My Eternity
Autora: Nathy Silveira | Beta: Thais




Sério, o dia dos namorados é completamente inútil. Os namorados sempre compram ursinhos de pelúcias e bijuteria pra namorada. A namorada sempre se quebra pra achar algo que o namorado gostaria de ganhar, porque convenhamos, achar presente pra garoto é extremamente difícil. E então vem os solteiros. Tem aqueles que ficam super felizes por não ter namorada(o) e vão pra balada/pub/qualquer lugar onde tenha bebida e gente pra pegar, e tem aquele solteiros que, (são na maioria meninas) ficam em casa, assistindo filme, comendo chocolate, abraçada com seu travesseiro ou com o ursinho favorito. Eu sou a que fica chorando assistindo Diário de uma Paixão com meu cachorro.
Hoje é dia dos namorados. E eu não tenho um. Deve ser pelo meu jeito meio estabanado, ou porque eu sou nada discreta. Eu também sou grossa, muito grossa, mas só com quem merece. Também pode ser pelo fato de que essas pessoas do meu colégio são escrotas o suficiente para ligar apenas para a aparência e pelas roupas de marca que os populares usam. O pior de tudo, é que eu ainda consigo fazer pior de tudo: me apaixonar pelo mais popular do colégio...
era meu amigo quando criança. Pode ser até meio clichê, mas eu sei que a gente se gostava. Ele superou esse “amor”, mas eu ainda sinto aquela atração enorme por ele. Ele nunca foi aquele canalha que pega todas nas festas, nem daqueles que ficam zoando os nerds, porque ele era quase um. Ele era um dos melhores da sala, sempre com as notas mais altas. É de dar raiva. Claro que sempre tinha suas brincadeirinhas no meio da aula, mas sempre sabia a hora de parar, ao contrário dos outros meninos. Ele e o eram os mais desejados, e eram poucas as meninas que conseguiam tê-los. Eu era uma delas, é claro.
Eu cheguei ao colégio e vi altos casais se abraçando, com o presente na mão. Patético. Eu fui andando sozinha ali, no meio do pátio procurando alguém pra conversar e me distrair. Procurei pelo , e nada.
- AMIGAAA! - ouço alguém me chamar, viro meu o corpo pra saber quem é e dois braços me abraçam, me fazendo abraçar de volta. Depois de alguns segundos abraçada com esse alguém que ainda não identifiquei, nos soltamos e vejo que é a .
- E aí, gata, o que aconteceu? - ela não fala nada, só ergue sua mão decorada com um anel lindo. – Quem. Te. Deu. Esse. Anel? Foi tua mãe né, porque, rs - perguntei ciumenta.
- Adivinha!? – ela exclamou, olhando pro , sorrindo.
- O ? CARALHO, tô super feliz por ti amiga – ok, então, um dos garotos mais lindos do colégio pediu minha melhor amiga em namoro. Sortuda. Menos um. Caramba, pareço uma maníaca falando assim, risos. A abraço mais uma vez, feliz.
O sinal bate, e vamos para a sala. As aulas passam, e não presto atenção em nenhuma. Na última aula eu "acordo" do meu transe, quando a porta da sala abre, e a mulher com um buquê de rosas vermelhas na mão chama quem ela procurava.
-alia)? - depois de vários “qual?”, ela responde o sobrenome, que me faz gelar. – .
Eu levanto da cadeira e vou até a porta.
- Tu tá de brincadeira, né, tia? Não é para mim isso. Não pode ser. – ela ri e me entrega. Todos da sala começam a fazer brincadeirinhas e minhas amigas perguntam de quem é. Pego o pequeno cartão vermelho, que estava enroscado em algumas flores do buquê. Abro o cartão e sorrio.

“Pra garota mais linda do colégio.
Encontre-me na saída, você saberá quem é na hora.
Não esqueça. Eu te amo.”


Ok. Nunca vi coisa mais romântica. A professora de português, que é a mais legal da escola, olha para mim com um olhar malicioso, rindo, eu rio junto, mas agora corada. Entrego o cartão para minhas amigas que esperavam curiosas pelo mesmo. Essa aula passa mais devagar que o normal, talvez por eu estar ansiosa e nervosa com a saída. O sinal bate, os meninos da sala saem correndo parecendo uns macacos e as meninas me dão boa sorte “com o gatinho que você arrasou o coração”. Respiro fundo e vou andando bem devagar tentando processar o que estava acontecendo. E se for um pedófilo? Ou um daqueles caras loucos de Criminal Minds que matam as meninas por que ele tem um trauma da infância? Balanço a cabeça tirando esses pensamentos malucos e passo pela catraca. Procuro um garoto feio, ou nerd, mas não, vejo o segurando uma rosa vermelha. Sorri pra ele e ele retribuiu. Foi o momento que soube que era ele, quem eu sempre amei. Corri até ele e o beijei. Um zoológico começou a fazer festa em meu estômago. Separamo-nos e ele abre uma caixinha preta de camurça. Haviam dois colares dentro. Eram dois corações, e atrás estava escrito “My Eternity”.
- , namora comigo? – ele pergunta ansioso.
- Sim. Sim. Sim, sim, sim. - Sorrimos com minha resposta, e ele coloca um dos colares em meu pescoço, logo após, coloca o outro colar no seu. Beijamos-nos outra vez. Ouvi alguns gritinhos felizes de minhas amigas e uns “é isso aí, cara!” dos amigos dele. Alguns aplausos também apareceram.
Tive um final feliz, afinal. Não esperava isso. Só sei que agora eu não vou mais assistir Diário de Uma Paixão. Não sozinha. Happy Valentine’s Day!

Fim.


N/A: IOIOIOIOIOIOI, galeronnnnn! Finalmente eu consegui reescrever essa short, né? Eu tava achando ela muito curtinha, então eu aumentei ela e ficou tão fofa, own :3
Obrigada por ler, tomara que vocês tenham gostado, comentem e esperem pela minha próxima fic que já já estará no site!!
E se a minha beta limda com m de maravilhosa conseguir mandar essa fic pra att dos dias dos namorados, FELIZ DIA DOS NAMORADOS PRA VOCÊSSSSSSS, own =3 Tá, escrevi demais, tchau <3<3

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