Hakuna Matata - Mari e Ana




Era mais um dia chato de verão para todas as pessoas que viviam no Brasil, mas era um dia especial para dois seres estranhos chamados e . Faltavam dois, exatamente DOIS DIAS para elas realizarem o maior sonho de toda sua vida: ir para Londres e conhecer o McFLY. Não preciso nem dizer que a maluca da tava quase surtando pela casa e a doida da , arrancando os cabelos. Er... Elas estavam ansiosas. Diremos que ansiosas era pouco, desde os quatorze anos que o sonho dessas duas era sair do país das mulatas de bunda grande e ir para London. e dividiam um apartamento há três meses, desde que fizeram seus esperados dezessete anos. Bom, enquanto estava discutindo com uma pessoa desconhecida na sacada, servia o almoço, que seria a pizza que sobrou da noite passada.
Digamos que discutindo era pouco, estava quase tacando o vaso de flores no vizinho do lado, que as acusava de som muito alto. CALÚNIA! O som tava baixinho, volume 25.
- PORRA, , CARALHO! PARA DE GRITA COM ESSE VEADO E VEM COMER - gritou (lê-se: deixou alguém surdo).
- A PIZZA VAI ESFRIAR, DÊ GRAÇAS A DEUS QUE EU ESQUENTEI ELA - ela berrou de novo.
- , PARA E VEM LOGO, PORRA. – Eu acho que ela se alterou agora.
- FESTERA SEM FUTURO É A SUA VÓ, SEU VEADO. - agora jogava uma havaiana na janela já fechada do vizinho. Na verdade, ele já tinha deixado ela falando sozinha fazia uns quatro minutos, mas ela estava lá gritando sozinha mesmo, assustando o pobre idoso que passava na rua.
Mas também tenho que citar que a situação de não era das melhores, em pleno centro, na sacada do 4º andar, com a sua esbelta cara de psicopata quando acorda, em seu pijama - uma calcinha de ovelha e uma blusa do Piu-Piu furada em baixo do braço. Se não bastasse isso, ainda tinha um ser não identificado berrando dentro do apartamento.
- VEM LOGO, PORRA! – surtou .
- Tá, eu tô indo. Mas e ai, o que sobrou de ontem pra comer hoje no almoço? Sobrou pizza de cogumelo com alcachofra? – perguntou.
- Sobrou só pizza de quatro queijos totalmente gordurosa, e um pouco da pizza de camarão da festa de ontem - falou fazendo sua lista mental. - Má tá bom, “mulé”, você sabe que aquelas mães são mão de vacas e não mandam dinheiro pra gente, A GENTE TEM QUE SE VIRAR. - Momento revolta.
- NÃO TEM PIZZA DE ALCACHOFRA E COGUMELO? – surtou. - Eu vou assaltar aquela pizzaria – surtou a garota de novo.
- , a gente precisa sair do Brasil como pessoas boas. Agradeça por eles não terem descoberto que agente assaltou a farmácia outro dia – disse.
- É verdade, eu não quero ir pra FEBEM antes de ir pra London. Contentarei-me com a de quatro queijos mesmo.
- Que bom.
- Ô, , você já falo com o Seu Pereira sobre os nossos passaportes falsos? Ele disse que ontem já ia tá pronto... Já não chega a nossa identidade que a gente ia usar pra entra naquele pub que ele entregou cinco dias depois do combinado. - fez uma cara estressada.
- MEU DEUS, O SEU PEREIRA – cara de espanto -, vou ligar pra ele. - Ela saiu correndo até o telefone. Nesse meio tempo a idiota caiu de cara no chão e bateu com o pé na mesinha do telefone, esse tombo foi lindo.
- É melhor ligar mesmo – alertou .
Ela discou o número do seu Pereira.
- Alô?
- “Daew”, quem fala? – o homem do outro lado disse.
- Seu pereira, falando.
- Fala, “cumpaadjí” – disse usando aquelas gírias de pobre.
- Nosso passaporte falso tá pronto? FALTAM DOIS DIAS, “HOMI DI DEUS” – surtou ela.
- A gente se encontra na praçinha em duas horas.
- Valeu, Seu pereira – agradeceu.
- VALEU NADA, “MANOW”. TREZENTO E CINQUENTA REAL MAIS O DINHEIRO DO BUZÃO – gritou ele.
- Tá bom, tá bom, tchau – disse simpaticamente.
Ela desligou e voltou para a cozinha para comer a deliciosa pizza requentada.
- Eu dou o dinheiro do buzão – falou animada.
- E eu os trezentos e cinquenta reais. - Ela pegou um pedaço de pizza gordurosa e requentada de quatro queijos e enfiou na boca de uma só vez.
- Você é uma pessoa de classe, falou sarcasticamente.
- Eu sei, amiga. Eu aprendi tudo isso com você, querida.
- Of course – concordou a garota.
- AMIGA, enfia essa pizza logo na boca, daqui a pouco a gente tem que estar na praça pra cata os passaportes lá, “mulé” – surtou uma desgovernada.
- ANDA, , AAAAAAAANDA.
enfiou a pizza na boca e depois falou de boca cheia:
- Pronto, vamos. Mas, minha cara amiga , me diga onde você arranjou os trezentos e cinquenta reais do Seu Pereira? , VOCÊ ANDA SE PROSTITUINDO? PORQUE QUE EU SAIBA SEMANA PASSADA VOCÊ TAVA LIGANDO QUE NEM UMA LOUCA PRO SEU PAI PRA PEDIR DINHEIRO PRA GENTE PAGAR A GASOLINA DO CARRO PRA IR PRO SHOPPING.
- Como você ousa falar isso de mim, cara amiga? EU ME PROSTITUINDO? Só se fosse com o Dougie, mas você sabe que para isso eu teria que ir pra Londres primeiro. Digamos... que uma pessoa idiota me emprestou - ela começou a cochichar. - Lembra o meu ex-namorado? O Edward? Pois foi ele mesmo que emprestou, e falou para eu devolver quando eu puder, dai eu aproveitei e catei - falou ela.
- O Edward? Jesus, nem sabia que ele tava vivo. Mas o Seu Pereira está com os passaportes, né? EU MATO AQUELE HOMEM SE ELE ENROLAR A GENTE DE NOVO – surtou.
- Mas se ele não tiver com aquele passaporte, eu o mato com essa faca. - pegou uma faca enorme e pôs na bolsa. - NINGUÉM MEXE COMIGO, VOCÊ SABE - surtou – a louca.
- Isso ai, “amicã” – concordou.
E então elas saíram de casa em direção ao ponto de ônibus mais próximo, pobre é uma desgraça, “sacomé”. Elas chegaram naquela praça abarrotada de gente pobre e logo encontraram o morto-vivo do Seu Pereira.
- “Daew”, Seu Pereira, na paz, “compadji”? - cumprimentou o seu pereira educadamente.
- “Daew” nada, trouxeram a “mufunfa”? – Educado como sempre.
- PÓPARA, Seu Pereira. Sem passaportes, sem “mufunfa” – protestou.
- Os passaportes tão aqui - ele mostrou uns bagulhos doidos -, passa a “mufunfa”, eu preciso vazar, os “puliça” tão me procurando.
- Bom fazer negócio com você, Seu Pereira. - entregou o dinheiro em um envelope da conta de luz da Copel. Como foi dito antes, pobre é desgraça, “sacomé”. - Obrigada, Seu Pereira, melhor vazar, não quero ser vista com um traficante como você. - Elas voltaram para seu humilde apartamento e se jogaram na sala imunda.
Enquanto elas assistiam a algum episódio repetido de The O.C,, a campainha tocou.
- EU ATENDO! - gritou das profundezas do sofá.
- Nem ia atender mesmo - cochicha.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAH, Matt, sua bicha, FAZENDO O QUE AQUI, AMIIGA? – escandalizou na porta de entrada.
- MATT? - berrou e saiu correndo.
- AI, MENINA, vim convidar vocês duas pra irem comigo num pub que é um estouro que abriu aqui perto, combinei de me encontrar lá com um bofe.
- Ô, , NÃO PRECISA FUGIR PELA JANELA DE NOVO NÃO – berrou.
- A GENTE NÃO PODE - gritou escandalosamente.
- E POR QUE NÃO? – a olhou espantada.
- Porque... porque... , LEMBRA QUE A GENTE TEM QUE FAZER NOSSAS MALAS? - Ela encontrou a primeira desculpa.
- Oh my God, é verdade, Matt. Eu sinto muito, eu queria mesmo ir junto com você conhecer o seu bofe.
- MAS NÃO VAI DAR, TCHAU. Beijo, Matt - E educadamente fechou a porta na cara do amigo.
- EU JÁ FALEI QUE NÃO QUERO VER ESSA BICHA AQUI EM CASA – disse. - QUE MERDA, VOCÊ SABE O QUE OS VIZINHOS PENSAM? QUE SOMOS DUAS LÉSBICAS.
- Oh my God – se assustou. - Essa negada não tem mais o que fazer mesmo.
- Não. E eu não quero virar fofoca de brasileiro filho da puta!
- Pois é.
E assim você pode ver como é a rotina diária dessas pobres garotas nesse país fim de mundo, mas o sonho está para mudar isso.

DOIS DIAS DEPOIS;

- , FILHA DA PUTA, É HOJE, ACOOOOOOOOOOOORDA – saiu berrando.
- AAAAAHHHH, ACORDEI, ACORDEI! – levantou em um pulo.
-AAAAAH, SEU MOSNTRO, O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA AMIGA, SUA ABERRAÇÃO? - gritou ao ver a criatura horrenda que dormia atrás do sofá.
- CALA BOCA, , sou eu. – deu o dedo do meio para a amiga.
- Ah, é mesmo você. CORRE, MULHER, a gente tem que se arrumar e ir pro aeroporto.
- VAMOS PRA LONDRES HOOOOJE! – começou a saltitar.
- Não, a gente vai pra Itália . CLARO QUE É PRA LONDRES, SUA BURRA - a doida berrou escandalosamente. - TEM TITICA NA CABEÇA, ? ISSO É LUGAR PRA DORMIR? AGORA SE ARRUMA QUE A GENTE PRECISA IIIIIIIIR - ela gritou.
, ou 'o ser que dormia atrás do sofá', saiu correndo para o banheiro para tomar um banho e tirar aquele cheiro de pobre, enquanto a outra lá, que já tinha feito isso, foi se arrumar.
Uns 17 minutos depois, saiu do banheiro já arrumada e as duas foram com a sua possante Brasília laranja e seus adoráveis roncos a caminho do aeroporto.
Chegando com a banheira móvel no aeroporto, as garotas saíram cambaleando de dentro do carro, abriram o banheira-mala e tiraram suas malas de lá. Dirigiram-se ao local onde fica os aviões, que tu entra e voa [N/A: UHASUAHSUASH'].
Dentro do avião, discutia com a aeromoça sobre os fones de ouvidos que não tocavam e o filme cortado pela metade, mas também era de se esperar da empresa aérea ‘vúanduh altu’. Já , como era bem mais equilibrada e culta, estava batendo um papo bacana com um menino, diremos que um tanto atraente, da poltrona atrás.
Depois de altos papos, se endireitou na sua poltrona, voltando a olhar para a frente e começou a prestar atenção na discussão de sua amiga.
- COMO ASSIM A EMPRESA NÃO SE RESPONSABILIZA, MULHER? – surtou. - Eu tô pagando por isso, eu tive que economizar sete anos para conseguir comprar essa passagem na classe J - sim, na empresa aérea ‘vúanduh altu’ tinha a classe J -, EU EXIJO um filme que pelo menos toque por inteiro E UM FONE DE OUVIDO QUE TOQUE MÚSICAAAAA.
Os outros passageiros do avião notaram a movimentação e pararam para observar a briga.
- , olha o mico - disse , olhando ao redor e vendo a cara de assustados das pessoas.
- Senhora, eu vou pedir que você se acalme senão eu serei obrigada a chamar o comandante, você está praticamente me agredindo.
- AAAAAAAAAAAAAAH, SUA VACA. - Sem pensar duas vezes, pulou na aeromoça e começou a puxar os cabelos dela - Eu não acredito que economizei todo esse dinheiro pra ser atendida por uma inútil e incompetente como você. - Ela agora batia a cabeça da aeromoça com força na poltrona.
tentou segurar , mas suas tentativas foram em vão, porque quando esse bicho se enfeza ninguém mais segura.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou o comandante.
- OLHA AQUI, SENHOR... - Ela abaixou o tom de voz após ver a cara que ele fez. - Eu economizei por SETE LONGOS ANOS para o fone de ouvido dessa pocilga não funcionar e o filme ficar falhando? DIGA-ME! Isso é um absurdo, eu vou ter que processar essa empresa. – Ela o olhou com cara de poucos amigos.
- ER, MINHA SENHORA, por favor, não vamos à justiça, por favor. - Ele olhou para a aeromoça. - E VOCÊ, SUA IMCOMPETENTE, traga um fone descente para essas duas jovens e um filme melhor.
- MAS, SENHOR... – Ela fez uma cara de sofrimento.
- AGORA!
- Tudo bem.
- Muito obrigada, senhor comandante - disse .
- Estamos aqui para lhe servir.
E o tio voltou para a sua cabine.
- OLHA O BARRACO, .
- Eu exijo os meus direitos como passageira.
- , você não tem jeito mesmo. Tsc, tsc! A gente já tá na classe J e você ainda reclama, “caraliu”? - disse indignada.
- , você sabe que a classe J é a classe mais pobre dessa coisa, né? E QUE EMPRESA SE CHAMARIA ‘VÚANDUH ALTU’? , ME DIGA, VOCÊ ANDA SE DROGANDO? COMO VOCÊ ME VAI À EMPRESA MAIS FAJUTA, A QUAL SE CHAMA ‘VÚANDUH ALTU’? , TU TEM TITICA DE MINHOCA NO LUGAR DO CÉREBRO? - escandalizou dentro da lata-véia (lê-se: avião).
- , o mico. - olhava para os lados e sorria meio amarelo.
- DANE-SE ESSA PORRA - ela berrou. Os passageiros a olharam, assustados com o comportamento da garota.
Depois de muitas horas de confusão naquele avião velho, que não se sabe como não caiu, elas chegaram à amada e idolatrada Londres.
- , como é que é Táxi em inglês mesmo? - a idiota da perguntou.
- Como eu vou saber? - respondeu.
- Ta. - A garota acenou para um táxi, que parou, e falou o endereço do tal hotel em que ficariam por um mês.
Não se sabe que hotel era, mas havia escolhido, por isso eu digo: cuidado, não é uma boa idéia, foi que escolheu, ISSO É PERIGOSO.
O táxi estacionou em frente de um lugar medonho, caindo aos pedaços literalmente. Lá, esse era o hotel.
- , VOCÊ ME HOSPEDA... NISSO? - a encarou assustada.
- PEQUENOS PREÇOS, GRANDES AMIGOS. - sorriu.
- Deus, eu não acredito. Ela me coloca nesse lixo de hotel, para passar um mês! DEUS DO CÉU, . – fez uma cara de psicopata.
- , para de reclamar um pouco e entra nessa merda. – entrou naquela coisa.
Bom, se elas acharam que fora era uma imagem deprimente, é porque elas ainda não tinham entrado. A humilde residência era suja e fedida. O que era pra ser o hall de entrada tornou-se, err... Uma espécie de abrigo para mendigos, dois velhos sujos e com barbas do estilo Dumbledore brigavam por um cobertor, outro falava com um gato morto em cima da mesa de centro - se pode se chamar aquela caixa da Fedex de mesa de centro, claro.
Afastando-se daquela cena chocante, elas procuraram por alguma recepção, ou qualquer merda que pudesse dar a chave de um quarto. E lá estava ela - coros de aleluia -, embaixo da escada estava uma linda recepção com uma moça simpática e sorrindo, ou seja, elas encontraram a primeira pessoa normal e adequada naquele cafofo. MENTIIIRA, a atendente era uma... Diremos que uma criança que aparentava ter uns 13 anos - meu Jesus, chame o estatuto da criança e do adolescente, pelo amor de Deus -, mas sim, era ISSO que estava atendendo na recepção.
- HEY, menino - chamou , mas o menino continuava ali, ouvindo o que parecia ser Eminem no seu iPod e lendo sua revista do Superman.
- MEEENINOO - chamou calmamente, mas a criança não respondeu.
- PORRA, SEU PIRRALHO, VOCE É SURDO POR ACASO? - gritou uma pessoa visivelmente alterada, seria a ? Não sei...
O menino, depois de se recuperar do susto, ajeitou-se na cadeira e disse:
- “Daeeew”, tia. De boa, gata.
- Bom, você teria algum quarto vago? – perguntou.
- Pô, mina, ter até eu tenho, mas os melhores quartos já foram vagos. – É, eu também não sei como alguém pode se hospedar nessa pocilga por vontade própria. - É, o melhorzinho aqui é o quarto 19. - Ele entregou a chave para com certo olhar tarado. Ela apenas fechou a cara para ele e pegou a chave sem dizer nada, mas para isso serve a educada e culta que ainda disse um ‘obrigada’. Elas andavam em direção a escada e podia sentir aquela criança de pensamentos poluídos olhar para sua bunda. Onde esse mundo vai parar, meu Deus?
- Eu não vou subir isso! - disse apontando para a escada, que, bem... parecia ser bem idosa, por isso a respeitem. - Eu vou afundar em um desses degraus.
- Ah, deixa de ser fresca, . Você tá gorda, mas nem tanto. - Nada melhor que uma amiga que te dá apoio moral e te coloca pra cima. - Sobe logo essa porra de escada que eu tô começando a ficar com medo daquela criança.
, como é muito esperta, fez o que disse sem discutir, ouça os conselhos da , ela sempre está certa. Dito e feito, no quarto degrau os pés das duas afundaram mais o menos até a metade da canela. Esqueçam o que eu disse sobre os conselhos da . Melhor, nunca levem a sério o que qualquer uma dessas duas disser, isso pode salvar a sua vida.
Depois de desentalarem o pé da escada, elas chegam até o corredor onde se encontrava o quarto. Ele se encontrava no fundo do corredor, na última porta à esquerda. Elas andaram lentamente e, nessa curta caminhada até a bendita porta do quarto, um rato passou correndo entre os pés de , tropeçou numa tábua quebrada do piso, pisou em uma poça de algo não identificado de cor esverdeada no chão e machucou o dedo dela em uma porta dos quartos... Como? Eu também não sei, e vamos nos lembrar de agradecer mais uma vez à pelo hotel que ela escolheu, VALEU AE, !
Quando chegam à porta do quarto - coros de aleluia de novo, por favor -, elas viram uma das imagens mais traumatizantes da vida delas.
Vocês podem pensar que era mais um rato, um rato gigante, mas não, era algo muito pior. A porta do quarto ao lado estava aberta e, de lá, elas viram aquilo, a coisa mais horrível do mundo. Seus 'vizinhos' se reproduzindo iguais coelhos, Deus, onde esse mundo vai parar.
- , depois dessa cena, eu cato o menino da recepção - disse espantada.
Elas saíram correndo, entrando no quarto e tropeçando em mais algumas coisas por ai.
Lá pelas cinco horas da tarde, alguém bateu na porta. Elas já haviam se instalado no quarto. , como uma pessoa boa, foi atender.
- Oi? - ela falou.
- Cadê sua amiga? - Você deve estar pensando 'quem será?'. E eu lhes digo: o menino da recepção. Uhun, ele. ELE TEVE A CARA DE PAU... Erm... De ir ali pra procurar a .
- , visita. - estava querendo aprontar, só pode.
A garota foi até aporta correndo, quando viu quem era e ficou chocada. “Meu Deus, como ele pode ser tão mala?”, ela pensava.
- Então, gata, eu tava pensando, a gente podia sair - ele falou do jeito mais pervertido que poderia.
- DEUS! VAI EMBORA, SEU CHATO.
- Ele se sentiu atraído por você, zoou. - Sai com ele, vai, pode ser legal. - Sim, vamos parar para pensar agora: uma menina de 17 anos e um de 13. Realmente o amor nasce onde menos se espera.
- SAIR COM ELE, ? - Elas berravam enquanto o guri só ouvia. - VOCÊ TEM O QUE MESMO NA CABEÇA? AH SIM, TITICA. ISSO SERIA PEDOFILIA. CREDO, !
- É verdade, já não chega o roubo da farmácia. Acho melhor a gente parar de se meter em crimes, , eu não quero ser presa e pedofilia dá bons anos de cadeia. É, você tem razão, não saia com ele. Tchau. Beijo, criança de Deus. - E fechou a porta na cara do menino. Deus, ela tem que parar com essa mania.
Ele bateu na porta de novo. atendeu dessa vez.
- Que é? - ela disse com a menor vontade possível.
- Ah, gata, como amigos, porra, por favor - ele disse suplicando.
- , O QUE EU FAÇO? - Ela se virou pra amiga.
- Eu não sei. - Obrigado pela sua opinião, - palmas.
- Como amigos? - perguntou pra ele, meio em dúvida.
- AMIGOS! - ele falou.
- Tá, pode ser. Mas vê lá, hein, garoto. - Ela estava desconfiando de algo.
- Eu passo aqui as sete para te buscar. - Ele saiu.
- MERDA. - virou e olhou para com uma cara de “e agora, José?”.
- Calma, amiga, é só para ver o brilho nos olhos de uma criança, o que um ser desse tamanho pode fazer? Estuprar é que ele não vai. No mínimo ele vai mostrar para os amiguinhos que pegou uma menina mais velha e querer te dar um selinho. - Pobre , não sabia o que ainda estava por vir.

E quando chegaram as não esperadas sete horas, alguém bateu na porta. Sim, você já sabe quem era.
foi abrir a porta com o sorriso mais simpático (e falso) que alguém poderia dar. Ela colocou sua simples saia xadrez, seu all star preto e uma blusa preta, aew.
- Oi. - Ela mostrou aquele sorriso falso.
- Fala, gata. - Ele olhou para . – Orra, tá mais gata que o normal.
- Obrigada. - Ela sorriu falsamente.
Ele pegou na mão da garota, que achou aquilo mó abuso, e a puxou porta a fora.
Só pra avisar, não pense que o encontro foi num restaurante caro, à luz de velas, mão na mão. NÃO, foi na lanchonete do Paulão, onde eles comeram um super-duber-mega-burguer, e, acredite, não foi uma das cenas mais bonitas ver o humilde menino comer aquele bagaço.
Aquele silêncio já estava incomodando, então resolveu quebrá-lo:
- Como é o seu nome mesmo?
- Dave, e o seu, gata?
- . - E deu o seu incrivelmente irresistível e sensual sorriso falso. - Pronto, terminei de comer o meu... troço. Vai demorar muito ai?
- NÃO. - E ele enfiou a metade do troço inteiro na boca (parte homenageada ao toto), e se segurou para não sair correndo. Meu Deus, o que ela estava fazendo ali com essa criatura? Calma, , antes de se alterar e começar a espancar alguém, pense no brilho nos olhos da humilde criança.
- Deus, você não tem modos não? - Ela olhava pros lados.
- Relaxa, gata, eu sei que você gosta de mim - ele se achou.
- Uhun. - Ela repete mais uma vez seu sedutor sorriso. - Mas então vamos? - ela perguntou, não agüentando mais.
- Claro.
Ele sorriu, pegou na mão dela, o que a irritou, e saiu andando pelas ruas de Londres com ela quando de repente:
- OH MEU DEUS, É O JAMES! - Ela saiu correndo em direção ao James Bourne.
- Jaaames! - ela falou para ele.
- Oi, gata - James respondeu e ela quase desmaiou.
- Posso tira uma foto? - ela perguntou.
- Claro, baby.
- Ô, coisinha, vem tirar uma foto nossa. – Dave, o idiota, foi lá e tirou uma foto dos dois.
- Obrigada, James, eu te amo - ela falou.
- Valeu, gata - ele respondeu. – Mas, hein, tem telefone?
- Tenho. - Ela passou o telefone ao James e ele continuou seu caminho.
Os dois andavam vagamente pelas ruas frias e desertas de Londres, quando uma brisa gelada passou por eles, fazendo se arrepiar de frio. Dave percebeu e tirou seu casaco, levantando a sua adorável blusa do Dragon Ball Z e mostrando a sua barriga com costelas a mostra. Deus, esse menino precisa comer mais. Mas tá, ele entregou o seu casaco para ela. Acredite, era melhor ele ter ficado com o casaco mesmo, porque a imagem da camiseta do Dragon Ball Z de manga comprida rasgada na barra não estava nem um pouco agradável.
Mas o importante é que, pela primeira vez na noite, deu um sorriso não falso, um sorriso meio que dizendo “valeu ai, gente fina”. Ele ficou alguns minutos olhando intensamente nos olhos dela. Só ele olhava mesmo, pois estava ocupada demais olhando no all star o último xingamento nada bonito que tinha escrito sem ela ter visto.
Ele pegou a mão dela e começou a arrastá-la para algum lugar.
- AONDE VOCÊ TÁ ME LEVANDO, MOLEQUE?
- A um lugar onde eu nunca levei uma garota antes - ele disse orgulhoso.
Ela resolveu não hesitar e acompanhou o menino.
E para você que pensa que como nas fics normais que você lê, ele agora leva ela para um morro de vista para o mar, onde ele costuma ir para pensar e lá eles dão o primeiro beijo e toda essa merda, ESSA NÃO É UMA FIC NORMAL, por isso não é isso que vai acontecer, babe.
Após uns cinco minutos sendo arrastada por Dave, ele parou na frente de um lugar colorido e cheio de gente, a maioria crianças e adolescentes de no máximo quinze anos.
- FLIPERAMA? VOCÊ ME TROUXE NUM FLIPERAMA, MULEQUE? É claro que você nunca trouxe uma garota aqui antes, nenhuma seria idiota o bastante pra vir em um FLIPERAMA com você!
- Mas como você não gosta de fliperama? É impossível não gostar de todos esses jogos irados - ele falava rindo que nem uma pessoa com problemas mentais, mas de repente o sorriso sumiu do rosto dele e ele cerrou os olhos para uma máquina de bichinhos. Sabe aquela que tem aquela garra que você gasta milhões só pra pegar um maldito ursinho? Então, essa mesmo.
Mas então, ele cerrou os olhos na máquina e foi se aproximando dela lentamente e começou a falar com a máquina. SIM, É ISSO MESMO. ELE FALOU COM A MÁQUINA DE BICHINHO.
- Então ai está você, não é, Giu. Sentiu saudades, meu bebê? Óin, eu senti falta de você. - olhava a cena sem expressão nenhuma no rosto. Algo dizia à ela que veria isso e muito mais ainda naquela noite.
- Dave, só uma perguntinha básica, por que você tá falando com a máquina de bichinhos, garoto?
- Eu não estou falando com a máquina de bichinhos, eu estou falando com a Giu. - Ele apontou para uma girafa no meio da caixa de vidro, espremida por outros bichos de pelúcia. - Já faz três anos que eu tento pegar ela, MAS ESSA GARRA DO MAL NÃO QUER DEIXÁ-LA IR. A garra sempre foi apaixonada pela Giu, nunca deixou ela sequer sair do lugar, eu já levei a empresa do meu pai à falência com o dinheiro que eu gasto tentando salvar a Giu desse mostro.
simplesmente fez questão de fingir que não escutou o que ele acabara de falar, ela não ia entrar em colapso e bater nesse menino, não hoje.
Não, ela não iria bater nele, ela iria embora.
- Então, Davezinho - voz sedutora -, vamos embora?
- Mas e a Giu? - Ele a olhou com tristeza nos olhos.
- Mas e a gente? - a voz sedutora de novo.
- Já que é assim, gata. - Ele a olhou com malicia e eles foram embora. Preciso dizer que ele agarrou a cintura dela? Pois ele fez isso.
Chegaram ao muquifo, subiram as escadas e, em poucos minutos, estava batendo na porta do apartamento para que abrisse a porta. Ele ainda estava agarrado à cintura dela.
- Oi? - abriu. - Mari?
- Uhun, eu. - O sorriso falso.
- Então, Dave - voz sedutora -, foi bom sair com você.
- Também acho, gata. - Ele piscou.
- Até, Dave.
- Até, gata. A gente se vê amanhã. - Ele começou a andar.
- Uhun, claro. - Ela entrou e fechou a porta.
- Amiga, me conta, como foi o encontro? Vocês se pegaram? - perguntou sem nem deixar entrar direito.
- O encontro foi uma merda, , nós definitivamente NÃO nos pegamos e eu acho que esse menino tem problemas de maturidade atrasada.
- Mas você tá com o casaco dele.
- Mas eu realmente preferia que ele tivesse ficado com ele mesmo. Prefiro passar frio a ver aquela cena da camisa do Dragon Ball Z e suas costelas a mostra. Ta, enfim, eu vou dormir e fazer de conta que isso tudo só foi um horrível pesadelo. Boa noite, querida. – Ela, após dizer isso, colocou o seu short cor de disenteria e deitou no colchão. Logo após caiu no sono. , que já estava assistindo a um filme qualquer que passava na plasma de 42 polegadas do quarto do hotel, deitou no sofá e também adormeceu uns minutos depois.

DIA SEGUINTE;

acordou mais cedo do que de costume, se vestiu e resolveu fazer algo que nem ela pensou que seria capaz. Ela desceu as escadas e o encontrou no mesmo lugar de sempre.
- Dave. - Ela entregou o casaco do garoto. – Obrigada. - Deu um sorriso sincero.
- De nada, gata. - Ela sorriu falsamente e voltou ao seu quarto. Quando chegou...
- , ACOOOOOOOOOOOOORDE! - ela berrou.
A amiga caiu do sofá.
- QUE FOI?
- É hoje o show , HOOOOOOOOJE! – Ela saiu correndo pelo quarto.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH! - saiu correndo pelo quarto.
- MENINA, É VERDADE!
- Se arruma, bicha. Você sabe, a gente conseguiu esses ingressos de rico, mas não abusa da sorte, pode dar algo errado. - Ela simplesmente previu isso, que estranho.
- Claro. E é melhor a gente correr e ir preparada pra acampar na fila da entrada. Vamos leva um isqueiro e marshmallows, quem tá comigo? - Não se esqueçam do que eu disse anteriormente sobre não levar absolutamente nada do que essas duas dizem a sério, seguir esse conselho será extremamente importante.
Mas enfim, elas se arrumaram, pegaram uma térmica de café e foram para a frente do hotel para chamar um táxi.
Enquanto elas esperavam algum maldito táxi passar, o pirralho, digo, o Dave veio falar com elas.
- Vão aonde gatas? - ele se intrometeu.
- No show do McFLY - falou totalmente empolgada.
- Ah - ele respondeu com descaso. Chegou perto de e a puxou para mais perto dele. “Esse moleque tá passando dos limites”, ela pensava.
- Um táxi. - Ela acenou e depois entrou no carro correndo. – Vamos, . - Puxou a amiga.
E lá se foram para o tão esperado show da vida delas. Chegaram lá cedo. Elas nem precisavam enfrentar fila, mas não teria graça sem essas emoções, right? Pois bem, elas ficaram por ali até a hora do show.

HORA DO SHOW;

Estava na hora. Elas estavam elétricas, felizes, doidas, idiotas. Tudo o que vocês podem imaginar de tonto, elas estavam sentindo e sendo. Dirigiram-se para a área vip, já que descolaram esses ingressos.
- Ingresso, por favor - o brutamonte do segurança pediu, entregou.
- Desculpe, mas são falsos - ele disse rasgando os ingressos.
- O QUÊ? - berrou. - EU PAGUEI MILHÕES PRA VOCÊ ME FALAR QUE É FALSO? POR QUE VOCÊ NÃO DISSE ANTES, SEU IDIOTA? AGORA EU VOU PERDER MINHA VIAGEM DO BRASIL ATÉ AQUI PRA ISSO? E TER QUE AGUENTAR UM PIRRALHO IDIOTA, QUE CUIDA DAQUELE MUQUIFO, ONDE ESSA DOIDA - ela apontou pra - ME HOSPEDOU? NOSSA, MUITO OBRIGADA, E PEGA ESSE INGRESSO FALSO E ENFIA NO SEU CÚ! - A garota virou para trás e só pôde ver umas fãs a olhando de lado. - QUE FOI, SUAS IDIOTAS? - Ela puxou pela mão e saiu correndo dali.
Foi andando até a praça mais próxima, com atrás dela. Sentou em um banco e ficou olhando as luzes daquela porcaria de praça à noite.
- MERDA, - ela disse quase chorando.
- Merda mesmo - falou baixo.
- Perdi a chance de ver o Dougie por causa desses ingressos idiotas. MERDA - ela berrou, fazendo alguns olharem pra ela.
- QUE FOI? NUNCA VIRAM UMA GAROTA DOIDA, PARADA NUMA PRAÇA, RECLAMANDO PORQUE NÃO CONSEGUIU ENTRAR NO SHOW DA BANDA PREFERIDA DELA E REALIZAR O SONHO DELA? - ela berrou de novo.
- - falou. - O mico, .
- Que foi, gata? – Dave se sentou do lado de .
- DAVE, ME DEIXA, SACO! LARGA DO MEU PÉ, SARNA - ela berrou aquilo na cara do garoto.
- Desculpa. - Ele saiu e foi embora.
- , coitado - reclamou.
- Fale com a vaquinha falante. - mostrou a mão dela.
Elas ficaram naquela praça até umas dez horas da noite, quando resolveu dar uma volta por ai.
- Vamos num pub, , isso tá um saco. - Elas se levantaram e procuraram qualquer pub por ai.
E após andarem um pouco, encontraram uma parte da cidade um pouco mais movimentada, como se fosse uma parte noturna. Elas avistaram um pub que estava bem movimentado e tocando uma música bem alta. Quando estavam entrando, deram de cara com um homem que saiu correndo pelado. Ótimo, ele devia estar bêbado, era a única coisa que elas precisavam nessa noite de frustrações, encher a cara até cair, se pegar com o maior número de meninos possível e depois pegar um táxi e desmaiar em qualquer canto do quarto do hotel ou até antes de chegar no quarto.
Entraram naquele pub movimentado e se dirigiram direto pro bar de lá. O lema é BEBER, CAIR E LEVANTAR, right? Pois bem, quando chegaram lá, já pediu uma cerveja e uma vodka.
- . - cutucou a amiga.
- Quê é? - ela respondeu.
- Aqueles ali não são Harry, Dougie, Danny e Tom? - ela falou de repente, apontando.
- MEU DEUS, SÃO ELES - entrou em mais uma de suas crises repentinas.
- , shiu, eles vão ver. - Aquele era o momento mais estranho de suas vidas, não era a barraqueira?
- AAH MEU DEUS DO CÉU - continuava.
- , QUIETA - berrou. A esse ponto, todos olhavam pra elas. – Deus, olha o que você fez. Vem, vamos procura uma mesa. - Ela saiu arrastando a amiga que secava Danny até o ÚLTIMO fio de cabelo dele.
Chegaram à mesa mais afastada daquela tranqueira de pub. – como, não me perguntem - ainda secava o pobre Danny, que nesse momento fazia a mesma coisa com ela. Deus, ninguém merece.
, por sua vez, olhou pros guys, que, de repente, ESTAVAM VINDO EM DIREÇÃO À MESA DELAS!
Sim, pessoas, se você pensa que ela surtou igual à amiga , vocês acertaram. Ela estava suando e tremendo e tudo o que vocês podem imaginar.
- DEUS, vamos se acalmar, . Respiração tântrica, amiga, uhhh - sussurrou para , que ainda estava em estado de choque. Bom, eles continuavam a andar em direção delas enquanto as duas respiravam como se estivessem dando a luz naquela mesa de pub. Três meninas da mesa ao lado olhavam assustadas, então elas voltaram à consciência e tentaram fingir que agiam normalmente.
- Hey, meninas - disse Harry com um sorriso sensual que quase fez ter uma de suas crises repentinas novamente. Controle-se, , pelo amor de Deus. - Podemos nos sentar? - PRONTO, só faltava essa, ter um AVC e morrer na única chance que tem de conhecer o McFLY. Eles estavam ali, perguntando se podiam sentar-se à mesa delas. NO WAY!
- C-claro, f-f-f-fiquem à v-vontade - disse tentando dar um sorriso, mas no mínimo deve ter ficado com uma medonha cara de psicopata. Sabe aquele sorriso meio de olho arregalado e que vai de orelha a orelha? Então, esse mesmo! MEDO, NÉ?
- Obrigado - Danny deu uma olhada em e respondeu.
Nesse momento, as duas não se agüentavam mais, right? Pois bem, um tempo depois, depois de muita conversa, Tom e Harry saíram pra caçar umas 'gatas' por aí, segundo eles. E ficou naquela solitária mesa , Dougie, e Danny. Que coisa, não?
O silêncio começou a incomodar aqueles quatro seres, então alguém puxou assunto.
- Mas então, vocês são de onde? - Dougie perguntou meio aéreo.
- Brasil. - e seu sorriso falso.
- Ah - Danny disse.
- Vocês namoram? - Danny olhou pra Dougie com uma cara... meio maliciosa.
- Não - respondeu simpaticamente, sem nem perceber o que tinha por trás daquelas simples palavras.
- Interessante... - Danny dava um olhar com mais malicia possível que um olhar podia ter.
- Muito interessante. - Dougie olhou para Danny com o mesmo olhar sutil.
- Pois é. Nossa, isso é tão foda. Eu e a estávamos chorando desesperadamente por não ter ido numa porra de um show onde a gente ia ver vocês a quilômetros de distância e ouvir um zumbido do que vocês cantassem e, olha só, nós estamos aqui numa mesa num canto de um pub com ninguém mais ninguém menos do que Dougie Poynter e Danny Jones. HÁ, eu ainda não sei como sobrevivi a esse choque e estou aqui falando com vocês. - Depois de falar isso, começou a rir como se isso fosse a coisa mais engraçada do mundo. Todos do pub olharam. É, só ela rindo escandalosamente sozinha, será que ela estava começando a ficar alterada depois de seus treze copos de vodka? Não sei.
Como vocês puderam ver, e em estado sóbrio já são assustadoramente malucas, não preciso comentar nada sobre quando elas estão bêbadas, né? Elas levantaram da mesa e foram até o meio do pub e começaram a rebolar exageradamente, mas até que ficou uma dança... Diremos que sensual. Elas desciam até o chão, balançavam os braços no ar, cantavam a música em seu inglês personalizado (obs: elas não sabiam como era táxi em inglês, então imagine a música). Mas enfim, elas dançavam como duas bêbadas.
Não preciso nem dizer que todos naquele lugar olhavam pra elas de um jeito um tanto... estranho. As duas não estavam nem ai, soltaram-se totalmente, nem ligaram mais para o fato de DOUGIE E DANNY ESTAREM SENTADOS SOZINHOS NAQUELA MESA. PORQUE SÃO DUAS BURRAS QUE NÃO PERCEBEM QUE DAQUI A POUCO CHEGARIA UMA VADIA POR PERTO E DARIA UNS PEGA NOS BOFES ALI. Erm... Elas continuaram com aquela dança sensual até realmente cansarem e voltarem pra mesa delas, onde os dois, GRAÇAS A DEUS, ainda se encontravam sozinhos.
- Mas então, cansaram? - Danny perguntou um pouco espantado.
- Pois é, você sabe como é. Dançar requer muito da nossa disposição e, sabe, ela foi embora quando a gente tentou ir ao show, mas não conseguimos. Dai a gente resolveu vir aqui encher a cara, o que deu resultado, porque eu tô falando sem parar igual a uma bêbada e a tá secando o Dougie ali ó - aponta -, então deu certo, “sácomé”.
- Seei - Danny falou meio, assim... entediado.
- Mas então... Qual seu preferido no McFLY? - Danny sorriu.
- Que pergunta mais idiota, Jones, essa realmente foi a pior pergunta que você já fez. Obviamente tem que ser o mais lindo, com a voz mais perfeita da banda, e o único que entra nesse quesito é você - falou simplesmente.
- , O DOUGIE VAI SUMIR DAQUI A POUCO - berrou para a amiga, que ainda secava Dougie, que fazia o mesmo com ela. - Meu Deus, esses dois.
- EU? - Numa questão de segundos o sorriso meigo e descontraído saiu do rosto de Danny e ali se formou uma cara tarada de dar medo. – Nossa, bom saber. - Ele sem hesitar aproximou-se do rosto de e ela, como não é nenhuma idiota, retardada mental, burra... Tá, na verdade, ela é sim, mas o caso é que, sem pensar duas vezes, ela beijou Danny com força e, Jesus... Que beijo era aquele! Eles estavam praticamente se comendo na mesa do pub. Deus, eles não tem vergonha na cara não? CRIANÇAS, PRO QUARTO - tapa os olhos.
- Danny também é seu preferido? - Dougie perguntou na maior inocência de todos.
- Quê? - ela acordou do transe. – Não, não, é você - ela disse, normalmente.
- Sei. - Ele olhou para os dois ali do lado se engolindo. - Mas então, o que você quer fazer agora?
- Bom... - ficou pervertida. - Não sei se você vai querer. Rola uma pegação também?
- OPA! - Dougie se aproximou e tascou um beijão na garota, que logo em seguida deu mais um beijo sufocante e, depois disso, eu nem preciso contar que eles estavam se comendo, né? Essas crianças não têm modos. Tirem seus filhos do computador, essa pegação ai é imprópria para menores. Os maiores de 14 podem ficar, não é nada que eles não vejam nas novelas.
Depois de um beijo muito caliente, se é que se podem chamar todas essas indecências só de beijo, e Danny finalmente separaram as bocas, mas para respirar, claro, pois eles ainda estavam pegando fogo. Eles recuperaram o ar e Danny já começou a beijar e dar mordidas no pescoço da menina.
- O que você acha da gente ir pra um lugar mais reservado? - ele sussurrou no ouvido de . Ela em resposta o puxou para mais um beijo e eles foram para o apartamento dele. Não, eu não vou dar detalhes da noite íntima da nossa querida amiga, pois isso não é uma fic restrita, right? Só direi que foi bem satisfatória.
Dougie e continuaram com aqueles beijos indecentes até parar aquilo pela metade.
- Dougie, isso é um lugar público, não se beija uma pessoa desse jeito aqui - ela disse dando uma de séria. DANDO UMA DE SÉRIA?
- Mas então a gente podia ir pra outro lugar. Sua amiga já saiu com o Danny - ele sugeriu.
- Que lugar, Dougie? - Ela o olhou pervertida.
- Ah, lá em casa. - Ele retribuiu o olhar.
- Ok, pode ser. - Ela beijou ele.
Eles foram até o apartamento do Dougie e o resto todo mundo sabe, todo mundo sabe! Acho que e se realizaram, hein?
Dougie deixou na frente do hotel, e adivinha quem veio tirar satisfações dela? Quem? SIM, o Dave. Não acredita? Eu também não, quem esse pirralho pensa que é? Namorado da ? Talvez ele ache que seja mesmo.
- Quem era esse cara? - ele perguntou pisando firme até . ELA GARGALHOU ALTO e, depois dela se recuperar da crise de risos - é também acho, nem teve tanta graça assim -, ele disse:
- Você anda ME traindo, ? Eu não tô acostumado com chifres, ok? - ele disse se achando perigoso. Essa bicha? Perigosa? Ô, cof... Muito, deu até medo desse olhar de ódio.
- TE traindo, Dave? Nossa, desde quando eu tenho alguma coisa com você? Porque disso nem eu sabia.
- COMO NÃO? E o nosso encontro, gata? E tudo que já passamos juntos?
Conte comigo até 10, . Respiração tântrica, você não vai bater nessa criança hoje.
- Tudo que passamos, Dave? HAHA, nós passamos o quê? O sofrimento pela girafa Giu e a garra do mal?
- A Giu tem sentimentos, ok? Como você acha que ela se sente aprisionada naquela aterrorizante caixa de vidro, sendo abusada pela garra do mal. - Sim, isso mesmo que você ouviu, a garra abusava sexualmente da Giu, SEGUNDO O DAVE, CLARO.
Os olhos de Dave se encheram de lágrimas ao tocar nesse assunto. realmente não ia ficar mais ali ouvindo isso, ela tinha mais o que fazer. Ela subiu as escadas enquanto o dublê do Dumbledore... Digo, o mendigo consolava Dave. POBRE GIU.
Ao chegar ao quarto do hotel, viu que já havia chegado e estava dormindo atrás do sofá. Vai ver ela tem uma tara por sujas e fedidas traseiras de sofás, acho que ela se sente bem dormindo lá.
É... Para ela estar dormindo, a noite deve ter sido cheia, se é que você me entende - cara pervertida.
- Ô, ! , sua mendiga. - tentava acordar aquela pobre pessoa atrás do sofá. - - ela começou a surtar.
- ACORDEI, ACORDEI - disse, levantando.
E elas ficaram lá, vendo aquela televisão, super grande, até umas 3 horas da tarde, o dia estava entediante segundo - a doida.
Minutos depois de terminarem de ver mais um episódio de Friends, o celular de tocou.
- Alô? - ela atendeu.
- Mari? - Adivinha quem era.
- DOOUGIE - ela berrou.
- HAHAHA, quer sair gata? - ele perguntou, já que insiste. - Claro - ela respondeu, tentando esconder seu ânimo.
- Ok, leva aquela sua amiga. Danny tá louco pra vê-la de novo.
- Uhun, claro, sei. - Ela desligou
- Se arruma, a gente vai sair com o Danny e o Dougie - disse correndo pra se arrumar.
- Opa. – Olhar malicioso.
- Sua safada, o que você fez pro Danny querer te ver de novo? – Olhar malicioso dois.
- HAHAHA, nem queira saber, só digo que ele ficou bem cansado – disse.
- Meu deus, , como você é safada.
- Ah, eu sei. - E elas foram em direção de suas malas procurar uma roupa.
Depois de muita procura, elas terminaram de se arrumar e desceram para o primeiro andar.
Havia um carro parado ali na frente. Preciso mencionar que eram eles.
- Aonde você vai, minha gata? - Dave perguntou.
- Dave, ME ESQUESCE, PORRA. - Ela o encarou com seu famoso olhar 'vou te matar'. - Eu vou sair com o Dougie.
- Mas, gat... - ele ia dizendo.
- Tchau, Dave. - e foram em direção ao carro, entraram e eles partiram para onde? Não sei.
Depois de andarem de carro por uns seis minutos, eles pararam numa praça pouco movimentada, que tinha uma inocente fonte de uma mulher pelada e uma criança em seus braços. Mas enfim, eles sentaram em um banco e ficaram rindo e conversando sobre qualquer merda que vinha na cabeça de alguém, às vezes se pegando, às vezes olhando a fonte... Ou seja, não fazendo nada de importante. Dougie e estavam se pegando e e Danny conversavam sobre como ficaria cerveja com iogurte de pêssego [N/A: experiência própia, NÃO TENTE TOMAR ISSO, a não ser que você também queira vomitar no meio do salão de uma festa de casamento que nem eu], quando de repente um objeto não identificado voou em direção ao rabo de cavalo de . Ela gritou e começa a se debater, vendo se a pomba possuída parava de bicar ela, MAS NÃO, BEM AO CONTRARIO, um exército de pombas demoníacas voaram em direção a ela. A única coisa que ela pensou no momento era em sair correndo. E lá foi a nossa amiga, correndo das pombas que pareciam ter feito uma conspiração contra o seu cabelo.
Ela correu pelo quarteirão inteiro tentando despistar as pombas, mas nada. JESUS, aquelas pombas eram amaldiçoadas, só pode. Ela voltou para o banco da praça depois de dar cinco voltas correndo em volta da mesma. Arrastou Danny pela mão e levou ele para o carro. dava tanta risada que até chegou a se engasgar e Dougie batia nas costas delas e a chacoalhava, vendo se ela parava de tossir. OK, vamos imaginar a cena comigo: uma delas correndo, berrando e tropeçando em tudo que tinha na frente tentando fugir de um exército de pombas possuídas e a outra quase morrendo da violenta engasgada que deu de tanto rir com um menino chacoalhando ela, tentando salvar sua vida. “XÉNTY”, fiquei pasma.
Dougie estava aflito já, estava ficando vermelha, ou melhor, roxa, não, laranja, melhor, melhor, VIOLETA! Ela não conseguia parar de tossir, até que em certo momento ela parou. Continuava roxa, até que puxou o ar e foi atrás de , carregando Dougie com a mão. Eles resolveram, depois da cena um tanto... estranha, ir para o apartamento de Dougie, pedir uma pizza, uma coisa mais comum.
Chegaram lá. olhava para os lados para ver se algum outro bicho a atacaria, até que viu no meio da calçada um cachorro. Ela se abraçou com força em Danny, que tentava acalmá-la, e que ria atrás da amiga. Eu acho que nossa amiga ficou traumatizada depois dos pombos. Elas entraram no apê de Dougie, que, eu preciso comentar, era lindo, dirigiram-se até a sala e colocaram algum filme para assisti. Enquanto isso, Danny ligou pra pizzaria, já que Dougie estava ocupado ajudando a se desengasgar de novo.
Aquilo já estava virando rotina. fazia besteira e engasgava. Depois de muita espera, a pizza finalmente chegou, amigos leitores. Danny saiu correndo para pegar a pizza na porta, ele estava varado da fome, “sácomé”. A essa altura do campeonato, e Dougie estavam abraçados assistindo ao filme, ainda não identificado por nossos assistentes. Comeram, beberam, se pegaram, comeram, beberam, se pegaram, isso eles ficaram fazendo a tarde inteira dentro daquele apartamento, nada que evoluía para algo mais sério, se é que me entendem.
Depois de assistirem mais uns dois filmes também não identificados e três caixas de pizzas serem jogadas no chão da sala, eles adormeceram. e Dougie dormiram um cheirando o pé do outro, e só não foi para trás do sofá porque, sabe como é, não ia pegar bem, mas enfim, na sua casa no mínimo é o seu cachorro ou até mesmo o seu irmãozinho melequento que dorme atrás do sofá, aqui era a . Por fim, e Danny dormiram abraçados em alguma profundeza desse sofá enorme, Danny babava no braço de , que roncava.
Amanheceu, e estava um dia frio e nublado. Aos poucos eles foram acordando, para então perceberem as posições que estavam. Não me perguntem como, porque eu também não sei, mas estava deitada em cima da panturrilha de Danny, abraçando sua canela, Dougie estava contorcido com os pés no sofá e cabeça apoiada no chão - de certo foi puxado por , que estava escancarada no chão roncando alto no tapete. O café da manhã foi alguns pedaços de pizza sobreviventes e algumas latas de cerveja - café da manhã nutritivo para garantir energia e animação no seu dia.
- , não é melhor a gente ir pra casa? - a olhava de lado.
- Pra quê? - perguntou.
- É, fica, - Dougie pediu e Danny a olhou com aquela carinha de cachorro sem dono. Não preciso nem dizer que não resistiu, right? QUEM RESISTIRIA, MEU DEUS? QUEM? Eles ficaram o DIA INTEIRO vendo filmes. Sim, filmes. e Danny ficaram em todos os filmes abraçados e e Dougie... Bom, estava deitada com a cabeça apoiada na perna dele, enquanto Dougie fazia carinho na cabeça dela.
Depois de muitos, e quando eu digo muito é porque são muitos mesmo, filmes, Danny sugeriu que eles fizessem algo mais... interessante. Ele deu a idéia de ir a um pub por ai. Mas não tava nem um pouco a fim. Então ela deu a idéia deles irem a alguma praça e ficarem por lá.
- Mas e se pombos assassinos aparecerem? - falou quase chorando.
- Eu cuido de você, - Danny disse abraçando-a.
E lá se foram os nossos casaizinhos lindos para mais uma aventura romântica em uma praça da cidade. Se a se engasgar de novo, eu não serei capaz de suportar e terei que rir junto.
Chegando a uma praça que, graças a Deus, era um pouco mais movimentada que a anterior - digo isso porque quanto mais gente, menos chances de um novo ataque de pombos demoníacos e a vida de em risco -, ficaram lá conversando sobre qualquer coisa que você não ia querer saber. Deram risadas, se pegaram e conversaram mais sobre coisas inúteis.
De repente, viu uma coisa, ou melhor, uma pessoa, uma pessoa que ela reconheceria a mil metros de distância por ter um cabelo incomum. Não era de James Bourne ou Dave Williams que estamos falando, mas sim de Dave, o pentelho. Ele estava a observando há muito tempo. Ela e Dougie se pegando, se abraçando, se beijando, e sabemos que ele morreria, ou mataria o Dougie, para estar no lugar do próprio.
- MEU DEUS, COMIGO NÃO! - falou, indo a direção àquela peste chamada Dave, o pentelho.
- O que você quer aqui, Dave? - ela perguntou, sentando ao lado dele no banco.
- Eu só estava passeando - ele disse. – Gata, eu consegui. - Ele mostrou uma coisa que no começo ela não reconheceu. - Eu salvei a Giu. Ela está a salvo agora.
- Que bom, Dave, parabéns. - Ela sorriu sinceramente.
- E eu quero que ela fique com você - ele disse entregando Giu, a girafa, à garota.
- Mas, Dave, você fez seu pai ficar na falência pela Giu, não pode simplesmente me dar ela.
- É sua. Pra você nunca se esquecer de mim.
- Mas, Dave... - Ele saiu correndo, provavelmente estava chorando.
voltou ao seu lugar contando aquilo à .
- , ele salvou a Giu, a girafa, e ele me deu ela.
Quando as duas se sentaram novamente no banco do lado de Dougie e Danny, ficaram apenas olhando a pequena girafa na mão de . Ela parecia tão sensível e desprotegida ali. Essa pobre criaturinha já devia ter sofrido tanto na vida, merecia um pouco de carinho e compreensão. a envolveu nos braços em um grande abraço - momento ternura e Giu, a pequena girafa.
soltou do abraço e a sentou no banco ao lado dela, Dougie pegou na mãozinha dela e começou a balançar cantando alguma musiquinha feliz e ficaram os quatro ali, com os olhos cheios de lágrimas, observando a girafinha que parecia feliz pela primeira vez na vida. PARA! PARA TUDO! Caso você tenha se esquecido, Giu é uma girafa de PELÚCIA, ok?
Depois desse momento muito emocionante na vida dessas quatro pessoas, Dougie se tocou de uma coisa e resolveu perguntar.
- Quem era aquele garoto? - ele perguntou meio... enciumado.
- Dave, o garoto que cuida da recepção da espelunca que essa dai - apontou pra - nos hospedou.
- E por que ele te deu uma girafa? - Ele estava aparentemente confuso.
- Ele tentou por anos salvar essa pobre girafa, 'Giu, a girrafa', daquela garra assassina que abusava da pobre girafinha. Ele levou seu pai e uma empresa multimilionária à falência por gastar dinheiro naquela maquina horrível que abusava dessa pobre criaturinha - pausou para olhar para a Giu - e hoje ele conseguiu. E então ele me deu essa pobre girafinha para eu me lembrar dele todos os dias da minha vida.
- O Dave gosta dela - falou.
- PORRA, , CALA BOCA - gritou . Realmente ninguém precisava saber disso.
- HÁ, aquele pirralho gosta de você? HAHA - Dougie começou a gargalhar como se isso fosse a coisa mais engraçada do mundo. estava procurando algum buraco para enfiar sua cara, mas como tudo que está ruim, com a piora...
- E ela saiu à noite com ele uns dias atrás - disse na maior cara dura.
- , CALA-A-BOCA .
Nesse momento, e Dougie se contorciam no banco da praça de tanto rir. É, eu também não sei o motivo da estar rindo também, mas enfim, ela estava rindo de retardada mesmo.
Depois de recuperar o ar de tanto rir, ele perguntou rindo:
- Deus, quantos anos tem essa criatura? Onze? Doze? HAHA.
- Treze, Dougie, ele tem treze anos. – É, já deu pra perceber que a graça acabou, né? Nem a estava rindo mais.
- Que tal o assunto acabar por aqui? - perguntou não aguentando mais aqueles dois falando dela. - , você deixou o Danny no vácuo, olha ele ali, olhando pros lado sem entender. - Nesse momento, Danny olhou pra e faz um joinha com o dedo.
- Oh, desculpa, Danny. - deu um beijo nele.
Dai eu nem preciso dizer que começou uma pegação entre eles, e que isso foi um absurdo, eles estavam realmente QUASE se comendo no meio daquela praça, cheia de pessoas. MEU DEUS, ELES NÃO TEM JEITO MESMO!
não conseguia nem encarar Dougie de tanta vergonha que estava sentindo por sua 'amiga' ter contado essas coisas pra ele. Ele, percebendo isso, rapidamente a abraçou. Ficaram lá, abraçados, olhando a lua, enquanto seus amigos se comiam ali do lado.
Depois de e Danny se pegarem muito e e Dougie terminarem o seu momento love, eles deixaram elas na porta do hotel.
- Até amanhã, Dougie. - deu um selinho nele e o abraçou enquanto estava sentada no colo de Danny e adivinha? Sim, no banco do carona quase se comendo DE NOVO. Depois de se 'despedir' de Danny, elas subiram até o quarto. Já era tarde e logo desmaiou atrás do sofá e no colchão, ainda com as roupas espalhadas por elas de manhã. Organizadas, não?

DIA SEGUINTE;

Dessa vez, por incrível que isso possa parecer para você, caro leitor, acordou mais cedo. Sim, vocês ouviram. A nossa doce, querida e pegadora acordou cedo. O amor faz coisa, hein? A garota saiu para caçar algum alimento naquele apartamento organizado, mas não achou nadinha de nada. Mesmo assim, continuou a caçar até ser interrompida pelo celular da amiga.
- “Alôu”? - ela atendeu super descontraída.
- , a tá acordada? - Adivinha quem era, amiga.
- Não, Dougie, o ser chamado ainda tá dormindo, why? - respondeu.
- Vocês podem vir aqui hoje de tarde? Eu passo pra buscar vocês, tchau. - E ele desligou sem ao menos esperar uma resposta de nossa querida e amada... .
conseguiu achar um pacote de amendoins esquecido na lateral de sua mala. Ótimo, pelo menos hoje ela e não passariam fome. Aproximou-se do colchão em que a amiga encontrava-se em estado de coma profundo e começou a chutar o travesseiro da amiga. Ah, , doce e meiga como sempre.
- Ô, , acorda, eu achei comida. - Ela jogou o pacote de amendoins, que agora se encontrava pela metade, no colchão ao lado da menina que tinha a cabeça enfiada embaixo do travesseiro e resmungava alguns sons estranhos lá de baixo.
- AHHRNHNHRNHRHN. - E enfim saiu o King Kong debaixo do travesseiro. - O QUE FOI, ? – SUSTO, OH MY GOD!
- Café da manhã, amiga! - respondeu sorrindo retardadamente e se jogando no sofá, começando a assistir a um desenho qualquer que passava. - A propósito, o Dougie ligou, a gente vai hoje de tarde à casa dele.
- DOUGIE? QUANDO? ONDE? COMO ASSIM? OI? - Nesse momento, , que já não era bem certa, ficou mais idiota ainda. Como assim Dougie ligou e não falou com ela? – Hoje à tarde, é? Ele vem buscar? - ela perguntou. - É bom que venha, porque EU não vou pegar buzão, e nem vou a pé.
- Ai, amiga, óbvio, né? Se a gente fosse de buzão, ele ia ter que mandar a grana.
- E isso é café da manhã que me apresente, ? - ela perguntou à amiga, que se enchia de amendoins e assistia a um desenho idiota na TV. - Eu prefiro passar fome a comer essa gororoba. VOCÊ SABE QUE EU SOU ALÉRGICA A AMENDOINS, , e você ainda me dá isso? Vou descolar com o pirralho lá em baixo uma coisa pra comer. - E ela saiu batendo a porta quando sua amiga ia responder alguma coisa.
Ela desceu as escadas rapidamente, o que fez ela tropeçar e cair de cara no chão. Rapidamente se levantou e chegou ao Dave.
- Dave, tem alguma comida que não seja amendoim? - perguntou simpaticamente.
- Só chips, serve aí? - Ele sorriu, afinal, ele havia dado uma girafa para ela no dia anterior, pensou que ela nunca mais falaria com ele, mas ela estava falando.
- SERVE – respondeu rapidamente. Então o garoto a entregou o pacote delicioso de batatas. – Obrigada, Dave.
E ela voltou correndo ao apartamento organizado.
Como foi dito, esse era um apartamento organizado, então, logo de entrada, tropeçou em um all star verde que estava mais para musgo por causa de seus longos nove anos sem ser lavado.
- PORRA, , o que esse all star está fazendo aqui, garota? - ela disse, levantando-se e se recuperando do tombo.
- Ah, foi mal, eu esqueci ele ai ontem quando a gente chegou - disse sem tirar os olhos da TV.
se juntou a sua amiga ao comovente desenho que passava aquela manhã na TV extra gigante.
Ela comia seu salgadinho tranquilamente quando sentiu uma mão invadir o pacote.
- PÓ TIRANDO SUA MÃO DO MEU SALGADINHO, EU TIVE QUE IR AO DAVE PARA CONSEGUIR ISSO, TE VIRA COM ESSES SEUS AMENDOINS HORRÍVEIS - berrou para sua amiga, que rapidamente retirou a mão do pacote.
- Tá. CALMA! - levantou e começou mais uma de suas arriscadas e perigosas caças nesse pântano horrendo, também conhecido como quarto de hotel de e . Ela foi à procura de algo para beber, a porra do amendoim dera uma puta sede nela e agora ela tinha a missão quase impossível de achar algo para beber naquela cafofo. E ENTÃO ELA VIU - que cantem os anjos -, nas profundezas úmidas e obscuras, ou seja, embaixo do armário, ELA ACHOU UMA RELUSENTE GARRAFA DE COCA-COLA PELA METADE. Até eu ouço os coros de aleluia, foi uma conquista e tanto, você se superou.
Voltou calmamente até o sofá bebendo a coca-cola na garrafa, porque, acredite, se achar a garrafa foi difícil, nem vamos perder tempo procurando um copo ou coisa parecida, e se jogou no sofá ao lado de , que ria de um desenho de um ornitorrinco perdido na cidade.
Elas ficaram vendo aquele maravilhoso desenho até de tarde, quando resolveram se arrumar, o que fizeram rapidamente, e logo desceram para o andar de baixo, onde se encontravam dois príncipes e um mendigo parados na porta. Ah sim, e o Dave.
Elas então rapidamente seguiram até seus príncipes, entraram da carruagem real e partiram ao castelo do príncipe Dougie, o gostoso.
Chegaram lá toda animadas, jogaram-se no sofá e já foram ver TV. Of course que e Dougie – sim, dessa vez o Danny resolveu sossega um pouco - se pegavam no sofá e isso, devo dizer, não era uma cena muito confortável para outras pessoas, mas como estamos falando de e Danny...
Depois de muito filme e pegação de ambas as partes, eles resolveram jogar alguma coisa, mas alguma coisa o quê? Nem eles sabiam direito.
Como eles não sabiam realmente o que jogar, decidiram chamar Tom e Harry, que há um tempo não viam mais. Afinal, depois que essas duas malucas entraram na vida desses pobres garotos, eles esqueceram completamente de seus amigos de banda. Danny rapidamente correu para o telefone e ligou para Tom, que aceitou, e ligou pra Harry, que obviamente não tinha nada pra fazer em casa e iria também.
Depois de Danny ligar para Harry, demorou uns dez minutos para eles chegarem, mas óbvio que não vieram sozinhos, trouxeram metade da cidade junto com eles. E com o passar do tempo foi chegando mais gente e a festa estava BOMBANDO. Por todos os lados tinha gente bebendo, em todos os cantos da casa tinha casais se pegando (incluindo e Danny) e na sala todos dançavam animados uma música também não identificada por nossos assistentes. Enfim, a festa estava andando normalmente, muita gente bêbada, um homem vomitando na sacada e e Dougie se pegavam na área de serviço.
A festa realmente estava arrasadora. Era gente pra todos os lados dançando, muita diversão. Som alto, bebidas, era uma típica festa. O que era pra ser uma private party virou algo mais, right? Bom, como dissemos antes, SOM ALTO. E alguns vizinhos não gostam de som alto.
Alguém tocou a campainha e Tom foi atender, obviamente meio doidão por causa da cerveja. E eis que surge a pior pessoa, quando se trata de private party com som alto e muita bebida: A “PULIÇA”. Sim, senhoras e senhores, a polícia tocou a campainha e Tom atendeu doidão. Eu realmente não quero ver o que vai acontecer. Meu Deus, me esconda.
Sorte de nossos amigos que o policial só veio pedir para eles abaixarem um pouco o volume, o que Harry fez rapidamente. Aquele policial nem se incomodou com a bebida que estavam consumindo, ele parecia ser um policial bacana, um policial do gueto, se é que me entende.
E eles continuaram com aquela festa não planejada, que logo ficou muito bem planejada. E então vocês se perguntam onde estavam Danny, Dougie, e . Bom, Danny e encontravam na lavanderia escondida no apartamento de Dougie e Dougie e descobriram o quão a cama dele é maravilhosa, compreendem rãn?
Cada vez mais o apartamento enchia. Podemos dizer que não cabia mais ninguém naquele muquifo, tinha gente que ninguém conhecia lá dançando feito macacos selvagens. Era cada selvagem dentro daquele apê que nossa equipe teve que editar a cena. É horrível, eu garanto para você como trabalhamos com isso, tivemos que encarar. Ah sim, não mencionei o cara que estava correndo pelado pela sala? Pois havia sim um homem fazendo isso. E eu tenho que contar, a visão é horrível. Depois disso, nunca mais.
É, pelo visto e Dougie não perderam tempo mesmo. Já e Danny, sinto dizer, ainda estavam só nos amassos na lavanderia. Quando percebeu certa animação em Danny, se é que vocês me entendem, ela quebrou o beijo.
- Danny, eu não vou fazer isso aqui numa lavanderia. É desconfortável ficar vendo sabão em pó e as roupas do Dougie secando no varal - disse recuperando o ar depois do beijo. Ah, , sua pegadora.
- Então podemos ir para um lugar mais confortável se você quiser - ele disse com a voz falha no ouvido de . Ela o puxou pelo braço e eles, por um milagre, conseguiram atravessar aquela selva, ou sala do Dougie, como preferir. Enfim, eles entraram aos beijos no quarto de hóspedes e o resto todo mundo já sabe, right?

DIA SEGUINTE;

acordou e foi cambaleando procurar suas roupas pelo quarto. Achou sua blusa na porta, a calça em cima da mesinha, o sutiã embaixo da cama e sua calcinha nos pés de Dougie. Tsc, tsc , sua sem-vergonha.
Foi zumbizando até a sala. Tropeçou em uma menina desmaiada no meio do caminho com uma garrafa de cerveja do lado, homem pelado dormia em baixo da mesa e lá estava o vômito sujando toda a sacada. E a casa estava IMUNDA. Não, imunda não, ela estava mais do que isso. Deus, havia copos e garrafas de cerveja por todos os cômodos, a parede acima do sofá estava pichada com algumas palavras em irlandês, o lustre que ficava no meio da sala agora se encontrava espatifado no chão, havia restos de cigarros por todos os móveis e atrás do sofá tinha marcas de que pareciam ser... queimadas com fogo. Sim, eles fizeram uma fogueira.
AH, NÃO MESMO, ELA DEFINITIVAMENTE NÃO IA AJUDAR A LIMPAR ESSA ZONA! Foi correndo desesperada até o quarto de hóspede onde dormia, a acordou cuidadosamente para não acordar Danny e ELAS FUGIRAM. Isso mesmo, elas saíram correndo do apartamento de Dougie. ELES QUE LIMPEM A ZONA SOZINHOS. OU MELHOR, QUE O HARRY E O TOM LIMPEM TUDO SOZINHOS, elas não queriam saber.
Quando chegaram ao hotel, cumprimentaram os mendigos do hall de entrada e foram direto para o quarto para mais uma das perigosas e arriscadas caçadas de à procura de comida.
Hoje, até ficou espantada, pois achou comida facilmente em sua caçada. Acho que alguém se sensibilizou com a falta de comida dela e resolveu abastecer aquele apartamento sem nada, porque na geladeira da cozinha havia muitos salgadinhos e refrigerantes. Ou alguém abasteceu aquilo, ou essas idiotas se esqueceram do tanto de salgadinhos e refrigerantes que trouxeram. E eu digo a vocês que eu aposto na segunda opção.
Comeram rapidamente. Não sei se mencionamos que acordou a uma da tarde? Pois sim, era uma hora da tarde. Elas resolveram dar uma volta por Londres. Afinal, não dá pra ficar o dia inteiro nesse apê sujo, ou no apê agora detonado do Dougie. Lembrando que isso foi culpa do Tom e do Harry, que resolveram divulgar a festinha particular. Coitados, como eles devem estar agora naquela zona?

Enquanto isso no apartamento, ou melhor, no que sobrou do apartamento;

Tom estava com um avental expulsando as pessoas que dormiam inconscientes pela sala com uma vassoura. Harry estava em cima do sofá tentando limpar o que foi escrito na parede, mas o que antes estava escrito apenas num canto, graças a Harry, agora era um borrão pela parede inteira. Palmas para ele! Danny estava com um saco de lixo e recolhia todos os copos, garrafas e cigarros pela casa e Dougie tentava limpar os cacos de vidro dos lustres no chão.
Se você achava que antes o apartamento de Dougie estava destruído, era porque eles ainda não tinham começado a 'organizar' a bagunça. Harry, que tinha conseguido sujar a parede da sala inteira graças a sua 'limpeza', acabou derrubando o balde com água suja de tinta da parede em cima do sofá bege claro de Dougie. Harry, como você consegue? Agora, além de ter piorado a parede pichada, você acabou de estragar o sofá antes bege que agora estava cinza. Alguém expulse o Harry, por favor.
Tom estava com um espanador tirando o pó da estante. Diarista Tom, quarenta reais por dia das nove da manhã até às cinco e meia da tarde.
E o saco de Danny tinha arrebentado, sujando todo o chão do corredor, dos móveis direto pro chão. Mais um de nossos amigos nos surpreendeu com a habilidade nos afazeres domésticos.
E lá estavam eles 'sujando' o apartamento tranquilamente, quando, de repente, eles ouviram um grito afeminado e agudo. Danny e Harry se assustaram e foram correndo até a sala, e então viram que quem havia gritado era o... DOUGIE? Sim, ele mesmo, Dougie dava gritinhos e choramingava para Tom, que assoprava seu dedo. Danny olhou aquilo assustado.
- Hey, Tom, o que aconteceu?
- O Dougie cortou o dedinho com um caco de vidro. - Dougie olhou para Danny quase chorando e afirmou com a cabeça.
- MEU JESUS, me deixa ver, Dougie - ele disse pegando a mão de Dougie e olhando o 'corte'. - Você tá de brincadeira comigo, né? Esse ponto vermelho no seu dedo que é o motivo de você estar chorando?
- PONTO NO DEDO? Olha o tamanho dessa cratera! Vem, Dougie, vamos passar um algodãozinho com anti-séptico para não deixar nenhuma bactéria no seu machucado - Tom disse indo com Dougie até o banheiro, ainda assoprando o dedo do menino.
- TÁ. AI, CUIDADO, NÃO ASOPRA COM MUITA FORÇA - ele choramingou indo com Tom, a diarista, até o banheiro.
Depois dessa cena, eu acho que a gente pode voltar pras personagens principais, né? É claro que podemos.
e passeavam tranquilamente há mais de três horas por aquela praça chata no centro de Londres. Eram seis horas quando elas resolveram sentar em um banco. Mas quando elas pensaram que poderiam ter sossego, depois de tirarem vinte milhões de fotos - não tô brincando, foram muitas -, o celular de tocou. Era Tom.
- Alô? - atendeu com seu jeito estranho.
- FAAALA, . A tá ai contigo? Eu não tenho o celular dela - ele disse se desculpando.
- Tá sim, Tom - passou o telefone à amiga.
- Dae, Tom - ela disse pegando o telefone.
- Dae, - ele disse. E eles ficaram lá conversando por anos. já tava surtando de curiosidade. Quando que a não é curiosa, me responda? TODO O SANTO DIA! Mas continuando...
desligou o telefone e entregou à amiga.
- O QUE ELE QUERIA? - , a curiosa, pergunto.
- Que a gente fosse à casa do Danny, já que o apê do Dougie foi para o ralo depois deles tentarem arrumar. As paredes estão piores do que já tavam, Danny sujou mais do que limpou e o Tom só espalhou mais o pó.
- Ah sim - respondeu.
E lá foram elas, a pé, até a casa de Danny, que nem era tão longe assim.
Quando chegaram, e cumprimentaram todos e foi ao colo de Danny no sofá, onde eles começaram a se comer. Tom e Dougie brigavam escolhendo os sabores da pizza, e até a pobre e inofensiva mulher da pizzaria entrou na discussão também, pegava algumas latas de cerveja na geladeira e Harry... Bem, o Harry estava sentado olhando para o além... Eu acho.
Depois de, devo dizer, muita briga, Dougie resolveu deixar o Tom escolher os sabores de pizza e foi para o lado de , que bebia cervejas descontroladamente, por ter visto algo na praçinha que ela não queria contar a ninguém, nem mesmo a . Dougie insistia em saber, mas cada vez ela berrava um “NADA, PORRA” na cara dele, o que fazia ele calar a boca logo. Harry resolveu ir alugar uns filmes e voltou com aqueles de sempre: De volta para o futuro 1, 2 e 3 e Star Wars. Aquela mesmice, se é que me entende. Danny resolveu mostrar pra o quanto seu quarto era bonito, compreende? E Tom ficou no sofá esperando loucamente pela pizza, QUE NÃO CHEGAVA NUNCA ESSA BOSTA. Até que, finalmente, DEPOIS DE UMA HORA DE ESPERA, a pizza chegou e Tom obviamente saiu correndo para buscar aquela caixinha tão esperada por todos.
Nesse momento, todo o povo veio correndo. e Danny, todos descabelados, Harry correndo com os filmes na mão, arrastando Dougie, que segurava uma lata de cerveja, e, obviamente, ela também, e foram atacar. Detonaram cinco caixas de pizza em menos de trinta minutos. Um recorde, devo dizer. Mas tudo bem.
Tom, o viciado, colocou Star Wars e eles ficaram lá assistindo, digo, eles todos não, porque Danny e voltaram pro quarto lindo do Danny. SAFAAAAAAAAAAAAADOS.
Ficaram até umas dez horas fazendo esse tipo de coisa, até que ninguém mais agüentou. Danny e lá pelas nove horas apareceram na sala. Antes se podiam ouvir alguns barulhos, que preferimos não comentar, do quarto de Danny, seus safados.
Eles resolveram que todo mundo dormiria na casa do Danny já que estavam todos juntos e, dessa vez, proibiram o Harry e o Tom de convidar qualquer pessoa para qualquer coisa. Dougie disse que no dia seguinte iria comprar um apê novo, já que aquele nem com mágica dava pra arrumar.
Tom e Harry se jogaram pelo sofá e dormiram ali mesmo. e Danny foram para o quarto do garoto para uma terceira rodada – DÁ-LHE, ! e Dougie pegaram um quarto de visitas ai. Nem sei o que eles pretendiam fazer, e pretendo nem saber.

DIA SEGUINTE;

, , Dougie e Danny sairam dos quartos cansados depois de uma noite produtiva e foram para a sala ao encontro de Harry e Tom, que dormiam esparramados pelo chão. Tomaram um café da manhã cheio de nutrientes e vitaminas, que seriam as latas de cerveja sobreviventes em baixo do sofá, e ficam assistindo a algum desenho que passava na TV, que parecia ser de um urso caçando na floresta. Isso me lembrou a .
Enquanto as crianças continuavam vendo o desenho do Panda, ansiosos pra saber se ele conseguiria caçar comida o bastante até o inverno, e foram para a cozinha procurar algo comestível. E NÃO É QUE O DANNY FAZIA MERCADO? A geladeira dele era bem gorda e abastecida, ao contrario da delas. Elas resolveram fazer panquecas com bacon, quem não gosta de panquecas com bacon? EU GOSTO. Bateram a massa da panqueca, fritaram os bacons e sujaram todas as louças possíveis e imagináveis da humilde cozinha de Danny.
- CRIANÇAAAAAS, TÁ NA MESA - disse .
- AEEEEEE. - Danny, Dougie, Tom e Harry correram e comeram tudo em dez minutos. Esses não passam fome.
À tarde, eles resolveram mostrar às garotas o quanto Londres podia ser bonita, é só procurar pontos importantes. Praticamente as duas semanas passaram assim. Elas viviam na casa do Danny ou no novo apê do Dougie, nem paravam mais naquele simples hotel onde a idiota da as hospedra. Teve um dia na terceira semana ali em que eles foram até uma praia para se divertir um pouco, vai saber. Faltavam exatamente duas semanas pra elas voltarem para o Brasil. Elas cada dia se apegavam mais a essa rotina, elas não se viam mais naquele apartamento feio onde moravam no fim de mundo, digo, Brasil. ELAS QUERIAM FICAR EM LONDRES QUAL A DIFICULDADE PARA ISSO? O problema era seus pais, não estavam mais nem ai se essas duas estavam vivas ou mortas. não fala com seus pais há bastante tempo, e então nem se fala. E o porquê era que eles não concordavam das duas morarem sozinhas. Mas quem pode controlar seus filhos? E ali estavam essas duas batalhadoras, realizando o sonho de ficar em Londres, e conseguiram catar o McFLY para elas. Podemos dizer que elas são merecedoras desse prêmio. Elas lutaram pra estar ali onde estavam, então por que não aproveitar? Elas estavam felizes ali, mais até do que eram no Brasil, PRA QUE ESTRAGAR UMA COISA TÃO BONITA?
Havia se passado uma semana, e estavam no quarto do hotel, o que raramente acontecia, pois ela haviam praticamente se mudado para a casa de Danny e Dougie. A hora delas voltarem para o Brasil estava cada vez mais próxima, MAS PARA QUÊ? PARA QUE VOLTAR PARA AQUELE PAÍS FEDIDO E SUBDESENVOLVIDO se elas podiam ficar em Londres, a cidade da música, do frio gostoso e do McFLY? O QUE MAIS ALGUÉM PODIA QUERER, JESUS? Elas tinham tudo, menos um quarto de hotel decente, mas isso não vem ao caso. tirava a sua habitual soneca atrás do sofá e assistia a um episódio de Friends quando seu celular tocou:
- Alô - ela falou animadamente quase dormindo.
- Hey, , é o Danny. Eu tava pensando, aqui tá tudo muito chato, não tem merda nenhuma que preste na TV, o Dougie tá babando no sofá, dai eu queria saber... Tão a fim de sair hoje à noite? Beber até cair, andar cantarolando músicas pelas ruas desertas e frias de Londres e depois se comer?
- Ah, pode ser, Danny - ela disse um pouco mais animada (lê-se ouvindo o que ele falava).
- Ok, vamos pegar vocês às nove. Beijos – Danny disse.
- Até, Danny .
E lá ficaram elas, o dia inteiro, fazendo nada na TV. há essa hora já havia levantado de trás de seu amado sofá. ELA PRECISA PARAR COM ESSA MANIA. fez um almoço simples com o que achou naquela cozinha e elas ficaram até às oito horas assistindo TV, quando resolveram FINALMENTE se arrumar pra sair com os garotos.
E às nove, pontualmente, como sempre estavam Danny e Dougie, aqueles gatinhos gostosos... Er... Lá se foram nossas meninas para mais uma pub de Londres, encher a cara até cair, cantarolar músicas idiotas e se comer com eles. Elas estão crescendo, meu Deus. Eu lembro quando elas eram pequenas – chora. Elas corriam pela casa, com aquelas roupinhas ridículas de criança, tinha uma tara por gatos, ela sempre puxava o rabo do gato da vizinha porque dizia ela 'eu um dia vou me casar com ele', sempre teve problema com garotos, ela olhava o primeiro em sua frente e dizia 'é meeu'. Ela sempre fora assim.
E agora estão ai, se comendo com os caras do McFLY, os mais gatões ainda, o Jones e o Poynter, vivendo felizes em Londres - até semana que vem - e se divertindo. Como nossas meninas cresceram, meu Deus – chora -, eu nem vi o tempo passando.
Como fora planejado, depois de passarem três horas dentro de um pub qualquer que estava pouco movimentado enchendo a cara – e, acreditem, A REALMENTE CAIU –, os nossos quatro guerreiros saíram cantando pelas ruas agora desertas de Londres. Eles pulavam, dançavam, cantavam em coro... Ou seja, estavam sendo felizes e aproveitando os últimos dias em Londres. Como foi dito, depois, cada casal foi para um apartamento e, é claro, se comeram.
Dois dias depois dessa noite de farra – ok, farra foi pouco, “sacoé”? Porque, depois desse dia, nunca mais foi a mesma. Ela bebeu tanto, mas tanto, que o resto dos neurônios que ela tinha, tipo assim, SE FORAM-, elas estavam, como de costume, naquele apartamento fedido e mal cuidado até que algo inesperado aconteceu.
- TRRRRRRIIIIIIIIIIIIM (isso é um telefone).
- , vai lá atender, eu tô ocupada - disse , que estava sentada comendo Doritos e vendo TV. Como ela comprou aquele Doritos? NÃO SEI.
- “AFCU”, vai tu - respondeu uma meiga e querida, que estava pintando sua unha de verde lima.
- VAI LOGO ATENDER, . - Deu para perceber que se estressou.
- TÁ. – Então, finalmente, quando o telefone já estava quase desligando, atendeu.
- Alô? - disse uma pessoa muito simpática ao telefone (lê-se: ).
- ? - ouviu-se a voz de um homem.
- QUEM É?
- , Seu Pereira falando. Vocês estão me devendo cem reais, sabia?
- CEM REAIS DO QUÊ?
- Eu despistei uma gangue que estava atrás de vocês.
- DROGA, A GANGUE. E-eu me esqueci de pagar eles. Ok, Seu Pereira, é o seguinte: a gente chega no Brasil daqui a alguns dias, despista eles mais um pouco.
- Duzentos pila.
- TÁ, TÁ – disse ela impaciente.
- Fui. - E ele desligou na cara na menina. Uhum, desligou.
- Who? - perguntou mesmo não estando interessada.
- Seu Pereira despistou a gangue que a gente se esqueceu de pagar.
- OMFG!
- Também reagi assim. – deu de ombros.
Silêncio.
- Então, Mari? Alguma idéia de como arrumar a mufunfa? “Sacomé”, eu não quero levar bala do Seu Pereira e seus capangas.
- Er... Ahn? Ah não, nenhuma idéia - disse ela, tirando os olhos do seriado sangrento que passava em um dos únicos canais transmissíveis na televisão de plasma.
- Er, eu estava pensando...
- Ai MEU DEUS! Quando você faz essa cara é porque vem chumbo – falou espantada.
- E-eu não sei como explicar, é tão estranho...
- , desembucha!
- É DIFÉCIL EU...
- FALA, MULHER, FALA.
- E-em-emprego... – disse a garota com uma cara distante.
- O QUÊ?
- EMPREGO, , UM EMPREGO!
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – se contorcia, fazia caretas, gestos.
- Eu sei, , é difícil, a gente quase nem sabe o que significa trabalhar e...
- DIFÍCIL, ? DIFÍCIL - ela disse afinando a voz. - EU NÃO SIRVO PRA TRABALHAR, okay? NO WAY, não ia durar nem vinte quatro horas, te garanto.
- Mas você sugere o que então, mulher?
- FURTO, , FUR-TO – falou com uma cara de desdém.
- , a gente já tá suja o bastante pra procurar ainda mais chupetagem.
- M-MAS EMPREGO, ? – Agora era a vez de estar distante.
- Eu sei, , vai ser difícil a gente conservar um emprego, isso se a gente conseguir um, of course, o que eu acho bem improvável.
- Okay, okay, faz o seguinte... - ela disse, sentando-se no chão apoiando as costas no sofá. - Amanhã a gente sai cedinho e procura alguma coisa, se a gente achar alguma coisa, beleza, mas se não... Vamos optar pela segunda opção.
- Okay – falou uma distraída.
sorriu e focou seus olhos na TV novamente. Vendo que o tal seriado de ação havia acabado e agora passava alguma comédia romântica qualquer, mandou um olhar mortal a , que acabara de derramar o vidrinho de esmalte no quase tapete e resmungava alguns xingamentos pra ela mesma. A menina, depois de um tempo procurando, achou o celular em baixo de uma almofada no lado da autista das unhas de disenteria e checou que horas eram.
- “OLOCO”, já são duas e dezessete da manhã. – fez uma cara espantada e muito cômica.
- Nossa, já? - disse sem muita emoção.
- Uhum, acho que vou capotar - disse em meio há um bocejo.
- Okay, boa noite então, comadre.
- Noite - disse soltando um risinho baixo enquanto se virava para o encosto do sofá.
Alguns minutos depois, terminou as unhas e deitou no outro sofá enquanto passava os canais freneticamente, mas não demorou muito e adormeceu também.
A menina corria pelos campos de camomila. Ela podia voar, gritar, cantar sem nenhuma preocupação. Ela podia até tropeçar e cair, mas quem se importava? Estava livre de todos os problemas, agora eram só ela e as camomilas, uhum. Após o seu tombo espetacular, fechou os olhos para sentir a leve brisa passeando pelo seu rosto. Podia ficar o resto de sua vida assim, sentindo esse vento morno e o aroma das camomilas. Estava viajando em seus pensamentos quando sentiu algo, ou alguém, se aproximando. Abriu os olhos lentamente e eles se focaram na imagem de ninguém mais ninguém menos do que Johnny Depp lhe estendendo a mão, ela sorriu e foi se levantando, ficando frente a frente dele quando...
- ACOORDA, !
- AHN, O QUÊ? - A menina pulou.
- Procurar emprego, perua, vamos procurar um rumo na vida, amiga.
Depois de quase ter matado , a doce foi se arrumar para um dia um tanto quando estranho. E depois de se arrumar as duas foram. Rodaram Londres inteira. conseguiu um emprego em uma loja de doce muito famosa, que, por sinal, era o que ela queria, e arranjou um emprego numa loja de roupas também muito famosa. Elas estavam felizes, apesar de tudo. Foram direto pra 'casa', mas não com sucesso.
- Oi, gata, onde você foi? Saiu cedo! Onde que foi? - Dave perguntou, jogando todo seu charme.
- Tchau, Dave - ela disse com todo seu ânimo por ter acordado cedo.
Quando elas estavam no corredor...
- Ele não desiste - disse rindo.
- Nem me fale - a garota respondeu com todo seu ânimo.
Então elas entraram no apê e foram direto dormir.
E então depois de anos e mais anos dormindo, elas acordam pra vida, lembrando que elas acordavam no outro dia.
- , A GENTE TEM QUE IR TRABALHAR, - uma escandalosa gritou pela casa, desesperada por estar na hora de trabalhar.
- O quê? - disse com toda sua cara de 'onde?'.
- TRA-BA-LHAR - repetiu ainda mais nervosa.
- MEU JESUS AMADO, AHMEUDEUSDOCÉU. E-EU ESQUESCI. VAMOS LOGO, AMIGA. - saiu correndo feito uma doida, o que ela já é, pra se arrumar, o que fez em... CINCO MINUTOS.
E lá foram elas rumo ao novo emprego, o que até dias atrás elas não tinham. O bom dos empregos é que as lojas eram uma do lado da outra. Ou seja, nem mesmo nessas horas elas iam deixar de se ver. No começo, ocorreu tudo bem, sabe? estava conseguindo controlar sua vontade de atacar todos os doces e sua compulsividade por roupas e mais roupas. De repente, o celular da garota tocou.
- Alô?
- . , é o Dougie - disse uma pessoa absurdamente animada do outro lado da linha. - Pode sair?
- Desculpa, não posso, Dougie, tô trabalhando - ela disse desanimada.
- TRABALHANDO? - ele berrou.
- Depois te explico, adeus. - E ela desligou o celular e guardou no bolso traseiro da calça. A loja estava tranquila e sem muito movimento naquela tarde de quinta-feira, então ela resolveu atender uma garota sugestivamente nova que entrava olhando maravilhada para os manequins com as mais diferentes combinações de roupas.
- Posso ajudá-la? – disse com um sorriso descaradamente forçado. A mais nova soltou um riso baixo da falsidade de e prosseguiu.
- Eu estava só olhando, estou procurando uma roupa nova para uma festa e...
- Won, que graça, eu não ia a festas há essa idade, mas, enfim, vem, eu te ajudo. - Ela arrastou a garota pelo braço.
Enquanto isso na loja ao lado...
- Quer um pouquinho? Quer, quer, quer? De toucinho? - cantava baixo enquanto observava a movimentação do shopping, apoiada com o cotovelo em cima do balcão amarelo claro e vermelho com pequenos desenhos de bengalas de açúcar. Suspirou alto e se ajeitou quando viu um garoto gordinho e de bochechas rosadas adentrar a loja.
- Won, sua azeitonazinha inchada - ela disse saindo de trás do balcão e indo em direção ao menino, enquanto o mesmo se afastava assustado. Riu da reação dele e se ajoelhou para ficar na mesma altura. - No que a titia pode ajudar você?
- E-eu queria comprar a porção de jujubas que compro toda semana - ele disse enquanto ainda tentava se afastar alguns centímetros. - Cadê a tia que trabalhava aqui antes?
- Ahn não, querido, quem vai trabalhar aqui agora sou eu. - sorriu bobamente. – Mas, então, o que você vai querer mesmo?
- Bom, eu quero uns 500 gramas da jujuba de minhoca, 300 da de morango, 700 de balas de goma, 200 da moeda de chocolate, três pirulitos grandes, 200 gramas de bala de maçã verde e acho que hoje dá pra levar uns 150 gramas de chiclete - ele disse sorrindo naturalmente.
- WOW! - foi só o que a garota conseguiu exclamar. - Pra onde vai tudo isso, Jesus?
- Desculpe, moça, como? - ele perguntou culto.
- Nada, esquece - ela disse colocando um saquinho com o emblema da loja em cima de uma balança e controlando a quantidade de balas de goma.
atendeu ao menino, que, depois de receber todos os doces que pediu, acabou indo com a cara daquela nova atendente estranha. Já na outra loja...
Do nada, começou a tocar I Want to Break Free lá dentro. agradeceu por finalmente uma música boa começar, porque antes, meu Deus. Depois de ter atendido aquela garota, que por sinal gostou muito da - uhum, por ela entender de moda -, ela estava lá sozinha na loja, esperando algum cliente chegar, mas, depois que a música começou, se viu dançando e cantando pela loja.
- I WAAANT TO BREAK FREEE, I WANT TO BREAK FREE FROM YOUR LIES, YOU'RE SO SELF SATISFIED, I DON'T NEED YOU. I'VE GOT TO BREAK FREE, GOD KNOWS, GOD KNOWS I WANT TO BREAK FREE - a menina cantava segurando uma caneta para fingir que era um microfone. De repente, um garoto que deveria ter uns dezoito anos entrou na loja e ficou parado olhando aquela cena até a idiota se tocar.
- Anh, você canta bem - o garoto disse, sorrindo.
- Obrigada - disse rindo. - O que deseja? - E então ela atendeu o garoto, que a toda hora ficava enviando sorrisinhos pra ela.
- Mas, então - ele puxou assunto -, não é chato ficar aqui sozinha?
- Errrr... É sim, sabe, mas fazer o quê - falou ela fazendo pouco caso.
- Se quiser, eu fico aqui com você.
- Anh, não, obrigada. - Ela terminou de atender ele, e quando ele já estava saindo ele se virou e disse:
- Vou passar aqui todo dia, eu acho. - E saiu pela porta.
OK, AQUILO FOI UM TIPO DE CANTADA? Tudo bem que ele não é de se jogar fora, cabelo preto, olhos verdes claros... Ok, ele era muito gato, m-mas... Er, enfim.
não teve muita sorte com isso, já que seus clientes a maioria das vezes eram crianças. Ela estava lá cantarolando sua música do toucinho quando outro cliente entrou.
- Oioi, criança, posso ajudar no quê? - a garota disse toda sorridente.
- Quero vinte reais em bala, tia - a menina disse com sua cara de criança pidona.
- Meu Deus, essas crianças de hoje em dia... - cochichou baixinho pegando as quase mil balas da menina.
- Obrigada.
Depois de um dia cansativo de trabalho de ambas as partes - digo de ambas porque a cada hora a loja de doces lotava de crianças que haviam acabado de sair da escola e por atender um grupo de cinco, sim, eu disse CINCO, patricinhas mimadas e cheias de frescura -, a única coisa que elas queriam era chegar naquele apartamento mofado e dormir. Mas quem disse que isso seria possível?
Quando elas mal colocaram o pé dentro daquele barraco, o celular de tocou.
- Alô? - ela disse.
- , , Tom falando. Então, minha gata, Danny pediu pra chamar você e a pra festinha prive dele, o que você acha? - Tom falou tudo rapidamente.
- Er, ok, Tom, a gente já vai - disse olhando para com uma cara de 'agora fodeu'.
- O quê? - a lerda da perguntou.
- Festinha prive na casa do Danny.
- E lá vamos nós...
As duas suspiraram ao mesmo tempo e trocaram olhares deprimidos. começou a procurar a chave dentro da sua bolsa jumbo com estampa de zebra. Já estavam ali há quase cinco minutos, já estava ficando impaciente (jura?) e nada de achar a bodega da chave. A essa altura do campeonato, estava sentada no chão com as costas apoiadas na porta do apartamento vizinho e quase dormia e estava ajoelhada com todas as milhares de coisas inúteis que ela conserva naquele trambolho conhecido como bolsa espalhados pelo chão.
Passaram-se dez, quinze, vinte minutos... já estava roncando toda contorcida na porta quando...
- ACHEI! - gritou a do nada.
- AHN, O QUÊ? - pulou.
- A chave, – disse com o mesmo sorriso débil de sempre.
- Ahn sim, abre logo que por causa desse incidente já estamos atrasadas.
Elas entraram aos tropeços depois de dar aquela desemperrada básica quando abriam a porta, nada que não aconteça sempre.
Entraram naquele muquifo feito tufões, trocaram-se rapidamente e desceram para pegar um táxi. Ok, o apê de Danny era ali perto, mas elas trabalharam o dia inteiro e depois ainda ir a pé? NO WAY! E, graças a todos os santos, um táxi chegou em um minutinho. O homem era jovem, aparentava ter uns vinte anos e ele foi com a cara da nossa amiga .
- Então... - ele disse olhando pelo espelhinho que eu não lembro o nome. - Onde duas moças tão lindas como vocês vão? - falou o endereço. - Mas e ai, gatinha - ele olhou diretamente pra -, sozinha de noite, tem namorado, “pitelzin”?
- VAI A MERDA - falou uma totalmente revoltada.
E depois do cara falar umas mil cantadas à , se revoltou...
- SEU IDIOTA, A GENTE TÁ RODANDO LONDRES HÁ DUAS HORAS. O APARTAMENTO ERA ALI PERTO, SEU ENERGÚMENO, EU ME RECUSO A PAGAR A CORRIDA DO TÁXI. AGRADEÇA POR EU NÃO TE DENUNCIAR POR ASSÉDIO!
- Desculpe, moça. – E, depois de toda essa corrida, ele finalmente chegou.
- Toca a campainha, - falou preguiçosamente.
- Toca você - disse se revoltando contra .
- “AFCU”. - E então finalmente tocou a campainha.
- OIOI, FINALMENTE! - Um Tom meio alterado atendeu e puxou elas para dentro. Sim, se você pensava que ele ia educadamente dizer 'entrem, garotas', você se enganou. Ele as puxou pelo braço com força e fechou a porta.
- Demoraram. O que deu? - Danny perguntou.
- LOOOONGA HISTÓRIA - falou com nenhum ânimo.
Foram adentrando a casa passando entre alguns já alterados que dançavam pela casa, passaram por cima das pernas de um individuo desacordado em baixo da mesa e finalmente se acomodaram no único lugar vago no grande sofá, ao lado de um casal que se engolia sem vergonha de ser feliz. Acolheram-se no canto do sofá o mais longe possível dos dois e ficaram ali observando a movimentação, sem ânimo nenhum pra dançar, beber ou algo do tipo.
O cansaço foi dominando , fazendo-a jogar a cabeça pra trás, fechar os olhos e entrar em uma espécie de soneca improvisada ao lado do casal cheio de saúde. Já estava com o rosto apoiado no cotovelo encima das pernas e olhava as pessoas da festa, mas aos poucos também foi entregue ao sono. E ali estavam as nossas bravas guerreiras dormindo tranquilamente no sofá. Os que dançavam, quase caiam ou se jogavam em cima delas devida a grande quantidade de álcool aglomerada no sangue, mas quem se importava? Elas finalmente estavam em paz, sonhando com muitos campos de camomila.
E realmente apagaram lá, porque o casal feliz do lado delas foi cada vez intensificando mais aquela... pegação e de vez em quando as empurravam. Mas quem disse que elas acordavam? Estavam dormindo pesada e tranquilamente sem nem notar a presença de alguém. Danny, ao perceber isso, chamou Dougie e eles levaram as duas e as colocaram nos quartos de visitas desocupados. Danny e Dougie, como pessoas carinhosas, esqueceram a festa e ficaram lá cuidando delas. Danny estava abraçado com , que dormia pesadamente e sorria de vez em quando. Dougie estava de conchinha com , que de vez em quando pronunciava algumas coisas que nem Dougie decifrava. E lá ficaram nossas guerreiras trabalhadoras.

DUAS SEMANAS DEPOIS;

Enfim, o não esperado último dia em Londres. O ânimo de e era totalmente feliz. Mentira, elas estavam mal, muito mal. Depois de se acostumarem com aquele lugar perfeito, naquela vida perfeita, elas teriam que ir embora e voltar para o país das negas de bunda grande, das funkeiras que só falam em dar o cu para os homem e dos tios que jogam futebol e se acham os tal. “MERDA DE VIDA!” era tudo o que elas conseguiam falar. Estava tudo pronto, as malas estavam prontas, só uma coisa ainda não estava pronta: elas. Elas não estavam preparadas para dizer adeus àquela cidade perfeita, que em apenas um mês mudou completamente a vida delas. Quem diria que, depois de tentar ir a um show deles e não conseguir, elas encontrariam eles ali naquele pub numa tentativa de afogar as magoas na bebida? Quem diria que elas iriam se comer com eles quase todos os dias (isso soou perverso)? E quem diria que isso iria durar? Mas agora tudo acabou. Os sonhos, as esperanças, TUDO! Virou cinza, PASSADO!
Desceram as escadas com aquelas mesmas malas do primeiro dia, mas dessa vez não enterraram o pé no quarto degrau. Dave estava lá, como de costume, jogando seu joguinho e ouvindo sua música. O clone do Dumbledore também estava lá, dormindo no sofá improvisado no hall da entrada. Então... Era mesmo o fim.
- DAVE! - gritou fazendo aquele moleque de treze anos a olhar. E então a coisa mais inesperada de anos aconteceu. Sim, se você leitora esperava que e Dave tivessem algo, desculpe, mas por essa você também não esperava! abraçou o garoto, que, mesmo estranhando essa atitude, correspondeu.
- Apesar de tudo, seu pirralho chato, eu gostava de você e vou sentir sua falta - ela dizia já com lágrimas nos olhos. Então Dave percebeu... Era adeus. – Dave, nunca irei te esquecer. Mesmo você tendo sido um pirralho chato que queria ficar comigo – ela estava chorando, abraçada ao garoto –, vou cuidar bem da Giu. Ok, Dave, não me esquece.
Ele a abraçou com mais força e depois foi abraçar , que não conseguia pronunciar nem um ai de tanto que chorava. Depois dessa cena linda, elas pegaram o táxi e foram rumo ao aeroporto.
Danny e Dougie sabiam que elas iriam embora hoje, por isso nem deram as caras, pediram várias vezes pra elas ficarem, mas nada. Elas realmente queriam, mas...
Chegaram ao aeroporto e foram direto para o portão de embarque. Era isso, o fim.
- ! ! - elas ouviram duas vozes conhecidas gritarem. Viraram e se depararam com dois caras, aqueles com o quais sonharam a vida inteira encontrar, aqueles dois idiotas de uma banda perfeita, e agora até eles elas estavam deixando pra trás.
- HEY, GUYS! - disseram desanimadas. Essa talvez fosse a última vez que falariam isso.
- Então... - Danny começou, mas não tinha palavras. - É isso, não é? - disse ele com algumas lágrimas nos olhos. Oh, Danny, você também não.
- É - responderam juntas.
- Mas antes... - Danny olhou pra Dougie, Dougie olhou pra Danny. - Eu que... - eles foram interrompidos.
'Senhoras e senhores com vôo destinado ao Brasil, embarquem no portão 10.’
Elas os olharam e fizeram a melhor cara de desanimadas que conseguiam. Era quase o momento menos esperado, POR QUE TUDO TINHA QUE ACABAR ASSIM? BUT LIFE'S A BITCH!
Dougie arrastou para um canto e Danny arrastou para outro canto e então...
- ... Eu sei que talvez você não volte, mesmo eu querendo muito que isso não aconteça e que você volte. Você... er... vocêquernamorarcomigo? - disse um Dougie pimentão.
- Dougie, com calma, respira e fala de novo - a menina disse extremamente confusa. Dougie respirou fundo e soltou:
- Quer namorar comigo? - Nesse momento, começou a chorar desesperadamente e o abraçou. Dougie levando isso como um sim a beijou.
No outro lado...
- , meuDeuseununcafizissoantes... , você quer... Namorar comigo? - Danny disse extremamente calmo, mesmo estando extremamente vermelho.
- É o que eu mais quero. - Ela o beijou.
'Senhoras e senhores com destino ao Brasil, última chamada, embarque no portão 10.’
Elas deram um último abraço neles e foram. Viraram e olharam pela última vez esses dois deuses ali chorando por elas e falaram de um jeito discreto:
- Nós voltamos. - E então... Embarcaram e voltaram para o lugar mais odiado por elas... Brasil.
Danny e Dougie? Voltaram pra casa depois de ver o avião levantar vôo e ir.



Fim!



Nota das autoras:

Mari: O FIM! ._. A gente demorou milênios e agora é isso '-' o fim da fic ._. estou me sentindo triste por ter acabado rs. MAS OK OK O QUE VALE É A INTENÇÃO \õ/ eu gostei dela u_u Ana achou ela idiota, e foi por isso que eu gostei :B o objetivo era ir pro ‘hein?’ mas nem sei onde ela foi ._. UAHSUAHSUASHUASH' confesso q a parte do Dave me emocionou –chora- finalmente deixei ele se aproveitar de mim e –chora-, Dave vai ficar marcado e –chora- enfim *o* não sei o que dizer, eu queria terminar a fic hoje (24/25 de abril – 00:47) e a Ana ficava enchendo o saco por estar com sono mas que se foda OE -silvio- mas então é isso, nossa primeira fic, que emoção, me sinto orgulhosa ._. na verdade, a primeira que a gente termino OKASAOSKAOSK :B enfim, adeus adeus e eu fui :3 anh sim qualquer coisa here meu orkut ._. anh sim outra coisa :) 'oi clair :D promt amics agr vs apareceu na fic bgsmil \õ/ rs agr eu fui .-.

Ana: MISSÃO CUMPRIDA, mesmo literalmente caindo (no meu caso ._.) nesse teclado, conseguimos de uma vez por todas terminar essa fic.
MEIN GOTT D: oqs eu aimd não assimilei que a gente vai colocar esse lisho em um site aberto, mas tudo bem, pode humilhar -n.
Mas sinceramente foi difícil terminar essa fic urum -chora-, eu simplesmente me apaixonei pelo pirralho mala do Dave *-* mas então, foram quase 6 meses de dedicação e foco (-nnnn.) fasemdo ela .-. e agr é duro ver se acabando, com o que eu vou ocupar as minhas horas de tédio huh? Isso sem falar na nossa incrível habilidade em escrever partes mais quentes Q enfim, começamos há escrever só por diversão mesmo rs D: dai a coisa foi se intensificando, se transformou nesse monstro enorme e Q, mas é isso, espero que gostem, o que eu duvido muito se me permitem rs ._.
DELS, bem eu estou entendendo muito bem o que estou escrevendo nessa nota rç D:
bom, isso é tudo , adeus.


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