But I’m Not Alone…
Por Letícia Vaz

Life is getting harder day by day
(A vida está ficando difícil dia após dia)
And I, I don't know what to do what to say, yeah
(E eu, eu não sei o que fazer, o que falar, yeah)
And my mind is growing weak every step I take
(E a minha mente está enfraquecendo a cada passo que eu dou)
It's uncontrolable now they think I'm fake
(Isso é incontrolável, agora eles pensam que sou uma farsa)
Yeah


Capítulo 1

Ela olhou para o lado e rapidamente me puxou para um beijo. Eu tentava parar, mas não conseguia, ela me segurava forte. Durante um segundo toda a minha história com passou pela minha cabeça, mas só segurava a minha nuca e me apertava mais ao seu corpo.
- ? O... O que você está fazendo? Não acredito. – Ao ouvir aquela voz mais que conhecida, a voz da minha amada , eu bruscamente afastei de perto de mim. Ela ficou me olhando com cara de nada.
- , não é o que você está pensando, juro!
- Nunca é o que pensamos, não é, ?! – Ela olhou indignada pra mim. Eu pude ver lágrimas caindo dos seus olhos. Aproximei-me e passei o polegar em seu rosto com finalidade de enxugar suas lágrimas. – Me solta, ! – Ela puxou meu braço de seu rosto e saiu correndo, para algum lugar que eu desconheço.
- Ta vendo o que você fez, ?
- Sim, e estou muito orgulhosa disso. Agora o caminho está livre para nós dois, ! – Ela sorriu com um olhar malicioso. Aproximei-me de seu ouvido e disse:
- Você... É LOUCA! – Gritei.
- Louca por você.
Olhei com um olhar de desprezo para ela e então saí do lugar onde estávamos. Eu andava sem rumo pelas ruas calmas e desertas de Londres. Minha mente enfraquecia a cada passo que eu dava, e milhares de perguntas surgiam em minha mente. "Ela já deve ter contado pros garotos, principalmente pro ... como eu sou idiota! Agora ele deve estar com ela em seus braços chorando" pensei. era um dos meus melhores amigos, e nós tínhamos uma banda junto de e . Ela ainda estava no estágio de 'Garagem' mas já fazíamos bastante sucesso entre os nossos amigos, nossa escola, e nossas cidades natais. Bom, e eu nunca nos demos perfeitamente bem... Principalmente porque ele era muito unido com a minha até então namorada, . Eles eram como irmãos, e ás vezes aquilo me deixava enciumado, mas sempre nos demos bem até acontecer uma briga entre nós.

x – x – x FLASHBACK x – x – x
(n/a: Essa parte quem narra é o narrador.)
ria sem parar. Ah, a sua bela risada. Como gostava de a ouvir gargalhar. Ela ria das bobagens que a contava, como sempre.
- , amor, eu quero um Milk shake! De banana caramelada, de preferência. – Ela abriu um enorme sorriso para o namorado que roçou os seus narizes.
- Então tudo bem, dois Milk shakes tamanho médio de banana caramelada! – O mesmo disse sorrindo para ela, que a fez rir com a cara de criança que havia feito.
foi até a sorveteria mais próxima da praça onde estavam, que ficava no outro lado da rua, e então pediu os Milk shakes. De lá observava cada movimento da namorada com . Ela dizia: "Haha, mas duvido que você me pegue" enquanto saía correndo. apenas disse, divertido, "O monstro das cócegas vai te pegar e te deixar sem ar de tanto rir!" e correu atrás da menina. Eles ficaram naquilo durante um bom tempo e apenas observando. Aquela imagem não estava o agradando. Tivera um dia ruim, e já estava bastante estressado. Eles ficaram correndo em círculos até que a menina cansou e se jogou na grama, rindo. Ele se jogou junto e começou a fazer cócegas na menina, que ria ainda mais do que antes. Ele estava em cima dela fazendo tal ato. não gostou nem um pouco daquilo, pegou os Milk shakes e então foi até lá.
- Dude, que isso, sai de cima da minha namorada! – falou bravo, chamando a atenção dos dois que pararam de rir.
- Ta beleza, mano, desculpa. Só estávamos nos divertindo.
- É, eu percebi que estavam se divertindo. – O menino disse e olhava do mesmo lugar que estava, mas agora sentada na grama. Não sabia o que dizer ou o que fazer, ela não havia feito nada demais, por que ele estaria assim?
- Claro, não é? Se você não pode fazê-la se divertir, tem que ter alguém que o faça. – Naquele momento se exaltou e partiu pra cima do amigo. estava nervosa com aquela situação então logo se levantou e chamou e para a ajudarem a separar os rapazes.
- Você me paga, !
- Quero ver. Vai pra merda, .
Eles foram separados e então cada um foi para sua casa. ficou chateada com e então o explicou tudo diretinho e disse que não tinha com o que se preocupar. Desde esse dia, as coisas não foram mais as mesmas entre , e .


x – x – x END FLASHBACK x – x – x

Capítulo 2

Fui andando sem rumo, pensando na vida, e então tomei uma decisão. Resolvi ir até a casa de . Ele era meu melhor amigo desde o começo da banda, sabia que ele iria me entender, e não iria pensar que eu era uma farsa como com certeza os outros estariam. Fui até sua porta e toquei a campainha. Depois de fazer isso, andei até o meio-fio da calçada e me sentei. Ele abriu a porta e me encontrou lá, sentado com a cabeça e os braços cruzados apoiados no meu joelho.

'Cause I'm not alone (no, no, no)
(Porque eu não estou sozinho, não, não, não)
But I'm not alone ( no, no, no)
(Mas eu não estou sozinho, não, não, não)
I'm not alone
(Eu não estou sozinho)


- O que foi dude? – Disse sentando ao meu lado e pondo um dos seus braços em minhas costas.
- A , a , o ... Tudo.
- Me conta melhor sobre isso.
Nós ficamos ali durante horas. Ele me ouvia atentamente enquanto eu contava tudo fitando meus pés. O contei do último incidente com e , contei sobre como me sentia em relação a e todo o mais. Eu realmente soltei tudo o que estava entalado em minha garganta, e tudo o que ele fez foi me apoiar. Até que eu o contei sobre a decisão que eu havia tomado.
- ... eu vou voltar pra .
- O QUÊ? VOCÊ VAI VOLTAR PRA SUA CIDADE NATAL E DEIXAR TUDO O QUE CONQUISTOU AQUI?
- , me entende. Vai ser bem melhor pra todo mundo. Eu vou poupar o meu sofrimento e o de , e vai ficar um caminho totalmente livre pra ela e viverem felizes. Eu sei que é isso que ela quer, então se a faz feliz, também me fará. Voltar ás minhas origens, morar com a minha família, vai ser tudo bem melhor.
- Você acha mesmo que a melhor maneira de consertar as coisas vai ser fugir de seus problemas e abandonar a mulher da sua vida com outro cara sem ao menos lutar por ela? E o McFLY, como fica?
- Não dá mais pra lutar. Eu posso fazer qualquer coisa, mas a mente dela não vai mudar. Não quero mais a prender a mim. Quero que ela seja feliz, já disse! E sobre o McFLY... Vocês com certeza vão achar alguém melhor que eu como , como amigo, como pessoa.
- Ta, tudo bem. Se é isso o que você quer, vá em frente. Eu vou ta aqui do teu lado pra tudo. Se lembre de uma coisa: Você não está sozinho! Vai ser impossível te substituir.
- Obrigada dude, eu te amo, cara.
- Eu também. Vou sentir saudades.
Eles se abraçaram ali mesmo. Um longo e apertado abraço de amigos. não concordava com a idéia de voltar para sua cidade, mas ele sabia que se era aquilo que ele queria fazer, era melhor fazê-lo.
deu mais um abraço em seu amigo e se levantou. Ele seguiu até a sua casa que ficava na mesma rua em que e os outros garotos moravam. Pegou uma mala grande e botou todas as suas coisas lá dentro, deixando na casa apenas algumas fotografias dele e de e seus móveis. Ele nem ao menos trocou de roupa, apenas pôs um casaco.
Saiu de sua casa e a trancou. Pôs a chave no bolso do casaco e chamou um táxi. Ajudou o motorista a pôr as coisas na mala do carro, e então olhou pra trás e viu a casa dos seus amigos. Entrou no banco de trás do táxi amarelo e olhou pelo vidro do mesmo a sua casa. Sentiu uma lágrima insistente caindo em seu rosto, e a limpou. Fechou os olhos e ficou assim até chegar á rodoviária.

Capítulo 3

And I, I get on the train on my own
(E eu, eu pego o trem sozinho)
Yeah, My tired radio keeps playin' tired songs
(Sim, meu rádio cansado continua tocando músicas
And I know thats there's not long to go, oh
(E eu sei que não falta muito para chegar)
And all I wanna do is just go home
(E tudo que quero é apenas ir pra casa)

Ao chegar à rodoviária fui até uma cabine e comprei meu bilhete. O trem partiria apenas ás vinte e três horas, faltavam dez minutos. Eu sentei e fiquei esperando o tempo passar, até que anunciaram que o meu trem estava saindo. Eu peguei minhas malas e segui para o interior do mesmo. Sentei ao lado de uma senhora idosa, e lá fiquei.

'Cause I'm not alone ( no, no, no )
(Porque eu não estou sozinho, não, não, não)
But I'm not alone ( no, no, no)
(Mas eu não estou sozinho, não, não, não)

O trem estava quase saindo até que uma mulher do lado de fora pediu para que abrissem. Eu rapidamente olhei para trás e a vi. Ela estava com um sobretudo preto, porém eu não consegui olhar o seu rosto e identificar quem era. Eu olhei para frente novamente, e então peguei o meu rádio e fiquei ouvindo música enquanto a paisagem da noite passava pelo vidro do trem. Apesar de estar totalmente relaxado eu não conseguia pensar em nada... nem mesmo a música me acalmava. Eram músicas cansadas, saindo do meu rádio cansado. Tudo o que eu queria era chegar logo em casa e falar com meus pais e o resto de minha família.
A senhora idosa de cabelos grisalhos e óculos no rosto que estava ao meu lado percebeu o quão cabisbaixo eu estava, e então começou a conversar comigo. Ela me deu muitos conselhos e me deixou bem mais aliviado. De vez em quando ela me fazia rir, tínhamos uma diferença de idade enorme, mas mesmo assim ela sabia o que falar para me deixar melhor. O que me fez lembrar do que disse á mim: "Você não está sozinho", o que só fez me ajudar a ficar melhor ainda.
Fiquei ali naquele trem em movimento por mais ou menos umas duas horas, e então nós chegamos em . Todos os passageiros se retiraram do trem com suas devidas bagagens.

Capítulo 4

People rip me for the clothes I wear,
(As pessoas me criticam pelas roupas que uso)
Every day seems to be the same
(Todo dia parece ser o mesmo)
They just swear, yeah
(Eles apenas falam palavrões, sim)
They just don't care
(Eles apenas não se importam)


Pus os pés na rodoviária exatamente á uma hora e meia da manhã. Por incrível que pareça, haviam muitas pessoas lá esperando pelos seus devidos trens. Havia um grupo de adolescentes sentado em um dos bancos. Elas me olharam e provavelmente me reconheceram, pelo fato do McFLY ser bem famoso na minha cidade. Elas me criticavam por estar vestido tão simples, e por estar daquele jeito. De verdade, eu estava cansado daquela vida de famoso e das fãs fúteis que apenas ligavam para nossa aparência, e não davam a mínima ao nosso talento. Os meninos do grupo, que pelo que parecia não gostavam da banda, nos xingava de um jeito como se soubesse o que somos. Falava coisas como "Eles são uma merda, uns veados, não sabem porra nenhuma de música". E as meninas agiam como se importassem, apesar de ser uma mentira.

'Cause I'm not alone ( no, no, no )
(Porque eu não estou sozinho, não, não, não)
But I'm not alone ( no, no, no)
(Mas eu não estou sozinho, não, não, não)

Enquanto eu andava totalmente perdido em meus pensamentos até a saída da estação de trem fui surpreendido com uma voz em meu ouvido. Aquela voz... a única voz que sabia como me acalmar.
- ... Eu te amo! – Ela sussurrou.
Aquilo só poderia ser um sonho, eu devia estar ficando louco. Não me agüentei de curiosidade e então me virei para a moça. Lá estava ela. estava vestida com um sobretudo preto exatamente como a moça que entrara no trem.
- , meu amor! – Fiquei parado a olhando perplexo. – O que você está fazendo aqui?
- Eu o vi saindo de sua casa com suas malas e entrando no táxi. Eu procurei e ele me explicou tudo o que havia acontecido... Sobre , o jeito que você se sentia em relação a mim e o . – Ela já estava com os olhos cheios de lágrimas – Eu não suportei a idéia de não te ter perto de mim todos os dias, pra me fazer sorrir, pra tocar e escrever músicas pra mim, pra me confortar quando meu dia estivesse sido ruim. Eu não podia te deixar escapar assim, tão fácil. Liguei rapidamente pro e então ele me levou até a rodoviária. Eu logo vi o próximo trem que partia com destino a e comprei um bilhete. O trem estava quase partindo quando eu bati na porta para que o rapaz abrisse para mim. Eu abri e então me sentei. Pensei que você não estava naquele trem, provavelmente teria partido mais cedo, e então desabei a chorar. Mas quando estávamos saindo do trem eu vi aquela silhueta mais que conhecida por mim. E claro, vim até você. – Ela chorava e soluçava cada vez mais forte. – Sem você eu me sentiria tão perdida, ! – ela o abraçou e ficou com sua cabeça em seu ombro ao chorar.
- Eu te amo, minha pequena! – Ele também chorava, e então beijou o topo da cabeça de sua amada. – E sempre te amarei.

But I'm not alone
(Mas eu não estou sozinho)
La,La,La,La
Yeah, Yeah
But I'm not alone...

(Mas eu não estou sozinho…)


FIM!


Nota:
Ah, gente! Passei uma tarde inteira escrevendo essa fic *-* que emoção q AIUAIUSHOIASHUOAI ai, espero que vocês gostem :) eu quase choro escrevendo –n. bom, então é isso, comentem e me façam feliz! *aperta a boxexa de todas* xoxo, lets.


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