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Autora do Mês - Novembro

Vivian Darkbloom

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Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu ser a Autora do Mês do FFOBS?
AUTORA: A descoberta era um pouco caótica e até engraçada, de um jeito ótimo! Eu nem tinha cogitado estar entre as opções, apesar de ter a fic como a mais lida do site em uma das semanas (o que eu gritei muito quando aconteceu). A minha amiga também acompanha o site e temos a mesma beta, aí ela me mandou uma mensagem no nosso grupo com outra amiga, me parabenizando por ser a autora do mês. Como era no nosso grupo pessoal, eu só reagi com diversas interrogações e um oxe bem nordestino. Na verdade, fiquei bem confusa. Só depois, quando olhei o grupo com a minha beta que vi: ela tinha mandando as imagens postadas pelo site e eu estava como autora do mês. Menina, eu surtei tanto nesse dia.

FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?
A: Minha mãe conta que a primeira vez que eu escrevi foi uma história sobre uma bruxa-- sendo que a bruxa era, na verdade, a heroína da história. Eu devia ter uns sete anos ou menos, pois ela disse que eu ditava para ela escrever.

FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?
A: Sentimento. Eu podia passar horas aqui e colocar muitos sinônimos bonitos para explicar tudo que gosto de transmitir, mas acho que algumas coisas são melhores na simplicidade. Então, sentimento. A emoção de cada personagem, o que fez ela decidir aquilo, o que aconteceu quando ele pensou sobre isso. Tudo volta à questão do sentimento, da alma. Assim como qualquer arte.

FFOBS: Como você lida com críticas negativas e cobranças?
A: Então, eu sou extremamente perfeccionista. A maioria das pessoas acha que isso é algo ''bom'', e uma qualidade disfarçada em muitos aspectos na vida. Porém, dessa necessidade de tudo ser toda hora 100% acaba saindo uma cobrança incomparável, que às vezes parece até imparável. É exaustivo. Como lidar com o seu próprio âmago dizendo que dá para ser melhor? Sempre parece que tem uma versão melhor de mim por aí, esperando que eu alcance ela. Um capítulo melhor, um capítulo escrito melhor. Eu não sei ainda muito bem como lidar, e não vou negar que essa cobrança ajuda sim a atingir uma satisfação nos capítulos, mas acho que a melhor coisa a fazer é respirar e se divertir. Assistir uma série, comer algo bem gorduroso, dançar uma música da sua cantora predileta, ler algo que você curte e sair/conversar sobre isso ou sobre qualquer coisa com seus amigos. Apenas… Esgotar o tempo para esses pensamentos excruciantes não tomaram a sua energia, sabe? Acho que toda autora sente que o melhor momento é o orgulho ao terminar um capítulo, dura alguns segundos mágicos e depois metemos a crítica em nós mesmas. Precisamos relaxar! E se poder melhorar, e daí? Dá pra editar mais tarde. Tudo dará certo depois, apenas temos que respirar um pouco mais.

FFOBS: Se você pudesse trazer a vida um personagem de qualquer de suas histórias, qual seria e por quê?
A: Acho que a Adeline Bloom, a PP de YOU. Porque ela é uma mulher INCRÍVEL. Sério, ela é inteligente, latina, brasileira, feminista e extramemente leal. Sem contar que ela é, ao mesmo tempo, pé no chão e cabeça nas nuvens, uma idealista realista. Mas se for um PP, acho que qualquer um menos o Joe! KKKKKK

FFOBS: Quando você inicia uma nova fanfic, já sabe como ela terminará ou é um processo contínuo?
A: Depende muito da fic. Se for um ficstape ou um MV, normalmente eu já tenho o plot inteiro na cabeça. Agora, as longs em andamento? O oposto. Pelo menos normalmente. Eu tenho uma ideia inicial e sei sobre e como quero tratar, e parto a partir daí. Às vezes, é mais divertido aproveitar a progressão e enxergar o final pelo que ele é; um fechamento que só é possível pelo desenrolar.

FFOBS: Se você fosse convidada a escrever uma série de TV, um filme e um livro, mas só pudesse escolher um, qual seria? Por quê?
A: Socorro, preciso refletir muito sobre. Mas, neste momento da minha vida, acho que escreveria um livro. Eu amo muito poesia, então seria algo nesse estilo. Porém, também sou doida por séries… Quero participar do roteiro de uma sitcom. Olha, eu sou multitarefas. É só mandar que eu tô dentro.

FFOBS: Você tem algum autor ou história que considera uma inspiração pra você? Pode citar?
A: Eu sou extremamente apaixonada pelo trabalho Richard Siken. Ele é um poeta, e seu livro é de poesias, e tem uma dor tão doce, como um beijo que dói como um machucado. Ele se abre de uma maneira inacreditável em seus textos, é abrir uma página e sentir escorrer sentimento. Também tem a obra "Coração de Vidro", que me marca até hoje -- sobre uma fazenda e todos os animais dentro dela, dita pela ótica deles. Além disso, eu tenho que citar "Outros Jeitos De Usar A Boca" Rupi Kaur, os poemas tão pessoais da Taylor Swift e Marv Wolfman, um quadrinista da DC Comics. Todas essas histórias me tocam de um modo singular, cada uma tem seu papel em me emocionar. Tantas épocas em uma só vida que não dá só para citar um.

FFOBS: Se você tivesse oportunidade, hoje mesmo, de transformar uma história sua em livro, qual seria? Por quê?
A: Pergunta interessante. Atualmente, acho que iria preferir um livro de poesia à uma história propriamente contínua. Mas, acredito que seria Inimigos Com Benefícios, porque é algo tão levinho que trata de assuntos tão importantes, e ainda tem enemies to lovers que eu amo tanto. Ou willow, que é uma narrativa mítica sobre amor, que eu acredito que daria um conto folclórico mágico.

FFOBS: E se não fosse uma fanfic já existente? Se fosse uma história totalmente original, que sinopse ela teria?
A: Ai, menina. Nem me diga, que eu tenho uma ideias aqui. Olha, sem nem entrar em detalhes, temos duas:
De certa maneira, ele nunca achou que ela gostaria de alguém mais do que ele, simplesmente por nem cogitar a ideia de outra mulher ser tão importante quanto ela. Qual é, ela era a única ex que ele realmente quis manter por perto, a única que ele fez questão de se tornar amigo. Porque ele não estava disposto a perder ela, nunca esteve. Parece um pouco idiota, assim como a maioria das coisas provenientes de alegrias estúpidas, mas ele não pode dizer que já imaginou ela amar outro cara. É claro que eles namoraram diversas pessoas ao decorrer dos anos, porém nunca tão sério. Ele sempre arranjava um defeito nos homens sobre quem ela suspirava, e ela sempre rolava os olhos para os casinhos dele. Em algum lugar escuro da sua mente, que era sufocada com maestria, ele imaginava que eles acabariam juntos. Porque eram eles, sempre. E agora ela estava se casando com outro homem, um homem que estava usando a sua gravata e roubando o amor da sua vida.
Ela acorda com uma dor sútil, como se tivesse dormindo pressionando seu cílios contra o travesseiro. O doer se revela a ser tão pequeno quando um rasgo em uma meia ou uma unha quebrada, mas tão desconfortável quanto. Porque ela sabe, quando acorda naquela cama de novo, que isso é o início do seu ciclo vicioso; a insistência que ela tem em quebrar seu próprio coração em nome de algumas risadas. Ele está deitado do seu lado, seu braço envolto dela, suas pernas emaranhadas, sua respiração na nuca dela como se esse todo frescor que ela precisasse e as memórias sobre eles da outra noite permanecendo em sua mente como uma visão de ouro. Tudo ao seu redor parece dizer que ela é dele e ele é dela, mas o sol entrando pela janela só ilumina ele em uma piada cruel. Ou talvez seu coração melancólico e racionalidade cínica estejam procurando um motivo para que ela corra o mais rápido que pode. A dor sútil está aumento aos poucos, quebrando ela um pouquinho mais a cada segundo porque ela sabe que isso não vai durar. Nada nunca dura com ele.
Essa segunda é inspirada por outra fic, enquanto a primeira é inspirada pelo ep de uma série! Ideias que eu que já tive antes, porém nem comecei elas.

FFOBS: Alguma cena ou história é baseada em algum fato da vida real, algo que você ou alguém que conhece vivenciou?
A: Os sentimentos são reais, mas a situações nem tanto, não sempre.

FFOBS: De onde você tira inspiração para as características, manias e personalidade de suas personagens?
A: De todo canto. De mim mesma, dos meus amigos, do meu animal de estimação, dos meus pais, de um personagem de série. É uma bagunça misturada que acaba dando combinando.

FFOBS: Qual foi o lugar mais estranho que você já teve um vislumbre de cena/momento para a sua história?
A: Isso é um pouco 18+ para dizer KKKKK. Porém sempre vem em diversas situações e momentos.

FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?
A: Eu tenho muitos ficstapes para entrar, mas queria tentar colocar minha versão da fic baseada na música tolerate it no site, além de uma long sobre uma mulher jovem que é apaixonada por um ator auge nos anos 90, e que acaba se encontrando com ele. Porém, a diferença de idade e a ingenuidade tem um papel essencial em como essa história se desenrola.

FFOBS: Por fim, que tal citar um trecho de uma fic que você escreveu e sente orgulho?
A: "— Não, não é isso que eu estou perguntando. — uma risada sem humor escapou de seus lábios, enquanto ela gesticulava para ele. Ele a fazia sentir que estava louca, a ponto de um colapso mental. Todavia, ela sabia que não era verdade, que não estava certo. Ela não estava neurótica, nem maluca! Que se dane o que ele disse, ela sabia que não estava perdendo a cabeça. — Você sente minha falta ou algo fez você sentir minha falta? É muito diferente. Então, não me diz que é a mesma coisa. Porque não é, não é."
E uma mais animadora: "Eu te amaria até que meus ossos se transformassem em pó, talvez até assim. Até assim, a poeira do uma vez era corpo iria voar para onde quer que você estivesse, ia soprar minha alma de volta para o seu colo."

FFOBS: A entrevista vai terminando por aqui, caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!
A: Obrigada a todas que já visitaram algum trabalho meu e principalmente a quem já deixou um comentário, que me ajudam tanto. Obrigada também a todas as autoras por escreverem e terem a coragem de compartilhar o seu trabalho, que certamente inspira e ajuda alguém, além de si mesmo.
Mais uma coisa: escrevam! Escrevam para si mesmas, escrevam para fazer algo belo, escreveram com as mãos tremendo, escrevam com o coração aberto.