“Hey, Matt!” Minha voz era alegre e um pouco mais fina do que o normal, mas eu tinha certeza que ele me reconheceria. “Adivinha onde eu estou!” Antes que ele pudesse falar qualquer coisa eu já demonstrava minha empolgação.
“Presa?!” Ele gargalhou, lembrando de um pequeno incidente que havíamos passado anos atrás em Las Vegas. Eu apenas grunhi, não gostando de lembrar o fato. “Diga logo onde está, prima.” Sua curiosidade era tão grande que eu não evitei gargalhar, apenas para deixá-lo mais curioso.
“A algumas quadras de você!” Minha voz ficou mais fina novamente e eu falei um pouco mais alto, podendo imaginar a cara surpresa que ele fazia naquele momento.
“Eu... Não acredito!” Ele gargalhou. Talvez nós estivéssemos imaginando a mesma coisa: festas, bebidas e drogas. “Você conseguiu!” Ele gargalhou mais uma vez, enquanto eu terminava de ajeitar meus cosméticos no banheiro de um pequeno flat que meu pai havia conseguido para mim, através de um amigo que morava por aqui.
“Você sabe que eu consigo o que quero quando o assunto envolve meu pai...” Dei de ombros enquanto falava, e tentava equilibrar o iPhone entre meu ombro e meu ouvido direito. “Achei que você deveria ser o primeiro a saber, eu sei que você pode me arranjar uma festa de boas vindas tão boa quanto todas que já frequentamos!” Acompanhei sua gargalhada, sentando-me na cama e suspirando. Fazia, exatamente, dois dias que eu estava ali, o suficiente para ter meu ingresso na universidade garantido, faria duas matérias em um dia, quarta-feira, manhã e tarde, e seria sustentada pelo meu pai até arranjar algum emprego bom o suficiente para mim.
“Me diz seu endereço e fica pronta às onze horas da noite. Eu passo para te buscar!” Sua voz continuava com o mesmo tom alegre, e era por isso que eu adorava ele.
“Já disse que eu amo você?!” Ele gargalhou enquanto eu ditava para ele meu endereço, e terminei o telefonema dizendo que ele deveria me ligar se algum imprevisto aparecesse.
Matt era o tipo de garoto que todas as garotas queriam ter contato. Ele tinha os melhores e mais bonitos amigos. Conseguia entradas para qualquer festa. Ingresso para qualquer show. E, na maioria das vezes, ele conseguia entrar no camarim das bandas. Ele já havia me usado muitas vezes para conseguir esse tipo de coisa, mas eu não me importava. Na maioria delas eu aproveitava muito mais do que ele, acordando com garotos que muitas garotas sonhavam em chegar perto. Isso também contribuía para que meu lado sentimental nunca aflorasse. Observando o fato de que mais da metade deles eram comprometidos. Fora Matt quem me apresentara às perdições da minha vida, e confesso que as baladas não foram as mesmas depois que ele se mudou para cá, depois de meu tio decidir expandir suas lojas de roupa para cá, deixando ele como administrador dela – não que ele realmente fizesse alguma coisa.
Suspirei enquanto terminava meu serviço, pronta para tomar um banho demorado. Eu estava vivendo tudo o que sempre desejei, me livrando das pessoas estúpidas que me cercavam, me sentindo tão independente quanto eu havia imaginado. E, não, eu não me importava com ninguém que havia deixado para trás, exceto meus pais. Mas sentir saudades era para fracos. E fraco era um adjetivo que não estava na minha lista de características, e nem nunca estaria.
The Kinks era uma banda perfeita para ouvir sozinha, quando você precisava de concentração para relaxar e se vestir, embora eu preferisse um rock mais moderno, The Kinks nunca sairia da minha lista de bandas favoritas. Na verdade, minha lista de bandas favoritas era muito variada, assim como meu gosto. Eu tinha meu estilo de vestir, mas eu não conseguia optar por um só estilo de música. Cada humor merecia um tipo de música, e era assim que minha playlist sempre fora organizada.
Com a sensação de que ninguém me diria que já estava na hora de sair do banho, quarenta e cinco minutos depois, eu saí do banheiro, meu corpo enrolado em uma toalha e os cabelos em outra. Eu havia aproveitado para hidratar meus cabelos e depilar as pernas, já que eu ainda não tive tempo de encontrar um centro de estética que fizesse isso por mim. O próximo passo era escolher uma roupa, entretanto eu já tinha uma peça em especial na minha mente, considerando as dicas que Matt sempre me dera e considerando que eu estava especialmente inspirada para aquela noite. Considerando, também, que eu estava cansada de usar vestido preto com meia calça. Separei a roupa recém guardada e segui para o banheiro com o intuito de fazer minha maquiagem e secar meus cabelos, eles ficariam soltos.

Quinze minutos adiantado, Matt foi anunciado pelo porteiro no interfone. Sorri ainda mais, tomando o resto de champagne que ainda restava na minha taça. A champagne foi adquirida junto com uma pizza de queijo, e eu não me arrependia por ter devorado a metade da mesma. Abri a porta do meu flat, encostando-me do lado de fora e ansiando pelo momento em que Matt sairia do elevador. E assim ele o fez, meio minuto depois, vestindo um jeans skinny e escuro, All Star preto e um blazer cobrindo uma blusa de algodão branca, e segurando duas latinhas de energético entre os dedos.
“A melhor surpresa dos últimos tempos!” Ele me abraçou assim que chegou a minha frente, depositando um beijo em minha bochecha e me fazendo gargalhar.
“Sabe... Estava impossível viver sem você!” Eu gargalhei, fechando a porta assim que ele entrou.
“Se você não fosse minha prima...” Ele passou os olhos por todo meu corpo e eu dei uma pequena voltinha, mostrando-lhe minha roupa e meu corpo, esperando pela opinião dele. “Está... Gostosa!” Gargalhamos enquanto ele abria uma das latinhas e a entregava para mim. “Eu nunca acreditei que você viesse!” Brindamos, juntando uma latinha na outra, e ingerimos um pouco da bebida.
“Você sabe que eu não desisto do que quero!” Sentei-me no sofá que decorava a minha pequena sala, ao seu lado. “E, na verdade, não via a hora de me livrar daqueles americanos estúpidos!” Ri baixinho, enquanto ele sorria para mim. “Mas então... Como estão as coisas por aqui?!”
“Muito melhor do que eram por lá!” Ele riu após tomar mais um gole de seu energético. “Você vai adorar esse mundo novo, aqui é mais fácil de conseguir qualquer coisa!” Ele deu de ombros, e eu sabia que meus olhos brilhavam naquele momento.
“E aonde vamos hoje?!” Minha animação para sair dali e conhecer uma balada britânica era gigante, e ele se levantou no mesmo instante, estendendo uma mão para que eu pudesse me levantar do sofá facilmente. “Hoje eu quero tudo!” Gargalhei, enquanto saíamos do meu flat e eu escondia a chave no tapete do lado de fora da minha porta. Foda-se se ela não estivesse mais ali quando eu voltasse; o porteiro, certamente, salvaria minha vida.
“Eu tenho uns bons amigos por aqui...” Foi tudo o que ele disse quando entramos no elevador.
“Eu mal posso esperar para conhecê-los!” As minhas amizades e as de Matt não costumavam ser tão diferentes. Ele acabava se acostumando com as minhas, e eu me divertindo com as dele. Embora, para mim, aquele tipo de amizade poderia ser traduzido como companheiros de festa.
Uma música do Ramones começou a tocar quando ele ligou o rádio do seu Bentley. Dentro daquele carro, eu cheguei, mais uma vez, a conclusão de que qualquer coisa que fosse adquirida por Matt seria esplêndida, cara e invejada.

Aquele lugar era um dos mais badalados que eu já havia freqüentado. O psy que saudava o ambiente com seu ritmo animado, fazia com que eu me sentisse bem e contagiava, também, as inúmeras pessoas que agitavam seus corpos na pista de dança.
“Meus amigos estão ali.” Matt anunciou, segurando minha mão esquerda e me puxando até uma mesa, onde dois garotos, tão lindos quanto Matt, estavam de pé, conversando com outros três, estes sentados, e que pareciam estar acompanhados por duas garotas. “Hey!” Matt gritou assim nos aproximamos. Cumprimentou os dois garotos com um toque de mãos e acenou para os que estavam sentados. Eu não precisei sorrir, considerando que um sorriso já estampava minha face desde que entrei naquele lugar. “Essa é a .” Ele anunciou, e eu passei em sua frente, dando um beijo em cada um dos garotos e acenando para os mais distantes. “Esses são Brody e Spencer...” Continuei sorrindo, e deduzi que os outros que estavam ali não eram de grande importância para Matt. E, afinal, quem não importava para Matt, não importava para mim.
“Vamos até o bar?!” Perguntei ao Matt, discretamente, enquanto dávamos uma pausa na conversa animada que estávamos tendo. Brody e Spencer pareciam ser legais, embora Spencer pudesse ser comparado com um idiota de dez anos de idade. Matt apenas assentiu, respondendo minha pergunta. Fomos seguidos pelos outros dois, o que confirmou que as pessoas sentadas naquela mesa não mereciam minha atenção.
Encontramos dois bancos vazios ao redor do balcão do bar, onde três rapazes preparavam drinks, animados. Sentei-me em um deles e Brody sentou-se em outro. Pedimos apenas cerveja, afinal, meu estômago não agüentaria se eu bebesse, logo de cara, algo mais forte. Brody tirou do bolso de sua calça jeans um maço de cigarros, entretanto eu sabia que a embalagem era falsa, já que Matt comemorou quando o viu fazer aquilo.
“Não disse que meus amigos eram os melhores?!” Matt disse, acendendo seu cigarro de maconha e dividindo-o comigo. Brody resmungou qualquer coisa, e eu não esforcei em entender o que aquilo significava. Naquele momento, enquanto inalava aquela fumaça tranqüilizadora, eu percebia que a vida que eu havia planejado para mim, estava começando. Talvez esse fosse um dos principais motivos para que eu não parasse de sorrir.
“Garota, você é a primeira que não fica fazendo cara feia!” Brody sibilou em meu ouvido, em um tom mais alto para que a música não atrapalhasse sua fala; eu sabia ao que ele se referia. Eram contáveis as amigas que eu tinha e que não se importavam com o cheiro de maconha, e algumas se afastaram quando eu comecei a fumar, não que esse fato me deixou abalada, afinal, pessoas cafonas nunca seriam capazes de me abalar. “E que é linda...” Ele acrescentou, fazendo com que eu perdesse minha linha de pensamentos e o olhasse, ainda sorrindo.
“Quem deve agradecer a Matt, você ou eu?!” Perguntei de maneira extrovertida, não me atendo muito ao que Brody dizia, afinal, eu sabia o que ele queria e eu ainda não estava no clima, definitivamente. “Algumas garotas apenas tem medo de transporem quem são...” Comentei, observando Matt encarando algum ponto na pista de dança, provavelmente, procurando seu alvo.
“É por isso que você já merece minha admiração.” Ele acendeu outro cigarro de maconha, já que Spencer parecia ter sumido com aquele que estava aceso. Depois de tragar, ele o deu para mim. Segurei o pequeno cigarro entre meus dedos e levei-o até meus lábios, fechando os olhos e tragando aquela fumaça calmamente. Abri meus lábios e deixei com que o resto da fumaça saísse por eles. Aquilo, definitivamente, me fazia bem. Não fazia o mesmo efeito que fazia no começo, entretanto, aquele cigarro ainda servia para me deixar tranquila e ainda mais desinibida, sem fazer qualquer escândalo ou loucura.
“O que você faz?!” Perguntei por curiosidade e também porque, talvez, me tornar amiga dele poderia ser interessante.
“Sou web designer e DJ quando surge alguma balada...” Ele deu de ombros e minha simpatia por Brody só aumentou. Olhando-o melhor eu conseguia perceber que o estilo que ele usava para se vestir deixava transparecer claramente sua profissão. “E você?!”
“Eu sou a melhor amiga da diversão!” Tentei falar de forma descontraída, enquanto passava os olhos pelo local, tentando encontrar algum rosto que me chamasse à atenção.
“Você é o tipo de garota que muitas desejam ser...” Ele afirmou e eu não encontrei argumentos para contestá-lo. De certa forma, aquilo era verdade; eu conseguia fazer aquilo que queria, conseguia ter aquilo que queria e tinha recursos para isso. Embora as melhores e as piores partes da minha vida eu guardava para mim – e nem mesmo Matt sabia de algumas.
“Pode ser...” Dei de ombros, bebendo o líquido azul que fora encomendado por Brody e agora me era oferecido. “Muitas delas não desejariam passar por muitas coisas que passei, acredite.” Acrescentei, apenas para ter alguma coisa para comentar.
“E o que seria?!” Ele retirou o copo de minhas mãos e bebeu o que havia restado. “Você não me parece ter passado por muitas coisas difíceis!” Concluiu e eu gargalhei, irônica. Afinal, ele ainda não tinha intimidade suficiente para tomar a liberdade de perguntar algo assim.
“Se nem mesmo Matt sabe, você não será o privilegiado!” Falei assim que parei de gargalhar, observando os olhos dele estreitarem e um protótipo de sorriso aparecer em seu rosto.
“Sempre na defensiva... Garotas assim costumam quebrar a cara no final!” Ele havia entrado no meu clima. Ou melhor, no meu humor e na minha forma de agir.
“Não se preocupe, eu costumo quebrar a cara alheia antes mesmo de pensarem em quebrar a minha!” Retruquei, ainda sorrindo. Reparei no seu sorriso, e concluí que o sorriso dele era um dos mais fáceis a serem lidos. Perversão e curiosidade. Isso era tudo o que ele transmitia, e eu não precisava de nenhuma explicação lógica para esses significados. Na verdade, eu era a explicação lógica.
“Wow!” Ele exclamou, fingindo surpresa. “Sempre o mesmo discurso...” Ele ria, porém eu sabia que, no fundo, ele estava falando o que ele realmente pensava. Na verdade, eu não me importava. Eu acreditava na minha verdade, era isso o que importava.
Dei um sorrisinho irônico e saí de perto dele. Era a primeira balada, em Londres, que eu me sentia independente; sem precisar me importar com o que meus pais diriam depois – não que eles se importassem muito com isso. Por esse motivo, eu precisava aproveitar a minha noite, e Brody, naquele momento, não me era útil para isso.

***


“Se divertindo muito sem mim?!” Ouvi Matt perguntar em meu ouvido, em um tom descontraído, enquanto ele colocava cada uma de suas mãos em um lado da minha cintura e eu senti minhas costas encostarem-se ao peitoral dele. Eu ri com aquilo. As pessoas, provavelmente, levariam aquela cena para um lado que não existia.
“Estou tentando!” Respondi, continuando a dançar, agora um pouco mais lentamente, conforme as batidas da música. “Acabei de avistar um gatinho!” Brinquei, sentindo ele me soltar e, em um piscar dos olhos, ele estava em minha frente.
“Não diga que sou eu!” Ele falou em um tom mais alto, devido à distância que estava imposta entre nós. “Ficarei constrangido!”
“Posso dizer coisas piores, que deixarão você ainda mais constrangido!” Falei, para depois gargalhar.
“Você ficaria constrangida se eu dissesse que falei muito bem sobre você para Brody?!” Ele falou, mais próximo de mim, parando de dançar. Eu ri, colocando uma mão em frente de minha boca, fingindo surpresa. Ele riu ao ver que eu havia reagido bem àquilo. Afinal, eu não era nem um tipo de boba e sabia qual era a de Brody no momento em que ele resolveu desabafar sobre sua opinião sobre mim. “Ele está louco para descobrir se tudo o que eu falei é verdade!” Matt gargalhou junto comigo, enquanto dava um passo para trás e voltava a dançar de um jeito estranho, porém atraente.
“E por que ele não está aqui?!” Perguntei, voltando a dançar também. “Isso me pareceu uma falta de interesse!” Comentei, dando de ombros enquanto dançava.
“Ele tinha medo que você o insultasse tanto que...” Ele gargalhou, e eu parei de dançar para me concentrar nas palavras dele. “... Ele nunca mais se recuperaria psicologicamente.” Então essa era a imagem que eu estava passando para as pessoas? Gargalhei. Era, realmente, tudo o que eu queria. Passar uma imagem de forte, superior e livre.
Talvez essa não fosse a verdadeira . Mas era a que eu queria ser.
Era a que ninguém poderia destruir ou abalar. Era, também, a que iria entrar em ação; não com Brody, mas com o garoto de olhos que dançava um pouco mais a frente, com alguns rapazes, e com uma long neck na mão direita, a qual eu deseja que estivesse em minha cintura ou em minha perna, tanto fazia.
“Esqueça Brody, hoje ele não é bom o suficiente!” Parei de dançar, assim Matt me entenderia melhor e eu não precisava gritar tanto. “Quero saber quem é aquele ali!” Apontei, sem discrição alguma, para o meu alvo. Para aquele que havia despertado o meu fogo interno. Matt dirigiu seu olhar para onde meu dedo apontava e eu vi um sorriso estampar seu rosto.
“O mais novo solteiro do Reino Unido!” Eu não evitei aumentar meu sorriso. Aquilo significava um problema a menos. “ , ele tem uma banda...” Eu beijei seu rosto e saí dali. Eu não precisava saber nada mais do que aquilo, ou, posteriormente, conversar com seria entediante. Sim, o mais chato de tudo era não poder partir logo para a parte em que ele abraçaria minha cintura e juntava nossos corpos. A não ser que ele estivesse tão a fim de curtir seu momento de suposta ‘solteirice’ e não estivesse interessado em conversar. É, talvez aquela pudesse ser minha noite de sorte.
Assim que avistei um garçom passar por mim, com taças de alguma bebida transparente em sua bandeja, eu tinha o plano perfeito e mais previsível para atrair o olhar dele para mim. Peguei um copo da bandeja e atirei um beijinho para o garçom assim que seu olhar caiu sobre mim e saí de perto dele. Ergui a taça para poder caminhar melhor entre as pessoas, e quando estava perto o suficiente, fingi ser empurrada por alguém, deixando com que a bebida, desconhecida por mim, molhasse as costas daquele que, minutos antes, me fora apresentado como .
Exatamente como eu havia imaginado, ele virou-se, pronto para me xingar, mas desistiu assim que seus olhos passearam em mim. Eu fingia um sorriso de arrependimento, porém eu estava querendo sorrir de felicidade. As vezes eu odiava como os homens eram tão previsíveis, isso sempre funcionava, e sempre tinha o mesmo final. No entanto, eu adorava usar isso a meu favor sempre que podia. E, com ele, eu estava podendo. A julgar pelo sorriso de canto que ele possuía no rosto sem defeitos, e em como seus olhos adquiriam um brilho diferente – talvez o mesmo que pairava em meus olhos.
“Desculpe! Mil desculpas, eu...” Minha voz era urgente e minhas mãos estavam inquietas, ora tampando minha boca, em um gesto de incredulidade pelo que eu havia feito, ora em meu busto, tentando demonstrar o quão afetada eu estava com aquilo... Ou não. Ele não hesitava em acompanhar minhas mãos com seus olhos e assim que eles caíram sobre meu busto, eu tinha certeza que ele estava tentando enxergar um pouco além do tecido quase transparente de minha blusa.
“Está tudo bem!” Ele tinha uma voz divertida, tão bela quanto seu rosto e seu corpo. E seu sorriso era tão sensual quanto à calça skinny preta e a camiseta branca que ele usava. O estilo perfeito. Eu baixei meu rosto, sorrindo envergonhada, fazendo a falsa recatada, assim que seus olhos cruzaram com os meus. Aqueles olhos eram tão intensos, que eu deseja que ele nunca mais os tirasse de cima de meu corpo. Confesso que poucas vezes tive a sensação de um frio na barriga me assolar por conta de um olhar masculino. Talvez eu o estivesse desejando tanto, que as emoções ficavam muito mais intensas. “Isso pode acontecer com qualquer um!” Ele disse, simpático, e eu deixei que nossos olhares se encontrassem. Sorri, sincera, e ele retribuiu o sorriso. Eu estava ficando estupidamente excitada. O jeito como ele sorria e me olhava, parecia mais do que eu poderia suportar. Eu tinha certeza de que iria começar muito bem as minhas noitadas em Londres. “Sou , prazer!” Ele, então, se apresentou. Matt não o havia confundido com outra pessoa, isso significava que ele estava mesmo solteiro, ou melhor, recém separado. Provavelmente, louco para recuperar o tempo que perdera com qualquer garota insignificante. Ele continuava sorrindo, e aquilo me incentivou a dar um beijo em sua bochecha, para depois lhe sorrir mais abertamente ainda e, enfim, me apresentar.
“Sou , mas tenho certeza que você vai se lembrar de mim como ‘a garota que molhou minha camiseta’!” Fiz uma voz diferente ao falar o suposto apelido, apenas para confirmar que sua risada era tão gostosa quanto eu imaginava. Seus amigos já não estavam mais ali, perto dele, e eu sabia que ele não se importava com isso. Ele deu um passo em minha direção, não deixando mais próximos, largou sua long neck no chão, o que me fez deduzir que já não existia líquido algum ali dentro, me apressei em entregar a taça para um garçom que estava por perto. Não queria nada que pudesse me atrapalhar.
“Tenho certeza que você pode mudar isso!” Ele abaixou a cabeça após falar, e quando a ergueu, seu sorriso era presunçoso. Tanto quanto o meu.
“Não sei o que posso fazer, exatamente, para mudar isso...” Eu dei de ombros, dando um passo a frente, deixando com que nossa distancia fosse reduzida para um centímetro. Porém, eu gostaria de estar ainda mais perto.
“Eu posso te ajudar...” Ele terminou com a distância entre nossos corpos, e o que eu desejara minutos antes havia, finalmente, acontecido. Suas mãos apertaram minha cintura, deixando minha blusa, antes folgada, colada em minha barriga. Meu corpo ficou arrepiado no mesmo instante em que ele deslizou as mãos para o meio das minhas costas, na mesma direção de minha cintura, e puxou meu corpo para junto do seu. Sorri ao passar meus braços ao redor do seu pescoço, deixando com que minhas mãos acariciassem sua nuca. Ele retribuiu o sorriso, mas logo sua respiração já se misturava com a minha, e eu fechei meus olhos, apenas querendo aproveitar toda e qualquer sensação que ele pudesse me proporcionar. Seus lábios roçaram nos meus e eu os entreabri para que ele entendesse que eu não queria jogar jogo algum, eu não queria regras, eu o queria. Sem demora. E, atendendo meu pedido mudo, ele encostou os lábios aos meus em um selinho, mordeu meu lábio inferior e só então voltou a juntar nossos lábios. Agora, com certa brutalidade e, ao mesmo tempo, de forma ágil. Nossas línguas se encontraram de forma avassaladora, e era o que faltava para tornarmos tudo mais intenso. Suas mãos desistiram de ficar paradas, eu já as sentia por toda extensão de meu tronco, e tinha vontade de reclamar quando ele descia as mãos até o começo de minhas nádegas e, receoso ou apenas para me provocar, voltava a subi-las. Minhas mãos eram inquietas e capazes de demonstrar todo o desejo que eu estava sentido por, simplesmente, beijá-lo. Cravava minhas unhas na pele de sua nuca para depois puxar-lhe os cabelos, passeava com elas pelos seus ombros, não tão largos, porém firmes. Ele, agora, apertava ainda mais meu corpo contra o seu, e eu estava achando a maneira como ele beijava e como ele acariciava meu corpo excitante de mais. Ele voltou a descer suas mãos até minhas nádegas, enquanto nosso beijo ficava cada vez mais desesperado, porém, dessa vez, ele deixou com que elas ficassem espalmadas nessa região, para depois apertar as duas ao mesmo tempo. Eu sorri entre o beijo, começando a sentir que precisava de ar. Ele diminuiu a intensidade do beijo, ao passo em que eu sentia as mãos tentarem tirar minha blusa debaixo da saia, sem sucesso, óbvio. “Odeio esse tipo de roupa!” Ele exclamou, em meu ouvido, assim que separou seus lábios dos meus, mordendo, de leve, o lóbulo da minha orelha direita.
“É para aguçar a curiosidade sobre o que tem por baixo!” Respondi, da mesma maneira que ele, para morder, também, o lóbulo da orelha dele. Ele gargalhou em meu ouvido, e eu inclinei meu pescoço para o lado, tamanho o arrepio que aquele ato havia me causado. Aquele ato chegava a ser covarde. Eu me sentia sem armas depois de algo assim. Ele, rapidamente, inclinou sua cabeça para o outro lado, beijando toda a extensão do meu pescoço, que ficara totalmente exposto. Ele fez o caminho do começo de meu busto até minha orelha três vezes, e somente quando eu puxei os seus cabelos mais forte, foi que ele parou com a boca em minha orelha, agora, esquerda, se concentrando ali. Jamais alguém havia dedicado tanto tempo em meu pescoço e em minha orelha como ele estava fazendo; eu estava estupidamente enlouquecida.
“Eu não penso em ficar só na curiosidade!” Ele exclamou de maneira sussurrada em meu ouvido, após soltar uma risada nasalada. Eu ri também, ainda com as mãos em seus cabelos.
“Ótimo! Estamos com as mesmas intenções!” Sem tirar os lábios de meu pescoço, ele escorregou sua mão até uma de minhas pernas, erguendo-a até seu quadril. Eu suspirei. Minha libido estava aguçada. E meu estado de excitação era cada vez maior. “Vamos sair daqui...” Pedi, quase implorando, ou iríamos, mais um pouco, transar ali mesmo sem nenhum contato direto entre nossas genitálias.
Ele me virou de costas para ele, entrelaçando nossos braços na frente de meu corpo. Entretanto, suas mãos não conseguiram ficar paradas ao passo em que seus lábios ainda acariciavam minha nuca. Quando suas mãos alcançaram meus seios, por cima da blusa, eu grudei, ainda mais, meu corpo ao dele, podendo sentir o seu membro, já ereto, contra minhas nádegas. Suspirei de desejo. Ele era o primeiro que me fazia ser uma submissa. Por um lado, aquilo era absurdamente gostoso, por outro, eu não gostava que pensassem que eu era uma fraca. O único problema era que não havia como ser diferente, levando em conta que o tempo que ele estava dedicando ao meu pescoço era mais do que suficiente para me deixar com as pernas bambas e em um estado de excitação insuportável.
“Pode ser para o meu hotel?!” Ele perguntou, sussurrando em meu ouvido. Eu assenti, sabendo que qualquer palavra dita por mim, com a respiração dele em meu ouvido, sairia falhada. “Não é tão longe...” Ele acrescentou, e eu parei, apenas para forçar meu quadril contra o dele e me deliciar com aquilo.

***


Ele andava tão rápido que, se eu não estivesse acostumada com velocidade, estaria em pânico. Eu apenas ria, tamanha era a urgência que tínhamos por terminar aquilo que havíamos começado naquela danceteria. Ele não se atrevia a acompanhar minha gargalhada, talvez ele estivesse preocupado em não fazer o carro rodar na estrada. Eu sabia que com aquela velocidade, qualquer desatenção da sua parte, o carro poderia sair da estrada. Eu adorava riscos, porém.
Após ligar o rádio, e ouvir as batidas de uma dessas músicas animadas que viraram modinha, deixei com que minha mão descansasse na perna dele. Não pude conter um riso quando ele me olhou, sem virar o rosto, tão rapidamente que se eu não o estivesse encarando, certamente não teria visto. Excitada pelo risco, por ter um homem como ele ao meu lado e por pensar no que faríamos assim que chegássemos ao hotel em que ele estava, subi minhas mãos, acariciando a parte interna da coxa esquerda dele com a ponta de meus dedos, por cima da calça jeans. Apertei sua virilha e massageei o local rapidamente. Ele grunhiu alguma coisa, que eu levei como uma expressão de prazer. Eu mesma estava a ponto de começar a me tocar ali, dentro daquele carro, com um aparente rockstar sendo acariciado pela minha mão desocupada.
No entanto, resolvi me dedicar somente a ele, naquele momento. Seu membro já estava ereto, o jeans apertado realçava isso, e me fez ter a certeza que eu havia escolhida a pessoa certa, para a coisa certa. Apertei seu membro por cima do jeans, e senti seu corpo ficar rígido, vi como ele apertou os dedos ao redor do volante e, também, como seu pé descansou um pouco mais sobre o acelerador. Abri o zíper e botão de sua calça, dando livre acesso para que minha mão adentrasse sua boxer branca, sem tirar seu membro de dentro, entretanto.
“Não vou conseguir...” Ele respirou fundo antes de continuar sua frase. Minha mão apertava seu membro, ainda dentro da cueca, e eu supus que a situação estava ficando difícil para ele. “... Entrar no hotel!” Eu ri, movimentando, agora, minha mão para cima e para baixo.
“A gente dá um jeito!” Comentei de um modo travesso, enquanto o observei entrar em uma rua lateral. “Você já teve que lidar com isso, aposto!” Minha voz continuava com o tom divertido, e eu gargalhei, pensando o que diriam sobre mim se nos vissem naquele momento. Tirei minhas mãos de dentro de sua cueca quando vi que estávamos quase parando em frente ao hotel. Deixei que ele fechasse a própria calça, e foi o que ele fez assim que o carro parou. Logo vi o manobrista do hotel se aproximar, e abri a porta antes que ele o fizesse. Olhei para antes de descer do carro, e ele procurava alguma coisa nos bancos de trás do carro. Por fim, desci e fechei minha porta. Fui até , e ri quando vi que ele entregava a chave de seu carro para o manobrista segurando um casaco na altura da sua cintura, para que sua excitação não fosse vista. “Bem discreto, hein?!” Passei meus braços ao redor de seu pescoço, grudando meu corpo no seu e sentido seu membro em meu ventre.
“Você quer brincar, é isso, garota?!” Ele parecia meio nervoso, e suas mãos apertavam minha cintura. Ele começou a caminhar em direção à entrada do hotel, e após beijar-lhe, rapidamente, os lábios, eu me virei de costas para ele, retirando o casaco de suas mãos para que ele pudesse passar seus braços por minha barriga, e entramos no hotel.

Nossas línguas estavam envolvidas em um ritmo alucinante. Assim que consegui passar o cartão magnético pela porta, nos separamos apenas para que pudéssemos entrar e fechá-la. Eu encostei meu corpo na porta, já fechada, e ele voltou a encostar seu corpo no meu, porém, sua boca não foi de encontro a minha, e sim ao encontro de meu pescoço. Suas mãos abriram o zíper de minha saia, e logo depois ele puxou minha blusa para cima, deixando todo meu tronco descoberto. Ri e o chamei com o dedo, tentando parecer sexy, quando ele separou, brevemente, nossos corpos e passou os olhos pelo meu. Aproveitei para chutar a saia longe, já que ela havia deslizado pelas minhas pernas.
Não deixei que seus lábios fossem para qualquer direção se não a dos meus lábios. Eu necessitava beijá-lo. Minhas mãos espalmaram em suas costas, para depois descer até encontrar o cós de sua calça. Abri, mais uma vez, sua calça, empurrando-a para o chão, sem desgrudar nossos lábios. Passei minhas unhas por toda extensão de suas costas, levantando, assim, sua blusa. Infelizmente, ele separou nossos lábios para poder tirá-la. Quando sua blusa já estava ao chão, junto com todas as outras peças, que denunciavam a urgência que tínhamos por estarmos nus, ele puxou meu corpo de encontro ao seu, girando meu corpo e caminhando comigo. Quando minhas pernas encontraram a cama, eu deitei, puxando seu corpo para cima do meu.
Eu não gostava de ser submissa, mas quando seus lábios encontraram um de meus seios, eu esqueci todos os meus princípios. Gemia baixinho enquanto ele se concentrava em acariciar uma das áreas mais sensíveis do meu corpo, depois do pescoço e de minha feminilidade. Apertei o lençol entre os meus dedos quando seus beijos foram descendo, distribuindo beijos molhados por toda minha barriga, e quando seus lábios chegaram logo abaixo de meu umbigo, suas mãos resolveram largar meus seios e irem para minhas pernas. Eu fechei meus olhos, tentando controlar aquelas ondas de prazer que atingiam meu corpo. Uma de suas mãos separou minhas pernas, tocando em minha virilha. Minha calcinha foi tirada logo depois, e eu abri os olhos quando já não sentia seus carinhos e seu peso em cima de mim.
Ele tirava a própria boxer, revelando sua ereção. Eu me apoiei em meus antebraços para poder admirá-lo melhor. Empurrei meu corpo para trás, para meu corpo ficar inteiramente em cima da cama. Ele retirou uma camisinha de uma gaveta do criado mudo e jogou-a em cima da cama. Eu sorri quando seu olhar se encontrou com o meu, e voltei a apoiar minhas costas na cama quando ele deitou seu corpo por cima do meu. Seus lábios foram diretamente para meu pescoço, enquanto que, com minhas pernas, abracei sua cintura. Ele desceu uma de suas mãos até minha intimidade, e assim que senti seu dedo indicador tocando meu clitóris, necessitei cravar minhas unhas nas costas dele. No mesmo momento, ele desceu seus lábios para meus seios, acariciando-os, alternadamente, com a boca. Seu dedo fazia movimentos circulares em meu clitóris, me estimulando ainda mais. Mais um pouco e eu teria um orgasmo somente por sentir seu dedo me tocando.
Puxei sua cabeça para cima, fazendo com que ele me encarasse, e eu cheguei a sentir raiva quando vi o sorriso satisfeito que moldava seus lábios. Mordi seu lábio inferior com força, e desci minha mão, para tirar a dele de minha intimidade. Aproveitei e voltei a acariciar seu membro ereto, envolvendo-o, dessa vez, com toda minha mão, para masturbá-lo e fazer com que ele sentisse, pelo menos, um pouco do que eu sentira. Ele aproveitou a liberdade das mãos para acariciar todo meu corpo, enquanto eu beijava seu pescoço, tentando deixar alguma marca, e o ouvia gemer.
“Sem jogos... Sem regras!” E foi quando eu gargalhei pelo que ele havia dito que ele aproveitou para tirar minha mão de seu membro e pegar a camisinha que estava ao nosso lado. Virei meu corpo, ficando sentada em cima dele. Roubei a camisinha de sua mão e abri o pacote com os dentes, colocando-a, também com a boca, em seu membro. Segurei-o com a mão e me levantei um pouco, roçando nossas intimidades e assistindo a cara de tortura dele. Gargalhei, tentando não transparecer o quanto aquilo era difícil para mim também, afinal, eu já estava mais do que pronta para tê-lo dentro de mim, e minha intimidade já se contraia apenas por tê-lo roçando-se a mim. Não agüentando mais aquilo, sentei-me, lentamente, sobre seu membro, observando os olhos dele apertados e seu corpo rígido, apenas esperando por meus movimentos.
Ele apertou minhas coxas com tanta intensidade que eu tive certeza que ficariam marcadas, por isso, retirei seu membro de dentro de mim, para depois fazer o mesmo movimento. Com ele dentro de mim novamente, comecei a me movimentar, ora lentamente, ora rápido, sempre contrariando seus pedidos. Eu estava pensando no meu prazer, eu estava pensando em apagar meu fogo interno, e era disse que eu necessitava para fazê-lo.
Eu sabia que eu estava tardando a liberação do prazer dele, e comecei a me movimentar mais rápido assim que percebi que eu mesma não agüentaria muito tempo. Ele levou as mãos até meus seios, acariciando-os como podia, e eu fechei os olhos assim que ele apertou fortemente meus seios, denunciando que ele chegava a seu clímax. Eu, entretanto, não cessei meus movimentos, e quando ele soltou meus seios, eu me permiti chegar ao prazer máximo. Satisfeitíssima.

***


Não trocamos uma palavra depois disso. Ele me beijou antes de levantar-se e ir até o banheiro, e quando voltou, fazendo menção de deitar-se próximo a mim, eu me afastei. Deixando claro que eu não necessitava mais de contato algum com ele. Esperei ele dormir para me levantar, silenciosamente, e vestir minha roupa. Antes de sair, porém, segui até o banheiro e peguei qualquer coisa que pudesse marcar o espelho.
Com a melhor caligrafia que consegui fazer, escrevi o número de meu telefone e, logo abaixo, como forma de despedida e insinuando um próximo encontro, “there’s one thing that you cannot deny, the fire inside!”.

música | letra, tradução


Fim!


Nota da Autora: Hey, hey! Minha primeira fiction restrita. A idéia não era fazer dela uma short, mas o meu tempo está ficando curto, por isso decidi finalizar ela logo. Talvez até aconteça uma parte dois! Espero que vocês tenham gostado, embora o começo não seja convidativo, eu gostei dessa fiction! Hihi. Já perceberam minha obsessão por The Hills? Pois é, em todas minhas fictions você vai encontrar os nomes de alguns personagens. O Brody gatão e o Spencer idiota estão nessa fiction. Recomendo baixar, é realmente bom! Não coloquei a música no começo porque ela não é interessante para a fiction e eu apenas me baseei em alguns trechos e no nome. É só pra quem tiver curiosidade e quiser ouvir. Bon Jovi é sempre Bon Jovi!
Enfim, espero que vocês tenham gostado e, por favor, comentem! Beijinhos.

Unexpected Christmas @ Especial de Natal.
Twitter | E-mail | Página de Beta

comments powered by Disqus


Qualquer erro que você encontrou, seja ela gramatical ou de HTML, me avise por email, por favor – thaijustsmile__@hotmail.com. Obrigada, Thai.