Love Drunk
História por L.C. | Beta: Sarah C.

Sometimes love hurts ....

Prólogo
Como alguém pode ser tão implicante, desprezível, mentiroso, cafajeste? Todas o adoram. Dizem que ele é incrível, lindo, fofo. Mas eu não vejo isso nele. Na verdade, eu o odeio. Xxx Ela é uma grande idiota, irritante, chata, estúpida e ingênua. Todos falam que eu sou legal. Metade das garotas já se declararam para mim. Ela é a única que não gosta e ainda por cima não tem motivos. Mas eu admito que gosto de implicar com ela.

Capítulo 1
Xxx-
Ahhh! É segunda, 1º de outubro. Havia ficado sem aula durante uma semana, pois minha escola teve um problema com o encanamento. Mas essas aulas serão repostas no final do ano. Como na minha escola não tem uniforme, eu só peguei uma calça jeans e a primeira blusa que eu vi.
Cheguei na escola muito cansada. Perdera a noção do tempo conversando no MSN na noite anterior. Além disso, meu pai havia me acordado mais cedo. Ele tinha um compromisso importante mais cedo, era ir com ele ou ir de ônibus escolar, que parecia mais uma creche.
Não havia quase ninguém na escola, apenas dois nerds que conversavam sobre cartas mágicas ou algo assim. Andei até o pátio onde tinha a quadra e algumas mesas usadas no almoço. Sentei de baixo de um carvalho, onde me sentava quando queria pensar no vida ou comer meu almoço em paz.
Naquele lugar conseguia ver perfeitamente a quadra, era ótima para ver os garotos sem blusa. Fechei meus olhos e incrivelmente não dormi. Sentia-me em transe com o vento batendo em minha cara. “Tenho a sensação de que o resto desse ano vai ser incrível!” pensei. Impulsivamente, sorri ainda de lhos fechados.
Após 5 segundos de “relaxamento” de baixo do grande carvalho, ouvi alguém correndo, vindo da quadra. Abri meus olhos lentamente. Aquele sol brilhava muito, mesmo estando muito frio. Quando consegui focalizar a imagem de quadra, minha expressão de alegria virou de tormento. Eu estava olhando correndo na quadro.
é simplesmente um garoto metido que se achava o bom. Ele é conhecido como “miss perfeito”. era quatterback de football americano, bom aluno e tinha uma banda quase famosa. Ninguém sabe de onde ele tira disposição para fazer tudo, mas sabemos que ele consegue. Todos o adoravam, ele era ídolo das garotas e a inveja e inspiração dos garotos. Infelizmente, minha melhor amiga é apaixonada pelo melhor amigo dele e todas as minhas amigas são ou querem ser amigas dele. Eu sou a única que vê o lado mal e real dele.
Peguei minhas coisas e fui para dentro da escola. Não queria começar o dia discutindo com um idiota. Após 5 minutos, quando estava passeando sem nada para fazer, virei em um corredor e acabei batendo com força em alguém.
- Me desculpe – disse de olhos fechados e esfregando a cabeça, tentando amenizar a dor.
- Ai, ai. Você tá louca? Que cabeção, eim? – Falou uma voz conhecida. Abrindo os olhos, vi esfregando seu tórax.
- Ah, não enche o saco! – disse indignada e caminhando para a outra direção. andou na mesma direção.
- Tá me seguindo? – perguntei brava.

Xxx –
1º dia do mês. Como sempre, cheguei mais cedo e fui para a quadra correr um pouco. Depois de meia hora, peguei minha mala e entrei na escola. Estava indo em direção ao banheiro me refrescar um pouco. De repente algo me acertou forte no tórax. Esfreguei o mesmo enquanto ouvia a desculpa de uma voz que sabia exatamente de quem era.
- Me desculpe – disse ela.
- Ai, ai. Você tá louca? Que cabeção, eim? – disse. Só fui rude porque já sabia quem era. Era uma garota idiota, chata, e que me irrita profundamente. Seu nome é . - Ah! Não enche o saco! – Disse ela, percebendo em quem esbarrou. Começou a andar para a direção do banheiro. Não tinha um caminho melhor para chegar lá, então tive que ir na mesma direção que ela.
- Tá me seguindo? – perguntou ela, virando-se.
- Não, você que está indo para o mesmo lado que eu – disse, agora me desviando dela e continuando a andar.
Chegando ao banheiro, lavei meu rosto que estava suado. Fui até meu armário, pegar os livros para a primeira aula. Quando cheguei em meu armário, vi , meu melhor amigo e capitão do time de football americano, vindo em minha direção.
- Pronto para a festa de sexta-feira? – perguntou ele ao chegar.
- Claro dude! Mal posso esperar!
- É, vai ser muito crazy. Falta ainda dois convites. O da e da .
- Não sei como você consegue gostar dessa daí – tinha uma “quedinha” por . Não sei como era possível. Realmente, o amor é algo inexplicável. Isso é, se é que era amor. Mas ele continua sendo meu dude.

Xxx –
Ahh! Quinta feira. Está chegando o fim de semana! Mesmo sem ter aula uma semana, eu já estou cansada. Sou meio preguiçosa, mas tenho forças de vontade, ok?
Ontem , um amigo meu, nos convidou para irmos à uma festa na casa de . Bem que queria ir até falarem que seria na casa daquele metido. Falei a , Minha BFF há 8 anos e que é louca por , que não iria, mas ela conseguiu me convenceu a ir. Não consigo resistir aquela cara linda dela.
Estava andando no corredor quando vi .
- Oi ! Que bom que vocês vão a festa. Vai ter muita gente, você nem deve encontrar o – ele falou, ficando rosado. apareceu logo em seguida.
- Oi . Tudo bem se eu for para a sua casa pra gente ir à festa juntas? – Ela perguntou docemente esperando com que eu concordasse. Fiz com que sim com a cabeça. Depois disso o sinal tocou e fomos para a aula, deixando no corredor.
No meio da aula, pedi para ir ao banheiro e o professor me concedeu o passe. Na volta, acabei vendo uma cena nada.... anormal. beijava Trixa, a garota “popular” da escola.
- Que bonito! Cabulando aula! – Falei, fazendo os dois se separarem.
- Nós não estamos cabulando aula. E você? Você é que está – ele falou ainda um pouco vermelho pego junto com aquelazinha.
- E o que a gente faz ou deixa de fazer não é da sua conta – Trixa falou arrogante. Revirei os olhos e saí de lá. Ainda caminhando para a sala, vi Taylor, um cara que eu estou a fim há uns 2 anos. Mas ele nem liga pra mim. Ele estuda na mesma sala que e , que estão no 3º colegial. Apenas 1 ano acima de e eu.

Xxx –
Andava de volta à minha sala depois de ter ido à diretoria onde minha mãe havia deixado um recado. Acabei encontrando com Trixa no caminho.
- Oi – ela falou chegando mais próximo de mim
- Oi – respondi, começando a beijá-la. Ela não era minha namorada. A gente só “ficava”, mas pensava em pedi-la em namoro. De repente ouço uma voz.
- Que bonito! Cabulando aula! – ao ouvir isso nos separamos rápido. Respondi meio envergonhado por ficarem nos assistindo.
- Nós não estamos cabulando aula. E você? Você é que está.
- E o que a gente faz ou deixa de fazer não é da sua conta – Trixa se pronunciou. revirou os olhos e foi andando pelo corredor. Aquela pirralha é insuportável.
- Bom, tenho que voltar para a aula – Falei para ela, dando um selinho.
- Ah não! Fica comigo, podemos dar uma andada lá no pátio – falou, tentando me seduzir.
- Não. Não posso. Te vejo depois – Selei seus lábios e saí de lá.
Na saída, esperei . Iríamos à minha casa jogar vídeo-game e comer pizza. Meus pais haviam viajado, mas como pensam que sou “super certinho” eles me deixaram ter essa festa que vai rolar na sexta. Mesmo estando no 3º colegial! Iria ter bebidas na festa. Eu não bebia, quer dizer, só em casamentos, ano novo, etc.
Chegando em casa, pegamos os vídeo-games e jogamos por 2 horas até resolvermos pedir a pizza. Enquanto esperávamos a comida, conversamos sobre a festa.
- Meu! Queria tanto poder ficar com a – Falou , abaixando a cabeça.
- Meu, ela é uma grande idiota! O que você vê nela?
- Ela não é idiota! Eu adoro ela, mas é difícil ficar com ela; aposto que até você não consegue.
- Ah é? Então tá valendo! O que vamos apostar? – Falei um pouco revoltado. surpreso respondeu:
- Ok. Vamos apostar... O novo game do star wars – Falou , esticando a mão.
- Feito, mas e se eu conseguir e ela negar?
- Ok, vamos impor regras – fez uma cara pensativa.
- Essas são as regras – comecei a ditar – Não pode obrigá-la, não vale contar sobre a aposta e ....
- Pode ser um chupão também, fica melhor pra ver se você conseguiu mesmo – Falou ele me cortando
- Pronto! Eu consigo – Apertamos a mão. Seria um pouco difícil convencer ela, mas eu conseguiria. Não perderia o jogo do star wars de jeito nenhum. Só tinha que traçar um plano.
Às 10h da noite saía pela porta. Eu conseguia ver o breu que estava do lado de fora. Após 2 horas de filme, resolvi dormir. No meio dos meus sonhos tive um plano perfeito para ganhar a aposta.

Capítulo 2
Xxx- Luiza
Última aula de sexta-feira. Ninguém, nunca, presta atenção, principalmente porque é de espanhol. Finalmente bate o sinal, o som glorioso do fim de semana. Todos saíram rapidamente da sala e se dirigiram para seus armários. Guardei meus livros no armário, peguei minha mochila e saí em busca de para irmos embora. Acabei dando de cara com Trixa, que me ignorou e foi embora. Odeio ela! Achei em seu armário, tentado enfiar um livro. Em seguida fomos para minha casa.
- Com que roupa você vai? – Ela perguntou assim que entramos em meu quarto. Era um quarto simples com 2 paredes vermelhas e as outras paralelas brancas. No meio de uma das paredes havia uma cama de viúva com uma colcha branca e 2 travesseiros vermelhos. Não era aqueles quartos luxuosos, mas era confortável. - Ah, com uma calça jeans e minha blusa cinza com “I’m the best” em rosa.
- Ah sei – Disse agora sentada.
Passamos a tarde vendo filmes. Estávamos no sofá de minha casa assistindo o final de um dos filmes. Olhei para , que dormia em meu colo, em seguida para o relógio. Eram 9:00h da noite e já tínhamos que começar a nos arrumar. Cutuquei , que acordou instantaneamente.
- Temos que nos arrumar, vou tomar banho primeiro e depois te chamo, ok? – Ela fez um sinal de que sim com a cabeça e me deixou sair e repousou novamente sua cabeça no sofá. Fui ao banheiro, tomei um banho e me vesti. Chamei e comecei a passar uma maquiagem leve.

Xxx-
Já eram 10 horas e a festa já ia começar. Eu estava com uma bermuda bege e uma blusa preta larga com a palavra “dark” escrita várias vezes com letras diferentes. Peguei uma coca-cola e comecei a bebê-la. Após dois goles a campainha soou e fui atendê-la. Era ,Trixa e mais dois garotos que faziam parte da banda que eu participava. Todos entraram e começamos a dançar ao som da música bem alta.
Após 1 hora, a festa já estava cheia; a música continuava alta. Todos bebiam e riam, menos eu. Sentei-me no gramado da frente olhando para a rua, assim, consegui ver um casal não muito longe, se beijando. Percebi um carro chegando e logo pressenti encrenca.

Xxx –
Parecia que tinha morrido no meu quarto, pois já havia passado meia hora desde que eu saí de lá. Estava agora no sofá. Quando percebi como estava. Levantei-me, arrumei meu cabelo e peguei na bolsa minha maquiagem e a retoquei. Em seguida saiu do quarto totalmente produzida com uma calça jeans com desenhos de estrelas e uma camisa branca, larga e com um decote nas costas.
- Nossa! Que production! Tá querendo pegar quem? – Falei com uma cara maliciosa e deu seu famoso risinho. O riso dela era um riso de bebê, ótimo de ouvir.
- Claro que não! É que eu sou bonita mesmo – Disse, dando outra risada.
Saímos de casa. Estávamos à caminho de uma super festa. Por um momento tinha até esquecido onde era festa e pensava apenas nos meus amigos que iria encontrar lá.

Xxx – Ao abrir a porta, vi um dos encrenqueiros da minha escola. Matt é o líder desses psicopatas, drogado e valentões que ele chama de amigos. Eu estava muito relaxado para me importar com eles. Deixei-os entrar, mas logo me arrependi e entrei dentro da casa novamente.

Xxx –
Já no jardim da casa/mansão podia se ouvir a música. Ao entrarmos na casa vimos muita gente da escola. já veio nos receber.
- ! ! E ai?
- ! Estamos bem – Respondeu toda animada.
- Oi – Eu disse.
Depois de um tempo de conversa, eu saí e fui ao banheiro, deixando os dois sentados no sofá conversando. O banheiro de baixo estava ocupado, então resolvi ir no de cima. Na hora que estava voltando, passei por um quarto e vi.... TAYLOR BEIJANDO OUTRA GAROTA? Comecei a chorar. Saí de lá correndo com minhas mãos sobre meus olhos com a esperança de sair de lá sem encontrar ninguém. Mas minhas esperanças foram em vão. Ainda com lágrimas em meu rosto, ao descer as escadas, esbarrei na pessoa que eu menos queria ver naquele momento.
- O que foi? – falou em um tom de provocação – Viu seu “namoradinho” com outra?
Isso só piorava as coisas. Desviei-me do garoto idiota e saí correndo. Ao passar pela porta, percebi que a chave estava com e que não havia trazido a carteira de motorista. Eu teria que implorar para ela nos levar embora.
Entrei na casa novamente, procurando por ela, com os olhos ainda inchados pelo aguaceiro que havia passado. Quando a achei vi que ela estava tão feliz conversando entretidamente com , que resolvi não atrapalhar. Eu poderia segurar mais algum tempo.
Xxx –
Eu ia pegar uma das coisas de no quarto de hospedes, mas antes de chegar lá eu vi Taylor, o garoto da minha sala, que gostava, beijando uma garota que eu não consegui identificar. Voltei-me para as escadas, parando no meio dela e me lembrando da aposta que havia feito com . Nisso, a garota em quem estava pensando, esbarrou em mim.
- O que foi? – Não consegui segurar o deboche – Viu seu “namoradinho” com outra? – Ela se desviou de mim e sumiu no meio da multidão ... Eu não poderia ter feito isso, além do que, ela teria que gostar de mim para eu ganhar a aposta. Corri descendo as escadas, procurando-a para poder me desculpar.
Xxx
Andei perdida, até esbarrar novamente com alguém, eu era a pessoa mais desastrada do mundo (sempre).
- E ai gatinha? Não precisa esbarrar em mim pra chamar minha atenção – Um garoto alto falou, pegando o meu braço e erguendo minha cabeça com a outra.
- Cai fora, Matt – disse, tirando sua mão do meu rosto. Mas ainda com a outra não em meu braço, ele me puxou para mais perto de si, pressionando meu braço com força.
- Ai... me larga – Falei, tentando me soltar de seu aperto.
- Há há. – Ele riu ainda me encarando – Agora você é minha. Eu sei que você não resiste, então por que não sai dessa e me dá um beijo? – Ele falou, aproximando seu rosto. No desespero dei uma joelhada em seu estomago, o que veio bem a calhar, pois ele havia me soltado. Resolvi sair enquanto ele ainda “gemia” de dor. Mas acabei me.... ferrando. Os amigos de Matt me seguraram.
- Sua cretina! Eu devia acabar com você, mas vou te dar outra chance – Ele disse, segurando me rosto para que o beijasse...
Nessa hora chegou com alguns amigos jogadores de football.
- Cai fora, Matt – falou, fazendo um sinal para os seus amigos os pegassem.
- Você está bem? – me perguntou. Ainda estava digerindo todos os acontecimentos que havia rolado, então apenas fiz sinal de sim com a cabeça.
Normalmente é nessas horas que o cara muda de atitude e te leve pra casa, certo? ERRADO! Trixa apareceu com um copo de vodca na mão e pulou em suas costas.
- Oi fofo.. vêm, vamos pra cozinha pegar um drinque – Trixa agora puxava-o para a cozinha. Fiquei sozinha no meio da festa.... E não encontrava de jeito nenhum.

Xxx –
Achei-a sendo segurada por Matt. Sabia que esse cara iria dar encrenca. Corri até a cozinha que era onde os meus “parceiros” de football estavam. Chamei-os para me ajudarem expulsar Matt e seus amigos drogados e psicopatas (parei).
Fomos até a sala onde ela agora era segurada pelos companheiros daquele otário.
- Cai fora Matt – Falei, mandando os caras que tirassem-nos de lá, provavelmente ele só iriam os expulsar e nada mais.
- Você está bem? – perguntei para ela, que respondeu com um simples balançar de cabeça. Antes que pudesse falar qualquer coisa, Trixa apareceu e pulou nas minhas costas.
- Oi fofo. Vem, vamos na cozinha pegar um drinque – ela disse, puxando-me.
- Toma, – ela disse, dando-me um copo de vodca.
- Eu não bebo – Disse à ela, afastando o copo de mim. Naquele momento eu tive a maior e melhor idéia da minha vida.... Era perfeito!

Capitulo 3

Xxx –
Sentei-me na escada pensando onde estariam e . De repente começa a tocar uma música que eu adoro e que pensei que ninguém conhecia (she hates to Love me – My girl Friday).
She write me love songs
(Ela me escreve canções de amor)
There’s one for every Day
(Têm uma para cada dia)
She knows the right words
(Ela sabe as palavras certas)
Exactly what to say
(Exatamente o que falar)
I’m not her top pick
(Eu não estou no topo da lista dela)
Oh she makes me so sick
(Oh ela me faz tão mal)
It’s not okay to be in love like this
(Não é bom estar apaixonado assim)
But I’m okay to be in love like this
(Mas eu estou bem em estar apaixonado assim)
Eu adoro a música dessa banda desconhecida. É muito estranho. Eu sempre gosto de bandas que não são famosas.
She hates to love me
(Ela odeia me amar)
And love to hates me
(E ama me odiar)
I’ve got her running through my minds all Day
(Eu tenho ela percorrendo a minha mente o dia todo)
She hates to love me
(Ela odeia me amar)
And loves to hate me
(E ama me odiar)
I don’t know what to say
(Eu não sei o que dizer)
I love her anyway
(Eu a amo de qualquer jeito)
Sinceramente eu não entendo como uma pessoa podia odiar alguém e ao mesmo tempo amar. Como um sentimento de ódio podia se transformar no oposto, como o amor?
Levantei-me ainda com esse pensamento em minha cabeça e subi as escadas.Abri uma das portas com a esperança de encontrar dento do quarto. Não tive sorte. Aquele devia ser o quarto de . Estava bem organizado para um cara como aquele.
Havia uma grande cama junto à parede, com um criado mudo ao lado. Também tinha alguns posters de bandas ou músicos nas paredes. Havia um grande armário de madeira no canto da parede direita. Tudo parecia bem decorado e arrumado.
Olhei, pelo vidro da sacada, o luar que eu adorava. Abri a grande porta de vidro e entrei na sacadinha. Sentei no chão e fiquei olhando o luar.

Xxx
Andava pela casa com uma garrafa de vodca, já meio vazia, na mão, que na verdade tinha água dentro. Subi as escadas procurando ter uma visão mais ampla do lugar, para poder achar a pirralha... Percebi que a porta do meu quarto estava aberta. Temia que tivessem pessoas fazendo “coisas não apropriadas” lá dentro, mas era justo por esse motivo que entrei. Achei tudo em ordem.

Xxx –
Ouvi alguém entrando no local.
- ? O que está fazendo aqui? – falava, atrapalhando-se com as letras. Olhei para a sua mão onde se localizava uma garrafa de Tequila na metade. Parece que quem era bonzinho, mostrou a cara verdadeira.
- Tomando um ar, não posso? – Disse já com raiva.
- Não... Eu só queria saber – Disse ele com uma voz doce, inocente – Mas você está bonita hoje – Falou relutante e enrolado.
- Obrigado... acho – Levantei-me e apoiei na grade preta da sacada. Ele chegou por trás de mim e sussurrou em meu ouvido.
- Você está realmente bonita – Disse agora firmemente. Senti um friozinho no pescoço. Os meus pelos se arrepiaram. Não, ele não podia ser o mesmo que eu conhecia.
- Sai daqui, você está bêbado, – Eu disse, empurrando-o, mas antes que eu conseguisse dar um passo, ele agarrou minha cintura e falou.
- Bêbado? Eu? – Sua fala continuava enrolada. Resolvi ajudá-lo.
- Vem cá – Eu disse, puxando-o pelo braço. Entramos no quarto e fomos ao banheiro. Peguei uma toalha branca que estava em um apoio. Molhei-a com água bem fria e passei pelo rosto de , que agora estava sentado na tampa da privada.
- Espero que isso ajude a passar o efeito do álcool – Falei mais para mim mesma do que para ele – Porque eu não vou te colocar debaixo do chuveiro. Agora você tem que descansar.
Entramos novamente no quarto que estava escuro. Olhei para o relógio que marcava meia noite e meia. Puxei-o até a cama onde ele se sentou
- Ok. Acho que meu trabalho aqui acabou – Falei, dando alguns passos em direção à porta, porém fui parada pela mão dele em meu braço, fazendo nos aproximarmos. Em seguida senti o outro braço dele envolver minha cintura e seus lábios se encontrarem com meu pescoço
- Eu não te deixarei ir – Ele falou. Começou a beijar o pescoço e foi descendo.
- , você tem que ir para a cama – Falei um pouco sem graça e tentando tirar seu braço de mim.
- Só se você for comigo – falou com um tom de malicia. Eu repeti que ele estava bêbado. Mas tudo o que ele fazia era beijar o meu pescoço.
- ! Tenho que ir, me solta – Tentei ser educada, lembrando-me do estado dele.
- Ok, mas....- Ele começou a ... Dar um chupão em mim?! Tentei empurrá-lo com uma mão, para que parasse. Falhei. Falhei? Ou eu queria falhar? Eu não sabia a resposta. Eu devia odiá-lo, mas... Naquele momento os lábios de eram doces e envolventes – Eu tenho que mostrar que você é apenas minha, e essa marquinha vai mostrar – Ele continuou o que falava. Depois ele me deu um beijo na cabeça e foi em direção a cama.
Saí de lá e fui diretamente ao banheiro com uma das mãos em meu pescoço, escondendo a “marquinha” de . Ao chegar no local, dei uma olhada na marca roxa e redonda no meu pescoço. Peguei um band-aid no bolso da minha calça. Sobrepus, com o cuidado de não deixar nada para fora. Em seguida, saí do local e fui à procura de . A encontrei junto no sofá. Chamei-a e fomos embora.

Xxx –
Quando entrei na sacada, vi o que estava procurando, . Fingi-me de bêbado e até de inocente. Tropeçando nas minhas palavras e me fazendo de bonzinho. Meu plano era ótimo! Eu me fingiria de bêbado, daria em cima dela e não teria como ela ficar em cima de mim depois, porque ela vai achar que eu estava bêbado e não me lembrarei de nada. Ela até que foi grossa no começo, mas banquei o inocente. Logo parti para cima, assim que ela se distraiu. Comecei um pouco sutil, mas logo fiquei firme e dei em cima dela.
Estando por trás dela eu sussurrei no ouvido dela um elogio. Consegui enganá-la. Ela tentou me afastar, alegando que eu estava bêbado. Que boba, há. Quando conseguiu se soltar, rapidamente a agarrei novamente
- Bêbado? Eu? – Falei, enrolando-me com as palavras, para dar credibilidade. Não podia dar brechas se quisesse ganhar aquele vídeo-game.
- Vem cá, – Gelei. Putz! E agora? Ela está me puxando pela mão para dentro do quarto .... E se ela estiver levando isso longe de mais?
Entramos no meu quarto e fomos para o banheiro. Sim, o meu quarto era uma suit. Sentei-me na privada, sem entender nada, enquanto a louca molhava algo na pia. Ela passou um pano molhado pelo meu rosto
- Espero que isso faça passar o efeito do álcool – Isso seria impossível, porque eu não estava bêbado. Mas por outro lado ela acreditava que eu estava. Eu sou bom, fala serio – Vem, você tem que descansar – Ela me puxou de novo para o quarto até a cama. Ela acha que eu sou o que pra ficar me puxando por aí?
- Ok. Acho que acabei por aqui – Ela falou, dando alguns passos em direção à porta. Eu não podia deixá-la ir. O momento era agora ou nunca. Levantei-me rapidamente e a parei com uma das minhas mãos. Envolvi-a com o outro braço e beijei seu pescoço.
- Eu não te deixarei ir – até conseguir ganhar a aposta. Comecei a beijar novamente. Ela insistiu para eu voltar à cama, tentando se livrar do meu braço. Ela parecia sem força, apesar de ser bem forte – Só se você for comigo – Falei com malícia.
- ... eu tenho que ir. Me solta – Ela falava com um tom diferente do que normalmente. As brigas faziam falta em nosso diálogo.
- Ok, mas... – Comecei a dar um chupão nela... Com chupão também vale! Ela colocou a mão no meu ombro, mesmo estando de costas para mim, e tentou me empurrar. Ela continuava sem forças .Quando separei meus lábios dela, eu continuei minha frase - ... eu tenho que mostrar que você é apenas minha, e essa marquinha vai mostrar – Dei-lhe um beijo na cabeça e fui em direção à varanda. Tudo que pude ouvir foi a porta batendo atrás de mim. Abri a porta da varanda. Peguei a garrafa de vodca com a água, dei um gole e olhei para as pessoas em meu jardim.
Depois de uns 7 minutos olhando para o casal nojento se pegando, vi saindo com . Percebi que ela tapou a marca roxa com um band-aid. E agora? Como vou provar que deixei uma marquinha nela? Putz. Bom... Vou deixar as coisas rolarem. Qualquer coisa eu dou um jeito de tirar o band-aid dela.
Desci. Notei que havia muitas pessoas na sala, mas poucas as que eu conhecia. Fui à cozinha onde sabia que encontraria alguns amigos bebendo. Conversei com eles o resto da noite. Sábado foi praticamente limpeza da bagunça que deixaram.

Na segunda, encontramos com e , que por sinal continuava com o curativo em seu pescoço. Será que acreditaria? Não quero saber. Só quero meu jogo!
- Então garotas... Vocês vão no passeio daquele museu? - Perguntou às garotas. As classes do 2º e 3º abo iriam em um museu chato que ficava duas horas de ônibus. e eu iríamos. As classes seriam misturadas e divididas em dois ônibus.
- A gente vai, e vocês? – Espero que a gente não caia no mesmo ônibus, mas conhecendo , sei que acabaremos tudo no mesmo. Ele vai ficar atormentando a pessoa que for fazer as divisões.
- Também, será que ficaremos no mesmo ônibus?
- Espero que sim – Os olhos de e brilhavam e eles olhavam para o além como se imaginassem. Como eu sou amigo deles mesmo? Esquece, o sinal já bateu tenho que voltar para a aula.

Capitulo 4

Xxx –
A semana havia passado bem rápido. Nada de especial aconteceu, só uma guerra de comida que aconteceu na quarta. Hoje já é sexta. Dia do grande passeio do 2º e 1º colegial. Eu estava sentada em um banco vazio, na frente de , que se sentou com uma outra amiga (nem tão próxima). estava na cadeira da frente e não havia chegado. Provavelmente ele não vá na excursão.
Antes do ônibus partir, chegou ofegante. Uma professora, sentada no 1º banco se levantou e falou.
- Senhor , você está atrasado! – Falou brava.
- Eu sei... Me desculpe. – Ele disse com pausas para respirar.
- Está bem, mas o único lugar vago neste ônibus é aquele – Ela apontou para o meu banco. SACO! Por que tive que sentar sozinha?

Xxx –
Acordei achando que iria ser um dia incrível. Inclinei-me para minha cabeceira e vi .... 7:30? Eu estou atrasado! Pulei da cama e pus uma roupa qualquer do meu armário (incrivelmente não ficou uma combinação ruim), saí pulando em um pé tentando colocar o tênis no outro. Peguei as chaves do carro. Entrei na BMW do meu pai. À três quarteirões da escola o carro parou. Não pude acreditar. Sorte que deu tempo de meio que estacionar. TUDO CONSPIRA! Tranquei o carro e saí correndo mesmo.
Vi o ônibus já dando partida, rapidamente entrei e ouvi um sermão da professora. Ela disse para eu me sentar e apontou para o banco onde estava sentada.
Nem estava me importando, por causa do cansaço. Apenas concordei e me dirigi ao assento. Sentei-me na janela ao lado da pirralha. Fiquei conversando com à minha frente enquanto ela tagarelava com a amiga.

Xxx-
Nem liguei quando ele se sentou na janela. Virei-me e comecei a ouvir a história da e da briga dela com o irmãozinho. Era estranho sentar ao lado do garoto que há uma semana deu em cima de mim. Tentei tirar esse pensamento da cabeça e continuei conversando. Depois de uma hora de viajem, metade do ônibus dormia, inclusive eu. Os únicos que não estavam dormindo aparentemente eram os nerds da frente. Eu havia apagado, como se não dormisse há dias. Ai , isso que dá ficar assistindo Tv até tarde

Xxx
Em um certo momento da viajem, o movimento dentro do ônibus parou. Todos estavam envolvidos em seus sonhos, menos os da frente. Eu continuei acordado, mas muito sonolento. Quando fechei meus olhos, senti algo em meu ombro. Abri meus olhos novamente e vi deitada em neste. Ela se ajeitou um pouco, tentando ficar mais confortável. Nem liguei, por causa do cansaço. Voltei a dormir.
Depois de um tempo, percebi que eu estava deitado no banco. Acho que chutei para fora dele, mas dei de ombros.
Acordei com um movimento brusco perto de mim. Abri os olhos, percebendo que ela tinha dormindo em meu tórax. Sem dizer nada, me sentei corretamente. Dei uma olhada com o canto do meu olho e vi que estava vermelha. Se fosse eu, estaria igual. Mas foi ela que deitou em mim.
Finalmente o ônibus parou. Saindo dele recebi o bom ar puro que faltava dentro dos meus pulmões. Respirei fundo e me espreguicei. Olhando para frente via o museu. Era enorme, parecia mais um palácio.
- Wow dude, olha que casarão! – Falei intrigado. só concordou sem olhar, ele estava mexendo no celular.
- Nossa, esse lugar é maior que a sua casa, man – falou, guardando o celular.
- Eu falei.
Entramos naquele lugar incrível. O hall de entrada era todo branco, com um balcão no meio onde tinha uma mulher hot. Olhando para cima, percebi que o teto era de vidro e que a luz do sol iluminava todo o lugar. Seguimos uma monitora que iria nos guiar.

Xxx -
Recobrei a consciência depois de algum tempo, sem abrir os olhos ou saber quanto tempo havia dormido. Percebi que estava usando algo macio como travesseiro. Abro os olhos lentamente e vi que eu ... Estava dormindo no ? Meu Deus, ainda bem que eu não babei. Imagina usar ele como travesseiro e ainda babar?
Me movi bruscamente, afastando-me dele. Ele até acabou acordando com o meu movimento, se ajeitou e voltou a posição normal. Fiquei totalmente envergonhada. Podia sentir minhas bochechas ficarem vermelhas. Que vergonha.
Senti aquele ventinho na minha cara assim que saí. Entramos em um lugar gigante que aparentemente era o museu. O lugar de entrada era lindo. Todo branco com detalhes esculpidos nas paredes e muito bem iluminado. De repente, recebeu uma mensagem no celular. Quando não estava vendo, roubei o aparelho das mãos dela. Choquei. Quem tinha tirado essa foto? Uma foto minha dormindo em cima de . Li o resta da mensagem e vi que era de e ele ainda mandou.
“PS: Não mostra isso para a ...” FILHO DA....
- ! Eu tirei meus olhos de você por 5 minutos e você me faz isso? – tentava fazer uma cara de indignada, mas deixava um sorriso escapar no canto de sua boca
- Há há. Muito hilário. Você sabe que eu odeio ele e que tenho sono pesado – Eu me explicava. Como se ela fosse minha mãe pra eu dar satisfação – inconsciente não conta como nada!
- Talvez o seu subconsciente tenha feito de propósito – pensava. Pensava não, delirava. Por que o meu subconsciente seria mal comigo? Nunca fiz nada de mal para ele.

Xxx –
Eu e andávamos enquanto conversávamos.
- É , soube de você e da .
- O que? Do que está falando? – Perguntei sem entender o rumo da nossa conversa. Ele não me respondeu, apenas pegou o celular e me mostrou uma foto. Era a foto de quando eu estava dormindo com deitada em meu tórax. Nessa hora percebi que eu até estava com uma das mãos envolta da cintura dela.
- Que putaria é essa? – Perguntava indignado – foi você que tirou?
- É – mostrou a língua – Vocês fazem um belo casal, não acha?
- Não. – Cliquei no botão “deletar” e apaguei aquela foto ridícula.
- Não! – falou ao ver que eu tinha deletado – Por que você fez isso? Eu ainda ia enviar para um monte de gente! – Ele fez biquinho. Quem mandou ser otário e me dar o celular para ver a foto?
- Ah além disso – abriu a sua mochila – Olha aqui o vídeo game. Eu vi o chupão em , você venceu – Ele tirou o jogo da mochila. Meus olhos brilhavam. Era o cálice dos deuses para mim. Ele ainda estava lacrado perfeitamente.
- Quer ir em casa jogar depois do passeio? – O convidei como um bom vencedor. Ele apenas acenou com a cabeça.

Xxx –
- Ok, bia apaga essa droga – Falei tentando obrigá-la.
- Nem vêm que não tem! O celular é meu e se eu quiser ficar com a foto, eu fico! Além disso, você ficou muito fofa – Ela disse, apertando minha bochecha.
Arg ... Foto idiota ... Eu tenho que tirar isso do celular dela, se não ela pode me subornar pro resto da vida!
Depois de alguns minutos, tentei pegar o celular que estava no bolso de traz do jeans de . Puxei vagarosamente para que ela não percebesse, mas ela notou. Rapidamente se virou e puxou o celular da minha mão.
- Se você tentar apagar essa foto de novo, eu juro que ponho na internet e mando pra todos – Ela falou. Eu apenas bufei e continuei andando. O que ela iria fazer com aquela foto? Bom, melhor não arriscar. Quando vi conversando com . Eles deviam estar tramando algo. Sem falar que ele ria da foto. Ela pegou o celular e começou a teclar. Cheguei de fininho para ver o que era.
- Eh ! Você falou que não iria passar pra ninguém! – Falei depois que consegui ver que ela mandava a foto por mensagem. A garota deu um pulo de susto por ouvir a minha voz atrás dela.
- Não, ! É que o pediu para eu passar para ele. E com ele não tem problema, porque ele que me enviou – falou nervosa.
- Pra que você quer essa foto? – Indaguei.
- Porque vocês estão lindos juntos! – Scott queria levar porrada! Ai que raiva desses dois

Capítulo 5
Xxx-
Saindo do museu fomos ao restaurante (que estava incluso ao passeio) almoçar.
- Ok, , então você vai sentar comigo na volta – Praticamente o obriguei. Mas eu é que não vou novamente com a no ônibus.Vai que rola novamente o que aconteceu.
Comemos e fomos para o ônibus. Todos já trocaram de lugar. ia com e eu ia com , que não parava de cantar. E posso dizer que como cantor é um péssimo jogador e olha que ele é um dos principais.
Chegando em casa, fiz um lanche para comermos enquanto jogávamos o meu prêmio. Depois de ganhar de duas vezes e perder apenas uma, nos despedimos. Subi para tomar um banho. Era ótimo sentir a água quente cair no meu rosto, me senti totalmente relaxado. Em seguida fui para a cama. iria dar uma festa no dia seguinte e eu teria que estar descansado.
Eu andava no corredor do colégio, quando vi a pirralha encostada no armário. Aproximei-me dela. Esta, então, colocou os braços em volta do meu pescoço. ”Pensei que você não vinha mais” dizia . Ela aproximou nossos corpos. Senti então um calafrio gostoso que passou por toda a minha espinha. Involuntariamente coloquei minhas mãos em sua cintura. Mas antes de fazer qualquer coisa... Acordei em meu quarto.
Mal pude acreditar que tudo aquilo não passava de um sonho. O que eu realmente não acreditava é que eu sonhei com aquilo!
Mais tarde, saí do banheiro só com uma toalha e peguei minhas roupas. Estava só com uma bermuda preta com desenhos verde limão e uma camisa branca lisa. Peguei minha carteira e celular, colocando nos bolsos. Entrei no carro, agora concertado, e fui em direção à casa de .
Ainda eram 10h da noite, mas a música já estava alta e os bêbados já estavam por toda a parte cambaleando ou caindo por aí. Nesse exato momento duas garotas se aproximaram. Eram e , que eu odeio admitir, estavam bonitas (odeio só a parte que tem a nela). Cumprimentei e dei um tchauzinho de longe à pirralha. Entrei na casa que estava com umas cinco mil pessoas. As duas vinham logo atraz de mim. apareceu do meio da multidão. Antes mesmo de eu respirar um pouco Trixa apareceu pulando em mim.
- Wow, vai com calma, Trixa – Eu disse, dando um selinho nela.
- Não mesmo! – Ela disse sorrindo em seguida. Fomos para a cozinha pegar algo para beber. Trixa estendeu uma garrafa de vodca como oferta. Recusei.
- Ai , às vezes você é tão encanado. – Trixa bufou, dando um gole na bebida. Esta se virou e saiu pela porta à fora indo para a pista. Ela consegue se aborrecer muito fácil. Revirei os olhos.
Não estava muito animado para ficar na festa. Resolvi ficar no quintal dos fundos. Sentei na grama olhando para as pessoas presentes. Havia apenas um casal conversando e, aparentemente, não estavam bêbados. Os únicos da festa. De repente ouvi uma voz feminina me chamando e sentando do meu lado.

Xxx –
A campainha tocou quando eu estava no meu quarto decidindo com que roupa eu iria na festa. Ouvi a voz de minha melhor amiga no andar debaixo e o som do salto na escada
- ! Ainda não escolheu a roupa? – entrava no quarto.
- Bom, to quase lá.... Ah! Achei – Eu disse, tirando meu vestido preto de dentro do armário que tinha varias outras roupas socadas dentro. – Mas você não vai passar maquiagem? – Falei agora reparando melhor na garota que usava um lindo vestido azul escuro com uma renda preta que cobria a cintura pra baixo.
- Como você tem mais maquiagem que eu, resolvi me maquiar aqui mesmo – Ela disse, indo em direção à minha caixa de maquiagem, que estava em cima da cômoda.– Mas você vai só assim? – falava, olhando para meu vestido básico tomara que caia. Abri a gaveta e peguei uma fita rosa pink e amarrei-a em minha cintura.
- Melhor? – Ela apenas concordou com um sorriso. Nos maquiamos e fomos para a festa.
Nada na festa me chamava atenção. já havia sumido novamente com e eu dançava com duas amigas minhas. Depois de alguns minutos fiquei louca para tomar uma coca. Fui à cozinha e peguei um copo com o refrigerante. Olhei pela porta de vidro que dava para o quintal dos fundos. Lá vi que estava pensativo, sentado no gramado. Será que eu deva ir lá? Não sabia o porquê, mas resolvi que sim. Abri a porta e comecei a andar em sua direção, mas parei assim que ouvi Trixa chamá-lo. Ela sentou do seu lado e começou a conversar. Era melhor não atrapalhar. Dei meia volta e entrei novamente.

Xxx –
Quando olhei para o lado e vi Trixa.
- .... vozê me desssculpa? Eu fui muito boba – Completamente bêbada.
- O que você tomou? – perguntei.
- Ah, só um dois copos de vodca e outros doiz de outra bebida. Ela era colorida com as cor da bandeiraa – Ela dizia com um sorriso boba no rosto. Estava totalmente chapada, pois todos os sorrisos que eu já vi ela dar, eram todos maliciosos. Trixa era o tipo de garota que anda pelos corredores com cara séria e essa expressão permanecia até mesmo com as amigas. – você devia ezperimentar.
- Para acabar bêbado? Não – Essa frase me lembrou da festa onde enganei . Ela havia realmente sido legal comigo. Será que foi por pena? Sem perceber já tinha me levantado e estava indo para a cozinha, deixando Trixa sozinha na grama, mas ela sabe se cuidar. Até mesmo quando bêbada.
Entrei naquele lugar onde o som saia abafado devido a porta e a janela do local, que estavam fechados e davam para a sala. Não tinha nada e ninguém lá. Entrei na sala como se estivesse procurando algo. Não tinha a menor idéia do que encontrar. Sentia como se tivesse perdido algo que precisava. Havia a necessidade de procurar. Mas como achar aquilo que nem sei o que é? Voltei ao quintal. Trixa já havia sumido.
Andei por ali até chegar à borda da piscina, deitei-me em uma das cadeiras da piscina. Iluminada fazia com que a água ficasse em um tom muito claro de azul. A lua estava quase cheia e o céu estrelado. Apoiei minha cabeça na cadeira. Minhas pálpebras pesavam e aquele clima de quietude da noite fazia com que meu corpo inteiro relaxasse. Era como se cada músculo do meu corpo estives dormindo.

Xxx –
Desde aquele momento eu apenas dancei um pouco e fiquei conversando com minhas amigas, as duas com quem estava dançando mais cedo. Estas desapareceram no meio da multidão, elas falaram algo sobe encontrar ou algo assim. Não conseguia prestar atenção. Andei de volta ao quintal. Precisava de um pouco de ar puro. Comecei a caminhar pela área, que era bem grande. Olhando tudo em volta, vendo cada detalhe daquele quintal. Quando me dei conta estava olhando para um dormindo no banco da piscina. Aproximei-me dele.
- Ah! Que bonito! Dormindo! – Falei ao me aproximar. Ele apenas me encarou sem nenhuma reação. Então falou.
- Eu... não estava dormindo – Ele disse embolado.
- Ih, andou bebendo de novo? – Perguntei. Nesse momento ele se levantou e se aproximou de mim devagar. Ele colocou um de seus braços em volta de minha cintura e me puxou e me puxou. Nossos corpos estavam praticamente grudados.
- Talvez – ele falou com uma cara maliciosa. Devia estar pensado besteira. Empurei seu peito. Me soltei.
- Com certeza bebeu – Dizia, rolando os olhos.

Xxx – - Ah! Que bonito! Dormindo! – “eu sei que sou bonito dormindo” pensei enquanto abria os olhos que, novamente, me pesavam. Quando meu lhar caiu em parada, me olhando, senti que o que eu procurava apareceu. Não entedia o porquê. Acabei ficando nervoso e na hora de falar acabei ficando embolado.
- Eu... não estava dormindo.
- Ih, andou bebendo de novo? – ela perguntou brincando. Bom, resolvi brincar com ela também. Levantei e andei até ela. Envolvi sua cintura, nos deixando próximos.
- Talvez – Respondi, olhando em seus olhos. Não podia negar que aqueles olhos eram realmente bonitos. E a luz da piscina refletia neles, deixando-os com um brilho. Ela me empurro, afastando-se.
- Com certeza bebeu. – Ela disse, rolando os olhos.
- Espera – eu disse – Quero que fique com isso – Tirei meu colar com um pequeno pingente inca que meus pais me deram, após voltarem de viagem.
- Não , não posso ficar... - Mas você vai. – Enterrompi. Coloquei em seu pescoço.
- Obrigada – Ela disse sinceramente – Nossa, você vai ficar de porre amanhã com o tanto de álcool. – Ela andava em direção a festa.
“O QUE EU FIZ?!” foi que eu pensei. Como pude dar meu colar estimado? Que eu tanto adorava? Eu devia estar mesmo bêbado. Mas ela era sincera quando agradeceu. SHIT não sabia o que havia acontecido ali.

Capitulo 6
Xxx –
Entrei na festa novamente. O que tinha acontecido ali? sendo bonzinho comigo? E ainda me deu seu colar? Ele com certeza não iria lembrar disso no dia seguinte. Eu teria que devolver o colar na segunda. Inventaria uma desculpa dizendo que achei no chão ou algo assim. Apoiei-me na parede enquanto olhava aquele pingente diferente no colar. Aquilo não devia ser um qualquer. Devia ser de algum lugar que ele visitou ou algo assim.
- Você não acredita! – Falava toda animada perto de mim. Estava tão distraída em meus pensamentos que nem a vi chegando.
- Onde você estava? Você sempre desaparece nas festas! – Falei realmente brava.
- Desculpa – Ela fez uma carinha fofa que sabia que eu não resistiria – Mas eu tenho um bom motivo. Eu beijei o !
- COMO?! – Que choque! – Você não está brincando, né?
- Não! Acabamos nos beijando quando estávamos conversando. Daí acabamos... Er... Ficando. – Ela falou um pouco corada.
- Oh! Que fof...
- Mas o que você fez? E esse colar não é seu.
- Ah, eu não fiz nada e esse colar, eu achei. Ficou bonito em mim e agora é meu – Menti para ela. Se eu falasse a verdade ela ia ficar falando que eu e temos que ficar juntos e bla bla bla. Mas ele só foi legal comigo por que estava bêbado.
- Hm.. roubar é feio, tentava dar sermão.
- Ah , eu não roubei. Só peguei emprestado – disse simplesmente. Dançamos até ficar muito tarde. Depois fomos para a casa dela. Eu iria dormir lá para no dia seguinte estudarmos.

Xxx –
Nada PIOR que uma segunda feira. A semana podia começar na terça-feira. Arrastei-me até a classe. Sentei e abaixei minha cabeça. Só levantei a mesma quando percebi que estava me cutucando.
- O que você quer? – perguntei com uma voz sonolenta.
- Meu eu nem te vi na minha festa! O que você estava fazendo?
- Sendo idiota – apenas faz uma cara de quem não entendeu – Esquece. Eu fiquei no quintal. Não estava a fim de ficar na festa.
Logo a professora entrou na sala, cortando a conversa. Foram-se longas horas que pareciam que nunca iriam passar. Finalmente o sinal tocou. Era hora do almoço. Finalmente um descanso.
Estava guardando os meus livros no armário quando aparece com a mão em volta do ombro de . Eu tinha ficado sabendo que eles tinham ficado na festa. Será que sai algo sério deles? De repente chegou. Ela estava com meu colar nas mãos, mas o escondeu no bolso. A raiva estava me tomando, me fazendo olhar feio para a garota. Mas eu não estava bravo com ela, e sim comigo mesmo. Como eu pude ter feito aquilo no sábado? E o mais importante: Por quê?
- Oi, gente.
- Oi, ! Pensei que a gente ia se encontrar na grande árvore.
- Ah, vim te buscar. Acha que não sei que vai ficar enrolando com o ?
- Calma , eu devolvo ela inteira – disse sorrindo – Falando nisso, a gente tem que ir, !
- Ah, é verdade. Vamos nessa. Tchau, . Tchau pirralha – Eu disse já andando com ao lado. Nós tínhamos que encontrar o treinador para rever algumas jogadas.

Xxx –
Segunda feira chegou. Tinha que devolver o colar para . Bem que eu na queria. O colar era super legal. Era uma pedra o pingente e tinha símbolos esculpidos nele, mas eu precisava fazer isso.
No almoço fui atrás dele, mas quando o encontrei, este estava junto de e . Rapidamente coloquei o colar no bolso e disfarcei.
- Oi, gente.
- Oi, ! Pensei que a gente ia se encontrar na grande árvore – A grande árvore era onde passávamos a maioria dos nossos almoços. Era a mesma árvore que tinha a vista para a quadra e onde tinha visto treinar no dia em que cheguei mais cedo. Inventei uma desculpa qualquer.
- Ah, vim te buscar. Acha que eu não sei que você vai ficar enrolando com o ?
- Calma , eu devolvo ela inteira. Falando nisso a gente tem que ir, ! – falou.
- Ah, é verdade – Ele finalmente se pronunciou – Vamos nessa. Tchau, . Tchau pirralha – Eu olhava feio enquanto eles andavam pelo corredor.
- Vamos, ! – Disse, puxando-a para o lado oposto.
Terça-feira. Tentei entregar novamente a ele, mas sem sucesso. Não o vi naquele dia. E nem no dia seguinte. Mas então, finalmente, o encontrei no corredor sozinho, na quinta feira. Comecei a andar em sua direção. Mas acabei parando na metade do caminho quando Trixa chegou perto e o cutucou. Desisti! Era impossível devolver o colar de volta para . Quer saber? Vou ficar com ele. Afinal, ele tinha me dado e ficava lindo em mim. Acho que o destino quis assim, pois se não, eu já teria devolvido.
Usei o colar o dia inteiro. Claro que eu ouvi falar 40 vezes que eu era uma ladra por ter pego esse colar, mas nem liguei. Era meu agora. Infelizmente, não pude fazer muita coisa depois a aula, pois tive que estudar para a prova de biologia enquanto tutoriava pelo telefone. Ter amigas assim é duro, mas nada que eu não desse conta.
No dia seguinte fizemos a prova. Não acho que fui tão bem, mas nada que fosse abaixo da media. passou o almoço toda apaixonada com . Enquanto isso eu conversava com nossas duas outras amigas, as mesmas da festa. Elas concordaram que achado não é roubado e que tinha razão em ficar com o colar.
Acabei vendo Taylor novamente com a garota que ele estava “namorando”. Claro que eu já tinha visto ele antes com ela, mas toda a vez que eu via uma raiva crescia em mim. Mas a essa altura, meu coração não doía mais e a raiva havia passado. Eu não devia sofrer por ele. Deixa ele ficar com ela, Taylor não me merece mesmo.

Capítulo 7
Xxx –
Passei a terça e quarta em casa. Acabei machucando meu ombro. Falava que dois dias era um exagero, mas quando se é um jogador de futebol que não se pode arriscar perder, todos falam como se fosse o fim do mundo. Quinta-feira, entrei na escola já vendo a cara de alívio de .
- Hey boyzinho, pensei que tinha sido algo sério no seu ombro. Imagina o nosso time sem o nosso super quarterback?
- Que nada! Eu não sou de me abalar fácil. Vou para o meu armário e te encontro na classe.
- Ok, mas não demora que já vai começar a aula. – Respondi afirmativo. Fui em direção ao armário para pegar meu livro de matemática, que iria ser a primeira aula. Só haviam algumas pessoas fora das classes. O sinal iria bater e eu, certamente, teria que correr. Entretanto, quando fechei o meu armário, senti algo me cutucar.Na hora me virei e vi.
- Trixa!
- , você melhorou, né? Não pode perder o jogo na próximo fim de semana.
- Claro que não vou perder.
- Que bom... Por que eu vou estar torcendo por você. – Ela disse já com o seu corpo junto ao meu. Eu me despedi rapidamente quando ouvi o sinal bater. Corri o mais rápido que pude para chegar à sala. Felizmente, o professor não estava. Sentei-me do lado de .
- Nossa! Senhor perfeito se atrasando.
- Ah, sai dessa.
Depois da aula eu saí correndo, pois tinha ensaio com a banda. Nos tocávamos em um pub que era até que bem agitado. Algumas pessoas da escola às vezes iam lá.
Sexta. A frase “Hoje nada vai me abalar” combinava com a sensação que eu estava sentindo. Nada de diferente nas aulas. No almoço eu sentei com os caras do time. Eles não paravam de brincar e quase começaram uma guerra de comida.
Passei a tarde com os guys da banda. Ficamos a tarde andando pelo centro. Logo teríamos que tocar no pub que ficava por lá. Não era um show lotado, mas já havíamos conquistado uma platéia. Já recebíamos um cachê razoável.
Já eram 8 horas e o show já tinha começado. Cantávamos algumas músicas que eu tinha escrito como “star girl” e “too close to confort” e alguns covers. E cantaríamos uma composição nova minha.
- Essa é uma nova música. O nome dela é “It’s all about you”. – falei em voz alta no microfone. Logo começo com o violão. Um dos meus amigos é que começa a cantar.
It’s all about you (It’s all about you)
It’s all about you, baby (It all about)
Logo iria começar minha parte. Segundos antes de eu cantar vi que estava passando do lado de fora. Ela não parecia que iria parar nem nada, mas quando eu comecei a cantar...
Yesterday you ask me something I thought you knew
Ela parou. Andou de volta até a porta e ela entrou. Meus olhos a acompanharam passar pelas mesas até chegar ao bar. Eu continuava cantando mesmo com meus olhos vidrados nela.
So I told you with a smile
It’s all about you
Ela se sentou no banco, tirou o casaco e colocou-o no colo. Pediu algo para beber e assistiu o show. Eu não queria olhar para ela. Queria poder desviar o olhar e poder olhar qualquer outro lugar, mas era como se eles estivessem grudados. Como se eu estivesse hipnotizado. Minha voz continuava saindo automaticamente. Eu não conseguia pensar na letra, mas ela saia normalmente. Tudo fluía normalmente como se tivéssemos ensaiado mais de 40 vezes.
Quando acabamos de tocar, já havia acabado de beber, sei lá o que estivesse bebendo. Eu já tinha reparado em todos os traços dela. Os seus cabelos castanhos que estavam delicadamente jogados sobre o seu ombro. Tinha que admitir que os olhos dela me envolviam. Usava uma blusa delicada, cinza, de manga comprida e decote em V. Também vestia um jeans e um casaco preto com botões dourados.
Agradecemos e saímos do palco. Eu tinha que falar com ela. Tinha que perguntar porque ela entrou aqui.
- Ai dude, vi a gata que você estava secando. - O outro guitarrista da banda, que também era cantor, disse, me impedindo de caminhar até ela. Se este soubesse que eu a odeio, ele nunca teria falado isso. Normalmente eu me sinto estranho perto dela, felizmente minha atitude não foi alterada.
Só consegui ver saindo e andando na rua novamente, com a mesma expressão seria de antes. Logo, vieram duas garotas dizendo que a nova música estava perfeita. O guitarrista, obviamente, foi flertar com a loira. Era típico dele. Os outros dois da banda estavam com outras garotas. Foi minha chance de sair do bar e ver se ela ainda estava por lá. As ruas estavam muito movimentadas e eu não consegui ver ela em lugar nenhum.

Xxx –
Sexta à noite me lembrei que eu tinha que ir até a casa de uma amiga deixar a minha parte do trabalho que estávamos fazendo juntas. Coloquei o meu casaco comprido preto com botões dourados e que eu tanto adorava. Fui até a casa dela que era um pouco longe da minha. Depois de entregar o trabalho, estava andado de volta para casa. Estava passando no centro quando ouvi uma voz linda.
Yesterday you ask me something I thought you knew
Parei no meio da calçada quando ouvi isso. Voltei e entrei no bar. Reconheci na hora o moleque que estava no palco. Era tocando violão e cantando. Os outros caras da banda eram gatos. Resolvi ficar e ver se eles eram bons mesmo. Passei entre as mesas e me sentei no bar onde pedi um chocolate quente. Quando olhei novamente para o palco, vi cantando olhando para minha direção. Corei um pouco, mas nada que desse pra ver naquela luz fraca. Logo minha bebida chegou e tudo o que eu podia pensar era como aquela música era linda. Quando acabou o show, eu paguei a bebida, peguei um ônibus e fui para casa.

Capítulo 8
Xxx -
Sábado! É o aniversario da . Ela está fazendo 17 anos e iria dar uma festinha em sua casa. Não do tipo que aconteceu nas outra semana. Iria ser uma pequena reunião de amigos.
Todos foram chegando. Ao todo eram sete pessoas. Claro que e estavam lá. Eram quatro garotas e três garotos. O outro garoto era um ex aluno da escola que logo se enturmou com os outros dois.
Logo já estávamos vendo “uma chamada perdida”. Alguns estavam sentados no sofá e outros estavam sentados no chão memo. Tinha pipoca que era passada de mão em mão e vários doces. Eu sempre odiei filme de terror. Sempre fico com medo depois de assistir. Eu estava quietinha agarrada no braço de . O suspense do filme ficava no ar até que dava outro susto e alguns berros ecoavam.
Quando o filme acabou, as luzes se acenderam.
- Ué, cadê o ? – Uma das garotas perguntou.
- Foi ao banheiro. – falou.
- Sei sei, aposto que ele vai sair do nada e dar um susto em todo mundo. – Falei.
- Eu já estou aqui, ok? – Falou um com uma risada sarcástica, saindo do banheiro. De repente as luzes se apagaram. Não se podia ver muito.
- Ai , para de palhaçada.
- Mas eu não fiz nada! – Eu conseguia ver a silhueta dele levantando os braços. Era verdade, pois ele tinha saído do banheiro.
- Deve ser algo no fusível. Vou lá checar. – falou abrindo uma porta e saindo da casa.Tinha uma porta do lado de fora que dava para a garagem. Tudo que eu conseguia ver era a silhueta de duas garotas que conversavam e a dos garotos que esperavam sentados, sem falar nada. Um pouco de luz vinha dos postes de luz do lado de fora. Não era tarde, mas a escuridão da noite tinha vindo mais cedo.
Um grito cortou o silêncio. Era . Eu fui a primeira a sair correndo até a garagem com os garotos logo atrás e as garotas grudadas neles. não estava mais na garagem. O local estava um pouco melhor iluminado devido a quantidade maior de janelas. Tudo o que havia lá era o fusível, caído no chão.
- Ok, o que rolou aqui? – perguntei.
- É dude, isso não é legal. – Falou , dando um tapa nas costas de .
- Por que todo mundo acha que fui eu?
- É. Ele estava junto da gente o tempo todo. Não pode ter sido ele. – Uma das garotas falou. Todo mundo tinha ficado na sala e a não gritaria e sairia correndo sem dar sinal de vida. Isso tudo estava começando a me dar medo.
De repente ouvimos um barulho alto que veio da cozinha. Corremos até lá, onde vimos . Ela estava encolhida chorando com a cabeça baixa em um canto. Chegamos mais perto dela perguntando o que tinha acontecido. Ela não falou nada, apenas levantou a cabeça onde tinha um machucado, olhou para a porta de onde tínhamos entrado e gritou. Um homem com uma máscara estava com uma faca ensangüentada nas mãos.
Me agarrei em , que estava do meu lado, em reflexo. Todos gritavam que nem loucos. As luzes se acenderam revelando um Gabriel como louco assassino. Gabriel era um dos jogadores do time de futebol e conhecido pelas suas brincadeiras, como a cobra no vestiário feminino para que todas as garotas saíssem correndo de toalha. Percebi, então, que não estava agarrada em , mas sim em ! Mas que idiota que eu sou, nem consigo diferenciar minha melhor amiga de um idiota. , e Gabriel riam que nem loucos de nós.
- Vocês são uns bobos – Gabriel falava entre risos.
- Vocês todos estavam nessa? – alguém perguntou.
- Só eu Gabriel e a respondeu.

Xxx –
Sábado! Ficar dormindo até 1 hora da tarde. Quando eu finalmente acordei. Desci, na geladeira tinha um recado dos meus pais falando que saíram e que só iriam voltar a noite. Comi algo e fiquei o resto da tarde assistindo TV. Aqueles momentos eram raros, normalmente tínhamos treino ou então tinha que estudar. Mas não estava completamente sem o que fazer. Hoje iria ter a festa de . Eu, Gabriel (amigo do time) e a própria planejamos uma brincadeirinha para essa festa.
Cheguei na festa normalmente, junto de , que não fazia a menor idéia do nosso plano. Na festa só havia , , algumas garotas e um garoto ex-aluno do nosso colégio. Como éramos os únicos caras da festa, conversamos com ele. Acabamos descobrindo que ele era o namorado de uma das garotas mais desejadas no colégio. Depois da Trixa.... Acho.
Assistimos a um filme de terror que tinha alugado. Eu já vi esse filme umas cinco vezes. Gabriel iria a garagem assim que eu desse o toque pra ele. No final do filme fui ao banheiro e liguei para ele. Saí do banheiro ouvindo falar que eu daria um susto em todo mundo.
- Eu já estou aqui, ok? – Eu falei. O banheiro ficava na porta que dava para a sala. Assim, todos podiam ver que não era eu. Gabriel tinha demorado um pouco, mas as luzes se apagaram.
- Ai , para com essa palhaçada.
- Mas eu não fiz nada, falei inocentemente.
- Deve ser algo no fusível. Vou lá checar. – Tinha que admitir que era uma boa atriz. Gabriel já devia estar com a fantasia de louco sanguinário e fazendo uma maquiagem legal, para parecer que foi esfaqueada. A mãe dele era maquiadora profissional e ensinou ele a fazer esses machucados falsos. Em questão de segundos iria gritar, mas não estaria lá. O grito dela foi ouvido e todos saíram correndo até a garagem. O fusível estava largado no chão e os dois já deviam ter ido para a cozinha.
- Ok, o que rolou aqui? – minha vontade de rir era de matar, mas tinha que segurar.
- É dude, isso não tem graça. – falou, batendo em meu braço. Que covarde ele.
- Por que todo mundo acha que fui eu?
- É, ele estava junto da gente o tempo todo. Não pode ter sido ele. – a menor das garotas falou. Adoro essas garotas que me defendem. Principalmente quando eu sou culpado.
O barulho que fez na cozinha foi ouvido claramente. Antes de sair da garagem, quando todos já haviam saído, eu coloquei o fusível no lugar. Corri para junto dos outros. estava encolhida em um canto da cozinha, choramingando, e na hora em que levantou a cabeça deu para ver o machucado. Este era realmente bem feito. Ela então olhou para a porta e berrou. Era Gabriel fantasiado. Todos começaram a gritar. acabou agarrando o meu braço de tanto medo. Uma sensação boa percorreu meu corpo; minhas bochechas ficaram quentes e acho que vermelhas também, mas nada que desse para ver no escuro. Gabriel, e eu começamos a rir de todos que haviam caído em nossa brincadeira. Ele, então, ligou a luz, revelando-se. rapidamente largou meu braço.
- Vocês são uns bobos – Gabriel falou ainda rindo.
- Vocês todos estavam nessa? – Uma das garotas que eu nem sabia o nome, perguntou
- Só eu, a e o Gabriel – Respondi, rindo mais.

Capítulo 9
Xxx-
Uma coisa estranha me aconteceu. Eu sonhei que me pedia em namoro no meio de um corredor da escola que estava lotado. Eu não consegui responder. Ele apenas se aproximou me dando um beijo doce e estranho.
Segunda, eu cheguei na escola e conversei com . Em seguida, chegou dando um selinho na garota e entrando rápido na conversa.
- Vocês viram os Simpsons ontem? – perguntava todo animado. Nesse momento se aproximou.
- Eu vi. Foi muito legal dude.Adorei a parte que o Bart fica com a cabeça presa.
- Eu também! – concordava com o amigo.
- Eu gostei mais da parte que.... – conversava até eu interromper.
- Ah, esqueci uma coisa no armário. Te vejo na sala. – Me despedi e saí em direção ao meu armário. Coloquei minha senha no pequeno cadeado, abrindo-o e procurando algo que não precisava. Tinha tudo que precisava comigo, o caderno, livro, a mochila. Peguei qualquer coisa e enfiei em minha bolsa. Olhei uma última vez para a foto de meu cantor favorito, que tinha na porta de meu armário, e a fechei. Corri até a classa, pois o sinal já estava para bater.
No intervalo, foi para o campo de footeball ver seu namoradinho treinar. Eu, por outro lado, sentei debaixo do grande carvalho. Eu estava tão relaxada que acabei dormindo ali. Não precisava me preocupar, pois a iria passar ali quando o sinal fosse bater. Ela me conhecia bem o suficiente para saber que eu iria cair no sono.

Xxx –
O treino, que fizemos no almoço parecia mais um aquecimento, pois o tempo do intervalo era muito curto. Em seguida eu e fomos até a , que estava sentada na arquibancada.
- Oi gata – disse, dando um beijo nela – Esse treino foi fraco. Mas você ainda vai me ver em ação no jogo de sábado.
- Ah, com certeza. Vou trazer a junto – Ela falou, olhando para mim. Ignorei o comentário – Bom, eu vou passar lá no carvalho para chamar a e depois tenho que fazer umas coisas.
- Se quiser eu vou pra você – me ofereci.
- Hm... Ok, mas só porque eu realmente tenho que fazer umas coisas antes de ir para a sala. Ela deve estar dormindo, porque disse que não dormiu bem hoje – Ela falava enquanto se afastava.
Subi aquele morrinho. Incrivelmente, a vista lá de cima era linda e o grande carvalho proporcionava uma sombra gostosa naquele sol de meio dia. Embaixo se encontrava com os olhos fechados, aparentemente dormindo. Agachei-me, ficando ao lado dela. Tirei uma mecha de seu cabelo que havia caído no rosto. Ela estava linda ali, tranquila. Talvez eu realmente gostasse dela. Quer dizer, deve ser isso o que os meus sonhos estavam tentado me falar e motivo de eu enganá-la na última festa.
- ? O que está fazendo aqui? – Ela perguntou, ajeitando-se em uma posição melhor.
- Vim te acordar, horas. Vamos, a aula já vai começar – falei, andando em direção ao prédio.
- Mas o que houve com a ? – ela perguntava, agora ao meu lado.
- Ela teve que fazer alguma coisa – Falei sem dar muita importância.
- Ah, obrigado então – Ela falou, um pouco vermelha. Seguimos cada um para nossas classes.
Finalmente o sinal do glorioso fim de aula tocou. me encontraria perto do meu armário. Nós teríamos mais um treino a tarde, mas este era fechado. Não demorou muito para aparecer conversando com . Elas falaram um rápido tchau e foram embora.
Antes de irmos para o treino, passamos no refeitório e compramos um sanduíche. Não era bom fazer exercício sem comer.
Infelizmente, depois de 1 hora de treino, acabei torcendo meu tornozelo feio. Achei que nada fosse me atrapalhar ou me impedir de jogar ou treinar, mas o treinador me mandou ir até a enfermaria. Fui meio manco. Antes que pudesse chegar na enfermaria, acabei tombando com .
- Ué? O que você está fazendo aqui? – Falei confuso. Pensei que ela tinha ido embora.
- Eu estou fazendo um trabalho de sociologia com na biblioteca... E você?
- Tem treino hoje – Respondi – Mas torci meu pé e estava indo para a enfermaria – No momento em que dei um passo à frente , eu cai. Acabou que me segurou antes que eu pudesse ter uma queda de verdade.
- Vem. Vou te ajudar a ir até a enfermaria – Ela disse, colocando meu braço em volta de seu pescoço, para me apoiar.
- Mas e ?
- Ela vai ficar bem sem mim – Disse, ajudando-me a andar. Quando cheguei, me sentei na cama que se encontrava ali.
- Não parece tão serio, só vou colocar uma gaze – disse uma senhora de meia idade em um uniforme branco. Ela abriu o armário procurando pela gaze – parece que não tem mais aqui. Vou ver se tem ainda no armário de suprimentos – Logo em seguida ela saiu.

Capítulo 10

Xxx – Depois de comemos no restaurante perto da escola, e eu voltamos para a escola. Iríamos para a biblioteca fazer um trabalho estúpido. Depois de algum tempo, que pareceram uma eternidade, ele já estava quase pronto. Só precisávamos de mais uma coisa para nossa cartolina estar pronta. ficava jogando no célula dela enquanto eu ia para o armário pegar o que faltava.
No corredor me encontrei com que estava vestido com o uniforme do time. Perguntei o que ele fazia no colégio. Esse responde que estava no treino que se machucara. Na tentativa de anda ele desequilibrou e caiu em minha direção. Eu o segurei.
- Vou te ajudar – Falei colocando seu braço em volta de meu ombro. Ele se preocupou com , mas ela iria ficar bem sem mim. Ela se entretêm de mais com aquele jogo. Nem vai perceber que demorei. O ajudei a chegar até a enfermaria , onde a mulher o atendeu.
- Não parece ser muito sério, só vou por uma gaze – disse ela abrindo o armário e reparando que este havia acabado. Ela saiu a procura de mais.
- Por que você me ajudou? – me fitou com um rosto de incompreensão - Pensei que você me odiasse
- Ah, por que eu sou caridosa – rimos juntos – Não sei, por que você precisava.
- Sempre pensei que você me odiasse.
- Hm, eu te odiava – Não sei se ainda o detestava.
- Podíamos tentar ser amigos. Quer dizer, nossos melhores amigos são namorados então é impossível nos ignorarmos – Ele ficou um pouco vermelho.
- Pode ser, mas vou ficar de olho em você, porque você ainda não é muito confiável. Não acredito que você seja “perfeito” como todo mundo diz – eu fiz sinal de aspas no ar quando falei perfieto.
- Ok, eu também vou ficar de olho em você. Vai que rola algo que eu possa usar contra você – Ele deu uma risadinha. Assim nós fizemos um acordo de sermos mais legais um com o outro. Era uma trégua. A enfermeira voltou com um pouco de gaze.
Saí de lá, corri até o meu armário e peguei o que precisava, voltando correndo à biblioteca, onde estava no mesmo estado (jogando).
Quando cheguei em casa, coloquei a cartolina em um canto e fui até o centrinho comprar a comida que minha mãe queria. Passei por aquele barzinho que eu tinha passado no outro dia e vi cantando. Realmente tinha que admitir que a voz dele era muito boa.

Xxx –
- Por que você está me ajudando? Pensei que você me odiasse – Parecia que ela me odiava mesmo por tudo que ela já fez e falou para mim. Ainda não sei se gosto dela, mas com certeza eu a odiava como antes.
- Ah, porque sou caridosa – Rimos. tinha um sorriso conquistador que eu nunca tinha reparado – Não sei, porque você precisava - Sei, sei.
- Sempre pensei que você me odiasse – E eu não ficaria surpreso, eu nunca fiz nada que a fizesse gostar de mim. Desde muito tempo essa briga vem se arrastando. Eu nem lembro como começou, só sei que em ouço tempo já estávamos nos xingando até a alma e um provocando o outro. Com o passar do tempo nada ficou diferente, mas parece que o que eu sinto por ela mudou. Ou talvez, nunca tenha sido ódio.
- Hm... Bom, eu te odiava - Destaca esse passado. Ela me odiava? Não odeia mais. Isso era algo impressionante. Era minha chance. Talvez, se virássemos amigos eu descobriria o que eu sinto. Normalmente quando eu me interessava por alguém, eu nem preciso me esforçar. É só chegar junto, mas estas me achavam agradável. seria algo difícil de cair. Fiz, então, uma oferta de paz para tentarmos sermos amigos.
- Pode ser, mas vou ficar de olho em você, porque você ainda não é muito confiável. Não acredito que seja “perfeito” como todo mundo diz – Ela falou fazendo aspas com as mãos.
- Ok, eu também vou ficar de olho em você. Vai que rola algo que eu possa usar contra você – Em seguida a enfermeira entrou n quarto com a gaze. logo saiu. A mulher enfaixou meu pé e me mandou para casa.
Chegando no meu lar, me joguei na cama pensando no que iria fazer sobre a garota. Quer dizer, não sa se realmente gostava dela, mas por que não tentar? Sem falar que Trixa já estava enchendo o saco. Ela me ligava todo o dia e se grudava em mim todas às vezes possíveis.

Xxx –
Na segunda feira, e eu não brigamos. Nada de provocações. Foi bom relaxar um pouco, sem ninguém me atormentar. Será que estava querendo alguma coisa? Uma segunda intenção,não sei. No dia seguinte, como sempre, coloquei minhas roupas e o colar de que usava por dentro da camisa.
Quando cheguei na escola ainda estava tão cedo, não havia quase ninguém só uma poucas estudando ou dando bobeira como eu. Peguei meu livro de Biologia e me sentei de baixo do grande carvalho para estudar. As provas finais seriam na próxima semana. Depois de alguns minutos ouvi alguém se aproximar.
- Oi pequena – disse com um sorriso bobo. Ele usava uma camisa branca com detalhes dourados e uma calça jeans larga.
- Oi . O que faz aqui? – Perguntei a ele.
- Ah, só estava indo fazer aquecimento lá no campo e te vi. Então eu vim falar com você. O que você esta fazendo?
- Eu estou estudando biologia. Eu sou péssima nessa matéria.
- Se quiser posso te ajudar. Já ajudei com essa matéria – falou sentando-se do meu lado e pegando o livro. Agradeci e começamos a estudar.
O resto do dia tinha sido monótono. As horas se arrastavam lentamente. e eu esperamos as pessoas entaladas na porta e em seguida saímos. Bufei lembrando que teria que terminar de estudar. Até onde explicou tinha entendido tudo, mas agora que era só eu e o livro, as coisas complicavam. Encontramos e na saída.
- Tchau gata – falava dando um selinho no garoto e entrando em um carro. Eu comecei a andar fazendo o caminho de casa, quando ouvi alguém me chamar. Olhei para trás vendo um dando uma corridinha até chegar em mim. Ele me contou que estava fazendo esse caminho, pois iria a casa dos avós, que moravam não muito longe da escola. Conversamos durante o caminho e me contou que a banda dele tocava nos sábados naquele pub que eu tinha ido outra semana. Era estranho pensar que eu estava conversando como se fosse amiga dele, mas até que estava bem interessante.

Capitulo 11

Xxx –

Era segunda e já tinha muita gente estudando para as provas finais. Eu já tinha começado a estudar também. Não queria prejudicar minha fama com notas baixas. e eu não brigamos mais, mas não conversávamos um com o outro. Bom, talvez não tivéssemos nada em comum.
Na hora do almoço, senti um abraço por trás, era Trixa. Nesses últimos dias ela vinha ficando mais pegajosa. Ela não tem cara de quem fica atrás de um cara, mas acho que ela tem suspeitado que eu quero terminar. Peguei-a pelo braço e a puxei até o corredor, que agora estava vazio.
- Trixa, eu quero terminar – Ela olhou para o chão, suspirando e dizendo que já imaginava – É que eu estou afim de outra .... – Quando eu falei isso, Trixa mudou completamente de atitude. Ela parecia tão deprimida e inocente segundo atrás, agora ela me olhava com raiva.
- Se você vai me trocar por uma qualquer, vá em frente. Eu sei que depois você vai voltar rastejando para mim – Ela se virou, jogando o cabelo para trás, e foi embora. Eu tinha certeza que não me arrependeria, mas ela parecia pensar o contrário quando falou aquilo.
Esqueci disso com as aulas que passavam. Como eu iria para a casa dos meus avós, comecei a andar pela rua. Não ficava muito longe do colégio e meu carro estava estacionado lá. Quando estava andando em direção à casa deles, reparei que se encontrava na minha frente.
- ! – Ela se virou e me observou, dando um pequeno sorriso enquanto eu me aproximava dela. Nós nos cumprimentamos e andamos juntos por um tempo.
Conversamos bastante, com relação as nossas poucas conversas. Até falei um pouco sobre a banda. Eu lembrava de quando ela foi no pub em que tocávamos.
- Eu achei muito legal essa música que vocês tocaram. Ah, eu nem falei que vi vocês tocarem.
- Não me diga! – Eu falei irônico. Era ÓBVIO que eu reparei que ela estava lá. Eu fiquei olhando para ela a música inteira! Nos separamos em uma esquina que tive que virar e ela seguiu reto. Pelo menos conversamos um pouco.
- Vó? – Falei, abrindo a porta da casa.
- Aqui – A voz veio da cozinha. Minha avó podia ser velha, mas era bem conservada.
- Quer ir agora para a feira? – Falei, colocando minha cabeça para dentro da cozinha. Ela concordou e saímos com o meu carro.
Depois de deixar minha avó na casa dela, com as compras feitas, fui para casa, onde iria passar o resto da tarde descansando.
No dia seguinte, estava preparando a jogada que iríamos usar no grande jogo de sábado. Então, ele não estava muito presente no intervalo. Encontrei com a pirralha, quer dizer , no corredor. Acabamos conversando novamente e estranhei a falta de .
- Ah, estava mal e não veio – fiz sinal de que entendia e mandei melhoras. Passamos o almoço debaixo do carvalho que ela sempre ficava. Conversamos mais um pouco até eu ter que ir no vestiário. Lá fiquei sabendo da nova jogada que e Gabriel fizeram. Era uma boa jogada, mas eu acreditava que ainda faltava algo. Passei o resto das aulas pensando nisso. Continuei preso no pensamento da jogada até chegar em casa, onde fiquei no meu quarto. Joguei minha mochila em um canto e retirei meu livro de matemática. De repente, enquanto fazia um dos exercícios, percebi que era aquilo que precisávamos para melhorar nossa jogada. Então eu fiz um plano com a nova jogada acrescentada. Mostraria para a equipe no dia seguinte, que era quando iríamos treiná-la. Guardei o plano na mochila para não esquecer.

Xxx –
Terça feira não apareceu na primeira aula. Achei que ela tivesse dormido e perdido o horário como sempre, mas quando ela não apareceu na segunda aula, comecei a ficar preocupada. Peguei meu celular e liguei para ela.
- , sua safada! Onde você está? Não me diga que faltou a aula por que não quis se levanta da cama.
- Ai , eu estou me sentindo mal. Ontem eu estava só com uma dor de cabeça fraca, mas hoje de manhã parecia insuportável. – Ela dizia com uma voz desanimada e séria.
- Ah, então tudo bem. Eu te passo a matéria depois. Melhoras – Desliguei. Em todas as aulas eu fazia anotações duplas. Uma em meu caderno e outra em uma folha à parte, para depois entregar a .
No dia seguinte, ainda não se sentia bem. Ela não apareceu de novo no colégio.
- Oi, Lu! – Vi e se aproximando.
- Oi, garotos – Cumprimentei-os.
- Cadê a ? – olhava para os lados tentando encontrar a namorada.
- Ela ainda está mal. Vou passar lá mais tarde para ver como ela está e deixar as anotações – O garoto parecia desapontado, mas deu um sorriso.
- Vocês vão no jogo de sábado, né? – perguntou.
- Claro!
- Ah, man! – falou, batendo na testa – Aqui, eu descobri uma boa tática de jogo – Ele se agachou, tirando um papel de dentro da mochila e entregando à .
- Você é o cara, falou enquanto abria o papel. Não conseguia ver o que tinha dentro, e mesmo se conseguisse não iria entender nada. Em seguida o sinal bateu e seguimos para nossas classes.
Na hora do almoço fui com o meu sanduíche para o grande carvalho. Já mencionei que adoro aquele lugar? Bom, eu adoro mesmo. Sentei lá, comi rapidamente meu almoço e fiquei relaxando naquele lugar. Depois de alguns minutos, ouvi me chamarem.
- Hey, !
- Oi, – Falei em resposta ao garoto que já se sentava ao meu lado.
- Você sabe que não precisa me chamar assim. Me chama de , ok? – Concordei com a cabeça rindo – Então, veio relaxar? Não vai dormir, viu?
- Muito engraçado. - Falei, fingindo uma risada. - Eu vim pensar um pouco, já, já vão começar as provas e eu tenho que ir bem. E você, senhor perfeito? Pensando em prova também?
- Não, no jogo. Espero que a nova jogada funcione – Ele falava olhando para o campo de football que era ali perto, como já disse. Eu encarava o rosto dele que era muito bonito, admito. Por um minuto desejei que aquela boca estivesse junto a minha. O que eu estava pensando? Aquele era o mesmo que eu odiei. Mas não podia deixar de pensar que ele também era o mesmo cara que flertou comigo em duas festas.
Ele então se virou e eu olhei dentro daqueles olhos e ele olhou nos meus. Paramos daquele jeito por mais alguns segundos até ouvirmos o sinal bater de longe.
- Melhor irmos – Falou, levantando-se e me oferecendo ajuda. Andamos rapidamente à escola e cada um foi para a sua aula.
De tarde fui à casa de , onde entreguei a matéria e ela me disse que se sentia melhor que iria na aula no dia seguinte.

Capitulo 12

Xxx –
Quarta feira. Após a segunda aula encontramos no corredor. Ela contou que continuava mal.
- Vocês vão no jogo de sábado, né? – perguntava.
- Claro – Ela falou sorridente. Isso me lembrou da jogada. Eu rapidamente entreguei a folha que estava na mochila para . Nesse mesmo tempo eu sentia uma felicidade, que reprimia, ao saber que iria ao jogo.
- Você é o cara, – Disse , dando-me tapinhas nas costas. Depois, voltei à classe.
No momento em que estava no meu armário, pegando os livros para a aula de Inglês, ouvi uma voz, vinda do meu lado, me cumprimentar.
- Oi – Era Trixa, que olhava com um olhar penetrante e um sorriso de lado. Algo devia estar muito errado para ela estar assim.
- O que foi, Trixa? – Falei para ela, fechando meu armário e a encarando.
- Eu sei que você é afim da , aquela garota insossa que você anda agora.
- Ah é? E se eu gostar? – Disse, andando pelo corredor, ignorando a garota.
- Ah, nada. Só acho que ela não vai gostar quando descobrir sobre sua aposta com – Ele parou e olhou assustado para a garota, mas antes que pudesse perguntar como ela sabia, esta respondeu – Eu sei de tudo. Minhas fontes são super confiáveis. Aposto que aquelazinha vai ficar super mal quando descobrir – Trixa falou, olhando para suas unhas, fazendo pose de “superior”.
- O que você quer? – Falei derrotado. Ela só falou um “Te conto mais tarde”, pois já estávamos atrasados para a aula.
Na hora do almoço a encontrei novamente.
- Então? Vai falar o que quer?
- Nada.
- Nada?
- Eu disse que você ia se arrepender. Essa é minha vingança – Ela saiu andando.
- Trixa! – A alcancei e a puxei. – Eu sei que você tem um preço, me fala ele – Ela deu um sorrisinho e me respondeu:
- Ok, meu preço é fazer com que eu fique junto de uma pessoa .... E essa pessoa é .
- Mas ele tem namorada! Ele é meu melhor amigo, eu não posso fazer isso.
- Você é quem sabe – Ela disse simplesmente e foi embora. O que iria fazer? Se eu não fizesse, Trixa iria abriria aquele bocão e nunca mais iria olhar para mim... Mas o meu melhor amigo! Eu jamais poderia fazer isso. Tinha que pensar. Fui até o carvalho perto da quadra. estava muito ocupado com a nova jogada para vir procurar por mim, o que me dava tempo para refletir sobre minhas opções. Acabei encontrando com , que estava na árvore.
- Hey, ! – Falei, chamando a atenção dela, e me sentei seu lado.
- Oi – Dei um sorrisinho. Ela ainda me chamava pelo meu nome, quer dizer, nem para me chamar pelo meu apelido. Falei para ela me chamar de . Ela concordou. Perguntei o porquê dela estar ali.
- Eu vim pensar um pouco, daqui a pouco vai começar as provas e eu tenho que ir bem. E você, senhor perfeito? Pensando em provas também?
- Não, no jogo – menti – Espero que a jogada funcione – Falei, com meu olhar depositando-se no campo. Senti o olhar de . Virei-me olhando para o seu rosto e meus olhos se focaram nos dela. Reage, ! Quando ouvi o sinal tocar, consegui me movimentar. Levantei rapidamente e fomos de volta pra dentro do prédio. Antes de entrar na classe, recebi uma mensagem que dizia:
“Você tem até amanhã para se decidir. Te encontro depois da primeira aula no meu armário. XOXO Trixa”
Era isso, eu tinha menos de 24h para decidir o que iria fazer, mas sabia que já tinha a resposta.
Sexta feira amanheceu nublada, mas não de um jeito normal. As nuvens pareciam pretas. Logo iria chover.
Peguei minhas coisas e joguei dentro do carro, onde me sentei e bufei. Teria que falar com Trixa hoje e não seria coisa boa. Dirigi até a escola e, como sempre, cheguei cedo. Fui ao meu armário onde soquei minha mochila. Ao pegar meu celular, percebi que tinham duas mensagem de Trixa. Uma que ela havia me mandado ontem à noite e uma de ... ? Nem sabia que ela tinha meu telefone. A primeira dizia:
“Te encontro no almoço na sala 204, para sua resposta final”.
A de falava:
me mandou avisar para não esquecer o treino de Sexta, depois da aula. Beijos, ”.
Ah, ela devia ter pegado meu telefone com . Deve ter acabado de novo os créditos do celular dele. Isso que dá ficar conversando com a namorada por celular. Fechei a mensagem e fiquei olhando para a foto que era o meu fundo de tela do celular.

Capítulo 13

Xxx –
O dia começou incrivelmente nublado. Peguei um guarda-chuva na hora de sair de casa. Entrei na escola, que parecia um pouco mais cheia que o normal. Devia ser porque todos que ficavam do lado de fora estavam dentro da escola. Mas foi apenas após o almoço que começou a chover. A chuva estava muito forte e incessante e continuou assim até o horário da saída. A mãe de iria atrasar, mas não estava preocupada, combinamos que ela iria dormir na casa dela para podermos ir ao jogo juntas no sábado.
O silêncio permanecia no ar, apenas algumas pessoas na escola estavam ali, a maioria já tinha ido embora e o resto olhava a chuva cair.
- Oi, gatinhas – Disse com um sorriso na cara, sentando com a gente na escada.
- Ué, o que você está fazendo aqui? Pensei que já tinha ido embora – falou intrigada.
- Eu tenho treino de futebol. Vamos treinar na quadra interna mesmo – É mesmo, tinha me pedido para enviar uma mensagem para Thomas ontem.
- E o time de basquete?
- Eles sabiam que tínhamos que treinar e deixaram usar a quadra. Claro que não é grande como o campo, mas vai dar para treinar a jogada. Depois, o carro da mãe da chegou.

Xxx -
Parei na frente da porta da sala 204. Respirei fundo e entrei nela, onde encontrei Trixa, que me esperava.
- Já se decidiu?
- Sim, mas antes eu tenho duas perguntas. A primeira é: O que acontece se eu te ajudar com e mesmo assim ele não te quiser?
- Vou contar, pois meu objetivo é conquistá-lo.
- E se eu escolher meu amigo, como você pretende fazer com que acredite em você?
- Eu dou meu jeito – Disse ela para mim com uma cara “malvada”. Eu sabia que Trixa conseguiria se quisesse.
- Então vá em frente. Eu não vou tirar a felicidade do meu amigo. E se eu te conheço, você faria de qualquer jeito – Logo em seguida saí da sala. Espero que eu tenha feito a escolha certa.
Na hora da saída, me puxou e disse que o treino iria ser na quadra de basquete, mas eu já sabia disso. Coloquei tudo no armário e fui para a saída principal. Trixa estava à caminho de lá, bem onde estavam e .
- Oi, gatinhas - falei, sentando-me com elas. Talvez eu conseguisse adiar o encontro dela com Trixa se ficasse por perto. Conversamos um pouco até elas irem embora e eu fui para a quadra praticar.
O treino levou umas horas até fazermos um intervalo. Peguei na minha mochila a garrafa de água que tinha. veio se sentar comigo. Ele praticamente se jogou do meu lado. Então, pegou meu celular e começou a mexer.
- Então dude, você tá gostando da de verdade né?
- Ah, sei lá.
- Pois eu tenho certeza – Ele disse, mostrando-me o meu celular, onde tinha no fundo de tela a foto que tiraram de mim e da dormindo juntos. Nesse instante tive vontade de falar “É, mas ver você feliz é mais importante”. Suspirei pensando que aquela garota que eu gostava iria me odiar em pouco tempo.

Xxx –
Sábado amanheceu com sol. Aquela chuva clareou o dia hoje. Eu e fomos tomar café e nos vestimos rapidamente para irmos ao jogo. Já eram 11:45 da manhã quando chegamos. Ainda faltavam 15 minutos para o jogo começar, mas já tinha bastante gente na platéia. Os garotos saíram do vestiário e fizeram aquecimento.
Logo começou a partida. Nunca fui muito de entender football, mas sabia que nossa escola estava ganhando. Provavelmente eles ganhariam a partida. me contou que esse jogo era importante, pois eles iriam jogar contra os grandes rivais e se ganhassem iriam para as finais.
Quando chegou o intervalo fui comprar um refrigerante na maquina do corredor, mas antes, acabei encontrando com Trixa.
- , não é? – Ela me perguntou.
- Sim – falei sem entender o porquê dela estar falado comigo. Ela nunca falou comigo em toda a minha vida, tirando poucos insultos quando pegava ela e juntos.
- Eu sinto que devia te contar... – ela falou olhando para mim com um ar diferente. Ela mostrou um sorriso que tentava disfarçar – te enganou. Na festa em que ele foi falar com você, ele não estava bêbado. O não bebe, por mais que o ofereçam. Era apenas uma aposta.
- E por que eu deveria acreditar em você?
- Se não quiser veja por si mesma – Ela pegou o célula, cheio de lantejoulas, e me mostrou um vídeo.
“- Ah, além disso, olha aqui video-game. Eu vi o chupão em , você venceu – entregava um jogo para ”.
Não podia acreditar no que via. Só depois de terminar de ver o vídeo percebi que uma lágrima havia escorrido do meu rosto. Tudo o que ele fez era uma mentira, ele não estava bêbado. E a marca que ele fez no meu pescoço naquele dia era por causa de uma aposta. Subitamente coloquei minha mão no lugar onde antes ficara a marca.
Devolvi o celular a Trixa e saí correndo de lá. Parei em outro corredor, longe o suficiente para que aquela víbora não pudesse me ouvir. Lagrimas começavam a correr pelo meu rosto. Tentava fazer elas parassem, mas não tive sucesso. Como fui Idiota! Nada era verdade. Eu nunca tinha percebido, mas eu gostava de .

Capítulo 14

Xxx –
Sábado surgiu com o sol, mas mesmo assim eu estava nervoso. Tinha que ficar de olho em Trixa e prestar atenção no jogo. Peguei o caderno das jogadas e dei uma última olhada na que iríamos usar hoje. Esperava que tudo acabasse bem.
Peguei meu carro e fui à escola. Encontrei todos no vestiário, coloquei meu uniforme e fomos para o campo aquecer um pouco. Tinha apenas umas pessoas quando chegamos, mas com o passar do tempo foram chegando cada vez mais. O outro time também já tinha chegado e se aquecia do outro lado do campo. Quando olhei a platéia novamente já estava cheia, quase lotada, mas meus olhos se fixaram em apenas em uma pessoa. Na garota que sentava no banco de torcida. Trixa, que conservava aquele olhar de vitoriosa na cara. Será que ela já tinha contado para ?
- Tenho que ficar de olho nela – Pensei em voz alta.
- O quê? – tentava ver onde eu olhava.
- Ah, é Trixa. Ela está querendo aprontar alguma coisa, olha só a cara dela.
- Não se preocupe, dude, se concentra no jogo agora.
O jogo estava prestes a começar. Bloqueei os pensamentos externos e me foquei na jogada. Quando chegou o intervalo do jogo, estávamos na frente. Fui até o banco beber um pouco de água e pegar uma toalha. De repente, fala.
- Dude, Trixa foi falar com . Elas estão no corredor principal.
- O quê?! – Eu disse e saí em direção a primeira entrada que dava para a escola. Fui até o corredor principal onde só havia Trixa com um olhar tão maldoso que podia fazer uma criança chorar.
- O que você disse a ela? – Falei com uma voz alterada.
- Nada que não fosse verdade – Ela saiu andando. Corri pelos corredores procurando por ela, até finalmente encontrá-la. Quando cheguei mais perto vi que tinha lágrimas em seu rosto. Como sempre meu coração se espremia.
- – A virei para minha direção fazendo com que ela olhasse para mim – O que houve? – Eu até que já sabia a resposta.
- Não me toca – Ela se afastou – Você é um grande idiota.
- Calma – Falei, aproximando-me um pouco, mas ela se afastou.
- Você me enganou, e ainda por cima por uma aposta? Seu imbecil – Ela estava com a cabeça abaixada e as lágrimas caiam. Meu peito começou a se apertar cada vez mais. Não podia a ver assim. Ela se virou e andou pelo corredor. Não posso deixar as coisas assim. Fui atrás dela. Puxei-a pelo braço e a segurei grudada a mim. Rapidamente grudei nossos lábios. Um frio subiu minha espinha. Já havia um tempo que queria fazer aquilo. Me senti muito bem de estar tão perto dela... Ela parecia estar relaxada em meus braços, mas logo tornou seu corpo rígido e se soltou de mim.
- Eu te odeio! Fique longe de mim! – Ela gritou e saiu correndo até a porta que dava para a saída. E não sabia o que fazer e tinha que voltar para o jogo, mas sentia uma dor no peito agora mais forte do que nunca e um peso sobre a cabeça que podia me derrubar.

Xxx –
- – Gelei ao ouvir meu nome vindo da pior pessoa que podia parecer – O que houve?
- Não me toca! Você é um grande idiota! – Me afastei. Ele tentou me acalmar se aproximar de mim, mais uma vez eu recuei. Não conseguia me acalmar ou fazer as lágrimas pararem. Não queria mais vê-lo. devia pensar que eu era muito burra mesmo!
- Você me enganou – Cerrei meus punhos e abaixei minha cabeça. As lágrimas continuavam a cair – E ainda por cima por uma aposta? Seu imbecil! – Ficamos parados por alguns segundos, quando eu não aguentei mais. Não podia ficar mais um minuto lá, não com ele. Virei e andei em procurando de uma saída. Qualquer saída. Mas antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, me virou e me deu um beijo. Meus punhos estavam em seu peito e os braços dele em volta de minha cintura. Por um minuto, me derreti nos braços dele. Ele estava quente, mas não sabia se era por causa do jogo ou por tudo que havia acontecido. Não iria deixar isso continuar. Ele me enganou. Praticamente brincou comigo. Voltei a mim mesma e nos separamos.
- Eu te odeio! Fique longe de mim! – Gritei para ele e fui em direção à saída que finalmente achei. Fui correndo pelas ruas sem me importar se as pessoas me encaravam. Finalmente, cheguei em casa, onde subi para o meu quarto e me tranquei lá. Lembrei que meus pais tinham saído para a casa dos meus tios e só voltariam no final da tarde, então eu podia chorar o quanto quisesse. Não sei porquê chorar tanto, sempre soube que ele era um otário. Arranquei o colar dele que estava em meu pescoço e o atirei longe.

Capítulo 15

Xxx –
Passei o domingo pensando em como poderia me desculpar, ou ao menos fazer com que ela olhasse para mim.
Segunda chegou. Ainda estava indeciso sobre que fazer em relação a . Cheguei e ouvi um tumultuado de gente me parabenizando pelo jogo. Finalmente tínhamos ganhado do nosso rival e todos estavam animados. Eu até conseguia dar sorrisos, mas por dentro eu estava destruído. Vi passar conversando com . Passei pela multidão para poder falar com ela, mas antes que conseguisse, o time inteiro veio, me levantou e começou a gritar meu nome que nem loucos. Estavam super felizes pelo jogo.
Não consegui me concentrar nas aulas que vieram e muito menos falar com qualquer um. não estava por perto em nenhuma das aulas e só pude vê-lo no almoço, mas ele estava sentado com o time de football. Eu não aguento mais a animação de todos! Eles estão tão felizes, mas eu estou arrasado por dentro. Foi quando saí do refeitório e corri em direção ao carvalho. Não tinha ninguém por perto e era longe o suficiente para ninguém me ver. Precisava ficar sozinho.
Eu sou muito estúpido! Nunca fui tão imbecil em toda a minha vida. Nunca devia ter feito aquela aposta. Odeio esse sentimento. Odeio essa coisa que está me abatendo tanto. Odeio ela!
Eu estava sentado com os meus braços em meus joelhos. Pensava no que ela tinha dito no outro dia. Ela tinha toda a razão de estar brava comigo. Senti as lágrimas quentes saírem dos meus olhos.
Finalmente passamos para o fim da aula. A dor em meu peito permanecia. Eu era o último a sair da escola, ou era o que eu achava, quando vi guardando suas coisas no armário.
- Preciso fala com você – Falei serio, encostando-me nos armários e a olhando.
- Mas eu não quero - Ela disse fria.
- Por favor, , eu preciso te explicar – Ela não falou nada, somente começou a andar. Segurei-a e a puxei rapidamente para um armário de suprimentos que tinha ali. Acendi a luz que era fraca naquele lugar escuro. Era tudo fechado, não havia nenhuma janela por onde a luz pudesse passar. Empurrei-a para a parede, obrigando-a a olhar para mim. Fixei meu olhar no dela, mas ela me evitava. Isso me deixou nervoso. Eu mantinha meu braço do lado dela, impedindo-a de fugir.
- Olha, eu sei que o que eu fiz foi errado. Mas eu realmente gosto de você. E você mesma sabe disso...
- Não é verdade! Eu só sou uma aposta – ela olhava triste para o chão. Aproximei meu rosto do dela, que ainda relutava em olhar para mim. Beijei-a. Ela colocou suas mãos em meu tórax, não como se fosse me afastar, mas de um jeito delicado. Começamos um beijo mais intenso, meu corpo se aproximou mais dela. Senti aquele sentimento de felicidade incrivelmente forte dentro de mim. Isso só acontecia quando eu estava junto dela.

Xxx –
Segunda-feira de novo. Odeio segundas. Mas fazer o quê? Teria que ir pra escola a não ser que estivesse morrendo, pois não me deixariam faltar. Encontrei com que me deu uma bronca por eu ter ido embora no Sábado sem avisar. Ela ainda não sabia sobre , quer dizer, .
Estava passando no corredor, conversando com , quando vi aquele farsante entrar no colégio. Nesse mesmo segundo veio um bando de gente envolta dele. Continuei andando. A última coisa que queria fazer era vê-lo. Esse era o primeiro dia que eu não usava o colar que ele me dera. Eu usava todos os dias, desde o dia que ele me deu.
Na hora do almoço vi sentado na mesa dos jogadores, mas tinha alguém que não estava lá. fez sinal para que nós nos fossemos até lá. Enquanto estava distraída, perguntei a se ele sabia se já tinha ficado bêbado. Ele respondeu que nunca tinha tomado nada alcoólico, pelo menos não na frente dele. Desconfortável, deixei e seu namorado.
Fui ao grande carvalho, mas havia alguém lá. Era , ele estava com lágrimas em seu rosto e eu consegui ouvi-lo murmurar “Sou um idiota”. Não queria vê-lo, muito menos daquele jeito. Voltei ao lado de fora do refeitório. Parei lá. Sei que ele foi um grande mentiroso esse tempo todo, mas se ele ganhou a aposta no museu, por que ele me enganou na outra festa? Essa pergunta me deixava louca. E ele tentou se tornou meu amigo com aquela historia de pacto e tal...
Na hora da saída acabei ficando tão pensativa nesse assunto que, quando percebi, só tinha eu na classe. Fui ao meu armário guardar minhas coisas.
- Preciso falar com você – falou ficando do meu lado.
- Mas eu não quero.
- Por favor, , eu preciso te explicar – Ignorei-o, indo em direção à porta. Ele, então, me puxou para dentro de um armário escuro. Ligou as luzes. Era pequeno ali e bem escuro, sem janelas. Haviam estantes na parede com materiais, tudo bagunçado. me encurralou na parede. Não podia olhar para aqueles olhos. Estes com certeza me hipnotizavam.
- Olha, eu sei que o que eu fiz foi errado. Mas eu realmente gosto de você. E você sabe disso – tudo que vinha a minha cabeça era hoje cedo, debaixo do carvalho. Ele estava chorando por minha causa.
- Não é verdade. Eu só era uma aposta – Eu não podia. Eu já tinha ficado magoada demais por causa dele. Antes que percebesse, estava me beijando. Isso fez com que eu sentisse borboletas em meu estomago. Minhas mãos estavam em seu peito. Nesse momento percebi o quanto queria esse bobão perto de mim. Mas, então, veio a lembrança do vídeo de Trixa. Separamos-nos. Olhei para ele de um jeito triste. Acho que não tinha jeito de nós ficarmos juntos. Corri. Era a única coisa que eu fazia nesses últimos dias; correr de todos os meus problemas.
Voltei para casa e fiquei no meu quarto. Olhava o colar que estava na minha escrivaninha. Passei a mão em volta do pingente, sentindo os detalhes.

Capítulo 16

Xxx –
Agora minha culpa já diminuía e a raiva vinha à tona. Ela saiu correndo de mim durante o beijo. Pensei que ela queria também. Que raiva! Na hora que cheguei em casa me joguei na cama e dormi até ser noite.
Terça feira, minha raiva aumentou. Não conseguia ficar perto de e todos os meus pensamentos sobre ela me davam raiva. Quarta não melhorou, apenas me alegrou mais um pouco por ser feriado dali em diante.
Eu tinha que me esquecer dela. Obviamente, ela não iria escutar nada sobre mim ou sobre o que aconteceu. Nada era melhor para esquecer de alguém do que uma festa. Que, por acaso, aconteceria na sexta. Seria bom passar um tempo com os caras e me distrair. Quem sabe eu me acalmo um pouco.
O dia da festa chegou. Eu estava super tenso e cansado devido às lembranças do jogo com , que vieram à tona enquanto eu dormia. Praticamente passei as noites em claro, mas quem sabe depois da festa eu não fique melhor. Vesti uma bermuda preta com alguns detalhes verde limão e uma blusa branca. Coloquei meus tênis Nike, peguei as chaves do carro e saí de casa.
Cheguei ao recinto onde podia ver uma cena típica de festa: Um monte de gente do lado de fora e música super alta. Ainda eram nove da noite. Entrei no local, onde via várias pessoas da escola, mas que nem sabia os nomes delas. Ouvia vários “Valeu pelo jogo!” e recebia vários tapinhas nas costas. Eu forçava o sorriso para todos que se aproximavam, mas finalmente consegui da um sorriso sincero quando vi .
- Dude! Vamos, o time ta lá na cozinha – falava abrindo caminho até o lugar. Todos conversavam, alguns já estavam bêbados e outros estavam com as bebidas nas mãos.
- Hey, toma aí uma – Gabriel veio e me deu um limão e um shot de tequila, que eu virei e senti minha garganta queimar. Senti-me bem melhor.

Xxx –
- , só você pra me tirar de casa pra ir numa festa, contra minha vontade.
- Ah, cala a boca. Você não sai faz tempo. Agora você vai nessa festa, mesmo com o que aconteceu outro dia – já sabia de tudo e tentou me animar um pouco. Eu realmente não queria sair de casa, mas falou que eu tinha que ir se não nunca mais iria me ajudar com nada.
Entramos na casa e eu fui direto ao banheiro. Eu não estava muito à vontade com aquelas pessoas tão animadas enquanto eu me sentia tão mal. Fiquei por lá mais alguns minutos e saí. Já marcavam 11 horas no meu celular. Eu teria que ficar até 1 da manhã. Andei em volta do lugar tentando achar novamente a , mas esbarrei com alguém indesejável.
- Olha por onde anda – Ele falou olhando para mim. Seu rosto estava avermelhado e sua voz estranha. revirou os olhos e saiu. Na minha opinião, ele podia ficar bem longe de mim o resto da festa.
Sentei-me no sofá e fiquei olhando todos conversarem, dançarem e até caírem de bêbados. Depois de meia hora sem fazer nada ou ficar jogando no meu celular, eu me levantei e fui pegar uma coca. Entrei na cozinha onde vi alguns jogadores que já estavam bem embriagados. Peguei um copo que coloquei o refrigerante. Voltei para o lugar onde algumas pessoas ainda estavam sóbrias. Do nada, chega perto de mim com um rosto preocupado.
- , você viu o ? Eu não o acho em lugar nenhum!
- Eu não faço a menor idéia de onde ele esteja e nem quero saber.
- Que estranho. Pensei que ele estivesse bebendo na cozinha com os caras...
- Ué? Você disse que ele na bebia.
- Não bebe, mas hoje ele fez uma exceção. Ele tava meio deprê esses dias – Mal pude acreditar no que falava. devia estar muito bêbado. Aquele retardado ficava fingindo e depois fica realmente bêbado. Eu devia dar um tapão na cara dele. já tinha saído de perto de mim e continuava procurando por na “pista de dança”. Fui para o jardim, sabia que iria encontrá-lo lá e de fato lá estava ele, perto da piscina. Aquele idiota! E ainda estava com uma garrafa de vodca. Uma real. Retardado!
- Você consegue ser a pessoa mais idiota da face do planeta.
- É? Mas isso não é possível, porque você já ocupa esse lugar – Ele falou dando mais um gole na garrafa.
- Sabe, você realmente consegue me irritar!
- Quer dizer que eu estou fazendo meu trabalho direito – Ele falou com um sorriso sádico no rosto. Arranquei a garrafa de vodca da mão dele, que protestou.
- está te procurando – Falei, andando de volta para a casa. Senti a mão de segurar violentamente o meu braço e puxar a garrafa.
- Deixa ele se preocupar, tô nem aí. E você não é ninguém pra ficar tirando o que eu bebo da minha mão. Sai do meu pé, sua pirralha ridícula. Só porque eu te beijei tá achando que pode mandar em mim... – antes que ele pudesse continuar, virei um tapa no rosto dele. Olhei para baixo com os punhos cerrados.
- E você é um idiota falso! Eu te odeio! Nunca devia ter chegado nem perto de você – Corri de volta para dentro, deixando-o lá.

Capítulo 17

Xxx –
Acordei no dia seguinte jogado no sofá da casa onde havia acontecido a festa. Haviam algumas pessoas dormindo pela casa. Não me lembrava de quase nada. Só lembro da discussão que tive com e as bebidas que virei ontem à noite. Minha cabeça doía muito devido ao álcool. Meu olhar parou na garota deitada na poltrona ao lado, com os braços cruzados, como se tentasse se esquentar. Olhei no relógio, eram 7:47 da manhã. Obviamente ninguém iria acordar durante um tempo. Tirei meu casaco e coloquei sobre , que permanecia com os olhos fechados e com rosto que expressava leveza. Beijei sua testa e fui à cozinha procurar um remédio para minha cabeça. Finalmente a achei em um armário. Sentia minha cabeça melhorando aos poucos. Olhei para a pia onde haviam várias garrafas de vodca que os caras do time tinham bebido. Mal podia acreditar que tinha ficado bêbado. Com certeza não iria fazer de novo, pois também lembrava de ter vomitado no banheiro do andar de cima. Coloquei minha cabeça entre meus braços, deitando na pia. Ouvi passos atrás de mim, rapidamente me levantei, olhando o rosto de . Sorri fraco para ele. Arrumamos um pouco da bagunça, mas logo tive que ir pra casa.
Segunda veio e nada melhorou, além da enxaqueca. Segui para as minhas três primeiras aulas. Acabei dormindo na quarta. percebeu que eu não estava bem e resolveu não mexer comigo.
Minhas aulas passaram sem eu prestar atenção em nenhuma delas. Logo após a última aula me despedi de e fui ao grande carvalho que estava belo. Só o olhei por alguns segundos e depois voltei para poder ir embora. Mas acabei vendo . Ela estava parada olhando para mim. Ela, então, me devolveu o casaco que eu tinha esquecido com ela no dia da festa.
- Obrigada – Ela disse simplesmente – Você não devia ter feito isso. Pensei que eu não era ninguém, só uma pirralha – Ela falou, dando-me as costas e indo embora.
- Você sabe que eu não quis dizer aquilo.
- Idiota – Ela disse depois de para de andar.
- Hey... – Falei, pegando no braço dela e fazendo ela me encarar. Colei nossos corpos. – Você que é idiota. Você nunca quer ouvir quando eu digo que estou realmente.... Apaixonado por você.

Xxx –
Segunda feira. Odeio começo de semana! Fico morrendo de sono. Cadê meu travesseiro? Ainda por cima vou ter que devolver o casaco de .
#Flashback
Acordei Sábado de manhã com o cheiro de entrando pelo meu nariz. Quando abri os olhos vi que um casaco, da onde vinha o cheiro, me cobria. Puxei o casaco mais para perto, respirando aquele cheiro bom que tinha. Levantei-me, encontrando com que, levava alguns sacos de lixo. Perguntei se ele sabia de quem era aquele casaco e ele me falou o nome que eu já imaginava. Apesar do que ele me disse ontem, eu não conseguia parar de pensar no que ele tinha me dito outro dia e na cena dele debaixo do carvalho.
#Flashback
Não tinha o visto em lugar nenhum. No final da aula, passei na sala dos garotos, mas só encontrei , que disse que já havia ido embora e que ele não parecia estar bem. Não acreditei muito nas palavras dele, então fui até a quadra, talvez estivesse por lá, mas não tive sorte. Apenas quando olhei um pouco mais além da quadra que o achei. Estava perto do grande carvalho. Rapidamente subi aquele morrinho e o observei. Logo ele se virou e me encarou. Estendi minha mão com o casaco.
- Obrigada – Pausei – Mas você não devia ter feito isso. Pensei que eu não era ninguém, só uma pirralha – dei alguns passos em direção ao colégio.
- Você sabe que eu não quis dizer aquilo – ele disse, fazendo-me parar. É, eu sabia que ele estava realmente bêbado e que não sabia o que estava falando, mas isso não fazia ele deixar de ser um.
- Idiota – Pensei alto.
- Hey - ele falou me chamando a atenção. Ele me puxou e me virou para que ficássemos frente à frente. Ficamos muito próximos – Você que é idiota. Você nunca quer me ouvir quando eu digo que realmente.... Estou apaixonado por você – conseguia realmente me irritar, mas ele não era uma má pessoa. Tudo o que ele fez esse tempo todo acabou por mudar minha opinião sobre ele.
- Eu sei. Você realmente me magoou – olhou de lado com um olhar triste – Mas acho que é isso o que acontece quando você também está apaixonada por um idiota – Falei, agarrando seu pescoço e lhe dando um beijo, que foi o melhor da minha vida. Senti uma corrente elétrica passar por toda a minha espinha. Finalmente sentia todo o calor que aqueles braços podiam me oferecer.
Quem diria que um dia esse boboca iria se tornar meu príncipe? No final ele me pediu em namoro e acabamos juntos. E eu me senti melhor do que nunca.

Xxx –
Ela quis dizer, nós nos sentimos melhores do que nunca!

FIM

n/a: Obrigada a todos que leram minha fanfic e que acompanharam, ou até que está lendo como finalizada, OBRIGADAAAA! Comentem por favor, pois de vez em quando ainda passo pela pagina para ver quem comentou ;D. Espero fazer mais fanfics e espero que todos gostem delas como gostaram dessa. Obrigada mais uma vez – L.C

comments powered by Disqus



Percebeu algum erro? Avise-me por e-mail. Obrigada.