Plan B
by Fernanda Oliveira


Oi. Sabe, minhas amigas estão me esperando e eu estou precisando correr. Quem é esse cara gato parado na minha frente? Dá licença querido, vou passar por cima de você.
OPA, o celular dele ta tocando, que toque polifônico ri-dí-cu-lo. Coisa de , droga, vou ligar pra ela, está com uma fila de pedestre aqui.
- Alô?
- Oi idiota, onde você está?
Ai que amiga sensível e prestativa fui arranjar.
- Estou tentando andar na rua, mas tem UM CARA NA MINHA FRENTE. – Vou gritar pra ver se ele se toca né?
Que merda é essa? Parece que está rolando uma festa do arromba aqui. É, uma festa no meio da rua, acorda .
- Que merda é essa?
- Te ligo daqui a pouco, vou demorar um pouco.
Desliguei na cara dela. DESLIGO MESMO. Oi, esse cara não vai se mover não é? O que é isso? Ah, não é UM cara, são QUATRO caras interrompendo a minha passagem.
- Ei querido, você pode dar uma licencinha? – Fui delicada, se ele não sair da frente vou ser grossa.
- E aí? – Ele virou com um sorriso, e eu fiquei tipo, "AMOR sai da frente!"
- O que ta acontecendo aqui? – Perguntei do tipo, que porra, SAI DO CARALHO DA FRENTE!
- Não sei. Não é minha culpa. – Ah, como se isso adiantasse né? Você tem 20 metros, vai tirando o povo da sua frente.
- Não tem como você andar? – Olha, to cansando de ser sensível, que cacete esse menino.
- Não. – O que ele ta fazendo? Ah chamando o amiguinho loiro, lindo, que é da banda McFLY ai meu Deus, que isso? JESUS MARIA JOSÉ, ele ta vindo falar comigo e ele é do McFLY, posso pirar? Faça cara de legal, obrigada.
- Acho que está tendo uma briga lá na frente, por que você não dá a volta por ali? – Ai meu filho, se você for comigo eu dou a volta no mundo. Por que ele ta me olhando assim? Ei querido vai tirar um pedaço.
- Por onde? – Acho que ele já tinha mostrado, mas tipo, eu não entendi, ELE TÁ SORRINDO, caralho, seu sorriso me mata amor. Amor? Já to chamando de amor?
- Eu te mostro. – O quê? Eu não ouvi, ele disse: EU TE MOSTRO? Morri, estou no céu.
- EI . – Ai meu Deus, outro Deus Grego, DI-VI-NO. Combina com a , ? Por que eu to pensando na agora? JESUS APAGA A LUZ, ele ta vindo pra cá, diz oi.
- OI. – OI, por que eu disse oi? Ele não ta vindo falar com você, ta indo falar com o . Ah Jesus, eu que nunca pensei que pudesse conhecer o , olha eu aqui. Devo ter tirado a sorte grande, agora nunca mais também. Mas eu ainda to atrasada, será que o Deus Grego número dois, o , pode parar de falar com MEU Deus Grego chamado ?
- Onde você vai? Está vindo uma tempestade por aí. – TEMPESTADE? Eu ouvi tempestade? A vai me matar se eu não chegar a tempo, tudo por causa de uma chapinha.
- Relaxa , vou levar a... – , ai meu Deus , você também é bem perfeitinho, então e aí gatinho? Opa, por que os dois tão olhando pra mim?
- . – Demorei nessa hein? Mas e aí , se quiser ir comigo eu posso dar uns pegas nos dois. Brincadeira pessoal, o outro é da , droga a , esqueci dela.
- Vamos. – Meu filho, que indelicado, larga a minha mão ainda não sou sua amiga. E se eu tentar puxar a mão será que ele se toca? Não, não se toca. Fofo, você é lindo, MAS a gente não se conhece então me larga.
Ok, entendi, você não vai me largar, aposto que está me querendo também. Mas saca só, não é só porque você é lindomaravilhosoaperfeiçãoempessoa que eu vou te dar bola. Na boa, o que eu estou falando? Digo, pensando. Vou dar bola, sim.
- Meu nome é , . – Ele está se apresentando pra mim (como se eu não o conhecesse), ele se apaixonou, como realizar? O que eu respondo, pra ‘meu nome é ’ opa, e daí que seu nome é ? Eu só vou conseguir te chamar de Deus Grego mesmo.
- Sei, , pra onde você está me levando? – Sim, eu perguntei isso. Com ele eu iria até pro inferno meu bem, mas eu queria pelo ao menos saber o que ele ia fazer comigo, meu Deus, que duplo sentido maravilhoso.
- Pra dar a volta na praça, aonde você precisa ir? - Ele perguntou, começava uma chuvinha bem fina e aí pronto. Era melhor eu nem chegar onde eu precisava porque a ia bater a minha cabeça contra a parede assim que eu chegasse e seu cabelo voltasse er, ao estado normal.
- Bom, eu não sei se vai adiantar muito eu chegar lá agora, mas eu precisava ir ao "Plan B" – Respondi e ele me olhou meio confuso, está certo que era cedo pra ir pra um bar/boate, mas fazer o que se minhas amigas não têm o menor senso de horário e ainda são meio loucas?
- Sei, bom, é meio longe daqui e parece que a chuva vai aumentar. – Foi só ele falar pra começar a chover mais forte, ô boquinha hein querido? Só porque eu estou aqui, toda arrumada e maravilhosa (me acho mesmo, beijos) começa a chover assim, eu nem queria sair de casa, agora estou molhada e com frio, e a culpa é da /, morram as duas.
- Ai Deus. – Resmunguei alto e peguei o celular. – né? Muito obrigada, mas eu acho que eu vou acabar voltando pra casa mesmo. – Me mata, estou recusando a companhia do Deus grego maravilhoso.
- Tudo bem . Pra que direção você está indo? – Quê? Ele não quer me largar? Tô te falando que ele está super interessado, eu arraso, beijos.
- Praquela. – Apontei pra algum lugar, que eu nem vi, e liguei pra .
- Oi, não vai dar pra chegar aí a tempo, vão vocês duas, eu estou bem.
- , e todos os gatinhos que iríamos conhecer? - Puff, se ela soubesse quem tava do meu lado, que vontade de fazer inveja.
- Eu estou de boa quanto a isso, vai logo antes que a me mate. Tchau.
- Tchau. – Eu desliguei e ele me deu um sorriso. OI SORRISO MARA, vou dar um sorriso de volta, ah isso, ele deve ter se assustado com o tamanho do meu sorriso.
- Vamos então? – , meu Deus, intimidade, disse e claro eu já tava do lado dele nessa hora, que menino lindo maravilhoso. Bom, depois de ter surtado tudo que eu tinha pra surtar, resolvi que era hora de parar de pensar (como estou fazendo agora) e agir, beijos, parece aquelas putas. Ah me deixe.
Comecei a puxar um assunto meio tosco, do tipo, por que está chovendo tanto? Sim, eu sei, esdrúxulo, na verdade. Mas ele parecia estar interessado em manter uma comunicação sadia, (não, eu não disse vadia), e nós fomos conversando até perto da minha casa.
- Minha casa fica naquela esquina. – Apontei. Tragicamente estávamos mais perto do que eu queria, e, ai que vontade de morar a mais umas quadras daqui.
- Já? Nossa, o tempo passou correndo. – , meu Deus Grego, disse e eu corei. Passou? É, passou. Mas quando o tempo passa rápido é porque algo bom estava acontecendo, e se o tempo dele passou rápido é porque estar comigo era uma coisa boa. Ai pronto, eu me derreti e quase babei em cima dele.
- Sim. – Paramos na frente da minha casa, vou chamá-lo pra entrar. Que isso , mal conhece o menino. Ah, mas e daí? Se ele ta interessado, e eu também estou, qual o problema? E tem mais... Droga, meu celular, vou ter que deixar esse pensamento pra lá.
- Alô?
- Oi , é a . (morra , você não cansa de me atrapalhar?)
- Sim, o que é?
- Só pra dizer que você está perdendo a festa. - Mentira que ela fez isso? Que vontade de xingá-la de...tudo!
Desliguei o telefone na mesma hora e o olhei, ele me olhava sem-graça, como se dissesse: ‘eu adoraria tomar uma xícara de chá’, ok, não, ele não me olhou com essa cara. Ele me olhou como se quisesse dar tchau, decepcionei.
- Não quer entrar? – Perguntei, a chuva tinha diminuído um pouco, mas nada muito considerável, ainda nos deixava encharcados e com frio. Abri o portão e dei um sorriso convidativo, daqueles que dizia ‘entre, e não me deixe sozinha’.
- Sim. – Ele entrou sério, como eu fiquei feliz. Nós entramos e eu o ‘larguei’ na sala com o pretexto de trocar a roupa molhada, mas sinceramente, eu queria me arrumar, e pensar em como conquistar aquele menino maravilhoso que parecia estar na mesma que eu.
Então, o que fazer? O que vestir? Como realizar tudo isso que ta acontecendo? Vou me vestir normalmente, claro. Mas o que seria normalmente? Tem que parecer casual, ‘casual’, não vai parecer nada casual. Enfim, vou vestir aquele shortinho jeans que eu ganhei um dia desses e uma blusinha qualquer.
O que fazer pra atraí-lo, é que eu ainda não sei. Se bem que, com a minha beleza (há, essa é a hora que eu pego minha lixa e faço cara de nada), eu já consegui fisgá-lo, agora é só puxar o anzol e que comparação brega a minha, fala sério. Bom, estou pronta. É melhor eu voltar logo, pra ele não pensar que eu estou aqui me emperiquitando toda pra ele, apesar de estar claro que eu estou.
- Demorei? – Fala de gente idiota, me mata. Ele abriu um grande sorriso, e eu me sentei relativamente perto dele. Conversa vai, conversa vem, ele me puxou pra mais perto dele.
ESTOU NO CÉU,e não me diga que não. Tudo que falta agora é ele virar o meu rosto, assim como ele está fazendo agora, e me beijar, como eu acho que... é, ele está fazendo. E que beijo maravilhoso, por mim eu o beijava pra sempre, tipo mesmo, sempre. Será que ele aceita casar comigo? Tudo bem que um pedido a uma altura dessas iria deixá-lo assustado, e por que eu penso tanto e não curto o momento?
Se bem que a idéia de beijá-lo pra sempre está quase acontecendo, porque ele ta me deixando meio sem ar agora e, ok, vou ter que partir o beijo antes de morrer asfixiada. Parti o beijo e ele ficou com essa carinha de ‘eu quero mais’, está bem , você pode ter mais, nos beijamos de novo, e dessa vez um pouco menos demorado e mais agradável. Maldita hora que o celular dele tocou, afinal, por que existe celular mesmo? Fora atrapalhar os meus momentos mais agradáveis? Ah é, pra nada.
- Sim, eu entendi . – Ah, então era o , aquele Deus Grego número dois, que se me pedisse um beijo eu daria na mesma hora (momento piranha). Um tempo depois de conversa, ele desligou o celular e me olhou meio triste.
- O que aconteceu? – Eu perguntei meio, ah sei lá, meio eu.
- Eu tenho que ir. – se levantou decepcionado por ter que fazer isso e eu fiquei, com certeza, muito mais decepcionada do que ele. Ele tinha mesmo que ir? Depois de dois beijos, eu quase chorei no momento. Nós nos levantamos e fomos até a porta, eu não acredito que era só aquilo. Ele me deu um selinho.
- Não vai... – Eu falei baixinho no ouvido dele, e ele me deu um abraço e uns beijnhos na minha bochecha.
- Desculpa , eu tenho mesmo que ir. – Ele disse e depois me deu um último e longo beijo. E então ele se foi.
Ok, ok, quase fiquei depressiva com a cena, mas o que fazer né? Nada. Então ele estava indo de volta pra algum lugar, onde havia mais mil garotos maravilhosos como ele, e foi só uma ficada, puff, maior coisa sem importância não é?
Não espera aí, sem importância também não. Teve importância, quer dizer, pelo ao menos pra mim. E se ele não gostou? Imagina, não tem como não gostar de mim (essa é a hora que eu pego minha lixa de novo e faço cara de nada), bom, mas vai que ele não gostou. Sei lá, acontece né?
Mas ah, por que eu to pensando nisso? Não to dando a mínima bola pra isso. Até porque nem foi tão bom assim. A quem eu to enganando? Foi ótimo. Mas tudo bem, ele vai me ligar. Espera, como ele vai me ligar se a gente não trocou telefone? Meu Deus, acabou. Nunca mais vou ver meu Deus grego na vida, como viver?
Que decadência, estou dando muito importância a isso, é melhor eu parar e ir, sei lá, comer, dormir, viver né? Vamos esquecer o , sim, esqueci.
Mas espera, ele sabe onde fica a minha casa e se ele quiser ele vai aparecer aqui de novo e vai ficar tudo bem. E que merda, estou pensando nele de novo, vou dormir, tchau.
Não , não apareça nos meus sonhos sem ser convidado fofuxo, eu não gosto desse tipo de coisa, muito menos de fechar os olhos e ver seu rostinho lindo, seu sorriso mais que maravilhoso, seu olhinho pidão. Então saia do meu sono, assim vai me fazer perder a noite inteira sonhando acordada.
Uma semana se passou exatamente do mesmo jeito que a anterior. Aulas chatas, professores chatos, eu estava querendo matar a e a , mas isso tudo era normal. O que não era normal era a quantidade de vezes que eu pensava naquele sorriso e naqueles cabelos impressionantemente sedosos e cheirosos. E naqueles lábios...Meu Deus, eu simplesmente conseguia perder a minha aula de química (a minha aula favorita) pensando nele.
E isso é tão diferente de tudo, ok, eu costumo me apaixonar fácil e assim vai. Mas antes demorava um pouquinho mais, sei lá, mais uns três encontros. Enfim, naquele dia eu consegui me superar, estava completamente no mundo da lua. Até minha professora lindinha de química percebeu. E foi lá falar comigo:
- , está tudo bem?
- Oi Fabi, está tudo bem sim. - Mais que bem, tudo ótimo né, minha filha? Você não pediu o número dele, está louca por ele por causa de uns beijinhos, mas você é brega hein ?
- Hoje você está meio desatenta.
- Ela está assim todos os dias professora. – sua idiota, por que você está se intrometendo mesmo? Ah é, porque você não sabe o dever de química e tem que ficar puxando o saco da professora.
- E isso por quê? – Ah Fabi, você é linda e eu te adoro, mas ai você já ta querendo saber demais né? Eu ter contado pra já foi um grande de um esforço. – Se for por um menino, ...
Ok, é por menino, e daí? Se você conhecesse que menino era...ah aquele menino, com aquele sorriso, aquela boca deliciosa, aquele perfume viciante, aquele beijo quase que inesquecível, e aquele jeito de tocar que sempre me deixou impressionada. Bom, eu sinceramente não sei que cara que eu fiz pra professora de química, mas logo ela percebeu que tinha acertado.
- Eu sabia. - É, ela sabia.
- Ah Fabi, ele é tudo de bom, ele é bonito, e cheiroso e beija bem...
Eu comecei a enumerar as qualidades que, de verdade, eu nem sabia que ele tinha. Acho que eu saí inventando um monte pra ele parecer mais perfeito do que realmente era e ter uma desculpa pra não prestar atenção nas aulas. A professora quando percebeu qual era o estado da coisa não me deu uma bronca, só falou pra eu tentar ficar mais atenta e ver se era isso mesmo que eu queria fazer por causa de um menino.
Tudo bem, ela tinha razão né? Como eu sou exagerada, isso me cansa. Então naquela minha aula de química sobre ligações covalentes eu decidi que eu ia totalmente, esquecer aquele McGuy e seguir em frente, mesmo se isso envolvesse tirar o McFLY do meu Playlist.
Mas para minha surpresa quando eu chego em casa, quem está na minha porta me esperando? TCHAN TCHAN TCHAN TCHAN! O carteiro. É claro que não seria o né? Bom, peguei as cartas/contas e entrei. Fui direto almoçar, e depois fui entrar em depressão (não sei bem como se faz isso, mas eu estava lá sofrendo). Lembrei que a ia lá pra casa a tarde e parei de chorar, bem na hora que a campainha tocou.
Vamos limpando a porcaria do rosto:
- JÁ VAI, JÁ ABRO. – Me aprontei, parei com o choro bobo e fui lá abrir a porta. Adivinha quem me esperava lá do lado de fora?
AMIGA! Mentira, não era ela. Não ainda.
- ? – Corri pra abrir a porta naquela minha imensa empolgação e excitação (isso eu podia omitir, mas era verdade)
- . – Abri a porta e ele me olhou meio sem jeito, mas logo depois de dois segundos me beijou, e eu já estava agarrada ao seu pescoço.
- Pensei que nunca mais ia te ver. – Eu super dramática e afins. Nos pensamentos dele deve estar se passando assim: o que eu to fazendo aqui? Essa louca. Mas também se estava pensando isso tava fazendo o oposto. Cada vez me beijava com mais força e nos empurrávamos para dentro da casa, como se estivéssemos pensando na mesma coisa. Acho que estávamos.
Mentira, acho que não. Até porque eu estou pensando mil coisas ao mesmo tempo e o parece ser meio lerdinho para pensamento e mais ágil nas ações. Aliás, maravilhosas ações, vamos concordar né.
- Eu não sabia se devia aparecer aqui, mas eu precisava te ver de novo e esqueci de pedir seu telefone. – Ele disse, meu Deus, que lindo, maravilhoso, perfeição hein?
- Me dá seu celular. – Eu pedi e anotei meu celular lá, ele nunca mais vai perder meu número. – E aliás, pode aparecer aqui quando quiser. – Oi, dou em cima mesmo, me deixa em paz.
- Olha que apareço mesmo hein? – Ai meu Deus, quer dizer, meu Deus grego maravilhoso. Gente, dava pra ele ser mais perfeito? Claro que não.
Meu celular começou a tocar, e eu fiquei com raiva de mim mesma por colocar o toque “Gimme a man after midnight”, podia ser mais embaraçoso? Ele riu e eu olhei quem era, ah, era a , morra .
- Alô?
- , eu não vou mais. Desculpa, pelo amor de Deus, é que eu tenho treino e...
Está bem , e daí? Você está me atrapalhando. Aliás, essa história deveria se chamar “celular” porque o tanto que esse celular toca e me atrapalha viu? Eu não mereço.
- Está tudo bem, sério.
- Não, eu sei que você está triste e que você queria meu apoio, desculpa amiga.
Ai , please, eu triste? Que coisa de gente cafona.
- Amiga, o está aqui, vou desligar e tchau.
É,eu desliguei antes que ela pudesse ter qualquer reação, provavelmente ela daria um grito que até o iria ouvir e por favor né, ia ficar hiper assustado, mais do que eu.
- Desculpa , tudo está atrapalhando a gente. – Eu disse e ele me beijou de novo. Ai que lindo, ele não ficou bravo (estou brilhando mil cores ok)
- Espera, deixa eu anotar uma coisa pra você. – Ele pegou uma caneta que estava jogada lá por cima e puxou a minha perna, eu tava de short e ele anotou alguma coisa na minha coxa.
- O que é isso? – Não to conseguindo ver, obrigada, a mão dele está em cima. É, ele deve estar aproveitando pra pegar na minha coxa, eu ri disso.
- É o meu endereço. Vá lá sempre que quiser me ver. – Ah que lindo. Mas espera, se for sempre que eu quiser vê-lo, eu vou estar lá todos os dias né? Acho que isso podia parar de ser pensamento.
- E se eu aparecer lá todos os dias? – Eu falei que ia deixar de ser pensamento, mas agora ele deve estar com medo de mim.
- Vai ser perfeito. – Ele disse isso, sim, ele disse isso mesmo. A-PAI-XO-NEI!
Bom, depois de um tempo a gente começou a conversar pra tentar se conhecer direito, e, é fato, eu estou completamente apaixonada por ele, ah eu disse que eu era apressada não disse? Mas sinto muito meras mortais, ele também sente o mesmo por mim (devo pegar a lixa e partir pra cara de nada?).
Acabamos, sinceramente, eu não sei como, chegando nesse assunto:
- Então, no dia que nos conhecemos você estava indo pra ‘Plan B’? – Ele perguntou, é eu estava, ele me atrapalhou, fazer o que se as pessoas se apaixonam por mim? Eu nem me acho.
- Estava, mas a chuva atrapalhou. – Hihi, não custa nada mentir pra deixar o cara feliz né.
- Sei. Aí eu acabei virando o seu plano B? – Não meu filho, você acha que eu ia te deixar como segundo plano? Desde quando McFLY é o meu segundo plano?
- Sinceramente, eu preferi o meu plano B. – Eu ri e nos beijamos. Era fato, eu tinha mesmo preferido o segundo plano, até porque as meninas não conheceram gatinhos lá na ‘plan B’, porque, er, estava meio cedo e só tinha velho. Opa, desculpa aí pessoal, eu sou uma garota de muita sorte.
Uma semana se passou, eu estava na minha aula de química e dessa vez eu juro que estava prestando atenção, quando eu recebi uma mensagem:
“Tem planos pra hoje a tarde?” O tinha me mandado.
Eu respondi: “Sim, tenho”. Sou uma menina muito atarefada, não fico sem fazer nada e minhas amigas são meio piolho de festa, então eu estou em todas.
Alguns minutos depois ele me mandou:
“Então, posso ser seu PLANO B?”

FIM.

comments powered by Disqus