Revisada por: Thai Barcella



Os quatro garotos haviam acabado de chegar nos estúdios da BBC. Dougie ficou no estacionamento procurando uma vaga para o carro; tentou ser rápido para encontrar os meninos ainda no caminho para a sala, onde iriam gravar a entrevista. A tentativa foi em vão, ele demorou demais e agora estava sozinho e não sabia onde era a sala. Começou a andar pelos corredores e procurar alguém para pedir informações. Deu de cara com uma mulher de meia idade, de saia e blusa social, e que estava com muita pressa.
- Hey, eu sou o Dougie do Mc...
- Fala, garoto, meu tempo é precioso.
- Onde vai ser a entrevista com o McFly?
- McFly? McFly? Acho que é na sala 409, no quarto andar.
- Ah, sim. Obriga...
A mulher já estava no fim do corredor e nem sequer olhou para cara de Dougie.

Dougie foi exatamente onde a mulher havia lhe dito. Mas, ao entrar, viu uma sala cheia de instrumentos e mal iluminada. De repente ouviu um barulho, olhou para o fundo da sala e lá viu alguém que acabara de estourar a corda de um baixo.
- Hey, quem está aí? Aqui não é a entrevista do McFly? - A pessoa se levantou do pufe onde estava sentada, se ajeitou e foi em direção a Dougie, falando.
- Ah... Você é mais um fã tentando invadir a entre... – Ela parou de falar quando deu de cara com o rosto angelical de Douglas Lee Poynter. Ele olhou para a garota e riu.
- Bem eu sou realmente muito fã deles, eles são o máximo, mas eu não estou interessado em invadir a entrevista.
Na frente dele estava para uma garota realmente linda. Cabelos longos, castanhos e com alguns cachinhos. Tinha olhos castanhos amendoados e um pouco puxados, um toque oriental numa morena linda. Parecia latina e tinha um sotaque. É, ela era latina. Usava uma saia jeans, uma blusa branca e preta da Hurley e All Star vermelhos.
- Ah... É... Eu... – Ela gaguejava, mal podia acreditar que seu ídolo, seu McGuy favorito, o cara com quem ela queria casar e ter dez filhos, todos com a cara dele, estava bem na sua frente.
- Uau, você estourou a corda daquele baixo, não foi? Não vai dar problema para você depois? Vão descontar no seu salário? – Ele falava para tentar acalmar a menina.
- SALÁRIO? – Ela riu encantadoramente, como se tivesse escutado a piada mais engraçada do mundo. – Não... Não se preocupa, aquilo não vai sair do meu salário, não. – Ela disse, ainda rindo. – Mas o que você faz perdido por aqui, Mister Douglas?
- Dougie... Pode me chamar de Dougie. – E ele estendeu a mão para ela.
- , mas pode me chamar de , para os mais íntimos! – Ela riu e apertou a mão dele.
- Bom, eu estou procurando o estúdio onde vai ser a minha entrevista... Para variar, os meninos me deixaram para trás e eu me perdi.
- Awn... Coitadinho. Como deve ser difícil ser você. – Ela falou em tom irônico. – Acho que você está a uns dois pisos de distância. Seu piso é o segundo, sala 209.
- Ah, você é uma ótima funcionária, obrigado. - Ele pegou a mão dela e beijou.
- Funcionária? Eu nã... – Ele já havia ido embora, corria pelo corredor para pegar o elevador.
Ela ficou parada na porta da sala. Sorriu.

- Sabe o que aconteceu hoje? – falava com , ela era sua melhor amiga e a “tecladista” da banda.
- O quê? Mas deve ter sido algo fantástico para ter te deixado saltitante assim! – Ela riu da amiga, ela estava realmente saltitante com um sorriso bobo no rosto e pensamento longe.
- Bem, hoje eu falei com o Dougie Poynter!
- Conta outra, queridinha. E o Danny estava lá também e te pediu em casamento? – Ela ria e zoava a amiga ao máximo.
- Mas é verdade, poxa. Ele entrou na sala errada lá na BBC. Sabe aquela hora que vocês foram à lanchonete e eu fiquei na sala tocando um pouco mais? Então, ele apareceu naquela hora, me fez estourar uma corda do meu baixo!
- Pára de brincadeira, vai.
- Mas eu estou falando sério. Mas ele achou que eu era uma funcionária de lá. Gente famosa como ele não conhece gente menos famosa como nós.
- Amiga, você está falando sério?
- ESTOU CARAMBA! – já estava perdendo a paciência.
- Uau, e você pegou o telefone dele? Deu o seu para ele? Marcou encontro? Ele é bonito mesmo ao vivo e a cores? – perguntava, curiosa.
começou a descrever cada centímetro do garoto e as duas passaram um bom tempo falando sobre ele. Até que e chegaram – a guitarrista e a baterista – e contou a história novamente, sem esquecer de nenhum detalhe daqueles poucos minutos em que respirou o mesmo ar que Dougie Poynter, fazendo as amigas delirarem junto com ela.

- Onde você estava, Dougie? – Perguntou Tom.
- Eu me perdi. Quem manda vocês não me esperarem?
- E esse sorriso besta no meio da sua cara é porquê? – Danny perguntou enquanto dava um pedala em Dougie.
- Nada.
- Ah, sim, você resolveu ser feliz a partir de agora, né? – Falou Danny, irônico.
- Nada não... Só vi uma guria linda.
- Está virando homenzinho?
- Deixa a Frankie saber que você está dando mole para outras! – Falou Harry rindo.
- EU NÃO ESTOU DANDO MOLE PARA NINGUÉM... Ela só me ajudou a achar a sala... É só uma funcionária que ficou paralisada quando me viu... Fã! – Ele riu sarcástico.
- Sei... Ela devia ser mesmo gostosa para te deixar assim! – Disse Danny. – Mas você vai ter que pagar nosso jantar hoje porque a gente fez metade da entrevista sem você!
- METADE? TÁ LOUCO? – E eles saíram do prédio da BBC, rindo e zoando com a cara do pobrezinho no Poynter.

era a vocalista e baixista da banda brasileira . Ela e as três amigas se mudaram para Londres quando a banda começou a fazer sucesso na Europa. Esse sempre foi o grande sonho de – desde pequena se dedicou à música e com quinze anos montou a banda.
Agora ela estava onde sempre quis estar: LONDRES, a terra dos Beatles, do McFly e do DOUGIE! Dougie sempre foi seu favorito, mesmo com a grande diferença de idade, ela sempre sonhou em se casar com ele. Sonho que já havia abandonado há muito tempo, logo quando Dougie começara a namorar Frankie Sanford, quando leu a reportagem onde ele dizia que ela é a garota ideal para ele e que ele sempre quis namorá-la, seu mundo caiu e seu sonho se perdeu. E agora Dougie e Frankie já estavam juntos há dois anos. Quem diria?
- Então... Quais são as bandas que mais influenciam vocês? – Perguntou o ancora do programa às garotas.
- Bem, eu amo Jonas Brothers! – Respondeu .
- Eu adoro Maroon 5. – Disse .
- McFly é meu vicio! – Disse .
- AH, eu amo RBD! – Disse , enquanto as outras olharam para cara dela com cara de decepcionadas.
- Oh, meu Deus! Como pode você gostar desse lixo? – Disse rindo.
- Ah, não fala assim!
- Bom, vamos deixar o mau gosto da minha querida baterista para lá e vamos deixar bem claro que McFLY é, com certeza, a que mais influência, já que a faz a gente ouvir todos os CDs deles todos os dias e ainda porque é ela quem escreve a maioria das músicas, daí tem um toque McFly em tudo que a gente toca! – Disse , olhando para , que estava com os olhos brilhando de emoção. (Ela era a fã mais coruja do McFly, fazia de tudo para divulgá-los no Brasil e amava quando as pessoas davam a eles o devido valor.)
- Uau... Temos aqui uma verdadeira fã, então? – Perguntou o ancora do programa.
[...].
- É ELA! É ELA! É ELA! – Dougie pulou do sofá e apontava desesperadamente para a televisão!
- É ela quem? – Perguntou Danny.
- Isso mesmo, quem é ela? – Quis saber Frankie.
- Ah... Bem... Ela... - Dougie ficou completamente sem graça e não sabia o que dizer. – Bem, ela é a vocalista dessa banda aí! E ela é a baixista também, não é incrível? – Ele deu uma risada sem graça. – E ela é nossa fã! Não é legal? – Ele se sentou no sofá e encheu a boca de pipoca.
- E precisa de todo esse desespero por isso? – Perguntou Frankie.
- Ela é gostosa! – Disse Danny para livrar o amigo de uma briga, e mais tarde perguntaria quem era, realmente, aquela garota.
- Sim, muito gostosa! – Disse Harry, que levou um tapa da Izzy. – Brincadeira, meu amor... Foi só para descontrair! – Ele tentou se concertar.
Ela sorriu de canto e mostrou a língua, mas logo o abraçou e eles começaram um longo amasso.
[...].

Mais tarde, quando todas as namoradas tinham ido embora, Dougie se viu frente a um pelotão do exército em campo de batalha indo atrás do inimigo.
- Então... Quem é ela? – Perguntaram os três ao mesmo tempo.
- Bom... É a garota que eu conheci lá na BBC! Lembra? A que me ajudou a achar o estúdio.
- Mas você falou que ela era só uma funcionária e uma fã.
- Mas fã ela é, você não viu? – Ele tentou disfarçar. – Mas eu não sabia que ela tinha uma banda. Bem que eu achei estranho quando ela começou a rir daquele jeito quando eu falei em salário!
- QUÊ? DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? - Perguntou Harry.
- Nada... Nada...

Passaram-se algumas semanas e pareceu que agora que Dougie sabia da existência dela, ela começou a aparecer muito mais na mídia. Revistas, programas, photoshoots, rádios, outdoors... Tudo tinha estampado o rosto lindo e delicado dela, parecia uma perseguição que não deixava Dougie esquecê-la.
Mas foram só uns nove minutos, eu nem sei nada sobre ela. Ela deve ter namorado, ela é linda! Mas eu tenho namorada... Sim, tenho... A Frankie... Aquela dos meus... Sonhos! Mas porque eu, agora, fico pensando em encontrar essa garota de novo? Ela deve ser burra e chata, tenho certeza. Não, ela não é, uma pessoa tão linda não pode ser assim, e, além disso, ela foi simpática comigo, e aquele seu jeito irônico... PERFEITO! – Dougie falava consigo mesmo enquanto o ônibus da banda andava pelas estradas da Inglaterra em sua turnê pela Grã-Bretanha.

Simplesmente eu não vou mais encontrá-lo. Droga. Devia ter aproveitado aqueles nove minutos. IDIOTA! É isso que eu sou! – Pensava indo em direção a Essex, no último show de sua turnê.

Os garotos dormiram durante toda a viagem, por isso nem pararam no Hotel e foram direto para a casa de show, onde aconteceria seu primeiro show em Essex.
Ao entrarem, viram, no palco, quatro garotas. Uma tocava notas sem sentido no teclado enquanto tentava fazer rimas improvisadas. Outra estava sentada num banquinho bem no meio de palco, segurando um baixo rosa e preto cheio de caveiras, tentando fazer um “bit-box”. No fundo do palco, a baterista arrumava os pratos da bateria e a outra arriscava alguns solos na guitarra.
- Hey! What the hell is this? – Perguntou Fletch, meio alterado.
As garotas olharam para ele meio confusa,s enquanto o empresário delas dizia:
- Hey, o que vocês fazem aqui, nós estamos no meio de um ensaio.
- Não, eu reservei esse lugar para ensaiar hoje, nós temos um show...
- Nós temos um show aqui essa noite. Seu show deve ser só amanhã ou depois. Vocês terão outros dias para ensaiar...
- QUÊ? COMO ASSIM? NOSSO SHOW É HOJE! - Disse Tom.
- Não... Não. Nosso show é aqui, hoje! – Disse .
- Hey, Fletch... O que está acontecendo? – Perguntou Dougie, que ainda não tinha percebido quem estava no palco.
- Não sei... Mas vamos resolver isso. – Fletch se dirigiu ao empresário das garotas e os dois foram falar com o responsável pela casa de shows.
As garotas continuaram se arrumando no palco. fazendo seu bit box e rindo do excelente “rap” que fazia. e também entraram na brincadeira, enquanto os meninos conversavam.

- Mas o que será que vai acontecer? – Perguntou Dougie.
- Vão cancelar o show delas. A gente já vendeu todos os ingressos. – Disse Danny.
- Não se esqueça que metade dos ingressos vendidos foi para o show delas. Por isso esgotou tão rápido, dude.
- Que banda será essa? – Harry olhou para o palco, tentando identificar. Mas a meninas estavam todas de costas e riam muito, falando em uma língua que eles não identificaram logo ao ouvirem.
- Sei lá, deve ser uma bandinha nova. De umas desconhecidas de outro país qualquer. – Disse Dougie, enquanto se deixou cair numa cadeira, já que estava muito cansado.

Alguns longos minutos depois, Fletch voltou.
- Dude, o show delas foi cancelado, né? – Perguntou Danny.
- Bem... Não... Vocês vão fazer o show com elas.
- O QUÊ? MAS, FLETCH, ELAS SÃO... - Tom foi interrompido.
- Não tem mas. Elas venderam muitos ingressos e está muito em cima da hora para cancelarem o show. Guys, vocês farão o show com as .
Nesse momento, Dougie caiu da cadeira e bateu a cabeça no chão, quase desmaiou.

“Enquanto isso, no outro núcleo na novela...”.
- Meninas... Esse será um show duplo. Não deu para cancelar nem o de vocês, nem o deles.
- Mas dividir o palco com o McFly é muita responsabilidade para a gente! – Disse .
- MC... O QUÊ? - levou um susto, bateu a cabeça no microfone, perdeu o equilíbrio e caiu do banquinho com o baixo bem em cima do seu braço.

As meninas e os meninos não sabiam se olhavam Dougie quase desmaiado ou gritando de dor.
Os dois foram para a enfermaria. Dougie ficou bem, foi só um susto. Já ... Bem... Ela quebrou o braço.
Estavam todos esperando aquelas duas pessoas super jeitosas quase nem um pouco estranhas e atrapalhadas, voltarem da enfermaria.
- NÃO, NÃO, NÃO! POR QUÊ? POR QUÊ? COMO EU VOU TOCAR HOJE? – gritava e chorava ao mesmo tempo.
- Bem, agora acho que vai ter que ser cancelado mesmo.
- Mas como? Eu tenho fãs me esperando. Eles pagaram. E é a primeira vez que a gente vem a Essex e vai ser nosso único show aqui.
- Hey. Eu toco! – Disse Dougie.
- É eu sei, mas haverão outras oportunidad... QUÊ?
- Eu toco! - Repetiu Dougie, sorridente.
- Quê? Não! Não! Você... Melhor não, você tem seu show também hoje.
- Hey, , é uma ótima idéia, a gente intercala as músicas e diminui o repertório de cada banda pela metade do tempo de um show normal e você só canta e o Dougie toca no seu lugar. Mas é claro que ele vai receber por isso... Podemos acertar o preço...
- Não... Eu faço de graça!
- Não, meu rapaz. Seu empresário não vai gostar nada disso.
- Você esqueceu que eu tenho minha própria gravadora? E eu não preciso que ninguém me dê permissão! Eu quero fazer de graça e é isso que eu vou fazer.
olhava pra Dougie sem reação!
What the hell is this guy doing? (agora você fala em ingles, né?) – pensava.
O empresário das saiu da enfermaria para falar com Fletch e explicar a todos o que acontecera. Dougie e ficaram na sala, sozinhos.
- Será que ele vai falar comigo? Se ele não falar, vai continuar esse silêncio, não sou muito boa de puxar conversa... – Ela pensava.
- Você está me devendo uma! – Disse Dougie, todo alegrinho.
- Quê? Eu? Por quê?
- Eu salvei seu show, está me devendo um favor...
- O que você quer? Tudo menos aquele meu baixo... Ele é o meu...
- Em qual Hotel você está?
- Hilton...
- Te pego lá amanhã, às sete.
Ele levantou e deixou a sala. Ela ficou parada, olhando para a porta em choque.

já estava pronta, sentada na cama, comendo pipoca e assistindo televisão.
- Aonde você vai?
- O Dougie me obrigou a sair com ele hoje!
- Nossa, vai ser mesmo um sacrifício passar uma noite com uma pessoa tão chata e feia como ele! – ironizou.
- E vocês, aonde vão?
- Ah, enquanto você e o Dougie morriam juntos na enfermaria, a gente fez amizade com os McGuys e hoje nós vamos ao boliche com eles.
- Ui... Parece que a noite vai ser boa para vocês, então!
- Mais respeito, menina, todos eles são comprometidos!
- O Danny não é...
- É MEU! – Gritou . Todas riam.
Alguns minutos depois elas saíram e ficou esperando Dougie.
- Esse lance de pontualidade britânica só pode ser mito. Já são dezenove e trinta! Homens... – Ela falava sozinha enquanto andava pelo quarto.
Estava vestindo uma calça jeans bem justinha, uma blusinha regata preta, e um sobretudo bege, extremamente chique e quente, próprio para as noites frias da Inglaterra. E, para variar, um All Star branco.
OMG, até que em fim! Mas quem deixou ele subir? Nem em avisaram – ela pensava e foi logo abrir a porta.
Dougie vestia uma calça jeans larga, quase no meio da sua bunda. Uma toca preta e um moletom azul da Hurley (como eu amo ele com esse moletom).
Como eu amo você com esse moletom! pensou. – OMG, que pensamento de fã possessiva! – Ela riu para si mesma.
- E então, está pronta? – Ele perguntou com um sorriso encantador no rosto.
- É, eu já estou pronta há quase uma hora!
- Tudo isso é ansiedade para me ver?
- Não, é que você marcou comigo às sete horas, esqueceu? – Ela falou enquanto saía e trancava a porta.
- Ah, desculpa, é que me trancaram no armário. - Ele fez cara de coitado.
- Awn, coitadinho de você. - Ela falou ironicamente enquanto pensava em como ele ficava lindo com aquela cara de coitado. Como se em algum momento da vida dela ela pudesse achar ele feio.
- Você está linda! - Ele disse sorridente.
Ai, ele falou que eu estou linda, ela pensava e saltitava em pensamento. – Ah, obrigada... Você também está ótimo. – Ela disse meio sem jeito.
Os dois desceram e foram até o carro. Dougie a levou em um restaurante na parte central da cidade.
- Eu venho aqui desde pequeno, é meu restaurante favorito.
- É, mas agora quando você vem tem um monte de groupies querendo te agarrar! – Ela disse rindo.
- Bom, esse é o preço a pagar por ser tão bonito.
- É, mas eu nunca saberei como é isso porque, obviamente, ninguém consegue ser mais bonito que você. – Eu falei isso alto?, ela ficou corada.
Ele olhou para ela toda sem jeito, uau, mais linda ainda...
- Bem, você é de onde?
- Sou brasileira, com muito orgulho, com muito amor.
- Ah, eu sabia... Percebi pela sua bunda...
- QUÊ?
- Eu falei alto? – Ele olhou assustado. Bateu na taça e derrubou todo o vinho.
Ela olhou para ele docemente e riu. Ele riu com ela, como resistiu aquele riso tão doce e sincero?
Depois de muita conversa e uma comida muito boa, comparada aos grudes que foi obrigada a chamar de comida desde que chegou à Inglaterra, Dougie chegou pertinho dela e sussurrou na orelha dela. Ele percebeu que ela usava um alargador pequenininho, igualzinho ao seu. Com uma grande estrela bem no meio, branca.
- Melhor nós sairmos daqui, duas pessoas famosas como a gente chamam muita atenção!
- Famosas como a gente? Você achou que eu era funcionária da BBC! - Ela disse rindo. Dougie se levantou, jogou o dinheiro em cima da mesa e a puxou pelo braço. - Hey...
- Eu já sei para onde vamos. Conheço um lugar ótimo por aqui.

foi arrastada até um parque. Mesmo à noite o lugar era lindo. Havia um lago bem no meio e as luzes se refletiam nele e tudo ficava mais perfeito. Em volta dele, muitas árvores cheias de luzinhas de Natal (mesmo não sendo Natal). Dougie pegou delicadamente na mão da garota e os dois começaram a andar. tinha se arrepiado com o toque delicado do garoto na mão dela. Ele percebeu, mas não falou nada.
- Então, está gostando? – Dougie perguntou, sem olhar para ela.
- Claro... Aqui é lindo... - Ela disse com um sorriso no rosto.
Ele sorriu para ela.
- Seu sorriso é lindo. – Os dois falaram ao mesmo tempo e começaram a rir.
Os olhos de Dougie estavam brilhando, aquele azul lindo estava refletindo as luzes do parque e estava praticamente hipnotizada.
- O que você acha de beijos no primeiro encontro? - Dougie parou bem na frente dela.
- Bem, eu acho uma coisa meio errada... Porque você nem conhece direito a pesso... - Ela foi interrompida pelos lábios de Dougie que acariciavam os seus e pela mão de Dougie que passava delicadamente pelo seu rosto o descia até sua nuca. se envolveu nos braços de Dougie e acariciou os cabelos dele, deixando-se levar pelo toque suave e pelo o beijo quente e carinhoso do garoto.
Melhor dia da minha vida, ela pensou.

chegou ao Hotel e encontrou as garotas sentadas na cama, conversando.
- E aí... Cinderela, como foi à noite?
- Perfeita... Ele me beijou!
- BEIJOU? MAS ELE NÃO TEM NAMO... - foi interrompida pela mão de bem na sua boca.
- Uau, ... É, que legal... Por que você não vai tomar um banho e depois vem aqui contar tudo pra gente? – Disse .
- Okay...É isso que eu vou fazer.
Quando a garota deixou o quarto e as meninas ouviram o chuveiro já ligado, disse:
- Mas ele não tem namorada?
Elas se entre olharam e o silêncio respondeu por elas.

- O QUÊ? VOCÊ A BEIJOU? VOCÊ BEBEU? ESTÁ LOUCO? E A FRANKIE? – Tom falava alto e meio nervoso.
- FRANKIE? AH, EU ESQUECI DELA! – Dougie disse muito nervoso, andava de um lado pro outro do quarto. – OH, MEU DEUS, O QUE EU VOU FAZER AGORA?
- Simples... Ou você termina com ela ou você conta para a que você tem namorada e foi um erro ter beijado ela.
- Mas ela vai ficar muito magoada.
- Então termina com a Frankie!
- Não, ela vai ficar muito magoada.
- Cara, não adianta, de qualquer jeito uma delas vai ficar muito magoada e é melhor você contar do que elas descobrirem por outra pessoa.
- Ah, cara, eu estou fodido agora! – Dougie se jogou na cama e não levantou tão cedo de lá.

Fazia algumas semanas que e Dougie não se viam, porém, ele ligava para ela todos os dias e os dois passavam horas conversando telefone. As garotas da banda preferiram não contar para da namorada de Dougie, elas acharam que uma hora ou outra o Dougie contaria.
estava quase pronta para uma entrevista e foi buscar seu casaco. Pegou o mesmo que usara no dia em que beijou Dougie. Colocou a mão no bolso e encontrou a touca de Dougie dentro dele.
- Oh, meu Deus, como isso ainda está aqui? Eu já lavei esse casaco? Hum... Acho que vou levar ela para o Dougie agora mesmo, antes da entrevista... É uma desculpa para eu ver ele. – Ela disse sorridente, saindo e trancando a porta.
Era uma manhã fria de inverno em Londres. acabara de estacionar o carro na frente da casa de Dougie. Tocou a campainha várias vezes, e quando estava quase desistindo, a porta foi aberta.
- Até que enfim... Pensei que você estava tentado se livrar de mi... - Quem estava bem ali na porta, vestindo uma camisa do Dougie? FRANKIE. Os olhos de se encheram de lágrimas e ela perdeu a fala. - É... Eu... Aqui... Touca... Trazer... Dougie. – Ela entregou a toca e foi rápido para o carro.

- Hey, quem era, amor?
- Era aquela garota que agente viu na televisão e você começo a gritar é ela... É ela... É ela... Lembra? – Ela disse rindo. – Eu acho que ela é gaga. Não falava coisa com coisa e deixou essa touca aqui para você.
Dougie havia parado de escutar assim que reconheceu que a tal garota era . Ele quis morrer, não sabia o que fazer.

Uma semana depois...

- Cara, ela ainda foi boazinha. Ela podia ter feito um escândalo, aí você ia perder a Frankie também. Para de pensar nela. – Disse Danny enquanto jogava ping-pong com Harry.
- Cara, mas eu gosto dela...
- Tarde demais, dude. Agora ela deve estar te odiando! – Disse Harry.
- Hey, look! São elas aqui na televisão. - Disse Tom enquanto os outros corriam para a sala.
- Ela está usando uma camiseta do McFly, da nossa turnê do R:A. – Disse Danny, apontando para a tela.
- Há uma esperança, dude. Ela pode não odiar você.

– Então vocês andam fazendo muitos covers do McFly nos shows de vocês nessa última semana, não é?.
- Bem, é sim... - Respondeu . – A gente andou tocando Falling in Love e Do Ya... – "Ela me ama", Dougie pensou. – E também Down Goes Another One e Lies, – Ela me odeia. Disse ele, decepcionado.”


estava quieta, não falou nada a entrevista inteira e parecia que seu pensamento não estava lá, e sim com Dougie.
- Ela parece chateada. – Disse Tom.
- É, ela não está muito bem. – Concordou Harry.
- Já sei... A gente liga para elas e convidamos elas para saírem com a gente hoje, aí você pode falar com ela, Dougie. – Disse Danny, pegando o telefone.
- Cara, eu acho que elas não vão querer sair com a gente!
- Alô?
- Oi, ... É o Danny!
- Oi, Danny. Tudo bom com você?
- Sim... Sim... É... Queria saber se vocês querem sair com a gente hoje... Que tal irmos para um pub?
- Bom, espera aí que eu vou perguntar para as meninas.
Minutos depois...
- Hey, Danny, todas aceitaram... Menos a ...
- Ah, mas por que ela não vai?
- Ela descobriu que o Dougie tem namorada, né? Ela não quer nem olhar para a cara dele.
- Mas ele quer pedir desculpas.
- Hum... Ela não vai querer sair de casa. Mas a gente pode fazer o Dougie entrar aqui, que tal?
- Hum...Gostei da idéia.
- Passem aqui às dezenove horas EM PONTO, okay?
- Okay. Beijos.
- Beijos.

- Prontinho... Dougie! Hoje você terá sua chance de se desculpar.

Sete horas em ponto a campainha tocou. As meninas saíram. estava no quarto dela. Dougie entrou em silêncio e subiu as escadas devagar.
Abriu a porta do quarto dela e tudo que pode ver foi um pote de pipoca voando em direção a sua cara.
- SAI DAQUI AGORA! – Ela gritava sem parar.
Ele desviou do pote de pipoca e entrou no quarto, tentando chegar perto dela.
- Eu só quero me desculpar, pelo menos me escuta. - Ela se levantou saiu correndo pelo quarto, jogando nele tudo que via pela frente. Dougie tomou toda a coragem que não tinha e foi em direção a ela, e segurou seus braços com força. - Hey, olha aqui... – E puxava ela bruscamente, fazendo ela olhar para ele. - Me escuta. Aquela noite eu me esqueci da Frankie. Eu só pensava em você. Juro que eu não quis te usar. Eu gosto de você... Eu realmente gosto de você...
- Mas não o suficiente para terminar com aquela vadia, né?
- Hey, não fala assim dela, não...
- Ah, me desculpe, eu sou a vadia por aqui! A sua segunda opção! Se você estava com ela esse tempo todo, por que continuou falando comigo quando a gente voltou de Essex? Era só você ter me ignorado, eu ia entender que você não quer nada comigo e você seria feliz com ela.
- NÃO, NÃO, NÃO! Eu continuei falando com você porque eu já não consigo mais parar de pensar em você, Eu... A... Am... Amo você. Mas é que é difícil, sabe? Eu estou com ela há muito tempo já. E não consigo imaginar minha vida sem ela. - começou a chorar descontroladamente.
- Você não me ama... Se me amasse teria deixado ela e ficado comigo. SAI DAQUI, DOUGIE! SAI DAQUI AGORA. ME DEIXA EM PAZ. COMO EU PUDE ACREDITAR QUE VOCÊ PODERIA ESTAR GOSTANDO DE MIM? VOCÊ É RICO, LINDO E MUITO FAMOSO. PODE TER QUALQUER GURIA QUE VOCÊ QUISER! POR QUE VOCÊ IRIA ME QUERER, HEIN? SAI, DOUGIE, SAI!
Dougie soltou os braços da garota e deixou uma lágrima escapar, saiu do quarto dela e desceu as escadas rápido, e foi para casa. Havia perdido ela para sempre... Para sempre...

- Então agora teremos a estréia do clipe novo das . - Alguns meses haviam se passado. A amizade entre os McGuys e The Dudes, continuava firme e forte e eles estavam cada vez mais íntimos. Porém se mantinha distante e não falava com nenhum deles, muito menos com Dougie. E as garotas conviviam normalmente com todos, menos Dougie.
O clipe passava e a letra da música dizia:
“Eu amo o jeito que você fala meu nome e o jeito que sussurra ao meu ouvido” – Dougie começava a se lembrar do dia do encontro com e do jeito que ela riu quando ele tentou falar e de quando sussurrou na orelha dela. “O jeito que você olha para o meu rosto, o jeito que você me envolve em seus braços” – Dougie lembrou do rosto encantador dela sorrindo e de quando ele a abraçou. “Amo até o jeito que você me mostra como a vida é sem você aqui” – Dougie pensou: Ela ainda gosta de mim.
“Eu amo seu olhos e o seu sorriso. Sua pele macia e seus lábios. As roupas que você veste e o seu perfume” – A cada novo verso da canção Dougie percebia a mensagem que mandava para ele, afinal, ela havia escrito essa música. E o clipe mostra um casal num parque e no fim ele a trai. (essa música eu escrevi. A versão original é em inglês!)

Dougie chegou em casa e encontrou Frankie brincando com Flea.
- Frankie, eu preciso falar com você. – Dougie disse, sério.
- Hum... Claro, amor. Mas antes eu quero te dar isso. – Ela pegou uma caixa de presente com um grande laço vermelho em cima. – Feliz aniversário de três anos! – Ela disse e o abraçou com força. Dougie ficou sem reação, apenas conseguiu sorrir e beijá-la. - E o que você queria me dizer?
- Ah... Que eu vou levar você para jantar hoje, para a gente comemorar! – Ela sorriu sem jeito.
- Ah, que lindo, meu amor... Eu vou me arrumar.
Dougie sentou no sofá e fechou os olhos.
- POR QUÊ? POR QUÊ? Agora que eu estava quase decidido.

Durante o jantar, Dougie se mostrou frio e distante. Não falava nada e nem comia.
- Amor... O que foi?
- Hãm? Que? Nada...
- Você está meio desligado... Você está bem?
- Estou, mas é que eu estou meio confuso.
- Confuso? Com o que?
- Com uns lances aí. Mas continua falando... Do que você estava falando mesmo?
- Então... A gente já está há três anos juntos... Você não acha que está na hora de algo mais sério?
- Hãm? Onde você está querendo chegar?
- Você não pensou em casar comigo?
- CASAR? – Dougie deu um pulo.
- É, formar uma família comigo!
- Com você? Olha Frankie... Desculpa-me, mas eu não posso fazer isso... Eu estou apaixonado... Por outra... – Dougie se levantou jogou o dinheiro em cima de mesa e saiu correndo para a rua.
Ele correu até a casa de . Chegou lá e estavam todas as meninas na sala, jogando vídeo game. Ele começou a falar alto e rápido, mesmo estando sem fôlego.
- ... EU SEI QUE EU TE MAGOEI... MAS EU NÃO POSSO MAIS VIVER SEM VOCÊ. EU SÓ PENSO EM VOCÊ... EU... EU... TERMINEI COM A FRANKIE AGORA... HOJE A GENTE ESTAVA FAZENDO TRÊS ANOS... ELA FALOU EM CASAMENTO... MAS EU NÃO PODIA FAZER ISSO... EU DISSE PARA ELA QUE EU AMO OUTRA... EU AMO VOCÊ... E EU QUERIA QUE VOCÊ ME DESSE OUTRA CHANCE... OU PELO MENOS FALASSE COMIGO, ME OUVISSE... EU SEI QUE EU FUI UM IDIOTA E QUE VOCÊ PODE NUNCA MAIS OLHAR PARA A MINHA CARA... SE EU NÃO FIZESSE ISSO... SE EU NÃO TIVESSE ME LIVRADO DA FRANKIE E VINDO AQUI AGORA FALAR ISSO PRA VOCÊ... EU IA ME ARREPENDER PRO RESTO DA VIDA. – Ele falou, recuperando o fôlego e começando a chorar.
e as meninas olhavam para ele, espantadas... deixou uma lágrima cair e foi se aproximando de Dougie. As outras acharam melhor saírem dali e deixá-los em paz. Foram para a casa de Danny.

Dougie se sentou na poltrona e pôs a mão no rosto, enquanto chorava e não tinha coragem de olhar para o rosto de . Ela então se agachou na frente dele e levantou o rosto dele devagar.
- Eu... Me... Me... Des... - Ele soluçava enquanto tentava falar.
- Dougie, eu te amo! - Ele olhou para ela e, de repente, um sorriso surgiu no rosto dele. – Dougie, eu te amo, e quero passar o resto da minha vida com você.
Ele se levantou e pegou a garota no colo. Ela envolveu as pernas ao redor da cintura dele. Ela encostou sua testa na dele, e acariciou seu nariz no dele. Ele sorriu e ela respondeu do mesmo jeito, depois, colocou a mão na nuca no garoto e juntou seus lábios aos dele devagar. Ele abriu devagar a boca e ela fez o mesmo. A língua dele invadiu a boca dela e nesse momento ela se arrepiou, ela deixou que ele explorasse sua boca delicadamente e depois fez o mesmo nele. A mão dele subiu das costas para o pescoço e depois para entre os cabelos da garota. Ele foi andando para trás até encontrar uma parede onde encostou a garota com força. Eles se beijavam incansavelmente. Ela pôs as mãos dentro da blusa dele e passou as unhas com força enquanto tirava a blusa de Dougie.
Dougie subiu as escadas com ela no colo enquanto ela beijava seu pescoço. Entrou no quarto dela e a pôs na cama e logo subiu em cima dela.
Naquela noite, tudo que se pode ouvir foram os gemidos de dois amantes na noite fria de Londres, e, enquanto as roupas já estavam jogadas pelo chão do quarto, em cima da cama a forma mais pura, simples e verdadeira de amor fez com que aquele SIM fosse o dia mais feliz da vida de dois jovens apaixonados.
Fim!


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