No Escurinho do Supermercado
autora: Marina || beta: Paah Souza.


Eu não podia acreditar que aquela era a garota dos meus sonhos. Ela era simplesmente perfeita! Não está entendendo, não é? Ok, vou explicar.
Meu nome é Jonas. Sim, da banda Jonas Brothers. Espero que saiba, porque a garota que eu AMO não sabia.
Vou explicar o que aconteceu: meu sonho sempre foi ficar preso em um supermercado. Eu sei... Sonho idiota, não é? Mas já que no shopping as lojas ficam fechadas, o sonho é no mercado mesmo.
Em uma bela noite, meus pais estavam viajando e eu fui com meus irmãos ao mercado. Eles voltaram antes e eu fiquei para comprar mais umas coisinhas para mim. Foi quando... Esqueceram de mim!
Isso mesmo, o mercado fechou![n/a: usem a imaginação:D]. Tinha apenas um segurança, que estava lá fora e não conseguia me ver, mesmo com as luzes acesas.
Então pensei: “TRIM, hora de realizar meu sonho!” e resolvi passar a noite lá. Mandei uma mensagem básica para o e comecei a atacar um pacote de biscoito.
Logo depois, peguei uma coca-cola, um salgadinho e outras porcarias. Depois de um tempo, aquilo foi ficando monótono. Foi quando resolvi ir ao banheiro, soltar toda a comida digerida, que encontrei o amor da minha vida.
Ela estava saindo do banheiro feminino (lógico!) com uma cara de espantada, sem saber direito o que estava acontecendo.
- Quem é você? – perguntou ela, meio assustada.
CRI CRI. Eu ainda estava sem reação. Ela era linda.
- Não me escutou não? – repetiu ela.
- Você... Você não me conhece? – como ela não me conhecia? Eu sou Jonas, SUPER famoso! Qual é?
- Por acaso eu deveria? – ela perguntou, enquanto cruzava os braços.
- É... Sim! Eu sou Joe! Jonas! Daquela banda sabe? Jonas Brothers! – eu estava horrorizado. Ela parecia ser a única adolescente do mundo que não nos conhecia. [n/a: convencidinho ?] - Não, nunca ouvi falar. Nunca liguei muito para música, sabe? Existem coisas mais importantes... Mas então! Seu nome é Joe? – disse ela, calma.
O que ela tem na cabeça? Dizer isso para mim? Coisas mais importantes, hunf! Dá licença! Mesmo assim ela... Ainda era linda (segredo).
- É, é sim. E o seu? – perguntei.
- , de... Nenhuma banda. – e riu – Entendeu? Era uma piada? Ai, ai. – ela disse.
- É, entendi. Mas então, vem sempre aqui? – de onde eu tirei isso? Quando fui ver, já tinha falado.
- O que era para ser isso? Uma cantada? Que seja. Bom, no mercado sim. Mas geralmente não, não fico presa com um maluco dentro dele.– disse ela, toda convencida.
- É... Por acaso o maluco sou eu? Porque eu estou achando que é. – eu perguntei meio envergonhado.
- É, é sim. Mas, tudo bem. Vivo cercada de malucos mesmo. Mas então, qual a sua história? – perguntou ela, dando um sorriso lindo.
- Minha... Minha história? – não entendi nada.
- É, como ficou preso aqui? Tipo, eu estava no banheiro e quando saí e encontrei você, já não tinha mais ninguém. – ela explicou.
- Ah! Isso. É, foi sem querer. De repente, estava tudo fechando e eu fiquei. Não é o máximo? – perguntei empolgado.
- O quê? Ficar preso aqui? O máximo? – ela disse com uma careta.
- É, sempre foi meu sonho ficar preso no mercado!
- Own. – ela disse com os olhos brilhando - Que bonitinho. Mas não, não é o máximo. Estou com frio, sono, fome e quero minha casa – disse ela, com um biquinho.
- Bom, o frio posso resolver. – entreguei meu agasalho para ela (ela vai ficar com o perfume do Joe, haha) – Tem comida de monte aqui. Se quiser dormir, é só entrar em uma daquelas barracas de acampamento que vende aqui. Praticamente sua casa! – disse eu.
- Ai, obrigada pela blusa! E, é... Praticamente minha casa! Então, quer comer? – disse ela, mais animada.
Comer, hehe. Está bem, parei.
- Claro. Apesar de eu já ter comido um monte, vamos lá! – falei, pegando na mão dela e a levando direto para a sessão de salgadinho.
Comi igual nunca havia comido antes. Acabei ingerindo mais um monte de coisa. E ela também. Ela não é nada parecida com aquelas adolescentes que só pensam em emagrecer. Sim, ela é magra, mas come muito. Igual a mim. Gamei! Haha.
- Nossa, estou satisfeita. – disse ela, massageando a barriga e interrompendo meus pensamentos.
- Eu também. Mas estava bom, não é? – perguntei (sem assunto).
- É, estava mesmo. Mas e aí? Me fala de você. – disse ela, dando outro daqueles sorrisos lindos.
- Ah! Então, eu sou um super astro do rock. Querido por todas, o mais bonito dentre os meus irmãos, o mais amado pelas meninas e... É isso. – disse eu. Nem fui convencido, não é?
- Nossa! Nem se acha, hein? – disse ela, alto.
- Brincadeira, não é? Mas, então. Adoro minha família, amo jogar Guitar Hero...
- Ah, eu também! Sou viciada nesse jogo. – ela me interrompeu.
Essa garota é perfeita, fala sério! Tão fofinha. Eu disse que ela era demais. Só cuidado para não se apaixonar porque ela é minha, viu?
- E agora estou sentindo uma coisa que nunca senti antes. – continuei, chegando mais perto dela.
- É... É... O quê? – ela perguntou envergonhada, com as bochechas vermelhinhas.
- Não sei, é só... Uma coisa especial, que nunca senti antes. – eu estava praticamente colado a ela agora.
Eu fui ficando gelado e comecei a sentir uma vibração, que ia aumentando, aumentando, então... Percebi que era meu celular que estava no bolso da calça. [n/a:mentes pervertidas;D]. Era o retardado do .
- É... Eu tenho que atender. – eu falei, meio sem-graça. Está bem, totalmente sem-graça. - Tudo bem. – ela disse, meio decepcionada. Será que por que eu não a beijei? Haha. Safadinha.
- Alô! – falei, estressado, ao telefone.
- Joe! Cadê você, cara? Como assim preso no supermercado? Que mensagem era aquela? – falou, preocupado. Mal sabia ele que eu estava ótimo agora.
- Você só viu a mensagem agora? – perguntei.
- É, estava desligado. – Er, imagina se fosse uma emergência. –Mas, então, pede para eles te soltarem daí. – deu a grande idéia!
- É, não. Na verdade, eu estou muito bem agora e tenho que desligar. Mas eu estou bem, hein? Boa noite! – desliguei o telefone e olhei para ela, que estava entretida com os meus cabelos. Ai, Ai. Tão bonitinha. – É, pronto. – falei.
Ela deu um sorriso e se levantou, me pegando pela mão.
- Aonde vamos? – perguntei ao amor da minha vida, razão do meu viver e futura Sra. Jonas.
- Para barraca, porque agora eu estou com sono. Vamos? – ela perguntou.
- Claro! – como eu poderia recusar? Ela é tudo de bom e deu outro daqueles sorrisos. Lógico que eu não disse isso para ela, mas tudo bem.
Entramos na barraca e ela dormiu. Fiquei a observando durante um longo tempo. Até que também peguei no sono.
[Narração on]
Acordei com o barulho do celular dele. Resolvi atender, já que ele dormia como uma pedra.
- Alô! – falei.
- Oi amor, onde você está? Estou com saudade. – falou uma voz de mulher ao telefone.
- Quem está falando? – perguntei.

- Quem é? – ela disse.
- .
- Ah, desculpa. Acho que foi engano. – e desligou. Como assim, “amor”? Eu pensava que a gente tinha algo e, de repente... Uma namorada! Devia ser coisa da minha cabeça mesmo. Coloquei o celular de volta no bolso dele e fiquei sentada, pensando.
[Narração off]
Acordei e ela estava olhando para mim. Tão linda. Resolvi falar:
- Oi! – falei, dando meu olhar mais fatal.
- Oi. – respondeu ela, seca.
- O que houve? – fiquei preocupado.
- Nada. É... É... Ligou uma menina para você. – ela disse.
- Uma menina? E você atendeu? – eu perguntei.
- É. O celular tocou, tocou, tocou e parou. Você não acordou e começou a tocar de novo. Então, resolvi atender.
- E quem era essa menina?
- Ah, uma menina. Sua namorada, provavelmente. – ela disse, desviando o olhar.
- Não. Não tenho namorada. Mas e se fosse alguma coisa pessoal? Que você não pudesse saber. Não tinha o direito de atender! – falei, mais bravo.
- Nossa! Perdão por querer ajudar, achando que fosse algo importante! – ela falou, agora MUITO brava, e saiu andando.
Quando pensei que nada mais aconteceria... PUF! Acabou a força e eu ouvi um grito. Saí correndo no escuro e quando a encontrei ela estava sentada ao lado das fraldas. Isso mesmo, fraldas. - Não. Calma, calma. Está tudo bem. – eu falei a abraçando. É, abraçando!
- Você não entende, eu tenho um pouco de... Ah, deixa para lá. – ela disse.
- Não. O que? Pode falar. – eu disse.
- Um pouco de... Medo do escuro. – ela falou envergonhada.
- Não, tudo bem. Eu... Eu... Eu te protejo. – falei com calma.
- Desculpa por ter atendido, ok? Eu sei que não deveria, só quis ajudar. – ela disse toda fofinha.
- Não, tudo bem. Eu sei. Me desculpa também e eu, realmente, não tenho namorada. Devia ser engano. Também não tenho nenhuma ficante e nem sou apaixonado por ninguém. Quer dizer, ninguém, além de... Você. – eu disse, me aproximando cada vez mais.
- Er, er... Estou meio sem-graça agora. - disse ela, toda vermelhinha.
- Não precisa ficar. - fui me aproximando, mas como estava escuro, eu meio que tropecei. Deve estar pensando: retardado, não é? É, eu sei que sou. Mas um retardado apaixonado. E você só acha isso, porque não sabe o que aconteceu depois. Se achava que já estava ruim, pode ficar pior. Fui indo em frente até que encostei meus lábios em algo gelado. Uma prateleira.
Ela se matou de rir, estava ao lado da prateleira.
Não pude nem me recuperar. Ela foi se aproximando e, de repente, me beijou. Pelo menos, ela conseguiu acertar o lugar certo.
Foi um beijo longo e perfeito. Um como eu nunca havia sentido antes. Simplesmente senti que ela era a pessoa certa, sabe? Quando finalmente paramos de nos beijar, ela estava ofegante e disse:
- E aí? Qual foi melhor, o meu ou o da prateleira? – ela perguntou, entre risadas.
- Hum... Acho que o da prateleira. – respondi, a abraçando o mais forte que pude. – Te amo!
- Obrigada – ela disse.
Obrigada? Poxa, magoou o coração de um apaixonado.
- Brincadeira, Joe! Também te amo, fofinho! – ela disse, enquanto me abraçava.
- Ufa! Tinha certeza que era sério. – falei. – Mas, escuta... Aquela história de que você não conhecia os Jonas Brothers... Era sério mesmo? – resolvi tirar essa dúvida da minha cabeça.
- Era sim. Mas agora já conheço e... Muito bem! – ela falou.
- É, conhece.
De repente, entre beijos e abraços, surgiu uma luz. E não, não era aquela “luz no fim do túnel” ou uma idéia. Era uma luz mesmo, de uma lanterna. Com um homem muito bravo a segurando.
- O que vocês estão fazendo aqui? – ele perguntou.
- Nós ficamos presos e não vimos ninguém, nem você. Então, ficamos esperando. (mentirinha, só não saímos porque estávamos ocupados demais) – eu disse sério.
- Está bem, está bem. Vamos sair logo daqui e depois vocês pagam por tudo que usaram. - Certo, certo. – disse, dando uma piscadinha para mim. – Mas, você tem certeza que quer fazer Jonas pagar por umas comidinhas?
- Jonas Brothers? Nunca ouvi falar. Canta uma música. – o segurança pediu.
- Ah, aquela... Você sabe... Aquela lá! – ela falou, olhando para mim, sem saber o que dizer. Apenas pelo simples fato de ela não conhecer nenhuma música.
- Deixa quieto, . É melhor a gente ir. – falei.
- Isso mesmo, é melhor os dois pombinhos saírem logo daqui. – ele nos empurrou para fora.
Saímos e já estava amanhecendo. Pegamos um táxi, primeiro para a casa dela. Desci com ela até a porta e falei:
- Ma, foi ótima essa noite, viu? Talvez a melhor. Da minha vida. - Own. A minha também foi, Joe. Adorei passar a noite com você. – disse ela, toda bonitinha e UI! Percebi um duplo sentido nessa frase.
Ai, ai...
Ela foi subindo a escada, eu não agüentei e gritei: - Namora comigo?
Ela olhou de volta, desceu a escada e me deu um beijo.
- Claro que sim! – ela respondeu. Eu a abracei forte e sussurrei em seu ouvido:
- Só tem uma condição.
- Qual? – ela perguntou espantada.
- Você vai ter que aprender a beijar igual à prateleira.



Fim!

nota da autora: gentee, espero que tenham gostado e se divertido tanto quanto eu pra fazer a fic! Entrei total na personagem!! Comentem, ok? Brigadiinha :D
Agradecimentos: Bom, eu queria agradecer a todas as pessoas que ajudaram. À incrível beta Paah Souza, que me aguentou fazendo milhares de perguntas, á Giovanna que foi uma das primeiras a ler, à Viviane, que atrasou seus trabalhos pra me ajudar, á Srta. *não esquece meus créditos no final*, Sabrina, que me ajudou com TODOS os detalhes da fic e também é grande fã dos Jonas, também á Camila, Atina, Carina, que não ajudaram em nada mas fazer o que né? Brigada mesmo gente. Essa fic não seria possível sem a ajuda de vocês e sem a minha criatividade ;D. Brincadeeeeiraaa!!

nota da beta: Heey, gente! Estou aqui apenas para dar um ooi, e pra dizer que se tem qualquer erro que vocês tenham percebido nessa fic, podem me avisar por aqui, e eu estarei disposta à corrigir o mais depressa possível.
Enjoy, everyone !
XOXO', Paah Souza.

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