Autora do Mês - Maio
Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu ser a Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA: Nossa, eu fiquei muito feliz! É muito louco saber que realmente tem gente que lê o que você escreve, acho que torna tudo mais real.
FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A: Desde bem pequena eu criava várias histórias na minha mente me colocando como protagonista dos meus livros favoritos (e eu era muito mais legal que a Wendy, viu Peter?) mas a primeira vez que eu postei uma história foi por volta dos meus treze anos, escrevi em conjunto com uma amiga e éramos campistas de Apolo e Atena no acampamento meio sangue.
FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A: Mais do que qualquer coisa, a sensação de pertencimento. É horrível se sentir deslocado e que ninguém te compreende, ou que sua vida não é tão divertida quanto poderia ser. Espero por meio da escrita fazer com que os leitores se sintam parte de romances e aventuras que talvez ainda não possam viver na vida real.
FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A: Isso depende. Críticas negativas eu super entendo que fazem parte de todos os ramos da vida e temos que aceitar e tentar melhorar. Claro que se falar com jeitinho ajuda bastante, mas mesmo que fique chateada eu tiro um tempinho para pensar sobre e ver se faz ou não sentido para mim. Agora cobranças eu até que gosto HAHAH como eu disse é bem louco saber que tem pessoas que leem o que eu escrevo e acho que a cobrança é um meio de me lembrar disso. Realmente existem pessoas que esperam para saber o que eu to imaginando e isso é incrível. E ainda bem que eu penso assim porque minhas amigas me cobram o tempo todo.
FFOBS: Se você pudesse trazer a vida um personagem de qualquer de suas histórias, qual seria e por quê?
A: Eu fico muito dividida entre o Aaron e a Sophie, personagens de Orchideous. Mas eu acho que no final, o lado do Aaron falaria mais forte. Ele é gentil, carinhoso, divertido e apoia a sobrinha em qualquer decisão que ela tomar, por mais maluca que for. É uma pessoa que eu gostaria muito de ter na minha vida, íamos passar várias noites fofocando e tomando chocolate quente.
FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A: Geralmente eu tenho uma ou duas cenas do que vai acontecer em mente, mas nem sempre o final. Mas definitivamente ao longo da história é uma das primeiras coisas que eu consigo determinar, aí só falta como que eu vou conseguir chegar até lá! HAHAHAH
FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A: Uma série. Pra mim é bem mais fácil imaginar uma coisa visualmente do que colocar no papel. Tem várias cenas que quando eu escrevo fico pensando que se as pessoas pudessem ver o que eu vejo, ao invés de apenas ler, ficaria bem melhor. E série porque eu sou enrolada e acabo alongando as coisas.
FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A: Eu amo muito o Pedro Bandeira. A série os Karas foi muito importante na minha vida e ele fala de assuntos tão sérios com uma leveza tão grande que eu admiro demais. E pode parecer clichê, mas Jane Austen também entra na minha lista de autores favoritos. Além disso, eu admiro muito as autoras Reh (de Black and Diggory e Backstage) e a Evie (After All e Before All) e leio absolutamente tudo o que elas escrevem antes mesmo de ser postado.
FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A: Se não fosse pelos direitos autorais de Harry Potter, Orchideous. Eu comecei ela do bom e velho modo escrevendo nas últimas folhas do caderno no ensino médio e ela ficou parada por muitos anos antes de ser retomada, então tem um valor sentimental muito grande e eu adoraria ter uma versão física dela.
FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A: Muito provavelmente um romance clichê e levinho de duzentas e poucas páginas para ler de uma vez só e sentir um quentinho no coração. Enemies to lovers, onde só a personagem principal liga para a parte do enemies enquanto o futuro interesse amoroso passa o livro inteiro caidinho por ela. E se passaria na faculdade com uma vibe entre legalmente loira e as patricinhas de beverly hills.
FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A: Boa parte, eu sempre acabo trazendo e adaptando momentos que vivi para as histórias. Tanto que ultimamente está bem difícil atualizar sendo que todos os dias estão sendo a mesma coisa.
FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A: A maior parte de mim e pessoas que eu conheço ou conteúdo que consumi. A Sophie é praticamente uma cópia minha, as vezes não sei muito bem o que escrever e penso “o que eu faria?” e é isso o que ela faz. Os outros tem algumas características dos meus amigos e de conteúdos que eu consumo, como meus personagens favoritos de livros, filmes e séries.
FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A: Acho que nessa altura do campeonato não tem mais nenhum lugar que eu ache estranho. Mas no supermercado pode ser bem inusitado e acontece bastante.
FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A: No momento eu pretendo finalizar minhas longfics e ter força para não começar nenhuma história nova. Mas sinceramente uma shortfic ou outra pode surgir no caminho.
FFOBS: Por fim, que tal citar um trecho de uma fic que você escreveu e sente orgulho?
A: Ah, isso é bem dramático HAHAHAH mas eu sinto muito orgulho de I don’t wanna let you go e tudo o que consegui desenvolver nela.
"Liv chorava descontrolada, sem conseguir falar. Queria gritar que algo estava errado, que aquele era o seu garoto e que aquilo não poderia estar acontecendo.
Mas por mais que tentasse, não conseguia pronunciar nenhuma palavra. Mal ouvia o paramédico que tentava a todo custo acalmá-la.
— Eu sinto muito — o homem dizia — Não pudemos fazer nada.
Mas não era nisso que ela queria acreditar. Involuntariamente tirou o colar do pescoço de Reggie e colocou no seu próprio e depois se sentou no
chão enquanto a ambulância levava as pessoas que ela mais amava no mundo.
FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A: Muito obrigada pela oportunidade, foi muito divertido responder a entrevista e poder mostrar um pouquinho mais de mim! E gostaria de agradecer aos leitores por tornarem tudo isso possível!!