Just Say It Autora: Morg Ferreira | Betada por: Isabela H.
Capítulo Único
abriu a porta e seus olhos não podiam acreditar naquela imagem. estava ali. Mesmo depois de tantas noites em claro pensando nela, lembrando-se de seu sorriso, lembrando-se de cada traço delicado daquele rosto que tanto amava, não estava preparado para aquela imagem. Ele tinha total certeza que nada o teria preparado para vê-la depois de mais de um mês de rompimento. Um mês que ela havia o deixado.
Ele a olhou por um longo momento.
—... - murmurou friamente. — Eu não esperava que você voltasse aqui. Esqueceu algo da última vez que veio buscar suas coisas?
Ela pareceu procurar algo para dizer.
— Não, não esqueci. Eu... Posso entrar? - Ele queria que ela entrasse? Não, não queria. Não queria ouvir sua voz, ver seus olhos, mas já era tarde para isso, ela já estava ali, parada, esperando por uma resposta. Deu passagem para ela entrar.
— Sente-se. - Ele falou e indicou o sofá.
viu caminhar desajeitadamente até o sofá e se sentar. Com um suspiro cansado, ele a seguiu, sentou no sofá à sua frente e esperou que ela começasse a falar. Ela parecia procurar algo neutro para iniciar a conversa.
— Consegui o emprego.
— Parabéns. - falou, sentando-se, e a estudou.
Ela está ainda mais linda. Ele pensou, quase desesperado, enquanto a olhava, tentando aparentar falta de emoção. Será que irei enlouquecer por amá-la e não ter seu amor? Provavelmente, já esteja enlouquecendo. Ninguém me avisou que amar podia machucar tanto. — Não achei que conseguiria. - a voz dela interrompeu seus pensamentos. — Quero dizer, era grande a concorrência, mas estou tão feliz por ter conseguido.
cerrou os punhos. A vulnerabilidade de continuava o abalando. Será que ela não podia se enxergar como ele a via? Não conseguia ver a garota brilhante e talentosa que era? Ele já havia dito isso para ela tantas vezes... A última vez foi precisamente há 34 dias. Foi o dia que ele disse, com todas as letras, que a amava e ela disse que não podia retribuir. Foi o dia que ela arrancou seu coração do peito e fez picadinho dele. E agora ela estava ali, na sua frente, novamente lhe dizendo que não acreditava em sua capacidade, que não acreditava em seu brilhantismo. Mas, dessa vez, ele não tentaria fazer ver seu potencial. Nem hoje, nem nunca. Não importava o quanto isso o estava matando.
— Mais uma vez: Parabéns. - o tom de voz que usou era gelado. — Quer um drinque?
— Não... Sim. — mordia levemente o lábio inferior, parecida indecisa... Perdida. — Eu pego. - Ela falou, por fim, levantando-se. Caminhou até a estante do outro lado da sala, onde deixava suas bebidas. Pegou uma garrafa e se serviu apressadamente, dando um gole grande e rápido. Ela nem se deu conta de que estava, mais uma vez, movendo-se pela casa como se ainda fosse sua namorada. Como se ainda pertencesse àquele lugar. E se detestou por gostar de vê-la tão à vontade em sua casa.
— Você quer alguma coisa? - Ele a ouviu perguntar. Levantou os olhos e a viu, parada, com uma garrafa de uísque nas mãos. Fez uma força sobrenatural para não sorrir ao ver que ela segurava seu uísque preferido. Ela ainda lembrava o que ele gostava.
— Não, obrigado. - Ele iria beber, claro, mas só quando ela fosse embora. Iria beber como estava fazendo quase todos os dias desde que ela o deixou. Afinal, não era só assim que conseguia dormir? Só quando estava tão embriagado para que seus olhos se fechassem sem procurá-la em sua cama? Era isso ou ficar acordado pensando nela. Ele preferia o uísque, obrigado!
Ele viu o estudar e suspirar. Viu quando ela agitou o copo em suas mãos, parecendo não saber muito bem o que fazer com ele. Ela deu mais um gole em sua bebida e respirou fundo. Caminhou novamente até o sofá, pôs o copo sobre a mesa de centro e mordeu novamente o lábio. Ele sabia o que isso significava, sabia que só mordia os lábios assim quando estava com medo ou nervosa.
— Será que... Será que podemos conversar? Podemos sair e... Eu posso lhe pagar um drinque e/ou um jantar?
Ele necessitava tocá-la. Esse pensamento o assustou. Saber dessa necessidade quando não podia tocá-la, alarmava-o. E o deixou com raiva também. De si mesmo, da pessoa parada à sua frente lhe convidando para... Sair e comer. Como velhos amigos? O que ela estava pensando?
— Não. - A única palavra pronunciada duramente. Ele viu quando ela se retraiu e gostou de saber que podia machucá-la. Claro que não era nada comparado ao que ela estava lhe machucando, mas era bom saber que tinha o poder de feri-la... Mesmo que um pouco.
Viu sua garota... Sua ex-garota - ele precisava lembrar que ela não era mais sua -olhar para o fogo que crepitava da lareira acesa e engolir a seco. Sua voz tremia quando finalmente voltou a falar.
— Você quer que eu vá embora?
— Sim, eu só estou ocupado. Eu trouxe trabalho para casa. - apontou para os papeis no canto esquerdo da sala.
— Eu poderia esperar. - murmurou ela. — Podemos jantar mais tarde, no meu apartamento.
a olhou. No seu apartamento? Ele não sabia muito bem o que responder. Parecia que ela estava lhe oferecendo o que eles tinham antes. Um jantar no apartamento de um deles – geralmente no dela –, sexo e mais nada. Nada de sentimentos e nenhuma complicação. Nenhuma palavra de amor. Com um suspiro, fitou as próprias mãos. Quantas vezes, durante as últimas semanas, tinha pensado em , sobre as coisas que acontecera entre os dois? Quantas vezes tivera vontade de procurá-la, mas então resistira, lembrando que o amor não podia ser uma coisa implorada? Quantas vezes ele lembrou que estavam juntos há quase um ano? UM ANO, pelo amor de Deus! Era mais do que ele já tinha ficado com alguma garota em sua vida e que, quando finalmente falou que a amava, ela o abandonou. Se fechasse os olhos, ainda podia ver a expressão assustada em seu olhar quando finalmente falou que a amava. Parecia que estava confessando que era um molestador de criancinhas e não que a adorava! Sempre soube que tinha problemas com relacionamento, que era impossível para ela acreditar que alguém pudesse amá-la, mas ele já tinha dado provas suficientes que a queria ao seu lado. Lembrar-me da rejeição era algo que ele queria esquecer, mas seria impossível com ela parada ali, tão insegura como sempre foi, oferecendo-lhe a voltar ao que era antes.
— Obrigado pela oferta. – respondeu ele, brevemente. — Mas não estou interessado.
Uma porra de um mentiroso. Era isso que ele era. Ele estava interessado em qualquer milhada de afeto que ela pudesse lhe oferecer e precisava ficar lembrando o tempo todo que tinha um pouco de amor próprio.
— Eu sei que o magoei muito, . Não sei se há um jeito de desfazer isso, mas...
Ele deu uma risada cínica.
— Não preciso de sua pena, .
Ela parecia irritada - verdadeiramente irritada - quando falou:
— Não é isso que estou tentando falar, quero...
— Esqueça. - ele a cortou.
— , por favor. - Ela parecia implorar. riu amargamente. Ela estava implorando pelo quê? Que ele tivesse um pouco de consideração com seus sentimentos? Como se ela tivesse pelos seus.
— Esqueça isso, ! - Lutando por controle, ele pegou o copo que ela havia servido e deu um grande gole. — Vá para casa. Preciso realmente trabalhar.
— Há coisas que eu gostaria de falar para você.
—Talvez eu não queira ouvi-las. - disse antes que pudesse evitar. — Fiz papel de tolo falando que a amava e o que recebi em troca? Você correndo e fugindo.
— Quer parar com isso? Quer parar de dificultar tanto as coisas? Estou tentando falar com você. Merda!— gritou .
— Não ligo a mínima para você, no momento. - Não era verdade, claro. Ele sempre iria se importar com ela. Furioso, ele se levantou, caminhou até , segurou-a pelo braço e a puxou para si.
Antes que pudesse raciocinar, estava a beijando quase com brutalidade. Esqueceria o amor, disse a si mesmo. Se isso era tudo o que queria, tudo que ela podia oferecer era o que ele daria a ela. Deixou o desejo e a frustração dominá-lo, ignorando os protestos de . Ele não seria carinhoso, não seria romântico, isso não estava mais na equação. Quando ela finalmente parou de protestar e começou a corresponder ao beijo, não conseguiu conter um gemido. Percebeu que suas mãos tremiam quando tocaram seu rosto e ele sentiu raiva de si mesmo ao perceber que não podia ignorar o quanto a amava e o quanto queria mais. Empurrou para longe e pode ver dúvida e algo mais em seus olhos... Dor? — Saia daqui, . - Falou com dificuldade. Respirou fundo para recuperar o controle da voz. — Vá embora, por favor. Deixe-me sozinho. - Sua voz agora era fria e controlada.
— Não. - ela falou, decidida, passando os braços em volta de si mesma como se fosse para se proteger. percebeu que ela ainda tremia. – Não, até que eu fale o que vim falar aqui.
— Certo. Então, você fica e eu saio. Apenas bata a porta quando sair.
correu até a porta e se posicionou em frente a ela.
— Sente-se, cale a boca e ouça o que eu vim te falar.
Por um momento, pensou em tirá-la do caminho e sair, mas, com um suspiro cansado, enfiou as mãos no bolso e a encarou.
— Certo, fale.
— Sente-se. - repetiu ela.
— Não abuse da sorte.
ergueu o queixo.
—Tudo bem, ficaremos de pé. Não vou me desculpar pelas coisas que falei semanas atrás. Confiar em alguém é a coisa mais difícil do mundo para mim. Você sabe disso, sabe disso melhor do que ninguém. Não vou pedir desculpas por ter falado que não estava pronta para ouvir o que você falou quando... Quando disse o que sentia por mim. Não me desculpo por isso, , não peço desculpas por ter falado àquela hora o que estava sentindo, por ser quem eu sou. Você sabe que não minto, que para mim sinceridade é tudo e que se falei que estava com medo, que não estava pronta, então é porque era verdade.
— Ótimo, já falou. Agora saia do caminho.
— Eu não acabei! - Ela voltou a gritar, irritada. a olhou fechar os olhos, procurando forças, e então a ouviu sussurrar: — Acho que está na hora de sermos companheiros.
— Companheiros? O que isso quer dizer, afinal de contas? – ele a olhava com fúria.
— Companheiros, , parceiros!
— Parceiros? - A fúria nos olhos de foi substituída por confusão. — Meu Deus, depois de tudo o que te falei, você está aqui me propondo uma sociedade profissional?
— Isso não tem nada a ver com profissão. — replicou ela. - Não preciso de nenhuma porra de parceria profissional, ok? Eu te falei que consegui o emprego quando cheguei aqui. Não preciso dos seus contatos, das suas empresas, de sua influência no mundo artístico para que eu possa ter meu emprego em uma editora. Eu nunca iria te propor ou pedir algo assim, você sabe disso. O que estou te falando, seu idiota, é que quero casar com você.
simplesmente a olhou, até que não foi capaz de ler nada em seus olhos.
— O que você falou?
— Estou lhe pedindo que case comigo. - Ela manteve o olhar fixo nele.
Ele arqueou as sobrancelhas, o corpo imóvel.
— Você está me pedindo em casamento?
percebeu que enrubesceu e não sabia se era de vergonha ou de irritação.
— Sim, acho que fui perfeitamente clara.
Ele riu, baixinho no começo, então mais alto depois. Parecia um som estranho saindo de seus lábios depois de mais de um mês sem sorrir. Passando as mãos pelo rosto, virou-se e andou até a janela.
— Qual é a graça? - ele podia sentir a irritação na voz dela.
— Eu não sei... - continuou olhando pela janela enquanto tentava ordenar os pensamentos. Depois de semanas de puro sofrimento, ela, de repente, aparecia lá e o pedia em casamento. — De alguma maneira, isso me parece até engraçado.
— Nesse caso, vou deixá-lo sozinho para apreciar sua piada. - Ela caminhou rapidamente até o sofá, onde havia deixado sua bolsa, e se dirigiu até a porta. viu quando a porta se abriu e isso o tirou de seu transe. Caminhou apressadamente até ela e a fechou novamente.
— ...
— Saia. - exigiu ela e tentou empurrá-lo. Ele percebeu que os olhos dela estavam marejados de lágrimas.
— Espere. - Tentou segurá-la, mas ela já estava se desvencilhando de seus braços. Segurando-a com mais força, a pressionou contra a porta. — Quer parar de tentar fugir? Acha mesmo que vou deixar você sair por essa porta depois do que acabou de falar? - Ele já não ria mais agora e seus olhos estavam sérios e cautelosos. — Eu gostaria de saber por que você quer casar comigo.
— O que você acha, ? - ela falou, ainda lutando para sair de seu abraço.
— Sinceramente? Não sei, , não sei o que pensar dessa bosta toda. Você termina comigo quando eu falo que te amo e você aparece em minha casa, um mês depois, me pedindo em casamento. Então, desculpe se não consigo entender o que está acontecendo aqui. Desculpe se não consigo saber por que você quer que eu case com você.
o fitou por um momento e percebeu que ela estava tentando decidir se tentava sair de seus braços ou se engolia o orgulho e parava de lutar. Para alguém tão orgulhosa, isso era verdadeiramente grande. Ela parecia derrotada, quando finalmente admitiu.
— Porque eu sabia - depois das coisas que te disse no mês passado - que você não ia me pedir, que você nunca me pediria. Achei que não me perdoaria se eu simplesmente pedisse perdão, que precisava de algo mais que um simples pedido de desculpas para tê-lo de volta.
Ele meneou a cabeça e pressionou o corpo mais ao dela.
— Não seja ridícula, não é uma questão de perdão. Você sabe que isso não tem nada a ver com desculpas.
— ... — Ele percebeu que ela levantou a mão, parecendo que iria tocá-lo, mas recuou como se não tivesse certeza se seus toques seriam bem-vindos. Se ela ao menos soubesse como ele implora por ser tocado por ela. — Machuquei você.
— Sim. Machucou sim, como julguei que ninguém seria capaz de fazer.
— Desculpe. - sussurrou , mas não foi pena que ele viu nos olhos dela. Parecia... Arrependimento. Ele sentiu a primeira onda de alívio atravessar seu corpo. Talvez nem tudo estivesse perdido para eles.
— Você realmente me machucou, mas acho que um pedido de casamento é um pouco dramático quando você nem me ama. Então, por favor, , responda minha pergunta. Por que quer casar comigo? E não diga que é porque é para reparar o que aconteceu no mês passado. Seja sincera, pelo amor de Deus.
Ele percebeu pânico nos olhos dela. O medo de amar alguém estava novamente ali. Percebeu que ela ficava rígida em seus braços.
— Fale. - exigiu , sem um toque de carinho na voz. Não iria implorar por amor. Não hoje!
Ele a viu fechar os olhos e, quando voltou a abrir e o encarou, viu que o medo ainda estava ali, mas ela parecia determinada. Ele sabia que se dissesse as palavras que tanto queria ouvir, não haveria retorno para nenhum dos dois. Ela não podia perceber que ele também tinha medo? Medo de não ser perfeito para ela, medo de que ela percebesse que ele tinha tantos defeitos e decidisse não querer mais ficar ao seu lado. Como ele sobreviveria se ela o deixasse novamente? Como ele poderia viver sem ela? Esse mês que passaram separados, ele apenas descobriu como sobreviver e isso não era algo que queria para sempre. Como ela podia não perceber o quanto ele também estava assustado com o tamanho do sentimento que nutria por ela, que ele nunca se imaginou amando assim?
— Porque eu te amo, . Eu amo você. - ela sussurrou e sorriu para ele quando voltou a perguntar. — Quantas vezes quer ouvir isso, ?
— Eu te direi em um minuto. - murmurou ele, beijando os lábios. Com um gemido de prazer, de alívio, de felicidade, passou as mãos pela cintura dela e a puxou para mais perto. O calor que sentiu quando suas línguas se tocaram, fê-lo perder complemente o controle e a beijou com mais força. — Ok, fale de novo. Quero ouvir de novo. — exigiu, contra a boca de .
Ele a empurrou ainda mais contra a porta e conseguiu apenas sussurrar um “Eu te amo”.
Murmurando o nome dela, ele a beijou enquanto passava a mão por baixo da camiseta de algodão. Simultaneamente, os dois gemeram de prazer. Ele pensou que aquilo fosse um sonho... Tinha sonhado tanto durante essas semanas que fazia amor com ela, mas não fora daquela forma, selvagem e sensualmente. Quando deslizou uma de suas pernas entre as dela e ele ouviu gemer, ele perdeu completamente o controle sobre si mesmo.
Tão quente, pensou ele, sentindo o sexo enrijecer quando encontrou um dos seios de . Ela gemeu mais e se arqueou contra ele.
Apertando-a ainda mais contra a porta, seus lábios abandonaram os lábios de e procuraram a pele macia de seu pescoço. sentiu os dentes de sobre sua pele e suas mãos puxaram forte o cabelo dele quando sentiu os lábios do rapaz em sua orelha. Os lábios dele voltaram para os da garota, mais vorazes que antes, como se cada beijo, cada toque não bastasse para livrá-lo de toda saudade que sentiu dela.
voltou a puxar levemente os cabelos de e riu baixo com a frustrada tentativa dele de tirar seu sutiã.
— Nunca gostei dessas coisas. - Ele falou quando finalmente conseguiu se livrar da peça de roupa. riu, mas o riso ficou preso em sua garganta quando mordeu levemente um dos seios da garota.
— Senti tanto a sua falta. Ainda não consigo acreditar que você realmente está nos meus braços.
— Eu te amo, . E você não tem ideia de como eu também senti a sua falta.
— Nunca mais pense em me deixar. Isso me mataria.
E antes que ela pudesse pensar em falar algo diante dessa frase, novamente a beijou.
— Eu iria dizer para irmos para o sofá, mas sei como você prefere a parede.
— Posso... Posso... . — ela murmurou o nome dele, quase incapaz de falar. — Ir para o sofá dessa vez.
— Mais tarde. Ele a espremeu ainda mais contra a porta com seu corpo.
enfiou a outra mão por dentro da saia que estava usando e estendeu os dedos para penetrá-la.
Ela soltou um grito abafado... Choque e prazer a fizeram movimentar os quadris, acompanhando o ritmo implacável de , numa reação instintiva. A visão de se tornou turva e a respiração saía ofegante
— Você não pode... Eu não posso... Oh, Deus, o que está fazendo comigo?
— Caso você ainda não tenha percebido, amor, estamos transando.
apenas sorriu enquanto gemia.
Ela jogou a cabeça para trás, contra a porta, enquanto o calor se espalhava por todo o seu corpo, cobrindo a pele de suor. A força do orgasmo foi tão forte que se ele não estivesse a segurando, teria caído.
— Agora nós iremos para o sofá. — ele murmurou, pegando-a no colo e a levando até o sofá de sua sala.
tirou a camisa, sem desviar os olhos dela em momento algum. Tirou um tênis, depois o outro, jogou os dois para o lado. Desabotoou os jeans, baixou o zíper.
Os olhos de começavam a desanuviar. Melhor assim, pensou . Queria vê-los ficarem vidrados de novo. Ao tirar os jeans, ele a contemplou de novo. Pele rosada e úmida, curvas delicadas, os cabelos espalhados sobre seu sofá. Ela era linda. E era sua!
— Por favor... ... — Ela implorou e isso acabou com todo seu autocontrole. Cuidadosamente, ele deitou sobre ela e a penetrou, num movimento rápido e firme, levando os dois ao êxtase. o envolveu com as pernas e aumentou o ritmo de suas investidas, até que os dois não conseguiram mais aguentar e se entregaram a um orgasmo forte e violento.
estava ofegante quando se deixou cair sobre ela. Pela primeira vez em dias, sentia tanto o corpo quanto a mente relaxados. Podia senti-la ainda tremendo por baixo. Esfregou o rosto nos cabelos de , apenas para matar a saudade.
— Eu te amo, .
E assim, relaxados, acabaram dormindo.
***
— Oi. - sorriu quando abriu os olhos
— Oi. - sussurrou, esfregando os olhos, encabulada. – Detesto quando você faz isso.
— Isso o quê? - perguntou inocentemente.
— Você sabe o quê. Detesto que fique me olhando dormir, eu estou horrível.
— Dificilmente você conseguiria ficar horrível, minha querida. - ele beijou a ponta do nariz dela. – Você é completamente adorável enquanto dorme, não consigo resistir.
— Pare com isso. - ela sorria, mas não havia como negar que adorou cada palavra. – Você sabe que ainda não me respondeu, não é?
percebeu que apesar das palavras ditas em tom de ironia, ela ficou rígida em seus braços. Segurando firmemente a cintura dela, ele se moveu, fazendo com que ela ficasse por cima.
— Você tem noção de que a pergunta deveria ter sido feita por mim, não é? Assim você faz eu me sentir menos másculo.
— Você tem uma mulher nua em cima de você, explique como se sente menos másculo nesse momento.
— Não se trata disso. – ele levantou a mão para tirar alguns fios de cabelo caídos sobre os olhos dela. – Eu iria pedir, mas você não me deu a oportunidade.
— O quê? – ela parecia confusa agora.
— Mês passado, , eu iria fazer o pedido. Eu tinha até um anel.
— Tinha? – ela sussurrou, olhando fixamente nos olhos do rapaz.
— Tenho. – ele sorriu. – Ainda tenho. E se você tivesse apenas dito que me amava, teria bastado para me ter de volta e eu teria a oportunidade de pedir. Como você acha que me sentirei quando nossos filhos perguntarem como foi que pedi sua mão em casamento e terei que responder que foi a mãe deles que me pediu?
— Ai, ... Eu te amo. – ela o beijou, levemente, nos lábios. – Não acredito que vamos nos casar.
— Eu ainda não aceitei. – ele falou rindo.
— Claro que aceitou. – ela se levantou, ficando de pé rapidamente. Parecia feliz demais para ficar deitada. Ele se sentou no sofá e sorria para ela de forma divertida. – Você falou que tem meu anel. Onde ele está? Quero ver. E também falou que iria me pedir. Isso é o mesmo que aceitar, para mim.
— Já que você está me obrigando a casar... – ele deu de ombros, gargalhando. – Eu caso com você.
— Ah, ... – ela ficou momentaneamente séria. – Eu vou fazer você feliz.
Levantou e a segurou fortemente pela cintura.
— Você já faz!
E a beijou.
FIM
Caso tenha algum erro nessa fanfic, não use a caixinha de comentários, entre em contato comigo pelo twitter ou pelo e-mail. Obrigada. Xx