Cinco Coisas Que Eu Odeio


Escrita por: Ju
Betada por: Carol Mello




1ª coisa:


Odeio quando você me chama de princesa. Sério. Me lembra aquelas garotinhas fúteis e mimadas que só andam de rosa e tem um mini cachorro que mais parece um hamster. Mesmo quando você dá uma daquelas explicações gigantes do motivo pelo qual você me chama assim... É fofinho, mas continua me irritando. Ainda mais quando você vem com aquele sorriso pervertido pra cima de mim me chamando de princesinha e tentando me convencer de algo.

- !
- !
Eu corri pros braços do meu melhor amigo e ele me girou no ar, rindo. Eu caí na grama do parque e ele deitou por cima de mim, ainda rindo e mordendo minha bochecha de leve.
- Senti sua falta, princesa.
-Já disse pra não me chamar de princesa! – Eu ri baixinho enquanto bagunçava os cabelos negros e já revoltos dele.
- Eu sei. Mas eu gosto de te chamar assim, e como te irrita, eu vou continuar.
- Filho da puta! – Ele riu.
- Também te amo, também te acho gostosa, também acho que a gente faz um belo casal. – Ele respondeu do mesmo jeito que ele sempre fazia quando eu o chamava de filho da puta.

2ª coisa:


Odeio quando a gente briga e você me puxa de repente... E começa a beijar meu pescoço. Porra, por que você faz isso? Me dá arrepios, me deixa tonta, me dá uma vontade louca de te beijar. E isso tá errado! Você é meu melhor amigo, meu irmão, eu não posso beijar meu irmão! E ainda por cima fica falando “, para com isso vai... Para de me ignorar, volta a ser a princesinha de antes, volta?” no meu ouvido com aquela maldita voz rouca.

- Pára , que merda! Como você é irritante, garoto! – Eu levantei do sofá e fui até a cozinha procurar algo pra comer.
Senti que ele vinha por trás de mim. me puxou contra ele e apertou minha cintura com aqueles braços fortes.
- ... – Ele disse baixinho no meu ouvido. Maldita voz rouca. Ele escorregou os lábios pro meu pescoço. Ficou ali, me beijando, brincando, me deixando louca. – Para com isso morena... Perdoa o seu vai...
- ... – Eu tentei me desvencilhar daqueles braços, daquela boca. Ele só me apertou mais forte contra seu corpo.
- Vai ... Por favor... – Ele desceu os beijos pro meu pescoço de novo. Mordeu de leve meu ombro, beijou minha nuca. Maldito, mil vezes maldito.
- Tá , chega. Eu perdoo, mas chega. – Ele mordeu meu ombro de novo. – !
Ele me soltou e ficou me olhando com aquele sorriso pervertido enquanto eu fazia uns sanduíches pra nós.

3ª coisa:


Odeio quando você faz manha. Aquele gemido rouco em que se transforma sua voz quando você tá carente, aquele bico que você faz. O jeito que você arrasta as palavras, como você passa o nariz pelo meu rosto, parecendo um cachorrinho carente, porra ! Aquilo é outra coisa que me deixa louca. Completamente louca. Aquele bico é uma coisa que deveria ser proibida em qualquer lugar do universo, só por causa do alto poder de sedução que tem.

- Eu to doente, , cuida de mim. – Ele veio engatinhando pela minha cama e deitou no meu colo. Eu puxei seu chapéu pra trás, bagunçando ainda mais seus cabelos.
- O que meu bebê tem?
- Dor de cabeça. – Ele fez bico.
- Ah, para ! – Eu o empurrei pro lado, rindo. – É só uma dorzinha de nada, já vai passar.
- Não é não! – Ele gemeu. – Tá doendo muito. – Voltou o bico e deitou no meu colo de novo. – Faz carinho?
- Bobo. – Eu ri. – Pra mim não ta doendo nada, é só excesso de carência.
- Tá doendo sim! Faz carinho, vai . – Ele deitou no meio das minhas pernas, a cabeça apoiada na minha barriga. Eu ri de novo e comecei a fazer o carinho que ele tanto queria. Em pouco tempo ele adormeceu no meu colo.

4ª coisa:


Odeio quando você me puxa pra debaixo da sua capa e me abraça daquele jeito bruto que às vezes machuca. É ridículo! Você puxa a capa três vezes maior que o necessário pra frente e me enfia embaixo dela, só pra me irritar. Me cola contra o seu corpo, me abraçando. Tá, eu admito, às vezes é bom. Quando tá muito frio é bom, porque ali embaixo é quentinho e tem seu cheiro. Mas tirando isso, é ridículo.

- ! – Ele gritou me puxando pra baixo da capa. Babaca.
- ! Eu odeio quando você faz isso... – Eu saí de lá de baixo emburrada.
- Eu sei. Mas eu amo fazer isso. – Ele me puxou de novo, e me abraçou daquele jeito.
- ! – Eu disse tentando segurar o riso.
- Ah, para . Eu sei que você ama quando eu faço isso. – Ele me abraçou.
- Claro! Amo quando você me enfia debaixo dessa capa fedida aí. - Bobona. Odeio você. – Eu ri e ele fez bico.
- Só mais uma vez... – Eu virei os olhos enquanto ele ria vitorioso e me puxava pra baixo da capa mais uma vez.

5ª coisa:


Odeio quando a gente vai dormir e você chega de mansinho, em silêncio, e se aconchega em mim. Eu mal posso dormir com você colado nas minhas costas, apertando minha cintura. Não é minha culpa se você gosta de dormir abraçando alguma coisa, não precisa me agarrar daquele jeito. Vai abraçar o travesseiro, aposto que é muito mais confortável que eu.

Eu tava lá, deitada, quase pegando no sono, quando sinto uma coisa chegando por trás de mim e se aconchegando nas minhas costas.
- Sai ... Me deixa dormir.
- Não. – Ele passou um braço pela minha cintura e escondeu o rosto no meu cabelo. - Eu sei que você gosta, e não tá nada ruim, pode falar.
- Tá sim, eu odeio dormir agarrada contigo.
- Chata. Eu amo dormir assim. Fecha os olhos e fica quietinha que o sono vem.
Eu bufei. Fechei os olhos e o empurrei um pouco mais pra trás. Ele levantou um pouquinho. Colou os lábios doces nos meus, suavemente, só por um segundo. Sorte minha que o dormitório estava escuro e ele não poderia ver o quanto eu tava vermelha.
- Te amo, bobona. – Ouvi sua voz rouca no meu ouvido, percebi que ele sorria.
- Também te amo, bobão. – Sorri de leve e adormeci.

CONTINUA OU FIM



Nota da autora:


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