My best friend... Gay? No way!
por Pê


Challenge #03

Nota: 9,0

Colocação:




N/a: Coloquem para carregar: Pedaço de Mau Caminho - Reginaldo Rossi

Encarei o balcão, antes pertencente às bebidas, e que agora, tinha virado o palco perfeito pra um strip. Bom, seria perfeito caso a pessoa que estivesse em cima dele fosse alguma daquelas gostosas da Playboy ou a minha namorada, não o meu melhor amigo. É cara, meu melhor amigo! Em cima de um balcão de bar, arrancando a roupa e gritando que me ama! Esse cara só pode ta de brincadeira!
- , se você não descer dessa porra agora eu juro que vou falar pro teu pai que você é uma bicha, ta me entendendo? – Gritei, em uma última tentativa de tirá-lo de lá, já que todas as outras falharam.
- Pode falar. – Ele deu de ombros. Escutei umas risadas atrás de mim, e me virei mostrando o dedo do meio pro infeliz. – Você vai me poupar o trabalho.
- Caralho ! Quantas você bebeu hoje? – Escutei a voz da ao meu lado.
Espera, mas que merda é essa?
- O que você ta fazendo aqui ? - Eu perguntei enquanto me virava e encarava a minha namorada usando uma roupa mais curta que sei lá o que. – E que roupa é essa! Ta ficando louca é?
Ela gargalhou diante da minha observação e voltou a olhar o viado do em cima do balcão. E agora eu não falei viado pra tirar com ele, mas porque esse filho da mãe é gay!
- Sabe ... Eu sempre soube que o que eu sentia por você ia além da amizade, e quando eu te vi ontem comendo aquela melancia, o caldo escorrendo pelos seus lábios vermelhos e carnudos eu não agüentei! Virei gay!
Escutei a risada da abafada pela música alta, e os gritos de aprovação que vinham de todos lá no bar.
O , gay? Eu devo ter colocado um chiclete na cruz, só pode!
Recebi uns tapinhas e cumprimentos nas costas e só não soquei o filho da mãe porque aconteceu uma coisa pior. Ah, bem pior.
O desceu do balcão - só de cueca - e foi rebolando até o som, e cara, eu juro que quase vomitei. Ele falou alguma coisa pro DJ e segundos depois uma melodia muito brega começou a tocar.
Eu só posso ta sonhando, isso daí é Reginaldo Rossi? Fala sério , não tinha algo melhor pra você dançar quando fosse admitir que era gay?

Antigamente
Eu era triste e não sabia
Que no amor sempre existia
Um alguém pra outro alguém


O dublava a música com uma voz muito afetada, e usava o cabo de uma vassoura como microfone.
Espera, vassoura? Como essa droga veio aparecer aqui?

Você chegou
Eu mudei completamente
Sou igual a tanta gente
Hoje sou feliz também


Ele deu ênfase no segundo e no terceiro verso, e quando eu achei que aquela merda não podia ficar pior, olha não é que ficou?
Uma pista de dança surgiu no meio do bar, e o usava um terno branco cheio de brilhos coloridos, que eu pude notar por causa da forte luz que iluminava o meu amigo. Ou ele seria uma amiga agora?

Porque
Você é o meu pedaço de mau caminho
A medida certa para o meu carinho
A coisa mais linda que eu conheci


- Ah , diz que me ama! Seu cachorro! Diz que me quer! – O gemeu enquanto sapateava na minha direção. Isso mesmo, sapateava!
Eu comecei a suar frio, que merda que ta acontecendo aqui?! E cadê a pra me tirar dessa?
Escutei uns assovios e a luz, que antes estava iluminando o meu ex-amigo, me iluminou.


- Fecha essa cortina ! – Resmunguei puxando a coberta pra cima do rosto.
- Já é quase três horas ! Levanta dessa cama! – Ela falou com aquela voz alta e grossa, que ela tinha mania de usar quando estava com raiva.
Merda de voz. Faz a minha namorada parecer homem. Tudo bem, nem tanto, mas isso não é nada sexy.
- Eu estou de férias, vou levantar a hora que eu quiser. – Respondi meio rouco.
Mas é obvio que a minha adorável menina fez questão de arrancar o edredom de cima de mim e me encarar brava.
- Não enquanto estiver comigo amor. – Ela disse sarcástica, mas pelo menos a voz já tinha voltado ao normal.
Eu até pensei em responder alguma coisa, mas todas as minhas respostas incluíam algo do tipo a deixar e isso era a maior mentira que eu poderia contar, então eu fiquei quieto e levantei da cama.
- Isso, bom garoto. – Ela riu. – Agora você quer me contar o que foi aquilo a noite?
- Aquilo o que? – Perguntei me fazendo de desentendido enquanto olhava pras suas pernas descobertas até metade da coxa.
Eu sempre soube que essa camisa ficava melhor nela, pensei enquanto a sacudia a cabeça em reprovação.
- Não se faz de idiota ! Eu escutei você gritando. Como é que foi mesmo? - Ela fingiu pensar enquanto sentava ao meu lado. – Não! Tudo menos Reginaldo Rossi!
Ela imitou a minha voz e riu em seguida.
Droga de sonho. Aliais, aquilo lá tava bem mais pra um pesadelo.
e Reginaldo Rossi? Definitivamente um pesadelo.
- Não tem graça. – Murmurei fazendo bico.
Cara, que coisa de mulher. Tudo culpa do .
- Ah amor, não é tão ruim assim... – Ela tentou me dizer enquanto fazia carinho na minha mão.
- , não foi você que descobriu que o melhor amigo é gay! E que ainda por cima gosta de você! Isso é nojento!
- Você tem certeza de que era o mesmo? – me perguntou pela hm, milésima vez. – Às vezes ele tem um irmão gêmeo malvado...
- Certeza! – Confirmei rindo um pouco da observação louca dela, e as cenas de quarta feira voltaram a passar na minha cabeça.

Eu estava escondido atrás de uma árvore em frente a casa do , esperando ele e a chegarem pra eu poder assusta-los, já que tinha acabado de ver os dois vindo a pé pra casa.
Brincadeira de criança? Totalmente, mas eu não to nem ai.
- Você tem certeza disso? – Escutei a perguntar. Era nessa hora que eu devia sair da árvore gritando e dar um susto nos dois, mas a curiosidade falou mais alto. – Você sabe que eu vou te apoiar sempre, não sabe? Mas você tem que ter certeza.
- Eu tenho... Sabe, eu sei que vai ser difícil pras pessoas aceitarem, mas eu não consigo esconder mais! Não agüento olhar pro e ter que fingir que não sinto nada.
O que você acabou de dizer ? Isso não pode ser o que eu to pensando, ah não mesmo!
- Mas e a ? Sabe , eu entendo esse negócio de você ser... er, gay, mas você tem que lembrar que o não é. E que ele tem uma namorada.
Gay.
Meu melhor amigo é gay!
Meu melhor amigo é gay e gosta de mim!
Ah não, alguém me mata!
- Eu sei... Mas eu tenho que arriscar, se ele não gostar foi isso, acabou. Só que esconder não da mais! – O falou, e dessa vez eu pude notar algo mais afeminado na sua voz.
Estranho, eu nunca tinha notado isso antes. Deve ser porque eu não sabia que ele era bicha!
- E o que você ta pretendendo fazer? Não que isso signifique que eu apoio a sua ideia, porque eu ainda acho que a vai querer matar qualquer um que tentar tirar o dela, mesmo sendo um homem, e mesmo sendo você.
- Eu não sei... Eu tava pensando em algo como flores, e recados de amor anônimos no dia dos namorados. Mas é claro que no final eu ia me revelar né? Caso contrário não vai adiantar nada! E sabe que eu pensei até em fazer uma tattoo? – Ele brincou.
Tattoo, ? Que coisa de... Gay.
Espera. Calma aê. Ele vai se declarar pra mim?!
A riu, e eu escutei a porta sendo aberta e logo depois fechada.
Não faço ideia de quantos minutos eu fiquei encostado naquela árvore, estático. Só sei que quando entrei no carro, eu abri o porta-luvas e peguei meu maço de cigarros. Eu não fumo sabe... Mas quando você acaba de descobrir que seu amigo é viado e gosta de você um cigarro pode ajudar. Isso foi o que eu tentei me convencer enquanto voltava pra casa completamente atordoado.


- Comprei seu presente hoje. – A comentou animada logo depois de entrar no carro, eu tinha ido a buscar da aula de handebol.
É, handebol. E se for falar que a minha namorada é estranha não precisa, eu já sei.
- Tomara que a gente não tenha problemas com discos voadores no quintal de novo. – Falei rindo, lembrando do último dia dos namorados.
- Nenhum alienígena dessa vez, eu prometo! – Ela respondeu sorrindo. – Mas vai falar que você não achou legal tomar um banho de banheira lá dentro?
- Foi super agradável. – Disse irônico. – O mais divertido foi quando os vizinhos chamaram a polícia alegando que nós estávamos fazendo contato com seres do espaço.
Nós nos olhamos por um segundo logo antes de começar a rir feito dois idiotas. É isso que você ganha no dia dos namorados por gostar de alguém como a . Você ganha ofurôs em formato de naves espaciais e uma visita da polícia. Não tem nada mais autêntico.
- Mas falando sério... – Ela disse quando já estávamos mais calmos. – É uma coisa que você gosta de brincar à noite.
Eu a encarei e ela me olhou de volta sorrindo de um jeito muito malicioso, e se eu não estivesse no meio do trânsito juro que teria a agarrado.
- Mal posso esperar. – Comentei, tentando me concentrar nas ruas a minha frente.
- E como foi lá com o hoje? – Ela perguntou algum tempo depois.
Precisava lembrar disso amor? Eu estava tão feliz tendo fantasias com você e um chicote.
- Estranho. Ele ficou me encarando o tempo todo, eu fiquei com medo. – Ela riu. – Não é engraçado! Fora que os filhos da mãe do e do só ficaram rindo da minha cara.
É, eu tinha contado pra eles sobre o . Eu achei que como companheiros de banda não devíamos manter esse tipo de segredo. Tirando o , esse ai devia ter ficado de boca fechada sobre o segredinho dele.
- Você queria que eles tivessem feito o que? O ainda não sabe que vocês sabem!
- Isso vai ser uma merda pro McFLY quando a mídia souber... – Resmunguei enquanto estacionava em frente a nossa casa.
- Fica calmo amor, na hora a gente vai dar um jeito. – A falou em uma voz quase suave, tentando me acalmar.
Mas acho que o que realmente funcionou não foi a voz suave, mas sim o beijo que veio logo depois. E as coisas que vieram depois dele, claro.

- FELIZ DIA DOS NAMORADOS! – A gritava e pulava na cama, fazendo meu estômago vazio revirar. Será que ela nunca vai parar com essa mania de me acordar dos piores jeitos?
Ah, e parar com a voz grossa também.
- Pra você também. – Murmurei sorrindo, enquanto abria os olhos devagar.
Eu puxei as pernas dela pra baixo, fazendo com que ela caísse ao meu lado e me encarasse com os olhos brilhando.
Obrigada por me presentear com uma garota tão linda Deus. Completamente doida, mas linda.
- Eu amo você. – Ela me disse antes de me dar um selinho rápido e ir pro banheiro.
E ela fez isso de propósito. Ela sabia que não ia receber um 'eu também' como resposta. E eu me odeio por isso.
Não que eu não ame ela, é meio obvio que sim, já que a gente namora há três anos e moramos juntos... Mas eu só não consigo falar as três palavrinhas mágicas. Elas simplesmente não saem.
E a sabe disso, tanto é que ela nem faz mais questão de ficar me pressionando pra que eu fale.
Levantei da cama e fui tomar um banho no banheiro do outro quarto, já que o meu estava trancado.
Eu não demorei muito no chuveiro e logo já estava de volta ao meu aposento, colocando uma camiseta que ganhei da de natal. Eu geralmente não uso ela já que iam achar meio estranho se visse o do McFLY saindo pra rua com uma t-shirt escrito 'eu amo chocolate'. Na verdade, eu tenho quase certeza de que a esqueceu de comprar o meu presente e pegou algum dela pra me dar. Deve ser por isso que além de tudo a camiseta é meio apertada...
Escutei um assobio e me virei pra ver a encostada na porta do closet me olhando.
- Amor, eu já falei que você fica lindo com essa camiseta? – Ela perguntou rindo.
- Acho que sim, mas você pode falar de novo... Eu não me importo. – Respondi dando de ombros e indo até ela e a beijando.
A imagem do chicote veio novamente até a minha cabeça e eu me senti quase um pedreiro. Sabe aqueles velhos mal comidos, que só tem pensamentos pervertido e cantam a primeira pessoa do sexo feminino que vem na frente? É, pedreiros desse tipo mesmo.
- E o meu presente? – Eu perguntei baixinho, ainda com a boca roçando na dela.
- Não é um chicote . Pode ficar calminho agora. – Ela sussurrou rindo.
Merda. E eu nem cheguei a falar que queria um chicote... É nisso que dá a convivência diária, o casal perde a privacidade.
Ela foi até a parte dela do armário e pegou uma caixa de sapato, tirando de lá um saquinho.
Me entregou, e deu um risinho sapeca enquanto eu abria o pacote de seda.
Um urso.
O urso que eu ganhei dos meus pais quando tinha três anos. Eu não o via desde que sai em turnê pela primeira vez! E se você me permite dizer, é um ursinho muito fofo. E não, eu não sou gay como o meu amigo. Ele só é realmente fofo.
- Obrigada. – Falei sincero, recebendo um sorriso em resposta.
- Eu sei que não é grande coisa, e nem inédito, mas eu não fazia ideia do que te dar. Você tem tudo ! – Ela resmungou brincando. - Seus pais falaram que você gostava de dormir com ele... Eu achei que você ia achar legal.
- É perfeito. – Eu a beijei rapidamente e logo me separei pra poder pegar o meu presente.
Minha vez de ir até o armário e mexer na caixa de sapato, apesar de que eu devia ter guardado isso em algum lugar mais seguro... Quer saber? Agora já foi, não to nem aí.
Eu peguei a pequena caixinha de veludo e o pequeno bilhete que a acompanhava. Observei a expressão de surpresa que a fez quando percebeu o que era, e sorri quando ela abriu a boca e me encarou com os olhos arregalados.
Entreguei o bilhete primeiro e esperei impaciente enquanto ela lia o que eu tinha escrito.

Eu te amo. Casa comigo?

Ela repetiu em voz alta e eu abri a caixinha vermelha, mostrando um anel brilhante e com uns brilhantes coloridos... Um estilo bem .
- Sim! Sim, sim, sim e sim! – Ela gritou antes de pular em cima de mim.
É cara, eu sei ser romântico às vezes.
- Sua cara há um minuto atrás foi impagável. – Sussurrei rindo, antes de receber um tapa no ombro. Um tanto forte pra uma menina do tamanho dela.
- Idiota. – Ela murmurou, me beijando depois.
E eu estaria completamente feliz se algum desgraçado não tivesse me ligando nesse exato momento.
- Vai atender. – A mandou, me empurrando pra porta.
- Seu amor me comove ás vezes. – Falei irônico. – Eu acabei de te pedir em casamento!
Ela deu de ombros e riu enquanto olhava o anel, seus olhos estavam brilhando. Eu sorri.
- Vai logo! – Ela disse brava quando viu que eu estava observando.
Eu ri enquanto saia do quarto e descia as escadas correndo, quase caindo no meio do caminho, não que tenha adiantando alguma coisa. A pessoa parou de ligar no segundo que eu encostei no aparelhinho irritante.
Duas chamadas perdidas.
Era o que estava escrito na tela. Duas chamadas perdidas, que eu logo descobri ser do .
Eu confesso que fiquei com medo. Quer dizer, hoje é dia dos namorados... E ele é gay e queria se declarar pra mim! Foi por isso que eu não liguei de volta.
Mas não deu tempo nem de chegar no primeiro degrau que meu celular voltou a tocar, mas dessa vez um toque mais curto e diferente.
Mensagem. Do . Fudeu.

Hey lindo! Feliz dia dos namorados!
É agora que você molha as calças de medo de ler que eu sou bicha e te amo né?
Caralho , eu nunca vi alguém tão burro como você!
Você deve ta com uma cara de merda agora né? Vou te explicar então.
Quarta feira à tarde, eu sai pra ir ao supermercado com a , e nós vimos você saindo lá de casa e se escondendo na atrás da árvore. Acho que foi nessa hora que eu e a tivemos a mesma ideia de zuar com você e fingir que eu era gay.
É cara... Foi tudo uma brincadeira hahahahaha
E valeu a pena me fingir de bicha na tua frente, só pra ver tua cara de desespero lá no estúdio e também quando você foi chorando pro e o falar que eu era viado.
Você ainda vai me matar de tanto rir dude. E é melhor eu parar de falar porque você já deve ta querendo me encher de porrada né?
Te ligo depois gato Xxxx HAHAHAHAHHAHAHAHA
Ps: Nunca mais tenha sonhos que envolva Reginaldo Rossi e seu amigo aqui ok? Isso soa muito estranho . Muito.
E não tente saber como eu descobri isso. Você vai se dar mal.
.


Três palavras? Filho da mãe.


FIM



Nota da autora: Meu Deus, eu acho que nunca escrevi uma coisa com tanta pressa e palavrão! HAHAHA, eu geralmente não participo dos challenges, mas dessa vez eu simplesmente tive que entrar! Quer dizer, amigo gay e Reginaldo Rossi no mesmo lugar? Eu tive que escrever alguma coisa! Mesmo que seja pra ficar em último lugar! HAHAHA
Outra coisa, eu sei que seu McGuy não deve conhecer o Reginaldo Rossi [fato], mas como isso é uma fanfiction, vamos fingir que ele sabe direirtinho quem é ok? (:
Hope you like it!
XOXO,



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