Autora: Liih Cullen Beta-Reader: Teh Parente | Revisão: Sofia Queirós
"Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado."
Prólogo
E lá vamos nós novamente. Quem disse que a vida melhora, estava completamente errado. Fica tudo pior a cada dia. Em anos de existência eu jamais tive uma vida. Sempre andei pelos mais variados lugares, voltando ao passado ou olhando o futuro e tentando corrigir ou evitar erros, que os humanos imbecis cometeram ou cometeriam, e que teriam percussões longas e atingiriam o futuro como uma bola de canhão. Erros esses que destruíram e destruiriam cidades, e causariam a superpopulação mundial. Sim eu sei, mente inferior é um caso sério! Humanos estúpidos!
Eu sou humana, mas venho de outra Terra – conhecida como Terra II ou Origem. Essa nova Terra é povoada por espécies de humanos diferentes, mais civilizados e evoluídos. Nossa Terra é igualzinha a Terra I – embora tenhamos tecnologia muito mais avançada. Acredita-se que elas tenham surgido a partir da mesma matéria e na mesma época. Assim como seus habitantes. Mas isso é somente hipótese.
As pessoas novas, essa nova espécie de humanos, tem aspecto humano, mas tem um DNA diferente dos humanos habitantes de Terra I, e alguns tem até “dons especiais”. Mas nossa aparência e características básicas são idênticas. Já o envelhecimento e a morte são retardados. Isso faz com que as pessoas fiquem novas por mais tempo e demorem mais – muito mais – para morrerem. Minha avó, por exemplo, tem noventa e seis anos, mas tem aspecto e saúde de alguém de apenas vinte e três. Eu sei, é assustador demais!
O problema é que o cérebro não evolui também. Ou seja, vovó não só tem corpo de alguém de vinte e três como também tem a mente de alguém de vinte e três. Mas, isso não é problema para nós. Os conhecimentos que nossos pais adquirem em vida são passados para seus filhos quando eles ainda estão no ventre da mãe, de forma que, quando nascem, já sabem de muita coisa. Somos inteligentes por natureza mesmo – sim estou me gabando.
Eu tenho apenas dezessete anos e já trabalho para área de “Pesquisas e Correção”, nome feio mas que significa muito. Passeamos através dos tempos buscando coisas úteis para copiar para nosso tempo presente ou pesquisar e aprimorar mais, e tratamos de corrigir certos erros, como eu já disse. Ou observamos o futuro – de longe, sem realmente estar lá – e tentamos evitar que os humanos façam algo grave demais. E é isso que estou fazendo agora. Estou deixando minha futura mansão, na qual eu moraria com meu futuro marido, e com meus futuros lindos bichinhos de estimação. Deixando tudo para trás por esta missão.
Fui chamada para evitar um dos maiores problemas que a humanidade causaria. Em uma época em que o Mega Playboy surgiu. Quem é esse? Um maníaco tarado que não tem uma puta de uma televisão em casa, e nem dinheiro para comprar uma revista pornô ou uma boneca inflável, e faria o favor de transar com mais de trezentas mulheres – ufa! Haja fôlego – e causar a superpopulação mundial. E os filhos homens dessa peste herdariam o DNA de Mega Playboys e seguiriam o mesmo caminho do pai. Um caos que faria com que os humanos descobrissem Terra II e a invadissem. Por isso temos que impedir. Nome do tarado sem escrúpulos? Edward Anthony Masen Cullen. Estudante da faculdade de Stanford, situada no Sul de São Francisco, em Silicon Valley. E é para lá que eu estou indo. Essa será a minha primeira vez em Terra I no tempo presente.
O que eu farei? Impedirei que ele se torne a praga causadora de tremendo caos e tão odiada pela minha espécie. Como? Terei que impedir esse animal no cio de transar com qualquer garota até que a cápsula – com o produto especial para impedir que ele se torne o Mega Playboy – me seja enviada. Eu sei, será um pesadelo!
1 – Primeiro dia em Silicon Valley.
Seis e meia, marcava o relógio ultrapassado da igreja de São Francisco. Eu passei por ela ventando com meu carro, que não andava nem na metade da velocidade que os carros que eu estava acostumada andavam. Porcaria! Pisei fundo no acelerador fazendo a tal Mercedes andar mais rápido. Eu estava somente a duzentos quilômetros por hora, mas as pessoas olhavam assustadas para o carro quando eu passava por elas. Não sei por que. Que gente estranha.
Estacionei em frente ao campus da imensa universidade. Tenho que concordar que era mesmo imensa. Chegava até ser bonita de se ver. Pena que na minha Terra escolas são totalmente desnecessárias. Ao menos agora eu saberia por que pessoas odiavam tanto escolas.
Desci do carro e mais olhares fincaram em mim. Pude sentir eles em minhas costas quando passei pelas corujas, que quase torciam trezentos e sessenta graus os pescoços para olhar para mim. Arrggh! Tratei de entrar no imenso prédio e ir à sala do diretor pegar o tal do guia e ir para a sala. Na minha ficha estavam falsas informações, claro. Dizia que eu havia sido transferida de uma outra faculdade e que eu tinha dezenove anos.
— Bom dia, Sr. Valter. – cumprimentei o diretor quando entrei na sala e caminhei até a sua mesa. Valter era um cara bonito e conservado, para a idade humana e breve. Ele sorriu gentilmente para mim.
— Bom dia, Srta. Swan. Aqui está seu guia. Espero que você se saia bem eu seu primeiro dia. – claro, com um monte de gente me secando como se eu fosse um alienígena, seria muito tranqüilo e reconfortante!
Sorri fraco para ele e peguei as folhas de suas mãos, que eram frias demais. Acho que nossa temperatura corporal era um pouco diferente das deles, afinal.
— Obrigada. Tenho certeza de que será ótimo. – menti. Tratei de sair dali antes que ficasse óbvio que eu estava de saco cheio em apenas cinco minutos.
Qualquer coisa que eles ensinassem ali estaria séculos atrás da minha sabedoria. Eleazar – meu chefe - havia tentado me matricular mais ou menos nas mesmas turmas que Edward para facilitar minha vigia. Eu estudaria Medicina. Espere, medicina? Como alguém que estuda medicina foi tão burro a ponto de transar com tantas mulheres e transformar a Terra em um caos? Ah, já sei. Ela deve ter se especializado em ginecologia. Ou, quem sabe, em cirurgias plásticas. Imagine quantos implantes de silicone e reconstruções de hímen ele não faria por dia? É, devia mesmo ser complicado para ele e seu organismo pré-histórico de humano.
Entrei na minha primeira aula e tratei de me sentar no topo da sala (Foto da Sala). Assim poderia ficar de olho em todos. Foi quando eu o vi – sem ser em foto – pela primeira vez. Cabelos cor de bronze, pele branca, músculos fortes e definidos, olhos verdes cintilantes e um sorriso torto de tirar o fôlego em seu rosto angelical. Pára tudo! Permita-me narrar novamente: cabelos bagunçados e, possivelmente, ensebados, pálido que nem um doente em fase terminal, esguio e seus músculos eram frágeis, olhos verdes cor de mofo, e um sorriso torto defeituoso e irritante em seu rosto fino e estranho. Pronto, assim está melhor. Esse era mesmo o Mega P? Todas as mulheres dessa geração eram míopes? Bufei irritada. Eu tinha que ficar perto dele, fazer o quê?
Levantei-me e fui me sentar ao seu lado. Tinha que parecer simpática. Assim que me sentei ele olhou para mim.
— Oi. – falei – Sou Isabella Swan.
— Oi. Sou Edward Cullen. – ele sorriu torto e defeituosamente – O que fez você vir para cá no meio do semestre? – perguntou ele com uma sobrancelha arqueada. Ora, alguém tem que controlar seu pauzinho, né? Já que você não faz isso. Pensei.
— Essa faculdade me pareceu mais... Eficiente que a outra que eu estudava. – falei. Mentir era fácil demais aqui. Edward concordou com a cabeça.
— Umas das melhores do país. – disse ele, como se eu não soubesse. Cara, como ele era tapadinho. Será mesmo que era ele?
Nesse momento, adentrou a sala uma loura alta, olhos claros, pele branca, maquiagem sutil, sorriso brilhante, um copo escultural. Garanto que ela era símbolo de beleza por aqui. Todos os caras da sala acompanharam-na com os olhos. Ela sentou-se do outro lado de Edward. Imediatamente ele desviou o olhar de mim e girou o corpo para a loura aguada.
— Bom dia, Cullen. – disse ela com uma voz sexy.
— Bom dia, Rosalie. – respondeu o abobalhado fincando o olhar nas pernas da loura. Não o culpo, a garota mostrava quase a alma!
— Bom dia, alunos. Todos em seus lugares. A aula de hoje será sobre alguns casos delicados que terão que lidar em seu dia a dia. Trouxe vários vídeos e fotos de acidentes terríveis. Vamos começar com as apresentações.
O professor Simon ligou a imensa TV da sala e apagou as luzes. O vídeo começou. Cinco segundos depois eu já estava nauseada o suficiente para desviar o olhar.
Irritantemente meu olhar pousou em Edward ao me lado. Ele estava completamente alheio a minha presença ali. Estava absorto demais em Rosalie. Revirei os olhos. Eu estava prestes a desviar os olhos deles quando eu notei algo estranho. Percebi um movimento suspeito embaixo da carteira. Afastei meu corpo da mesa, reencostando-me na cadeira, para ver melhor. Rosalie esfregava a perna nas pernas de Edward, enquanto passava as mãos na sua barriga e coxa. Edward também tratava de passar as mãos pelas coxas dela, subindo para debaixo de sua saia, às vezes. Arregalei os olhos quando percebi certo volume na calça de Edward.
Como alguém consegue ficar excitado em uma aula sobre mutilações? Fala sério! Resolvi acabar com a pouca vergonha. Dei um beliscão no braço de Edward, mas ele pareceu nem notar meu gesto. Irritada demais para pensar com coerência, levantei a mão. O professor Simon olhou para mim e pausou o DVD.
— Swan? – perguntou ele.
Olhei para Edward, que ainda estava absorto em sua perversão, e sorri maliciosamente em pensamento. Fiz uma expressão de espanto e constrangimento.
— Professor, o Cullen... Bem ele está excitado e se tocando. – falei em alto e bom tom. A sala toda olhou para mim, depois para Edward. Rosalie tirou rapidamente as mãos dele e se afastou poucos centímetros. Edward me encarou com um olhar fuzilador. Mantive a minha expressão ingênua.
— Sr. Cullen. Creio que seria melhor se o senhor ficasse um tempo lá fora. Volte quando assistir pessoas mutiladas não o fizer ter uma ereção. – falou o professor Simon, em um tom ríspido. Edward foi do vermelho ao roxo em um segundo – sem faltar nenhuma cor do arco-íris. Lançou-me um olhar de raiva, levantou-se e foi para a porta sem olhar para ninguém. Assim que ele saiu toda a sala caiu na gargalhada. Sentei-me satisfeita. Ele que se ferrasse no banheiro agora. Eca.
Rosalie pareceu ignorar a cena épica. Voltou o olhar para a TV, quando Simon deu play, sem realmente ver nada. Garota vazia!
A aula passou sem mais nenhuma emoção. Eu nem prestei atenção em nada; não estava afim de vomitar na frente de todos e passar a maior vergonha. Deixa esse título para o Edward. Por falar nessa praga, fui procurar por ele assim que a aula terminou. Encontrei-o no jardim da escola, estava sozinho. Fui até lá e parei de frente para ele. Ele me fitou com raiva. Pelo jeito, ele é do tipo de guarda mágoas.
— E aí? – falei.
— O que faz aqui, sua doente? – perguntou ele. Fiz cara de desentendida.
— Doente? Por que diz isso? Não sou eu quem fica por aí masturbando a colega ao lado. – rosnei. Edward riu sem humor.
— Qual é o seu problema? – seu tom estava furioso.
— VOCÊ! - esbravejei. – Seu tarado pervertido filho de uma p... – ele me interrompeu.
— Por que faz questão de me perseguir? Aliás, por que falou aquilo na frente de toda a classe, e pior, justamente na aula do Simon? Agora ele vai implicar comigo sempre. E eu não estava me tocando. – ele passou as mãos pelo cabelo, nervoso. Tive que rir dele.
— Não sabia que ele faria isso. E eu sei que era Rosalie que te tocava. Mas, também não dou a mínima. – dei de ombros. – Você merece sofrer depois do que fez.
— Eu fiz o quê? Você tem problema, só pode. – ele disse se levantando. – Pare de me perseguir.
— Bem que eu queria. – falei com uma careta.
— E por que não pode? – ele arqueou uma sobrancelha.
— Porque... Bem, é complicado. É meio que um segredinho. Aqui não é o lugar... – despistei. O imbecil riu.
— Sei. Você está tentando marcar um encontro comigo. – não foi uma pergunta. Ele afirmou isso. Senti a raiva brotar.
— Nem se você fosse o último homem do planeta! Eu conheço você, seu energúmeno. Sei muito bem que você não presta.
— Amor e ódio. Humm, interessante. – falou ele e saiu andando.
— VERME! – berrei. Ele olhou para trás. – Tenho vontade de pegar a sua cabeça, apertar... – ele me interrompeu novamente.
— Humm, gostoso. – falou com malicia. O sangue ferveu em minhas veias.
— A DE CIMA, IMBECIL! – berrei e ele caiu na gargalhada. Seu riso ecoou em meus ouvidos. Que vontade de matar essa pessoa! Fechei as mãos em punho.
— Que estressadinha. – ele disse chegando mais perto. Perto demais. Seu hálito doce soprava em meu rosto. – Uma dica: Fique longe. – disse e afastou-se.
— Já falei que não posso. – resmunguei.
— Fique longe. – repetiu ele. Dei de ombros e comecei a segui-lo. Ele me viu pelo canto do olho e sorriu torto, mas não disse mais nada.
Nas outras aulas tentei não me sentar ao lado do animal. Simplesmente fiquei em um lugar onde pudesse ver os seus movimentos. Sem Rosalie por perto ele se comportava. O almoço chegou rápido e eu segui Edward até o refeitório, claro. Peguei minha comida – um hambúrguer vegetariano e soda de limão – e segui-o até a mesa onde me sentei ao seu lado. Todos na mesa olharam para mim - havia cinco homens lá, além do Cullen.
— Oi? - falou um cara alto e musculoso demais para estar na faculdade. Sorri para ele. Edward olhou para mim.
— Este é o lugar da Rosalie. – Edward falou seco. Levantei a bunda da cadeira, olhei o assento e sentei-me novamente.
— Não estou vendo o nome dela aqui. – respondi dando de ombros. Todos riram, menos Edward, que bufou.
— Quem é a garota? – perguntou o gigante ao imbecil. Hello, eu estou aqui, pode perguntar para mim!
— Isabella Swan. – respondi eu mesma.
— Prazer em conhecê-la, Isabella. – falou ele dando um sorriso lindo. Ele merecia muito mais ser o Mega P.
— Prazer? – zombou Edward com uma risada sínica. – Daqui a cinco minutos seu conceito mudará. – fechei a cara para ele.
— Há quanto tempo é amigo do ser ao meu lado? – perguntei ao grandalhão.
— Dez anos. - respondeu.
— Parabéns, você é a pessoa mais impressionante que eu já conheci por suportá-lo todo esse tempo. – o cara riu muito da minha resposta. Edward bufou novamente e virou o rosto para o outro lado.
— Emmett Hamilton. – apresentou-se ele.
— Prazer em conhecê-lo - respondi. Então senti algo cutucar meu ombro. Olhei para cima e vi algo amarelo caindo de algo branco demais; o cabelo da Rosalie caindo em torno de seu rosto.
— Sim? – perguntei.
— Este lugar é meu. – falou ela com uma cara de nojo.
— Bem, não vi seu nome nele e me sentei. Então, creio que seja meu agora que estou sentada nele. Mas, não se preocupe, temos vários outros nessa mesa, pode escolher. – falei sorrindo. Emmett tossiu para disfarçar o riso.
— Escute aqui... – ela ia começar a dizer algo que eu iria ignorar, mas uma pessoinha pequena de cabelos negros espetados a interrompeu.
— Oi, pessoal. – disse ela animada. – O que está havendo?
— Temos uma nova aluna. – disse Emmett apontando para mim. Sinalizei um “oi” com a cabeça para ela.
— Isabella Swan. – me apresentei.
— Sou Alice Cullen. – disse ela. Humm, então o animal tinha uma irmã? – E este é Jasper Hale. – acrescentou ela apontando para um cara e cabelos compridos e louros que parecia estar espantado, ou sentindo dor.
— Olá. – falou ele. Levantei a mão em um “oi”.
— Ainda não saiu do meu lugar – bufou Rosalie.
— Deixa ela, Rose. Ela é novata. – disse Alice, e virou para mim. – Não ligue para ela. Ela vive de mau humor. – e com fogo demais. Pensei. Alice sentou-se ao meu lado com Jasper ao lado dela. Rosalie bufou alto atrás de mim, mas rendeu-se e foi se sentar do outro lado da mesa, ao lado de Emmett.
Fiz questão de falar bastante no almoço para deixar a loura aguada bem caladinha. Alice, ao contrário do irmão, era bem legal e simpática. Pena que era meio elétrica demais.
Depois do almoço, tivemos aula de Citologia. Uma garota veio se sentar ao lado de Edward. Era loura também, mas tinha cachos definidos e largos moldando seu rosto.
— Oi, Tanya – cumprimentou ele com um sorriso.
— Oi, Edward. Gostou da ajuda com os exercícios ontem? – perguntou. Ajuda? Exercícios? Cheguei mais perto para escutar melhor.
— Gostei sim. Obrigado. – respondeu ele. – Você é bem eficiente.
— Obrigada. Você também. Aliás... - resolvi me intrometer.
— Ele é bem eficiente mesmo. – falei. Edward olhou para trás assustado com minha voz tão próxima. – Sabia que ele tem mania de mast... – Edward levou a mão até minha boca, tampando-a. Mordi a mão do idiota. Ele fez cara de dor e Tanya riu.
— Você é nova por aqui, certo? – ela descobriu sozinha? Uau! Esperta, hein?
— Sou sim. Me chamo Isabella.
— Boa sorte. Você parece bem... comunicativa e sociável. – ela sorriu amarelo.
— Quis dizer irritante e louca? – resmungou Edward.
— O que foi, estrupício, não quer que as pessoa saibam do seu mico? – provoquei. Edward ficou vermelho.
— Que garota infernal! – esbravejou e virou-se para frente. Ri alto atrás dele só para fazer a raiva ferver em suas veias. Até que estava sendo engraçado ser babá desse troço.
Seria mais uma para eu ficar de olho. Rosalie e Tanya. Vítimas fáceis para alguém como Edward. Só faltava eu tentar descobrir quem, possivelmente, teria sido as outras duzentas e noventa e oito mulheres. Fácil.
No fim da aula, decidi seguir Edward de longe. Segui-o até uma esquina, ele estava sozinho e não com Alice. Achei suspeito e me aproximei, rapidamente.
— AAAAAAAAH! CHUTA QUE É MACUMBA! – berrou quando saltei diante dele. Revirei os olhos e ignorei a piadinha tosca.
— O que está fazendo? – perguntei.
— Por que isso interessaria você? – provocou. Tive vontade de cuspir nele, mas me segurei.
— Você é sempre tão educado?. – cuspi.
— Você é sempre tão... inconveniente e insuportável? – respondeu no mesmo tom.
— Eu? – meu tom era de escárnio. – Você estraga o planeta e eu sou insuportável?
— E retardada. Por que não para de falar essas coisas desconexas? Fugiu do hospício, ou algo assim? – ele ergueu uma sobrancelha.
— Hospício? Não, mas bem que você mereceria um manicômio, já que, se eu não impedisse, causaria a superpopulação mundial e acabaria com duas Terras com seu errinho. Devia ter nascido Gay, seu maluco sem escrúpulos! – explodi. Só quando terminei de falar foi que percebi o que eu tinha falado.
Puta merda! Eu acabo de falar tudo para o Cullen? Bonito, Isabella. Concerta isso agora!
Edward me fitava confuso demais para falar. Sorri amarelo.
— Como é que é? – ele praticamente cuspiu a pergunta. Tentei zombar.
— Você tem razão. Sou completamente louca! – bati em minha testa. – Ignore tudo que eu disser.
Virei as costas para ele, mas Edward me deteve, segurando a mochila em minhas costas. Travei no lugar, de costas para ele.
— Explique-me, exatamente, quem é você e o que faz aqui. – exigiu ele em um tom sério demais.
Já estou na merda mesmo, fazer o quê? Soltei o ar pesadamente.
— Onde podemos conversar? – resmunguei.
Fomos para uma lanchonete próxima. Estava calmo e tranqüilo. Pedimos um Milk Shake e eu comecei a tentar explicar para ele.
— Bem, eu sou uma agente do departamento de “Pesquisas e Correção”. Estou aqui para tentar impedir um erro fatal que você irá cometer daqui a um tempo. Tenho que ficar de olho em você para que não o cometa. Por isso tenho que ficar sempre te seguindo. Entendeu? – pela cara dele, eu sabia que não.
— Você é mesmo doente, Isabella. – falou ele balançando a cabeça. Respirei fundo. – Que departamento é esse? – ele está interessado? Resolvi responder.
— Um departamento importante na minha Terra. É...
— Sua terra? – ele me interrompeu – Você é alguma espécie de alienígena, é isso? – perguntou ele caindo na risada. Não entendi a graça da piadinha dele. Permaneci séria. Depois que a crise dele terminou, ele voltou a olhar para mim. – Sério, é isso?
— Não, acéfalo. – respondi monotonamente. – Eu sou humana, só que tenho um DNA diferente do seu e venho de outra Terra.
— Eu entendo... – ele parou refletindo. – Eu também sou diferente. Sou um vampiro. – ele sorriu mostrando os dentes. Porra, que cara insuportável!
— Estou falando sério. – falei sem emoção. Sua expressão ficou séria, também.
— Então, Alien, diga-me como é seu planeta. – fingiu seriedade. Ignorei o “Alien”.
— Eu disse Terra, não planeta. – corrigi. – Meu planeta é este mesmo, mas a Terra é diferente. Ela é um lugar melhor. – sorri. – Tirando os Mega P’s, que irão transformá-la em um caos total. E é tudo culpa sua.
— Minha? – perguntou apontando para si. – Por quê?
— Você será o primeiro cretino, quer dizer, Mega Playboy, que irá engravidar trezentas mulheres e causar a superpopulação mundial. – falei. Os olhos de Edward encheram d’água e ele caiu na gargalhada, novamente.
— Eu... engravidar... trezentas... mulheres? – perguntou entre as risadas. – Você, realmente, não pode ser normal. Tudo bem que eu...
— É um tarado. – falei por ele.
— Que seja. Mas, eu não conseguiria engravidar todas elas. Conseguiria? – ele sorriu presunçoso. Por que eu fui falar? Agora ele ia se achar ainda mais foda.
— Também achei isso pouco provável assim que te vi, mas meu chefe disse que é isso mesmo, então... – dei de ombros.
Edward fitou-me por uns minutos. Depois, inclinou-se sobre a mesa. Eu estava cautelosa.
— Você é mesmo de outro plan... digo, outra Terra? – perguntou ele. Desta vez, pareceu estar sendo sério.
— Sou. Quer provas? – perguntei. Ele assentiu. – Minha temperatura é diferente da sua, quer ver? – perguntei estendendo a mão para ele. – Sou mais quente.
Edward encarou minha mão estendida por uns segundos. Depois, segurou-a entre suas duas mãos, pressionando-a. Sua pele ela fria para mim.
— Nossa! – seus olhos arregalaram um pouco – Qual temperatura, exatamente? – perguntou.
— Não sei. Uns quarenta e dois, ou mais. – supus. Edward permaneceu segurando minha mão até que a sua esquentou também. Depois, soltou-a e tomou um pouco de seu Milk Shake. Fiz o mesmo.
— Quantos anos você tem? – perguntou depois de um tempo.
— Dezessete.
— Mesmo?
— Sim. Mas, minha avó tem vinte e três na aparência, embora tenha noventa e seis. – falei sorrindo.
— Impressionante. – seus olhos brilharam de interesse. – São todos assim?
— Sim. Os DNA’s são diferentes. Todos envelhecem bem mais devagar. =
— Isso parece ser muito bom. – comentou ainda impressionado.
— Nem tanto. Digo, imagine você viver por tanto tempo assim. O que você teria para fazer depois de alguns anos? Eu acho que deva ficar chato depois dos trinta ou quarenta. – admiti. Para mim isso devia ser um saco.
— Depende. Se você estiver rodeado de pessoas que ama, talvez, seja até bom. Já perguntou sua avó o que ela acha disso? – ele estava mesmo interessado, né?
— Não. Mas ela não parece se importar muito. Vive indo a festas e procurando um modo de manter-se ocupada.
— Garanto que você será como ela. – falou.
— Eu bem que queria. Mas, escolhi trabalhar nesse departamento, e vivo viajando. Em todos esses anos de vida jamais parei quieta em uma Terra. Isso, às vezes é bem cansativo. – confessei. Edward conseguia falar sério quando queria. Eu só não sabia se ele havia acreditado mesmo em tudo.
— Imagino. – concordou. – Você queria parar?
— Meu sonho é me casar, viver em uma linda mansão com meu marido e bichinhos de estimação. Poder fincar raízes na minha Terra e viver feliz. Mas, uma vez que eu trabalho, não posso simplesmente parar. Nosso planeta depende dessas correções e pesquisas. Preciso continuar.
— Mas, isso vai acabar um dia, certo? – ele pareceu preocupado.
— Sim, vai. Um dia.
O silêncio estendeu-se pelo lugar. Terminamos de tomar o Milk Sake e Edward pediu a conta.
— O dinheiro vai valer mais também. – comentei. – Poderemos comprar muitas coisas com apenas um dólar. – sorri.
— Mal poso esperar. – falou ele, se com sinceridade ou zombaria, eu não sei. Saímos do local e começamos a voltar pelo caminho. Surpreendi-me quando percebi que já estávamos no crepúsculo. Paramos em frente à esquina da casa de Edward. Ele virou de frente para mim.
— Bem, então nos vemos amanhã na escola, Isabella.
— Até amanhã. E comporte-se. – exigi.
— Pode deixar, prometo não transar nem com minha mãe nem com minha irmã. – zombou ele. Somente essas mulheres moravam com ele.
— Que bom. – respondi e segui caminho para a escola para pegar meu carro.
Havia uma multa, claro. Paguei-a e segui para o hotel – que estava sendo pago pelo meu chefe. Decidi que procuraria uma casa para alugar no dia seguinte. Uma perto da casa de Edward para facilitar para mim.
Joguei-me na cama, totalmente exausta pelo primeiro dia. Eu havia revelado tudo ao Edward; isso era totalmente errado. O que aconteceria comigo se ele contasse para alguém? Mas, algo me dizia que ele não contaria nada. Ao menos, eu esperava que não. Poderia eu confiar no Mega P?
N/a: Oi pessoinhas lindas que estão lendo a Fic *-* Bem, primeiro gostaria de falar que essa é a primeira Fic que comédia que eu escrevo. Por tanto dêem uma trégua se não estiver mt legal, ainda é o primeiro capitulo e muita coisa vau rolar ( se vcs quiserem, claro ).
Bem, eu sei que essa Fic vai além do surreal. Mas, Fic é pra isso mesmo, pra fazer coisas surreais se tornarem realidade, né? – KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Eu espero que vocês gostem dos personagens e da historia, que eu criei com tanto carinho depois de pensar por dias :P – KK E garanto que as piadinhas e comédias não serão sempre em torno de temas pervertidos não, tá? Terão outros temas abordados... Isso é porque foi o primeiro encontro deles e talz.
Ok, esse N/a já está um segundo texto O.O Por fim, eu peço que vocês deixem um comentariozinho para dar incentivo, por favor *------------* Obrigada e até o próximo cap meus “Aliens” –KK bjs :) E valeo à Teh que aceitou Betar essa Fic o/ Vc é um amor!