As Tears Go By

Por: Stella.
Script e betagem: Biia.



resolveu dar uma volta no parque. Mesmo que o dia estivesse nublado, havia crianças brincando felizes e sorridentes, sem preocupações. Como desejava ter essa sensação de novo, como queria ter ela de volta em seus braços. Grossas lágrimas caíram de seus olhos, lágrimas de saudades, de solidão, de culpa também! São lágrimas que nunca caíram de seus olhos antes.
A história dos dois passou como um filme em sua cabeça; havia sido tão difícil conseguir ter aquela garota só para ele. Mesmo que a quisesse desde pequeno, ela nunca demonstrou interesse ou dera tanta abertura para algo a mais além da amizade.
Levantou um pouco a cabeça e continuou a mirar as crianças sorrindo, o que o consolava um pouco, mesmo sabendo que não era para ele, mas ao mesmo tempo, fazia o sentir um enorme vazio dentro de seu coração.
Em meio àquelas crianças, algo chamou sua atenção: um garoto loiro com cabelo tigelinha pegou uma margarida do chão e entregou a uma garota morena de tranças, que pegou a flor e sorriu sem graça, o que fez lembrá-lo do dia em que aqueles olhos profundos o miraram pela primeira vez.

[Flashback - On]
estava brincando nesse mesmo parque, quando avistou uma garota na caixa de areia. Ele andava hipnotizado à direção da menina, que destruía feliz seus próprios castelos, porém alguns garotos mais velhos passaram e chutaram areia na direção dela, que começou a chorar. teve vontade de bater neles, porém era muito menor e muito mais fraco; não teria chance. Olhou em volta e viu uma flor, pegou-a e andou em direção à garota, que ainda chorava.
‘Ei, não chora! Toma.’ E entregou-lhe a flor. A garota hesitou um pouco, olhava de para a flor, e finalmente a pegou. ‘Meu nome é .’
.’
‘Que nome bonito!’ sentou ao lado da garota que estava um pouco corada e começou a montar castelos com ela, para logo depois destruírem. Nos dias que se seguiram, eles se encontravam todo dia no parque, mas nunca passou de pura amizade.
[Flashback - Off]

Resolveu andar mais um pouco; fazia quatro anos que não tinha um tempo para espairecer - a banda lhe ocupara todo o tempo livre. O McFly lhe trouxe muita coisa boa: fama, dinheiro, carros e luxos que antes não tinha. Porém, nada disso podia mais ajudar. Seus amigos davam todo o apoio moral possível, mas nada, a não ser um milagre, a tiraria da cama de hospital.
Estava ficando tarde, mas não se importava mais, só queria andar sem rumo pela enorme cidade. Quando sentiu as pernas doendo, olhou ao seu redor, viu onde estava e riu ironicamente.
‘London Eye...’ Falou para si mesmo e resolveu entrar em uma das cápsulas. Por conta do horário, conseguiu ficar sozinho.

[Flashback - On]
‘Legal, , nós já fomos ao parque de diversões, você me levou pra jantar em um dos restaurantes de comida grega mais chique e mais caro de Londres com seus pais. Aonde você quer me levar agora?’ andava com receio, sendo guiada por . A cena era um tanto estranha: estava de smoking e guiava , que usava um vestido longo azul bebê e com seus olhos vendados.
‘Pronto, chegamos!’ tirou a venda dos olhos da garota, que olhou ao seu redor e viu que estava no centro financeiro de Londres.
, o que estamos fazendo aqui? ? Ah, e ainda me deixa falando sozinha no meio da calçada feito uma maluca!’ começou a reclamar.
‘Ei, pára de reclamar! Estou aqui.’
‘Bonito, hein?! Me deixa plantada no meio do nada e falando com o poste ainda!’
‘Mas você não estava falando sozinha?’ Zoou .
‘Ha-ha. Engraçadinho! Mas, me diz: o que viemos fazer aqui?’ A garota já estava curiosa.
‘Vem cá.’ puxou a garota pra dentro de uma das cápsulas, eles se sentaram e começaram a conversar até chegarem ao topo da bela cidade de Londres.
‘Meu Deus, isso é lindo! Moro aqui, mas nunca tive tempo e nem oportunidade de vir ao London Eye à noite!’ se levantou do banco para mirar a linda cidade acesa sob o céu estrelado.
foi se aproximando da garota e passou seus braços ao redor dela, recostando sua cabeça no ombro da garota e observando a cidade aos seus pés, o que causou um arrepio na garota.
‘Vamos dançar?’ Ele perguntou.
‘Hm? Como vamos dançar se não tem música aqui, ?’ A garota o mirou como se ele fosse algum tipo de maluco.
‘Quem disse?’ pegou seu celular, colocou ‘I don’t wanna miss a thing’, do Aerosmith, pousou o objeto no banco e puxou a garota para perto de si. ‘Pronto, agora temos uma música para dançarmos.’ Pousou as mãos na cintura de , que envolvera seus braços no pescoço de e começaram a dançar.
,’ quando a música acabou, continuou com a amada em seus braços, olhou profundamente eu seus olhos e continuou, ‘eu preciso dizer uma coisa que está entalada na minha garganta desde o dia em que eu te vi naquela caixa de areia quando éramos crianças.’
, você está começando a me assustar, aconte...’ O garoto colocou o indicador nos lábios de para ela parar de falar e deixá-lo continuar antes que perdesse a coragem.
‘Pequena, você me escutou quando eu estava perdido em meus passos, em minhas palavras você me viu quando ninguém fez e eu não sabia o que pensar, talvez eu cometa um engano, talvez eu construa meu abismo ou talvez eu apenas esteja sendo sincero com você. Eu te amo, !’
, eu... eu nem sei o que dizer sobre isso.’ estava confusa.
‘Só diz se você quer namorar comigo.’ tirou do bolso uma caixinha de veludo azul e mostrou duas alianças prateadas.
‘Eu... Eu quero!’ abriu um enorme sorriso e beijou o namorado como nunca beijara outro cara.
[Flashback - Off ]

E na roda gigante tudo voltou à mente de , até aquela maldita noite que há dois meses tornou lindos dias em cinzas.

[Flashback - On]
e estavam voltando de uma festa, mas os dois estavam meio alterados por causa da bebida servida lá. Estavam brigando, como sempre faziam quando estavam bêbados, mas sabiam que logo depois tudo ficava bem quando acordavam com a maldita ressaca e um cuidava do outro.
, eu ainda não acredito que aquela vadia apareceu lá. E você ainda deu trela pra ela.’ cruzou os braços e olhou pela janela.
, a Brittany não é vadia.’ defendeu a ex-namorada.
‘Ah não é. Ela só deu pra metade de Londres, mas não é vadia! Você viu o jeito que aquelazinha olhava pra você? Tava toda oferecida!’.
‘Você está vendo coisas que não existem de novo, eu devia te internar isso sim!’.
‘Interne então, , quero só ver você se virar sem mim!’ A garota o desafiou.
‘Me viro muito bem sem você! Eu morei sozinho muito bem antes de você se agregar lá.’
‘Eu só me “agreguei” na sua casa porque VOCÊ implorou, e já que você se vira tão bem sozinho, eu vou voltar pra onde nunca deveria ter saído!’ abriu a porta do carro que estava em movimento, obrigando o rapaz a parar.
‘Você nem tem onde dormir, maluca! Volta aqui agora!’ já estava ficando nervoso com a ação da namorada e saiu do carro também para buscá-la. Por causa do nível de álcool no organismo, a garota perdeu o equilíbrio de seus saltos agulha e, ao tentar levantar-se, sentiu uma dor muito forte, desmaiando logo em seguida. presenciou toda a cena: o carro vindo, tentando se levantar, mas logo caindo desacordada no chão, e o máximo que pôde fazer foi gritar o nome da amada. Depois deste acidente, entrou em coma, conseguiu pagar os médicos mais caros do país, mas nada que ele fez a tirava de lá.
[Flashback - Off]

O garoto desceu do London Eye e andou até a casa onde eles moravam. Lembrou-se da panqueca que sempre fazia para tentar agradar o namorado de manhã, porém sempre saía queimada; lembrou daquele sorriso que ela lhe dava que era capaz de fazer parecer que ia ficar bem novamente; o jeito como ela acreditava e o apoiava mesmo que tudo parecesse estar caindo em volta dos dois; o jeito que ela encarava a vida, fazendo-a parecer tão mais fácil de viver; o cheiro dela que não queria sair do travesseiro; os abraços que dava do nada faziam tudo parecer tão simples de se resolver. Lembrou de todas as coisas que ele sentia que não teria nunca mais, pois aquela pessoa que trouxe cor à vida dele mal se mexia agora.
adormeceu entre lágrimas e esses pensamentos.
Algumas horas depois o garoto acorda sentindo algo vibrar no seu bolso. Quando pega o objeto, vê que é uma mensagem de dizendo pra ele correr ao hospital, mas sem nenhuma explicação. já estava de roupa, então pegou suas chaves do carro e voou para o hospital pensando coisas boas, mas e se tivesse acontecido o pior com ela? Lágrimas caíram de seus olhos com esses pensamentos.
Ao chegar ao seu destino, saiu correndo até o quarto da garota encontrando seus amigos do lado de fora, mas passou por eles sem dizer nada. Ao abrir a porta, sentiu seu coração dar voltas. Ela tinha acordado.
estava aflita com os tubos e aparelhos ligados a ela, estava pálida e chorando, seus olhos não tinham o mesmo brilho de antes, mas ela tinha voltado, e era isso que mais importava.
!’ A garota chorou mais.
‘Ei, amor, não se preocupe! Eu estou aqui agora.’ amparou em seus braços e acariciava seus cabelos.
, me desculpa. Eu não devia ter saído do carro daquela maneira... Eu o perdi, .’ A garota já soluçava, e estava emocionado por tê-la nos braços de novo.
‘Vai ficar tudo bem, você vai ver’.
‘Não, não vai! Eu perdi nosso filho, , e eu nem tinha te contado que estava grávida, talvez se tivesse, nem teria bebido aquela noite.’
‘Eu soube, assim que você foi internada. Isso me deixou muito triste, mas o meu maior medo foi de te perder, meu amor.’

Alguns meses depois já estava de volta à sua casa com dedicando suas férias a ela.
‘Prontinho, aqui estão suas panquecas, senhorita!’ entregou à namorada uma bandeja com panquecas, um suco de laranja, dois pretzels e uma rosa vermelha.
‘Nossa! Assim eu fico mal acostumada. Imagina quando eu tiver que voltar a trabalhar como vai ser!’
‘Você ainda está de repouso, depois você pensa nisso. Come logo essa panqueca porque eu quero mostrar quem é o rei das panquecas aqui em casa.’
‘Tá muito bom.’ devorava sua panqueca quando na terceira fatia sentiu algo duro e cuspiu uma aliança dourada. ‘Ai meu dente, caramba! , você quer me deixar desdentada?’
‘Ah! Foi aí que ela foi parar!’ O garoto arrancou a aliança da mão de . ‘, você quer...’
‘Eu quero...’ A garota repetiu para ele continuar, mas ela já sabia o que vinha a seguir.
‘Você que me ajudar a achar a outra aliança pra eu poder te pedir em casamento?’


Fim.


N/A: Aloha frutinhas do meu panetone! Como andam? Se alguém falar “com os pés”, eu vou puxar o pé de noite!
Bom, aqui estou eu novamente com uma fic com fatos que não podem ser explicados. Como por exemplo: como uma grávida enche a cara??? Como alguém pode brigar com um McGuy? Sério, se eu fosse namorada de algum deles eu jamais criaria um conflito.
Ah, nem sei se o London Eye funciona até tão tarde como eu pensei, mas isso é uma história fictícia, então, tudo pode acontecer.
Essa fic foi feita pra minha amiguinha que mora em um pequeno sanduíche chamado Bauru e é inspirada na fic As tears go by dos Rolling Stones que eu sei que ela ama e sabe mais da vida deles do que o Mick Jegger. E caso você já tenha lido a minha outra fic, 8 de março, vai reparar que eu AMO essa música do Aerosmith!
Enfim, quero agradecer à minha beta Bia que está novamente me aturando, a Nytta que mesmo morando num sanduba eu amo pacas e à todas as minhas amigas que sabe quem são e eu to com preguiça de digitar, agradecer a minha prima que sempre baba pelas minhas fics mesmo sem saber o que é uma fic boa de verdade e por último agradeço a você que teve saco de ler a fic e a n/a.
Beijos e comentem!


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