E lá estava ela, outra vez. Com um vestido de alcinhas florido e curto que deveria ser proibido, sandália branca de salto alto e os cabelos lisos e soltos, brilhantes e , até a metade da cintura. Num movimento extremamente sexy, ela os jogou para trás usando as pontas dos dedos, com um sorriso enorme estampado no rosto olhando para uma pessoa à sua frente, que não era eu. Ela estava linda. Eu nunca a vira de outra maneira, de qualquer forma.
Enquanto eu me aproximava, sentia a boca seca. Estúpido, eu sei, mas não havia modo de controlar o nervosismo perto dela. Nunca houvera. Ela estava de lado, conversando com uma amiga que eu não conhecia, até então. Se a garota era bonita, eu não sei. Não conseguia reparar em nenhuma outra moça, quando estava perto dela.
- Boa noite! - cumprimentei com o meu melhor sorriso quando parei ao lado de , que desviou a atenção da garota à sua frente e ergueu os olhos e curiosos em minha direção, apesar das rugas que surgiram em sua testa denunciarem que ela já sabia que era eu. Ela sorriu ainda mais e me deu um beijo demorando na bochecha, fazendo-me fechar os olhos e inspirar profundamente seu perfume doce que eu conhecia tão bem.
- Oi, . Como é que vai? - falou animada. - Essa é minha amiga da faculdade, Carrie. - referiu-se à moça loura de olhos claros parada à sua frente. Senti pena da garota, sua beleza era totalmente ofuscada perto de . Ela deveria arrumar amigas novas. Carrie me lançou um sorriso tímido antes de aproximar-se para beijar minha bochecha também. Eu sorri de volta, vendo-a corar.
- Prazer em conhecê-la, Carrie... - falei sincero, vendo-a assentir com a cabeça. - Onde estão os caras? - perguntei, fazendo menção de procurar um rosto conhecido entre as pessoas.
- Sabe que eu não sei? - sorriu sem graça. - Acabamos de chegar, o disse que já voltava, mas até agora... - ela suspirou ainda sorrindo e deu de ombros, mas eu consegui reconhecer o brilho aborrecido em seus olhos, o que fez meu coração apertar por um segundo.
- Hm, tudo bem... Vou ver se encontro algum deles. Se me dão licença... - falei antes de sair em direção ao bar. Aquela garganta seca estava realmente me incomodando.
Na realidade, eu não queria encontrar nenhum. Por minha vontade, passaria a noite toda ali, conversando com , vendo-a sorrir e admirando cada um de seus mais simples gestos. Mas eu sabia que ela raramente sentia-se confortável na minha presença. Aliás, quem consegue se sentir totalmente à vontade ao lado de um ex-namorado, por mais que a relação entre vocês seja tranquila?
Não foi preciso procurar muito, a risada de era perfeitamente reconhecível até mesmo com a música alta. Os quatro estavam sentados em cadeiras estofadas numa mesa redonda perto do bar. Peguei uma cerveja com o barman e fui até lá, sentando-me ao lado de , que tinha um sorriso frouxo e o olhar perdido. A noite mal começara e ele já estava bêbado.
Fraco.
- Olha quem chegou! - ergueu sua garrafa como se fizesse um brinde à minha presença. Me senti péssimo por não conseguir demonstrar a mesma alegria ao vê-lo.
- Fiquei preso no trânsito. - dei de ombros. - E aí, do que estão falando? - perguntei dando um soquinho em , vendo-o olhar pra mim vagamente sem parar de sorrir. Retardado.
- estava nos contando o que ele fez na noite passada... - deu um sorriso maligno sem mostrar os dentes, olhando-me de maneira sombria, o que me assustou um pouco.
- Ah é? - eu ri, olhando para , que mantinha um sorriso orgulhoso. - E o que você fez? - minha voz saiu um pouco trêmula. A verdade é que eu conhecia a expressão dos caras bem demais para saber que aquilo tinha a ver com...
- Digamos que eu atingi a terceira base do meu relacionamento com ! - falou sorrindo de canto, recebendo uma cotovelada amigável de .
- Meu herói! - bradou o mesmo. - Um brinde ao ! - ergueu sua cerveja, sendo acompanhado por todos os outros. Eu engoli em seco, repetindo o gesto deles, tentando ao máximo não demonstrar o quanto estava em choque e sorrindo fraco, tendo a certeza de que mais parecera uma careta de dor.
- Mas... Vocês estão juntos há... Um mês... - falei devagar, vendo sorrir ainda mais.
- Pois é. Parece que é meio difícil resistir ao papai aqui! - ele riu, sendo seguido pelos outros.
- Mas e aí cara, conta pra gente como foi! - estava extremamente curioso, e aquilo estava me irritando. Recostei-me à cadeira, cruzando os braços. Não sabia se estava pronto para ouvir.
- Ah, não foi lá aquelas coisas, sabe? - deu de ombros. - A deu uma engordada, então pra pegar, tinha lugar de sobra... - ele riu, fazendo alguma coisa queimar em meu peito. Cerrei os punhos, pousando-os em meus joelhos, embaixo da mesa, e pigarreando em seguida. Vamos, , mantenha a calma. - Mas ela é um pouco parada na cama, então eu tive que fazer quase tudo sozinho. - ele continuava falando, estampando aquele sorriso desprezível, mexendo no cabelo e bebericando sua cerveja. Os outros ouviam como se admirassem cada palavra. - Mas tem uma coisa que, olha... Vocês iam pirar.
- E o que é? - antes que eu pudesse me controlar, já havia perguntado. Mesmo que não estivesse nada interessado na resposta.
- Você sabe, não sabe? - ele piscou pra mim, fazendo um gesto com as mãos e a boca como se simulasse um tipo falho de sexo oral. - A boquinha dela é uma coisa de louco... Parece ser feita de veludo!
Senti uma terrível ânsia de vômito naquele momento. Meus braços tremeram e num impulso eu fechei os olhos com força, sentindo-me tonto. Como poderia falar uma coisa daquelas de sua própria namorada? Uma garota como não merecia um cara como ele.
- boca de veludo! - disse erguendo mais uma vez sua garrafa de cerveja. Um brinde a isso? Como eu podia ser amigo desses caras?
- Eu já volto. - falei levantando-me depressa e dando as costas a eles. Sabia que eles não ligariam, e que provavelmente ficaria ainda mais satisfeito pela provocação que deu certo. Caminhei até o local onde encontrara há alguns minutos, e para o meu desespero, ela não estava mais ali. Mas, pelo contrário, Carrie, a amiga, ainda estava.
Um cara muito mais alto do que eu dançava abraçado a ela, que não movia um músculo e o fitava diretamente nos olhos, sem sorrir. Eu não queria atrapalhar, mas precisava muito saber onde se enfiara. Porém, observando mais de perto, notei que Carrie tentava se desvencilhar das mãos do grandão, que puxava seu corpo com uma força visível e desnecessária contra o dele. Cheguei mais perto e pude ouvi-la.
- Me solta, cara, por favor, eu... - ela dizia em sua voz baixa e tímida, tentando empurrá-lo.
- Ei, tem como soltá-la, por favor? - perguntei, após cutucar o cara. Ele me olhou com uma expressão ameaçadora, fazendo-me engolir a seco.
- E quem é você? - perguntou, virando-se para mim e cruzando os braços. Ele era pelo menos uns quinze centímetros mais alto do que eu, e algumas décadas de academia mais forte.
- Eu sou o namorado dela. - foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Carrie deu um sorriso, aproximando-se de mim. Eu a abracei de lado, sem parar de encarar o brutamontes.
- Foi mal, cara. - ele deu de ombros. - Ela tava sozinha e eu achei que... Ah, foi mal mesmo. - disse antes de sair rapidamente dali, sem olhar para trás.
- Muito obrigada! - Carrie sorriu pra mim, os olhos claros brilhando.
- Não foi nada. - dei de ombros, soltando-a. - Eu estou procurando pela , sabe onde ela está?
- Acho que foi ao banheiro. - ela disse rapidamente. - O que você fez por mim foi muito legal, , e...
- Eu já disse que não foi nada. - falei, arrependendo-me em seguida por ter soado um tanto rude. O sorriso dela murchou. - Olha, me desculpe por isso, é que eu estou com um pouco de pressa e preciso realmente encontrar a...
- Não, tudo bem. - ela sorriu sem graça. - Eu vou procurá-la no banheiro pra você. - falou.
- Anota meu celular, e me liga em cinco minutos se encontrá-la, pode ser?
Ela assentiu com a cabeça, anotando meu número em seu iPhone e guardando-o no bolso da calça jeans realmente justa em seguida. Me lançou um último sorriso e me deu as costas, jogando os cabelos louros e cacheados para trás.
Me dirigi à saída do pub, mostrando meu pulso carimbado para o segurança, que liberou a passagem para a minha ida. Do lado de fora, haviam alguns casais se beijando, pessoas fumando e uma garota sentada no meio fio, com o rosto afundado nas mãos.
Eu reconheceria aquele cabelo brilhante até na China.
Me sentei ao seu lado, sem dizer uma palavra. Ela me olhou e deu um sorriso sincero, ainda com aquele brilho aborrecido no olhar.
- O que está fazendo aqui fora? - perguntou, esticando as pernas bronzeadas e olhando para a frente.
- Não estou no clima da conversa dos caras. - suspirei, observando um casal de namorados que sorria, abraçados e encostados num carro.
- Eu até imagino que conversa seja essa. - ela rolou os olhos e entortou a boca. A abracei de lado.
- Você não tem culpa dele ser assim. - falei me referindo ao . Ela riu desgostosa.
- Eu tenho culpa de dar trela. Se eu não desse motivos, ele nem ao menos teria o que falar.
Ela estava certa, nesse ponto. Então, preferi não dar opinião.
- Quer dar o fora daqui? Te levo pra casa. - sugeri e ela me olhou. - Só te levo pra casa, juro.
- Eu confio em você. - ela riu. - Mas antes, tenho que avisar o .
- Deixa esse cara aí, . - falei, me levantando e estendendo a mão para que ela fizesse o mesmo.
- O que ele falou foi assim tão ruim? - cruzou os braços devido ao frio, caminhando ao meu lado em direção ao estacionamento. Eu dei de ombros, não sabia ao certo o que dizer para não deixá-la ainda mais magoada. - Além de me deixar sozinha no meio do pub, transar comigo e ir embora sem dar satisfação, simplesmente não ir ao jantar que marcou com os meus pais, ele ainda falou mal de mim por aí? - ela disse rapidamente, entrando no banco do passageiro de meu carro assim que eu o destravei. Ocupei o banco do motorista e dei partida.
- Eu não sei por que você se engana com o . - falei simplesmente, vendo os olhos dela se encherem de lágrimas e me arrependendo em seguida.
Ela não respondeu, e continuou em silêncio pelo resto do caminho. Seu apartamento não era realmente longe dali, e em menos de quinze minutos eu estava estacionando em frente ao seu prédio. Ela olhou para mim, sorrindo.
- Obrigada pela carona. - falou encarando meus olhos.
- Não foi nada. - retribuí seu sorriso. Ela abriu a porta do carro, suspirou e me olhou outra vez.
- Não quer entrar? - perguntou um pouco hesitante.
- Eu... - estava louco para dizer que sim, porém, sabia que não era o certo a se fazer. Eu não confiava totalmente em mim mesmo para ficar a sós com a namorada do meu amigo, considerando o fato de que eu a amava mais do que qualquer outra coisa.
- Por favor. É cedo, eu não quero ficar sozinha com os meus pensamentos. - gemeu em voz baixa. Suspirei, tirando a chave da ignição. Ela deu um sorriso e eu a acompanhei até a entrada do prédio, ignorando o olhar malicioso do porteiro e adentrando o elevador. Ela apertou o botão do terceiro andar, em silêncio. Eu coloquei as duas mãos à frente do meu corpo, uma segurando a outra, extremamente desconfortável por estar ali, naquele prédio que eu conhecia tão bem. Então, ela me lançou um sorriso e todo o desconforto sumiu, dando lugar a uma sensação de alívio. Uma sensação de estar no lugar certo, com a pessoa certa.
Quando o elevador parou, a segui até seu apartamento, o 305. Ela destrancou a porta e deu passagem para que eu entrasse. Há algum tempo eu não visitava o local. Uns oito meses, mais ou menos. Mas ele era exatamente o mesmo: a sala de estar de paredes vermelhas e móveis brancos, estantes com coleções de filmes românticos e CD's antigos, o cheiro particular de incenso e a televisão ligada, como sempre. Ela não perdera a mania de deixá-la assim, alegando que os bandidos não entrariam ali se pensassem que havia alguém vendo TV. Eu nunca notara o quão inteligente aquilo era, na realidade.
- Seja bem vindo de novo. - ela disse um tom feliz, fechando a porta atrás de si. - Quer beber alguma coisa? - perguntou, largando a bolsa no sofá e tirando as sandálias.
- Não, obrigado. - falei, um sentimento de nostalgia me invadindo por estar ali, aumentando minha vontade de tê-la para mim outra vez. Já estivéramos juntos naquela sala tantas vezes, vivemos tantos momentos bons, brigamos várias vezes... Até das brigas eu sentia falta. - , eu...
- Se você falar alguma coisa, um de nós vai se arrepender. - ela disse me olhando com a expressão séria, os olhos confusos, mordendo os lábios como se estivesse nervosa.
- Eu só queria dizer que... - suspirei, coçando a cabeça. Se eu não dissesse, ela não saberia, não é mesmo? - Que você merece coisa bem melhor que o . Você merece estar com uma pessoa que te ame de verdade, . - me aproximei hesitante, segurando seu rosto com as mãos e acariciando-o com o polegar. - É com isso que você sonha? Um cara que diz que está só com você, mas nem te liga pra dar boa noite? - dei um sorriso fraco, que ela retribuiu sem vontade, os olhos marejados. - Um cara que você mal conhece, cujas atitudes são imprevisíveis e, na maioria das vezes, ruins? , só você não quer ver isso! - eu dizia rapidamente, com medo que, se demorasse um pouco para falar, perdesse a coragem. - Você é maravilhosa. É linda, inteligente, divertida, carinhosa... Larga logo esse cara, ele não te merece!
Então, antes que eu pudesse pensar, ela passou seus braços pelo meu pescoço, olhando em meus olhos, e me beijou. Foi um beijo cheio de saudade. Seu sabor ainda era o mesmo, o mesmo pelo qual eu me apaixonara há tanto tempo atrás. Era o melhor beijo que eu já experimentara em toda a minha vida, e eu queria que ela soubesse disso. A única maneira que encontrei para demonstrar, foi segurá-la firmemente pela cintura, colando seu corpo tão perfeito ao meu, e guiá-la para o sofá. O nosso sofá.
E então, deitei-me, sem parar de beijá-la por nenhum segundo, morrendo de medo de que ela caísse na real e me afastasse, porém, ela não fizera menção disso em momento algum. Beijava-me com a mesma intensidade, com seu corpo leve em cima do meu, porém, nenhum de nós demonstrava segunda intenção alguma. Estávamos apenas ali, trocando um beijo e matando uma saudade que, obviamente, ambos sentíamos.
Eu estava com a única mulher que amara na vida. Beijando-a, sentindo seu calor, sentindo sua pele na minha, querendo gritar para que ela voltasse pra mim, para que fosse minha outra vez. Só minha. Valorizada, cuidada e muito bem tratada, como sempre fora. Como merecia. Ela me abraçava forte enquanto rompeu o beijo, fitando-me com uma expressão preocupada. Mas não parecia preocupada com o fato de estar traindo seu "namorado", e sim, com medo de que eu saísse dali. Pedia silenciosamente, com o olhar, para que eu não fosse embora. E eu não o faria, nem em um de meus piores pesadelos.
Então, colocou suas mãos pequenas por debaixo de minha camiseta, deslizando-a para cima. Eu a fitei curioso, e ela apenas assentiu com a cabeça, como se entendesse que eu, apenas com o olhar, estava lhe perguntando "Você tem certeza?". Permiti que ela se livrasse da peça, colocando-a cuidadosamente no chão ao nosso lado. Voltei a beijar seus lábios pequenos e ao mesmo tempo carnudos, sentindo um frio percorrer toda a minha espinha quando ela arranhou minha barriga com suas unhas compridas. Eu acariciava seu cabelo com cuidado, deixando-me levar pelo beijo dela que começava a ficar realmente quente. E enquanto ela arranhava meu abdômen com vontade, não pude evitar de pensar que ninguém, absolutamente ninguém, no mundo todo, me deixava no estado de êxtase que ela conseguia me deixar com apenas alguns arranhões.
Eu coloquei minhas mãos por baixo de seu vestido, apertando suas coxas com vontade, vendo-a sorrir entre nosso beijo, parecendo aliviada por ver-me, finalmente, começando a corresponder seus gestos. Eu me sentei, colocando-a em meu colo, com uma perna de cada lado de meu corpo, e ela ergueu a cabeça, dando-me total liberdade para puxar seu cabelo com uma das mãos e beijar seu pescoço tão macio e cheiroso. Enquanto ela levava suas mãos para o meu cinto, eu depositava mordidas em seu pescoço, sabendo que ela gostava daquilo apenas pelas mordidas em seu próprio lábio inferior.
Ela tirou meu cinto com dificuldade, desabotoando minha calça logo em seguida. Senti suas mãos pequenas e incertas apertarem minha ereção por cima da cueca boxer que eu estava usando, fazendo-me parar o que estava fazendo, fechar os olhos e respirar profundamente. Ela tirou as mãos dali e colocou em cima das minhas, que ainda estavam em suas pernas, pressionando-as, fazendo-me apertar suas coxas com ainda mais força. Encarei o brilho de seus olhos, que não eram mais decepcionados, confusos... Era um brilho impossível de se ler, mas que me fez estremecer apenas por fitá-lo. Eu sorri de canto, erguendo um pouco as mãos até a barra de sua calcinha. Ela me olhou mordendo os lábios, e eu, num movimento rápido, virei seu corpo com delicadeza até que sua cabeça se encostasse no braço do sofá, posicionando-me entre suas pernas. Deslizei sua peça íntima por suas pernas, sem parar de sorrir ao ver que ela tentava me ajudar. E agora, ela estava apenas de vestido. Voltei-me outra vez para seus lábios, dando-lhe um selinho demorado. Ela afastou minha cabeça com as mãos, mordiscando meu pescoço. E eu não pude conter a frase que escapou de meus lábios em seguida.
- Volta pra mim...
Ela suspirou fundo, sem me olhar. Passei a acariciar generosamente seu quadril, sentindo-a tentar em vão, livrar-se de minhas calças com as pernas. Para ajudá-la, eu mesmo as tirei. Ergui seu vestido devagar, pressionando minha intimidade contra a dela e vendo-a fechar os olhos e soltar um gemido baixo.
Desci meus beijos pelo seu pescoço, colo, e segurei uma de suas pernas, erguendo-a e colocando-a por cima de meu ombro, beijando o interior de sua coxa, mordiscando sua virilha e então, ela estremeceu violentamente quando sentiu minha língua tocá-la intimamente. Coloquei mais pressão e velocidade em meus movimentos, vendo-a rebolar devagar contra minha língua, acompanhando-a e me deixando mais louco do que ela mesma deveria estar.
Me puxou para cima rapidamente, apertando meu quadril contra o dela sem parar os movimentos que fazia com o seu próprio corpo. Eu suspirei baixo sentindo-a livrar-se agora de minha cueca. Segurei-a com firmeza pela cintura, erguendo suas pernas, e encaixando-me entre elas, posicionando-me na entrada de sua intimidade. Ela fechou os olhos, mostrando-me que estava pronta. E então eu a invadi, beijando seu pescoço e subindo seu vestido da maneira que conseguia, arrependendo-me brutalmente por não ter me livrado dele antes.
Nós nos movimentávamos na mesma sincronia, e não havia palavras que conseguiam descrever o prazer que eu sentia. O prazer que nunca nenhuma outra garota me dera. Tanto pelos movimentos, quanto pelos olhares. Os gemidos abafados, os beijos, o corpo... A saudade.
Puxei seu cabelo, agora sem delicadeza, e passei a me movimentar mais rápido, fazendo-a arranhar minhas costas tão indelicadamente quanto meu último gesto, de baixo para cima. Seu interior quente parecera feito sob medida para me dar prazer, conforme se contraía enquanto eu o invadia com cada vez mais força, obedecendo aos pedidos que ela fazia um tanto quanto atrapalhada em meu ouvido. Aproximei meu rosto do seu, minha respiração descompassada, uma fina linha de suor escorrendo pela minha têmpora. Ela sorriu fraco, mordendo os lábios enquanto movimentávamo-nos juntos.
- Você... É per-perfeita pra mim... - eu disse mal conseguindo me ouvir. Ela fechou os olhos e eu depositei um beijo demorado em sua testa. A sensação na boca de meu estômago avisou-me que eu estava prestes a alcançar meu ponto máximo, e a maneira com a qual ela gemia baixo agora me deixou saber que seu clímax também estava próximo. - Ele não te ama como eu. - falei por fim, sentindo aquilo explodir dentro de mim. A beijei devagar, sentindo-a me abraçar forte e estremecer por inteira. Sorri, abraçando-a e deitando ao seu lado no sofá, vendo-a aninhar-se em meu peito. Acariciei seu cabelo, sorrindo. Era meu momento favorito.
- , eu... - ela começou a falar, mas então uma música do Kings Of Leon (que eu gostava bastante) a interrompeu. Ela se levantou desengonçadamente, tentando em vão cobrir um pouco do corpo nu, pegou sua bolsa e retirou o celular de dentro dela. Seus olhos perderam o brilho e ela me olhou aborrecida, e em seguida atendeu. - Oi, amor. - eu me sentei rapidamente, voltando a sentir aquela ânsia de vômito. Amor? Sério?
Vesti minhas roupas o mais depressa que pude, tentando conter o ódio, tentando conter a vontade de chorar enquanto a ouvia.
- Eu me senti mal, aí peguei um táxi pra casa. - ela falava sem me olhar, na maior naturalidade do mundo. - Pode sim, quando quiser! Tudo bem, eu amo você. Tchau!
E então eu já estava completamente vestido.
E completamente despedaçado.
- Eu espero do fundo do meu coração que você se arrependa. - falei vendo-a me olhar assustada. - Mas aí, vai ser tarde. Já é tarde. Eu amo você, seus gestos, seu corpo, seu cabelo, sua voz... Amo até os seus defeitos. E a única coisa que ele ama é fazer sexo oral com você. - vomitei as palavras, vendo seus olhos se encherem d'água outra vez.
Não me comovia.
Não mais.
Saí de seu apartamento, batendo a porta em seguida, com a maior força que consegui. Eu não esperaria o elevador, tinha medo de mudar de ideia no intervalo de tempo, então, desci as escadas numa velocidade impressionante, sem olhar para o maldito porteiro na hora de sair.
Destravei meu carro e dei partida, sentindo meu celular vibrar no bolso traseiro, indicando a chegada de uma mensagem de texto. Segurei o aparelho e notei que era um número desconhecido.
Oi, , é a Carrie. Não te encontrei mais, e nem a . Mas... Bom, eu gostaria de saber se você quer sair qualquer dia desses, tomar uma cerveja, sei lá. Boa noite!
E então, não sei como, mas eu consegui sorrir, negando com a cabeça e saindo daquela rua maldita, voltando por algum motivo ao pub do qual eu nunca deveria ter saído, esperando que meus melhores amigos ainda estivessem lá.
Fim
Nota da Autora: Oi lindinhas :) Quando falaram que ia ter um especial pras gurias do site, eu nem pensei muito pra mandar essa short, que já tava pronta. Não vejo muita graça nela, mas resolvi enviar só pra ver o que vocês acham. Ela é meio sem sal e tudo, eu escrevi em um dia, mas vai que vocês gostam, né? Enfim, se gostarem, por favor comentem! E se odiarem, bem... Eu tentei! rs
Ah, obrigada That, por ter paciência comigo e sempre me ajudar quando eu preciso, viu? Call me maybe!
Beijos gente, até a próxima!
