Foolish
Autora: Leka Duarte | Beta: Cami




Era isso mesmo? Estava tudo acabado! Eu mereci, confesso. Não devia ter feito isso com ela, ela é boa demais. Ela merece outro melhor... Melhor que eu.
Eu sou muito tolo. "Você vai embora, não tem porque ficarmos juntos!" Eu nem sabia se ela iria mesmo embora. Fazia um ano que ela estava correndo atrás da prorrogação do seu visto britânico e até agora não tinha conseguido. Eu já tinha perdido as esperanças. Mas ela sempre me dizia: "A esperança é a ultima que morre, não se esqueça, Dougie. Eu vou conseguir!" Mas, no fundo, ela sabia que não ia conseguir.
Danny me contou que um dia ela ligou para ele chorando. Foi no dia em que ligaram para ela dizendo que não tinham aceitado o seu pedido de prorrogação... De novo. Ela iria ser deportada. Todos sabiam que a única forma de ela ficar em Londres era se casando. Mas eu não estava disposto a pedi-la em casamento. Eu a amava. Ainda amo. Mas não... Casar não. Não depois de tudo que eu passei. Eu fui praticamente deixado no altar, prometi a mim mesmo que não me casaria.

Ela foi deportada, uma semana antes eu fui falar com ela. E disse a maldita frase que me assombra todos os dias: "Você vai embora, não tem por que ficarmos juntos!"
Ela me implorou para que não dissesse aquilo, ela me jurou: "Eu vou voltar, você sabe que eu vou!". Eu não acreditei. Poucas pessoas que são deportadas conseguem entrar em Londres de novo. Mas, como Tom sempre me dizia: "Ela é a exceção de todas as regras. Nunca vi menina tão determinada quanto !" Uma semana se passou e ela foi deportada. Passou-se um mês depois disso, eu me dizia todos os dias: "Foi o melhor que você poderia ter feito, não se culpe! Ela vai ficar bem!" Eu me sentia culpado, eu poderia ter feito tudo diferente. Mas não, como eu disse, eu sou um idiota! Todos me diziam que ela ia ficar bem e, se duvidasse, ela voltaria para Londres.
E se ela voltasse? Ela não me perdoaria. No dia que ela foi deportada, eu estava no aeroporto. O jeito que ela me olhava... Não sei explicar. Era uma mistura de raiva, medo, tristeza, angústia... Mas o que predominava era que ela estava decepcionada, decepcionada comigo. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, eu queria abraçá-la. Mas não. Eu fiquei parado, olhando-a.

Faz seis meses desde que ela partiu, os meninos estão preocupados comigo. Não como direito, durmo muito pouco... Os pesadelos que tenho não me deixam dormir. Tenho faltado aos ensaios, estou cansado. E os únicos lugares que fico é o Saint James Park e em casa. Compondo... Muitas vezes. Sobre ela. Sempre ela. Certo dia, recebi uma carta, uma carta de Nova York. E dizia:

"Dougie Lee Poynter, eu tentei. Como sempre. Tentei voltar para Londres, tentei te esquecer. Mas não consegui, eu jurei para mim mesma que nunca iria sofrer por ninguém que não merecesse. E você não merece.
"Quem manda nos nossos sentimentos? Sempre me achei um burro, mas meu coração é esperto o suficiente para se apaixonar por você!" Foi o que você disse quando me pediu em namoro.
Eu não escolhi me apaixonar por você. Mas, depois de alguns meses, eu me conformei. Eu não ia conseguir voltar para Londres. Eu estava disposta a voltar e ficar com você. Estava disposta a te perdoar. Mas não, eu não consegui. Até que um dia, minha mãe me disse: "Você tem que parar de ficar se remoendo, . Siga sua vida, você tinha tantos sonhos... corra atrás deles!" E eu o fiz. Consegui um visto americano. Estou morando aqui. Em Nova York, em um jornal pequeno. Dividindo um apartamento com uma amiga lá do Brasil. Mas eu ainda sentia aquele peso nos meus ombros. Eu tinha que te dizer o quanto sentia a sua falta, te dizer que te perdoava. Queria que você soubesse que eu te perdoava. O Tom me ligou um dia, disse como você estava. Acho que foi isso que me deu coragem de te mandar essa carta.
Siga o conselho da minha mãe, Dougie, "Siga em frente, pare de se remoer!" Você fez o que achou que era certo. O que está feito, está feito. O que aconteceu foi... Não sei o que dizer.
Apenas lembre-se dos ótimos momentos que tivemos juntos. Coisas boas. Supere isso, você merece ser feliz. Eu mereço ser feliz! Saiba que eu não tenho raiva de você. Nunca tive.
Eu te perdoo, Dougie Poynter. Eu te amo, Dougie Poynter.
Com carinho, ."


A carta tinha o perfume dela, o perfume que eu dei para ela. Tinha uma mancha perto do seu nome no final da carta. Uma lágrima. Uma lágrima minha, eu estava chorando. Era um choro diferente. Eu estava aliviado, era isso? Aquele aperto que eu tinha no peito estava sumindo, eu estava me sentindo melhor. Então era isso? Eu me sentia culpado.
E tudo o que eu precisava era do perdão dela... Eu ia seguir em frente. A banda estava com novos projetos, um site em especial. Os meninos me pediram para fazer o design do site. Eu ia me concentrar nisso. Ia dar o melhor de mim para este site. E para a banda. Mas eu não me esqueceria de . Nunca.


The End!




N/A: Oláaaa :) Fiz uma fic rápidinha, em um dia. Nunca fiz uma fic de one-shot. Eu estava um dia vendo fics para ler no FFOBS e me deu vontade de escreve.. de novo.
Mas eu estou com pouco tempo. Então em um sábado qualquer em que eu estava com preguiça de estudar, eu resolvi fazer uma fic pequenininha, só pra matar a minha vontade de escrever.
E como é raro eu ler fics que não terminei com um 'final feliz' eu resolvi fazer uma diferente. :) Até porque "O que é bom dura pouco!" haha or not. Mas é isso, a minha fic. (: yay.
Me inspirei na fic por causa da musica Foolish dos meninos, fui ver a tradução e achei muito interessante. :D
Me digam o que acham. E queeem sabe talvez eu faça uma continuação. :)
Beijos, Leka Duarte. @lekaduarte_

N/B: Se encontrarem qualquer erro, por favor, me mandem um e-mail? (camila.ov@hotmail.com) Cami, xx

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