Never Had a Dream Come True


Era um domingo ensolarado e quente no Rio de Janeiro, perfeito para uma praia. E não podia estar mais feliz. No dia anterior, ela tinha ido ao show da sua banda preferida, McFLY. Tinha sido o melhor dia de sua vida, ver seus meninos bem ali na sua frente, ouvir suas vozes tão de perto... E nada, nada podia estragar essa felicidade, só aumentar. E, então, foi à praia com suas amigas aproveitar aquele típico dia carioca. A menine chegou lá cantando Do Ya, uma de suas músicas preferidas, em alto e bom som, para a infelicidade de seus amigos que, segundo ela, não sabiam apreciar a verdadeira boa música. O que ela não sabia era que, ao mesmo tempo em que chamava a atenção da praia inteira ao fazer a sua própria trilha sonora, também o fazia com certos cinco rapazes sentados num canto da praia, procurando evitar o ataque de fãs com os hormônios em fúria.
- Dude, aquela menina ali tá cantando Do Ya, não tá não? – James Bourne perguntou, sendo o primeiro dos cinco a tapar os ouvidos.
- Cara, tá! Que irado, a gente devia começar a cantar também!
- Cala a boca, Dougie – Harry disse, ainda olhando para a garota.
- Ela falou meu nome? – Danny perguntou confuso.
- Yep, ela perguntou se você queria casar com ela – James explicou, o único que arranhava o português básico.
- Funny girl. – riu Tom.

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- Ai, gente, como assim, eu vou chorar, eu os quero de volta! – ainda gritava. Será que ela não entendeu que o resto da praia não estava realmente interessado nisso?
- , pára de gritar, garota! – gritava com ela, como sempre.
- Você não entende, ! – Sim, era uma criança.
E assim seguiu o dia na praia, um dia que até então parecia normal: enquanto queria passar o dia falando dos amores da sua vida – em especial de um deles, afinal, seu sonho sempre fora se tornar a Sra. Jones –, suas amigas não estavam muito dispostas a agüentar, ameaçando a garota das mais diversas torturas.

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- Olhando assim, ela é linda, né, caras? – Jones não conseguiu conter o comentário, estava concentrado em admirar a beleza da menina desde que a ouviu dizendo seu nome e pedindo pra casar com ele.
- "Olhando assim" significa olhando o dia inteiro né, Danny! Você não conseguiu parar de encarar ela durante horas! – Tom começava a zoar o amigo.
- Ih, relaxa aí, Tom, o rapaz só tá querendo conhecer novas culturas... – Harry debochou e todos riram.
- Acho que vou lá falar com ela. – James disse, interrompendo o momento rindo-da-piada do grupo.
- Oi? Você vai falar o que com ela, Bourne?! – Danny parecia só um pouco agitado demais nesse momento.
- Cuidado, James, daqui a pouco você vai apanhar! – Dougie não se agüentava de tanto rir dos ciúmes totalmente aleatórios de Danny.
- Hahaha, relaxa, cara, eu só acho que como a fã dedicada que ela mostrou ser, ela merecia conhecer os ídolos, ainda com um ex-Busted e atual Son Of Dork de brinde – James explicou, rindo.
- Ok, tirando a parte do brinde, dude, você é um gênio! – Danny parecia realmente empolgado – Por vocês tudo bem, caras?
- Acho que sim, só espero que ela seja gente boa – Harry deu de ombros.
- Ah, eu acho que vai ser legal, ela é maluquinha, vai divertir a gente, enquanto estivermos aqui – Tom falou sorrindo.
- Vai buscar a garota, Bourne! – finalizou Dougie.

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- Ei, com licença – James falou cauteloso, com medo de atrapalhar , que não parava de rir enquanto ele se aproximava.
- Ai. Meu. Deus. – a menina parou de rir no instante em que ouviu aquele di-vi-no sotaque britânico no pouco maravilhoso integrante da Son of Dork – Ja-James Bourne... Eu... Não... Acredito...
- E aí, garota! Posso ter o prazer de saber seu nome? – James perguntava enquanto abaixava ao lado da canga da menina.
- É... É... . – Por um segundo, sim, ela tinha esquecido seu próprio nome – O que você tá fazendo aqui? E porque você tá falando comigo?
- Ingleses também tiram férias! E porque não num país tão bonito? E, a propósito, era impossível te ver e não falar contigo, a senhorita não é do tipo que passa despercebida, nem mesmo num país com tanta mulher bonita junta. – James ia dizendo enquanto corava e abaixava a cabeça, olhando para as mãos.
- Pára de me deixar sem graça, Bourne! – ria enquanto levantava a cabeça – Vai, me conta sobre a sua vida! – ela estava muito empolgada, não podia acreditar naquele momento. JAMES BOURNE, pelamor!
- Ei, não tira meu foco, eu vim aqui com um objetivo! – olhou para James, como se dissesse para ele continuar – Hm, bem... Eu tenho um amigo que te achou a mais bonita das brasileiras!
riu alto.
- E quem é ele, James?
- Daniel. Daniel Jones, já ouviu falar dele?
E então, todas as amigas da meina se levantaram correndo para tentar descobrir o que estava fazendo ela começar a chorar tão de repente.
- Se acalma, sua maluca, ele não é o amor da sua vida? Você tem que rir e não chorar! – gritava, tentando enfatizar a parte do "não chorar", pois via a amiga desidratando em poucos minutos.
- Gente, é o Danny, é impossível isso, eu não consigo acreditar, onde ele tá, James? – a menina falava rápido demais e embolava as palavras.
- Bem, ele não tá sozinho, o resto da banda tá aí também, se você não se importar... – James não sabia se ria ou se preocupava com o estado da garota.
- Me importar? É CLARO, ÓBVIO que eu não me importo, ai meu Deus, Tom, Harry, Dougie, meus meninos, meu... Sonho...
- Hm, ok, vamos? Acho que se você ficar mais um tempo aqui não vão sobrar lágrimas para a hora que você conhecer eles – James se levantou rindo e abraçou a garota.

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estava com um vestidinho branco, curto e caído no ombro como saída de praia e um arco com uma flor de pano colorida, dando ainda mais destaque aos seus cabelos castanhos compridos e ondulados nas pontas. Os cinco meninos não conseguiam descrever a beleza da menina, mas a medida que ela se aproximava, chamava a atenção de um deles em particular...
- , esses são os homens da sua vida; McFLY, essa é a , a garota que fez questão de ensinar Do Ya para a praia inteira. – James riu, não podendo deixar de reparar na cara de Danny, que parecia encantado com a presença da menina.
- Eu não posso acreditar... – ela sussurrava, rindo e chorando ao mesmo tempo – Eu... Posso abraçar cada um de vocês?
Os meninos assentiram e a garota foi abraçando um por um, deixando Danny por último, em quem deu o mais longo e apertado dos abraços.
- Eu não sei o que dizer para vocês, eu não sei por onde começar, eu não sei nem se tenho palavras boas o suficiente para isso, mas eu vou tentar – disse, sentando na cadeira ao lado de Danny, fungando, tentando parar de chorar – Eu queria dizer que eu sou fã de vocês pela música de vocês, que é simplesmente a melhor que já foi feita, nem do fato de vocês serem os caras mais lindos e hots que eu já vi na vida, mas eu sou fã da pessoa de cada um de vocês, eu admiro o trabalho de vocês, tipo aquele vídeo que vocês fizeram na África, que me faz chorar mais a cada vez que eu vejo, e olha que não são poucas as vezes que eu faço isso – a menina esboçou um sorriso – Isso e tantas outras coisas me faz a mais orgulhosa das fãs, eu sinto vontade de berrar pro mundo inteiro que eu sou apaixonada pela melhor banda do universo! – As lágrimas recomeçaram – Ouvir uma música de vocês, a voz de vocês, acaba com a maior das tristezas, transformando-as na mais incrível das alegrias. E isso eu falo em nome dos vários fãs que certamente sentem o mesmo. Eu me sinto a mais feliz e realizada das pessoas por poder estar aqui, conversando com vocês e podendo dizer tudo que eu sinto e o quão feliz vocês me fazem, mesmo que eu já não saiba mais se as palavras que eu tô juntando estão fazendo algum sentido...
Nessa hora, Tom, o único do qual tinha conseguido arrancar lágrimas, segurou a mão da menina, que ainda tremia, beijou com cuidado, enquanto sorria para ela.
- Foi uma das coisas mais legais que eu já ouvi, cara – Dougie disse boquiaberto.
- Você é especial, pequena – Harry disse com brilho nos olhos.
- Eu disse que era a melhor das idéias chamá-la pra vir pra cá. – James sorria metido.
- Erm, eu posso falar com você um instante? – Jones não sabia o que pensar, não esperava ser tão importante para uma menina que nem conhecia.
- Claro – ela respondeu, acordando do transe que estava, quase entrando em outra quando encarou Danny, ainda não acreditava que era ele mesmo ali.
Os dois se levantaram ao mesmo tempo, Danny colocando a mão na cintura da menina para guiá-la, fazendo a menina se arrepiar totalmente por dentro.
- Olha, eu não sei o que te dizer... – Danny começou – Mas você já se mostrou uma menina incrível, mesmo que eu só te conheça há uns cinco minutos. E você é... Absurdamente... Linda. – o garoto completou sorrindo, secando uma lágrima que insistia em escapar dos olhos da menina.
não disse nada, não precisava dizer nada. Sorriu e abraçou Danny com todo o amor e sinceridade que existia nela. Se afastou um pouco e deu seguidos beijos estalados na bochecha do menino. Danny sorria por estar perto dela e nem sabia o porquê.
- Eu podia passar o dia inteiro te beijando assim! – a menina disse, finalmente parando de chorar e sorrindo, realizando o quanto estava feliz por estar perto DAQUELES meninos.
- Só na bochecha? – Danny sorriu malicioso.
- É só o que a Olívia me permitiria, Sr. Jones-Safadinho – respondeu, corando.
- Mas eu...
- Ei, ! – Harry gritou, interrompendo Danny – Vai rolar uma festinha particular hoje no nosso hotel, você vai né? Podia levar umas amigas...
- Hmmm, amigas!
- Cala a boca, Dougie! – riu James.
- Então, vamos, ? – Tom realmente tinha gostado dela, como se ele tivesse encontrado nela uma irmã mais nova.
- Claro que sim!
- ÊÊÊÊ! – berrou Dougie – No nosso hotel em duas horas, sem atrasos, dona moça!
- Então é melhor eu ir, eu ainda tenho que me arrumar e catar umas amigas pro Dougie Safado Poynter – a garota dizia se despedindo, fazendo todos rirem.

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- Eu não acredito que vim pra cá! – nunca parava de reclamar.
- Ah, , vai ser divertido, a gente não tava fazendo nada em casa mesmo.
- Obrigada por não me fazer agüentar as reclamações dela sozinha, . – falou rindo – E, além do mais, vai ser o máximo, vocês duas ainda vão me agradecer muito por essa noite!
As três estavam deslumbrantes: usava um tubinho roxo curto e tomara que caia, com um cintinho rosa-choque dando destaque e combinando com o scarpin da mesma cor; usava uma calça jeans escura, com uma blusa branca simples embaixo de um colete preto e um scarpin preto; também estava de vestido curto e tomara que caia, mas o dela era mais soltinho e preto e o visual se completava com uma sandália de salto também preta.
- Toc, toc! – disse abrindo a porta que estava encostada.
- Minha pequena chegou! – James veio abraçar a menina até conseguir tirá-la do chão – Hmm, e veio acompanhada, dudes!
- Larga ela, Bourne! – Danny reclamava, puxando-a para si.
- Ih nem começa, Jones, ela é fã de McFLY, não só de você, lembra? Nós merecemos a atenção dela tanto quanto você, darling. – Dougie disse agarrando a garota num abraço demorado.
- Mas é comigo que ela quer casar. – Danny disse emburrado, deixando roxa de vergonha.
- Ai meu Deus, não sabia que você tinha escutado isso! Tom, me esconde, eu tô com vergonha! – ela disse, saindo correndo para os braços do amigo, que a aguardava de braços abertos e sorrindo, até Harry se enfiar na frente da menina e a abraçar, fazendo cosquinha.
- Achou que ia escapar de mim, bonitinha? – Harry dizia enquanto fazia as cosquinhas e sorria, vitorioso, ao ver a menina rir sem fôlego.
Enquanto isso, Dougie já não perdia tempo em dar em cima de , ao mesmo tempo em que James levava para beber alguma coisa.
- E aí – Dougie dizia, se virando para a –, posso saber o nome da próxima Sra. Poynter? – fazendo a garota gargalhar.

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Depois de umas duas horas de "festinha particular", Dougie já tinha agarrado no sofá e Harry tentava, há uma meia hora, convencer a dar um único beijo nele. James já tinha perdido as forças reclamando que não tinha levado amigas suficientes e, nesse momento, se concentrava em ganhar no jogo de videogame. Tom e conversavam como se se conhecessem há anos, até o momento em que Danny, que já estava mais bêbado que todos os outros do quarto, se jogou no sofá ao lado de , colocando uma mão na cintura da garota e deitando em seu ombro.
- Esse aí, quando dormir, não acorda mais. – Tom riu se levantando – Vou ver se pego alguma coisa na cozinha pra beber, quer, honey?
A menina balançou a cabeça negativamente e agradeceu a Tom, se virando para Danny, que agora beijava o pescoço da menina, falando coisas inaudíveis em seu ouvido.
- O que você quer, Jones? – ela perguntou, tentando parecer indiferente, mesmo que contasse os segundos mentalmente para agarrar aquele garoto.
- Eu quero você, cara – Danny resmungou, puxando a menina para mais perto dele. Ela nem podia acreditar, seu coração estava saindo pela boca.
- Awn, Danny, você tá bêbado. – Ok, ela estava dispensando ele, era isso mesmo? Acho que a bêbada era ela, no fim das contas.
- Achei que você quisesse também – Danny disse se entorpecendo com o cheiro do pescoço da garota – me mostrar seus dotes brasileiros – o menino completou, fazendo se disparar a rir.
- Acho que você vai se aproveitar melhor dos meus dotes quando você tiver acordado o suficiente para isso – a menina respondeu, dando um beijo no canto da boca de Danny e se levantando, sem dar tempo para sofrer as conseqüências de sua provocação – Vamos, meninas? Já tá tarde e a gente vai voltar sozinha para casa...
- Outch, não acredito, eu não consegui nenhum beijinho ainda! – Harry reclamava, enquanto ria da cara de inconformado dele.
- É bom mesmo, porque o Sr. Poynter aqui já conseguiu acabar com todo o meu estoque – disse, empurrando Dougie e fazendo todos rirem.
- Não acredito que você já vai! – Tom disse, voltando da cozinha – O que vocês vão fazer amanhã?
- Elas vão vir pra cá ficar na piscina do hotel com a gente – James falou com a voz derrotada porque tinha perdido no jogo –, mas só se a for boazinha comigo e trouxer mais uma amiga!
- Pra quem, Bourne? – Harry perguntou – O Tom tem a Giovanna e você é gay!
- Vai à merda, Judd!
- ! Vem aqui me dar um beijo! – Danny berrava do sofá, mesmo que a distância entre ele e a menina fosse menor que um metro.
- Daniel! O que a sua namorada vai pensar disso, engraçadinho? – tentava disfarçar seu nervoso, só de ouvir a voz daquele menino suas pernas já ficavam bambas.
- Ele não tem mais namorada, – Tom explicou –, ninguém agüenta o Jones por tanto tempo, só a gente.
ficou boquiaberta.
- Erm... Então, meninas, vamos? – Ela realmente não sabia o que falar, era a melhor de todas as notícias, no melhor de todos os dias! – Boa noite, meninos, obrigada pela festa, foi maravilhosa. E pode deixar que amanhã a gente vem pentelhar vocês mais um pouco!
Despediu-se de cada um deles, até chegar em Danny, que já babava no sofá. Sussurrou um "boa noite" em seu ouvido e deu um beijo em sua bochecha, obtendo um gemido indecifrável como resposta. As meninas também se despediram e Tom as levou até a porta.
- Dorme bem, .
- Você também. E vê se cuida daquela peste pra mim.

A noite acabou por ali e saiu daquele hotel com a maior de todas as certezas: era a garota mais feliz do mundo!

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- Acorda, garota! A gente não ficou de ir à piscina com os meninos? – sacudia , que se recusava a abrir os olhos.
- Eu não sei se vou. – resmungou, finalmente, e encarou os olhares surpresos de suas amigas, obrigando-a a explicar a frase tão sem sentido que acabara de dizer – Ah, cara, ontem foi um sonho pra mim, mas eu sei que, uma hora ou outra, eles vão embora, então eu não sei até onde eu quero alimentar isso...
- Você já parou para pensar que aproveitar ao máximo o tempo que você tem com eles até eles irem embora pode ser uma opção melhor? Sabe, daí pelo menos você vai ter as lembranças... – procurava convencer a amiga.
- Eu não sei se agüento me despedir deles... Eu não sei se agora que eu tive o Danny tão perto de mim eu vou suportar ter ele tão longe de novo... Mas vocês podem ir! – disse, cortando o assunto – De verdade, vão se divertir... Por mim. Hm, e , eu posso ficar um tempo aqui na sua casa? Não tô a fim de ir para a minha ainda. – As três tinham ido dormir na casa de na noite anterior.
- Claro. Mas, escuta, tem certeza que você vai ficar bem sozinha?
assentiu e se despediu das amigas, que já tinham ficado prontas há tempos.

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- Heeey, girls! – James vinha com os braços abertos e uma cerveja em uma das mãos.
- Cadê a ?
- Ela não quis vir, Tom, disse que não estava se sentindo muito bem... – mentiu, não sabia fazer isso.
- Eu vou buscar ela agora.
- Danny, não faz isso, ela disse que não estava bem! – tentava, sem sucesso, convencê-lo. Mas a verdade é que, bem, ela queria a sua amiga ali.
- Onde ela está? Se você não me disser, eu vou sair por aí e procurar até achar. – Porque mesmo ele se importava tanto com uma garota que tinha acabado de conhecer? Ok, isso não era normal para um Jones.
- Na casa da . – desistiu de continuar aquela enrolação toda que não daria em lugar nenhum, Danny não parecia disposto a desistir. E, por isso, explicou detalhadamente como se fazia para chegar onde a amiga estava.

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- Oh, God, será que elas esqueceram alguma coisa? – se perguntava, quando ouviu a campainha tocar, ainda estava de pijamas quando abriu a porta – Ah. Danny, é você. Oi. – ela não conseguia se mexer, ainda não tinha se acostumado com aquilo tudo.
- Porque você não está lá? – ele parecia ansioso pela resposta.
- Ahm, é que eu não estou me sentindo muito bem e...
- É, já tentaram me convencer com isso. – Danny dizia, enquanto chegava cada vez mais perto dela – Escuta, porque você simplesmente não desiste – ele dizia calmamente, puxando a garota pela cintura – de tentar fugir de mim?
Ok, quando ela pensou que poderia ser possível resistir ao guitarrista dos seus sonhos, ela ainda não havia pensado na possibilidade – gigantesca, por sinal – de ele ser o dono do melhor beijo do mundo. Eles começaram com um selinho suave, passando para um beijo mais caliente – uia! – fazendo com que quase desmaiasse quando sentiu sua língua encostar e brincar com a dele. Eles ficaram colados por um tempo, nenhum dos dois parecia muito disposto a desgrudar suas bocas, até a menina soltar um gemido baixo, como se quisesse falar alguma coisa.
- Que foi, eu beijo tão mal assim?
- Não! Claro que não é isso, é só que eu não esperava... Quer dizer, você é o Danny Jones e eu sou só eu e isso é surreal, é um sonho, é... – embolava as palavras ao invés de falar, quando foi interrompida por Danny.
- Ei, ei – ele disse, segurando em seu queixo, fazendo-a olhar diretamente nos olhos dele –, pára de falar besteira! Agora, diz pra mim... Vai pra piscina comigo?
- Tá. – ela respondeu sorrindo. Sempre soube que ele era perfeito, mas viver a perfeição dele sempre parecera fora de cogitação – Deixa só eu me arrumar, rapidinho. – ela completou, dando um selinho nele e voando para o quarto de . Precisava ficar linda.

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- ÊÊÊ, você veio! – James berrava, já um pouco alto.
- Bourne, você já está assim à essa hora da manhã? – ria.
- Cala a boca e vem me abraçar. – e puxou a menina arrancando-a de Danny, que olhou emburrado, mas só Tom notara.
- Dude, relaxa, eles são amigos e pensa, se não fosse pelo James, ela não estaria aqui. – Tom falava baixo para ninguém mais ouvir.
- Ahm? Eu não tô com ciúme de ninguém cara! Eu a conheço há um dia, nem tem do que ter ciúmes, certo? E, além do mais, são elas que têm ciúme de mim e não ao contrário, lembra?
- Ah, Jones, você ainda vai encontrar uma mulher que vai te fazer mudar de idéia!
- Nem todos encontram uma Giovanna, Fletcher. – Danny riu e foi pegar alguma coisa para beber.

- Vem para a água, ! Sério, tá muito boa! – chamava a amiga, enquanto levava um caldo de .
A menina queria ir, mas morria de vergonha de ficar só de biquíni na frente de todo mundo. Contou até três mentalmente e começou tirando a bata branca e logo depois o short jeans que usava, revelando um conjunto lindo, de uma parte de cima branca e tomara que caia e uma parte de baixo listrada de rosa, amarelo e laranja.
- Dude, não baba, vai molhar a camisa – Harry disse baixo para Danny, que não parecia capaz de desviar o olhar de um certo alguém se preparando para entrar na água.

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- Cara, olha esse pôr-do-sol, a gente podia fazer um luau na praia, nem fica muito cheia à essa hora. – deu a idéia, sendo agarrada por trás por Harry, a quem, finalmente, tinha decidido dar uma chance.
- Olha que lindo, meu chuchuzinho sempre com as melhores idéias!
- Cala a boca, Judd. – ok, dar uma chance não significa ser a mais fofa das meninas, certo?
- Eu acho uma ótima idéia! – Tom disse animado – McFLY exclusivo, girls, não é pra qualquer um não!
- Não era pra você ser o metido da banda, Thomas – disse rindo.
- Sorry, pequena, é a convivência com o Harry que acaba comigo – Tom respondeu, fazendo cara de criança carente, fazendo todos desatarem a rir.
Todos iam saindo da piscina, botando suas roupas e indo para a praia; pretendia fazer o mesmo, até sentir uma mão puxando seu braço delicadamente para trás.
- Ei, quando eu vou ter o prazer de merecer outro beijo teu? – sério, porque o Danny tinha que ser assim... TÃO sedutor?!
- Ahm, Danny, eu não sei se isso é o certo... – ela estava totalmente insegura, mesmo que o fato de estar tão perto de Daniel Jones não a deixasse pensar em muita coisa.
- Ah, pára com isso, linda, você sabe que quer tanto quanto eu quero – ele dizia, segurando o rosto da menina com as duas mãos. É, ele realmente sabia conquistar.
- Hm, então se você quer tanto assim, Jones – a menina ia dizendo e se afastando lentamente com as mãos no peito nu de Danny –, você pode lutar um pouco mais para conseguir, certo? – ela deu um beijo no canto da boca do garoto e se virou, dando as costas para ele, se sentindo realmente orgulhosa por conseguir se fazer de difícil para ELE.
“Ok, ela quer me deixar completamente louco” Danny pensou, e foi pegar sua camisa e correr para a praia encontrar com os amigos.

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- Dude, essa garota vai acabar comigo assim – Danny desabafava com Tom, depois de contar o acontecido na piscina.
- Quem sabe você valoriza mais ela então. Essa menina vale ouro, Danny, não magoa ela, não... Ela gosta demais de você, acho que já deu para reparar que já passou longe de ser só admiração de fã. – Tom olhava sério para o amigo.
- TOOOM! Vem logo cantar para mim! – berrava, sentada entre James e Harry, formando uma roda com o resto das pessoas naquela praia vazia.
- Ok, já que eu vou cantar para você, você escolhe a primeira música – Tom dizia, ao se sentar.
- Ai que difícil, deixa eu pensar... Hm! Falling in Love, então!
E assim o luau começou e seguiu durante algumas longas horas, com os meninos cantando as músicas escolhidas pelas meninas, que, por causa do vício de , sabiam as letras de cor. Não devia passar das oito da noite, quando os meninos cantavam Obviously e ela garota começava a bocejar.
- Que sono é esse, minha lindinha? – James perguntou, dando ênfase no "minha" – Vem, deita aqui no meu ombro... – completou, puxando a menina sutilmente e segurando-a pela cintura, enquanto via a garota fechando os olhos devagar.
- Cof, cof. Com ciúmes, Jones? – perguntou maliciosa, assustando o menino, que não tirava os olhos de e James, que estavam tão juntos que pareciam um só.
- Erm, oi? Ah, não, erm... Claro que não! – ele respondeu atrapalhado – Quer dizer, eles são amigos, certo?
- Acho que da parte da minha querida amiga, sim, mas olha o jeito que o Bourne olha para ela... Melhor você correr, ratleg. – disse rindo e se levantando para ir sentar perto de Dougie.
- Meninas, vocês vão lá para casa? – perguntou, aproveitando que a música havia parado e acordando de seu sono profundo de cinco minutos – Porque se sim, é melhor a gente ir se despedindo, meu pai acabou de me ligar para dizer que tá chegando.
- Hm - resmungava sonolenta –, eu vou para casa, mas aceito uma caroninha esperta.
- É, eu também – concordou –, é para isso que moramos perto, não é?
concordou, rindo.
- Então, meninas, que boate brasileira vocês vão apresentar para a gente hoje? – James perguntou.
- É, não é má idéia, Bourne tá precisando arranjar uma mulher – Danny concordou, sem tirar os olhos da mão de James, que ainda estava na cintura de .
- Acho que não, Jones... Na verdade, eu estou bem assim – James provocou, apertando a cintura da menina.
- Ok, meninos, a gente precisa ir agora - interrompeu o que podia-se chamar de início de uma briga –, mas assim que eu chegar em casa, eu procuro um lugar bem legal para a gente ir, falo com as meninas e a gente liga para vocês, tá bom assim?
- Combinadíssimo, minha linda! – Harry disse, dando um beijo na bochecha da menina, fazendo-a corar.
- So, let’s go! – finalizou, tentando quebrar o gelo e ajudando a se levantar.
Quando a menina se levantou, não conseguiu dar nem dois passos, quando sentiu alguém a abraçar por trás. - Você sabe que eu vou lutar, não sabe? – Danny sussurrava em seu ouvido, enquanto cheirava o pescoço da menina. O perfume dela o deixava louco.
- Eu espero que sim – ela respondeu sorrindo. Aquele sorriso fazia Danny se arrepiar por completo. Como diabos ela fazia isso com ele? Aliás, ele já chegou a mencionar como ela era linda?

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- Eu não sei se vocês vão gostar muito daqui - explicava, enquanto os oito entravam na boate –, mas pelo menos a capirinha daqui é boa, e como você são, aparentemente, movidos a álcool... Todos começaram a rir. Todos menos Danny e Tom, que conversavam super baixo, um pouco mais afastado do resto dos amigos.
- Dude, tá ficando ridículo esse ciúme que você tá sentindo dela! Você nunca foi assim nem com a Olívia que você na-mo-ra-va. Você deu um único beijo na , lembra? Além do mais, você ainda vai conseguir uma bela briga com o James desse jeito.
- Eu não consigo, Tom! – Danny parecia nervoso – Eu não sei o que essa garota faz comigo e cara, porque o James tem que ficar agarrando ela o tempo todo?
- Talvez ele goste dela de verdade, diferente de você, que só quer pegar a menina um dia e jogar fora o que, aliás, é o que você faz com todos os seres humanos do sexo feminino que você conhece.
- Ah, você tá defendendo o senhor-Bourne-fodão agora?
- Eu estou defendendo a , cara. – Tom parecia realmente triste em ter que dizer aquelas coisas para o amigo – Sabe, eu realmente gostei dela, e eu quero o melhor para ela, o que eu não creio que seja você.
- Whatever, Fletcher, vamos entrar logo nessa porra.
Quando entraram, viram que todos pareciam beber a mesma coisa. Um líquido que parecia água, só que com uns limões e gelo dentro.
- O que é isso? – Danny perguntou curioso.
- Caipivodka, baby, quer provar? – respondeu estendendo o copo para ele, que fez uma cara engraçada de satisfação.
- Gostou? – a menina perguntou, rindo.
- Uhum, mas eu acho que vou sentir melhor o gosto se eu experimentar daqui...
Danny não deu tempo nem da menina pensar e já estava com a língua dentro da boca da menina. Era um beijo que nenhum dos dois podia explicar, de tão bom que estava. Fato que era tão evidente, que deixou todos os presentes boquiabertos, principalmente um certo alguém de cabelos coloridos...
- Hmmm, acho que isso é realmente bom – Danny disse, interrompendo o beijo que durara mais de minutos.
- Ai, Daniel, assim você me mata! – disse rindo alto; sim, ela era totalmente fraca para bebidas – Hm, acho que vou dançar – completou, descendo do banco em que estava sentada, deixando Danny ver como ela estava maravilhosa. Ela usava um short preto de cintura alta e bem curto, por cima de uma meia calça arrastão e com uma blusa branca básica para dentro. O scarpin preto combinava perfeitamente com o restante da roupa.
- Caralho, garota, você não cansa de ser linda não? – Danny gritou, enquanto via a menina se afastar, indo para a pista de dança.
- Cala a boca, Jones! – berrou de volta, rindo.

Uma hora depois, enquanto todos se divertiam, um cara se aproximava de . Danny e James observavam furiosos, mas nenhum dos dois saiu do lugar. O cara começou a abraçá-la a força e a menina se debatia para tentar se soltar. Num piscar de olhos, como se ninguém conseguisse explicar como, Danny estava prestes a socar o cara, que agora já estava longe dela, graças ao anjo Daniel, que tinha se colocado entre os dois.
- Danny – sussurrava em seu ouvido, chorando –, não faz nada, por favor, você é famoso, vai dar merda para você. Não estraga tudo por minha causa, por favor, não vale a pena. – Como mesmo ela só conseguia se importar com ele e a carreira dele nesse momento? Bem, de qualquer forma, não parecia funcionar, Danny não parecia ouvi-la e ainda segurava o sujeito pela gola da camisa – Daniel, se você não faz isso por você, faz por mim? Por favor, eu não agüentaria ver você se foder por minha causa – é, ela era incrível.
E aí, como num passe de mágica, Danny soltou o cara.
- Vai embora, Rafael. Você já causou problemas demais por hoje. – e sabe-se lá porque, o menino simplesmente obedeceu e foi embora.
- Você tá bem, linda? – Danny se virou para e segurou o rosto da menina com as duas mãos, como se ela pudesse quebrar.
- Eu não devia ter entrado na sua vida... – ela falava com dificuldade, pois ainda chorava.
- Oi? O quê? Porque você tá falando isso? Não faz o menor sentido! – ele parecia estar entendendo nada.
- Sabe, você... Colocou sua carreira em risco por minha causa! – ela não pensava, as palavras simplesmente jorravam de sua boca.
- , pelo amor de Deus, você viu o que aquele cara tava fazendo com você? Aliás, você sabia o nome dele? Você conhecia ele?
- Eu... Erm... Não posso mais ficar aqui. – e aí ela saiu para pegar a sua bolsa, que havia deixado no balcão com o resto das pessoas – Tom, me leva para casa?
- Meu Deus, pequena, tá tudo bem com você? – Realmente, Thomas Fletcher era um anjo em forma de gente – Que lágrimas são essas? Eu achei que o Danny tinha colocado o cara para correr e...
- , não vai embora, por favor, não faz isso comigo – Danny finalmente chegara esbaforido na mesa, depois de conseguir desviar de tantas pessoas.
- Tom, só me leva, tá bem? – ela estava totalmente nervosa e não conseguia olhar para a cara de Danny, senão voltaria a chorar.
- Você quer ir para a minha casa? Eu posso ir com você, eu não me importo. – ok, era a anja.
- Ei! Eu vou junto, acha que eu vou deixar vocês sozinhas? – Duas anjas. era uma garota de sorte.
- , , eu já estraguei noites demais por hoje, tá bem? O Tom só vai me levar em casa e já volta, mas muito obrigada por vocês serem tão maravilhosas comigo... – deu um sorriso fraco e beijou a bochecha das duas.
- Erm, , me desculpa, mas é que eu tô sem carro aqui, então... – Tom dizia sob a pressão do olhar ameaçador de Danny.
- Eu te levo. – James interrompeu.
- Eu não vou deixar você ir... – Danny TINHA que complicar as coisas, né?
- Vamos então, James.

X

- Então, você pode nos explicar o que foi isso? – olhava com um olhar de reprovação para Danny, era claro que ela preferia ele ao James.
- Cara, eu não sei! Se vocês não estão entendendo, eu tô menos ainda! Ela veio com um papo de que não devia ter entrado na minha vida, que quase deu merda para mim por causa dela, que ela só entrou na minha vida para me fazer mal... Eu não entendi nada! E vem cá, quem era aquele garoto que agarrou ela? Ela parecia, sei lá, conhecer ele. – Danny embolava as palavras, ficava nervoso de pensar que estava sozinha com James.
- Ela sempre se culpa por tudo o que acontece... – dizia triste.
- É o ex dela. Ele nunca se conformou que ela preferisse você a ele. - dizia olhando sério para Danny – O fato é que ela nunca foi muito normal em relação aos sentimentos que ela nutria por você. E aí o Rafael começou a fazer pressão para transar com ela e ela disse que você seria o primeiro. E aí ele começou a dizer que ela era uma louca iludida porque ela nunca ia conhecer você, se conhecesse, você nunca ia olhar para ela, se olhasse, só isso mesmo que você ia querer: sexo e largaria ela no dia seguinte. E aí, bem, aí ela terminou com ele.
Danny não podia acreditar. Ela tinha se guardado para ele? Mesmo sem saber se um dia ia conhecer ele? E o mais estranho, isso o fazia feliz? Por que ele realmente queria ser especial para ela? Por quê?

X

- Ei, linda, não fica assim. – James dizia, fazendo carinho no rosto da menina.
- James? Erm... Você quer subir? Meus pais tão viajando, então...
- Eu adoraria. – ele respondeu, sorrindo.
- Você quer comer, beber alguma coisa? – perguntou assim que entraram na casa dela.
- Ah, não, obrigado.
- Então vamos lá para cima, vem! – disse puxando o menino pela mão e subindo as escadas, rumo ao seu quarto – Eu... Posso te pedir uma coisa?
- Tudo que você quiser, pequena...
- Você pode... Passar a noite aqui comigo? É que eu realmente tô com medo de dormir sozinha.
- Claro, linda, vai ser um prazer.
- Então vem, deita aqui – ela disse, apontando o lado dela na cama. James a abraçou por trás, como se protegesse a garota.
- James?
- Hum?
- Obrigada.
- Não há de que, minha flor. – James respondeu, mas já dormia profundamente, pra escutar qualquer coisa.

acordou desesperada com o toque repetitivo do celular.
- A-alô? – ela gaguejou ainda meio dormindo.
- ? Caralho, garota, você sumiu! O que tá acontecendo, onde você está? – Danny parecia realmente aflito do outro lado da linha.
Ela ia levantando da cama vagarosamente tentando não acordar James – mas afinal, o que ele fazia ali mesmo? Ela não conseguia se lembra de na-da – e saiu do quarto, olhando para o grande relógio em seu corredor e descobrindo a razão da grande aflição de Danny: já eram quase três da tarde.
- Ahm, Danny, eu tô em casa, eu acabei de acordar, aparentemente o James tá aqui também, mas eu não sei... – ela não conseguiu terminar.
- O QUÊ? – ele berrava. Não podia acreditar – O BOURNE TÁ AÍ COM VOCÊ? ELE... PASSOU A... NOITE COM VOCÊ?
- Daniel, não aconteceu nada! Francamente, o que você pensa que eu sou? Desculpa se você tá acostumado com putangas que abrem as pernas para os primeiros caras que aparecem na frente, te deixando com várias dores de cabeça!
- Desculpa. Desculpa, meu anjo, é claro que eu não penso isso de você. Mas eu continuo querendo dar porrada nesse puto e...
- Quer me ver hoje?
- Ahm? Quer dizer, claro que quero... – incrível como ela fazia ele esquecer de todos os problemas.
- Me espera no hotel, a gente se encontra aí e vamos juntos. Eu conheço um lugar. Beijo, lindinho. – ela disse feliz e desligou, antes que pudesse ouvir uma resposta.
foi abrindo a porta devagar, com medo de acordar James, que ainda podia estar dormindo. Mas não estava.
Quando abriu a porta totalmente, viu o menino sentado na cama com uma cara confusa e de sono.
- Bom dia! – ela disse animada.
- Bom dia, love.
- Posso te perguntar uma coisa? – ela perguntava receosa, ao se sentar ao lado dele na cama. Ele assentiu, a incentivando a continuar – Ahm... Aconteceu alguma coisa ontem? – com certeza ela estava roxa de vergonha nesse momento.
Ele sorriu fraco.
- Claro que não, minha linda. – ele dizia, beijando a testa da menina – Eu jamais me aproveitaria de você, eu te respeito demais para isso. Você só estava assustada demais e queria companhia, pra isso que esse cara de cabelo estranho está aqui, como estará sempre que você precisar. Agora me empresta seu banheiro por dois minutos e eu vou embora e te deixo em paz, promise. – o sorriso dele era tão sincero... Vai dizer que se ele fosse um filho da puta as coisas não seriam bem mais fáceis?
- James? – ela o puxou pelo braço e se jogou num abraço longo e apertado – Obrigada, MUITO obrigada. – e aí ele se virou sorrindo ao entrar no banheiro.

X

- Anda logo, Danny, você parece uma mocinha se vestindo! – berrava do lado de fora da porta do quarto do hotel.
- Calma, meu chuchuzinho! – Danny sa[ia do quarto usando uma de suas camisas xadrez, deixando a garota sem ar. Ele encarou a menina de cima a baixo, ela usava um short jeans claro e curto, com uma camisa pólo branca e um all star xadrez. Como ela fazia para ficar sempre linda mesmo? – Somos o casal xadrez!
- Somos um casal? – ela perguntou, com uma cara irônica.
- Chata.
- Lindo. – ela deu um selinho nele e o puxou pelo braço para dentro de um táxi que havia acabado de parar.

- Como é o nome disso aqui mesmo? – ele ainda estava atordoado com a beleza do lugar.
- Vista Chinesa, chuchu.
- É lindo aqui... Vem cá, fica pertinho de mim, é só isso que falta para ficar perfeito. – ok, o perfeito aqui era ele, vamos combinar.
O tempo passou voando. Sempre passa quando a gente se diverte e isso, de fato, eles sabiam fazer. Era incrível como ele decifrava seus pensamentos e como ela parecia conhecer ele mais do que ele mesmo. E, o mais incrível, como eles se sentiam bem juntos. Melhor, completos.
- Me conta um segredo que ninguém mais saiba.
- Hmm, eu não gosto de brócolis. – ele respondeu pensativo.
- Adoreeei! HAHAHA, sério, vocês têm uma música com esse nome, era tipo sua obrigação comer brócolis todos os dias. Mas vai, eu quero saber de um mais interessante.
- Putz, não faço a menor idéia... Porque, sabe, todo mundo já sabe que você é linda...
- Daniel!
- Ok, tem uma parte que ninguém sabe: eu simplesmente não consigo parar de pensar em você – ele disse encostando os lábios nos dela – nem por um segundo.
E aí, bom, ela não deixou ele falar mais nada.
- Eu quero você só para mim – ele disse arfando.
- Eu quero ser só sua – cala a boca, Jones, eu quero te beijar!
- Vai ser feio se eu me convidar pra ir à sua casa?
- Vai ser feio se eu disser: AGORA?

Quando chegaram no quarto de , Danny tirava a blusa da menina e ela ia, timidamente, abrindo os botões de sua camisa. Quando só restavam a boxer dele e a calcinha dela, Danny segurou o rosto da garota com todo o cuidado que podia.
- Ei, eu... Eu queria te agradecer... – ele não sabia que palavras usar, nunca tinha se preocupado em agradar uma garota como ele se preocupava com .
- Pelo... Quê? – ela parecia confusa.
- Por me dar a honra de ser seu primeiro.
Danny encostou seus lábios nos dela com o amor e o carinho que jamais pensou que pudesse sentir por alguém. E aí ele fez de a garota mais feliz do mundo.

- Danny? – ela resmungava enquanto eles adormeciam abraçados.
- Que foi, linda?
- Canta para mim? – ela se sentia meio boba pedindo isso.
- Erm... I would answer all your wishes, if you asked me to, but if you deny me one of your kisses, don’t know what I’d do... So hold me close and say the three words like you used to do, dancing on the kitchen tiles, yes, you make my life worthwhile, so I told you with a smile…
- It’s all about you. – eles cantaram juntos, fazendo ela sorrir – Eu sempre sonhei com você cantando isso pra mim...
- Você não vai mais precisar viver de sonhos, eu vou realizar todos eles para você, meu anjo. – ele beijou a testa da menina.
Adormeceram grudados, como se fossem um só.

Danny ia abrindo os olhos devagar, vendo aos poucos que não tinha mais do seu lado.
- Ih, relaxa, ainda é cedo para você pensar que se livrou de mim! – a menina entrava no quarto, usando a camisa xadrez de Danny e carregando uma bandeja na mão – Olha, eu catei umas coisas na cozinha, mas não sei se você vai gostar...
- Cara! Pára de ser linda, que saco!
- Ahm? Poxa, desculpa, mas é que eu tô acostumada a comer de manhã e... – ela explicava enquanto sentava na beirada da cama.
- E que, quando eu acho que é impossível me apaixonar mais por você, você vai lá e me surpreende e eu me apaixono mais ainda! – ele a puxou para um selinho demorado.
Daniel Alan David Jones apaixonado por ela. Ah tá. Coisa pouca.

- Danny! Eu tive uma idéia ge-ni-al! – ela dizia empolgada enquanto os dois terminavam de tomar o café da manhã na cama.
- O que foi, amor? – Amor? AMOR? Oh céus.
- Vamos num jogo de futebol! No Maracanã! Do Flamengo!
- O que é Flamengo, ?
- Own, coisinha mais linda, é um time, na verdade um time BEM popular. Você vai amar, vamos, vamos?
- Óbvio que eu vou amar, eu vou estar com você, certo? E sim, vamos!
- EEEEEEBAAAA! Vou ligar para as meninas, já volto!

X

- Cara, eu realmente não sei o que eu tô fazendo aqui. – reclamava, como sempre – Sabe, eu nem tenho time. E eu ODEIO multidões.
- Você tá aqui porque você me ama e eu pedi pra você vir! – dizia feliz. Aliás, ela estava feliz como nunca.
, , Danny, , Dougie e Harry já estavam lá. Faltavam apenas James e Tom.
- Vou ligar para o Tom para ver onde ele está – Danny disse, pegando o celular.
- Ok, eu ligo pro James. – disse, sentindo um olhar mortal de Danny – Alô, James? Oi, querido, onde você está? Ahm, tá. Cinco minutos? Claro que a gente espera. Tá bom! Tá, beijo!
- Você é fofa demais com ele pro meu gosto. – Danny parecia uma criança quando tinha ciúmes dela. Mas ele já tinha desistido de tentar entender o porquê de sentir tanto medo de perder aquela menina pra outro.
- Daniel, eu não vou nem te responder. – Como assim ele não entendia que quem corria riscos era ela e não ele? Tipo assim, ele era o Danny Jones e ela era só , alguém lembra disso? - Unf. O Tom também está chegando, só para o caso de você estar interessada em alguém além do Bourne.
- Cala a boca, Jones!

- Caralho, foi foda, foda, foda! Muito obrigado por me trazer aqui, ! – os olhos de Danny brilhavam enquanto os oito amigos saíam do estádio.
- Não exagera, Jones, é só um jogo de futebol, pelamor. – fazia pouco caso, nunca assumiria o quanto tinha sido legal.
- Ah, , foi realmente foda, cara. Sério, você viu as torcidas? É lindo, cara... – Dougie também tinha ficado impressionado com o jogo.
- Quem ganhou mesmo? – perguntou inocente, fazendo todos rirem.
- O tal do Flamengo ganhou, não foi? Aliás, eles jogavam bastante bem. Deve ser por isso que todo mundo torce pra eles, no final das contas. – James explicava, indiferente.
- Nossa, tá sendo muito bom esse tempo que a gente tá passando aqui... Mas é que pô, com essas guias turísticas que a gente arranjou não podia ser diferente! – Tom dizia rindo, abraçando por trás.
- Hahaha, ok então, Tom, já que é isso que somos, então a gente vai levar vocês pra uma churrascaria agora, só pra não decepcionar vocês com um fim de dia chato e sem graça... É o nosso trabalho, certo? – a menina dizia, se fingindo de magoada.
- Oooown, ! O Tom é uma besta, claro que vocês são muito mais do que guias turísticas para nós! – Harry tentava se explicar, acreditando na tristeza da menina.
- Ah, Harry! Por isso que eu te amo! – ria da sua grande capacidade de atuação.

X

Depois de comerem quase toda a carne disponível no estoque da churrascaria, os cinco meninos e as três meninas seguiram para o hotel deles. Era evidente: eles estavam cada vez mais unidos e cada vez mais seria difícil de se despedir quando eles tivessem que voltar para Londres. Uma semana se passou, Dougie e , Harry e estavam cada vez mais juntos, mas não assumiam que sentiriam muito quando tivessem que se separar. O relacionamento de Danny e não tinha uma descrição: os dois estavam cada dia mais apaixonados, mais amigos, mais inseparáveis, como se houvesse algum tipo de ímã que sempre os puxava um para o outro. Não conseguiam parar de pensar no momento em que Danny iria embora, mesmo que ele prometesse que voltaria logo para vê-la e eles nunca perderiam o contato. Ao mesmo tempo, eles procuravam viver cada segundo que eles possuíam juntos profundamente, para que eles tivessem todas as lembranças para ocupar o vazio que se instalaria dentro deles, quando Jones não estivesse mais ali. sempre soube que era apaixonada por ele, mas viver aquilo era como sonhar acordada.
Para Danny, era tudo novidade, ele nunca havia sentido por ninguém o que sentia por , mas tinha medo de assumir isso para ele mesmo e para seus amigos, pois saberia que seria quase impossível se despedir dela. James continuava sem conseguir esconder o que sentia pela menina. Mesmo que a visse sempre com Danny, não conseguia parar de pensar em como estar com ela o faria feliz. Ela tinha um jeitinho único e encantador, que conquistou o menino desde o primeiro momento. Ele e ela tinham uma relação de melhores amigos, James adorava isso, mas é como se nunca fosse suficiente. Tom morria de saudades da namorada, mas, ao mesmo tempo, não queria ir embora, tinha se apegado muito àquele lugar e àquelas pessoas. Os meninos iriam embora dentro de quatro dias e ninguém parecia estar acreditando muito nisso.

- Hm, meninas, eu estava pensando...
- pensando! Oh céus, vai feder! – ria.
- Cala a boca, ! Presta atenção: Os meninos vão embora daqui a pouco e, por mais que a gente não consiga encarar isso muito bem, eu acho que, por tudo que a gente passou juntos, a gente podia fazer uma festa de despedida surpresa para eles! – os olhos de brilhavam com a idéia que tinha tido.
- Uau, essa idéia é realmente boa... – já pensava em como fariam aquilo – Eu acho que a gente tinha que fazer alguma coisa no hotel mesmo. Eu e a ficamos no quarto arrumando as coisas e você sai com eles pra algum lugar. Você vai ter que ficar no mínimo umas três horas fora, para dar tempo de a gente organizar tudo.
- Tudo bem, ficar fora com eles por esse tempo não é complicado. Mas a gente tem que começar a ver as coisas agora, tipo a comida, o bolo... Vai ter bolo, né? Toda a festa tem bolo!
- Uhum, eu conheço um lugar que vende uns bolos prontos que são uma delícia! – estava cada segundo mais empolgada.
- Ótimo, então vamos sair para ver essas coisas agora. A festa tem que ser amanhã, mesmo que esteja totalmente em cima da hora, a gente não tem muita opção já que em quatro dias eles voam para Londres... Ai, céus, não quero nem pensar nisso... Enfim, let’s go, girls!

estava em uma loja do centro, comprando pratinhos e copinhos de plástico, quando seu celular começou a tocar insistentemente.
- Alô?
- ?
- James! Oi, querido!
- Oi linda... Escuta, eu tava querendo conversar com você...
- Hm, claro, James, aconteceu alguma coisa? – a menina parecia confusa, o que poderia ter acontecido?
- Não, tá tudo ótimo, então, erm... Quando você chegar em casa você me liga para eu passar lá? – ele parecia aflito.
- Claro, ligo sim. Beijo, chuchu.
- Beijo, linda.

estava no mercado, comprando algumas bebidas e algumas coisas para comer. tinha ido ao tal lugar com bolos lindos e deliciosos para escolher um para o dia seguinte. Quando o relógio já marcava algo próximo a sete horas da noite, as meninas já estavam em suas respectivas casas, exaustas, mas com tudo comprado e pronto para o dia seguinte. já tinha ligado para James, estava curiosíssima para saber o que ele queria e foi tomar um banho enquanto esperava ele chegar. Quando saiu, notou que seu celular vibrava e, quando foi ver, era uma mensagem de Danny.

"Passei o dia inteiro sem falar contigo, assim eu não agüento. Onde você está?"

"Exagerado! Eu tô em casa, o James vai passar aqui, ele disse que tinha alguma coisa para me falar. Não fica puto, Jones."

"Eu ainda quebro esse cara. Me liga assim que ele sair daí. Se ele tentar alguma coisa contigo, eu mato ele, cara, juro que mato!"

"Eu te ligo e você vem pra cá ficar comigo, tá bom? E se lembra que o James já teve oportunidades de me agarrar quando eu estava totalmente bêbada e fora de mim e ele não o fez, certo? Ele jamais faria isso, love."

"Você confia demais nele..."

"A campainha tocou, deve ser ele. Não vai demorar, juro. E espera que daqui a pouco eu tô te ligando."

"Filho da puta."


- Heey, James! – disse abrindo a porta.
- Hey, pequena! – James respondeu, enquanto abraçava a menina.
- Senta aí! – ela disse apontando o sofá – Aconteceu alguma coisa? Eu fiquei meio preocupada...
- Aconteceu sim... Aconteceu já faz um tempo, mas só agora que eu tô indo embora que eu tomei coragem para te contar.
- Ei, ei! O que foi que houve hein? – ela segurou a mão dele e sentou ao seu lado.
- Eu... Eu... Eu sou completamente apaixonado por você, . – Ele finalmente conseguiu dizer, olhando para baixo e deixando a menina boquiaberta – Eu sei que você é louca pelo Jones e eu jamais o desrespeitaria ou desrespeitaria você, mas eu precisava te contar isso. Sabe, desde o primeiro momento que eu te vi, eu me apaixonei por essa menina linda que você é, por dentro e por fora. E eu sei que eu tô colocando em risco a nossa amizade, porque há uma possibilidade muito grande de ficar um clima superestranho entre a gente, mas eu não podia simplesmente ir embora sem te dar a opção. Eu posso te fazer a garota mais feliz do mundo , eu quero fazer isso... Eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por você. E é por isso que eu não vou te agarrar, nem te obrigar a coisa alguma, mas eu precisava tentar, certo?
Um longo silêncio se instalou naquela sala, James ainda não conseguia olhar nos olhos da garota e ainda estava processando tanta informação. Depois de uns minutos assim, a garota finalmente conseguiu falar alguma coisa.
- James... Eu não sei o que te dizer... Você é um garoto maravilhoso. Eu encontrei em você um amigo que não se encontra em qualquer lugar. Você é como um porto seguro pra mim, sabe? Eu nunca vou conseguir te agradecer por você ser tão incrível assim, de um jeito que você foi desde o início, mesmo quando você não me conhecia direito... Mas eu não posso me enganar e muito menos te enganar. Eu sou sim, completamente apaixonada pelo Danny. E se eu simplesmente ignorasse isso e ficasse com você, a gente ia viver um relacionamento de mentiras, entende? Mas eu queria que você soubesse que eu me sinto totalmente honrada por ser tão especial para um cara como você. E eu queria te pedir desculpas por não corresponder a isso. Você pode ter certeza absoluta que eu torço todos os dias para você encontrar alguém que mereça ser o amor da sua vida...
- Você é o amor da minha vida, . – ele estava triste, muito triste.
- E quanto ao clima estranho... – tentava ignorar o que ele havia dito. Como responderia àquilo? "Hm, legal, você não"? Ela tinha que tentar ao máximo não magoar James, ele era tão importante para ela! – Por mim as coisas vão continuar como sempre foram. Até porque, eu não conseguiria ficar sem você. – a menina esboçou um sorriso fraco.
- Promete? Eu também não conseguiria ficar sem você.
- Lógico que eu prometo. Agora vem, me dá um abraço daqueles que só você sabe dar!
Eles se abraçaram e ficaram mais um tempo conversando sobre nada, rindo das idiotices que James dizia e jogando videogame.
- Ai, , é melhor eu ir, já são nove horas.
- Nossa! O tempo voou, incrível isso!
- É verdade, o tempo sempre voa quando eu tô contigo. – James disse, fazendo a menina sorrir e corar.
- Vem, chuchu, eu te levo até a porta.

"Ele acabou de sair, quer vir pra cá?"

"Vocês tinham realmente MUITO assunto hein?"

"Você vem ou não vem, ciumentinho da minha vida?"

"Tô indo agora, linda."


- Bom dia, meu amorzinho! – dizia pulando em cima de Danny.
- Nossa, que felicidade é essa?
- Achei que fosse evidente. Eu tenho você, precisa de mais alguma coisa, bestão?
- Você é tão sutil, . – ele disse abrindo os olhos e sentando na cama – Ei! Você tá com as minhas roupas!
- É que eu amo você pelado!
- Ih, garota, você não era safada assim não!
- É a convivência contigo que me afeta - ela disse rindo e se levantando da cama –, mas tudo bem, se isso te incomoda tanto, eu tiro...
- Assim você me mata, garota! – Danny disse puxando de volta para a cama e tentando pegar sua roupa de volta.
- Hahaha, sai, Daniel! – ela corria para o banheiro ainda vestida – Eu vou tirar aqui, seu pervertido!
- Awwwnnn, não acredito!
- Hahaha, você é hilário. Escuta, eu queria sair com você e os meninos hoje umas 18hs, pode ser? Com todos vocês. – ela berrava do banheiro para que ele pudesse escutar.
- Hm, falando em meninos, você não me contou o que o James queria contigo ontem...
- Não era nada demais, de verdade. Depois eu te explico direito... – ela saía do banheiro vestindo um short jeans e uma blusa branca básica – Mas então, vamos? Você fala com eles para mim?
- Claro, claro, falo sim. Nossa, você tá linda.
- Pf, pelamor, Daniel, eu tô super molamba, agora vai, vamos logo, que eu preciso resolver umas coisas...
- Você tá me expulsando?! – ai que saco! Ela não pode te explicar que precisa começar a organizar a sua festa surpresa, mongolzinho.
- Jamais te expulsaria se não fosse por um bom motivo, chuchu. – ela disse puxando ele da cama, entregando suas roupas e dando um selinho nele.
- E posso saber que motivo é esse? – ele estava indignado. Como assim?!?! Ninguém expulsa Danny Jones!
- Não, não pode. Você pode ir ao banheiro e trocar de roupa.
- Você é má comigo.
- É com amor, juro.
- Unf.

X

- , eu tô desesperada! – berrava no telefone.
- Que foi que houve?!
- Eu não sei para onde eu levo os meninos hoje!
- Nossa, eu sou péssima com idéias também... – parecia pensativa.
- Eu queria fazer alguma coisa diferente, sabe?
- Por que você não leva eles para o boliche? Eu acho que dá para ficar bastante tempo e vocês ainda podem comer alguma coisa depois...
- Já disse que você é uma gênia hoje?
- Não, mas eu já sei mesmo!
- Beijo, -metida!
- Beijo, Sra. Sem Criatividade.

X

- , para onde você tá carregando a gente? – Harry reclamava, pelo suspense feito pela menina.
- É verdade, eu também tô curioso, e porque nossos docinhos não estão com a gente, afinal? – Dougie fazia cara de emburrado.
- Meu docinho está comigo. – Danny dizia beijando a bochecha de .
- Vai à merda, Jones! – Dougie berrou, rindo.
- Awn, vem comigo, neném? – e todos riram.
- Vocês podem, por favor, ficar quietos? Eu sou a única mulher no meio de tanto homem e o nível de testosterona nesse ambiente tá me deixando aflita. Eu tô levando vocês para um lugar bem legal e as namoradinhas de vocês não vieram porque elas têm coisa melhor pra fazer, não é todo mundo que é fofa que nem eu e dedica todo tempo em divertir vocês.
- Ai, machucou meu coraçãozinho essa. – Tom disse, fazendo cara de cachorro com fome.
- Melhora se eu disser que gosto um pouquinho de vocês? – disse, rindo.
- Fica menos pior. – Harry fez uma cara de insatisfeito.
- Então tá, eu gosto médio de vocês. Agora vamos, a gente chegou.

- Bo-li-che! Que irado, faz tempo que eu não brinco disso! Mas eu aposto que continuo sendo o melhor! – Harry pulava que nem uma criança.
- Harry, assim você me envergonha, filhote, se controla. – ela não conseguia controlar o riso.
- Você não sabe o que é passar vergonha, garota, mas agora você vai ver. – Harry a olhou com um olhar ameaçador, agarrou a menina por trás e começou a rodá-la no ar.
- Larga, larga! Harry, seu louco! – tentava falar, respirar e rir ao mesmo tempo – Danny, me ajuuuuuuda, eu vou morrer!
- Larga a minha mulher, seu maluco! – Danny puxava a menina, rindo também.
- Achei que você só sentisse ciúmes do James, Jones...
- Vai à merda, Judd.

- Ahm, meninos, a gente já tá aqui há umas duas horas... Eu tô morrendo de fome, a gente podia ir comer em algum lugar e depois voltar pro hotel de vocês, daí de lá a gente ligava para as meninas!
- Por mim tudo bem, , eu já cansei de ganhar mesmo... – Dougie, dizia metido, sendo que tinha perdido todas as vezes.
- Por mim tudo bem também, eu tô com um pouco de fome também. – Tom concordava, indo em direção à menina.
- Dougie, você perdeu tudo! – James dizia rindo – Mas ok, vamos sim, mas a gente vai comer aonde?
- Você sempre faz perguntas difíceis, James – a menina ria.
- É por isso que eu tô aqui, minha flor - ele dizia fazendo carinho no queixo da menina e sorrindo malicioso –, para complicar a sua vida e as suas decisões.
- Hm, era para a gente entender, Bourne? – Danny perguntou meio puto já.
- Quem era para entender já entendeu, Jones. – James sorria, satisfeito.
- Hm, ok, vamos comer, galerinha. – Harry disse quebrando o clima ruim que sempre se instalava quando Danny ficava com ciúmes de .

- , eu tô saindo com eles do shopping agora – a menina sussurrava para os meninos não ouvirem a conversa que eles pensavam ser com a mãe dela –, já tá tudo pronto aí?
- Tá tudo certinho, , pode vir com eles sim. Só me dá um toque quando vocês tiverem subindo, para eu poder apagar as luzes daqui e a gente poder fazer uma surpresa tradicional.
- Ok, gracinha, beijocas.

X

- SURPRESAAAAA! – As três berraram em coro, no momento em que a luz do quarto do hotel foi acesa por .
- Ai, eu não acredito! Vocês organizaram isso para a gente? Por isso que a arrancou a gente daqui pro boliche? – os olhos de Tom brilhavam.
- Certíssimo, senhor Thomas!
- Caralho, vocês são simplesmente o máximo! – Harry dizia, maravilhado com a dedicação daquelas meninas.
- O máximo dos máximos, dude! Como assim, cara... – Dougie não podia acreditar no nível de importância que aquelas meninas tinham alcançado na vida deles.
- Meninas... Vocês são incríveis! – James não tinha palavras.
- É cara. Obrigado mesmo. – tudo que Danny diria seria repetitivo depois do que os meninos disseram.
- Own, meu amorzinho, vocês merecem! – disse, agarrando Danny e dando um selinho demorado nele.
A noite foi passando, as bebidas que havia comprado no mercado finalmente foram fazendo efeito nas pessoas e, como sempre, Danny era sempre o mais bêbado de todos. e James jogavam videogame e a menina ganhava, como de costume. e Dougie, e Harry se pegavam loucamente, como se realmente encarassem aquilo como uma despedida. Tom e Danny estavam na cozinha, conversando sobre alguma coisa que ninguém sabia o que era.
- Cansei de ganhar de você, Bourne! – a menina dizia rindo no final de mais uma de suas vitórias – Vou pegar alguma coisa para beber na geladeira, alguém vai querer?
- Ah, vai à merda, ! E eu quero uma cerveja. – James sempre ficava irritado quando perdia. Mas ele sempre perdia. Enfim.
Depois de ver a negação de todos os outros quatro presentes, foi buscar a sua bebida e a cerveja de James.
Quando ia chegando na cozinha que era um pouco mais afastada que o resto da suíte do hotel que os meninos estavam, a menina começou a escutar uma conversa curiosa entre Danny e Tom. Será que ia ser muito ruim se ela ouvisse? Bem, paciência, ela ia ouvir.
- É, dude... Depois de amanhã a gente vai embora... Como você tá se sentindo em relação a tudo isso? Quer dizer, vai ser difícil deixar a , não vai?
- Porra nenhuma, Thomas! – Danny tinha uma voz completamente bêbada – Você sabe como são as brasileiras, não sabe? É só pegar e jogar fora. Eu já consegui o que eu queria com ela, como eu sempre consigo. Eu sou Danny Jones, não sou?
- Olha o que você tá falando, Danny... – Tom parecia chocado – Eu não acredito que você fez isso com ela. Eu achava que você estava apaixonado cara... Mas, quer saber? Eu não acredito no que você está falando, você tá bêbado...
- A bebida entra e a verdade sai, não é isso que dizem? – Danny ria, sarcástico – Fala sério, Fletcher, você tá muito loser pro meu gosto. E nem adianta vir com mais lições de moral pra cima de mim... Eu ainda vou conseguir mais um pouco com a antes de ir embora, você vai ver... Ela é apaixonada por mim, certo?
Chega. Ela não podia ouvir mais nada que saísse da boca daquele menino. Não conseguia mais conter suas lágrimas. Lágrimas de raiva. Como? Como ele podia ter feito isso com ela? Enganado ela todo esse tempo... Ela devia mesmo era ter ficado com James. Ah, se arrependimento matasse... não conseguia pensar em mais nada. Apenas pegou um pedaço de papel qualquer, rabiscou algumas coisas, secou as lágrimas e voltou para onde estava antes de ouvir tanta merda.
- Ahm, Harry, será que você podia entregar isso aqui para o Danny para mim por favor? – a menina estendia o papel dobrado em que acabara de escrever.
- Claro... Claro que posso, . Pequena, você tá chorando?
- Não, eu tô bem, viu? Obrigada por se preocupar, eu preciso ir embora agora.
- Ei, ei, mocinha, aonde você pensa que vai? – levantou e segurou o braço da amiga.
- , deixa eu ir, eu não quero chorar aqui, tá bem? Eu te ligo depois e te explico.
- O que tá acontecendo aqui? – chegou perguntando, de mãos dadas com Dougie que também tinha cara de preocupado.
- Explica para eles, . Eu realmente preciso ir agora. – bateu a porta, deixando as lágrimas escaparem, finalmente.
- Vai atrás dela, James. – disse, séria.

O elevador demorava a chegar. Lei de Murphy, só pode. Justo na hora que ela precisava sair correndo dali o mais rápido possível, o destino resolvia complicar as coisas. Ah! Finalmente chegou.
- , espera! – James gritou esbaforido por ter corrido tentando alcançar a garota.
- James, me deixa sozinha. – a menina já não conseguia controlar as lágrimas, que escapavam dos seus olhos na velocidade da luz.
- Eu não vou deixar você sozinha nesse estado. Eu vou te levar para a casa e vou ficar contigo até você parar de chorar e me contar o que houve.
- Eu não mereço que você seja tão legal comigo assim. – a menina embolava as palavras com a voz trêmula.
- Você merece tudo, meu anjo. – James abraçou a menina dentro do elevador e beijou sua testa.

- Aconteceu alguma coisa? Eu ouvi a porta batendo duas vezes. – Tom vinha correndo da cozinha.
- Eu não sei, ninguém aqui entendeu muita coisa. A saiu daqui meio que chorando, me pediu pra entregar isso aqui para o Danny - Harry estendeu o papel para Tom –, e o James foi atrás dela ver o que ela tinha.
- Hm, ok, amanhã eu entrego para ele, o bêbado já apagou na mesa da cozinha. Vou ver se ligo para ela...
- Não liga não, Tom. Ela realmente não estava bem. – parecia realmente preocupada. Ela era como uma mãe das amigas – Ela disse que me ligaria para explicar tudo depois, então eu vou esperar e, depois, se eu puder, eu conto tudo para vocês.

James e já tinham chegado na casa da menina e ela já havia lhe explicado todo o ocorrido. Os dois estavam sentados na cama da menina, James a abraçava, enquanto ela ainda se esforçava para conseguir parar de chorar.
- Ele é um filho da puta. – James estava irritado. MUITO irritado.
- Eu não sei, James, eu também fui uma idiota de acreditar nisso tudo. – soluçava entre as palavras.
- Não se culpa, minha linda, não se culpa. Se o Jones é um merda e magoou essa menina maravilhosa que você é, a culpa não é sua, de verdade.
Nesse momento, James segurou o rosto da menina com as mãos e foi aproximando-se dela aos poucos. sentiu seus lábios se encostarem e recuou.
- James, não sei se isso é certo, eu não sei o que vai acontecer amanhã e eu tô muito chateada e você também, então a gente pode estar agindo precipitadamente e...
- Não importa. Eu preciso disso mais que tudo agora.
E aí sentiu a língua do menino em seus lábios, como se pedisse permissão e ela abriu mais a boca, como se nada mais importasse naquele momento. Eles não passaram de beijos e logo adormeceram abraçados, como da primeira vez que tinha chorado por Danny Jones.

X

- Bom dia, caras. Eu sou o único ou a cabeça de vocês também está explodindo? – Danny acabara de acordar, sentia dores no pescoço por ter dormido a noite inteira na mesa da cozinha.
- Eu acho que a sua dor de cabeça maior ainda estar por vir, Jones. A mandou entregar isso aqui para você. – Tom esticou a mão com o papel ainda dobrado do dia anterior.
- Aconteceu alguma coisa que eu não sei?
- Abre e lê. Talvez você descubra. – Tom disse, indiferente, ainda preocupado com a amiga que não tinha dado notícias.
Danny começou a desdobrar o papel. Estranho, ele conhecia boa parte do que estava escrito nele.

Minha vez de cantar para você, Daniel:
"Was this supposed to happen?
I'm better off without you
So you can leave tonight
And don't you dare come back
And try to make things right
'Cause I'll be ready for a fight"
Porque diabos alguém some deixando só um bilhete? Deve ser esse peculiar jeitinho das brasileiras, correto?


- Tom, que porra é essa? – Danny não podia acreditar no que estava lendo, quando entregou o papel para o amigo.
- É, foi exatamente o que eu pensei. Ela ouviu todas as merdas que você falou para mim ontem, seu bosta. – Tom estava irritado com o amigo, como ele podia ser tão idiota?
- O que eu falei? O que eu falei, porra?
- Merda, cara. Você falou merda. Como sempre.

X

- James? James acorda... – os olhos de estavam inchados por ter chorado a noite anterior toda.
- Ahm? Que foi, pequena, aconteceu alguma coisa? – ele ainda não estava psicologicamente preparado para acordar.
- Olha, eu queria te agradecer por ontem, foi realmente maravilhoso da sua parte... Mas eu queria te pedir pra ir embora agora. Me desculpa falar assim depois de tudo que você fez por mim, mas eu preciso ficar sozinha um pouco... Você entende?
- Claro, claro que entendo, linda... Eu vou só lavar o rosto para acordar e já saio, tá bom? – ele disse beijando a testa da menina – Mas me promete uma coisa?
- O quê?
- Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, que você precisar, você vai me ligar, tá bem?
- Claro, James.

- Tô indo, pequena, vê se fica bem. – James se despediu, dando um selinho inesperado na garota.
- Ah, ok, pode deixar. – ela respondeu, meio assustada.
passou o dia inteiro na cama, sua cabeça explodia, ela só tinha vontade de chorar. Já passavam das quatro da tarde e ela não tinha comido absolutamente nada. Não tinha levantado da cama e não atendia as ligações do celular. Cinqüenta e nove chamadas perdidas, dentre elas, ligações de , , Tom, James e a maioria delas do próprio Danny. Como ele tinha coragem de ligar para ela depois de tudo o que ele falou? Certamente ele já tinha visto o bilhete que ela havia deixado. Mas, pelo coração de pedra que ele mostrara ter, ele não devia ter se importado muito. A menina se sentia fraca e sem forças, resolvendo então, descer até a cozinha para comer alguma coisa. Quando as suas torradas já tinham ficado prontas e a nutella já estava em cima da mesa, a campainha tocou.
"Puta que pariu", pensou a menina. Que hora mais inoportuna.
Quando abriu a porta, ainda de pijamas e com a cara mais acabada do mundo, deu de cara com ele. Aquele que ela não queria ver para o resto de sua vida, aquele de quem ela não pretendia guardar nenhuma lembrança, aquele que ela não suportaria ouvir nem a voz, quanto mais olhar para a cara. E, bem, devido a toda essa raiva armazenada, ela realmente não teve que olhar para a cara do menino por muito tempo. Exatamente, assim que ela viu que era ele, bateu com a porta na cara dele e voltou para sua cozinha.
- , por favor, me ouve, eu preciso conversar contigo! – Danny berrava desesperado do lado de fora da porta.
A menina não respondeu. E continuaria sem responder, não importa o que ele falasse. Ela não acreditaria mais em suas mentiras.
- Tudo bem, se você não vai abrir a porta para mim, eu vou continuar gritando e, se os seus vizinhos reclamarem, eu vou continuar, porque eu simplesmente PRECISO que você me escute. – a voz dele estava estranha, ele parecia ter começado a chorar. Danny Jones, o fodão, chora? – Eu pensei em vários jeitos de aparecer aqui. Eu pensei em trazer flores, todas as flores de todas as floriculturas; eu pensei em trazer um bicho de pelúcia gigante que nem ia caber no seu quarto de tão grande; eu pensei em trazer chocolates; eu pensei até em cantar, mesmo que isso pareça totalmente ridículo... Mas nada, nada disso chega aos seus pés. – já chorava de soluçar, sentada na bancada de sua cozinha – Nenhum presente que eu comprasse nem nada que eu fizesse seria digno de uma garota maravilhosa como você. Uma garota que eu nunca conheci igual. Uma garota que mexeu comigo desde o primeiro instante que eu a vi. Uma garota que não sai dos meus pensamentos e que me faz querer estar com ela a cada segundo que passa. Mas eu sou um idiota. Eu diria que eu sou o maior de todos os idiotas... E, por mais que isso não pareça uma razão razoável, eu estava completamente bêbado ontem, eu não fazia a menor idéia das coisas que eu tava falando. Porque a verdade é que eu tinha medo de assumir que me apaixonei por você. Eu tinha medo de encarar que perder você ia ser o fim dos tempos para mim. Eu tinha medo de assumir que você fazia eu me sentir fraco, porque você me fez sentir pela primeira vez um sentimento que eu nunca pensei que fosse acontecer para mim. E se eu simplesmente assumisse toda a sua importância para mim, eu não ia agüentar ir embora e te deixar aqui. Me perdoa? Por favor, , me perdoa? Eu já não sou mais nada sem você...
Nesse instante, a menina abriu a porta devagar, revelando um Danny de olhos inchados e vermelhos, com lágrimas espalhados por todos os cantos de seu rosto, assim como ela.
- Danny... – ela precisava dar mais uma chance a ele. Precisava. Porque, no final das contas, ela também não era mais nada sem ele. – Não faz isso comigo de novo. Por favor, não faz.
- Nunca, eu nunca mais vou te magoar, minha princesa, nunca mais, eu prometo, eu juro pelo que você quiser. – Danny abraçou a menina com todas as forças que tinha, um abraço que misturava amor e arrependimento, um gigantesco arrependimento – Eu não posso acreditar que você me perdoou, meu amor...
- Você esquece, Daniel... Você esquece que pra mim não dá se não tiver você. – eles ficaram se abraçando durante uns dez minutos, até lembrar das torradas que, no momento, provavelmente já estavam frias, fazendo renascer a fome que martelava no estômago da garota.
- Você tá com fome? Seu estômago tá roncando sem parar...
- Eu não comi nada até agora...
- Você é maluca? Você pode passar mal assim! Vem, eu vou fazer torradas novas para você.
Eles passaram o dia inteiro juntos, Danny iria embora no dia seguinte. Ele a tratava como se ela fosse uma boneca de cristal e pudesse quebrar a qualquer momento. Ele não podia fazer um mal sequer a ela novamente, não podia. Ele não ia se perdoar se a magoasse de novo. Os dois estavam deitados juntos na cama da menina, quase adormecidos. O vôo dos meninos seria na madrugada do dia seguinte, então não havia problema em Danny passar a noite na casa de .
- ?
- Hum? – a menina resmungou já quase dormindo.
- Você me ama? – abriu os olhos com a pergunta, e passou a olhar fixamente pros olhos azuis do menino.
- Daniel Alan David Jones, isso é pergunta que se faça? – ela fingia estar brava – É lógico que eu amo você!
- Ah...
- Por que a pergunta?
- Porque, ahm... Eu tinha medo que não fosse recíproco.
- Tolinho. Isso significa que você me ama também?
- Como eu nunca pensei que fosse possível amar uma pessoa.
- Então vem, me abraça e vamos dormir bem juntinhos pra eu aproveitar cada pedacinho de tempo que eu tenho grudada com você.

- Danny? - Hm? Oi... Bom dia, linda... Que horas são?
- Dez e meia. Você quer dormir mais um pouco? É que eu acordei com fome, daí tava querendo descer para comer alguma coisa...
- Ah, não, tudo bem, vamos descer então...
- Danny?
- Hm?
- Eu não quero que você vá embora... – porque aquelas lágrimas simplesmente não conseguiam ficar presas DENTRO dos olhos dela?
- Ei, não, pequena, não chora, assim você acaba comigo... Vai ficar tudo bem, tá? Acredita em mim. Olha, eu não vou poder ficar para o café, eu tenho umas coisas da viagem para resolver.
- Sério? Mas eu achei que a gente ia passar o dia inteiro juntos, porque é o último e...
- Eu também queria. Mas não vai dar de verdade, ... Mas depois do almoço você me encontra no hotel?
- T-tá. – porque ele parecia não se importar?
- Não fica triste, depois do almoço eu sou todo seu. – ele sorriu malicioso.
- Tentador. – ela disse indiferente. Ainda não tinha entendido o pouco caso de Danny.

- , eu não sei o que tá acontecendo cara! – dava para ouvir que chorava do telefone, mas, paciência, sempre fora a sua confidente em se tratando de assuntos que envolviam Daniel Jones.
- É estranho mesmo, pelo que você me disse, ontem ele foi completamente maravilhoso com você e agora isso...
- Eu não pensei que pudesse amar ele mais e ontem ele conseguiu fazer eu amar mais ainda... Daí hoje isso! Sério, esse cara quer me ver louca, só pode.
- Aii, amiga... Já tomou café?
- Hm, não.
- Então vem, se encontra comigo naquela padaria divina aqui perto e a gente toma um café da manhã daqueles para a gente se distrair.
- Já disse que te amo hoje?
- Não, mas eu já sei.
- Adoro o jeitinho humilde das minhas amigas.
- Também amo você, nega. Beijoca.

X

- Ai, caras, eu não quero me despedir de vocês, que saco! – as três meninas e os cinco meninos já estavam reunidos no quarto deles logo após o almoço.
- A gente volta, , eu prometo. – Harry beijava a bochecha daquela que havia sido praticamente sua namorada durante duas semanas.
- É, a gente tava pensando em fazer um outro show aqui, anyway. – Tom disse, tentando parecer indiferente, quando também já estava morrendo de saudades, na verdade.
- E você, James? – perguntou, olhando para o amigo.
- Eu tô sempre com eles, gatinha. – ele piscou para ela. A menina puxou o garoto para um canto e olhou séria para ele.
- Olha, James, sobre aquilo que aconteceu no outro dia, lá em casa...
- , relaxa. Aquilo já foi bastante para mim, se você quer saber. E eu sei que o que o Jones sente por você é absurdo. Ele te merece, de verdade...
- Awn, James! – ele era o máximo, não era? Ela o abraçou com toda a força que podia.
- , posso falar com você um instante? – Danny a chamava de um outro canto do quarto. A menina assentiu e foi andando até ele – Me dá um abraço, pequena? – eles se abraçaram durante um tempo, até a menina começar a chorar.
- Eu não vou saber me virar sem isso, Danny...
- Escuta, não tira o meu foco, eu preciso te perguntar uma coisa importante.
- Ahm? O que é?
- O que você quer fazer amanhã? Eu e os meninos vamos ensaiar durante o dia, mas eu acho que dá para fazer alguma coisa legal à noite...
- Daniel, do que você tá falando? Você tá bem?
- Você quer ir para Londres comigo, ? É disso que eu tô falando.

FIM =D



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