Indo à rua 25 de março com... Alice.
História por R. Lautner | Revisão por Letii


- Sabe, esse lugar, pelo o que eu fiquei sabendo, é um dos melhores para comprar. É hoje que eu gasto todo meu cartão de crédito... - Alice me disse, batendo palminhas toda animada.
Eu sou amiga da Alice e estamos na 25 de março, que é um dos lugares mais populares de compras. Pena que ela ainda não sabe, e nem se ligou, que é popular. Ela acha que no mínimo é algo parecido com a Daslu.
- Alice, nisso daqui só têm camelôs. - disse ainda dentro do táxi - Nos deixe aqui, por favor.
O táxi parou e nós pagamos.
Alice permaneceu sentada no banco, com as pernas do lado de fora, olhando com os olhos esbugalhados para o monte de pessoas que andavam pra lá e pra cá com bolsas nas mãos.
- Você não vai sair? Vêm. - estendi minha mão até mais perto dela.
- Estou com medo. - ela disse, saindo do táxi e liberando-o para ir embora.
- Não têm nada de mais. Só muitas pessoas andando pra lá e pra cá.
- OMG! - ela fixou o olhar em algum ponto, arregalando os olhos e sorrindo, de repente ela foi correndo até uma barraca de óculos. Segui-a e vi que ela pegava vários de uma vez só, mexendo as mãos freneticamente.
- ... - ela cochichou - esse homem é muito burro, olha esses óculos da Prada, Ray Ban... Ele vende por vinte e cinco reais cada um. Mal sabe ele que esses óculos são o olho da cara... Coitado, tá levando um prejú... - ela riu maquiavelicamente.
Nossa, e agora, contar ou não contar que era tudo falso? Melhor não, deixa a coitadinha, está tão feliz.
- Olha, me ajuda. Vamos escolher um pra cada membro da família. - ela disse, olhando pra um modelo redondo e um quadrado.
Aceitei e ficamos alguns minutos ali, colocando e tirando os óculos do rosto. Por fim, conseguimos escolher óculos para todos.
- Acabamos. - Alice disse ao vendedor - Passa pra mim? - vi-a dando o cartão na mão do homem da barraca, que ficou nos olhando com uma cara... estranha? É.
- Senhora, não aceitamos cartões. Sou apenas um camelô.
- Ah meu Deus, só porque eu gostei deles. - ela fez bico e eu ri.
- Só com dinheiro, senhora. - ele explicou.
- Nem cheque? Cartão de débito? De graça? - ele fazia um não com a cabeça a cada coisa que ela falava. Eu me segurava pra não gargalhar.
- Só dinheiro. - ele repetiu sem paciência.
- Bom, estou com pouco dinheiro, mas tudo bem. - ela entregou o dinheiro ao vendedor - O preço está ótimo por óculos como esses. - ela disse e piscou pra mim.
Continuamos andando até ouvirmos um homem falando no microfone:
- Lingerie, calcinhas, sutiãs, cuecas, tudo do melhor pra você aqui, pela metade do preço só hoje!
- OMG! Lingerie, calcinha! - Alice segurou em meu braço e começou a puxar-me na direção do som.
- Calma, Alice. Têm pra todo mundo! - murmurei com um certo medo dela.
- Calma nada, vão pegar as melhoreeeeees... - ela me largou e jogou-se pra cima das araras onde tinham algumas coisas penduradas, catando tudo que via.
Fiquei de braços cruzados, abismada com o poder de persuasão que Alice tinha. Ela fazia as mulheres ao seu lado desistirem de levar algumas peças que seguravam e depois Alice as pegava para si. Vi uma das atendentes se aproximar do local de exposição com um balde cheio de peças novas. O melhor foi que Alice viu também e pulou pra cima da mulher, arrancando o balde da sua mão e rapidamente agarrar-me pelo pulso e me levando sabe pra onde? PARA UM PROVADOR!
Ela nos trancou lá e começou a vasculhar o balde, soltando um muxoxo em seguida.
- Que foi? - perguntei.
Ela olhou pra mim com os olhos tristes.
- É tudo infantil. - ela disse, soltando o balde no chão e destrancando o provador.
Reclamei por ela ter deixado a zona toda nas minhas mãos e saí de lá sem arrumar. Isso era trabalho dos atendentes. Vi que Alice tinha se afastado das mulheres, que se matavam por uma calcinha, e ela agora estava indo para parte de lingeries mais... quentes. Claro que ela já tinha ideia de com quem usaria aquilo.
- Bonita. - falei sobre uma lingerie de oncinha que ela segurava.
- Jasper não gosta de onça. - ela reclamou. - Ele gosta de elefantes, cobras...
- Alice, você não vai achar nada feminino com motivos de cobra e nem de elefante. - eu disse rindo.
Cobra e elefante tá mais pras roupas dos homens. Eu e que o diga.
- Eu não acho nada de interessante. - ela disse, fazendo bico e cruzando os braços. Eu ri.
- Olha, eu vou procurar algo e trago pra você ver, ok? - ela fez 'sim' com a cabeça e começou a colocar as peças no lugar.
- Ah, meu Deus, eu mereço... – falei, andando para um lado onde tinha fantasias mais... 'quentes', eu diria.
A cada instante que eu andava mais o movimento das pessoas diminuía. Vi uma figura estranha, uma freira (freira mesmo? OMG) à procura de alguma peça. Estranho. Passei por ela e ri, realmente era a coisa mais estranha que eu tinha visto neste lugar. Continuei procurando até que achei uma fantasia perfeita pra ela.
- Alice, Alice, olha isso - ela arregalou os olhos e sorriu.
- Bonitinha. - ela pegou a fantasia - Tá em promoção?
- Não. - disse depois de ver na etiqueta.
- Então nem quero. - ela afastou a roupa e eu fiquei com cara de cú, na frente dela. Que saco, viu?
- Vou procurar outra. - falei entediada, indo de novo procurar alguma outra.
- Eu estarei na sessão dos homens. - ela disse e desviou seu olhar do meu.
Logo depois fixou-o num ponto alto da loja, e começou a sorrir. Ah, não. Ela ia aprontar.
- OMG! - Alice gritou.
OMG, não falei? Vi Alice sair correndo e pulando, apontando pra uma fantasia presa no alto, onde tinha uma plaquinha que dizia "Promoção!". Claro, ela tava atrás de promoção!
- Aquela, aquela, pega pra mim! - ela dizia empolgada quando cheguei perto dela.
O homem rindo, pegou a roupa e colocou nas mãos dela, que agradeceu.
- Olha que linda! - ela pegou a peça e colocou na frente do corpo. - Não é linda, amiga? - Não. Cara, a fantasia que eu tinha mostrado era muito melhor.
- Você gostou dessa? - ela fez sim com a cabeça - Eu não. Fica feio em você.
- Não interessa. Pode embrulhar, vou levar. - ela disse pro vendedor, e eu fiquei com cara de cú, AGAIN!
Eu descruzei meus braços e fiquei de frente pro balcão, esperando ele fazer o tal embrulho.
Alice desaparecia algumas vezes e voltava com mais peças, colocando-as na frente do caixa. Eu a encarava com uma cara assustada e ela logo viu, falando em seguida:
- Ué, estão em promoção, vamos aproveitar, baby! - ela disse, fazendo um biquinho e rindo. Coitada, Alice tava mais feliz do que pinto no lixo. Jasper que não ia gostar daquela roupa que ela tinha comprado...
- Tá, agora você quer ir aonde, madame? - perguntei quando saímos da loja, nos juntando ao monte de gente que andava por lá também.
DETALHE:Alice estava feliz da vida porque finalmente uma loja tinha aceitado os cartões dela.
- Não sei, deixa a brisa e esse bando me levando, que eu vejo. - ela falou e eu tive que concordar. Em dias que a 25 está cheia, você não anda, você é carregado.
Andamos muito até passarmos na frente do que eu chamo de 'Terror das mulheres'... uma loja de bijuterias! Nossa mãe, quer coisa melhor do que uma loja de bijú?
- Nossa, que paraíso! - ela murmurou entrando na loja.
- Verdade. Nossa, olha isso, Alice, as pulseiras que você queria... – falei, cutucando-a e mostrando o monte de pulseiras coloridas, preta, vermelha, azul, rosa, transparente, amarela... ok, você entendeu!
- Nossa, pegue todas, todinhas! - ela disse e nós começamos a catar todas as pulseiras.
- São essas as pulseiras do sexo? - ouvimos duas meninas conversando ao nosso lado.
- Sim, menina... comprei um monte e eu e meu namorado fizemos a festa lá em casa ontem. As vermelhas e as pretas são as melhores...
WHAT THE FUCK? Eu e Alice nos entreolhamos e fizemos uma careta... Alice desesperadamente começou a despejas as dezenas de pulseiras que havíamos pegado e saímos de perto bem rapidinho.
- Malucas... - ouvimos uma das meninas resmungando.
- Credo, que nojo. - Alice murmurou.
- Ah. Alice, você bem que podia levar uma, né? Pro Jasper...
- Eca, nããão, que nojo! - ela fez careta.
Começamos a encher nossas bandejinhas com brincos, anéis, pregadeiras, cordões... Ficamos lá dentro mais ou menos uma hora, e até uma peruca ruiva a doida da Alice tinha pego.
Chegamos no caixa e, na hora em que estávamos passando as coisas, Alice falou com a atendente.
- Peraí, peraí, peraí...! Porquê está batendo outro preço aqui? - ela perguntou e a mulher se assustou pelo tom de voz dela.
- Não, é que você viu o preço errado. Você viu o preço em atacado... Você está comprando ano varejo.
- Não entendi. - eu ri baixinho - Mas o que que eu faço pra pagar o preço de atacado?
- Têm que comprar mais de seis unidades de cada produto. - a moça disse como fosse simples você comprar seis brincos iguais, seis cordões iguais...
- Hum, ok.,vamos pegar mais pra pagar o preço de atacado.
- Mas, Alic...
- Mas nada, vamos pegar! - ela disse e saiu pegando mais quantidades de cada coisa que estava na sua bandejinha.
Só nessa palhaçada eu perdi quase mais uma hora lá dentro! Eu não aguentava mais ficar ali, cansando minha beleza e pegando mais coisas pra colocar na bandeja. Se tivesse um prêmio pra cliente mais chato, esse iria pra Alice.
-Pronto! - Alice chegou ao caixa novamente, jogando as bandejas na frente da mulher.
Ela começou passando um por um e lá se foram mais quinze minutos. Ótimo, o dia já estava indo embora, olhei para o lado de fora e o céu já escurecia.
- Pagamento só em dinheiro, senhora. - a mulher falou quando Alice estendeu o cartão.
- Ah não. Mais essa agora. Vocês não avisam antes por quê? - Alice perguntou nervosa.
- Alice, olha aqui, olha. - falei apontando uma placa pra ela que dizia: Só aceitamos dinheiro.
- Cala a boca, você não está ajudando. - ela me disse sem graça - Deu quanto?
Eu fiquei calada até a hora que Alice pagou e, finalmente, saímos da loja. Ela estava nervosa, melhor não falar nada mesmo.
- Vamos embora? Meu dinheiro acabou mesmo... e nem usei meu cartão direito. - ela reclamou.
OMG! Senti alguém puxando uma de minhas bolsas. LADRÃO! LADRÃO! , sua idiota, grita isso, põe pra fora!
- LADRÃO! - gritei e vi Alice olhar pra mim, com uma cara que me deu... medo.
Ela saiu correndo entre as pessoas atrás do cara e eu fiquei nervosa. Alice era louca, só podia! Era só a bolsa com os óculos que nós tínhamos comprado. Ouvi um barulho de sirenes e fui correndo na direção em que Alice e o ladrão tinham passado. Encontrei Alice imobilizando (NÃO CREIO!) o homem que pedia por perdão. Os policiais chegaram e Alice soltou-o.
- Seu safado! - ela disse e virou as costas pra ele, voltando até mim, sorrindo - Recuperei.
- Que bom. Agora vamos? - falei.
- Vamos. Você acha que eu, Alice Cullen, iria deixar um vagabundo roubar meus óculos perfeitos, e verdadeiros, que comprei por uma pechincha? Nunca! - ela disse feliz.
- É, nunca. - eu murmurei e seguimos pela rua.
A rua que eu tinha certeza que, mais tarde, Alice nunca mais faria questão de vir...

[N/A]: OMG!Olha eu aqui de novo, como a Lettie diz, é o mal da fic. shasuahsa' Eu tive essa ideia quando... bem, nem sei, kkk' Pensei na Alice, em como seria um dias de compras e... FOI!Espero q vocês gostem, ela é bem pequena mais dá pra rir um pouco. O fato da pulseira foi algo que aconteceu cmg e com a Pâmela (betaaaaa (L)), no Saara. Foi mtu engraçado, só não tinha as piranhas falando dos namorados, só vimos numa placa e largamos as pulseiras logo, foi hilário...
Bom,espero que vocês gostem e comentem :D
Bjões :°