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Autora do Mês - Janeiro

Becca Rezende

beeccaalves@gmail.com
Beccarezendee

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Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu ser a Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA:Eu fiquei muito lisonjeada, pois, escrevo desde os dezesseis anos e havia parado por perder completamente o ânimo dentro desse contexto. Voltei a escrever recentemente após adquirir novamente o habito de ler e foi a melhor coisa que fiz, o site faz parte, totalmente, desse processo de transição por que foi o caminho o qual reativei a leitura e assim o desejo de voltar a escrever veio à tona de forma pesada. Então ser Autora do Mês me traz o reconhecimento de que fiz a escolha certa.

FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A: Como disse na resposta anterior, por volta dos dezesseis eu já estava completamente imersa no mundo das fics e livros, sempre fui muito ligada a esse universo e consequentemente, creio que por conta disso, minha imaginação sempre estava bem ativa. Não demorou muito para que eu começasse a escrever e minha primeira história foi um clichê daqueles, com garota nerd, cara popular, uma aposta, suposta traição, perdão e um final com ar de “ele mudou” e logo depois, já estava escrevendo sobre assassinos em série ou a podridão da realeza. O melhor em tudo isso é que levou um tempo a ter eu me considerar uma escritora, mas, consegui focando muito na leitura, acho que isso muda tudo.

FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A: Quando leio gosto de me sentir no lugar do personagem, então quando escrevo faço o mesmo, tento trazer traços de personalidades onde as pessoas possam se identificar, clareza no texto para que entendam o que esteja sendo dito e muita tensão, por que isso é o que mais gosto ao escrever/ler uma história, o sentimento de não saber o que vai acontecer ou saber o que vai acontecer e ainda assim continuar ali.

FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A: Creio que críticas se feitas de forma correta e coerente sempre são bem recebidas e aplicadas para o meu crescimento, vejo que ouvir quem dá atenção ao seu trabalho e as coisas que você faz é importante, em relação as cobranças, tenho que admitir que talvez eu funcione melhor quando elas existem.

FFOBS: Se você pudesse trazer a vida um personagem de qualquer de suas histórias, qual seria e por quê?
A: A nossa Violet Quinn, que faz parte da fic a qual me tornou autora do mês, acredito que nunca coloquei tanto minha forma de enxergar as coisas em um personagem como eu coloquei nela, então seria demais se ela existisse, talvez fossemos melhores amigas ou não, a julgar pelo fato de que seriamos bem parecidas.

FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A: Apesar de já ter um final em mente na maioria das vezes, devo confessar que vejo toda história como um processo continuo, até por que muitas vezes começamos escrevendo com uma ideia e acabamos totalmente em um rumo diferente do que queríamos no início do capitulo.

FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A: A série, por motivos de que sou muito visual, super imagino minhas histórias de um jeito bem atuante e também por que poderia ter mais temporadas, portanto seria bem possível eu unir duas coisas que amo, que é a escrita com o visual, por mais tempo.

FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A: A promessa do Richard Paul Evans, foi uma história que me inseriu no mundo de leitura inclusive, mas, também pela razão dela ser simples e mesmo assim ainda ser fantástica, te prender, surpreender e te fazer se apegar a cada detalhe.

FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A: Definitivamente, “What If I Love You?”, é a história a qual eu mais me dediquei e me dedico. Me entreguei de alma e coração para o contexto, os personagens, a estética da narrativa, todo o cuidado com a escrita.

FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A: Eu ainda conseguia ver, sentir e tocá-lo mesmo depois do acidente. Kyle e seu amor permaneciam em mim como um pedaço de uma flecha partida e eu poderia ser chamada de louca ou ouvir que só eram alucinações, mas eu sabia que era real. Algo tinha o prendido a mim e de certa maneira o fez ficar. O que eu não esperava era alguém entrar na minha vida de um jeito tão insano que chegava a dar medo, Harry precisava de mim mais do que eu podia imaginar e o pior era saber que agora a areia da minha ampulheta escorria de uma maneira tão rápida que eu precisava correr contra o tempo. Eu precisava decidir entre a vida e a morte. Eu não estava dividida entre dois corações, eu estava dividida entre dois mundos.

FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A: Já disse que a própria personagem tem muitos traços da minha personalidade, inclusive a minha profissão, então tem fatos reais, mas, um tanto modificados para a questão da dramaturgia.

FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A: Às vezes de pessoas ao meu redor, mas, também de personagens que fui conhecendo ao longo da minha vida seja em filmes, series ou livros e principalmente de músicas, pois a mesma move a minha vida de um jeito muito intenso, então sempre estou me inspirando em músicas para criar histórias, dessa forma vou juntando um pouco de cada coisa em um só.

FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A: Enquanto estava tomando banho.

FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A: Seguir com “What If I Love You?” até o fim e algumas ficstape que logo mais estarão no site.

FFOBS: Por fim, que tal citar um trecho de uma fic que você escreveu e sente orgulho?
A: “Por mais que houvesse o sentimento de ódio entre eles, era perceptível que Anderson não estava bem, fora o fatídico acontecimento mais cedo entre os dois, ele ainda havia revelado um lado mais sensível a Violet, problemas com o pai, odiar uma das maiores festas de tradição que existe no mundo, raiva excessiva, ou seja, todos os sinais possíveis que precisava de uma companhia diferente hoje.
— Vamos comer? — Questionou sorrindo com os olhos.
— Obrigado! — Ele assentiu com a cabeça.
Sentaram no chão, retiraram tudo o que Noah havia trazido de dentro das sacolas e ajeitaram na mesa de centro. Não demorou muito para que pudessem atacar toda aquela comida na frente deles. Ambos não tinham comido nada durante o dia inteiro, apenas café preto. Não percebiam as semelhanças entre eles em relação a tantas coisas.
— Ainda deve um pedido de desculpas pelo meu carro! — Anderson resmungou de boca cheia.
— Nunca! — Quinn riu e foi acompanhada por um sorriso do rapaz a sua frente.
A garota percebeu que era a primeira vez que via Noah sorrindo de forma sincera, tantas vezes, em um único dia, para ela.
— Você beija muito mal, por sinal! — Disse. — Eu acho que te odeio mais ainda agora! — Foi irônica, o que arrancou mais uma risada dele aquela noite.
De alguma forma, vê-lo feliz a deixou confortável. Ela sabia que quando voltassem ao trabalho após as festas, os dois ainda iriam brigar e quase se matar no dia a dia, mas, o agora estava valendo cada segundo, pois, era natal e Noah parecia ter algum problema não resolvido com seu pai que estava o deixando mal, então se ele estava sorrindo perto dela, significava que ela estava fazendo a coisa certa.
— Você também beija muito mal, não me peça para falar sobre isso. — Disse e colocou mais uma peça de sushi na boca.
Violet riu.
Por mais que a odiasse, Anderson sentiu que sua noite não poderia ser a mesma se ela não estivesse lá, foi a escolha certa ter voltado e não importava se depois eles iriam continuar discutindo ou pensando em cometer possíveis crimes passiveis, ainda valeria a pena se ele estivesse comendo sushi com ela em uma véspera de natal. Pensou em como gostaria de ter essa Violet todos os dias e se arrependeu por ter passado a imagem errada para ela.”


FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A: Agradecer a todo mundo que é a razão de eu estar por aqui hoje respondendo a essas perguntas, em especial a minha beta que sempre está lá quando preciso, a Sial é uma das pessoas mais atenciosas e pacientes que já conheci e ao site por ter sido o caminho para que eu voltasse a gostar desse universo.