Challenge #02

Nota: 7,1

Colocação:




1.
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O dia estava frio, como se a neve cessasse em pleno inverno.
Eu batia o pé insistentemente no chão esperando por Amber e Cory, meus dois filhos. A razão por eu estar aqui ainda... Com esperança.
Desde que me separei da minha mulher eles sofrem muito com tudo que acontece. Kathy minha ex-esposa me liga quase todos os dias pra brigar comigo, esperando que eu assine o maldito papel de divórcio, já fazia exatamente três meses que tínhamos nos separado porque a Kathy é preconceituosa. Eu nunca fui capaz de amar uma mulher como ela. Tudo que ela pedia eu dava, tudo que ela queria ela tinha... Até ela descobrir que eu sofro de uma doença rara: Síndrome de Tourette. Na realidade eu consigo controlar boa parte dos sintomas, mas não posso passar por situações embaraçosas, constrangedoras e outras, mas quando estou dentro de casa eu consigo controlar bastante e vou ao hospital principal de Londres duas vezes por semana pra fazer uma espécie de fisioterapia para melhorar e amenizar o desenvolvimento da Tourette. Eu ainda sofria muito com a separação e por isso a Tourette acabava atacando por mais vezes e os meus tics nervosos eram mais comuns. Meus filhos não tinham preconceitos, por isso escolheram ficar comigo.
- AMBER E CORY... VAMOS NOS ATRASAR! – Eu gritei da escada esperando para que eles descessem para irem ao colégio. E os dois desceram correndo pela escada – VÃO SE MACHUCAR. – Eu gritei abrindo a porta e vi que eles já iam começar uma briga.
- Você é criança. – Cory começou
- Nós somos gêmeos. – Amber choramingou
- Mas eu sou dezessete segundos mais velho que você – E empurrou Amber
- Eu vou na frente. - Amber gritou e eu senti meu olho piscar sem parar... Droga de tics.
- Quem vai sou eu Amber, saí – Os dois começaram a se empurrar e eu perdi a paciência
- Amber vai na frente Cory, na volta você vem. – Falei e ele bufou nervoso
- Você sempre a protege – Ele chutou minha perna mais não doeu nada, desde quando chute de crianças dói? Eu ri e coloquei minha mão sobre o olho até passar.
- É porque eu sou a princesinha dele Cory, você nunca vai entender. – Amber me deu um beijo na bochecha e ligou o rádio.
- Agora chega de briga vocês dois né? Já passou da hora de parar de brigar, vocês são crescidinhos. – Eu disse e nós saímos pela garagem enquanto Amber cantarolava a música baixinho
- Ele que sempre começa Pai... Você sabe. – Amber se pronunciou e eu apertei o volante quando senti que meu tic iria voltar
- MAIS QUE DROGA VOCÊS... CHEGA! – A frase saiu naturalmente e eu senti Amber me encarar com os olhinhos cheio de água – Desculpa, foi mais um tic. – Eu respirei e meu olho voltou a piscar freneticamente.
- Tchau Pai. – Cory falou e Amber me deu mais um beijo quando eu parei em frente ao portão do colégio. Eles desceram e saíram correndo pra dentro da escola e eu esperei até meu olho parar e assim que ele o fez eu sai em direção ao mercado.


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Assim que levantei da cama já lavei minhas mãos. Eu me sentia suja e resolvi tomar um banho pra passar meu mal estar. Deixei as toalhas vermelhas e brancas em forma de círculo em cima da pia e lavei minhas mãos novamente, elas pareciam sujas o tempo todo. Abri o meu closet vendo minhas roupas separadas em cores, primeiro vinham às brancas, depois as amarelas, verdes, azuis, roxas, rosas, vermelhas... Meus sapatos eram separados dentro do closet, haviam dois espaços para cada tipo dentro dele e eu também separava por cores e estilos. Hoje eu estava disposta a procurar um emprego e eu iria assim que tomasse café. Lavei minhas mãos pela terceira vez em cinco minutos e depois voltei ao meu closet para escolher uma roupa apropriada para procurar empregos.
- 1, 2, 3, 4... 1, 2, 3, 4... – Eu fiquei contando quantas camisetas rosa eu tinha e depois eu perdia as contas – 1, 2, 3, 4... – Corri pro banheiro novamente e lavei minhas mãos ainda com a camiseta que eu queria na cabeça, eu tinha certeza absoluta que eu tinha comprado aquela camiseta... A imagem não saia da minha cabeça, era óbvio que eu tinha a camiseta. Voltei pro closet pegando a minha calça azul-marinho e no meio das calças achei a camiseta que eu tanto queria. Mais o que ela fazia ali, no meio das calças? Tirei todas as roupas do armário e joguei-as no chão, fui até o banheiro lavar minhas mãos e depois voltei pra arrumar tudo de novo. Organizei-as perfeitamente iguais de cores e estilos e depois vesti a minha roupa e desci pra tomar café.
Peguei o potinho de gel e lavei minhas mãos novamente antes de pegar na comida. Elas já estavam vermelhas, mas eu as sentia completamente sujas. O telefone tocou e eu peguei um paninho coloquei álcool passei no telefone e depois o atendi.
- Alô. – Eu falei e ouvi um gritinho
- MAMÃE! – Meus olhos se encheram de lágrimas, que saudades eu estava da minha filha
- FILHA, QUE SAUDADES. – Eu disse e a cena do seu rostinho veio na minha mente – QUE SAUDADES, QUE SAUDADES, QUE SAUDADES.
- Mãe... Posso passar as férias na sua casa? Eu estou com muitas saudades de você. – Minha filha tinha cinco anos e falava como se tivesse quinze.
- QUE SAUDADES... QUE SAUDADES. – Eu senti lágrimas escaparem do meu rosto e corri pro banheiro.
- Hein mãe? Posso? – Claire perguntou novamente mais as palavras simplesmente não saiam
- Claro Claire... Vou te esperar. QUE SAUDADES. – Ela suspirou
- Mais uma crise de TOC né mãe? – Ela perguntou e eu fiquei sem saber o que dizer
- Vem me ver filha, eu preciso tanto de você perto de mim. – Ela começou a chorar
- Às vezes o tio tem razão... – Ela disse e eu senti a ferida no meu peito se esfolar dentro de mim, Robert começou a cuidar de Claire desde que eu comecei com os sintomas de TOC, pra ele era tudo muito perigoso eu até achava que ele falava a verdade, mas eu odiava ficar sozinha.
- Depois eu falo com ele e arranjo pra você vir passar as férias comigo. – Ela fungou e eu abri a torneira pra lavar a minha mão de novo.
- Ta beijo mãe... Te amo. – Ela desligou antes deu’ responder. Tomei um gole de café, fui até meu carro e passei em frente ao Parque perto de casa, peguei o álcool na minha bolsa e lavei minhas mãos enquanto olhava pelas vitrines da janela as propostas de emprego. Encostei meu carro e entrei em uma loja que não exigiam experiências e fui direto ao caixa.
- É aqui que estão precisando de ajudantes? – Sorri pra garota e a mulher me olhou de cima a baixo e sorriu
- Claro vem aqui. – Olhei todas as roupas da loja e fiquei com muita vontade de organizar tudo, minhas mãos coçavam pra ir até as roupas e organizá-las. Peguei meu gel dentro da bolsa e passei em minhas mãos. Entrei em uma sala e me senti um pouco preocupada com o espaço ser pequeno, ali poderia ter tantos germes, baratas e outros. A moça que sentou na minha frente ligou o climatizador do lugar e eu me senti melhor com o pouco ar que saia por ele. Ela fez as perguntas comuns de uma entrevista e eu resolvi abrir o jogo e falar da minha doença.
- Então... Eu sofro de uma doença. – A mulher arqueou as sobrancelhas e depois me olhou cerrando os olhos
- Que doença? Transmissível? – Ela levantou da cadeira e abriu a janela
- Não, ela não transmite. – Ela assentiu – Eu sofro de TOC. – Ela arqueou as sobrancelhas e depois encarou minhas mãos
- Então por isso a sua mão esta assim? – Eu assenti – Pensei que fosse da blusa. – Neguei com a cabeça
- Mais olha, eu consigo me controlar. – Ela assentiu com um pouco de sarcasmo e depois lançou a mesma frase que eu ouvia há anos
- Nós “não temos vagas” – Ela fez aspas com as mãos e deu a entender muito bem o que ela queria dizer.
- Pensei que essa loja não tinha preconceitos. – Levantei da cadeira
- Não somos exceções. – E abriu a porta para que eu saísse. Saí furiosa da loja e entrei no meu carro com muita raiva e cortei um carro que buzinou pra mim. Eu apertava forte o volante como se quisesse quebrá-lo, a raiva estava dominando e eu odiava gente preconceituosa, eu simplesmente ODIAVA. Saí cortando os carros e não percebi que o sinal estava vermelho, assim que estava passando pude ver uma Mercedes vindo na minha direção, ouvi um barulho forte de freios e depois senti a batida forte contra o meu carro e um barulho de vidro quebrando e com uma forte dor na cabeça e uma dor no meu joelho deixei que a dor e o silêncio da minha mente me fizesse fechar os olhos.

2.
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Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas dava pra ouvir muitas vozes pedindo calma e rostos que eu não sabia de quem era.
Senti meu olho começar a piscar sem parar e coloquei minha mão na testa vendo que tinha sangue por ali. Tentei me levantar mais senti uma forte dor na perna e minhas costas doíam por causa da batida, eu não sabia em quem eu tinha batido ou se uma daquelas pessoas que estavam me olhando era ela ou ele, mas eu sabia que eu estava certo e estava no direito de passar. O sinal verde estava pra mim.
O rosto de Amber e Cory vieram na minha mente e eu tive que levantar a minha cabeça mais a dor e meu tic não cessavam. Pude ouvir o barulho das sirenes da ambulância e logo muitas pessoas começarem a falar, vi umas pessoas de branco e percebi que eram os médicos que me olhavam.
- O senhor consegue me ouvir? – Um deles perguntou e eu murmurei que sim, minha voz não saia. – Mantenha a calma que nós vamos te tirar daí. Só fique tranqüilo, esta tudo sob controle – Ele olhou por dentro do carro e falou com os amigos, preferi fechar meus olhos e esperar que o pior passasse logo.

Quando acordei estava tudo branco.
Logo minha visão começou a entrar em foco e eu pude ver coisas de hospitais. Minha cabeça latejava de dor e eu tinha vontade de levantar e ir atrás dos meus filhos, onde eles estariam agora? Olhei pro lado esquerdo e pude ver uma mulher deitada com a perna enfaixada. Será que era ela que eu tinha batido o carro? Suas mãos estavam cortadas e sua cabeça tinha um curativo, mas ela parecia dormir tranquilamente. Pelo pouco que vi dava para ver o quão bonita a senhorita era, suas mãos mexeram chamando a minha atenção e depois eu a vi abrir os olhos. Com a mão sem o curativo ela passou a mão na testa e fez cara de dor, ela levantou a cabeça e depois olhou pro lado me pegando no flagra.
- O que aconteceu? – a voz dela era baixa e eu a vi fechar os olhos e gemer baixinho
- Acho que nós dois sofremos um acidente de carro. – Ela abriu os olhos meio surpresa e depois assentiu. A porta se abriu e duas enfermeiras entraram cada uma com uma bandeja em mãos, elas sorriram e conversaram
- Então quer dizer que os dois já acordaram.
- NÃO, ESTAMOS DORMINDO. – Novamente a minha síndrome atacou e eu pude sentir meu rosto queimar de vergonha – Desculpe
- Sem problemas senhor sabemos que isso acontece diariamente.
- Mais eu me controlo muito bem. – Falei a enfermeira e ela sorriu e começou a mexer nos fios que me cercavam, ouvi a voz da garota ao meu lado
- Eu preciso lavar as minhas mãos, você pode pegar pra mim água? Por favor, eu preciso lavar as mãos... – Ela falava diversas vezes que precisava lavar as mãos e eu arquei as sobrancelhas tentando entender o porquê da repetição e depois olhei para as mãos vermelhas dela.
- Senhorita por favor, se acalme. – A enfermeira colocou a bandeja no colo da garota que parecia fazer birra.
- Senhor ... – Minha atenção voltou à enfermeira ao meu lado – Coma um pouco que você precisa de vitaminas. – Ela colocou a bandeja no meu colo e arrumou os travesseiros atrás de mim me fazendo ficar sentado. – E depois tem gelatina de morango. – Ela sorriu e eu assenti forçando um sorriso também. Ela se virou para sair
- Enfermeira. – Eu a chamei e ela virou pra mim – Meus filhos, eu preciso saber dos meus filhos.
- Onde seus filhos estão? – Ela perguntou cautelosa
- Eu os deixei na escola, no pré no centro a cidade. – Ela assentiu
- Você não tem parênteses que possam buscá-los? – Eu assenti
- No meu celular. – Olhei para os lados atrás da minha carteira e ela suspirou
- Seu celular quebrou no acidente senhor .
- DROGAA. – A Raiva esquentou meu sangue e eu fechei minhas mãos em punhos
- Pode me dizer o nome de seus filhos? – Ela perguntou e depois olhou meus batimentos cardíacos
- Amber e Cory, será que alguém não pode ir buscá-los? – Eu perguntei e ela sorriu
- Vou ver o que posso fazer por você. – Ela piscou e eu sorri vendo-a sair do quarto junto com a outra enfermeira. Olhei pra garota ao meu lado e ela sorriu
- Qual seu nome? – Perguntamos juntos e depois rimos


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- Meu nome é . – Ele se apresentou e eu sorri
- . – Ele sorriu pra mim. – Você tem filhos? – Eu perguntei e ele assentiu
- Tenho dois, Amber e Cory. – Assenti e comecei a comer um pouco da comida que estava na minha frente
- Lindos nomes. – Eu disse e ele sorriu bebendo um pouco de água que estava ao lado da sua cama
- E você tem filhos? – O ouvi perguntar e assenti
- Tenho uma filha, Claire. – Ele pareceu meio surpreso, mas não falou nada.
- E ela tem quantos anos? – O encarei
- Ela tem cinco. – Meus olhos se encheram de lágrimas e ele sorriu – Claire não mora comigo, mora com meu irmão mais velho.
- Por quê? – Ele me perguntou e eu hesitei um pouco eu mal o conhecia – Só fala se quiser.
- Sem problemas. Eu sofro de uma doença... – Ele pareceu surpreso... Mais um preconceituoso – TOC.
- E eu tenho síndrome de Tourette. – Arquei uma sobrancelha, nunca havia escutado antes.
- E como é essa síndrome? – Perguntei e ele engoliu a gelatina de morango que estava no potinho em suas mãos
- Eu tenho tics. Meus olhos batem sem parar e às vezes eu grito do nada. – Ele disse e eu fiquei surpresa – Mais eu sei me controlar.
- Entendi. Eu preciso lavar as minhas mãos o tempo todo e pra mim tudo tem que estar perfeitamente arrumado por cores, estilos...
- Sério? Sua casa deve ser perfeita. – Ele disse e eu ri
- Com certeza. – Nós rimos – Meu irmão é bem preconceituoso e quando descobrimos que eu sofria de TOC a minha filha passou a morar com ele, ela tinha dois anos quando foi.
- E você é casada? – Ele perguntou e eu neguei – Também não. – Senti meu rosto corar e mudei de assunto.
- Você gosta de gelatina de morango? – Ele arqueou a sobrancelha
- Gosto. – Ele falou simplesmente e eu ri
- Eu odeio, se quiser pode comer a minha. – Eu estendi minha bandeja pra ele que pegou o potinho e depois riu
- Você não comeu nada – Ele disse e parecia meu pai.
- Comi sim pai. – Nós rimos
- Assim que sairmos daqui, posso te convidar pra jantar comigo? – ele falou, riu baixinho e eu corei
- Claro. – Nós sorrimos
- Vou te levar pra comer no Chinatown. – Olhei pra ele e ele riu
- Nunca ouvi dizer, não é comida chinesa nem nada é? – Eu ri e ele assentiu
- É comida chinesa. – Eu neguei com a cabeça
- Não posso comer comida chinesa, tenho alergia. – Ele riu
- Sério? – Eu gargalhei
- Super sério. – Ele ficou surpreso – Estranho né?
- Muito estranho – Nós gargalhamos – Então vou te levar pra comer cachorro-quente na esquina da minha casa.
- Se tiver muito Ketchup eu aceito. – Nós rimos e ouvi um trovão forte que me fez pular da cama e me segurar na trava que tinha ali, me senti suja mais sabia que não conseguiria sair dali pra lavar as mãos, senti meus olhos lacrimejarem e depois vi a chuva cair, ela começou super fraca e depois dava para ouvir muito mais alta. Fiquei com muito sono e minha cabeça começou a doer. Como tinha ficado quieto eu acabei pegando no sono.

3.
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era muito bonita e simpática.
Resolvi pegar o controle que estava na bancada entre nós dois e ligar a TV que estava na nossa frente. Estava passando um jogo de basquete e eu preferi deixar lá mesmo e ficar assistindo em silêncio, depois de um tempo vi se mexer na cama e depois abrir os olhos. Ela não disse nada, só ficou assistindo a TV e eu preferi ficar quieto também.
- PAPAAAAAI – Amber entrou correndo dentro do quarto e eu vi se assustar
- Amber, Shii... Aqui é um hospital meu amor. – Ela estava chorando. – Não chora pequena, papai ta bem. – Vi Cory entrar e depois a enfermeira
- Obrigado por trazer eles. – Eu agradeci e ela sorriu
- Sem problemas, não tem nada. – A enfermeira saiu e eu vi sorrir
- Essa aqui é a . – Apresentei e Amber sorriu
- Oi , eu sou a Amber. – Ela chegou perto da cama de e ela passou a mão nos cabelos de Amber
- Prazer Amber, você é muito linda. – elogiou e Amber sorriu
- Ela é sua namorada Pai? – Eu e rimos.
- Não filha. – Ainda não pensei e depois ouvi Cory me cutucar
- Ela é bonita. – Ele cochichou e eu assenti
- É sim filhão. – Nós rimos baixinho e Amber começou a conversar com .
- Ô Pai, coloca no canal 21 que ta passando o circo. Tem várias mágicas e um palhaço que ta contando piada. – Os dois riram e Cory sentou na cama do meu lado
- E onde vocês estavam vendo? Vocês não estavam na escola? – Perguntei e Cory corou
- No carro da enfermeira tinha uma televisãozinha e ela estava rindo muito com as piadas. – Amber dedurou e Cory assentiu, mudei de canal e nós quatro ficamos rindo das piadas sem-graça que o palhaço contava.


Quatro meses depois...


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- Claire, para de correr você vai se machucar. – Eu gritei e entrelaçou nossos dedos.
- Relaxa amor, deixa as crianças brincarem – Ele me abraçou pela cintura e eu o abracei
- Quem um da iria imaginar que nós dois estariamos juntos hein? – Nós rimos
- É verdade amor, graças ao acidente né? – Eu bati nele
- A gente poderia ter se conhecido de outra forma. – Ele assentiu e nós sentamos em um banquinho que tinha no parque perto da minha casa, eu peguei o álcool da minha bolsa e lavei minhas mãos vendo as crianças brincando ao longe, era férias e a Claire tinha amado os irmãos postiços que ela tinha ganhado.
- eles estão mexendo com aquele cachorro que deve estar cheio de pulga. – Levantei do banco e me puxou de novo
- Senta e relaxa , SAI DE PERTO DESSE CACHORRO CORY. – gritou do nada e eu comecei a rir – desculpa.
- Não tem problema amor. – Eu arrumei a gola da camiseta dele que estava me agoniando e senti varias gotas de chuva cair em nós dois e depois as três crianças vindo correndo na nossa direção brincando com o cachorro.
- Pai deixa a gente ficar com ele? – Amber perguntou e me olhou
- Só se você tirar todas as pulgas dele. – E as crianças ficaram super felizes e começaram a correr no parque enquanto a chuva caia sobre nós, começamos a brincar de pega-pega e eu posso dizer que essa sim vai ser a minha futura família.


FIM



Nota da autora: ooi *-* Fala sério essa Challenge ai tava muuuuuito tensa. Mais eu gostaria de agradecer as criadoras do Challenge por que eu fui pesquisar mais sobre essas doenças e eu achei super interessante e se não fosse pela Challenge eu nunca ia ficar sabendo. ASUHDUISHDIUHASDS'
E outra foi super dificil descrever a doença porque você não sabe muito bem né? então eu apanhei um pouquinho mais escrevi a FIC em três dias.
To com conjutivite geente, imagina eu escrevendo e scriptando com conjutivite? MUUUUUUITO TENSO.
Da ultima vez que eu participei do Challenge eu fiiquei em sexto lugar, espero que agora eu fique em uma posição melhor apesar de ter gostado bastante dos meus 8,5. SIUHDUIASHDUHSAUIDHS'
Me contem o que vocês acharam? *-* aah! Vou colocar uns links ai se vsês quiserem me achar e tals.

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@leelaop - Sigam


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