THE DREAMS ARENT PERFECTS

By Yasmin Duarte

                       Aquela era mais uma segunda-feira deprimente. Ela estava no meio de uma tediosa aula de Matemática pensando nos acontecimentos do dia anterior. ''Não, não eram verdade'', pensou. Respirou fundo. Afinal, como poderia ter lhe dito aquelas coisas?
                      Tudo tinha começado há muito tempo. Ela era amiga de desde criança. Na adolescência, ele decidiu montar uma banda com seus irmãos. E se tornaram famosos. se afastou. Ela e nem tinham tempo para conversar. Ele e os irmãos viviam fora da cidade, fazendo shows e atraindo fãs irritantes.
                       Então, há quase um ano, ela recebera um convite para uma festa na casa dos Jonas, junto com um bilhete escrito na espremida letra que ela tanto conhecia. Claro que ela tinha ido. Primeiro, não tinha nada pra fazer aquela noite. E segundo, também sentia saudade dele, das conversas, dos risos.
                       A partir daquela festa, começaram a namorar. Suas amigas quase surtaram, e agora era comum fãs dele apareceram na frente da casa dela com vários repórteres doidos por uma foto da nova namorada do famoso Jonas. Mas, para , nada disso importava. Ela estava com . E ele era o mais perfeito dos namorados. Querido, delicado, carinhoso e, claro, bonito. O melhor era que, mesmo namorando, continuavam amigos. Mas agora, tudo isso ficara para trás. Porque aquilo era um sonho, e sonhos não são perfeitos.
                       já não tinha estado com ela quando completaram um ano juntos. Nem no dia dos namorados. Nem no Natal. E então, no aniversário de , ele estava na Europa e só voltaria em 15 dias. Isso havia sido a gota d'água. Quando voltou, foi direto à casa dela entregar o presente e dar-lhe parabéns atrasado. Mas estava esperando. E eles brigaram. Ela queria um namorado com tempo. Ele, uma namorada que entendesse sua falta de tempo. Ela o ofendeu. Ele disse coisas que ainda a magoavam. voltou ao presente. A aula tinha acabado. Hora de voltar para casa.


                       Entrou em seu quarto. Uma das paredes ainda estava coberta com fotos das turnês dos Jonas. Ela mandara imprimir em boa qualidade, cada uma do tamanho de um pôster. pulando. tocando. dançando. cantando. Olhou com raiva para a parede. E saiu, andando em direção à um parque próximo a sua casa. O dia estava irritantemente perfeito, frio porém com um céu muito claro e azul e um radiante sol a brilhar. Se sentou em um banco e grossas lágrimas começaram a cair em seu colo.
                       Não era uma menina emotiva. Pelo contrário, normalmente controlava muito bem suas emoções. Mas ela realmente sentia falta de . Na hora da briga, ela estava com raiva. Havia dito muitas coisas sem pensar, e agora que estava mais calma percebia que devia o ter magoado. ''Mas eu também fui ofendida. E definitivamente estou magoada.'', pensou. Ela nunca imaginara que , todo delicado e querido, pudesse ficar tão bravo com alguma coisa.

                       '' - Você realmente não entende não é, ? Ahh, nem responda, eu já sei a resposta. Você é suficientemente egoísta para não compreender que tudo isso que eu estou fazendo é pensando no nosso futuro, no futuro que poderíamos ter juntos! Você acha que eu gosto disso? Ficando sempre longe de você, da minha casa, dos meus amigos? Acha que eu gosto? NÃO, é claro que não. Mas eu esperava que você entendesse. Vejo que me enganei. ''

                       Essas palavras, seguidas de sua saída tempestuosa, não lhe saíam da cabeça. ''Nosso futuro''... que ele quisera dizer com aquilo? Que planos tinha para os dois? Enquanto pensava sobre isso, ouviu alguém se aproximar. Por um segundo delirante, pensou que era . Mas, quando se virou, encontrou Chris, seu amigo, vindo em sua direção. Passeava com Tobby, seu labrador. A garota tentou secar as lágrimas. Chris se sentou ao seu lado.
                       - Ahh, , eu sinto muito, eu soube só agora - E a abraçou. Ela percebeu que era de um abraço como aquele que ela precisava, era bom saber que havia alguém ao seu lado, alguém em quem confiar.
                      -Ah, Chris, obrigada por existir.
                       E contou a Chris tudo. Bom, quase. Não detalhou a briga: pensar nela doía muito. Mas conseguiu organizar seus sentimentos e pensamentos e os expôs a ele.
                       - E sabe qual o pior de tudo? Eu ainda gosto dele. - Admitiu, depois de algum tempo.
                       - Calma, tudo vai dar certo. Liga pra ele.
                       - NÃO! Tá doido? É a última coisa que eu vou fazer. - A simples idéia de procurar aproximação e mostrar que estava arrependida deu forças à garota.
                       - Cara, eu não te entendo. Sério mesmo. Pra que complicar? Vocês se amam, liga pra ele, acerta tudo e fica tudo bem! Não é difícil. E outra: é mais fácil por telefone do que pessoalmente.
                      - Ãnh... - Diante de argumentos tão consistentes, ela não sabia o que fazer. Respirou fundo e tomou uma decisão. - Ok. Vou pra casa, e vou ligar pra ele. Desculpa, Chris, mas isso eu tenho que fazer sozinha. Tchau, Tobby.


                      Anna se atirou na cama, com o celular na mão. Respirou fundo. Pegou o celular. Discou o número pessoal de . E desligou em seguida. "Eu não vou conseguir", pensou. Respirou fundo novamente e abriu os olhos, vendo diretamnete a parede à sua frente. As fotos de deram-lhe forças. Discou novamente e aguardou. 1 toque. 2 toques. ''Vaamos, atende logo''. 3 toques. '' Acelera, antes que eu perca a coragem''. 4 toques. ''Ai meu deus''. 5 toques. 10 toques. E então, a voz de : ''Você ligou para Jonas. Deixe seu recado após o bip''. Hesitou. E então, se cercando de coragem, falou determinada: ''Sei que você está aí. É urgente. Atende.'' Antes que ela acabasse de pronunciar a última palavra, seu desejo foi atendido: a voz suave do garoto falou.
                      - Oi.
                      - Oi.
                      - Qual a emergência? - Colocou toda a frieza possível nestas três palavras.
                      - Ãhn, bem, eu queria falar contigo.
                      - Você está falando. Mas seja rápida que eu estou bem ocupado.
                      - Me encontra em meia hora na cafeteria da rua 15 - E, sem esperar resposta, desligou. Torcia para que o garoto fosse. Chris podia dizer o que quisesse, mas ela não era do tipo que resolvia os problemas por telefone


                       15 minutos depois, a menina já estava na cafeteria. Não se dera ao trabalho de se arrumar: seu cabelo estava levemente bagunçado, e vestia moletom e tênis. a conhecia há muito tempo para se preocupar com aparências. Isto é, se ele viesse. Porque ainda alimentava dúvidas. Se sentara de frente para a porta. 20 minutos. A ansiedade crescia. Meia hora. ''Apareça logo, ''. E, 40 minutos depois, quando ela começava a perder as esperanças, ele apareceu. Beijou-a no rosto, e se sentou na sua frente.

                       - Oi. - A voz de trasmitia frieza, apesar de continuar calma. Ela preferia que ele berrasse ao invés de manter aquele tom gélido.
                       - Oi. Então, eu queria conversar. Fiquei pensando, depois que você saiu. Eu te disse coisas que não deveria ter dito - fez uma pausa. O garoto nada disse. Permaneceu durante dois longos minutos um silêncio constrangido, e apenas olhava , sem deixar transparecer nada em seu rosto. Estava completamnete imóvel, nem sua respiração era percebida. A menina inspirou profundamente, e retomou a fala.
                       - Eu agi errado, e sei disso. Sei muito bem que deve ser horrível passar tanto tempo longe, ter horários apertados, ter que fazer aquilo que é melhor pra banda, para os famosos Jonas Brothers. - Apesar de o momento não ser propício, não conseguiu evitar o desprezo ao pronunciar o nome da banda. Inspirou novamente e continuou. - Me desculpe.
                       Ele apenas a olhou por alguns instantes. Não conseguindo pensar no que dizer, respondeu em sua voz calma e pausada:
                       - Ok.
                       estava decepcionada. Achava que aquele momento seria ocupado com os lamentos de , dizendo que concordava com ela, que ele também tinha errado, também a tinha magoado, mas que a amava e que tudo ficaria bem se eles estivessem um ao lado do outro. Aparentemente, todas aquelas palavras não seriam pronunciadas.
                       - Ok? Ok? Ok é tudo o que você tem a dizer? - Havia um leve toque de histeria em sua voz, anormalmente aguda.
                       - Sim, ok. Eu te desculpo.
                       Sem mais nada a falar, se levantou e caminhou rapidamente até a saída. ''Droga'', pensou, ao mesmo tempo em que lágrimas quentes cobriam seu rosto. Para ele, tudo tinha acabado. ''Acalme-se, garota. Ele nunca vai voltar. Se conforme com isso''. Uma vozinha chata em sua mente chamada razão proferia aquelas palavras. O único caminho lógico a trilhar seria esquecê-lo e viver a vida como deve ser vivida. De repente, o sonho tinha virado um pesadelo.

N/A:
Obrigada a todos que leram :D .
Então, essa tinha sido uma das minhas primeiras fics, a primeira parte foi escrita baseada em um sonho e a segunda com a ajuda de algumas amigas :D O final dessa TINHA que ser infeliz, sinto muito :/ Mas todas devem saber que não existem coisas perfeitas, sonhos perfeitos e muito menos namorados perfeitos. Por isso, não me matem AE. Em breve eu termino a terceira (e última parte).
Minhas fics no site:
Like a Dream
The dreams can be real >> A PRIMEIRA PARTE AE
Higher Love (Em andamento)
So, its all :D xx,
- yas ;)

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