Eu saí pelas ruas de Londres sem direção, fazia um ano que eu morava aqui. Deixei meus amigos e aquele que supostamente era o amor da minha vida no Brasil. Foi uma decisão difícil, como tudo em minha vida, eu só precisei escolher e seguir em frente. Bom, eu escolhi Londres, ele não quis vir comigo... Então não havia nada que eu pudesse fazer.
Agora estou aqui, em uma típica noite londrina, morrendo de frio e com saudades do Brasil. Claro, minha residência no Hospital de Londres tem o melhor programa de ensino e foi esse um dos motivos da minha vinda, esse e o desejo de esbarrar casualmente com o McFly na rua. Desejo que até então não se concretizou, no máximo eu os vejo em shows e, talvez, esse ainda seja meu único consolo.
Londres nunca esteve tão fria...
Entrei em um pub qualquer, desejando imensamente ter minhas melhores amigas ali. A , a e a ficaram no Brasil, só poderão vir quando terminarem suas faculdades. Bom, pelo menos esse é o plano e eu preciso esperar mais três meses para tê-las aqui.
Para minha surpresa era um pub que parecia-se mais com um daqueles bares que havia no Brasil, então quando eu dei uma olhada em volta, vi uma linda e imensa bandeira da minha pátria estendida em uma das paredes e um pouco a esquerda uma mesa de sinuca. Me fez lembrar quando eu as meninas tentávamos inutilmente aprender a jogar...
Flashback On
-Anda , é minha vez. – reclamava. Já era a terceira tentativa da de tentar encaçapar a bola.
-Não, eu só saio daqui quando eu conseguir. – respondeu concentrando-se mais uma vez.
-Ok! Não briguem meninas. Aqui . – entregou um taco para que sorriu feliz e foi brigar com a pela bola branca.
-Bela idéia, , agora elas vão se matar. – falei sorrindo para minha amiga, estávamos na mesa de sinuca ao lado.
-Deixe que elas se matem. - disse em um tom brincalhão, sorrindo e acertando qualquer coisa com o taco, menos a bola. – Sua vez. – ela disse rindo.
-Prepare-se, você vai perder. – falei fazendo minha melhor cara séria, o que arrancou uma gargalhada da . Preparei o taco, mirei na bola, bati nela, fiz a bola quicar não sei como, e ela foi para no dedão do pé da que deu um grito e disse que ia matar a Judd idiota, ou seja, eu. Sim, era assim que nos chamávamos quando estamos com raiva, felizes... Enfim, era assim que nos chamávamos sempre, para ser sincera, pelos sobrenomes dos nossos favoritos na banda. Somos viciadas em McFly e nos auto-intitulamos McGirls.
-, meu amor, minha Poynter favorita em todo o mundo, eu te amo, me desculpa? – falei batendo os dedinhos, o que fez todas rirem.
-Ok, apesar de você ter esbagaçado com meu lindo dedo. – ela falou rindo.
-Acho melhor a gente parar com essas aventuras, vamos ficar na sinuca online que é melhor e a gente não se machuca. – sugeriu, o que fez todo mundo rir. Só para sugerir sinuca online.
-Certo, é melhor pararmos mesmo. – falei e todas concordaram. Saímos do barzinho felizes e fomos para o shopping.
Flashback Off
A lembrança me fez rir, então, mesmo sem elas eu resolvi ir até o balcão pedir uma ficha e uma bebida. Ia jogar em memória dos velhos tempos.
-Uma cerveja, por favor. – pedi ao garoto que estava do outro lado do balcão.
-Olá, você é brasileira, né?
-Sou sim e você? – perguntei para ser educada.
-Mudei faz pouco tempo, reparei que você se demorou um pouco olhando pra bandeira. – ele sorriu e apontou com a cabeça para a bandeira me entregando uma cerveja.
-Me vê umas fichas pra sinuca também. – sorri de forma amigável. Ele abriu uma gaveta, me entregou as fichas e não disse mais nada. Graças a Deus, a última coisa que eu quero agora é interagir com estranhos.
Peguei as fichas e saí em direção à mesa, fiquei um tempo rindo de mim mesma enquanto jogava e imaginava minhas amigas ali, seria muito mais divertido. Tomei mais algumas cervejas e comprei mais algumas fichas, aquilo estava divertido, apesar de eu estar jogando sozinha, eu pelo menos não conseguia mais me lembrar do motivo pelo qual estava deprimida antes. O pequeno pub começou a ficar lotado e eu não gosto de locais lotados, então decidi que já era hora de ir para casa, mais algumas cervejas e eu esqueceria onde moro atualmente. Quando eu bebo demais o único endereço que lembro é o meu no Brasil, e bom, isso está fora de cogitação por enquanto. Quando ia me virar para ir embora esbarrei em algo grande, ou melhor, alguém.
-Ow, me desculpe. – ele falou meio sem graça.
-Não tem problema, eu que sou meio desastrada mesmo. – falei olhando em direção a porta, sem encarar a pessoa que estava falando comigo, queria muito sair antes que sufocasse ali.
-Bom, eu vim até aqui te oferecer ajuda com isso.
-Isso? – perguntei meio rápido demais, desta vez virando-me para encarar a pessoa.
-É, a sinuca, parece que as bolas correm de você. – ele falou sorrindo. E por Deus, eu bebi demais. Aquele sorriso, aquele lindo e sexy sorriso, era de ninguém mais ninguém menos do que o Harry Mark Christopher Judd. OK! Peraí que eu vou ali morrer e já volto.
-Ok! Acho que preciso mesmo ir embora, já estou vendo coisas. – falei meio que para tentar me convencer de que tinha bebido demais mesmo.
-Opa, peraí, você não pode sair por aí se acha que bebeu demais, já está tarde. – ele me segurou pelo braço, me puxando de volta para perto da mesa de sinuca.
-Ei, me solta. Acredite, eu preciso mesmo ir porque nesse exato momento eu não estou vendo você, no lugar onde você deveria estar eu vejo o Harry Judd, então eu devo ter bebido demais mesmo. – conclui, falando mais para mim do que pra ele. Para minha surpresa, ele riu.
-Calma. Então isso quer dizer que você não está tão bêbada, você está vendo exatamente quem deveria ver. – terminou a frase passando a mão pelos cabelos.
-Ok, agora eu estou tendo alucinações por causa da bebida.- ri para mim mesma.
-Certo, pode me perguntar qualquer coisa sobre mim que eu vou saber responder. Aliás, – ele começou falando e virou a cabeça pra mim. – vê essa cicatriz aqui? Quem mais tem uma cicatriz aqui além de mim? – ele falou apontando para a cicatriz no couro cabeludo dele. Foi aí que eu vi tudo girar e depois a escuridão.
Algum tempo depois...
-Ela teve um desmaio, não, estávamos na sinuca. Como quem está falando? Quem faz perguntas aqui sou eu, ok? Preciso saber o nome dela, sim, preciso levá-la ao pronto-socorro. – Ok, onde eu estou e quem é que está falando no meu celular, aparentemente?
-Ei... – Minha voz saiu em um sussurro.
-Ah, ela acordou, muito obrigado por nada. – ele terminou a frase e desligou o meu celular na cara de alguém.
-O que você estava fazendo com meu celular e com quem você estava falando e em nome de Deus, eu estou vendo mesmo o Harry Judd? – ele sorriu.
-Calma, uma coisa de cada vez. Primeiro, você está mesmo me vendo, você desmaiou no pub onde estávamos, então te trouxe pra minha casa porque não sabia onde era a sua, daí você demorou para acordar e eu estava mesmo ficando preocupado, ia te levar ao pronto-socorro quando seu celular tocou, uma tal de . Ela ficou desesperada e começou a me xingar dizendo que se eu não passasse pra você imediatamente ela ia chamar a polícia, ela não me disse seu nome e depois outras duas garotas começaram a gritar feito loucas do outro lado da linha, daí você acordou e eu desliguei. E a propósito, qual é o seu nome? – ele falou tomando um pouco de fôlego.
-Agora quem diz calma sou eu. – ri pra ele – Certo, a menina que gritou com você é uma das minhas melhores amigas, a , as outras duas, provavelmente, foram a e a , a essa altura elas devem estar malucas em casa e eu desmaiei mesmo? Nem dá pra acreditar, e meu nome é , prazer. – terminei de falar e também tomei um pouco de fôlego. Ele sorriu.
-Então acho melhor você ligar pras suas amigas, não quero ser preso ou coisa do tipo. E você tem um belo nome. – ele piscou para mim, peraí que eu acho que não desmaiei e sim morri e vim parar no céu.
-Sério que você é o Harry Judd? – perguntei mais uma vez ainda incrédula.
-Juro pra você, só não te mostro minha cicatriz de novo porque estou com medo que você desmaie. – ele riu.
-Se você for uma alucinação sua cicatriz não vai adiantar nada como prova. – sorri.
-Ok, só um minuto. – ele se dirigiu ao criado mudo pegando uma carteira de couro preto, abriu e tirou o que parecia ser a identidade dele, me mostrou. – Olhe e comprove. – sorriu.
-Ok, então parece que eu finalmente esbarrei casualmente com um McFly. – pensei ao ver o documento e lendo o nome completo dele e dos pais umas três vezes.
-Esbarrou? – Ops, pensei alto demais.
-É uma longa história. – falei tentando sair da saia justa e rindo timidamente.
-Temos a noite inteira. – ele sorriu pra mim.
-Você quer mesmo ouvir a história de uma fã que largou o seu país por dois sonhos? – perguntei com cara de tédio, o que fez ele rir.
-Dois? – ele ficou com um sorriso intrigado.
-Sim, me tornar uma bela cirurgica e conhecer o McFly, em especial o baterista. – falei a última frase sem pensar, o que mais uma vez o fez rir, maldita espontaneidade.
-Ah, então, você queria conhecer o baterista do McFly? Prazer, meu nome é Harry Judd, sou o baterista do McFly. – ele estendeu a mão sorrindo pra mim.
-Ok, larga de ser Jones, eu sei quem você é. – falei, mas mesmo assim eu peguei na mão estendida dele.
-Jones? – ele mais uma vez intrigado. – Judd, você quis dizer Judd, não?
-Ai, é Jones mesmo, viu? Como que você, convivendo diariamente com o Danny Jones, não sabe o que é uma pessoa Jones? – perguntei sorrindo e revirando os olhos.
-Ah, entendi, você também chama todo mundo que é lerdo de Jones? - ele sorriu. Balancei a cabeça positivamente. – Nossa, eu pensei que fosse só o pessoal da banda mesmo.
-Vocês e o mundo inteiro, ‘Jones’ é universal. – ambos rimos.
-Ei, quer comer alguma coisa? Você desmaiou e eu estou aqui te fazendo falar e falar e você precisa descansar.
-Estou bem, acho melhor eu ligar pra .
-Bem lembrando, senão amanhã eu serei um McFly morto. – ele sorriu e eu peguei meu celular para ligar para minha amiga que atendeu no primeiro toque.
-Ok, não sei quem você é e nem o que fez com a , mas fique sabendo que se encostar em um fiozinho de cabelo dela você é um homem morto, ok? – estava furiosa do outro lado da linha.
-Hey, dude, se acalme, sou eu. Eu desmaie. – e contei toda a história para ela que ficou muda.
-?
-Me diz que você está mesmo na casa do Harry Judd? Aliás, não me diz isso não, porque se for mesmo verdade...OMG EU GRITEI COM O HARRY JUDD. – eu ri da crise que minha amiga deu.
-, é verdade, ele estava lá na hora que desmaiei e me trouxe pra casa dele, agora se acalme, só liguei pra avisar. Amo você, agora preciso desligar.
-Ok, vai lá e aproveita, danada. Certo, eu só acredito vendo, se bem que você nunca mentiria sobre isso, então aproveita. E eu te amo. – ela falou sorrindo, posso até imaginar a cara dela.
-Beijos.
-Beijos.
-Harry? – chamei, ele tinha saído do quarto para me deixar a vontade para falar com a .
-Cozinha. – ouvi ele gritar.
-Certo, onde fica a cozinha? – eu gritei de volta.
-Siga o som da minha voz. – ele terminou de falar e começou a cantar Hero, na moral, eu devo estar sonhando, no mínimo.
Saí em direção da voz que tantas vezes ouvi no meu notebook e no meu iphone cantando a musica que sempre me fazia chorar. Certo, nada de lágrimas agora. Finalmente achei a cozinha e ele parou de cantar, sorrindo para mim.
-Espero que goste de sanduíche natural, é a única coisa que sei fazer. – ele disse apontando um prato que havia em cima da mesa pra mim.
-Eu adoro! – Menti, odeio sanduíche natural e sei também que ele odeia comida tão saudável assim, provavelmente, está querendo me impressionar, mas se ele queria fingir que gostava tudo bem para mim, porque hello, era o Harry Judd ali, baby.
-Ok, isso não me convenceu, mas vou fazer você comer assim mesmo. – ele disse indo até a geladeira e tirando uma jarra de suco lá de dentro e colocando-a em cima da mesa, depois pegou dois copos no armário e nos serviu. – Suco na geladeira do Judd? Estou impressionada.
-Então, você tem algum compromisso pra hoje? – ele perguntou meio receoso ou foi só impressão minha?
-Por quê? Planeja me manter em cárcere privado? – brinquei.
-Não seria uma má idéia. – ele sorriu malicioso. – Sabe aquelas vontades que temos do nada? – ele me perguntou chegando mais perto, o que fez os pêlos do meu braço arrepiarem.
-Sei. – disse em um tom de voz um pouco baixo demais.
-Sabe o que estou com vontade de fazer agora? – ele disse chegando ainda mais perto. Agora estávamos a centímetros, se eu levantasse um pouco mais minha cabeça poderia tocar nos lábios dele.
-Posso imagi... – fui interrompida. Os lábios do Harry encontraram-se com os meus e foi a melhor sensação que eu já tive. Tudo ao meu redor se foi e só existia aquele momento. Sim, eu sei que seria só mais um momento, mas eu vou aproveitá-lo. Não é todos os dias que se esbarra com Harry Judd na rua e ele te leva para casa, então, que seja eterno enquanto dure.
Dei espaço para a língua dele que pedia passagem para entrar e deixamos nossas línguas travarem uma briga, ele beijava com delicadeza e ao mesmo tempo com um desejo urgente. Ele me puxou para mais perto de si e levantou-me da cadeira com delicadeza, foi andando comigo até as escadas e eu simplesmente não conseguia parar de beijá-lo, não importava o que aconteceria amanhã, hoje eu ganhei um presente e vou aproveitá-lo de todas as maneiras possíveis. Sem interromper o beijo ele me pegou no colo e subiu as escadas, voltamos para o quarto onde eu acordei, ele me deitou com certa ignorância na cama, o que me deixou muito excitada. Então ele voltou a me beijar e depois passou a percorrer toda a extensão do meu corpo, pescoço, lóbulo da orelha, passou as mãos por cima da minha blusa e no instante seguinte ela caiu rasgada em algum lugar do quarto. Fogo, estava tudo em chamas, onde ele tocava ficava em chamas, eu não conseguia ver nada além dos olhos azuis penetrantes dele e sentir o rastro de fogo que ele deixava ao me tocar. Ele começou a massagear meus seios enquanto investia mais uma vez com a boca, agora beijando um dos meus seios enquanto massageava o outro, arrancou a própria camisa, o que me fez sentir urgência de tê-lo dentro de mim, era inexplicável, simplesmente queria fazer e sentia que ele queria o mesmo. Arrancou minha calça e depois a sua própria, rasgou minha calcinha e beijou meu sexo, depois, eu arranquei a boxer dele e ele empurrou-me de modo que eu deitasse na cama. Yes, ele gosta de controlar e eu adoro isso. Penetrou-me com força, o que me fez dar um gemido alto, os movimentos de vai-e-vem começaram, penetrava cada vez mais forte, o que me fazia gemer muito de prazer, ele gemia também a cada investida, estávamos chegando juntos ao orgasmo, depois de algum tempo, quando chegamos ao ápice, ele deitou ao meu lado sorrindo pra mim.
-Nossa, não sei o que deu em mim. – ele falou com um meio sorriso.
-Igualmente. – falei meio envergonhada. Ele se virou e deu-me um selinho.
-Pronta pra dormir agora, mocinha? – sorriu.
-Sim! – respondi e olhei o meu relógio de pulso.- Droga! – falei baixinho.
-O que foi?- ele olhou-me assustado.
-Preciso ir pro hospital. – falei meio nervosa, se eu não andasse rápido ia me atrasar e muito.
-Hoje? É domingo, . – ele falou meio confuso.
-Exato, eu dou plantão hoje, ai, droga, preciso ir pra minha casa, não dormi nenhum pouquinho, vou morrer naquele hospital hoje. – falei meio impaciente levantando-me.
-Ok, calma, eu te levo em casa e depois no hospital, não se preocupe, você não chegará atrasada.
-Harry, o que você fez com minhas roupas? – olhei, agora chocada, para minha blusa rasgada que estava no chão.
-Me desculpe por isso, eu te dou outra. – ele sorriu malicioso para mim, não tive como não rir junto.
-Ok, agora como eu vou pra casa?
-Veste uma roupa minha e em casa você troca. E vamos logo que não quero que você se atrase. – ele disse rindo.
-Ok, roupas, por favor. – falei olhando para ele que se levantou, vestiu uma calça e uma blusa e deu-me uma blusa para vestir e uma cueca boxer, ambos rimos ao ver-me com a cueca dele, peguei minha calça e a vesti, saímos do apartamento e eu o guiei até minha casa. Ele entrou, esperou-me enquanto eu me arrumava e depois me deixou no hospital, não preciso nem dizer que algumas pessoas que estavam na porta quase morreram quando o viram sair do carro e me dar um beijo na frente de todo mundo, né?
-Te pego que horas aqui? – Como assim? Vamos sair de novo?
-Hã? – perguntei sem entender.
-Tenho que te pagar uma blusa nova. – ele riu.
-Ok, eu tenho plantão, acho que vai durar 38 horas esse. – ele me olhou assustado. – Talvez dure mais.
-Isso é uma desculpa pra não me ver. – eu ri.
-Claro que não, mas tenho que cumprir meu horário, senhor Judd, e já estou bastante atrasadinha por sinal. – dei um selinho nele que me abraçou.
-Ok, já anotei meu número no seu celular, quando estiver livre me ligue que eu venho te buscar. – ele sorriu e me deu mais um beijo.
-Espertinho você, hein? – sorri pra ele.
-Sabe quando você encontra “a pessoa”? Então, eu tomo minhas providências pra não deixar ela se perder de mim. Te vejo daqui a 38 horas. – ele me deu mais um beijo, dessa vez rápido, e entrou dentro do carro. Sorriu mais uma vez para mim e saiu.
E eu? Bom, eu acho que finalmente encontrei meu lugar, minha vida agora parece ajustada, exceto pela falta das minhas amigas, mas isso será resolvido em poucos meses, espero. Entrei no hospital sorrindo, a minha vida em Londres finalmente começou.
Recebi dois torpedos assim que entrei na sala de emergências onde me esperavam.
“Amiga? Quero detalhes. Alguém bateu uma foto sua saindo de um pub com o Harry ontem à noite, você estava no colo dele, foi a hora que você desmaiou? Ok, esquece isso por hora e eu amo você, danadinha, me ligue assim que puder. !”
“, eu tomei a liberdade de me ligar com o seu celular e salvar seu número aqui. Não fuja, eu realmente quero estar com você, não fugirei também. É culpa dessas vontades que vêm do nada, agora eu sinto uma imensa vontade de beijar você. Harry.”
Sorri ao ler as mensagens e fui até a porta do pronto-socorro onde alguns dos meus colegas esperavam uma ambulância.
-Qual o caso? – perguntei assim que coloquei minhas luvas.
-Batida de carro, parece que um pop star está envolvido. – meu coração parou, então, antes de surtar, liguei para o Harry.
-Já sentiu minha falta? – ele sorriu ao atender o telefone.
-Graças a Deus, houve uma batida de carro, achei que você estava envolvido.
-Não, só parei para ajudar mesmo. Te vejo daqui a 38 horas. – ele sorriu.
-Pára de repetir isso. – eu ri – Te vejo daqui a 38 horas, – ele riu. – agora eu preciso desligar.
-Ok! Beijo, e caso eu não agüente esperar 38 horas, eu arrumo algum machucado pra poder ir aí te ver. – ele falou sorrindo.
-Nem pense nisso Harry Mark Christopher Judd. –ambos rimos. – Beijos.
-Beijos. – eu desliguei o telefone e encaminhei-me para a ambulância que havia acabado de chegar.
E para quem disse que não acredita em acasos, eu concordo plenamente, também não acredito nisso, acredito em destino e esse é o meu destino, e ele só esta começando.