a pena vai pra 2 meses. – como se eu fosse agüentar tanto tempo de greve, besta ele que acredita...
-CALA A BOCA EMMET!!- Edward berrou e Emmet engasgou tentando ficar sério.
Fui dormir e deixei Edward lá embaixo com cara de taxo.
Capítulo 42 - O grande dia
Dois dias depois...
Estava eu preparando uma lasanha básica, discutindo alguns detalhes do casamento com Alice, conversa vai, conversa vem...
-Ali não sei se gostei do vermelho, me lembra muito sangue sabe...o que você acha do dourado?
Silêncio...
-Ali? – olhei pros lados e me deparei com o “nada”, Alice me deixou falando sozinha ¬¬.
Buffei e continuei cozinhando. Eu estava com um short curto e uma camiseta colada, por cima um avental. Fiquei cantarolando baixo em meio ao silêncio bizarro daquela casa. Os Cullens tinham ido caçar, e ficamos apenas eu e Alice em casa. E neste exato momento a baxinha sumiu sem motivo aparente me deixando a ver navios.
De repente eis que surge um corpo duro e gelado pressionando o meu corpo contra a bancada da cozinha, Edward.
-Mas o que...?- ele praticamente me calou quando pressionou ainda mais o seu membro rijo contra minha bunda me fazendo emitir um gemido baixo – tarado...- sussurrei e ele riu. Ele continuou colado em mim, mas agora ele beijava o meu pescoço me fazendo arrepiar, puxou meus cabelos pela nuca, inclinando minha cabeça de encontro ao seu ombro, e acariciou o meu rosto, beijou minha orelha dando leve mordidinhas no lóbulo. Foi então que eu me toquei.
-Alice viu você chegando... – falei enquanto ele deslizava sua mão boba pelo meu corpo, apertando meus seios.
-Pode-se dizer que sim...-ele respondeu maroto.
-Pra onde ela foi...?
-Caçar...a casa é só nossa agora...
-E o que você quer dizer com isso? Até onde eu sei a greve ainda não acabou...- sussurrei tentando manter um fio de sanidade perto daquele homem gostoso.
-Não acabou ainda, mas vai acabar agora...- ele falou e com um golpe só, minhas roupas viraram retalhos flutuantes. Ok, agora eu estava completamente nua no meio da cozinha dos Cullens. Não tive tempo nem dizer um “ai” porque ele me inclinou, deixando meus seios esmagados na bancada e minha bunda arrebitada, e no mesmo instante pude sentir o seu membro me invadir com fúria. Que que deu nesse homem?! Não que eu não estivesse gostando, na verdade eu tava adorando, Edward explodindo de desejo não dá pra resistir né?
Ele me estocou com força fazendo nossas peles espalmarem emitindo aquelas batidinhas características, o que tornava o ato ainda mais sexy. E o que é que se faz numa hora dessas? Geme, só o que se pode fazer, afinal a sanidade já foi pro espaço.
Eu tenho a impressão de que ou Edward tá tentando me castigar pelo chá de cadeira que eu dei nele, ou isso ainda é seca reprimida, porque tô vendo a hora dele me descadeirar...
Depois de mais algumas investidas ele retirou seu membro me fazendo praticamente implorar pra recolocá-lo na “casinha”. Ele não disse uma palavra, apenas me virou de frente e me sentou na bancada se encaixando em mim logo em seguida. O abracei com força pressionando minha pélvis em seu corpo e ele com suas mãos em minha cintura me auxiliou com os movimentos. Arqueei meu corpo pra trás expondo meus seios, não demorou um segundo e ele já tinha caído de boca neles, me fazendo gritar de prazer, e gozar em seguida.
Ficamos ali ofegando por uns instante até que não senti mais a bancada e segundos depois estava sendo colocada na nossa nova cama de titânio (N/a: gente eu sei que foi uma viagem, mas tinha que ser algo resistente, então só me veio titânio na cabeça). É óbvio que Edward não estava saciado, nem eu ¬¬. “Brincamos” mais algumas vezes até momentos antes da “família feliz” chegar, nem precisa falar que a greve acabou né? Eu sabia que não ia durar nada...
Era um terça-feira, e o casamento ocorreria no sábado. Alice parecia uma maluca andando pra lá e pra cá, Rosalie não desgrudava do telefone, Esme concentrada com a decoração, eu com os convites e Edward entediado.
-Edward meu filho você já acertou as passagens e sua estadia pra lua-de-mel? – Esme perguntou. Eu estava sentada no carpete da sala, encostada no sofá e entre as pernas de Edward que estava sentado no sofá e me fazia cafuné, enquanto eu revisava os convites.
-Xii pode ir esquecendo, eu já ajeitei o lugar e será surpresa – falei inclinando minha cabeça pra trás para fitá-lo. Ele me olhou franzindo o cenho.
-Nem pensar! Eu já acertei tudo, e nós vamos para o lugar que eu escolhi! – ele falou segurando minha cabeça na mesma posição. Me desvencilhei e levantei.
-Sem chance Edward! eu já acertei tudo! – falei fazendo birra.
-Andie você já ta fazendo a sua parte com a festa de casamento, a lua-de-mel é minha parte! – ele respondeu ríspido.
-Eu não tô arrumando nada! Quem tá fazendo tudo é Alice!
-Crianças não briguem por bobagem, vocês têm o tempo todo do mundo, porque não passam a lua-de-mel nos dois lugares? – Esme falou complacente.
- NO MEU PRIMEIRO!!! – falamos eu e Edward em coro. Esme suspirou, e continuamos a discussão até decidirmos no par ou ímpar. Ganhei!
-Vocês não têm jeito mesmo...- Esme murmurou por fim e acabamos por rir.
Enfim chega o grande dia. Não vi Edward um só minuto, fui proibida de vê-lo, e a casa estava um rebuliço. O casamento não seria na casa dos Cullen, a única coisa que sei é que seria em outra propriedade da família.
Já passavam das 09:00 am, o casamento seria as 10:00, mas eu já estava pronta. Usava um vestido brando sem alças, com bordados róseos, colado até a cintura e solto em grandes pregas que formavam uma calda circular. Alice terminou a maquiagem e me encaminhou pra fora de casa, quando cheguei a porta estanquei, acho que minha boca foi ao chão, e sinceramente não consegui imaginar de onde Alice tirava tanta sandice. Me deparei com um carruagem daquelas que só se vê em filmes da cinderela.
-Alice...o que diabo é isso? – perguntei pausadamente.
-Seu transporte oras! – ela respondeu com cara de menina sapeca.
-Alice...francamente o que você tem na cabeça? Que idéia ridícula é essa?- perguntei já exasperada.
-Como assim o que eu tenho na cabeça? Não gostou? Preparei tudo com tanto carinho...- ela fez carinha de cachorro pidão, como se eu já não conhecesse os truque dela.
-Nem faça essa cara, não vai funcionar. Ande me arrume um carro descente! Não vou subir nesse troço nem a pau! – falei torcendo a boca.
-Ah Ani não faz isso...vai ser lindo você chegar na carruagem! O Ed. vai babar, não quer vê-lo feliz? – ela falou toda manhosa.
-Claro que quero vê-lo feliz Ali, mas isso não tem nada a ver com essa carruagem brega! Existe um milhão de outras formas de deixá-lo feliz sem entrar nessa joça aí...vamos Alice, arrume um carro logo! – falei já contrariada.
-Não tem carro aqui Andie, você não tem outra opção, a não ser que eu te leve nas costas – ela falou e gargalhou em tom maquiavélico, Rosalie que até então só observava a discussão começou a rir também. Eu não entendo essas duas, qual a graça afinal? Me ver passar pelo ridículo só pode!
-Alice e Rosalie, esperem só até esse casamento acabar...eu juro que arranco um pescoço das duas!!! – pra que eu falei isso? Motivo pra mais risadas ¬¬
-Andie pára de charme e entra logo, Ed. vai pensar que você fugiu de novo! – ela falou e eu fiz cara de poucos amigos. Entrei na “carroça” e elas sentaram no banquinho da frente, onde deveria estar um guia, mas pelo visto o guia seria a própria Alice. Onde diabos ela tá me levando? ¬¬
Andamos por mais de uma hora, e obviamente já estávamos atrasadas.
*Edward Pov*
Chegou o grande dia, e antes mesmo que a Andie acordasse eu fui expulso de casa. Me arrumei cedo e parti pro local do casamento pra acertar os últimos detalhes. Estávamos todos prontos a espera dela, todos os convidados já tinham chegado; já se passavam das 10:30 e nada dela ¬¬
Estava ficando nervoso, minto, já estava nervoso desde cedo. Será que ela não vem? Será ela desistiu? E se ela fugir de novo? E se ela pensar que não é isso que ela quer?
-Eu sabia! Ela desistiu! Ela não vem mais! – falei nervoso.
“Edward cara, relaxa! Claro que ela vem.” – Jasper pensou e instantaneamente senti a calmaria proveniente de sua habilidade.
“Vai ver ela conheceu outro cara no meio do caminho...” – Emmet ¬¬
-Cala a boca Emmet! Se não quer ajudar, também não atrapalha! – berrei entre dentes.
-Hei! Eu não falei nada! – ele falou e fez cara de gozação.
-Pensou idiota! – falei, esmurrei o seu braço e ele gargalhou, pra variar.
“Será que ela passou mal ou algo assim?” – Jasper pensou e rapidamente mudou o rumo dos pensamentos. Olhei pra ele assustado e quando fiz menção de me retirar pra ir atrás dela Jasper me puxou pelo braço.
“Ela chegou” – pensaram Emmet e Jasper. Olhei pra frente e lá estava minha vida, parecia uma princesa descendo de uma carruagem com o auxílio de Michael, este agora se prostrou ao seu lado como pai e tomou o seu braço para conduzí-la ao altar.
Linda! Perfeita! Maravilhosa! Sim, essa era a minha Andie...estava deslumbrante! Não contive o meu sorriso abobalhado e ela também não conteve o seu espanto ao observar a decoração. Ela parou observando tudo, e fechou os olhos provavelmente apreciando o aroma de rosas e a música que tocava com maestria.
Comecei a ficar incomodado, porque tanta demora? O que ela tanto faz parada? Será que desistiu no último momento? E se ela sair correndo o que eu faço?
/ Edward Pov
Alice parou em um local que eu desconheci, bem distante da casa dos Cullen, porém cercado de árvores. O casamento seria a céu aberto e o local era realmente lindo, o céu estava extremamente nublado, mas Alice garantira que não iria chover.
Trilha sonora (OUÇAM!!! FAZ TODA A DIFERENÇA)
Antes que eu pudesse descer, Michael surgiu ao lado da carruagem e se prontificou a me ajudar a descer. Estendi minha mão e ele a pegou com cuidado, me estendendo o braço logo em seguida. Olhei ao redor e observei a decoração, estava simples, porém bela. Fechei os olhos para sentir o aroma de rosas que emanava e pude ouvir uma música doce começar a tocar, mas não parecia como as músicas que saiam de alguma caixa de som, parecia que estava sendo tocada e cantada ao vivo...como uma orquestra...pera aí!!! UMA ORQUESTRA?!!!
Abri os olhos com o sobressalto e olhei para frente, e pude ver uma orquestra ao lado direito do altar, e pior! Um coral do lado esquerdo!!! UM CORAL!!! Consegue imaginar isso? Fiquei parada não sei por quanto tempo, impressionada com a sagacidade de Alice, e a única coisa que eu conseguia inferir disso era o óbvio, Alice é completamente maluca! Era pra ser algo simples! E olha o que ela fez, uma orquestra e um coral!!!
-Andie querida, podemos ir? – Michael percebendo o meu transe me cutucou.
-Hã...er...uhum...- gaguejei e olhei pra frente, pude enfim encontrar aqueles olhos...Lindo, Edward estava perfeito e olhava pra mim com um misto de agonia e medo, não era pra ele estar feliz? O que diabos tá passando naquela cabeça oca? Será que ele tá pensando que eu vou fugir? Bobinho...
Abri o meu melhor sorriso e andei. Edward pareceu relaxar e sorriu. Caminhei lentamente ao som do coral até que Edward me tomou a mão. A cerimônia foi perfeita e tudo que conseguíamos fazer era sorrir, era um daqueles momentos em que você fica com uma cara abobalhada, e não há nada no mundo que te faça entristecer. Talvez este seja dia mais feliz de minha vida...pensando bem acho que minha primeira vez com Edward foi melhor XD
Edward durante todo o tempo segurava a minha mão com força, como se quisesse provar pra todos o quanto eu era dele, como se quisesse dizer pra mim o quanto ele era meu, e que nunca me deixaria.
Trilha sonora (OUÇAM!!! FAZ TODA A DIFERENÇA)
Depois da cerimônia e dos cumprimentos, Edward me puxou para uma pista de dança. As pessoas nos seguiram e eu pedi um buraco pra me enterrar, o que ele queria? Ele acha que eu vou dançar com tanta gente me olhando?! Como se lesse meus pensamentos, ele me olhou complacente como se dissesse “não se preocupe, eu te guio”
-Edward não...- sussurrei enquanto ele me posicionava pra dança.
-Relaxa amor, você não vai cair eu prometo...- ele sussurrou em meu ouvido.
-Não estou com medo de cair seu bobo! eu só...não quero dançar com tanta gente me olhando...- murmurei envergonhada.
-Depois eu é que sou bobo...esqueça as pessoas Andie, somos só eu e você...
-Hum...não dá, não vou conseguir me concentrar...me tira daqui Edward...- supliquei.
-Shiii...- ele tapou minha boca com o indicador e com a outra mão me apertou pela cintura ao mesmo tempo em que uma música soava. Ele me olhava tão profundamente que parecia enxergar a minha alma, não conseguia desligar do seu olhar, e quando dei por mim estava no embalo da melodia. E não havia mais ninguém, éramos eu e ele...Um momento que poderia chamar de mágico...
-Amo você...- sussurrei em seu ouvido e o senti estremecer. Ele me guiava com maestria e praticamente não sentia o solo, era como se tivesse voando em seus braços, como se nada mais importasse e fôssemos um só...
Dançamos até o final da música e voltei a realidade quando ouvi os aplausos, e mais uma vez seria melhor se eu tivesse um buraquinho pra me esconder.
-Edward...-sussurrei enquanto apertava a sua mão com força. Ele olhou pra mim complacente, e entendeu o recado pois em seguida ele me puxou pra fora da pista de dança, enquanto as pessoas começaram a dançar despreocupados.
-Andie vem tirar fotos! – Alice gritou de longe acenando com as mãos.
-Aff...- buffei e Edward riu.
-Não vai doer…- ele disse e me arrastou pra tirar um milhão de fotos entediantes. Ao final, eu já me sentia cansada.
-Porque não podemos ir logo? – resmunguei fazendo birra.
-Quer tanto assim ficar sozinha comigo? – Edward falou com seu sorriso torto.
-Não só por isso, metido! – brinquei e ele riu.
-Vamos logo então, não suporto mais esperar – ele confessou e me levou pra fora em seguida. Enquanto andávamos em meio aos convidados, avistamos os Cullens.
-Não vão quebrar as camas do hotel hein! – Emmet como sempre ¬¬
-Vai pra merda Emmet! – brinquei e acenei pro resto da família.
Seguimos pra Seatle e partimos para o lugar que escolhi para nossa lua-de-mel.
-Egito? – Edward perguntou arqueando a sobrancelha.
-Uhum...- assenti com a cabeça.
-Interessante, mas não tem sol demais?
-Tem...- dei de ombros e não falamos mais nada por toda a viagem.
Chegamos e já era noite. Pegamos um táxi e seguimos para o hotel. Seguimos para o nosso quarto em silêncio. E foi Edward quem quebrou o silêncio enquando chegamos no quarto.
-Pretende ficar todas as manhãs presa aqui nesse quarto de hotel? – ele perguntou arqueando a sobrancelha.
-Claro que não Edward! – respondi enquanto jogava uma das malas na cama e abri em seguida.
-E como espera que eu saia sem ser notado? – ele perguntou enquanto fazia o mesmo com suas malas.
-Simples meu caro, você usará uma burka – respondi e joguei uma roupa preta em suas mãos. Ele me olhou intrigado e analisou a burka por uns instantes.
-E se eu não quiser usar esse troço? – ele falou zombeteiro.
-Se você não quiser...fique no hotel e eu arrumo outro acompanhante...- brinquei e sorri torto. Ele franziu o cenho e fechou a cara em seguida.
-Muito engraçado! – ele resmungou e largou a mala me puxando para um abraço em seguida. Caímos em cima da cama e logo estávamos envoltos de beijos e caricias. Edward jogou as coisas no chão e começou a me despir um tanto afobado. Me afastei e ele franziu o cenho.
-Que foi? – ele perguntou preocupado.
-Nada ...pra que tanta pressa hein? Espere aqui...- falei isso e pegando um pacote da mala, corri pro banheiro e tranquei a porta.
Tomei um banho rápido e vesti a roupinha....ah essa maldita roupinha...idéia de Alice, e eu realmente não sei se estou preparada pra usá-la...E se ele achar ridículo e der risada de minha cara? E se ele achar brega? Oh meu Deus o que é que eu faço? Desisto? Coloco uma lingerie normal? Ah! Não vou consegui fazer isso!
-Amor...vai me fazer esperar a noite toda? Se está esperando eu dormir não esqueça que sou vampiro...- Edward falou de fora do banheiro. Respirei fundo e falei sabendo que ele iria me escutar lá de fora.
-Edward...
-Hum? Estava preocupado já achando que tinha dormido no banheiro...
-Tem um som ai no quarto...liga ele pra mim? E apaga as luzes e liga os abajús... – fez-se silêncio por uns instantes, mesmo não vendo conseguia imaginar a cara franzida que Edward deveria estar fazendo. E quando a música começou a tocar meu coração foi a boca, é agora, é agora é agora!!! Juro que se Edward rir eu pulo a janela e vou atrás de Alice, arranco aquele pescoço miúdo!!!
*Edward Pov*
Andie foi para o banheiro carregando um pacote. Se trancou lá e aproveitei para arrumar o quarto. Tirei toda a bagunça em velocidade vampírica e ornamentei vários lençóis dourados pelo quarto, coisa de Alice, ela me deu e me obrigou a colocar, mas não me disse o motivo, espalhei as pétalas de rosas, preparei o champagne que só Andie iria beber claro, apaguei as luzes e acendi os abajús, Me despi, deitei na cama e aguardei, 10, 15, 30, 50 minutos e nada dela sair desse maldito banheiro! Levantei preocupado e encostei na porta do banheiro.
-Amor...vai me fazer esperar a noite toda? Se está esperando eu dormir não esqueça que sou vampiro...- brinquei já impaciente.
-Edward... – ela falou de dentro do banheiro.
-Hum? Estava preocupado já achando que tinha dormido no banheiro...
-Tem um som ai no quarto...liga ele pra mim? E apaga as luzes e liga os abajús... – Franzi o cenho e apenas liguei o som já que as luzes já estavam apagadas. Me deitei novamente na cama, estava um tanto nervoso, o que será que ela está aprontando? Será que ela vai achar antiquado essa decoração? E se ela rir? Droga! Não deveria ter seguido esses conselhos malucos da Alice, juro que se Andie rir eu volto pra Forks pra arrancar aquele pescoço fora!
Fez-se silêncio no quarto, e soava apenas o som da música característica pra esse lugar.
A porta do banheiro se abriu e de lá saiu uma deusa...esse era o adjetivo perfeito pra descrever aquela visão do paraíso...Andie vestia uma roupa de dança do ventre dourada, extremamente sexy, ela começou a mexer e rebolar ao ritmo da musica, dava voltas pelo quarto e se sacudia fazendo as roupas esvoaçarem. Inacreditável! Andie estava dançando pra mim! Dançando pra mim!!!! E meu Deus que corpo...passarei um milhão de anos e nunca me cansarei de ver essa beleza em forma de mulher.
Ela não olhava pra mim, estava com vergonha, podia ver sua face corada e seu coração saltitando. Porque tanta vergonha? Sou seu marido, e somos só nós. Ela tá achando que eu vou rir ou algo do tipo? Bobinha! Se ela soubesse o quão divina está...
Procurei os seus olhos afim de retirar todas as suas dúvidas e aflições e enfim os encontrei, sustentamos o olhar e eu pude sorrir ternamente pra mostrar o quanto me deixava feliz esse momento. O quanto ela representava pra mim e o tanto que eu precisava dela, comigo e pra sempre...
Ela sorriu em resposta e pude senti seu alívio através de um suspiro profundo. Ela continuou a dançar agora mais solta e com um sorriso bobo. Senti meu corpo queimar, o desejo fluindo nas veias, eu estava, literalmente babando por essa mulher, minha mulher, minha esposa, minha vida...
/ Edward Pov
Consegui sair do banheiro, minhas pernas tremendo e meu coração saltitando. Olhei pra Edward rapidamente e meu Deus, quase caio de costas, ele estava nú em cima da cama, oh... a visão do paraíso.
Tive que me conter pra não pular no seu pescoço, desviei o olhar rapidamente e comecei a dançar acanhada no ritmo da música. Podia sentir seu olhar em mim, mas não conseguia olhá-lo nos olhos, seria horrível enfrentar seu olhar de gozação ou de desapontamento. O que será que ele tá achando? Droga! Preciso saber, vou dar só uma espiadinha...
Olhei pra ele e encontrei seu olhar concentrado em mim. Ele sorriu complacente, um olhar profundo que me dizia tudo o que ele sentia nesse momento, amor, paixão, desejo, felicidade... Tudo o que eu precisava saber pra retirar minhas dúvidas e minha aflição. Eu estava segura, estava com ele, meu Edward, meu esposo, minha vida...
Senti meu corpo ferver e dei mais uma espiadinha nele, e oh...não deveria ter feito...ele estava com uma ereção absurda e não consegui mais reprimir meu desejo. Pulei na cama e cai em seus braços.
Trilha sonora (OUÇAM!!! FAZ TODA A DIFERENÇA)
Sentei no seu colo, uma perna de cada lado. O abracei forte e enchi de beijos. Suas mãos dançavam pelo meu corpo e nossas bocas unidas em sincronia perfeita. Fui distribuindo beijos pelo seu peito nú e dando leves mordidinhas. Minhas mãos acariciavam seu membro fazendo-o gemer.
-Andie...oh...você vai me matar de tesão...- ele murmurou entre gemidos.
-Matar? Pensei que você fosse um vampiro...- brinquei enquanto descia com a boca lentamente...Beijei a sua virilha e acariciei suas coxas. Ele revirou os olhos e arqueou os quadris em direção ao meu rosto tentando roçar seu membro em mim. Parei uns instantes e retirei minhas roupas, recomeçando as caricias em seguida.
-Amor...amor...por favor...- ele sussurrou olhando pra mim com os olhos semi-cerrados.
-O que você quer, hum? – perguntei com malicia enquanto continuava com as caricias.
-Ah...você sabe o que eu quero...- ele respondeu se remexendo inquieto.
-Não, eu não sei o que você quer Ed...- falei e lambi a sua virilha fazendo-o gemer.
-Ah...não me tortura assim amor...- ele falou enquanto passava a mão pelos cabelos bagunçando-os nervosamente.
-Se você não me disser o que quer eu não posso fazer nada querido...pede...
-Oh...droga não agüento mais...me chupa amor...por favor...- ele falou e fez meus pêlos se eriçarem por todo o meu corpo, Edward falando obscenidades era realmente enlouquecedor.
Ele pediu e assim o fiz, tomei seu membro rijo em minha boca e me movimentei, vezes distribuindo beijos e passando a língua em movimentos circulares. No quarto podiam se ouvir apenas os gemidos e urros emanados da boca dele. Ele envolveu minha nuca com uma das mãos e movimentava minha cabeça pelo cabelos conforme seu desejo pedia, olhei de relance pra cima e pude presenciar seus olhos revirando nas órbitas, eu estava praticamente gozando sem nem ter sido tocada ainda.
Depois de algumas investidas Edward esguichou seu gozo em mim enquanto soltava um gemido gutural. Não esperei nem mais um minuto e ponguei em seu colo aproveitando seu membro ainda rijo.
Uma vantagem de se ter um vampiro como esposo: ele está sempre pronto pra outra...
Edward arfou com o ato e me abraçou forte quebrando a ínfima distância que ainda existia entre nós. Apertou minha cintura e me movimentou pra cima e pra baixo rapidamente enquanto eu gemia freneticamente. Algumas poucas estocadas e eu já estava gozando. Com os olhos entre abertos pude observar seu sorriso torto.
-Mas já? Nem fiz nada...- ele zombou enquanto retirava os fios rebeldes de meus cabelos do meu rosto. Ignorei a brincadeira e o abracei forte.
-Amo você, amo você, amo você...- repeti insistentemente a mesma frase, e pude sentir a sua expressão inicial de espanto, afinal ele não esperava tal atitude mediante a sua brincadeira. No instante seguinte ele apenas me abraçou mais forte ainda e deu leves mordidas no lóbulo da minha orelha.
-Eu também te amo, minha linda esposa...
-Quero fazer amor até você pedir arrego...- brinquei e ele gargalhou.
-Eu pedir arrego? Nesse caso vamos passar a eternidade fazendo amor...- ele falou e gargalhou alto me fazendo rir junto.
Horas depois...
-Ok, eu desisto – arfei me desvencilhando dos braços de Edward.
-Tá pedindo arrego Andie? – Edward sorriu maroto.
-É né? O que se pode fazer quando seu marido é insaciável? – falei fazendo biquinho e ele gargalhou.
-Vem larga de birra, vem tomar um banho...- ele me pegou no colo e me levou pro banheiro. Ficamos na banheira repleta de espumas brincando feito duas crianças abobalhadas e falando amenidades. Já tinha amanhecido e ainda estávamos acordados, eu completamente exausta, e Edward? nem sinal de cansaço ¬¬ .Voltamos pro quarto minutos depois.
-Com fome? – ele me perguntou enquanto recolhia a bagunça em velocidade vampírica.
-É. – respondi enquanto admirava sua movimentação sobre-humana e babava naquele corpo nú e magnífico. Ele percebendo meu deslumbramento sorriu com malícia e olhou pra cama bagunçada.
-Ainda quer mais gulosa? – ele perguntou mordiscando o lábio inferior e fazendo uma carinha extremamente sexy, fitando a cama e a mim ao mesmo tempo.
-Edward se você não fosse vampiro eu diria que você tomou Viagra! – falei tentando parecer assustada e ele apenas gargalhou e voltou a catar as roupas perdidas.
-Não dá pra dormir com esses lençóis...olha só essa meleca...- fiz cara feia e torci a boca, ele me olhou e ainda rindo tirou os lençóis, repondo com novos rapidamente.
-Pronto fresca! – ele riu e me abraçou me rebocando pra cama. – descansa um pouco, vou pedir algo pra você comer – ele me beijou e saiu pra saleta. Fiquei na cama sentindo minhas pálpebras pesadas, só consegui ouvir o começo da conversa de Edward ao telefone, apaguei.
*Edward Pov*
Pedi bastante comida pra Andie e voltei pro quarto. Me deparei com ela deitada de bruços e completamente nua. Linda! Me aproximei silenciosamente da cama e ouvi sua respiração pesada, ela já estava dormindo. Senti um peso na consciência, afinal deixei minha flor exausta e esqueci completamente do fato dela estar doente. Cobri o seu corpo com um cobertor e me deitei ao seu lado esperando o tempo passar pra rever o seu sorriso.
5 horas mais tarde ela abre os olhinhos me fitando.
/ Edward Pov
O olhei por uns instantes, completamente deslumbrada com aquele homem maravilhoso deitado ao meu lado me fitando com tanto carinho.
-Hum...- murmurei enquanto ele acariciava meus cabelos e sorria ternamente.
-Você fica linda assim dengosa...- ele sussurrou no meu ouvido me fazendo estremecer.
-Que horas são? – perguntei preguiçosamente.
-10:00 da manhã...- ele respondeu e me puxou pra um abraço. Me beijando, logo em seguida. – Você precisa comer, fica aqui que vou pegar – ele falou e saiu pra saleta, voltando com bandejas repletas de comida. Comi tudo que tinha direito e Edward me observava.
-Então...vamos ficar o dia todo aqui no hotel? – ele quebrou o silêncio.
-Claro que não, vamos visitar os pontos turísticos – ele não fez objeção, vesti uma burka rosa e ele a preta, não contive a risada, estávamos hilários vestindo essas roupas.
Passamos o resto da semana nesse ritmo, hotel e turismo. Visitamos lugares lindos
Foto;
Foto;
Foto;
Foto;
Foto; e ao fim de duas semanas estávamos embarcando para o lugar secreto de Edward.
O lugar era magnífico. Ficava distante de tudo e de todos, Edward comprara uma
casa maravilhosa numa praia particular em
Fernando de Noronha, Brasil.
-Edward você é absurdo!! – falei exasperada.
-Não gostou? – ele perguntou preocupado.
-Claro que gostei seu maluco!! – dei um gritinho de alegria e pulei no colo dele o abraçando forte.
-Viremos pra aqui sempre que você quiser...- ele falou entre beijos.
-Meu Deus isso é inacreditável!!! Podemos mergulhar?! E subir naquelas pedras? E fazer amor na areia? E andar de barco? – estava quicando de alegria enquanto perguntava um milhão de coisas ao mesmo tempo, Edward apenas ria com a minha empolgação.
-Podemos fazer tudo que você quiser minha flor, mas uma coisa de cada vez – ele falava enquanto colocava as coisas dentro da casa.
-Yupiii!!! – saltitei pela casa feito criança, essa lua-de-mel não poderia ser melhor!
Avril Lavigne
Inocência
Acordando eu vejo que tudo está bem
Pela primeira vez em minha vida e agora é tão bom
Devagar eu olho em minha volta e eu estou tão impressionada
Eu penso nas pequenas coisas que fazem a vida ser boa
Eu não mudaria nada sobre isso
Essa é a melhor sensação
Essa inocência é brilhante
Eu espero que isso permaneça
Esse momento é perfeito
Por favor não vá embora
Eu preciso de você agora
E eu vou me prender a esse momento
Você não o deixa passar por você?
Eu achei um lugar tão seguro, sem uma única lágrima
Pela primeira vez na minha vida e isso está tão claro
Sinto a tranqüilidade a que eu pertenço, eu estou tão feliz aqui
É tão forte e agora eu me deixo ser sincera
Eu não mudaria nada sobre isso
Essa é a melhor sensação
Essa inocência é brilhante
Eu espero que isso permaneça
Esse momento é perfeito
Por favor não vá embora
Eu preciso de você agora
E eu vou me prender a esse momento
Você não o deixa passar por você?
Isso está se movendo, mas você acha que está sonhando
É a felicidade interior que você está sentindo
É tão bonito que faz você querer chorar
Isso está se movendo, mas você acha que está sonhando
É a felicidade interior que você está sentindo
É tão bonito que faz você querer chorar
É tão bonito que faz você querer chorar!
Essa inocência é brilhante
Faz você querer chorar
Esta inocência é brilhante
Por favor não vá embora
Pois eu preciso de você agora
E eu vou me prender a isso (É tão bonito que faz você querer chorar)
Você não o deixa passar por você?
Essa inocência é brilhante (É tão bonito, é tão bonito)
Eu espero que isso permaneça
Esse momento é perfeito
Por favor não vá embora
Eu preciso de você agora (Isso me faz querer chorar)
E eu vou me prender a esse momento
Você não o deixa passar por você?
Capítulo 43 - Complicações
Ficamos em nossa casa de praia por 15 dias e depois seguimos pra Forks.
-Quebraram quantas camas? – Emmet perguntou enquanto me dava o velho abraço de urso.
-Emmet meu filho! – Esme o repreendeu nos fazendo rir em seguida.
-Esquenta não Esme, já tô acostumada...- falei e lhe dei uma abraço forte.
-Já estavamos morrendo de saudades querida – ela falou complacente.
-Hum, nós também! Não se preocupe, não iremos mais ficar longe por tanto tempo.
-Ani quero todos os detalhes!!! – Alice saltitou na minha frente e me puxou em seguida escada a cima.
-Como se você já não soubesse ¬¬ - falei dando de ombros.
-Magina..não sei de nada, vai conta tudo!! – ela se sentou na cama, e Rosalie que vinha logo atrás fez o mesmo. Buffei e contei tudo o que se passou, nos mínimos detalhes.
-Deixem ela descansar...- Edward entrou no quarto falando ríspido.
-Aff Ed. Ela nem tá cansada, e nós já estávamos de saída – Alice respondeu fazendo bico.
-Andie, descanse um pouco, temos uma surpresa pra você – Edward falou sorridente.
-Surpresa!!! Ah não quero descansar, que surpresa,me conta o que é! – eu estava literalmente quicando na cama, enquanto Edward sorria zombeteiro.
-Nem pensar, tome um banho que vou trazer algo pra você comer, mais tarde você terá sua surpresa – ele falou e nem me deu tempo de retrucar, saiu porta a fora. Tomei uma ducha rápida e sai apressada.
-Pronto! Vamos me mostre a surpresa! – falei empolgada.
-Andie você não descansou nada, durma um pouco meu bem – ele falou enquanto me acariciava a nuca.
-Ai Edward já disse que estou bem! Eu durmo quando chegar a noite oras! – resmunguei fazendo birra.
-Andie por favor, não vou ficar tranquilo se não tiver a certeza que está bem, dencanse um pouco...- ele insistiu complacente. Porque ele tem sempre que se preocupar tanto? ¬¬ Como se eu fosse de porcelana...
-Tudo bem...- Deitei na cama e só então pude perceber o cansasso, minhas pálpebras pesaram e logo eu estava sonhando bobagens.
Acordei com um solavanco e Edward estava sentado ao meu lado.
-Nossa acabei dormindo! Já anoiteceu? Dá pra ver a minha surpresa ainda? – perguntei rapidamente e completamente desnorteada. Edward gargalhou ao notar a minha confusão.
-Calma querida, ainda é dia – ele afagou o rosto com as mãos e logo me beijou com calma.
-Ah...podemos ver agora? – perguntei curiosa.
-Vem...- ele levantou e me guiou.
Fomos pra fora de casa e logo toda a família se prostrou a nosso redor.
-São duas surpresas, qual você quer ver primeiro, a pequena ou a grande? – Edward perguntou sorridente. O resto da família me fitava ansiosa. Até parecia que a surpresa era pra eles, ô povo doido viu...
-A pequena...- respondi sem pensar.
-Vem...- ele me guiou para os fundos da casa. Havia alguma coisa enrolada com um imenso tecido preto, e em volta tinha um imenso laço rosa.
-Se essa é a surpresa pequena, não consigo imaginar a grande – murmurei e Edward riu.
-Não estava curiosa? Abra! – ele me instigou, eu corri e puxei o embrulho. Bestifiquei! Tenho certeza que minha boca se abriu em formato de “O”. Minha surpresa “pequena” era o novo BMW Vision; Foto; Foto.
-OH MEU DEUS!!! OH MEU DEUS!!! – gritei e saltitei feito louca. Os Cullens apenas riam da minha histeria. Rodiei o carro de todos os ângulos, era simplesmente maravilhoso aquele carro.
-Pronta para a surpresa grande? – Edward me perguntou empolgado.
-Não! Ainda não! Cadê as chaves? Preciso ligar essa máquina!!! – respondi histérica. Ele riu e fez sinal com a cabeça me indicando o interior do carro. Abri a porta e as chaves estavam na ingnição. Sentei no maravilhoso banco e liguei meu novo brinquedo. Sensacional! Essa era a descrição perfeita pra isso!
-Andie você terá todo o tempo do mundo pra andar nele...- Edward falou já impaciente.
-Não acredito que o outro presente seja melhor do que esse...- resmunguei enquanto analisava cada detalhe do carro.
-Pode não ser melhor, mas você vai gostar...- ele falou e praticamente me arrastou de dentro do carro.
-Tudo bem, vamos logo então. – ele me puxou e com um movimento rápido me colocou em suas costas.
-Edward eu não preciso disso...- resmunguei enquanto ele corria pra entrar da mata.
-Não quero que você se canse – ele respondeu e continuou correndo. A familia corria logo atrás.
-Meu presente está dentro da floresta? – perguntei curiosa.
-É. – foi tudo o que ele respondeu. Ele andou mais alguns metros e eu já reconhecia esse caminho.
-Clareira? – nao resisti a curiosidade e perguntei novamente.
-Não exatamente...- Aff quanto suspense ¬¬ . Ele andou mais e parou a poucos metros da clareira. Mas na área em que deveria ter árvores agora havia uma casa de madeira em estilo rústico.
-Não me lembro de ter visto essa casa aqui antes – falei intrigada.
-Claro que não, construimos a pouco tempo...- Edward me olhou profundamente como se tivesse mais em suas palavras do que foi pronunciado. Franzi o cenho e me virei na direção em que estavam Esme e Carlisle.
-Essa casa é sua? – perguntei a Carlisle que aparentemente estava apreensivo.
-Essa casa é sua Andie, nossa...- Edward falou sorridente. Eu estanquei espantada.
-Hã?! Co-mo assim? Que brincadeira idiota é essa? – gaguejei fitando Edward que me olhava maroto.
-Eu não te traria aqui se fosse uma brincadeira. Você disse que não queria morar numa casa cheia de vampiros lembra-se? – ele falou calmamente. E eu apenas abri minha boca em formato de “O” e corei. Ele tinha que falar isso na frente de toda a família?!
-Edward! Eu não disse que não queria molhar com vampiros, disse que queria morar sozinha com você, é diferente!! – berrei indignada.
-Dá no mesmo. Vem, não quer conhecer nossa casa? Esme quem cuidou da decoração...- ele me puxou em direção a casa. E eu fiquei muda, não conseguia proferir uma palavra, dado o impacto que era ter esse casa linda só pra mim e pra ele. Logo minha cabeça estava cheia de “segundas intenções”.
-Andie....Andie!!! – acordei do transe enquanto Edward abanava a mão na minha frente.
-Hã?! Que foi? – perguntei ainda desnorteada. Todos riram e eu não entendi o motivo ¬¬
-Você não ouviu nada do que eu falei...- não foi uma pergunta.
-Desculpe, eu er...foi mal....- murmurei constrangida.
Edward me mostrou todos os cômodos da casa e eu amei. Já fazia planos mirabolantes para inaugar cada um desses cômodos há há! Eu sei, virei uma pervertida, mas fazer o que quando se tem um homem desse a sua disposição? Edward cuidou da mudança e no outro dia já estávamos morando em nossa casinha.
Um mês depois Edward se formou no ensino médio, eu não me importei mais com os estudos e portanto fiquei por isso mesmo. Ele insistia que eu deveria cursar uma faculdade, mas não dei ouvidos. Não havia nada de que eu gostasse e não pretendia sair do meu conto de fadas nem a pau.
Mais quatro meses e nós descobrimos um hob em comum. Quando não estávamos com os Cullen ou “namorando”, nós escrevíamos romances. Uma das coisas que eu amava fazer, me deitava num sofá da varanda de casa e ele se sentava na mesinha com o notbook e escrevia. E assim nós passávamos nosso tempo precioso juntos.
Edward conseguiu me fazer prometer que eu iria pelo menos uma vez por mês visitar o Michael e fazer um check-up. Como era de se esperar, meu quadro clínico só piorava. Não conseguia mais fazer metade das atividades que fazia anteriormente. Michael e Carlisle mantinham contato e ambos procuravam um meio de reverter esse maldito envelhecimento acelerado. Eles constataram que eu não estava envelhecendo por fora e isso foi até interessante, mas não mudava muito afinal, era apenas uma casca.
Certo dia, eu e Edward estávamos er...bom vocês sabem... Então do nada me aparece Alice esbaforida, quase derrubou a porta do quarto.
-O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!!! – Edward berrou tentando se cobrir com os lençóis.
-Andie vista-se, precisamos visitar o Michael agora! – ela falou ignorando Edward.
-Estou esperando uma explicação plausível para essa invasão! – Edward falou ríspido.
-Edward fica na tua aí, se eu invadi o seu quarto é porque é importante – ela respondeu secamente.
-Alice já visitamos o Michael esse mês...- resmunguei.
-Andie confie em mim tá? Precisamos.ver.o.Michael.agora. – ela falou pausadamente, como se quisesse dizer mais com seus olhos, palavras essas que não consegui entender.
-Alice quer parar de pensar na sua transa com Jasper?! Isso é irritante! O que diabos aconteceu hein? – Edward perguntou inquieto.
-Andie, apresse-se! – ela ignorou Edward e ele já estava explodindo de raiva.
-Estou sendo ignorado é isso?!! Ela não vai sair daqui se eu não tiver um explicação! – ele berrou entre dentes. Eu me levantei e corri pro banheiro percebendo que a casa vai cair se Alice não disser nada. Do banheiro pude ouvir Alice e Edward discutindo.
-Edward você saberá na hora certa, mas por enquanto você fica aqui e espera – Alice falava calmamente.
-NÃO!! Não vou aceitar essa sandice! Se é pra levá-la no Michael eu mesmo faço! – ele retrucava.
Tomei uma ducha rápida enquanto eles discutiam. Fiquei absorta em meus pensamentos que nem observei que fim teve a discussão. O que diabos poderia ser tão importante?
Sai do banheiro e Edward já estava vestido, em pé com os braços cruzados e com cara de poucos amigos. Alice não estava no quarto. Fui para o closed e rapidamente me troquei, vesti um vestido lilás básico. Voltei pro quarto e Edward matinha a mesma feição de raiva.
-Edward relaxa tá? Não deve ser tão ruim assim...- me aproximei e afaguei seu rosto com as mãos. Sorri ternamente e ele não mudou de feição. – Não vou conseguir sair se você estiver assim amor...- e inesperadamente ele me apertou contra si e selou nossos lábios com força. Invadiu minha boca com a língua e me apertava cada vez mais. Correspondi o beijo a altura, oh céus! Não vou mais conseguir sair desse quarto....
-Hã hã! – Alice pigarreou – vamos Andie – e me puxou dos braços de Edward, ele me olhou profundamente com tanta tristeza no olhar que quase não tive forças de sair de casa.
-Eu vou voltar seu bobo! – tentei acalmá-lo enquanto Alice me arrastava pela casa, Edward forçou um meio sorriso e nos seguiu até o carro.
-Não demore...- ele falou por fim e meu peito apertou. Fazia tempo que não me separava dele, sempre iamos juntos aos lugares, éramos dependes um do outro, fato.
Alice não pronunciou uma só palavra durante o caminho inteiro até Forks. Inesperadamente ela parou no hotel de Forks e me arastou para um quarto. Não entendi bulhufas e ela não falava nada ¬¬ .
-Alice, dá pra explicar porque estamos num hotel de Forks enquanto deveriamos estar a caminho de Phoenix? – ela nada disse, apenas me rebocou para o quarto e fechou a porta.
-Deite-se – ela falou autoritária.
-Mas...- ia retrucar mas ela me olhou com uma cara tão assutadora que resolvi acatar as ordens. Mal me sentei na cama e senti meu corpo fraquejar, minhas vistas apagaram e não vi mais nada....
Acordei sentindo minhas vistas pesadas e doloridas. Alice estava sentada ao meu lado fitando o nada, e com uma feição inexpressiva.
-Mas o que?...- tentei pronunciar alguma coisa lógica e novamente apaguei. Essa situação horrososa se repetiu por várias vezes e já não fazia idéia de onde estava nem que horas eram. Que porra é essa? Vou passar o dia todo apagando?
Acordei mais uma vez, e lá estava Alice do mesmo jeito. Ela olhou pra mim e forçou um meio sorriso. Levantei com esforço e me encostei na cabeçeira da cama.
-Foi por isso que me trouxe aqui? Pra Edward não me ver definhando? – consegui falar por fim.
-Não só por isso...- ela respondeu secamente. Alice assim só poderia ser sinal de que a coisa tá feia.
-Dá pra parar com esse suspense e me contar o que exatamente está acontecendo?
-Coma primeiro – ela me trouxe uma bandeja. Não sabia que estava faminta até colocar o primeiro pedaço na boca. Comi o banquete rapidamente, Alice apenas me analisava. Seus olhos perderam foco por uns instantes e ela suspirou fazendo careta em seguida.
-Banheiro – ela me indicou com a cabeça.
-Hã?! – questionei completamente confusa. O que o banheiro tem a ver com a história?
-Vá pro banheiro agora se não quiser se sujar – ela respondeu secamente. Sério, ela está me assustando ¬¬ .
Levantei a contragosto e fui para o banheiro fazer o que eu não sei. Fiquei lá parada sem saber o que fazer até que sentir meu estômago embrulhar. Corri pro vaso e regurgitei toda a comida que acabara de comer. Que porra é essa?! Não me lembrava mais da última vez que havia vomitado, estou doente é isso? A verdade é que em toda a minha vida eu nunca havia adoecido, isso está estranho! Alice apareceu na porta do banheiro e me analisou.
-Alice estou doente é isso? – perguntei enquanto lavava meu rosto.
-Antes fosse...- ela respondeu com uma feição mais serena. -Você disse que era estéril. – ela afirmou e eu não entendi o porque desse assunto nesse momento.
-Sim eu sou estéril, e o que isso tem a ver Alice? – perguntei e já me encaminhava pro quarto.
-Michael que disse isso?
-Sim, porque? – droga pra que tanto suspense?
-Ligue pra ele e pergunte quais as possibilidades desse diagnóstico ter sido errado – ela pediu enquanto me estendia um celular. Franzi o cenho, mas liguei como ela pediu.
Perguntei exatamente como ela me pediu e ele respondeu que tinha certeza absoluta sobre o diagnóstico.
-Ele disse que eu não ovulo – falei pra Alice que ouvia a conversa atentamente.
-Então a natureza arrumou um jeito de te fazer ovular...- ela falou e eu continuei sem entender bulhufas.
-Alice, francamente, o que o fato de eu ovular ou não tem a ver com tudo isso, eu realmente não entendo onde você quer chegar...
-Você está grávida Andie – ela respondeu e sorriu ternamente. E eu? Apaguei de novo. Acordei e já me encontrava deitada na cama, Alice estava sentada ao meu lado. Levantei num solavanco ao me lembrar da maluquice que saiu da boca de Alice. Eu grávida?! Piada!
-Que brincadeira de mal gosto é essa? – falei entre dentes enquanto me ajeitava na cama. Ela me olhou complacente e eu entendi que não era um brincadeira. – Oh merda! Como isso é possível?! Eu...eu nunca estive com outro homem Alice! O que o Edward vai pensar?
-É isso que estou tentando entender desde que tive a visão. Você estava com uma barriga enorme! Eu tive que te tirar de lá pra Edward não enlouquecer pensando que você estaria morrendo com tantos desmaios. Você desmaiou 20 vezes seguidas Andie! – Alice falou praticamente atropelando as palavras e eu já estava entrando em estado de choque.
-Vampiros não podem ter filhos – afirmei em meio aos meus devaneios.
-Você também não podia ter filhos - Alice afirmou pensativa.
-O que...o que eu faço? – perguntei já ficando desesperada. Eu grávida?! Não! Não!
-Eu não sei, acho mais prudente tirar a criança, mas não é isso que vejo, tudo o que eu vejo é você deitada e uma barriga...
-Tirar a criança? Isso pode ser perigoso...- falei pensativa.
-É mais perigoso deixá-la aí, isso pode te matar! – ela falou exasperada.
-Você falou com o Carlisle?
-Não, ele não vai querer tirar a criança, vai dizer que é imprudente.
-Mais imprudente do que deixar essa coisa crescer na minha barriga? Ele vai ter que tirar! – berrei desesperada.
-É isso mesmo o que você quer? E se Edward não concordar?- ela me perguntou complacente.
-Edward vai optar pra o que for melhor pra minha segurança, e se tirar for o melhor a se fazer ele vai ter que aceitar oras!
-Ani você está carregando um filho de Edward, você tem noção de quão magnífico é isso?
-Alice não estou te entendendo, você acabou de dizer que isso pode me matar, e agora fica dizendo essas coisas...eu...não sei o que eu quero...não consigo imaginar o que Edward vai pensar...
-Ele vai se sentir culpado por ter colocado essa criança no seu ventre...
-Como se ele pudesse adivinhar que isso fosse acontecer – buffei e me senti de mãos atadas.
-Não podemos ficar aqui eternamente. Acho melhor voltarmos pra casa e conversar com o Carlisle – Alice disse pensativa.
-Podemos pedir ajuda ao Michael...
-E falar que você carrega um vampirinho na barriga? – ela falou sarcástica.
-Ah..tem esse detalhe né...Vamos pra casa, é o melhor a se fazer.
Decidimos parar antes na casa dos Cullen e deixar pra informar Edward por último. Mas pra meu azar Edward estava lá. Ele me olhou confuso e preocupado.
-Amor como você está? Está pálida! – ele perguntou e antes que eu pudesse falar ele me carregou no colo até o sofá.
-Edward eu tô bem, relaxa tá? – tentei parecer calma, mas meu coração palpitante me denunciava.
-Está mentindo! – ele afirmou ríspido.
- Carlisle nós temos um problema – Alice começou e eu olhei pra ela com medo.
-O que aconteceu? – Carlisle perguntou complacente. O resto da família se juntou em um circulo em volta de nós. Minhas mãos começaram a suar frio, droga não posso desmaiar agora, não agora!
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Capítulo 44 - Gestação
*Alice Pov*
-Carlisle nós temos um problema – comecei e olhei pra Andie que me fitava com medo.
-O que aconteceu? – Carlisle perguntou complacente.
O resto da família se juntou em um circulo. Andie parecia nervosa e no momento seguinte seus olhos reviraram nas órbitas e ela pendeu nos braços de Edward.
Edward entrou em pânico e tentava a todo custo acordá-la.
-Andie! Andie! – ele a sacudia de leve e não obteve resposta. Respirei fundo e ele me fuzilou como se eu fosse a culpada. – O que aconteceu? O que houve com ela?!! – ele me perguntou ríspido.
-Foi só um desmaio Edward, não precisa esse alarme todo, isso não é nada perto do que está por vir...- falei calmamente e todos me fuzilaram curiosos.
-Qual o problema Alice? – Carlisle questionou agora mais preocupado.
-Andie está grávida. – todos arregalaram os olhos e Edward permaneceu inexpressível como se tivesse digerindo a informação.
-Caraca ela pulou a cerca? – Emmet perguntou fazendo gozação. Como ele consegue fazer isso numa hora dessas? ¬¬ . E o pior é que Edward ouviu a gozação e arregalou os olhos.
-Não é isso que você está pensando Edward! Ela não esteve com outro homem. Esse filho é seu – falei rápido antes que ele explodisse.
-Impossível! – ele falou colocando as mãos na cabeça.
-Alice você tem certeza? – Carlisle questionou cauteloso.
-Absoluta! Eu a vi com a barriga crescida, e ela está tendo todos os sintomas.
-Ela não é estéril? – Jasper perguntou curioso.
-Pelo visto era, mas agora não é mais...não sei uma explicação lógica, mas a verdade é que ela está grávida, de um vampiro...- falei calma.
-Impossível! Mesmo que ela não seja mais estéril, eu sou um vampiro droga! Vampiros não tem filhos! – Edward berrou desesperado.
-Acalme-se meu filho, vai dar tudo certo! – Esme tentava acalmá-lo se sucesso.
-Ela quer tirar a criança – falei a contragosto. Por mais que fosse perigoso eu queria que essa criança nascesse, seria nosso pequeno milagre, um sobrinho! Mas não conseguia conter minha felicidade em pensar nessa hipótese! Um sobrinho!!!
-Seria o melhor a se fazer, mas pode ser perigoso demais. Não sabemos que tipo de ligação tem a criança com a mãe, tirá-la pode ser letal pra ambos – Carlisle constatou como já era de se esperar. Olhei para Edward e pude ver medo e desespero.
-Você acha que deixar a criança pode ser mais seguro?! – Edward perguntou aflito.
-Sim e não. Na verdade não faço idéia, preciso ver o que é que está crescendo aí dentro, talvez uma ultrasom ajude...- Carlisle respondeu pensativo.
-A levamos pro hospital então? – perguntei.
-Não, arrumaremos seu antigo quarto com os equipamentos necessários. Leve-a pra o quarto filho, vou ao hospital pegar o que for preciso. – Carlisle falou e todos nos movimentamos.
- Meninas façam algo para que ela possa comer sim? – Carlisle pediu antes de sair.
-Não se preocupe, iremos providenciar – Esme falou já se encaminhando pra cozinha.
Edward subiu com Andie, e Jasper ficou com ele pra acalmar o ambiente, afinal Edward estava prestes a ter um ataque dos nervos. Eu, Rosalie e Esme ficamos na cozinha preparando aperitivos pra ela. Carlisle e Emmet seguiram pro hospital.
Andie recomeçou a crise de desmaios, ela não abria os olhos por mais de 5 minutos e apagava em seguida. No final, não adiantou levá-la pro hotel, Edward estava o desespero em pessoa.
Já era madrugada e ela não acordava. Carlisle lhe deu suprimentos por intravenosa e tentou fazer uma ultrasom, não conseguiu visualizar nada, aparentemente a placenta formada impedia a passagem da radiação do equipamento.
Em meio a frustração e desespero começamos uma discussão sobre tirar ou não tirar a criança. Eu, Rosalie, Esme, Carlisle achávamos melhor manter a gestação, enquanto Jasper achava imprudente. Edward e Emmet não tinham uma opinião específica. E assim ficamos até amanhecer.
/ Alice Pov
Acordei com um solavanco e estava cheia de fios e soro enfiados em mim. Podia ouvir uma discussão desconexa. Bocejei preguiçosa e todos os olhares se voltaram pra mim.
-Como se sente querida? – Edward perguntou com uma feição aflita.
-Melhor...acho que...preciso de um banho...- murmurei. Carlisle veio até mim e retirou os fios com cuidado. Edward me pegou no colo e me levou pro banheiro.
Edward me deu banho como se eu fosse uma criança e passava insistentemente as mãos no meu ventre. O que diabos ele está pensando? Ele mantinha sua feição inexpressiva, mas escondia algo mais profundo que não conseguia identificar.
-Hei...você não me disse o que está achando disso tudo...- sondei com calma. Ele engoliu em seco e nada disse. – Edward...- insisti e ele suspirou.
-Não sei o que pensar...- foi tudo o que ele disse. Terminado o banho ele me vestiu e me levou de volta pra cama.
-Você não quer tirar a criança – afirmei procurando os seus olhos. Ele fitava o chão.
-Isso tudo parece tão...surreal...céus eu queria poderia ter os dois...mas não quero perder você pra um capricho entende? Se o melhor pra você é tirar a criança, então tiraremos a criança...- ele falou ainda fitando o nada.
-Edward olha pra mim – tentei levantar a sua cabeça pelo queixo mas ele resistiu – por favor...- insisti e ele olhou. Seu olhar continha um misto de dor, alegria, medo e desespero.
-Você quer a criança, você quer nosso filho – afirmei e ele deu um meio sorriso forçado. Ele sabia que eu falava a verdade, mas não queria parecer egoísta. – não tiremos então...não deve ser tão ruim assim gerar um filhote de vampiro...- tentei brincar mas não surtiu efeito, pelo contrário, ele estremeceu ao ouvir o nome vampiro.
-Se...se ele te matar eu não me perdoarei nunca...- ele sentia culpa.
-Não se culpe por isso Edward, estamos juntos nessa ok? Ele não vai me matar eu posso suportar, afinal eu não sou uma humana qualquer...
-Você está doente lembra? Se seu corpo não agüentar...
-Vai agüentar...vou agüentar! – tentei parecer mais disposta, mas o cansaço me devorava.
Passei o resto do dia deitada, entre enjôos, desmaios, e fome, muita fome. Os vômitos cessaram no 3º dia. Para o espanto e todos, minha barriga já estava visível, como se eu tivesse 3 ou 4 meses de gestação. No 4º dia comecei a ter os desejos mais esdrúxulos possíveis.
-Edward lembra daquele Fuul que comi no Egito? – perguntei com o dedo indicador na boca.
-Lembro, porque? – ele me olhou curioso.
-Quero comer um daqueles? – era pra ser uma afirmativa, mas saiu mais parecendo como uma pergunta.
-Verei o que posso fazer...- ele falou e saiu, voltou minutos depois.
-Esme vai tentar preparar um pra você – ele falou sorridente.
Algumas horas depois Esme entra no quarto com uma bandeja. Olhei pro prato com cara feia e fiz biquinho.
-Não tá igual! – resmunguei fazendo birra.
-Fiz como a receita mandou querida...- Esme me olhou apreensiva e deu até pena, mas meu desejo falou mais alto.
-Obrigada Esme, mas eu quero aquele do Egito Edward...- falei dengosa. Ele olhou pra mim e pra Esme em seguida, passou as mãos no cabelos, estava nervoso.
-Você disse que queria Fuul, ai está o seu fuul! – ele respondeu ríspido. E o que eu fiz? Chorei. Será que é tão difícil conseguir uma comida que preste?
– Se você não me der o fuul do Egito meu bebê vai nascer com cara de comida! – falei entre soluços. Edward me olhou incrédulo, coçou a cabeça impaciente.
- Andie, por Deus você está chorando por causa de comida? Ela está no seu colo e você não quer! – Edward falou pegando o prato e estendendo pra mim.
- Não é a mesma coisa! Esse tá feio e tá ruim, não tem o mesmo cheiro, eca! Eu quero o do Egito! – chorei mais e ele se desesperou.
-O que eu faço Esme? – ele passou as mãos nos cabelos freneticamente e Esme continuava pensativa.
-Vá buscar a comida no Egito oras! – ela falou sorridente e Edward arregalou os olhos.
-O QUE?!! – ele berrou e Emmet entrou no quarto gargalhando.
-Cara tu tá ferrado! Quero só ver quando ela te pedir pra comer sabão em pó! – Emmet ¬¬ . Os demais Cullen entraram no quarto gargalhando e eu não entendi o motivo da graça, qual o problema em se comer sabão em pó? Parecia apetitoso...
-Edward acho melhor você ir pro Egito antes que ela dê um ataque – Alice zombou e ele fez cara de poucos amigos.
-Eu não vou sair daqui nem a pau! – ele falou ríspido.
-Quem que vai então? Você que é o pai, resolva seu pepino! – Rosalie resmungou.
-Eu vou – Carlisle se pronunciou complacente.
-Nem pensar! Você é o médico aqui, quem iria cuidar dela na sua falta? – Edward falou assustado. – Jasper? – ele perguntou com carinha de cachorro pidão.
-O que? – Jasper nos olhou desnorteado. – Hã?! Eu não! Manda o Emmet! – ele retrucou indignado.
-Jasper é só um favor! É pelo nosso sobrinho! – Alice falou dengosa e ele amoleceu.
-Só desta vez! – ele resmungou e todos riram, e eu? Quiquei na cama literalmente, eu iria comer meu fuul do Egito! Yupii!!!
Jasper partiu pro Egito e voltou na manhã seguinte. Trouxe o meu maravilhoso fuul e eu devorei.
-Edward...lembra daquele acarajé que comi no Brasil? – perguntei manhosa.
-Lembro, porque? – ele me olhou confuso e depois arregalou os olhos – Não! Nem pensar! Não vou pro Brasil atrás de comida! – ele falou ríspido e eu chorei.
-Ah! Você é absurda! JASPER!!! – ele berrou e saiu batendo a porta com força.
No mesmo dia Jasper foi obrigado a ir pro Brasil e voltou no mesmo dia trazendo meu aperitivo.
-Não vai comer? – Edward perguntou impaciente.
-Não...eu não queria comer, só queria cheirar...o cheiro é tãooo bommm!! – suspirei dengosa. Edward olhou pra mim incrédulo e Jasper cerrou os punhos com raiva.
-Eu fui pra tão longe buscar essa porcaria pra você cheirar?!! – Jasper berrou entre dentes.
-Jasper menos, pelo nosso sobrinho lembra? – Alice tentou acalmá-lo e prendia o sorriso.
*Edward Pov*
Essa gestação não poderia ser tão absurda!! Andie quando não estava desmaiada ou enjoada, estava com esses desejos malucos. Agora ela fica grudada com o maldito acarajé como se fosse um ursinho de pelúcia!!!
Era o 5º dia de gestação e sua barriga estava enorme. Ela comia por 3 e ainda assim estava extremamente fraca e pálida. Não sabíamos se o que crescia nela era mais humano ou mais vampiro, e portanto não fazíamos idéia de como seria o parto. Carlisle achava melhor tirar assim que a barriga alcançasse um estagio de 9 meses, pra evitar que a criança fizesse algum estrago na mãe.
No 6º dia eu precisava caçar, já tinha segurado até o me limite, não queria sair de perto dela, mas era necessário.
/ Edward Pov
Era o 6º dia de gestação e eu estava com uma sede anormal. Não havia sentido até agora e não tinha água no mundo que matasse a minha sede. O que diabos está acontecendo?
-Querida preciso caçar...você fica com Alice está bem? Voltarei rápido – Edward falou enquanto acariciava minha barriga. E quando ele falou em caçar senti um calafrio, caçar...caçar...,coçei a cabeça inquieta, e a sensação estranha não passava.
-Me leve como você – supliquei antes que ele saísse. Ele olhou pra mim confuso.
-Hã? – ele perguntou intrigado.
-Me leve como você, quero vê-lo caçar...- ele arregalou os olhos e franziu o cenho.
-Andie se você me pedir mais um de suas comidas malucas eu até aceitaria, mas isso que você quer agora é um absurdo! Você não tem noção do que está pedindo? Você quer ver um vampiro sedento caçar?! Tá louca? – ele berrou entre dentes e eu desabei em lágrimas. Porque todo mundo tinha que gritar comigo? O que tinha demais em vê-lo caçar? Uma coisa tão boba!
-Mas eu quero! – solucei fazendo birra.
-Mas não vai ter! – ele berrou imponente.
-Mas eu queroooooo!!!! – chorei mais alto feito criança birrenta e ele ficou nervoso, passava as mãos freneticamente pelos cabelos e me olhava incrédulo.
-Pare com esse showzinho, não vou ceder dessa vez! – ele insistiu e eu chorei mais ainda.
-Você não me ama mais! Meu filho vai nascer com cara de leão da montanha! – solucei enquanto ele andava de um lado a outro pelo quarto.
-Por Deus você faz idéia das barbaridades que está dizendo? Eu a amo mais do que tudo nesse mundo! E é por isso que não posso levá-la, se eu perder o controle...- ele parou a minha frente e repousou as mãos nos meus joelhos. Eu continuei chorando.
-Por favorzinho...- pedi manhosa e ele balançou a cabeça negando – por favor por favor por favor! – pedi soluçando.
-Edward, eu vou com vocês, não vai acontecer nada de mais ok? – Alice entrou no quarto saltitando.
-Viu só! Podemos ir?! – falei empolgada e abri o meu melhor sorriso dengoso.
-ABSURDA!!!! Você.é.completamente.absurda!!! – ele resmungou enquanto me carregava no colo.
Ele caminhou alguns quilômetros e me colocou sentada em uma pedra. Alice sentou-se ao meu lado e ficou brincando com minha barriga.
-Hei! Eu disse que quero ver! – resmunguei fazendo birra. Edward olhou pra mim nervoso e se ajoelhou na minha frente.
-Andie, como vou caçar com você nos braços? – ele falou pausadamente.
-Alice me leva...por favor...- pedi manhosa.
-Vá Edward, eu tomo conta dela...- Alice mandou e eu fiz bico.
-Mas eu quero ver! – resmunguei e ela nada disse, esperou até que Edward saísse no nosso campo de visão e me pôs no colo.
-Você vai ver, tenha paciência – ela começou a correr e eu sorri vitoriosa. Ela passou a andar com cautela e fez sinal para que eu fizesse silêncio. Me desceu do colo atrás de uma árvore grande, e me indicou a direção onde Edward deveria estar com alguma caça.
Antes mesmo que eu visse Edward, uma corrente de ar passou por mim e eu senti um cheiro doce, extremamente doce e convidativo. Revirei os olhos nas órbitas e andei em direção ao cheiro. Alice no meu encalço me analisava confusa. Andei mais alguns passos e vi Edward prostrado sobre um cervo. Ele olhou pra mim e franziu o cenho.
-Alice!!! – berrou raivoso.
-Ela é teimosa! – Alice retrucou e deu de ombros.
Mordisquei a ponta do meu polegar e andei em direção a Edward. Ele me olhou confuso.
-Ainda tem mais aí? – perguntei dengosa apontando pro cervo.
-Hã?! ainda tem o que? – ele perguntou ainda mais confuso.
-É doce...- sussurrei embriagada pelo cheiro.
-Mas o que?...- não deixei que ele continuasse a falar.
Não pensei em mais nada, me agachei sobre o cervo e encostei minha boca onde tinha uma abertura grotesca feita por Edward. Senti aquele gosto ainda mais doce e me embebedei com o que restara de sangue daquele animal. Suguei até o meu estômago reclamar por falta de espaço.
Quando voltei a realidade Edward me encarava chocado e Alice ria baixinho.
-Era isso desde o começo não é? Você não queria me ver caçar, você queria sangue! – ele falou exasperado.
-Eu não sabia que queria sangue Edward...- dei de ombros e bocejei satisfeita. -Alice pode me levar pra casa? Vamos deixar Edward caçar em paz... - Edward ainda me olhava incrédulo e Alice saltitou em minha direção me colocando no colo logo em seguida.
-Bye bye! – brinquei dando um tchauzinho com a mão e ele riu ainda meio desorientado.
Voltei pra casa cantarolando, afinal havia matado aquela maldita sede. Mas agora estava com fome...hum o que eu quero comer agora....
No 7º dia de gestação eu estava uma baleia, minhas pernas inchadas e doloridas, meus seios imensos e cheios de leite. Estavam todos ansiosos pela chegada do mais novo Cullen. Jasper a essa hora deveria estar em algum lugar da Austrália atrás de carne de canguru que eu pedi. Alice e Rosalie no shopping comprando roupinhas de bebê. Esme na cozinha fazendo aperitivos pra mim. Emmet e Carlisle no hospital buscando sangue pra mim e Edward grudado em mim como sempre ¬¬
No 8º dia discutíamos o nome do bebê. Ao fim do dia bati o pé e insisti que deveria ser Selene (lê-se Seline) se fosse menina, e Lucian se fosse menino. Edward não se importou, mas Emmet ficou chateado porque ele queria que eu colocasse Emmet Junior, ridículo!
No 9º dia Carlisle decidiu que já era hora de tirar a criança. Mas não teve tempo de fazer o procedimento porque logo ao amanhecer eu senti as contrações. Não eram contrações, eram um milhão de facadas me rasgando por dentro. Eu pensei que estava morrendo, nunca senti tanta dor na minha vida.
*Edward Pov*
O dia começou um caos. A bolsa estourou e Andie berrava feitou louca. A cada contração ela xingava. Eu não sabia o que fazer, ela entrara em trabalho de parto e não havia mais tempo de fazer uma cesariana. Carlisle achou melhor esperar e ver o que ia acontecer. Eu achava melhor retirar a criança antes. Mas ninguém me deu ouvidos. Eu estava a ponto de enlouquecer.
Ela estava sangrando muito e nesse estágio ficamos apenas eu e Carlisle dentro do quarto.
-!*¨(*$¨P$¨!(*#&`(@*)!#*&P!¨$¨`($(!#(!)*#_!(#- Ela xingava enquando berrava de dor.
- Acalme-se Andie, só mais um pouco – Carlisle tentava acalmá-la sem sucesso.
-Falar é fácil!!! – ela berrou. Eu me sentia um inútil, tudo o que eu podia fazer era torcer pra que um milagre acontecesse e essa criança saísse normalmente. A situação em que estávamos se não fosse tão complicada e perigosa seria no mínimo cômica, Andie completamente descabelada, de perna aberta e fazendo força aos berros, eu queria achar forças pra sorrir, mas era algo fora de questão, vendo-a sofrer tanto.
Não sei quanto tempo ficamos na mesma situação caótica, mas a essa hora já estava se tornando preocupante, porque esse muleque não sai logo?!
-Está vindo!!! – Carlisle falou sorridente, e eu corri pra olhar. Merda pra que eu fui olhar? Vampiros desmaiam? Porque eu podia jurar que senti uma vertigem, eu não deveria sentir nada afinal é meu bebê que está nascendo, mas ainda assim eu não deveria ter olhado, merda nunca mais vou esquecer essa cena ¬¬
Consegui sair do meu transe quando ouvi um choro ecoar pelo quarto.
-Ah! Puta que pariu! Pensei que não ia sair nunca! Porra definitivamente eu não nasci pra isso, dor do caralho! Que seja a primeira e última vez, Deus me livre! – Andie resmungava e eu tive que rir, essa seria a mãe mais maluca que já conheci.
Peguei o pequeno Lucian no colo, sim, era um menino, não contive minha felicidade e ri, ri como eu não fazia a muito tempo. Ele era lindo, e já tinha os olhinhos abertos! Acabou de nascer e já tinha os olhos abertos! Impressionante!! Tinha os olhos azuis dela, e era chorão! tão humano! Não sei quanto tempo fiquei babando no meu filho, mas saí do transe quando ouvi um grito.
-AI CACETE!!! CARLISLE TEM ALGO ERRADO AQUI!!! – Andie gritou exasperada. Olhei pra Carlisle confuso e ele também me parecia desnorteado.
-O que você está sentido? – perguntamos em coro.
-Contração! Mais contração! Merda, merda, merda! – ela berrou e Carlisle começou a apalpar sua barriga que ainda estava grande.
-Ops! – ele falou por fim.
-Que foi? O que tem de errado – falei enquanto segurava o moleque chorão.
-Acho que vem outro! – ele falou e gargalhou. Olhei pra Andie assustado e ela arregalou os olhos desesperada.
-AH NÃO! Dois não!!!! – ela berrou e começou a se contrair em trabalho de parto. – Merdaaaa!!!! !¨(&¨#!O*&$!P#*!#!(&P#)(!*!¨#P&¨- e recomeçou o xingamento ¬¬ . Porque mulheres têm que ser tão histéricas? Nem deve doer tanto assim...
Eu estava parado com o bebê no coloco sem saber o que fazer, Carlisle retomou sua posição a espera do possível novo bebê, acho que pra mim não caiu a ficha ainda...OUTRO?!!!
/ Edward Pov
Pronto agora foi que eu vi, o que foi que eu fiz pra merecer essa tortura? Nesse exato momento eu estava de perna arreganhada botando outro pirralho Cullen pra fora! Edward segurava o protótipo de gente nos braços que ainda não tive o prazer de contemplar enquanto eu me descabelava e berrava frenética.
Fez-se silêncio no quarto e a dor parou. Não havia choro nem nada, será que não era outro? Será que ele nasceu mo... não não não! Olhei amedrontada pra Carlisle.
-Carlisle? – perguntei num fio de voz. Ele me olhou e por fim sorriu.
-Uma menina! – relaxei e sorri ao imaginar a feição da minha pequena.
-Deixa eu ver! – pedi e ele a trouxe, assim como Edward trouxe o menino. OMG! Dois!!! Dá pra creditar?! Dois!!!!
-Lindos! – sorri e no momento seguinte o quarto foi invadido por uma Alice saltitante.
-Eu sabia!!! – ela gargalhou e olhou pra mim – Você está acabada! Precisa de um trato urgente! – ela concluiu e todos riram.
-Alice você sabia que eram dois o tempo todo? – Edward perguntou indignado.
-É eu vi! – ela riu e pegou a Selene no colo. – eles puxaram a você Andie, olha os olhinhos, são azuis!!!
-Me deixe cuidar dos bebês, o resto da família precisa vê-los – Carlisle falou e eu assenti. Ele e Edward saíram levando as crianças e Alice ficou pra me ajudar.
Algumas horas depois
Depois de desfeita toda a bagunça, eu estava sentada na cama esperando Carlisle trazer meus pequenos. E eu estava nervosa, não sabia o que fazer, amamentá-los? Tudo bem que eles são meio-vampiros, mas será que eles bebem leite? Sangue?
Todos entraram no quarto apreensivos, provavelmente com a mesma dúvida que eu. Carlisle me entregara o Lucian que ainda chorava. A menina não chorou um só instante, e isso estava me preocupando.
Peguei o pequeno nos braços desajeitada. E agora?
-Carlisle...eu...- gaguejei amedrontada.
-Relaxa um pouco, vamos só fazer um teste ok? Se ele não tomar leite então provavelmente irá querer sangue...- ele me acalmou.
-Eu...acho que...quero ficar sozinha...- falei envergonhada e entendendo o meu desconforto todos saíram, menos Edward.
Coloquei o pequeno no seio e pra minha felicidade ele mamou. Ele mamou!!! Era incrível! Eu estava amamentando!! Era lindo!!! Não pude conter o meu sorriso de satisfação.
Peguei a pequena agora destemida e tentei amamentá-la, me arrependi profundamente por tê-lo feito.
-AI CARALHO!!! Ela me mordeu! Ela me mordeu!!! – olhei pra meu seio agora ensangüentado e não consegui conter as lágrimas de medo. Vou virar vampira? Ah não droga! E agora?! – Edward tirou a menina de meus braços desesperado.
-Tá doendo? Quero dizer, está queimando??!!! – ele perguntou exasperado.
-Dói um pouco, mas não queima...- resmunguei – eu vou virar vampira?
-Se não queima é porque não tem veneno...- ele suspirou aliviado. Carlisle bateu na porta e pediu pra entrar.
-Vou cuidar desse ferimento – ele falou enquanto entrava.
-Ah não se preocupe, vai fechar logo logo, dá ela aqui Edward – pedi estendendo as mãos.
-Hã? Pra que? Ela vai te morder de novo! – ele retrucou.
-Preciso alimentá-la Edward, se é sangue que ela quer, eu darei oras!
-Quantas vezes já falei que você é absurda? Se ela precisa de sangue daremos sangue, mas não o seu!
-Edward eu não vou repetir, me dá a minha filha! – falei ríspida. Ele me fuzilou indignado e me entregou o bebê. Repeti o processo e deixei que ela me mordesse, doeu pra cacete, mas mãe é mãe né? Edward ficou inquieto resmungando coisas desconexas.
-Já chega Andie, desse jeito você fica anêmica! Você já perdeu sangue demais no parto!! – ele falou e arrancou a pequena de meus braços.
-Podemos ir pra casa Edward? – falei enquanto limpava a sujeira.
-Você não acha melhor ficarmos por aqui? Seria melhor se tivermos Carlisle por perto...- Edward falou.
-Edward nossa casa fica a dois passos vampíricos daqui, se precisarmos de ajuda nós avisamos.
-Se você acha melhor, então vamos pra casa – ele respondeu sereno.
Capítulo 45 - Crescimento
Foi bastante problemático sair da casa Cullen. Eles não queriam que saíssemos de jeito nenhum. Todo mundo queria paparicar as crianças, só faltavam sair nos tapas pra ver quem dava banho ou colocava pra dormir.
Mas enfim voltamos pra nossa casa e tudo voltou a sua “normalidade”, mas agora em família. Não adiantou muita coisa voltar, afinal os Cullens não desgrudavam de nossa casa agora, eu e Edward não tínhamos mais nossa preciosa privacidade. Alice e Rosalie com sua tonelada de roupinhas e mimos; Carlisle e Esme preocupados ao extremos com a saúde dos bebês; Edward parecia um retardado quando estava com as crianças, ficava abobalhado e só faltava babar em cima deles. Ele venerava os filhos e convenhamos, não era pra menos, meus filhos eram lindos, e cresciam tão rápido que comecei a me preocupar.
Eles tinham características humanas e vampíricas. Fortes, inteligentes, dormem, comem comidas humanas, bebem sangue, não têm veneno, se tinham habilidades não sabíamos ainda, apenas sabíamos que Edward não podia ler seus pensamentos. E isso o frustrava como era de se esperar.
Com apenas alguns dias eles já pronunciavam suas primeiras palavras. A primeira delas foi papai, Edward ficou tão maravilhado que queria que eles repetissem a mesma palavra um milhão de vezes. Passado um mês, eles já davam seus primeiros passinhos, Lucian começou a andar quando tentava a todo custo me alcançar pra mamar, ele já aparentava ter um ano de idade e essa era uma característica peculiar dele, ele preferia os costumes humanos, comia e bebia comidas humanas e só bebia sangue esporadicamente.
Já a Selene deu seus primeiros passos atrás do meu cachorro de estimação, é, ela queria o sangue dele ¬¬, isso foi bastante problemático porque tive que manter meus bichinhos exilados na casa dos Cullen. Minha pequena preferia os hábitos vampíricos, e detestava alimentos humanos. Carlisle acredita que por isso minha gestação foi aquele horror, desejos por comida humana e por sangue, duas preferências, duas necessidades. O sangue que fornecíamos a ela era Carlisle quem trazia de bancos de sangue, fora isso eu dava o meu escondido de Edward, ela estava viciada no meu sangue e Edward me criticava por ser conivente com o mal hábito. Mas ela me olhava com aquela carinha dengosa e eu não resistia, acabava cedendo a chantagem emocional da pequena e deixava ela morder meu polegar.
Passados dois meses, eles aparentavam dois anos de idade, Edward começou a ter crises de ciúmes do próprio filho, só porque ele ainda mamava, dá pra acreditar? Ciúmes do próprio filho! Ridículo. E o pior de tudo é que ele me pegou no flagra “alimentando” a Lene, me deu um ultimato, “ se você der seu sangue pra ela mais uma vez, eu não te toco mais!” , imagina se eu iria agüentar não ser tocada por ele! A Selene que se vire com sangue de animal, porque o meu eu não ia dar mais de jeito nenhum!
Mais três meses e eles aparentavam cinco anos. Edward achou que já era a hora deles aprenderem a caçar. Não fiz objeção, afinal Edward sabia mais do que eu sobre essa coisa de vampiro. Eles não tiveram problemas com o ato de caçar, eram fortes e rápidos. Lucian ainda mantinha seus hábitos humanos enquanto Selene não queria conta.
Eles cresciam a cada mês o equivalente a um ano. E isso estava me deixando louca. Meus filhos estão envelhecendo absurdamente rápido. E nada nem ninguém tirava da minha cabeça que a culpa era minha. Eles herdaram o pior de mim! Carregam a minha “doença” maldita!! Carlisle afirma que o envelhecimentos deles, ao contrário de mim, está involuindo, e é provável que quando eles alcançarem a idade adulta eles parem de envelhecer, mas eram apenas teorias que não diminuam o medo que eu sentia de meus filhos terem o mesmo destino trágico que o meu...
Um ano se passou e eles aparentavam ter doze anos. Lucian começava a parecer mais com Edward, cabelos mais escuros quase bronze, adorava tocar violão e fazer duetos com Edward que ficava ao piano. Eles vivam grudados, e com isso o garoto adquiria uma personalidade forte e doce como a de Edward, e isso fazia com que o ego de Edward fosse nas alturas. Ele vivia dizendo “ viu só? Puxou ao pai!”
Selene fisicamente se parecia comigo, mas tinha a personalidade de Alice, se sentia a própria Barbie, mas também com tanto mimo quem não ficaria assim? pois é, eu admito, minha filhinha é extremamente mimada, e explosiva as vezes, puxou a mim nesse quesito. E graças a seu temperamento semana passada descobrimos sua habilidade...
Flashback on:
-EU JÁ DISSE QUE NÃO VAI E PRONTO!
-Mas eu quero irrrrrrr!!!!!! – Selene berrou batendo o pé no chão.
-E eu já disse que não! Assunto encerrado! – retruquei imponente.
-Mas mamãe titia Poli disse que não tinha problema!!
Poliane e Jacob agora faziam parte da família. Eles estavam noivos e sempre nos visitavam. Poli venerava meus filhotes e vivia levando a Selene pra passear. Hoje ela inventou de levá-la pra desfilar em Port Angeles. Desfilar!!! Vê se pode uma coisa dessas! Eu falando todo os dias que ela não pode ficar aparecendo em público e ela querendo justamente o contrário!
-Titia Poli vai ter que inventar outro programa pra vocês. Você não pode aparecer em público. – falei com os braços cruzados. Edward estava no piano com Lucian, como sempre ¬¬ .
-EU VOU!!!! – ela berrou, me deu as costas e ia saindo quando a puxei pelo braço. Mas que moleca teimosa! A quem será que ela puxou...
-Selene Howard Cullen! Você acaba de ganhar um belo castigo! Por me dar as costas quando estou falando e me desobedecer! Já pro quarto, e só saia de lá quando eu mandar!!! – gritei entre dentes enquanto ainda a segurava pelo braço. – ela me olhou já despencando em lágrimas.
-EU ODEIO VOCÊ!!!!! – ela berrou e nesse instante senti minha mão queimar, minto, sinto minha mão borbulhar como se tivessem jogado litros de ácido concentrado nelas.
-AHHHHH!!!! – gritei de dor e olhei as minhas mãos que pra meu espanto estava virando cinzas! Cinzas! Eu estava perdendo a minha mão!!! – EDWARD!!!! – berrei me debruçando em lágrimas, tamanha dor e desespero que se apossaram de mim naquela hora. O pior de tudo é que não havia parado, aquela “coisa” estava me corroendo aos poucos e começara a devorar o meu pulso.
-Mamãe! Mamãe! Desculpe, desculpe, desculpe! eu não queria! – Lene soluçava desesperada e se jogou no chão chorando. Eu não entendia porque as desculpas, do que ela estava falando? Ela fez isso comigo?!
Edward chegou junto a Lucian e me olhou chocado.
-O QUE?!!...o que é isso?! – Edward perguntou enquanto analisava minha mão inexistente e meu pulso sendo corroído.
- Eu não queria papai! Eu não queria! Me perdoe eu não sei como parar!!! – Selene berrou e eu entendi. Era a sua maldita habilidade. Definitivamente eu tô na merda, essa porcaria vai me corroer até a morte.
-O que você fez? Pare já com isso, está matando sua mãe!!!! – Edward berrou desesperado, e eu nada dizia, só chorava, não havia nada que eu pudesse fazer. Lucian que até então não se manifestou parecia pensativo.
-Talvez funcione...- Lucian sibilou mais pra ele mesmo do que pra nós. Olhamos pra ele confusos e ele veio até mim colocando as mãos no meu braço que desaparecia.
Ficamos estáticos enquanto eu sentia um frio cortante passando por minhas veias e o absurdo acontecendo, minha mão regenerando numa velocidade excepcional. Olhei pra ele desorientada e ele apenas sorria vitorioso.
-O que...foi isso? – Edward perguntou também chocado e eu não conseguia pronunciar uma palavra. Selene parou de chorar e levantou pra olhar o “impossível”.
-Entendi! Finalmente eu entendi! – Lucian falou praticamente gargalhando nos deixando no vácuo.
Edward pegou o meu braço e o analisou minuciosamente.
-Pra sala os dois! Quero explicações! – Edward falou imponente. E todos fomos pra sala.
-Selene? – Edward incitou pra que ela começasse a falar.
-Eu...não sei o que é isso...- ela falou envergonhada
-Você sabia que podia fazer isso? – Edward perguntou.
-Só aconteceu uma vez antes de hoje...quando eu estava caçando...eu matei um urso assim sem querer...ele tava muito arisco e eu fiquei com raiva, ai do nada ele foi virando cinzas...- ela murmurou.
-Porque não nos contou? Tem noção de quão perigoso isso é? Você tem uma habilidade extremamente destrutiva...poderia machucar a todos nós com isso...- ele falou ríspido, fazendo-a despencar em lágrimas.
-Edward ela não tem culpa...Querida você sabe como usar essa habilidade? – perguntei agora mais calma.
-Não...- ela soluçou. Olhei pra Edward preocupada, e este nada disse.
-Lucian? – Edward incitou.
-Eu já sabia que podia regenerar...coisas...digo...pessoas...na verdade...não só pessoas...- ele gaguejou deixando-nos confusos.
-Lucian...- instiguei.
-Começou quando eu estava caçando também...eu mordia o cervo e a ferida fechava sozinha, eu mordia e ela fechava...daí eu percebi que era eu mesmo que tava fechando... eu comecei a testar isso em outras coisas, e só conseguia regenerar matéria viva, e vampiros também...mas só se o dano for recente...eu não sabia controlar até hoje...era meio que ao acaso sabe...- Lucian falou e sorriu envergonhado. Do que ele tinha vergonha? Uma habilidade tão perfeita como essas! Se não fosse ele eu tava na merda ¬¬
-Vocês têm habilidade opostas...ela destrói, você cura...- Edward falava pensativo – isso é...incrível...- ele conclui com um sorriso.
-Lucian você disse que cura vampiros também...como sabe disso? – perguntei intrigada. Ele corou violentamente se entregando, aí tem coisa!
-Er...hã...bom...o tio Emmet sabe...ele que me ajudava a tentar controlar...ele se cortava pra que eu curasse...- ele respondeu num fio de voz.
-Não credito que Emmet sabia e não me disse nada!!! – Edward esbravejou revoltado.
-Eu não queria contar até ter certeza...- Lucian murmurou envergonhado.
-Filho você não pode ficar escondendo as coisas de seus pais! Nós estamos aqui pra ajudar no que for preciso! – falei ternamente.
-Mas...- Lucian e Selene falaram em coro.
-Mas nada! Que seja a última vez! Sem segredinhos ouviram bem?! – Edward falou apontando o indicador pra eles. Eles abaixaram a cabeça.
Flashback off
Mais um mês se passou e depois de muito treinamento, descobrimos que a Selene destruía apenas matéria viva assim como Lucian, e a ignição era o contato com a pele, por isso ela passou a usar luvas para evitar possíveis desastres.
Capítulo 46 - Eu não te amo mais
*Edward Pov*
As coisas voltaram a normalidade. Selene vivia pra cima e pra baixo com Alice e Rosalie, e Lucian deu pra andar com Jasper e Emmet.
E eu tinha mais tempo livre pra cuidar de Andie. As coisas estavam ficando cada mais complicadas, ela estava piorando rapidamente, e eu nada podia fazer. A situação chegou ao estágio de ela ficar a maior parte do tempo na cama. Estava fraca e debilitada, nem conseguia ficar de pé por muito tempo. Dediquei toda a minha atenção pra ela, fazia de tudo para vê-la bem, não nos restava muito tempo...
/ Edward Pov
Com muito custo consegui fazer com que Edward fosse caçar. Já faziam 20 dias que ele não se alimentava, estava matando cachorro a grito. Ele não queria desgrudar de mim, afinal meu tempo estava acabando...rápido.
Estava um lindo dia, e resolvi passear na clareira, ficava pertinho de casa então não teria muito o que andar. Vesti uma roupa confortável e peguei uma cestinha com lanches caso decidisse passar mais tempo.
Não tinha muito o que fazer, então fiquei lendo um livro, esperando a hora passar. Olhei ao redor e decidi fazer algo que Edward chamaria de imprudente. Resolvi fazer uma travessura e escalar uma árvore. Subi e fiquei sentada num tronco balançando as pernas. Minha vida estava melhor do que eu esperava, estar ao lado do que homem que amo, com dois filhos maravilhosos e uma “família feliz”, nada poderia dar errado, ou poderia? Espero que não...
*Edward Pov*
Essa foi umas das caçadas mais rápidas que já fiz. Estava ansioso pra ficar com minha Andie. Fui pela manhã e a tarde já estava de volta. Chegando em casa encontro Alice no sofá com cara de poucos amigos. Fui adentrando a casa quase que em câmara lenta, e me espantei quando não ouvi o som do meu coração predileto.
-Que foi? Cadê ela?! – perguntei num fio de voz. Alice nada disse apenas me mostrou uma visão um tanto estranha. Na qual eu estava de joelhos, no meio da clareira, e haviam lágrimas no meu rosto, lágrimas de sangue. Só houve uma única vez em minha existência que eu chorei assim, e foi quando Andie me deixou...
-Quando? – perguntei com a voz embargada?
-Não sei...acho..acho que ela está lá na clareira agora...- ela sussurrou. Não esperei nada e já disparei pra clareira.
30 segundos depois eu estava no meio da clareira e me deparei com Andie sentada e balançando as pernas em cima de uma árvore. Suspirei aliviado, ainda havia tempo...
-O que pensa que está fazendo? Perdeu o juízo? Subir nessa árvore no seu estado?! – reclamei e ela me olhou envergonhada.
-Não precisa me tratar como uma velha inútil! – ela resmungou balançando as pernas mais rápido.
-Vem, pula que eu te pego – ignorei a birra e estendi as mãos. Mas ela não veio. Senti um calafrio, e minhas vistas escurecerem. Estranho...que diabos está acontecendo?
-Andie você ainda está aí? Eu..não tô vendo nada! – falei confuso.
-Edward? Edward....Edward....- ouvi a voz dela sendo pronunciada e sumindo aos poucos. Agora eu parecia estar no vácuo, não ouvia, não via, não estava sentindo nada ao meu redor. Fui tomado por um medo estranho, alguma coisa estava errada, algum coisa que Alice não viu...
/ Edward Pov
Mas que porra está acontecendo aqui?! Edward estava com as vistas desfocadas, eu chamava ele não respondia, parecia estar hipnotizado ou algo assim...
-Oh...interessante...- essa voz...- então “seu vampiro” faz parte dos famosos Cullen hã? Eu deveria ter imaginado...
-O que...o que faz aqui?! – gaguejei embargada.
-Ah...o que eu faço aqui? É assim que recebe seus amigos? Não deveria ser algo como “ oi, tudo bem, como você está?” ou “ oi quanto tempo, estava com saudades” ? – engoli em seco.
-O que faz aqui?! – insisti ríspida. Ele sorriu torto e se aproximou. Eu me afastei instintivamente.
-Hei, eu só ia te cumprimentar devidamente...está com medo? – ele perguntou dando mais um passo a frente. Edward continuava estático.
-Não tenho medo de você! – retruquei e dei um passo pra trás.
-Oh é mesmo? Sabe ser humano as vezes é bastante problemático...seu coração te denuncia sabe...- andei pra trás até tombar na árvore e ele andou até parar a centímetros de mim. Colocou os braços na árvore, um de cada lado do meu corpo.
-Sabe...você parece mais apetitosa desde a última vez que nos vimos...É uma pena que não tenha aproveitado naquela época...Acho que farei diferente desta vez...- ele se aproximou e fungou meu pescoço.
-O que você quer Victor?!! – berrei sendo tomada pelo medo e desespero.
É eu estava errada, as coisas poderiam piorar, e muito! Em minha mente eu via o caos, Edward parado e hipnotizado a poucos metros de um vampiro rejeitado por mim. Pedia aos céus que meus filhos não estivessem em casa, não consigo sequer imaginar o que ele faria se descobrisse que eu tenho filhos de Edward...
-O que eu quero? Oras não é óbvio? – ele perguntou e me encarou sarcástico.
-Olhe...eu não pude me despedir naquele dia tá? Eu não gosto de despedidas então...não foi nada contra você sabe...nós podemos conversar e resolver isso...não acho que seja necessário nenhuma tipo de vingança sabe..- falei atropelando as palavras e ele franziu o cenho.
-Vingança? – ele gargalhou – vingança? Olha pra mim! Não acha que tenho mais o que fazer do que ficar por aí atrás de vingança? Mas sabe...até que não é má idéia...- ele falou e olhou meticulosamente pra Edward, me fazendo estremecer de medo.
-Se não é vingança...o que veio fazer aqui? – perguntei embargada, as lágrimas querendo escapar. Ele me olhou com uma feição maquiavélica e sorriu torto.
-Vim te buscar meu bem...- ele falou e se virou pra Edward – mas ele fica. Morto de preferência...- e concluiu, minhas lágrimas despencaram e eu entrei em pânico “ele vai matar Edward, ele vai matar, ele vai matar” minha cabeça latejou, meu coração estava na boca, e eu não sabia o que fazer.
-Não precisa ser assim Victor!! Se alguém tem que morrer, esse alguém sou eu!!! – berrei e ele apenas riu.
-Não, eu não quero você morta sabe...é por isso que vim te buscar, ainda temos uma eternidade pra ficar juntos...- comecei a chorar compulsivamente, o que se faz quando se tem um vampiro sádico e obsessivo querendo matar tudo que você mais ama? E ainda te carregar como troféu?
-Ok…façamos um acordo? – era pra ser uma afirmativa, mas saiu mais como uma pergunta.
-Oh…você não está em posição pra fazer acordos...mas como estou de bom humor, vou te conceder esse desejo, se estiver dentro do que eu considerar “aceitável” claro...- ele falou e sorriu cínico.
-Er...eu vou com você...mas me prometa que não vai machucar Edward...e nem os outros Cullen...- falei mais como uma súplica do que como um acordo. Ele franziu o cenho.
-Sinceramente eu não vejo o que eu ganho em deixar “seu vampiro” vivo...você viria comigo querendo ou não, então...qual a minha parcela de lucro nesse acordo? – ele retrucou impaciente.
-Se você deixar o “meu vampiro” vivo, eu vou por livre e espontânea vontade, prometo não fugir, prometo fazer o que você quiser que eu faça, prometo que nem ele nem o resto dos Cullen irá a minha procura...- falei pausadamente.
-Oh...hum...e como pretende fazer com que eles não a procurem? – ele questionou curioso.
-Me deixe falar com ele, eu falarei tudo que não gostaria de ouvir, eu o convencerei de que não o amo mais...essas coisas...
-Hum...sabe não estou tão convencido disso...olhe pra ele...tão vulnerável...tão indefeso...eu poderia arrancar cada pedaçinho dele...sabe que as coisas ficariam mais fáceis com ele morto...se ele ficar vivo, vou ouvir você falando dele...você vai querer voltar...não, não acho uma boa idéia deixá-lo vivo...
-EU NÃO VOU FUGIR!!EU JURO!! Por favor!!! – gritei sendo tomada pelo desespero novamente.
-Olhe, eu vou te dar um voto de confiança, mas saiba que se tentar qualquer coisa, eu volto e mato todos! Todos eles! – um calafrio passou pela minha coluna, e me lembrei dos meus pequenos, não me perdoaria se algo acontecesse aos meu filhotes. – você tem dez minutos pra dispensar o vampiro, estou te esperando a alguns metros a frente. – ele falou e saiu do meu campo de visão, me deixando a sós com Edward.
Trilha Sonora
-Edward? – o cutuquei tentando segurar as lágrimas que se formavam. Como dispensar o meu oxigênio? Como dispensar o homem que mais amo no mundo? Como dizer adeus pra aquele que me tornou a mulher mais feliz da galáxia? – ele pareceu acordar do transe e me olhou desnorteado.
-Eu...dormi?! – ele perguntou confuso, se a situação não fosse tão caótica eu teria rido de sua expressão desorientada.
-Er...precisamos conversar...eu...estou...indo embora...- falei num fio de voz, tentando segurar as lágrimas traiçoeiras que ameaçavam cair.
-Hã?! O que?!! – ele franziu cenho confuso.
-Exatamente isto que você ouviu, estou de partida...estou te deixando...- Ele me olhou incrédulo, mas sorriu sem seguida.
-Tá bom acabou a brincadeira besta, cadê Emmet? Foi ele que inventou essa palhaçada? – ele riu nervoso, não querendo acreditar nas minhas palavras.
-Não estou brincando Edward! – engoli em seco – olha eu sei que é difícil de acreditar nisso, mas é a mais pura verdade, eu estava aqui refletindo, e descobri que nosso amor não é mais como antes...não tem mais emoção sabe...eu preciso de algo novo pra mim...você está defasado...obsoleto...eu...cansei de você...- forcei um meio sorriso, sem sucesso eu acho...
-Obsoleto? Quando foi que nosso amor cansou? Eu...não percebi...me perdoe se eu sou a causa disso, mas eu posso mudar sabe...podemos resolver isso fácil...não é motivo pra você me deixar Andie... – ele falou e seus olhos estavam imergindo num tom de vermelho, sangue...eram lágrimas...
-Sabe...não é assim tão simples...não é só isso...eu realmente não te amo mais Edward...você não é exatamente do jeito que eu esperava...você...não é bom o suficiente pra mim...- merda as lágrimas malditas começaram a despencar.
-Não sou bom o suficiente? Desde quando? Você precisa me dizer em que eu não sou bom, eu não posso adivinhar! – ele soluçava e eu me esforçava ao máximo pra não pular no pescoço dele e dizer toda a verdade, dizer que era tudo mentira, que ele era perfeito pra mim, e meu amor só aumentava a cada dia, que eu menti pra protegê-lo e a nossos filhos.
-Desde que eu voltei da Austrália...sabe, depois que eu convivi com Victor eu descobri que ele era melhor que você...em tudo...inclusive na cama...- menti descaradamente.
-Hã?! Você...você transou com ele? Você?...isso é mentira! Você está mentindo pra mim? – ele berrou exasperado, se debruçando em lágrimas,.
-Como você sabe que é mentira? Você não estava lá! Você não lê meus pensamentos, não tem como saber! Aquilo que você viu na mente dele naquele dia foi só o começo de nossa noite, eu transei com ele, várias vezes! E...ele é...melhor que você...mais carinhoso, mais experiente...mais homem...e ele nunca me tratou como uma velha doente!
-Isso...só pode ser um pesadelo! Isso não é verdade, não é verdade! – ele colocou as mãos nas têmporas nervoso, e as lágrimas despencando, as minhas e as dele.
-Edward eu não tenho muito tempo, então...eu só te peço uma coisa...não me procure tá? Eu não quero mais ouvir falar de você, nem dos Cullen...eu quero esquecer tudo isso aqui...eu nem sei como consegui ficar aqui esse tempo todo...Eu...espero que seja feliz, com...com...outra...com outra pessoa... Cuide da sua família...cuide deles...- gaguejei pedindo aos céus que ele entendesse o recado, não queria pronunciar nada sobre filhos, Victor ouvir uma palavra e tudo podia ir por água a baixo.
-MINHA FAMÍLIA?!! MINHA?! NÃO ESTÁ ESQUECENDO NENHUM DETALHE NÃO?!
-CALE-SE EDWARD! não quero mais falar sobre isso tá me entendendo? Me esqueça, esqueça que um dia eu fiz parte de sua vida! É só isso que eu peço!, queime tudo que era meu, faça o que quiser de sua vida! Eu não me importo mais! Você não significa nada mais pra mim! Você fica no passado...um passado esquecido e obsoleto...
-NÃO! Não posso aceitar isso! Você quer me destruir é isso?! Se você me cortar em pedaços e me queimar vai doer menos sabia?! Não...não me deixe Andie! Por favor...- ele caiu de joelhos no chão derrotado e abraçou minhas pernas com força.
-Edward larga! Me larga! – ele apertou mais forte. Eu chorava feito criança e ele soluçava.
-Fique, fique, por favor, fique! – ele pediu e eu me desesperei, como posso fazer isso com ele? Que tipo de monstro eu sou? Não posso desistir agora, não posso...por ele...pelas crianças...
-Não vou repetir mais uma vez! LARGA !! – ele soltou lentamente.
-Eu ainda te amo....vou te amar pra sempre...mesmo que você me odeie...mesmo que você me mate...ainda assim eu vou te amar...- ele sussurrou num fio de voz, e manteve a cabeça baixa. Reuni todas as minhas forças e dei as costas entrando na mata.
Andei alguns metros e parei em uma árvore, pendi no chão e chorei. Chorei porque nada mais me importava nesse mundo. A minha vida tinha acabado ali, na nossa clareira.
Within Temptation
Isto é o medo
Isto espera pelo dia que o deixarei.
Para dar uma razão, para dar seu poder.
Eu temo em quem eu estou me tornando,
Eu sinto que estou perdendo o conflito interno.
Eu não posso mais impedí-lo,
Minha força está esvanecendo,
Eu tenho que deixar.
Isto é o medo
Medo da escuridão
Está crescendo dentro de mim,
Que um dia virá a vida.
Tenho que salvar
Salvar meu amor,
Não há escapatória,
Porque minha fé é terror e condenação.
Segure sua cabeça agora,
Apenas me deixe passar.
Não alimente meu medo,
Se você não quiser isto.
Eu temo em quem eu estou me tornando,
Eu sinto que estou perdendo toda a beleza interna.
Eu não posso mais impedí-lo,
Minha força está esvanecendo,
Eu tenho que deixar.
Isto é o medo
Medo da escuridão
Está crescendo dentro de mim,
Que um dia virá a vida.
Tenho que salvar
Salvar meu amor,
Não há escapatória,
Porque minha fé é terror e condenação.
Muito antes isto veio a mim
E desde aquele dia,
Infectou com sua ira
Mas isto acaba hoje.
Isto é o medo
Medo da escuridão
Está crescendo dentro de mim,
Que um dia virá a vida.
Tenho que salvar
Salvar meu amor,
Não há escapatória,
Porque minha fé é terror e condenação.
Capítulo 47 - Ela não me ama mais
Trilha Sonora
Como descrever o meu atual estado de espírito? Caótico! Chega a ser cômico como a vida nos prega peças no momento em que você acha que tudo está certo, que tudo está perfeito e nada ruim poderá surgir. Doce engano!
Ela não me ama...
Deve estar escrito, só pode ser isso! Deve estar gravado em alguma pedra, de algum lugar no mundo, dizendo “Você não pode ser feliz” ou “você está fadado a sofrer pela eternidade” ou ainda “a sua existência será um inferno” . Era isso que eu sentia, eu estava no inferno, Andie me deixou, de novo!
Ela não me ama...
Se fosse só isso..., mas não, não era só isso...o pior é saber o porquê dela ter me deixado...ela...ela não me ama mais!
Ela não me ama...
Minha cabeça latejava, meu corpo não se movia...pra que se mover? Qual o sentido da minha existência mesmo? Pra que andar? Pra que falar? Pra que sorrir? Pra quem sorrir? Eu nem tenho um coração, ou melhor, eu até tenho, mas ele não bate no meu peito...ele bate no peito dela...
Ela não me ama...
Desespero? Não. Dor? Nem perto disso. Então o que? O que estou sentindo?
Ela não me ama...
E agora? Pra onde vou? O que eu faço?
Ela não me ama...
Adiantaria alguma coisa se eu pedir socorro?
Ela não me ama...
Se eu chorar essa dor um dia passa?
Ela não me ama...
Não. Essa dor...não vai me deixar nunca...
Ela me deixou.
-Edward! Edward! Por Deus reaja!! – alguma voz familiar soava longe. – EDWARD! – mais perto – EDWARD!!
Olhei pra cima e me deparei com quem mesmo? Eu a conheço...de algum lugar...Alice...é acho que é isso...minha irmã...eu acho...
-Alice? – era uma afirmativa ou uma pergunta?
-Edward! o que aconteceu? Estou a décadas te sacudindo!! Onde ela está ?
-Hã?! – perguntei desnorteado. Ela quem? Há! Ela!
-É a primeira vez que vejo um vampiro precisar de um médico! – ela esbravejou.
-Eu...não sei...ela...se foi....- gaguejei agora recobrando o pouco que me restava de sanidade.
-Como assim se foi? Eu não vi nada! Do que você está falando? Não acredito que você deixou ela mor...
-Ela não morreu...só...se foi...
-Hã?! Edward você definitivamente não está bem! Fala alguma coisa com nexo por favor!
-Embora! Ela foi embora! – dei de ombros e me levantei.
-Pra onde? E porque você está aqui e não está com ela? O que aconteceu?!!
-Alice, ela se foi, só isso...não se preocupe...ela partiu por vontade própria, e nos deixou, só isso...
-SÓ ISSO?!!! Você bateu com a cabeça? Droga Edward fala direito cacete! Pra onde ela foi?
-Alice, onde estão as crianças?
-Em casa...porque? o que você vai fazer? Vai atrás dela?
-Atrás dela? Porque? Não. Eu só quero ver meus filhos...
*Alice Pov*
Eu acho que o tempo passa e nós ficamos ignorantes. Se nós pensávamos que conhecíamos o mundo vampírico, definitivamente estávamos longe disso. Eu nunca pensei que fosse ver um vampiro enlouquecer. É, Edward está enlouquecendo. E porque? Andie!
Edward agora agia como se nada tivesse acontecido. Como se Andie nunca tivesse existido. Ele não tocava no assunto. Apenas ignorava. Não sabíamos o motivo que a levou a nos deixar. Também não tínhamos pista nem a permissão de Edward pra procurá-la. Ele apenas dizia “ela ficou no passado”
Se você pensava que foi ruim quando ela partiu da primeira vez, dessa fez era deprimente até pra vampiro. A casa parecia um cemitério. Eu não sabia o que fazer com as crianças. Estavam desoladas. Abandonados pela mãe.
Eu voltei ao meu árduo trabalho de vasculhar o futuro. Eu sabia que alguma coisa estava errada, ninguém parte assim do nada, ninguém deixa marido e filhos assim por nada. Tinha que haver uma justificativa lógica pra isso, e com certeza não era boa coisa.
Passou-se um mês e nós estávamos na mesma situação. Edward vivendo para os filhos, e eu vivendo para o futuro.
Within Temptation
Perdoado
Não pude lhe salvar desde o começo
Te amo tanto que dói em minha alma
Você pode me perdoar por tentar de novo?
Seu silêncio me faz prender meu fôlego
O tempo lhe deixou para tras
Oh, por tanto tempo, eu tentei lhe proteger do mundo
Oh, você não pôde enfrentar a liberdade por si própria
Aqui estou abandonado no silêncio
Você desistiu da luta
Você me deixou pra trás
Tudo o que foi feito está perdoado
Você sempre será minha
Eu sei lá no fundo
Tudo o que foi feito está perdoado
Olhei as nuvens se amontoarem
O sol ainda não pode aquecer meu rosto
Eu sei, isso foi destinado para ser errado
Você procurava pela melhor saída
Para espantar seus demônios
Oh, por tanto tempo, eu tentei lhe proteger do mundo
Oh, você não pôde enfrentar a liberdade por si própria
Aqui estou abandonado no silêncio
Você desistiu da luta
Você me deixou pra trás
Tudo o que foi feito está perdoado
Você sempre será minha
Eu sei lá no fundo
Tudo o que foi feito está perdoado
Estive tão perdido desde que você se foi
Por que não eu antes de você?
Por que o destino me enganou?
Tudo se tornou tão errado
Por que você me deixou no silêncio?
Você desistiu da luta
Você me deixou pra trás
Tudo o que foi feito está perdoado
Você sempre será minha
Eu sei lá no fundo
Tudo o que foi feito está perdoado
Capítulo 48 – Volturi
Passados longos minutos, me levantei e caminhei para meu destino cruel.
-Eu disse dez minutos e não uma hora – Victor resmungou me olhando com cara de poucos amigos.
-Ah não? Pensei ter ouvido uma hora, foi mal...- falei sarcástica, ele buffou e comecou a andar.
-Como me achou? – não contive a curiosidade.
-Me juntei aos Volturi novamente – ele respondeu seco. Um calafrio percorreu o meu corpo.
-E o que os Volturi tem a ver com isso? – perguntei temendo a resposta.
-Bom, na verdade eles foram a minha última cartada sabe...,eu não pretendia voltar a ser um deles, mas você não me deu outra escolha. Eu tentei te encontrar sozinho, mas não sou bom rastreador, entao não deu certo, fiquei esses dois anos te procurando. Mesmo sabendo que você foi querendo, foi muito cruel da sua parte me deixar a ver navios sabia? Tem noção de como eu fiquei? Não claro que não! Você estava ocupando o seu tempo no seu conto de fadas!
-Victor...
-Não terminei de falar – ele me interompeu – Eu fui um idiota sabe, passei aquele tempo todo esperando que um dia milagrosamente você esquecesse aquele maldito vampiro e ficasse ao meu lado...eu te queria como companheira e não te forçei a nada...Você só me descartou feito lixo e foi embora, simples assim! E eu ainda assim eu te procurei...eu precisava de você, não estava mais conseguindo raciocinar sem você por perto, isso era irritante! Cheguei ao ponto de voltar pra essa família nojenta e me tornar um monstro de novo!
-Eu...não entendo...
-Não entende? Deixar eu te explicar meu bem...- ele sorriu cínico – os Volturi tem um excelente rastreador sabe...ele se chama Demetri, e eu me juntei a eles em troca desse favorzinho. Só precisei de alguns pertences seus e ele te acharia em qualquer lugar do mundo, isso não é ótimo? E aqui estou! Te levando pra eles! – estremeci com o que fora dito. Como assim me levando pra eles?!
-Co-mo assim? – gaguejei.
-Ah não se preocupe, eles só querem conhecer a humana que vivia com os Cullen...eu não te falei que era contra nossas leis que os humanos saibam de nossa existência? Então, os Cullen agora fazem parte da listinha de inadiplentes sabe...Aro não gostou muito de saber disso...Talvez ele faça uma visitinha a eles...
-NÃO! Você me prometeu!!!! – berrei exasperada, medo e desespero bobulhando em minhas veias.
-Eu prometi, mas eu não sou Aro...- engoli em seco.
-Victor por favor! Eu..faço o que for preciso, mas por favor, mantenha os Volturi longe dos Cullen, por favor! – supliquei e as lágrimas despencaram.
-Se você for uma boa menina, eu posso dar um jeito nisso...- ele falou e sorriu cínico.
-Eu...faço..o que você quiser...- gaguejei.
-Ok eu já entendi, agora sobe aqui, temos uma longa viajem pela frente. – ele me colocou nas costas e correu.
-Pra onde vamos? – perguntei no caminho.
-Volterra, Itália.
-E depois voltaremos pra Austrália? – perguntei relutante.
-Você ouviu alguma palavra do que eu disse?! Eu sou um Volturi Andie, a família Volturi mora na Itália, então é lá que iremos ficar meu bem. – Sinceramente, dava vontade de dar um murro nele e arrancar todos os dentes quando ele fazia essa cara cínica ¬¬
Ele me levou até um hotel, onde estava o tal do Demetri estava esperando. De lá partimos pra Itália, o infeliz do Victor já tinha até pasaporte falsificado pra mim.
Chegamos no maldito castelo dos Volturi e fui então apresentada aos “líderes” da ordem vampírica: Aro, Macurs e Caius. Uma palavra que os definem? Assustadores! Além deles fui apresentada à garota que tranformou o Victor, a Mily, o que posso falar sobre ela? Sem dúvida uma figura interessante. No começo eu pensei que todo mundo iria querer me “devorar”, mas pra meu espanto eu fui tratada muito gentilmente, até demais pro meu gosto. Entretanto, toda essa “receptividade” não me deixou nenhum pouco confortável, eu ainda me sentia dentro de um covil de cobras, e a qualquer momento elas poderiam me morder.
-Esse é nosso quarto – Victor falou me indicando uma porta que ficava no meio de outra porção de portas num imenso corredor. Tudo aqui parecia ser realmente uma espécie de castelo.
Adentrei o enorme quarto, estava impecável. Um calafrio percorria a minha coluna quando pensava que tipo de barbaridades Victor me faria fazer naquele quarto. Não que Victor fosse feio, ou algo do tipo, caso Edward nunca tivesse existido em minha vida, Victor seria uma opção, talvez. Mas Edward existe, e está bem vivo, e é o homem que eu amo, pai dos meus filhos, seria algo realmente torturante ter que ser tocada por outro homem, a força o que é pior.
-Sabe, eu não sei o que se passa nessa sua cabeçinha de vento, mas não me olhe com essa cara apavorada, eu não vou te forçar a nada, e por favor volte a respirar, não quero que dê um ataque – Victor falou e entrou no quarto, se sentando na cama logo em seguida.
-Fazer tudo o que você quiser não é parte do acordo? – suspirei derrotada.
-Oh sim claro, mas não a quero desse jeito. Eu tenho todo o tempo do mundo sabe...serei paciente, bom, pelo menos eu espero que eu seja paciente, mas se eu fosse você eu nao abusaria de minha paciência, talvez ela se esgote cedo...- ele falou e eu engoli em seco. – venha aqui – ele bateu no lado vazio da cama. Obedeci e sentei ao seu lado, rapidamente ele me puxou pro seu colo e recostou suas mãos gélidas sobre minha coxa.
-Eu vou fazer você me implorar pra que eu te toque...- ele falou e apertou minha coxa de leve, subiu a mão por baixo do vestido chegando proximo a minha virilha, eu estremeci, não de prazer, mas de medo. O que esse idiota pensa que está fazendo? Ele não conhece o significado da palavra amor? Ele já deveria saber que eu amo outro e que não iria cair em jogos de sedução baratos.
-Victor, cai na real! Se toca mané! Pra tu me fazer pedir pra ser tocada, tu vai ter que suar viu! – esbravejei e pulei do seu colo. Ele me olhou com uma cara divertida. Do que ele tá achando graça? Não sabia que ser rejeito era engraçado.
-Isso vai ser divertido...- ele riu e se levantou me puxando para um abraço apertado. Fungou o meu pescoço e mordiscou o lóbulo de minha orelha. Ok, estremeci, mas só um pouquinho, não sou de ferro neh ¬¬
-Se não se importa, preciso de um banho...- murmurei tentando me desvencilhar do aperto.
-Quer companhia? – ele perguntou com malícia.
-HÁ HÁ! Hilário! – retruquei sarcástica.
-Se apronte que vou te levar pra comer, ninguém come nessa casa, duvido muito que tenha algo pra você – ele falou e já ia se retirando quando eu o interrompi.
-Não sei se você se lembra, mas não tenho roupas nem porcaria nenhuma – resmunguei.
-Oh, você tem sim, está tudo no closet, vista o que achar melhor. Espero na sala.
Rapidamente tomei um banho, peguei uma roupa qualquer e logo seguimos para um restaurante. Ele me fez uma porção de perguntas sobre o tempo que passei com os Cullen, e eu menti pra caramba, não sou doida de falar a verdade né. Voltamos pra “casa” e ele me deixou no quarto, sumiu por uns instantes e voltou trancando a porta. Estranho. Será que a paciência dele já se esgotou?
-Tome – ele me jogou nas mão alguma coisa plástica. Observei com cautela e franzi o cenho confusa.
-Pra que eu quero uma seringa? – perguntei.
-Preciso de um pouco do seu sangue – que horror! Virei jantar agora?
-HÃ?! – retruquei assutada. Ele suspirou entendiado.
-Andie meu bem, eu não vou tomar o seu sangue. Aro quer saber se você terá alguma habilidade quando eu te transformar. E pra isso a Mily precisa tomar o seu sangue. Se você não tirar um pouco pra mim, ela vai ter que te morder, você escolhe...- ele falou e eu suspirei derrotada. O que diabos eu poderia fazer num covil de vampiros se não fosse servir de refeição? Retirei a porcaria do sangue e lhe enteguei. Ele me deixou sozinha no quarto e não voltou, acabei dormindo.
Despertei com um solavanco, mas ainda era noite. Meu estômago roncou. Será que existe comida nessa joça?
Desci as escadas silenciosamente. Mesmo sabendo que eu seria ouvida e sentida, afinal eu sou a única que tem um coração pulsante nesse “lar”. Passei de “fininho” por uma das imensas salas, e seguí por um corredor escuro, esperando encontrar alguma cozinha. No final do corredor havia uma imensa porta entre-aberta com um pequeno feixe de luz passando. Definitivamente aquilo não era uma cozinha.
Cheguei de “mançinho” e me agachei próximo a porta. Haviam vozes. Os “líderes” e Mily.
-Ela tem que morrer! – Mily esbravejou.
-Acalme-se minha pequena, não sejamos preciptados hum? – Aro.
-Sabe que estou certa! É para o bem de nossa segurança! – Mily.
-Concordo plenamente com a pequena, essa humana é uma aberração! – Caius.
-Ela pode nos ser muito útil...um escudo desse porte, é explêndido! Uma defesa absoluta! Ninguém ousará se voltar contra nós, vocês não enchergam isso?! – Aro.
-Aro, ela não será só um escudo! Será um espelho! Extremamente perigoso e letal! Imagine o que ela não fará? Visualiza! Ela não só bloqueia qualquer ataque mental, como bloqueia os físicos e ainda reflete os ataques! Isso é um absurdo! Ela tem que morrer! – Mily.
-O que garante que ela ficará ao nosso lado depois de se tornar vampira? E com esse poder ela derruba todos nós com facilidade...é imprudente transformá-la – Marcus.
Ok! Respira, inspira, respira, inspira. É, eu sei, eu tô pirando! Eles estão falando de mim? Se eu virar vampira eu vou ficar tão forte assim? Isso...isso é PERFEITO!!! Nada poderia ser mais perfeito do que isso! Eles me transformam, eu fico super-ultra-mega-power acabo com a raça desses imundos e volto pra minha família feliz! Certo, eu preciso respirar...preciso me segurar pra não gritar de alegria, pra não dar na telha, não posso mostrar as minhas intenções...ok, ok, o que eu faço agora? Fico aqui? Não, não! Devagarinho, um passinho de cada vez eu vou voltando pra trás...Pera aí, pera aí, pera aí. PÁRA TUDO!! Se Victor não está no quarto, e não está aqui, onde ele tá?
AHHHHHHH! Uma mão gelada pressionou minha boca e a outra agarrou minha cintura. Ah meu Deus! Vou morrer! Tô na merda!
-Shiii – Victor. Ainda bem que tapou minha boca, porque do susto que eu tomei...
Rapidamente ele me rebocou pro quarto ainda me apertando contra seu corpo.
-O que pensa que está fazendo? Ficou louca? – ele sussurrou baixinho.
-Eu...estava...com...fome – sussurrei me tremelicando toda.
-Não te falei que aqui não tem comida? Eu estava providenciando isso! – ele falou ainda em sussurros.
-Eles querem me matar Victor! Eles não vão me transformar! – sussurrei amendrontada.
-Hei, isso eu não vou permitir entendeu? Se eles não te transformarem, você não precisa morrer, basta continuar humana...- ele falou enquanto colocava suas mãos em meu rosto.
Ok, vamos raciocinar...Se eles não me matarem, e não me transformarem, eu continuo humana...isso seria ótimo em outra ocasião, mas nessa eu precisava ser transformada! Isso já era uma necessidade! De que outra forma eu conseguiria sair desse covil?
-Você não vai me transformar? – perguntei temerosa.
-Não depende de mim...Eu pensei que você não quisesse ser uma vampira...porque esse interesse tão repentino? – ele perguntou desconfiado.
-Hã? Er..nada oras...eu só...achei estranho...você disse que iriamos ficar...juntos...pela eternidade lembra? – gaguejei.
-E você nunca disse que queria...diga, o que te faz mudar de opinião? – ele continuou incisivo.
-Eu não disse que mudei de opinião...só fiquei curiosa...- dei de ombros tentando não transparecer a mentira.
-O que você ouviu lá embaixo? – Merda! Ele não brinca em serviço!
-Hã? Na-da...- gaguejei, ele sorriu cinico.
-Você é péssima com mentiras sabia? Tá achando que pode se livrar de mim só porque seria uma vampira poderosa? Não tá esquecendo nenhum detalhe não? – ele sibilou sarcástico.
-Imagina...temos um acordo...não pretendo quebrá-lo...- menti.
-Bom mesmo...eu não poderia te defender caso você resolvesse fugir ou algo assim...muito menos a sua família querida....- ele sorriu torto e eu congelei amedrontada. Definitivamente, eu tô na merda!
Ah, mas isso não vai ficar assim! Vou sair daqui nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida! Só preciso de um plano!
Ok, como sair de um covil de vampirões, sem ser notada, sendo que você é a única habitante com coração pulsante, e ainda por cima doente? Não faço a mínima idéia ¬¬
Certo, partindo do ponto zero novamente, acho que preciso de uma distração! Isso! Uma distração e eu tô fora! Que tipo de distração? Humanos! Tudo o que eu preciso é de mais um coração pulsante! Mas onde? E como?
Eles se alimentam de humanos certo? Certo! Então eu só preciso raptar um dos coitados...Eu raptaria um, o vestiria com minhas roupas, pra deixar meu cheiro...Colocaria no meu banheiro...Quanto tempo levaria pra eles descobrirem? Seria um tanto cruel deixar o humano lá pra me substituir, ele iria acabar morrendo...uma vida pela outra...cruel...Ele iria morrer de qualquer jeito, então não faria diferença ¬¬
Voltando pro plano, onde eu iria arrumar o humano? Preciso observar, era isso que eu iria fazer, observar cada passo dado por eles, cada hábito, deveria haver alguma rotina...
Os dias foram passando, e até onde eu sei ficou decidido que eu não seria transformada. Continuaria humana, eu me tornei a excessão à única lei vampírica. A única humana que foi concedido o direto de saber da exitência dos vampiros. Victor seria o responsável por me manter de boca fechada.
Duas semanas se passaram, algumas coisas interessantes aconteceram. Victor estava jogando todas as suas cartas pra me levar pra cama. E vou te falar, se eu não fosse tão fiel e apaixonada por Edward...certamente eu já teria cedido aos “encantos” de Victor. Ele é extremamente sexy, lindo e gostoso, não vou mentir né! Sabe o que ele anda aprontando? Ele fica andando nú, na minha frente. NÚ! É quase impossível não babar naquela beleza tentadora, mas claro que eu não ia cair em tentação. Meu pobre coração está fechado pra balanço...
Outra coisa que descobri quase que por acaso, a Mily é arriada os quatro pneus pelo Victor, quem não seria né? Era tão visível pelo jeito que ela o olhava, e o retardado nem percebia, quase tive pena dela...quase. Se não fosse pelo jeito que ela me trata...a miserávi me olha como se eu fosse um monte de bosta. Acho que era ciúmes ¬¬ Não tenho culpa se sou um pequeno ímã pra vampiros lindos....
Descobri que o “alimento” deles chega uma vez a cada 15 dias. E a forma como tudo acontecia era um tanto bizarra. De dar calafrios. Eles eram amontoados num salão de festas. E os vampiros literalmente faziam a festa...
Bolei meu plano maquiavélico, que deveria por em prática daqui a 15 dias. Seria uma única tentativa, Se eu falhasse...poderia estar arriscando não só a minha vida, e isso eu não ia permitir...morreria se fosse preciso, mas nada nem ninguém levantaria um só dedo contra minha família.
Chegou o grande dia da fuga e tudo comecaria com Victor.
-Victor estou com um pequeno probleminha. – falei me sentado ao seu lado na cama. Ele estava lendo, nú ¬¬
-Hum? – ele parou de ler o livro e me olhou de canto de olho.
-Não estou me sentindo bem sabe...acho que estou ficando doente...então fiz uma listinha de algumas pra você comprar pra mim...- sorri amarelo.
-Peça pra Demetri ou qualquer outro desocupado...- falou e voltou sua atenção pra porcaria do livro.
-Victor! Estou te falando que estou doente e você nem liga...- falei manhosa – e tem coisas que só você pode ver...coisas de mulher sabe...você não quer que os outros homens fiquem xeretando a minha vida né? – ele suspirou derrotado.
-Tá, cadê a porcaria da lista? – ele perguntou a contragosto.
-Aqui! – lhe enteguei uma lista quilométrica, cheia de remédios e bugingangas que nem existem. Certamente daria bastante trabalho e o manteria longe por muito tempo.
-Hei, você disse uma listinha! Olha o tamanho disso! – ele resmungou.
-Fala sério Victor, o que é uma listinha pra um vampiro? – retruquei vitoriosa, ele buffou e saiu peladão pro closet. Minutos depois saiu para as compras.
Assim que ele saiu, corri escada a baixo atrás do meu próximo alvo. Mily. Nesse exato momento ela deveria estar trazendo o “alimento”. Dito e certo! A encontrei logo quando ela fechava a porta do salão de “festas”.
-Hei...Mily, poderia me fazer um favor? – perguntei sorridente.
-O que quer? – ela perguntou secamente.
-O imbecil do Victor tá precisando sair, mas a calça que ele quer usar sumiu...agora ele tá lá no quarto andando pra lá e pra cá nú, e não sai até não achar as malditas calças...queria saber se de repente você não viu por aí as calças dele? – Ela estancou pensativa, piscou algumas vezes seguidas, e nesse momento eu já sabia, ela mordeu a isca.
-Espera, espera, espera, você disse nu? – ela perguntou arregalando os olhos.
-É, ele sempre anda nú pelo quarto sabe...,porque? algum problema? – fiz a minha melhor cara de desentendida.
-Er...não...hum...bom...er...eu acho...que vi...a calça...eu...vou levar pra ele...- ela sorriu amarelo e correu escada a cima. Mentirosa! Não tinha calça nenhuma, óbvio que ela não perderia a chance de ver o Victor nú em pêlo.
Hora da parte 3 do plano. E essa teria que ser absurdamente rápido, afinal Victor nem em casa estava. Logo, logo a Mily voltaria frustrada. Rapidamente entrei no cômodo repleto de gente. Todo mundo desnorteado, coitados. Peguei o primeiro que vi pelo braço e fazendo sinal com o indicador,pedi que fizesse silêncio. Arrastei o infeliz até o próximo cômodo e nos tranquei lá. Agora só tinha que esperar a Mily passar cuspindo fogo. Dito e certo, ela passou voando pelo corredor, pisando forte e xingando a torto e a direita. Quando a porta do salão foi aberta e fechada novamente, eu botei a cabeça pra fora e não havia ninguém a vista. Arrastei o pobre coitado escada a cima e nos tranquei no nosso quarto.
-Vo-você vai me tirar daqui? – o sujeito gaguejou quase chorando. Me partiu o coração, mas não poderia mais voltar atrás.
-Vou –menti – vista essas roupas – ordenei.
-Mas...são de mulher – ele retrucou.
-Por isso mesmo, isso é um desfarce oras! – menti de novo. Ele prontamente vestiu as roupas. Eu vesti apressada roupas de Victor, afinal seria mais sensato cheirar a vampiro.
-Agora fique aqui nesse banheiro. Ligue o chuveiro e tranque a porta. Só saia quando eu mandar. Se alguém chegar e perguntar qualquer coisa, você não responde, entendeu? – ele me olhou com um misto de medo, desconfiança e desespero.
-Tá – ele respondeu por fim. Me encaminhei pra janela e parti.
Trilha Sonora
Essa seria a parte mais dificil. Passar pela guarda. Me esgueirei pelos cantos escuros do castelo. Pra minha sorte só haviam dois vampiros distraidos olhando o traseiro de uma vampira espivitada. Passei rapidamente por eles, usando minha velocidade sobre-humana. Agradeci mentalmente por ser horário de pico, e a cidade próxima do castelo estava apinhada de gente. Era um dia extremamente quente e o sol borbulhava evitando que os vampiros ficassem passeando pela cidade.
Eu não tinha passaporte, documentos nem dinheiro, portanto seria impossível tentar sair do país de maneiras convencionais. Poderia roubar um carro, mas uma hora iria acabar passando por um posto policial, e aí eu estaria na merda.
Reuni o pouco de energia que me sobrara e corri. Definitivamente era a única coisa que poderia fazer, correr e evitar que algum vampiro me alcancasse. Eu só teria que atravessar o país, me distanciar o máximo até estar segura o suficiente pra entrar em contato com os Cullen, e finalizar com a quinta parte do meu plano. A idéia de realizar essa etapa do plano ainda me assustava, mas era necessário, faria qualquer coisa para proteger minha família.
Já se passaram 3 horas desde que comecei a correr, já não sabia mais onde estava, mas quem se importa? Precisava me distanciar, era só isso que eu tinha que fazer. Mas como sempre, alguma coisa tem que dar errado, minhas forças estavam indo pro espaço.
Minhas pernas comecaram a fraquejar, e o ar passava com dificuldade pelos pulmões. Ainda assim não poderia parar, não poderia falhar, não agora...Então corri, mais e mais. Sentia a tremedeira percorrer todo o meu corpo, mas quem se importa? Suor frio, o pulso fraco...quem se importa? Tem coisas mais importantes esperando por mim, e não é uma fraqueza que vai me fazer parar...
Estava percorrendo os limites de alguma cidade desconhecida, numa estrada pouco movimentada. Já não fazia idéia se estava andando ou parada. Nem sentia minhas pernas. Vi o mundo girar, uma coisa dura bater embaixo de mim, talvez eu tenha caído no chão, mas não sei...Eu só precisava chegar a algum telefone, só precisava de um simples telefone, mas onde eu acharia a porcaria de um telefone se eu nem sinto mais o meu corpo? Droga!
Vamos Andie, reaja, só mais um pouco! Levante-se! Só mais um pouco! Vamos corpo mexa-se, mexa-se, não me deixe não mão, não agora!
Tum.Dum... Tum.Dum... Tum.Dum... Tum.Dum...
Ouvia apenas a batidas fracas do meu coração...
Tum.Dum... Tum.Dum... Tum.Dum...
Quando eu pensava que as coisas não estavam nada boas, sinto meu coração parar...
Tum.Dum... Tum.Dum...
É assim que tem ser? Nunca tive medo da morte, mas morrer longe daqueles que você ama me parecia cruel...sombrio...
Tum.Dum...
Eu estava morrendo.... e tudo o que eu podia fazer era esperar. Tudo o que eu tinha me foi roubado. Tudo o que podia fazer me foi vedado. Cheguei ao fundo do poço? Eu...queria ter conseguido...Eles estariam esperando por mim?
....
Capítulo 49 - Morta
Trilha Sonora
*Alice Pov*
Nunca pensei que fosse sofrer tanto. Nunca pensei que presenciaria um dos dias mais infelizes de minha pobre existência. Sim, infeliz do dia em que vi...do dia em que a vi...Morta.
Estava sentada no sofá ouvindo o dueto de Edward e Lucian. Edward ao piano e Lucian ao violão. Seria uma cena linda, mas pra mim soava depressivo, o ar era depressivo, a casa era depressiva, a música era depressiva, tudo parecia estar envolto de um manto negro e sombrio.
Eu nem a estava procurando, mas ela veio ao meu encontro. Uma visão tão clara e certeira. A decisão fora tomada. Ela fugindo, voltando pra casa, voltando pra sua família querida.
Imediatamente o som que nos envolvia cessou. Edward estava vendo. Dúvidas surgindo...Do que ela fugia? De quem ela fugia? E porque ela fugia?
Mas sim, estava claro, ela estava fugindo. De volta pra nós. Isso era bom, não era?
Seria ótimo se ela tivesse conseguido chegar...mas ela não chega...ela nunca chega...nem chegará... Ela para, ela pende, ela cai...ela fica...
Morta.
Mas isso era no futuro...isso poderia mudar....poderia?
Quando voltei de meus devaneios, Edward continuava em sua posição ao piano, Lucian no vácuo, e eu checando as possibilidades. Sim, haviam possibilidades. E eu mexeria mundos e fundos pra alterar esse futuro sádico e cruel.
Enfim Edward se levanta, e seus olhos não mostravam nada além de desespero, medo, culpa, dor...oh sim, muita dor... Ele nada disse, ele não estava mais aqui, estava perdido, em algum mundo próprio, em algum refujo particular.
-Edward...- sussurrei.
-Eu...poderia...ter...evitado...ela ainda estaria aqui...- ele gaguejou tentando segurar os soluços.
-Edward não seja idiota, não aconteceu ainda...- mumurei passando as mãos por seus ombros.
-Alice, vai acontecer...estava tão claro, tão óbvio! Ela se foi, e a culpa é minha! – ele caiu de joelhos no chão derrotado.
-Ela não se foi Edward! Temos tempo! Podemos mudar isso! – soluçei tentando reanimá-lo sem sucesso, ele estava entorpecido com a própria dor.
-Se você prefere ficar aí sofrendo fique, eu vou mudar isso! E Lucian, você vem comigo! – ordenei e ele me olhou perdido.
-Eu...não estou entendendo nada...o que aconteceu? – Lucian perguntou desorientado.
-No caminho eu explico, pegue seus documentos, estamos de partida! – ordenei e rapidamente estávamos a caminho do desconhecido. Eu não fazia idéia de pra onde ir. Mas restava pouco tempo, uma visão assim tão lúcida ocorreria dali a poucas horas. Contava com a sorte de no caminho me acomenter outra visão, e descobrir aquele maldito lugar.
A caminho do aeroporto fui contemplada com outra visão. E nela Andie arquitetava seu plano. Distrair, correr e ligar. Esse era o plano. Mais uma visão e nela presenciei o absurdo, Andie e os Volturi. Itália.
Partimos pra Itália. Pelo que pude observar nas visões ela estaria a algumas horas de distância de Volterra. Com sorte chegaríamos a essa estrada desconhecida.
Desenbarcamos algumas horas depois e sem pestanejar, joguei Lucian nas costas para evitar que ele se cansasse sem necessidade, corri. Seria tão mais fácil se Edward tivesse conosco, ele era muito melhor corredor, mas estava sozinha nessa. Não estragaria essa mínima chance que eu tinha de salvá-la.
Corri sem rumo, percorrendo os limites das cidades próximas a Volterra. Para então encontrá-la. Exatamente como vi. Estirada no chão. Ela tinha uma feição tão dolorida, tão sombria...
-Lucian, precisamos reanimá-la! – falei e o coloquei no chão. Ele a olhou assustado e rapidamente correu até ela. Checou o pulso e me olhou aflito.
-Sem pulsação...- ele sussurrou como se tivesse um nó na garganta.
-Chegamos tarde.
Dolores O´Riordan
"Menina dos meus olhos"
Enquanto os dias passam
A menina dos meus olhos
Eu sempre esperarei por você
E quando um novo dia amanhece
A escuridão vai embora
E eu sempre esperarei por você
Lembro, lembro
Do seu rosto
Me entrego, me entrego
Ao seu toque
Bem, é difícil segurar
O quarto está ficando frio
As velas ainda estão tremeluzindo
E o que eu não faria
pelo seu amor?
Você esperaria por mim?
Lembro, lembro
Do seu rosto
Me entrego, me entrego
Ao seu toque
Enquanto os dias passam
A menina dos meus olhos
Eu sempre esperarei por você
E quando um novo dia amanhece
A escuridão vai embora
E eu sempre esperarei por você
Lembro, lembro
Do seu rosto
Me entrego, me entrego
Ao seu toquebr>
Trilha Sonora
*Edward Pov*
Ver aquela cena foi pior um milhão de vezes do que perdê-la pela segunda vez. Ela lá, estirada, morta...morta...morta...
Sempre pensei que na hora H, eu a traria de volta. Sempre pensei que ela ficaria viva, mesmo que me odiasse, ainda assim eu a transformaria. Eu a deixaria viva...
Mas nunca imaginei que ela fosse me deixar tão distante de mim...não haveria como mudar isso, haveria? Seria possível encontrá-la antes?
“Edward não seja idiota, não aconteceu ainda..”
As palavras de Alice martelavam em minha cabeça, e eu queria acreditar naquelas palavras...eu precisvaa acreditar...Haveria uma segunda chance pra nós?
“Ela não se foi Edward! Temos tempo! Podemos mudar isso!”
Como mudar esse futuro trágico? Oh céus ela estava voltando pra mim...ela estava voltando pra mim...ela ainda me ama....ela ainda me ama...
Mas eu a perdi....eu a perdi de novo...
Mas eu ainda a quero...eu preciso...preciso dela, comigo e pra sempre...era assim que tinha ser, não era?
Porque as coisas não poderiam acabar como em contos de fadas? Eu e ela pra sempre...teria que ser assim, não teria?
“Ela não se foi Edward”
“Temos tempo”
Oh sim, tem que haver tempo...e eu a trarei de volta pra mim...de volta pra casa, de volta pra nossa família...
James Blunt
Eu te levarei pra casa
Problema é o seu único amigo e ele está de volta novamente
Deixa seu corpo mais velho do que realmente é
E ela diz que esta tarde, ela precisa ir
Não temos muito o quê dizer nesse momento
Problema é que o único caminho é para a tristeza, tristeza, tristeza
Tão forte como você era
fragilmente você vai
Estou vendo você respirar
pela última vez
Uma canção para seu coração
Mas quando ele está tranquilo
sei o que significa
Eu te levarei para casa
Se ela tivesse asas ela voaria para longe
E algum outro dia Deus lhe dará
Problema é o único caminho para a tristeza, tristeza, tristeza
Tão forte como você era
fragilmente você vai
Estou vendo você respirar
pela última vez
Uma canção para seu coração
Mas quando ele está tranquilo
sei o que significa
Eu te levarei para casa
Eu te levarei para casa
E todos nasceram bonitos em nova york esta noite
E a filhinha de alguém foi tirada do mundo esta noite
Sob as estrelas e listras
Tão forte como você era
fragilmente você vai
Estou vendo você respirar
pela última vez
Uma canção para seu coração
Mas quando ele está tranquilo
sei o que significa
Eu te levarei para casa
Eu te levarei para casa
Capítulo 50 - De volta pra casa
*Alice Pov*
-Lucian, precisamos reanimá-la! – falei e o coloquei no chão. Ele a olhou assustado e rapidamente correu até ela. Checou o pulso e me olhou aflito.
-Sem pulsação...- ele sussurrou como se tivesse um nó na garganta.
-Chegamos tarde.
-Co-mo assim? Não!!! Não!!! – Lucian berrou exasperado. Me aproximei do corpo inerte e só pra desencargo de consciência chequei o pulso.
-Lucian ficou louco? Claro que tem pulsação! Fraquíssima, mas tem! – rapidamente comecei a massagear com força o seu peito.
-Eu...vou tentar reverter...- ele gaguejou e rapidamente repousou suas mãos sobre o tórax dela.
-Acho que tá melhorando! – ouvimos as batidas ficarem um poquinho mais fortes. Mas era tão ífimo que não era motivo de comemoração. Se continuasse assim ela morreria mais cedo ou mais tarde.
-Droga, se Carlisle estivesse aqui...vamos Lucian, faça o que você faz de melhor, cure-a!!! – berrei exasperada.
-Estou tentando, estou tentando!!! – ele berrou desesperado.
Enquanto ele tentava ressucitá-la, eu esperava ansiosa. Medo e desespero se apoderando de mim, e não via outra alternativa. Eu teria que agir...não sabia até onde ia meu auto-controle, mas teria que tentar...Os segundos que se passavam pareciam dias, o tempo estava se esgotando, ela não reagia...
-Nada?! – perguntei angustiada.
-Acho que é culpa do dano acumulado...não é recente, então não posso curar...- ele sussurrou derrotado. Engoli em seco, era agora...
-Afaste-se! – ordenei, ele obedeceu assutado.
-Tia Alice...- ele sibilou e eu não ouvia mais nada ao meu redor, eu teria que fazer isso e não sabia como, mas era preciso, a única forma de salvá-la, e teria que ser agora...
-Alice, deixe-a...eu faço isso – uma voz conhecida invadiu o ambiente. Levantei minha cabeça que repousava no pescoço de Andie, e o vi. Edward. Como diabos ele veio parar aqui?
-Co-como você chegou aqui? – perguntei confusa.
-Depois eu explico, não há mais tempo não é? – ele se aproximou do corpo e sem mais delongas a mordeu. O que ele sempre quis fazer, num momento tão crítico e tão necessário, ele a mordeu.
Mordeu seu pescoço, pulsos, tornozelos. Deixou que seu veneno a invadisse. Novamente o tempo parecia ter parado. Medo. Sim ainda havia o medo. Se o veneno não agisse rapidamente, ela poderia sucumbir.
E assim permanecemos até que seus gritos histéricos ressoaram. O veneno fazia efeito. Ela gritava de dor, mas nós gritamos de felicidade, afinal ela estava viva. E em breve conosco, e uma de nós. Vampira.
Levamos seu corpo que ainda clamava com a queimação dolorosa para uma cobertura distante da cidade. Edward permaneceu com ela enquanto eu e Lucian providenciamos um carro grande para transportá-la. Pegamos vestimentas pra ela e alimento pra Lucian. Partimos com ela ao fundo no colo de Edward, eu e Lucian na frente. Pegamos a estrada e nos distanciamos o máximo possivel de Volterra.
Passamos 3 longos dias andando sem rumo por estradas desertas. Três dias estes em que ocorria a transformação de Andie.
/ Alice Pov
Senti uma última pontada e dolorosa queimação no peito. Senti meu coração congelar. Oh céus, finalmente parou. Nunca imaginei sentir tamanha dor, era assim o inferno? Sentiria esse fogo me queimar eternamente?
Abri meus olhos e cosntatei que definitivamente eu não estava no inferno. Não quando se tem dois pares de topázios me olhando com tanto amor. Não quando se tem um par de águas marinhas se debrucando em lágrimas. Oh céus, não, sim, sim, eram eles. Edward! Alice! Lucian! Um sonho? Não! Não era um sonho!
-Er...oi? – que horror, foi só isso que consegui dizer?
-Como se sente? – Alice perguntou empolgada.
-Viva? – era pra ser uma afirmativa.
Nada mais foi dito, afinal eu fui esmagada contra um peito quente, sim estava quente, e era aquele tão conhecido peito, Edward. Ele me abraçou, e beijou meus cabelos e soluçava. E eu ri, minto, eu gargalhei. Edward afastou pra me fitar e estava confuso.
-Eu...nunca pensei que fosse conseguir completar a quinta parte do meu plano...e aqui estou...exatamente do jeito que eu planejei...isso é...engraçado...- falei e eles ainda se mantiveram confusos.
-A quinta parte do plano era que você me transformasse Edward. Afinal, ainda temos uma família pra proteger, e eu morta não seria útil, Victor virá atrás de mim... – concluí, eles relaxaram mas ainda confusos.
-Mamãe...- Lucian me abraçou entre soluços e eu calmamente o afastei pois senti minha garganta queimar. Sede. E havia um coraçãozinho pulsante me abraçando.
-Edward! – reclamei e ele entendendo minha súplica retirou Lucian de perto. – Isso foi muito imprudente de sua parte! Preciso caçar...- conclui e Alice riu.
-Já está no clima hein! – ela brincou.
-Alice fique com Lucian, eu a levarei pra caçar, depois nos reuniremos pra conversar...- ele falou e segurou minha mão. Oh, que sensação maravilhosa, sentir as suas mãos...quanta saudade eu senti...
Corremos para uma região distante, onde aparecia uma pequena floresta. Não precisei de instruções de Edward, já tinha o visto caçar, sabia o que fazer. Não foi difícil encontrar animais, me alimentei o máximo que pude. Não queria correr o risco com meu filhote por perto. Voltamos em silêncio para o carro.
Ficamos nos entreolhando por uns instantes até que eu quebrei o gelo. Contei pra eles toda a verdade. Desde o aparecimento de Victor até a minha fuga. Contei todos os detalhes e Edward pirou, pra variar. Ele se culpou por ter acreditado no mundo de merda que eu falei pra ele. Sinceramente, ele merecia uns tapas por ter acreditado, depois de tudo que a gente passou acreditar que eu não o amo mais, que ridículo!
Alice contou como chegou até mim, e Edward falou que seguiu o rastro de Alice após se decidir que deveria me trazer de volta. Chegou ao aeroporto logo atrás dela e chegou apenas a tempo de ouvir que ela viajaria pra Volterra. Pegou o vôo que partia logo após o de Alice e seguiu o rastro até nós.
Decidimos seguir a pé e esperar por Jasper com documentos e dinheiro. E assim pudemos voltar pra casa. Como era de se esperar, fomos recebidos com muita alegria e amor. Não tinha como descrever a felicidade que senti ao rever toda a minha família. Meus filhotes, meu esposo. Minha vida de volta.
Não me incomodei muito com o fato de ser vampira. Era diferente, mas não era o fim do mundo. Descobri que era mais forte que os outros. E que realmente possuía uma habilidade que me permitia uma defesa absoluta, mental e física. Além de atuar como espelho. Era realmente interessante, me sentir capaz de proteger aqueles que amo. Não tive dificuldades em controlar minhas habilidades, em apenas dois dias eu já sabia exatamente o que fazer. Estava preparada. Uma hora ele viria se vingar, mas eu estaria pronta.
Decidimos ficar reunidos na casa dos Cullen. Estávamos aguardando a chegada dele. E ele veio. Não estava certa se eu queria matá-lo, afinal ele fez parte de minha vida, mesmo agindo como um monstro, ele foi importante um dia...
Capítulo 51 - Edward vai ao chão?
Estávamos distraídos, jogando conversa fora na frente da casa Cullen. Meus filhos estavam jogando vídeo game com Emmet e Jasper. O resto estava conosco. Num momento estávamos rindo, no outro todos se calaram, não por vontade própria, estavam hipnotizados. Victor, tolo. Mal sabia ele que eu poderia estender as minhas defesas.
Rapidamente desfiz a hipnose sobre eles até que Victor surgiu no nosso campo de visão, com uma expressão cômica de pura confusão.
-Oh, então você veio...- falei sarcástica.
-Você estende as suas defesas? – ele perguntou ainda confuso.
-Que foi? Tá com medinho agora? Pensou que chegaria e me levaria assim fácil como da oura vez? – eu falei, ele riu torto.
-Eu não vim te levar – ele falou com malícia.
-Me matar então – afirmei secamente.
-Não...na verdade eu estava mais interessado em matar sua família...- ele falou cínico.
-Você pode até tent...- ia falando mas fui interrompida pelo passos rápidos de Edward que voaram pra cima de Victor. Não tinha percebido até esse momento que ele estava em fúria ao ver o vampiro que me tirou dele.
Victor se esquivou de um ataque frontal com facilidade e sorriu cínico.
-Hei, isso não é justo! Você tem um escudo – Victor retrucou sarcástico. – não é homem o suficiente pra decidir isso no mano a mano? – ele provocou e Edward rosnou.
- Baixa o escudo Andie! – Edward berrou aceitando a provocação de Victor.
-Nem pensar! Ele veio morrer por que quis! Se você não matá-lo eu mesma o faço Edward – retruquei mantendo o escudo. Edward me olhou furioso e eu engoli em seco.
-Não vou falar mais uma vez, baixa a droga do escudo! – Edward berrou e voltou a posição ofensiva frente a Victor.
-Oh, estamos estressadinhos hein...- Victor zombou cínico. Não entendia porque ele estava tão tranqüilo...Provavelmente contando com seus 200 anos de experiência. Mas nada aconteceria de ruim, Edward lia pensamentos isso era uma vantagem, não era?
Baixei o escudo temerosa. Não me perdoaria se algo de ruim acontecesse com ele, eu não permitiria.
Ficamos todos na expectativa. A luta na verdade era um tanto enfadonha, não haviam muitos movimentos bruscos. Era tudo devidamente calculado, passo por passo. Uma falha e poderia ser fatal. Eles se movimentavam em círculos, olhando fixamente nos olhos, atentos a qualquer movimento.
-Então Cullen, gostaria de saber o que vai acontecer a sua querida família quando você morrer? – Victor perguntou cínico.
-Minha família está segura, e não será você que mudará isso! – Edward rosnou em fúria.
-Segura? Sério? Eu não teria tanta certeza assim...Sabe o que vai acontecer quando você for ao chão? Sua linda esposa vai pender as defesas inconscientemente e todos irão morrer! Todos!! – Victor gargalhou maquiavélico. Um calafrio percorreu minha espinha e em teoria o que ele falava fazia sentido, afinal quem conseguiria se concentrar vendo a pessoa que ama indo ao chão?
-Veremos! – Edward rosnou e Victor gargalhou ainda mais.
-Você é tão jovem Cullen! Não tem experiência com lutas não é? Se soubesse o quão patético é! – Victor provocou sarcástico.
-Não preciso de experiência pra derrubar um imundo como você! – Edward retrucou impaciente.
-Veremos meu jovem! Veremos! – Victor gargalhou e inesperadamente proferiu um ataque frontal se chocando com Edward. Provocou um estrondo e o choque de ambos no solo abriu uma cratera, fazendo estilhaços e pedras voarem.
Olhei assustada para os dois proferindo ataques sucessivos. Tudo acontecia tão rápido que não conseguia distinguir quem tirava vantagem. Ouvia-se os sons estrondosos de impacto, e no momento seguinte toda minha sanidade me abandonou.
Edward estava prostrado de joelhos, a cabeça no solo, Victor atrás o imobilizando com um joelho nas costas de Edward. Segurava as mãos de Edward pra trás e pressionava pra cima. Senti o ar me fugir dos pulmões, um medo iminente e meus escudos caíram. Edward foi ao chão?
- EDWARD!!! – só consegui ouvi os gritos amedrontados da família. Minha garganta secou e não consegui proferir uma palavra.
No instante seguinte o silêncio. Estavam todos hipnotizados. Silenciados por Victor, que olhava pra mim vitorioso.
-VICTOR PARE!!! PARE POR FAVOR!!! – berrei a beira da histeria.
-Oh...agora que estou me divertindo? Olha só como é divertido...- ele puxou os braços de Edward com força chagando a estalar os ossos.
-OH MEU DEUS PARE!!! MATE-ME, MAS DEIXE-OS POR FAVOR, MATE-ME!!! – gritei desesperada, incapaz de levantar os escudos. Inútil! No final eu fui uma inútil!
-PAPAI !!! – me assustei quando ouvi os gritos histéricos de Selene e Lucian. Eles não estão sob o efeito de Victor?
-Vão pra dentro de casa agora!! – ordenei desesperada. Merda ele iria machucar meus filhos!
-Papai? – Victor perguntou confuso, olhou pra Edward e pra mim alternadamente e depois sorriu cínico. – Oh! Interessante! São seus filhos Andie? – engoli em seco e permaneci calada, provavelmente minha feição apavorada me denunciou. Ele gargalhou maquiavélico.
-Victor, por favor...é a mim que você quer, deixe-os – implorei.
-Larga ele! – Selene berrou e começou a correr em direção a Edward. Ela estava sem luvas.
-Selene não!!!! – ela correu até o pai, Victor não se moveu, não prevendo o perigo que corria.
-Larga ele!!! – ela berrou novamente e tentou tirar as mãos de Victor de Edward, sem sucesso. Victor sorriu achando graça da tentativa chula de uma criança. Mas cessou o riso quando sentiu suas mãos queimarem.
Rapidamente ele largou Edward e sacudiu as mãos tentando cessar a corrosão, sem sucesso. Ele olhou furioso para Selene.
-O que você fez sua pirralha?!! – ele berrou e levantou a mão para bater nela. E num ato desesperado eu forcei meu escudo e ele subiu, Victor chocou sua mão na parede transparente levantada. Rosnou de dor, pelo choque e pela queimação. Sua mão estava virando cinzas e meus escudos subiram.
Os Cullen saíram do transe, mas Edward continuou estático no chão. Lucian correu ao seu encontro e rapidamente reverteu o estrago nos braços. Mas Edward não reagia. Corri até ele e o tomei nos braços. Ele mantinha os olhos fechados.
-Edward...está tudo bem, reaja! – falei em seu ouvido, e ele não respondia. Seria culpa? Vergonha? – Não sinta-se culpado meu amor...nem sempre vencemos uma luta meu bem...por favor, não se sinta assim...o importante é que estamos bem hum? Reaja meu amor!
-Desculpe...-Edward sussurrou e me olhou, uma feição tão arrasada que me partiu no meio.
-Não tem do que se desculpar querido, estamos todos bem sim? Agora eu preciso que se levante e dê um jeito nesse monstro, ele sumirá em instantes, mas até lá não quero ficar escudando sua dor...é...demais pra mim...- enquanto eu falava com Edward, Victor estava no chão berrando, seus braços já haviam sumido...era uma situação realmente bizarra, mas não seria eu que interviria por quem causou tanta miséria a mim e a minha família, não, eu não teria misericórdia.
Edward se levantou, olhou tranquilamente pra Victor, e com um gesto de cabeça acenou para Emmet e Jasper para que o seguisse. Eles pegaram Victor que xingava tudo e todos e desapareceu na mata.
Todos relaxamos, afinal estava acabado. Pelo menos por hora.
Epílogo – No final tudo dá certo.
Depois daquela batalha trágica não se falou mais nisso. Apenas Edward que vivia resmungando pelo fato de ter perdido uma luta. E agora pra meu total desagrado ele vivia se pegando com Emmet e Jasper, dizendo que treinaria pra que não se repetisse na próxima vez. Até parece que haveria uma próxima vez ¬¬
Voltamos pra nossa querida casa. E retomamos pra nossas atividades normais. Descobri umas coisas tão interessantes depois de virar vampira...o nosso tato fica tão aguçado, e sabe o que isso significa? Significa que eu me tornei bem mais sensível a certos estímulos, se é que vocês me entendem...se eu já gostava de me “pegar” com Edward, imagine agora que o negócio ficou melhor... A verdade é que são poucas coisas que conseguem me desgrudar do meu vampirão sabe...só coisas realmente importantes, como nossos filhos por exemplo.
Edward parece uma criança no jardim de infância, todo bobo porque não estou mais “doente”, eu também me sinto aliviada claro, viver com ele pra sempre é algo...tão...surreal...maravilhoso.
Passou-se tanto tempo desde aqueles dias de tormento, meus filhos cresceram, e como Carlisle suspeitava, eles estagnaram na idade adulta. E ficaram tão lindos sabe...eu sei que sou suspeita pra falar, mas é sério, eles são lindos...
Lucian adquiriu uma estatura tão máscula que chega a se igualar a Edward no quesito gostosura, e eu que pensei que ele seria certinho como o pai, ele virou um tremendo mulherengo.
Selene como sempre graciosa, por incrível que pareça, ela amoleceu aquele temperamento forte, e ficou tão meiguinha. Amigas inseparáveis, claro.
O resto da família continua do mesmo jeito maravilhoso, vivendo num eterno conto de “vampiros”.
E enfim a vida continua, eternamente diga-se de passagem. Eu, meu grande amor e minha família feliz. Como era de se esperar, no final tudo dá certo.
~*~*~*~FIM~*~*~*~
Nota da Autora: Hello minhas queridas! Desculpem a demora, mas tive bastantes problemas com a facul. Enfim, chegamos ao fim dessa historinha, espero realmente que tenham gostado. Antes que alguém pergunte, não haverá uma segunda temporada, nem extras. A fic acaba aqui mesmo :/ Fiquei muito feliz com todos os comentários, e espero encontrá-las nas minhas ouras fics. Um super beijo e uma abração apertado!!!
Outras fics da Autora:
Tá Todo Mundo Louco
Infidelidade