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Autora do Mês - Agosto

Peach Lee

autorapeachlee@gmail.com
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@autorapeach
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Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu ser a Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA: Em choque, definitivamente. Quando recebi o email, confesso que fiquei lendo e relendo várias vezes, para ter certeza de que era real. Eu nunca na vida tinha imaginado ser Autora do Mês, nunquinha. Fiquei imensamente feliz e grata, mas muito surpresa também.

FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A: Comecei com 11 anos em algum momento de surto por Kpop, que eu gosto há mais de 10 anos. Eu já lia algumas fics com o 1D e EXO, então achei que pudesse começar a desenvolver e compartilhar os meus plots mirabolantes no Spirit. Não me lembro direito sobre o plot, apenas que era algo envolvendo uma anja da guarda e o EXO de Mama. Era apenas um monte de informações bagunçadas em diálogos aleatórios, e, apesar de morrer de vergonha sempre que me lembro dela, eu gosto de relembrar e dar risadinhas com ela.



FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A: A ideia de passar qualquer coisa além de puro entretenimento por meio das minhas histórias ainda é algo novo para mim. Eu confesso que, particularmente, o processo de ir aprendendo com meus próprios personagens é o mais gostoso, e eu sempre acabo descobrindo novidades com eles – mesmo que já fosse algo intrínseco em meu subconsciente. Gosto de escrever sobre diferentes personalidades e ir aprendendo que cada um lida com as coisas de uma forma particular. E é isso que eu espero que meus leitores captem: as singulares formas que cada pessoa lida com cada situação. E descrever o sentimento dos personagens e suas reflexões para cada ação que ele faz é o que eu mais valorizo.

FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A: Nunca recebi muitas críticas negativas durante minha jornada de autora, então não consigo pensar como eu lidaria com elas atualmente. Sobre cobranças: eu não sei lidar. Eu sou uma pessoa que já se cobra muito, e ter outras pessoas também me cobrando apenas piora todo meu andamento. Acredito fielmente que a cobrança e a obrigação de escrever rápido altera a qualidade da minha escrita – e muito. Mas eu faço terapia para me ajudar nesses fatores.

FFOBS: Se você pudesse trazer a vida um personagem de qualquer de suas histórias, qual seria e por quê?
A: O Jake de Canon. A fic ainda está no começo, mas ele já se tornou um dos meus personagens prediletos de todo meu universo de fics. Amo a forma como ele se moldou sozinho à história. Sempre fui apaixonada pelos melhores amigos engraçadinhos que estão ali para fazer piada, e o Jake tem esse papel. Ele vai ser o maior presente da Miy durante a história, então imagino que ele seria o maior presente na vida de qualquer um!

FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A: Eu prefiro planejar tudo antes de realmente começar a escrever. Acho que é essencial ter os pontos importantes da história meio rascunhados desde o início, saber quais serão os auges e declínios durante o decorrer do plot, pois isso ajuda a não perder a essência da história enquanto desenvolve-a. Contudo, acredito que o processo contínuo também tenha seu papel; criar cenas sem compromisso acrescenta naturalidade à história, e eu acredito que isso seja importante durante a imersão do leitor. Sou fã de ambas as formas de escrever hahah.

FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A: Acho que seria uma série. Não acho que meus plots caberiam em um único filme – mas talvez em uma trilogia, pois gosto de espalhar easter eggs e detalhes que parecem ser irrelevantes, mas que enriquecem a história. O livro também não seria uma má ideia, mas eu confesso que sou muito fã de audiovisual, então se tiver como mostrar algo visualmente para alguém, eu prefiro.

FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A: Uma das minhas musas inspiradoras é a Suzanne Collins com a série de Jogos Vorazes. Amo os diálogos e descrições que ela faz, além dos devaneios constantes, porém essenciais. Gosto muito também da leveza nas histórias da Jenny Han, que foi fundamental para que eu começasse a escrever Betcha, um dos meus xodós. A sensação de misturar as duas escritas e formas de desenvolver me cativa sempre que paro para escrever alguma cena, por mais supérflua que pareça.

FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A: Betcha. É meu xodó que retrata muito a Peach da escola. As confusões do primeiro amor, o medo do futuro incerto pós ensino médio, as amizades que viram nossa fortaleza e maior ponto fraco… Toda essa essência de Malhação e Rebeldes me faz ter um apego emocional gigante com essa história. E ela tem um bom público também.

FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A: Ava sempre desconfiou dos eventos canônicos. O mundo da fama lhe ensinou que todo o cuidado é pouco quando se trata de fugir das lentes de algum paparazzi. Então, quando a desgraça aparece ao seu dispor e ela se vê moldada por mais um contrato, a dúvida sobre o cânone reaparece. Ela estava em problemas, dessa vez com sua maior inimizade da empresa: Jay Howard. Precisam, juntos, olhar por trás das faixas de antagonismo que cada um traçou sobre o outro com os anos. E se o evento canônico era nada mais que seu destino prefigurado, a natureza da regra, por que parecia que até mesmo o destino já havia desistido deles?

FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A: Sim! Muitas cenas que eu escrevo são baseadas em situações da minha vida, e a sensação de poder registrar alguns momentos que já passei e observei, sendo bons ou ruins, me traz o sentimento de poder reviver aquilo da melhor maneira possível. Canon, por exemplo, surgiu de um escândalo de namoro real mesmo, com o próprio Jay. Gosto de poder pegar a realidade e criar o meu mundinho utópico, que são as fics… Sinto que elas parecem mais reais dessa forma.

FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A: Para os meus personagens principais, como eu geralmente escrevo com fandom, fica muito mais fácil misturar a essência que eles apresentam na vida com personagens de livros e filmes que eu gosto. Já as minhas personagens principais, eu costumo me inspirar nas pessoas à minha volta também, principalmente em mim e em como eu gostaria de ser. Não tem muito segredo, apenas a arte seguindo a vida.

FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A: Fazendo minhas tarefas cotidianas. Seja no banho, lavando louça ou jogando baralho com meus amigos na faculdade, as melhores cenas surgem quando não estou parada pensando nelas. O único problema é que eu tenho uma memória de peixe, então quase sempre preciso parar o que estou fazendo para escrever – às vezes eu gravo audios para minhas amigas, inclusive.

FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A: Tenho muitos plots engavetados que merecem uma chance. Inclusive, tenho algumas histórias que desisti de escrever anteriormente que eu gostaria de revisar e dar uma nova cara a elas. Tudo vai depender dos meus idols queridos me dando inspiração hahah.

FFOBS: Por fim, que tal citar um trecho de uma fic que você escreveu e sente orgulho?
A: “— Por favor, podemos fingir que somos uma família unida e feliz pelo menos por hoje? Me sinto cansado — Jay fechou os olhos, derrotado. Ele sabia que tinha usado palavras pesadas e que não definiam a reação familiar deles, mas não viu escolha quando se sentiu encurralado pelas perguntas da mãe. Ele não sentia saudades daquilo. Quando Jay falava sobre saudades, falava sobre quando sua mãe ainda o tratava com carinho e cuidado. Quando ela ia buscá-lo de guarda-chuva na escola, mesmo que ela odiasse molhar suas roupas caras e pudesse apenas mandar uma secretária ir buscá-lo em seu lugar. Quando ela ainda se esforçava para preparar um jantar em família para que ninguém comesse sozinho. Qualquer momento antes do acidente.” (canon - [I] whiteout)


FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A: Gostaria de agradecer mais uma vez a todos que leem e dão amor a canon! Eu fiquei muito insegura de postar esse plot, então fico muito feliz que outras pessoas estejam gostando dele. Quero agradecer as minhas amigas que ficam me atazanando para escrever sempre. Obrigada Isy pelos comentários e a capa linda que você fez. Obrigada Lay pelos surtos e ajudas (pois você é especialista em Enhypen). E um obrigada especial a Laís, que além de amiga, é minha beta. Obrigada por ficar me lembrando desse plot toda hora, pela betagem incrível e dicas de escrita. Vocês são luz na minha vidinha de autora pacata <3 E a todos que gostam de escrever: nunca desista. Existem pessoas que amam a sua arte!