Baby, just say yes...
Escrita por: Marcella
Beta: Van




Love Story
História De Amor



We were both young when I first saw you.
Nós éramos ambos jovens quando eu te vi pela primeira vez.
I close my eyes and the flashback starts...
Eu fecho meus olhos e o flashback começa...
I'm standing there on a balcony in summer air...
Eu estava aqui na varanda, ao ar de verão...




Mas uma vez, sentada naquela tão conhecida varanda, eu fechei os olhos e revivi toda a história. A nossa história de amor...

Fazia o calor agradável do verão na rua mais elegante de Londres. O vento soprou na minha rua e eu sorri. Havia acordado com o humor nas nuvens e nem sabia porque. Eu olhei a enorme casa que havia em frente a minha e me lembrei do casal de idosos que morava ali. Eles haviam se mudado naquela semana para um retiro. Eu gostava dos Stewart. Sentiria saudades.
Quem iria morar ali?
Um caminhão bem grande parou em frente do casarão como se pudesse ter ouvido os meus pensamentos. Em menos de cinco minutos, móveis caros e bonitos começaram a serem tirados dali de dentro e eu fiquei observando. As pessoas que iriam para ali tinham um bom gosto. Gostei particularmente de um piano de caldas.
E então um carro tão bonito quanto o do meu pai chegou e estacionou. Eu fiquei observando com curiosidade excessiva. O que eles deveriam ser?
Foi quando eu o vi pela primeira vez.
Ele saiu do carro e bufou, parecia estar estressado ou algo assim. Por um segundo eu estranhei; um cara, que parecia tão novo quanto eu em meus dezoito anos, dirigindo um carro certamente importado vestindo roupa comuns e normais.
Eu franzi minha sobrancelha e sorri para mim mesma, curiosa. Junto dele saiu uma garota alta, com os cabelos dourados escorridos até o meio das costas, o corpo esbelto e bronzeado, os olhos incrivelmente azuis e suas roupas caras. Eu reconheci as roupas. Eu tinha um montão delas.
Mas ela também parecia estar irritada. Entrou em casa sem nem olhar para trás. Eu dei os ombros e voltei o meu olhar para o rapaz.
O que foi o meu erro.
Ele me olhava. Me olhava com uma intensidade que eu só percebi que existia quando senti meu coração acelerar. Ele olhava dentro dos meus olhos como se houvesse um oceano a ser descoberto ali. Mal sabia ele que o universo se escondia em seu olhar.
Porque eu o descobri. Sonhei com ele todas as noite até aquela festa.



See the lights,
Eu vejo as luzes,
See the party, the ball gowns,
Vejo a festa, os vestidos de gala
See you make your way through the crowd
Eu te vejo fazendo seu caminho em meio à multidão
And say 'hello'.
E diz 'olá'.
Little did I know...
Em pouco tempo, eu entendo...




Eu olhei novamente pela janela enquanto Mary subia o ziper pelas minhas costas. As luzes estavam acesas, esperando por convidados que não paravam de chegar.
Logo depois da chegada do casal á casa dos Stewart, eu comecei a passar muito tempo naquela janela, esperando vê-lo. Hoje eles planejavam uma festa. Convidaram os vizinhos. E isso incluiu ao meu pai e a minha mãe. E é claro, a mim.
Eu não quis de principio. A garota - que eu descobri que se chamava Amélia - era tão fútil quanto as outras meninas ricas da cidade. Ela fez questão de chamar a minha familia pessoalmente, quando soube que seu pai conhecia o meu. Mas ela era tão arrogante e idiota que não tive prazer nenhum de me aproximar. Eu queria mesmo era que...
- , você está me escutando? - Mary perguntou. Eu me virei para olhar para a minha babá desde sempre e sorri, fugindo dos pensamentos que me perseguiam a duas semanas.
- Desculpe-me, Mary, eu estava distraida... - murmurei.
- Percebi! - ela disse, sorrindo docemente. - Vamos, seu pai está lhe esperando.
Eu fiz uma careta e a segui, saindo do meu quarto.
- Tem certeza que eu preciso mesmo usar este vestido? - perguntei pela milésima vez.
- ... já te falei um milhão de vezes, querida. É uma festa de gala. Você tem que ir vestida de acordo!
Eu gemi e continuei a descer as escadas da minha enorme casa. Quando chegamos perto da porta, mamãe apareceu num vestido deslumbrante, de braços dados com papai.
- Minha nossa! - exclamou papai sorrindo. Eu sorri também.
- Eu sei, querido, ela está atrasada. Como sempre. - mamãe resmungou, mas logo sorriu.
- Não estou me importando com a hora, querida. Olhe a nossa filha. Simplesmente...
- Encantadora. - mamãe terminou a frase. Eu me senti corar.
- Ora, parem já com isso. Mamãe está certa, estamos atrasados. - eu me virei para a minha babá. - Obrigada, Mary.
Ela nos sorriu e voltou para o interior da mansão.
- A rainha disse que é elegante se atrasar. - papai brincou. Eu ri.
Nós chegamos a casa vizinha e tocamos a campainha. Alguma coisa se embolou no meu estômago e eu estava quase tendo certeza de que era a vontade de voltar correndo para casa quando ela apareceu sorrindo.
- Sejam bem vindos! - ela disse. Eu forcei um sorriso.
- Obrigada pelo convite, Amélia, é muito gentil de sua parte.. - mamãe cumprimentou, enquanto papai beijava-lhe a mão.
- Ora, que é isso, entrem, fiquem a vontade! - ela disse, tentando ser simpática.
Nós entramos e logo mamãe se perdeu com as suas amigas vizinhas para falar sobre como era cansativo ser uma dona de casa. Revirei os olhos. Como se nenhuma delas tivessem empregadas.
Papai também não demorou muito a se enturmar com os homens dos charutos e dos negócios. Eu os olhei e me vi abandonada. Ótimo.
Mas quando olhei para frente, me conformando que ficaria sozinha ali, esperando só me divertir escolhendo qual o melhor e o pior vestido da noite, ele apareceu. Andando entre a multidão elegantemente vestida, ele fez seu caminho até a mim. Até a mim. E quando estava perto o bastante para eu pudesse perceber que o universo que engolia os meus sonhos tinha muito mais estrelas, ele sorriu um sorriso de lado, como alguém que se desculpa. O melhor de todos os sorrisos que eu já imaginei ver.
- Olá.
Eu estremeci, de cima á baixo com a voz inocentemente sedutora dele. Meu corpo se inflamou num desejo estúpido e eu só consegui sorrir. Foi ali que eu entendi. O universo não havia engolido somente os meus sonhos. Ele havia me sugado também. E eu não sabia como sair dali.



That you were Romeo, you were throwing pebbles
Que você era Romeu, você estava jogando pedras
And my daddy said 'stay away from Juliet'
E meu pai disse 'Fique longe de Julieta'
And I was crying on the staircase,
E eu estava chorando na escada,
Begging you 'please don't go'
Implorando a você 'Não vá'




- Desculpe, eu também estou isolado. - ele falou, constrangido. Eu me obriguei a desviar os meus olhos dos dele e sorri.
- Não se preocupe, eu sinceramente estou acostumada. - eu expliquei.
- Não, esta noite você terá que se isolar comigo. - ele brincou. - Como a senhorita se chama?
- . - eu sorri. Ele estendeu a mão para mim e eu fui apertá-la, mas ele a segurou fortemente e não soltou.
- Vamos fazer como este bairro tradicional de barões e condes sugere. - ele se curvou e tocou seus lábios nas costas da minha mão. O calor correu por todo o meu corpo com aquele simples toque e eu corei. - .
Assim que ele soltou a minha mão, eu soltei a respiração que estive prendendo. Ele sorriu para mim, achando graça do meu constrangimento.
- Me diga, senhorita , você estuda? - ele perguntou.
- Oh, eu não curso mais a escola. Estou estudando algo sobre administração. Papai quer que, quando ele se aposentar, eu tome seu lugar na Hotéis. - eu forcei um sorriso. Ele me olhou com curiosidade.
- Você parece tão jovem... Não deve ter nem...
- Dezoito anos. - eu o cortei.
- A minha idade! - ele se deliciou. Eu sorri. O silêncio se instalou e eu resolvi quebrá-lo.
- Gosta de viver aqui com a sua esposa? - perguntei, engolindo as aversões que aquela palavra relacionada a ele me dava.
- Gosto de viver aqui. Não com a minha esposa. - ele respondeu, friamente. Eu franzi a minha testa.
- Puxa, eu pensei que... Oh não! - eu gemi, me encolhendo numa parede.
- O que há? - ele quis saber.
Bem na minha direção, vinha Richard Jackman. Ele era o filho de um dos comerciantes mais ricos da cidade e velho amigo de papai. E desde que eu me conhecia por gente, papai me prometia a ele. Tal brincadeira levou a situações desagradáveis. Richard se apaixonou por mim. O problema é que eu não podia retribuir o sentimento. E então eu fujo dele desde então. Até porque ele era um chato.
- Jackman está vindo nesta direção. Oh não! - gemi outra vez.
- Quer que eu te tire daqui? - ele perguntou, interessado.
- Como? - perguntei, curiosa.
E quando eu percebi, ele passou um braço pela minha cintura e o outro segurou a minha mão. Quando Richard estava perto o bastante para nos ouvir, sorriu.
- Vamos dançar.
E então eu estava rodopiando no meio da pista de dança, flutuando nos braços dele. Era como um sonho - um dos meus sonhos. A música lenta, as pessoas a nossa volta e nossos olhares se encontrando de maneira estranha. Eu consegui ver Richard se aproximar de meu pai e apontar para nós, como quem avisasse alguma coisa. Papai provavelmente deu um de seus milhões de foras em Richard, mas nos olhou, desconfiado. Quando encontrou o meu olhar, ele mudou sua expressão para algo que me dizia para ter cuidado.
Eu desviei meus olhos de meu pai e continuei dançando. parecia estar divertido, o que me impressionou ao ver a expressão de Amélia. Por um momento, eu me arrependi. Eu havia causado espanto na festa.
Mas quando me guiou para trás de uma pilastra abandonada pelas pessoas, todo o arrependimento se evaporou. Ele me colocou de costas na parede e sorriu novamente o sorriso mais encantador do mundo.
- Consegui te ajudar? - ele perguntou.
- S-sim. - eu gaguejei.
- Que bom... - ele murmurou.
Por um minuto inteiro, nós ficamos somente nos olhando. Ondas e mais ondas de um calor anormal desciam pelo meu corpo. Eu mirei seu olhos-universo e sorri ao perceber que eles eram os mais lindos que eu já havia visto. Ele ergueu a mão em direção ao meu rosto, mas hesitou e não o tocou. Num impulso, eu segurei a sua mão e a coloquei em meu rosto. Ele sorriu e alisou a minha maçã com o polegar. A cada segundo, o calor subia mais e mais e nós íamos ficando mais próximos. Eu senti seus lábios se roçarem nos meus e estremeci. Todo meu corpo, cada nervo, cada poro implorava por aquele contato. Mas quando finalmente ele colou os lábios no meu, alguma coisa o arrancou de mim. E eu vi cair no chão, o nariz sangrando.
- Deixe a minha em paz! - disse Richard, após ter acertado um soco no nariz de . Meus olhos se arregalaram de horror quanto se levantou, pronto para começar uma briga com Richard. Eu me coloquei entre os dois.
- NÃO, , NÃO! - eu berrei, colocando minhas mãos em seu peito. Ao meu toque, ele pareceu se acalmar. Ele ergueu a mão e alisou o meu rosto cuidadosamente, como se não houvesse uma briga a nossa volta. Eu sorria bobamente, quando meu pai me puxou pelo braço.
- Vamos embora, ! - ele ordenou, me puxando para fora da casa. Eu tentava olhar para trás, eu tentava segurar em , mas eu não conseguia. Ele também me seguia, sendo impedido por Richard. Quando estávamos todos do lado de fora, papai se virou para , os olhos explodindo.
- Fique longe de ! - ele esbravejou. Por fim, voltou a me carregar para dentro de casa.
Eu subi as escadas para o meu quarto rapidamente, deixando papai berrando lá em baixo. Quando eu cheguei no meu quarto, eu tranquei a porta e me sentei na escada do deque. Finalmente eu comecei a chorar.
Fechei os meus olhos e só conseguia sentir o calor dos lábios de colados nos meus. Eu não sentia vergonha por ter beijado um homem casado, não sentia medo do que o meu pai poderia fazer, nada. Eu só conseguia me lembrar do simples toque dos nossos lábios. E toda vez que eu sentia que ele estava sendo arrancado de mim, eu implorava para ele não ir.
- Não vá... - eu sussurrei.



And I said
E eu disse
Romeo take me somewhere we can be alone
Romeu me leve a algum lugar onde possamos ficar sozinhos
I'll be waiting all there's left to do is run
Eu estarei esperando, tudo que faremos é correr
You'll be the prince and I'll be the princess
Você será o príncipe e eu serei a princesa,
It's a love story, baby, just say yes.
Esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim.




Não poder sair de casa por tempo indeterminado, foi o que papai estimulou. Eu já estava a uma semana sem andar pelo meu jardim, sem ter contato com o mundo exterior. Sem ter contato com . Isso estava me enlouquecendo.
- Mary, tem notícias dele? - eu perguntei.
Mary era a única a qual eu podia falar de sem ser olhada com desgosto. Ela era uma completa romântica e ficava deslumbrada com a idéia de eu estar apaixonada por um rapaz que aceitaria brigar por mim. Ela era minha fonte com o mundo de fora. Agora, ela estava penteando os meus cabelos escorridos, enrolados levemente nas pontas. Suspirou.
- Não, criança. Os empregados não estão mais falando do senhor .
Eu gemi. Não consegui saber de nada, a não ser que os vizinhos desprezavam de maneira indignante.
Eu queria pedí-lo para sumir comigo, queria que ele pudesse ouvir a minha voz, olhar meus olhos, tocar na minha pele ou somente...
- OH MEU DEUS! - eu me sobressaltei.
- O que? - perguntou Mary, assustada.
- Eu tive uma idéia! Ora, como não pensei nisso antes? - me perguntei. Mary estreitou os olhos.
- Que diabos você pensa que...
- Calma, eu não vou fugir! Ainda não.. - murmurei a ultima parte. - Preciso de sua ajuda, Mary!
Ela me olhou desconfiada. Eu respirei fundo e comecei a falar depressa.
- Você pode, por favor, pelo amor de Deus, pelo meu amor, entregar uma carta ao ? - eu implorei, com os olhos brilhando. Mary arregalou os olhos em sinal de pavor.
- Oh, , por favor, não me peça isso, não, por favor! - ela argumentou.
- Mary, ninguém vai te pegar. Eu sei que horário ele entra em casa...
- Oh, meu Deus, olhe no que eu fui me meter por ser uma romântica idiota.. - ela reclamou. Eu corri até ela e a beijei no rosto.
- Obrigada, Mary, obrigada! - eu exclamei.
E então corri até a minha gaveta e retirei um pedaço de papel e uma caneta e comecei a rabiscar.
", me leve para algum lugar onde possamos conversar a sós. Eu não aguento mais estar aprisionada nesta casa. Eu estarei lhe esperando ás doze horas da noite, na parte lateral do meu jardim. Não se preocupe, se nos descobrirem, nós só precisaremos correr. Não paro de pensar em você. Por favor, apenas diga sim. ."
Mary me viu escrever e quando terminei, ela suspirou.
- Você parece uma princesa fugindo com seu principe. - ela sorriu. - Venha, me dê.
Eu beijei a carta e a entreguei, temerosa.
- Se no caso de alguém lhe pegar, Mary, eu quero que diga que..
- Por favor, , acredita mesmo que eu nunca fiz isso? - ela perguntou. - Deixe comigo.
- Mary, eu te amo. - eu disse, a abraçando. Ela alisou os meus cabelos.
- Sabe que eu também, não é, criança? - eu assenti. - Até logo.
Mary saiu do meu quarto enquanto eu tremia para que tudo desse certo. Eu não desgrudei da minha janela, esperando o momento em que Mary atravessaria a avenida até a casa da frente. E, por sorte, eu não tive que esperar muito.
Uma hora depois, Mary correu para o jardim da casa a frente e o atravessou com uma habilidade impressonante para uma senhora de cinquenta anos. Eu sorri, tendo certeza de que não era mesmo a primeira vez que ela fazia aquilo.
Quinze minutos depois, quando o sol já começava a se pôr, Mary voltou. Eu arregalei os olhos de ansiedade quando ela atravessou o meu quarto com um papel na mão.
- Obrigada, mãe. - eu murmurei, a chamando do apelido que eu costumava usar quando mais nova. Ela sorriu incrivelmente.
Eu abri o papel e escrito numa letra inclinada e bonita, estava a resposta de .
" Sim. Do seu ."



So I sneak out to the garden to see you,
Então eu escapei pro jardim para te ver,
We keep quiet, cause we're dead if they knew
Nós ficamos quietos, pois estaríamos mortos se soubessem
So close your eyes,
Então feche seus olhos,
Escape this town for a little while
Fuja dessa cidade por um pouco
Cause you were Romeo, I was a scarlet letter
Porque você era Romeu e eu uma carta vermelha
And my daddy said 'stay away from Juliet'
E meu pai disse 'Fique longe de Julieta'
But you were everything to me,
Mas você era tudo para mim,
I was begging you 'please don't go'
E eu estava implorando a você 'Não vá'




Eu grudei o meu ouvido na porta, esperando pelo bater da porta do quarto dos meus pais. Onze e meia. Eles nunca iam dormir tão tarde, então eu suspeitei que isso fosse por minha causa.
Os passos começaram a surgir e eu apaguei as luzes, corri até a minha cama, me enrolando nos meus cobertores e estiquei o braço como se fosse apagar a luz. A porta se entreabriu um pouquinho e eu me curvei para olhar.
- Ah, ainda acordada, ?
- Sim, mamãe, mas estava indo dormir agora. - expliquei. Ela sorriu.
- Então durma, meu anjo. - mamãe disse. - Boa noite.
- Boa noite, mamãe. - eu disse. Ela se virou e eu a ouvi cochichar alguma cousa. E então papai colocou a cabeça para dentro do meu quarto. Meu coração pulsou forte, fazia uma semana que papai não falava comigo.
- Ér... boa noite, . - ele sussurrou. Meus olhos se encheram de lágrimas e a minha garganta se fechou para conter um soluço.
- Boa noite, papai. - eu murmurei, a voz abafada. Ele fechou a porta e logo depois eu ouvi a porta deles sendo trancada. Olhei o relógio. Onze e quarenta e cinco. Eu rolei na cama esperando os minutos passarem de uma forma louca. Eu só queria vê-lo mais uma vez. Eu só precisava daquilo para continuar exilada. Eu só queria um pouco do meu combustivel.
Comecei a pensar sobre como foi que eu me apaixonei daquela forma. Eu não o conhecia direito, ele tinha uma mulher, eu era prometida a outro rapaz. Como foi que isso aconteceu? Eu não tinha resposta de nada, eu só sabia que agora era tarde. Eu já o amava. De uma forma louca e inconsequente. Eu já o amava.
O relógio marcou onze e cinquenta e cinco e eu dei um pulo. Troquei de roupa rapidamente e desci as escadas como se estivesse pisando em alguma coisa quebrável. Cheguei até a porta da cozinha e a abri, com cuidado. A porta rangeu levemente e eu passei, sem fazer maiores barulho.
Assim que estava fora, eu corri até o jardim como se eu estivesse fugindo de um furacão. Eu me embrenhei no mar de flores de mamãe, sem saber em que direção ir, só sabendo que estava indo para o local certo. Eu ia virando uma roseira quando me choquei com alguém e fomos ambos para o chão.
- ! - sussurrou embaixo de mim.
- ! - exclamei, não cabendo em mim. Meu coração pulava, minha pele ardia em contato com a dele. Só ali eu percebi o quanto eu esperei por aquilo..
Ele me olhou de onde estava e sorriu - aquele mesmo sorriso torto. Eu sorri também, meus olhos brilhando.
- Você não sabe o quanto... - eu comecei. colocou o dedo nos meus lábios.
- Shhh, se nos pegam estamos mortos! Eu também não estava aguentando ficar longe de você. - ele murmurou, antes de colar os seus lábios nos meus, novamente sem nenhum toque de nossas linguas. Minha respiração cessou por um intante, um breve instante, suficiente somente para eu sorri e cobrir todo o seu rosto de beijo.
- Não imagino como me apaixonei por você...
Ele sorriu e rolou no chão, para logo em seguida se levantar.
- Venha, talvez não seja seguro ficar aqui..
Eu quis lhe pedir para não ir, para ficar ali comigo a noite inteira, mas ele estava certo.
- Sim, vamos até o quarto dos fundos. - eu disse. Ele me ajudou a levantar e nós corremos até o velho quartinho de coisas, num ponto afastado do jardim. Lá, eu tranquei a porta e me virei para ele. Sua expressão era preocupada.
- Seu pai me disse para ficar longe de você... - ele lamentou. - Você é como uma carta vermelha. É proibida para mim.
Eu segurei seu rosto entre minhas mãos e sorri.
- Nada do que ele diga será o bastante para me afastar de você. Você é tudo para mim. - eu declarei. não me deixou pensar com clareza, ele me puxou pela cintura e me beijou de um jeito que eu jamais seria capaz de pensar. Eu senti a lingua dele tocar a minha e de repente, houve uma explosão. O calor agradável que eu sentia antes era cócegas perto da fogueira que me queimava viva. Numa explosão eu percebi que eu seria dele. Hoje e sempre.



And I said
E eu disse
Romeo take me somewhere we can be alone
Romeu me leve a algum lugar onde possamos ficar sozinhos
I'll be waiting all there's left to do is run
Eu estarei esperando, tudo que faremos é correr
You'll be the prince and I'll be the princess
Você será o príncipe e eu serei a princesa,
It's a love story, baby, just say yes.
Esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim.




Meu corpo todo suava pedindo por mais e mais carícias. A blusa branca de estava jogada em algum canto daquele chiqueiro e eu já não indentificava o meu vestido na escuridão. Tudo estava jogado pelos lados mas eu não largaria os beijos de por nada no mundo.
Nós estávamos nos beijando com intensidade, mais do que eu jamais sonhei. Mas aquilo já era pouco pra mim. E eu precisava de mais.
Eu me soltei delicadamente dos braços de e ele me olhou com confusão. Eu desfiz os laços do ombro da minha camisola e deixei que ela escorregasse até os meus pés. Os olhos de brilharam maliciosos ao me ver nua, mas ele respirou fundo, se controlando.
- Tem certeza? - ele perguntou. Eu me aproximei dele e peguei a sua mão, a depositando na minha cintura nua. Eu olhei para ele, esperando que ele já soubesse a resposta.
Então ele me agarrou outra vez e colou as nossas bocas, enquanto eu usava as minhas mãos para abrir sua calça. Quando finalmente eu consegui desabotoar os botões, a calça escorregou para seus calcanhares, mas em pouco tempo, eu já não sabia onde ela estava. me apertou contra seu corpo e os nossos membros se tocaram, me fazendo ouvir um leve gemido escapando da boca de . Eu entrelacei as minhas pernas na cintura de , sem em nenhum momento parar de beijá-lo. Ele me prensou em uma parede e então começou. A foqueira que me queimava antes era piada perto do calor do melhor inferno que eu já senti.
Com toda a calma do mundo, me fez mulher pela primeira vez.
Doía um pouco, mas eu estava num lugar além das nuvens, um lugar longe da minha imaginação. Nós gemiamos baixo, mas o calor estava alto. Nossas respirações falhas eram o sinal do quanto nós dois queríamos aquilo e eu senti a alegria me cobrir como um amnto. Eu estava perdida nos lábios de , puxando seus finos cabelos quando outra explosão ocorreu. Foi algo indescritível, algo que me levou a lua e me fez voltar, algo que parecia com... com estar com dentro de mim. Pelo alto gemido de , eu pude notar que as coisas foram exatamente iguais para ele. Os dois no mesmo momento. O momento mais mágico de todos.
Quando ele, por fim, se separou de mim com toda a delicadeza do mundo, nós nos jogamos no chão. se deitou de barriga para cima, as mãos cobrindo os olhos, mas o sorriso enorme amostra para mim. Eu deitei a minha cabeça em seu peito e senti a sua pele quente e suada de encontro com a minha. Agora eu estava cansada e dolorida em alguns lugares, mas nada era sequer notado quando comparado com toda a felicidade e satisfação que eu sentia. Meu mundo estava ali, com o peito debaixo dos meus lábios e as mão alisando os meus cabelos.
- Eu... eu não.. você... - ele tentou falar alguma coisa. Eu sorri.
- Não sei como eu posso te amar assim. - eu disse, erguendo a minha cabeça para olhá-lo. - Obrigada.
Toda a agonia de ter feito o que não devia sumiu do olhar de e deu lugar a uma alegria estranha. Ele tocou os meus lábios com delicadeza.
- Eu te amo mais do que a mim mesmo. Já não sei o que fazer.
Eu sorri bobamente.
- Apenas diga que ficará comigo está noite. Apenas diga sim.



Romeo save me, they're trying to tell me how to feel,
Romeu me salve, eles tentam me dizer o que sentir,
This love is difficult, but it's real
Esse amor é difícil, mas é real
Don't be afraid,
Não tenha medo,
We'll make it out of this mess
Nós fugiremos dessa confusão
It's a love story, baby, just say yes
Essa é uma história de amor, querido, apenas diga sim




Eu adormeci nos braços de rapidamente. Eu me sentia exausta e feliz e os meus sonhos foram sobre escapatórias a noite. Eu abri os meus olhos com lentidão e percebi que o céu estava num azul muito escuro, mas já não era o negro daquela noite. Olhei para cima e encontrei os olhos que eu mais queria encontrar. Ele sorriu para mim.
- Bom dia, dorminhoca. - ele disse, beijando a minha testa. Eu sorri enormemente.
- Bom dia, meu amor. Está ficando tarde.. - eu reparei, com tristeza. Ele sorriu tristemente.
- São cinco horas da manhã. Dentro de uma hora, toda Londres estará acordada.
Eu suspirei e o abracei forte.
- Não quero ter que acordar e ouví-los dizer o que eu devo sentir. Eu já entendi. Não posso amar mais ninguém.
Eu o ouvi gemer baixinho, com satisfação. Eu o olhei, curiosa e o encontrei sorrindo deliciosamente.
- Diz de novo? - ele pediu. Eu sorri, confusa.
- Dizer o que?
- O que você acabou de dizer. - ele disse. Eu entendi do que ele estava falando somente depois de alguns segundo. Então eu dei uma risada abafada e comecei a beijar-lhe o peito.
- Eu... não... posso... amar... mais... ninguém. - eu murmurei, entre os beijos. Ele segurou o meu rosto por entre as mãos e seus olhos brilharam.
- Você não tem idéia do quanto eu te amo agora. - ele sussurrou, antes de me dar um selinho. Eu sorri tristemente.
- E amanhã, quando você não puder mais me ver? E mais tarde, quando tiver que dormir ao lado de Amélia? Ainda me amará? - perguntei. A resposta que eu mais temia. Ele repirou fundo e mergulhou nos meus olhos.
- Eu te amei na primeira vez que vi seus olhos. Eu te amei quando te puxei para dançar. E quando aquele estúpido do Richard disse que você era dele, eu quase engasguei de ciúmes. Eu te amei quando seu pai lhe levou para casa, foi quando eu mais te amei, quando percebi como era dificil respirar com você longe de mim. Eu te amei todos esses dias em que tive que aturar Amélia me colocando para dormir no sofá. Eu te amei ontem, quando nos chocamos no jardim. E eu te amei de um jeito que nunca havia amado ninguém esta noite. Eu te amei com todo o meu coração. Amanhã eu ainda te amarei. E ainda que a eternidade acabe, eu continuarei te amando. Porque você agora é toda a minha vida.
Eu prendi a respiração ao ouvir toda aquela declaração e o beijei. Foi um beijo doce e ao mesmo tempo quente, um beijo carinho e intenso.
Quando nos largamos, ele me sorriu.
- , por que você se casou? Você amava Amélia? - eu perguntei, hesitante. Não queria perder aquele momento perfeito, mas eu não podia adiar aquela pergunta. Ele olhou para a frente, não vendo nada.
- Não, eu não a amava... é complicado. - ele murmurou. Eu esperei que ele continuasse. - Nossos pais tinham negócios. E claro que tudo seria muito conveniente se houvesse uma ligação entre nossas famílias. Então, nos casaram. - ele relembrou. - Ela não queria, muito menos eu, mas o que fazer? Então aconteceu...
Eu fiquei em silêncio. Tudo que eu mais queria é que ele não fosse casado, para que as coisas fossem bem mais fáceis para nós dois. pareceu ler os meus pensamentos.
- Eu sei que é dificil, . - ele murmurou, enquanto segurava a minha mão no seu peito, me fazendo sentir o seu batimento cardíaco. - Mas isso é real. Agora eu entendo o que é viver. - ele me disse.
- Eu queria poder fugir... - eu murmurei. E então, paralisei no lugar.
- Nós daremos um jeito nessa confusão... - ele disse, alisando os meus cabelos e não percebendo na minha idéia.
- ...
- Não tenha medo, meu amor...
- ! - eu o interrompi. - Porque nós não fugimos?
Eu esperava que o rosto dele se iluminasse e que ele me puxasse pela mão e me levasse embora naquele instante, mas o sua exprssão foi ao contrário de tudo aquilo. Ele desviou o olhar de mim.
- Nós não podemos. - ele murmurou. Eu franzi a testa.
- Porque não? Vamos para qualquer lugar, vamos para a Austrália, Nova York, Irlanda!
- , você é filha do dono da rede de hotéis mais famosa de toda a Inglaterra. Acha mesmo que não nos encontraríam? - ele perguntou de modo brusco. Eu me encolhi.
- Desculpe. Foi só uma idéia. - eu murmurei.
suspirou e me abraçou mais forte, beijando os meus cabelos.
- Me perdoe, meu amor. Nós iremos dar um jeito. Só não podemos fugir. As coisas não são assim.
Mas uma vez, tudo o que eu queria era que ele dissesse simplesmente sim e pronto, tudo estaria bem. Mas nós não podíamos fugir. Certo.



I got tired of waiting,
Eu cansei de esperar,
Wondering if you were ever coming around,
Questionando se você algum dia voltaria,
My faith in you was fading
Minha fé em você estava fraquejando
When I met you on the outskirts of town...
Quando eu te encontrei nas redondezas da cidade...




Os dias e semanas foram se passando e eu nunca mais vi . Ele já não aparecia na janela para me olhar, já não buscava se comunicar comigo, responder minahs cartas. Sempre diziam a Mary que ele não estava. Mary disse que ele estava sendo responsável, mas ela também não estava satisfeita com aquilo. Minha fé estava fraquejando de pouco em pouco. Eu não conseguia mais sentir o efeito da palavra felicidade. A não ser que me lembrasse daquela noite...
- , meu anjo, você sabe que hoje é aniversário da cidade, não é? - Mary perguntou, me despertando dos meus pensamentos. Eu sacudi a cabeça e me virei para olhá-la. Ela mexia em meu guarda-roupa, procurando por alguma coisa.
- É? - perguntei, alienada. Ela assentiu.
- Sim, sim, é hoje. E como você sabe, a tradicional festa irá ocorrer.
- Hm.. Que ótimo. - eu falei, desanimada. Me sentindo enjoada novamente. Eu fiz uma careta e Mary percebeu. Ela me olhou fundo.
- Sabe o que eu acho, não é, criança? - ela perguntou. Eu revirei os meus olhos. Não queria pensar naquela história de gravidez. Estava cada vez mais evidente que aquilo poderia ser verdade e eu estava morrendo de medo. Mary se virou novamente para o armario e me direcionou um olhar malicioso.
- Continuando... E como a sua mãe convenceu o seu pai a lhe deixar ir, eu achei que este vestido verde iria ficar perfeito. - ela disse, no mesmo tom casual de antes. Eu arregalei os meus olhos.
- Está brincando? - perguntei. Ela sorriu largamente.
- Ainda bem que não! - ela exclamou. - Ande, se apresse, nós não podemos nos atrasar.
Eu sorri de orelha a orelha com a expectativa de ver a cidade e com a esperança de conseguir ver . Meu sorriso se murchou ao pensar nele.
- Será que ele irá voltar? - perguntei. Mary entendeu de quem eu falava pelo meu tom de voz.
- Sabe que a probabilidade de encontrar com ele hoje é enorme, não é? Porque nós não agimos com cuidado e você pergunta isso a ele? - ela disse. Mary era a melhor amiga que alguém poderia ter. Eu a abracei, gratificada.
- Obrigada, Mary.
Ela sorriu e nós fomos nos arrumar. Eu coloquei o vestido que Mary escolheu para mim e ela me ajudou a prender o meu cabelo. Quando estávamos prontas, papai nos chamou.
- Mary, , vamos? - eu ouvi.
Nós descemos e entramos no carro de papai. E assim que eu vi a cidade, meu humor mudou drasticamente. Ela estava toda enfeitada e eu ouvia música. Sorri feliz. Assim que entramos na praça, Mary segurou a minha mão. E dentro de dez minutos, ela a apertou um pouco. Eu a olhei, curiosa, e segui o seu olhar. Lá estava ele.
Eu olhei urgente para Mary, implorando por alguma solução e ela assentiu lentamente.
- Senhor , a precisa ir a um sanitário. Será que o seu primo, o senhor prefeito... - Mary começou. Papai olhou para a prefeitura e eu tremi, temendo que papai avistasse . Mas então ele sorriu de um jeito misterioso.
- Claro que sim. Leve-a, Mary, nós não sairemos daqui. - ele declarou. Eu sorri largamente e Mary assentiu.



And I said
E eu disse
Romeo save me, I've been feeling so alone,
Romeu me salve, eu tenho me sentido tão sozinha,
I keep waiting for you, but you never come
Eu continuei esperando por você, mas você nunca veio
Is this in my head? I don't know what to think.
Isso está na minha cabeça? Eu não sei o que pensar.
He knelt to the ground and pulled out a ring...
Ele se ajoelhou no chão e puxou um anel...




E então nós costuramos a multidão que se concentrava na praça e chegamos ao lado da prefeitura. Exatamente aonde estava.
Mary se virou para mim e sorriu, beijando a minha testa. Depois desapareceu, aparentemente para me esperar em frente a prefeitura. Eu cheguei por trás de , os passos leves. E quando eu estava próxima o bastante, eu o puxei pela mão.
pareceu levar um susto, mas me seguiu sem falar nada. Nós adentramos num beco ao lado da prefeitura, um beco escuro. Quando paramos, eu o olhei, as lágrimas nos olhos.
- Você... você... droga, porque estou chorando? - murmurei para mim mesma. estendeu a mão para limpar as lágrimas que escorriam pelo meu rosto.
- , meu amor, não chore... - ele sussurrou. Eu senti meu corpo estremecer ao toque de .
- Como não chorar, ? Como? Quando eu acho que finalmente me apaixonei por alguém que também gostasse de mim, você desaparece..
- ... - ele tentou dizer.
- Ora, não diga nada, ! Eu estive todos os dias depois daquela noite esperando te ver nas janelas, esperando que você respondesse as minhas cartas, e isso nunca aconteceu. Eu continuei esperando por você, mas você nunca veio... - eu murmurei, as lágrimas rolando facilmente pelo meu rosto. Num movimento rápido, estava a minha frente e beijava todo o meu rosto, secando minhas lágrimas com os lábios.
- Não chore, amor. Eu já não estava mais em casa. Eu.. estou hospedado em um hotel.
Eu o olhei, confusa. Em um hotel?
- Porque? - eu quis saber. Ele sorriu daquele modo que sempre me derretia.
- Porque eu me separei. Eu não vivo mais com Amélia. Eu não poderia. Não depois de me apaixonar tão loucamente por você.
Eu abri a minha boca em sinal de surpresa. Ele havia deixado Amélia. Por mim.
- Eu não sei o que pensar. Me.. me desculpe, ! Eu, eu só, é que... eu achei que eu tinha idealizado você. Eu achei que havia sonhado com aquela noite e que eu já não existia pra você.. É que eu me senti tão sozinha e... me desculpe. - eu murmurei, envergonhada. Ele abriu um sorriso brilhante para mim e remexeu o bolso. Então tirou um anel de prata com um diamante solitário na frente e o estendeu para mim, enquanto se ajoelhava. Meu coração parou de bater.



And said
E disse
Marry me Juliet, you'll never have to be alone.
Case-se comigo Julieta, você nunca terá de ficar sozinha.
I love you, and that's all I really know.
Eu te amo, e isso é tudo o que eu realmente sei.
I talked to your dad, go pick out a white dress
Eu falei com seu pai, vá pegar o vestido branco
It's a love story, baby, just say yes
Essa é uma história de amor, querida, apenas diga sim




Eu respirei pesadamente, tentando assimilar o que eu estava vendo a minha frente. O homem da minha vida estava estendendo um anel para mim. Era isso? Eu não estava enlouquecendo?
- Era de minha mãe. Meu pai a deu. O pai de meu pai deu a minha avó. E esse anel vem a minha familia assim. Ele agora é seu.
Eu continuei olhando para ele, sem ação. Meus olhos estavam grandes de surpresa e meu coração batia de forma descompassada.
- O que.. o que você.. - eu tentei dizer. Ele sorriu para mim.
- Case-se comigo, . - ele pediu. Eu pisquei, desnorteada.
- E.. e meu pai? - perguntei. Seu sorriso cresceu e ele se levantou.
- Eu já falei com o seu pai. Eu lhe disse simplesmente que eu me mataria se não me casasse com você. Seu pai é bem bravo, na verdade. - ele brincou. Eu continuei estática e ele suspirou. - Case-se comigo e você jamais estará sozinha, meu amor.
Eu senti as minhas lágrimas começarem a encher os meus olhos e sorri. Ele pegou a minha mão direita e beijou todos os meus dedos. Por fim, ele escorregou o anel pelo meu dedo e sorriu para mim.
- Mande fazer um vestido branco para você. - ele disse. Eu sorri, encantada.
- E se eu lhe disser que já tenho um? - perguntei. Ele riu.
- Então eu lhe mandaria pegar agora mesmo. Eu me casaria com você neste instante.
Eu sorri para ele, meu coração socando as minhas costas.
- Sabe que essa sempre será a única história de amor da minha vida, não é? - eu disse. Ele se aproximou.
- Esta será a única história de amor das nossas vidas! - ele me corrigiu, passando a mão pelo meu rosto. Eu fechei os meus olhos. - Eu te amo, .
Eu sorri, deliciada.
- Nós também te amamos. - eu murmurei. Ele me olhava confuso quando eu abri os olhos.
- Nós? - ele perguntou. Eu segurei a mão dele e a posicionei na minha barriga.
- Nós. - eu confirmei.
Uma mistura de emoções passaram pelo rosto de . Primeiro ele me olhou confuso, depois seus olhos se arregalaram, depois a sua boca escancarou para, por fim, um olhar radiante tomar conta do seu rosto e o um sorriso maior do que seria possivel caber ali.
- Ah, hm, é.. o que? - ele exclamou. - Oh, meu Deus, eu não acredito, você está esperando um bebê!?
Eu sorri, assentindo. Ele gargalhou.
- Eu vou ser pai! Nós vamos ter um bebê! - ele disse, numa felicidade fora do normal. Eu gargalhei também. - Eu te amo demais, por toda a minha vida!
- Eu também te amo. Meu Romeu. - eu disse, o olhando fixamente.
- Minha Julieta... - ele sussurrou antes de beijar a minha barriga para logo em seguida, me beijar.



Cause we were both young when I first saw you.
Porque nós éramos ambos jovens quando eu te vi pela primeira vez




Joanne nasceu alguns meses depois e foi a luz das nossas vidas. Ela tinha os olhos de seu pai... Papai aceitou de uma vez por toda que nós nos amávamos e que nada no mundo poderia nos separar e foi doentiamente apaixonado por sua neta até seus ultimos dias. Joanne cresceu numa família onde todos eram felizes e se casou com um rapaz que foi escolhido por sí mesma. Logo após um tempo, veio a nossa preciosa Julieta.
Hoje, sentada na varanda da casa que fora de meu pai, eu agradeço pelo dia em que eu resolvi sentir a brisa de verão alí mesmo. Eu abri os meus olhos sorrindo e olhei o anel em meu dedo quando uma menina de quinze anos, incrivelmente parecida comigo, se sentou ao meu lado e me deu um beijo na bochecha.
- Ora, Julieta, pensei que você estava no jardim. - eu comentei. Ela sorriu.
- Não, vovó, vim ficar com a senhora. Ér... vovó? - ela chamou.
- Hm? - respondi distraidamente, ainda olhando o anel em meu dedo.
- Quem é aquele menino? - ela perguntou. Eu ergui o olhar e vi um menino saindo de um carro do outro lado da rua.
- Ah, é o neto de uma velha amiga minha e de seu avô, Amélia.
- E qual é o nome dele? - ela quis saber. Eu sorri para a ironia do destino.
- Porque você não lá vai perguntar? - eu disse. Ela me olhou.
- Ah, eu só quero saber o nome dele para não errar na festa desta noite. - ela corou e eu ri um pouco.
- Bem, o nome dele... - eu comecei.
- É Romeu. - me cortou. Ele saiu de casa e pegou na minha mão. Julieta nos olhou e sorriu enquanto saia murmurando algo sobre ser um bonito nome. Eu o olhei.
- Observando o seu anel outra vez, amor? - ele perguntou e eu assenti.
- Não é irônico? Romeu e Julieta neste mesmo lugar... - eu disse.
- Não, meu amor, não é ironia. É destino.



FIM.




Nota da Autora: OOOOI ets :B seguinte, song-fic todinha dedicada a minha Jones favorita *-* Só porque ela é simplesmente viciada em tudo que têm Romeu e Julieta e só porque eu realmente imaginei o Danny como Romeu (6 MENTIRA! DHUSUDUSIDUSU' Carol, tá aí, toooooda pra você. Te amo, viu?
Minha Poynter, ainda vou bolar uma fic que envolva relações pela internet pra você ;) amovocêtambémCarolina (L
Comenta pra mim, gente? Faça essa péssima escritora que vos fala feliz :B Obrigada a quem leu e meeeeeega beijo :*

PS: Fic inspirada na música "Love Story" - Taylor Swift.

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