Se eu tivesse chego antes. Se estivesse atento e procurasse melhor. Se os caminhos não fossem tão duros e maltratassem tanto aos pés descalços. Se todos os outros caras desse planeta a vissem com meus olhos. Quem sabe, ela não tivesse sofrido tanto. Quem sabe não teria me aceito quando eu cheguei.

Geralmente as histórias começam de um ponto de inteligência, que interliga outros e outros pontos, até que chegue o final: felizes para sempre.
Há muitas que quebram as regras, mas em geral as tradicionais são as preferidas. Não só porque as mulheres se sentem mais e mais apaixonadas a cada linha, como, principalmente, porque é menos doloroso ter de esperar sabendo que o final feliz chegará.
Não leia minha história esperando felicidade. Não leia minha história esperando um final feliz. Mesmo que ao chegar lá, na última linha, você se surpreenda, mesmo que uma empatia se crie em você para/com a história. Ainda assim, não espere nada dessas duras linhas.
Porque eu sofro.

Não sei quando tudo começou, nem mesmo "era uma vez" qualquer coisa. Acontece que todos os motivos do mundo me levaram a ela e isso basta como explicação.
Não foi amor à primeira vista, não, foi uma afeição criada com o convívio. Na verdade, você tem idéia do que é viver ao lado de uma pessoa e se apaixonar pouco a pouco, inundando a alma, até que tudo o que você é, se resume ao nome de uma mulher?
Sou, sim, um romântico apaixonado, não nego e não reprimo o que sinto. Se meu amor é platônico, como o dos boêmios romancistas? Sim, esse é meu amor, corrompendo cada pedacinho da minha alma e dos meus sentimentos.


**


Estávamos parados no ponto de ônibus, ela morava em um albergue londrino e eu fazia aulas de violão ali perto. É claro que nos víamos todos os dias em que eu aparecia naquele ponto, bem no horário em que ela saía para trabalhar, pegando o expresso a caminho da livraria.
Não reparava nela. Sua luz, seu brilho, era completamente apagada e, na verdade, jamais procurei qualquer vestígio de poeira cósmica pelas ruas, andando de ônibus. Eu tinha apenas a doce vontade de aprender novos acordes e, naquele horário em que nos víamos, eu sempre havia tomado uma boa dose de notas musicais, o que ajudava muito a me deixar mais calmo, neutro, flutuando. A música me faz um pouco disso.
Um dos dias em que subimos para o ônibus, eu finalmente reparei na garota. Sabia que ela subia ali e esperava na fila, geralmente próxima à placa, mas, como eu disse, não havia nada de mais nisso.
Ela estava com um vestido azul naquele dia. Recordo porque era um de seus favoritos, sempre usava a peça quando se sentia feliz. tinha dessas coisas, usar o que lhe fazia refletir a alma, como ela mesma me confessou um dia.
Como se um dedo do universo tivesse se movido, ela esbarrou ao subir para o ônibus e caiu em meus braços. Fiquei preocupado com a garota que estava desequilibrada, então segurei em seus braços fortemente, para apoiá-la. Perguntei se estava bem e ela respondeu balançando a cabeça positivamente, o que me chamou atenção para seu rosto.
Jamais me esquecerei de como fitei aquele rosto a primeira vez que o vi. Não estava angelical e lindo, nem mesmo brilhante e resplandecente. Não havia ali belos olhos ou uma hipnose. Eu via dor, uma dor tão grande que pareceu sair dela e rasgar meus braços, fazendo com que a deixasse recomposta e separasse meu corpo do seu. Fitei-a melhor e percebi que as lágrimas estavam rolando, saindo daqueles olhos vermelhos. Senti pena e um pouco de culpa, que no momento não soube o que significava, mas hoje entendo um pouco do que senti.
Ela chorava e, pude perceber, chorava antes mesmo de ter entrado no ônibus. Encostei em seu braço, com preocupação e gentileza, perguntando se estava bem. Ela respondeu rispidamente que sim e sentou-se, um pouco nervosa e desequilibrada, soluçando.
Resolvi que não era problema meu e que não fazia sentido tentar amparar uma desconhecida. Com um peso na consciência, andei até o fundo do veículo e de lá fiquei observando aonde a garota saltaria. Nesse dia a percebi. Nesse dia a perdi.

entrava sempre no mesmo horário, sentava-se no mesmo lugar e ia calada, ouvindo alguma música em seu iPod, até o mesmo ponto, que ficava a dois do que eu descia, para chegar em casa.
Depois de repará-la pela primeira vez, acabei não esquecendo mais seu rosto de dor e olhava para todos, os dias em que pegava o ônibus para voltar das aulas de violão.
Geralmente, usava vestidos e cabelos soltos. Nos dias em que se sentia realmente mal, usava saia e camisa, com um coque e nenhuma maquiagem, como soube depois de conviver com ela.
Cada detalhe daquela desconhecida parecia me interessar. Desde seus lindos cabelos soltos e esvoaçando, com a janela do ônibus sempre aberta, até os sapatos que combinavam tão bem com seus pés, que ficavam lado a lado, calmos e com a expectativa de levantar seu corpo leve e pequeno, até as escadas do veículo, de onde desceria como se levitasse.
Fico tão admirado com esse aspecto feminino, de como elas conseguem, mesmo diante da alma em fogo ou em dor, conservar sua essência feminina, caminhando com resplendor e delicadeza. Até seus momentos de ódio e repulsa são delicados, mesmo diante de uma mulher forte consigo perceber o quão delicada ela se projeta. É um dos defeitos de homens apaixonados como eu.
parecia tão envolta em pensamentos, com seus olhos longínquos, vendo seu reflexo no vidro da janela, ou ainda, observando as ruas pelas quais passávamos. Eu me interessava cada vez mais em observar e anotar, mentalmente, cada um de seus detalhes. Já era uma obsessão, sair correndo das aulas e ficar no ponto, esperando que ela chegasse, quase sempre de cabeça baixa, mexendo na bolsa, ou nos fones que arrumava para não ser incomodada e ouvir as melodias de sua vida.
Foi um impulso, algo que eu não imaginei que faria. Nada planejado, mas saltei no mesmo ponto que a garota dos vestidos, para que pudesse saber aonde ia. Aquilo já me estava enlouquecendo de curiosidade, embora eu soubesse que iria trabalhar, pois não carregava caderno, nem nada parecido.
O local em que ela descia não era longe de minha casa, então não foi um grande esforço andar algumas quadras, depois de vê-la entrando na livraria. Eu, com certeza, precisava comprar um ou dois livros naquela semana.


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Quando entrei na livraria, já era tarde, quase hora de fechar. Enrolei-me o máximo que pude, mas não consegui resistir à vontade de vê-la de novo e, mais, fora do ônibus.
Entrei na loja, com um pouco de nervosismo. Afinal, ela me olharia e, quem sabe, me atenderia e isso, por si só, já me deixava tremendo de nervosismo. Mal coloquei o pé na loja e ela surgiu para me atender.
Esboçava um sorriso no rosto, um jeito amável e perguntou em que poderia ajudar. Eu não sei porque não esperei aquela reação, típica de uma vendedora. Talvez fosse por apenas conhecer a face triste e distante, da garota do ônibus.
Quando comentei que gostaria de ver dois ou três títulos, ela me acompanhou, sem deixar de perceber quem eu era. Provavelmente, o garoto do ônibus. Fui bem atendido e conversamos apenas o formal, sobre o valor da mercadoria, a data para retirada, nada além disso.
Dei meu nome e endereço na loja, como se estivesse dando para ela, esperando uma reação qualquer e me senti um bobo por isso. Ela olhou para meu sobrenome, Fletcher, e ergueu os olhos até os meus, esboçando um meio sorriso.
Embora não tivesse entendido, porque ela não falou nada, percebi que estava recordando de alguma coisa. Deixei o livro pago e fui para casa. Ainda que eu preferisse aparecer ao vivo para buscá-los, seria muito evidente que eu estava ali para vê-la, se eu não fizesse como 90% dos clientes da loja, esperando o produto em casa.


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Agora eu a cumprimentava no ponto de ônibus, o que não a deixava muito feliz. Ela geralmente me ignorava e na livraria me tratava muito bem. Percebi que não queria estender o trabalho para a vida pessoal. Nunca conheci alguém como ela que via em andar de ônibus algo, completamente, pessoal.
Afastei-me da livraria e fiquei satisfeito em vê-la indo trabalhar todas as tardes. Até aquele dia, em que ela não apareceu. Jamais imaginei que a falta de uma pessoa no ponto de ônibus fosse me deixar tão, ligeiramente, nervoso.
Na mesma tarde, fui à loja e ela não estava lá. Queria perguntar por , agora eu sabia seu nome, que ficava no crachá da livraria. Bem, ela sabia o meu também, mas não me chamava de Fletcher, muito menos de Thomas ou Tom. Simplesmente um "senhor", que vinha de vez em quando, só nas vezes em que eu tinha coragem de ir à livraria.
Acabei percebendo que estava interessado de mais nela. Eu não mencionei o detalhe de ter namorada naquele período e estar prestes a marcar um noivado, pois já faziam quatro anos que estávamos juntos.
Bem, eu amava demais minha namorada, mas isso foi algo calmo e incomparável perto do que estava sentindo pela garota do ônibus. Uma mulher que era tão misteriosa e me deixava absolutamente intrigado. Eu me sentia culpado por isso, minha namorada não merecia que meus pensamentos do dia a dia estivessem ligados a pegar um ônibus para ver uma garota.


**


A primeira vez que tive coragem de conversar com ela no ônibus, suando frio para sentar a seu lado e ver o olhar de reprovação, foi quando vi em suas mãos um dos meus exemplares favoritos. Ela raramente lia no ônibus e, geralmente, era auto-ajuda, o que não me chamava atenção. Mas agora estava com uma aventura e eu me aproximei.
Percebi que, embora a capa do livro fosse como a do meu, seu nome estava em outra língua. Resolvi perguntar se falava português e gostava daquele livro.
Minhas mãos suavam tanto, minha barriga fazia barulhos estranhos de medo e meus olhos piscavam excessivamente. Eu estava a ponto de desmaiar por estar ao lado dela. Seu perfume era algo que não haveria como esquecer jamais.
Ela respondeu com graciosidade e eu fiquei aliviado por não ser rechaçado. Conversamos, pela primeira vez e, a partir dali, sempre nos falávamos.
Aquelas aulas de violão me renderam um sentimento complexo e que eu não conseguia nomear. Eu e parecíamos em sintonia, mas havia dias em que ela, simplesmente, ignorava o que eu falava, balançando a cabeça e dando respostas curtas.
Havia algo de errado e eu sabia. Precisava, sentia que precisava, me aproximar dela. Contudo, não pude fazer nada para isso, porque não fazia sentido que isso acontecesse com um cara comprometido.
Pensei em como me sentiria se minha namorada, por quem eu era apaixonado, saísse por aí procurando saber da vida de algum homem e sentasse-se a seu lado no ônibus para puxar papo. Não, eu não ia gostar.

Foi em uma quinta-feira. Eu havia saído da faculdade e fui a um pub com minha namorada e alguns amigos. Tomávamos algumas bebidas leves e ríamos, conversando, quando vi a mulher mais linda desse planeta desfilando entre as pessoas.
Com um vestido vermelho, que eu não havia visto até então, ela usava os cabelos cacheados, uma maquiagem que realçava seus lindos olhos e deixava a garota do ônibus a léguas de distância daquela. Mas era a mesma pessoa.

Ela se dirigiu a uma das mesas e lá conversou com uma garota que estava acompanhada por um colega meu da faculdade. Meu coração disparou tanto quando a vi e mais quando percebi que poderíamos ser do mesmo círculo de amigos.
Disfarcei e disse para que minha namorada fosse comigo até lá, cumprimentar Danny. Ela achou estranho, pois eu não costumava fazer esse tipo de pedido e muito menos quando se tratava de cumprimentar Danny Jones. Ainda assim, fomos.
Os olhos de estavam bem mais receptivos depois de algumas garrafas de cerveja e logo percebi que não havia sido boa idéia levar minha namorada até lá. Com um pouco de sorte, ela se comportou muito bem, cumprimentou a mim, sem fingir que não me conhecia. Na verdade, ela se referiu a mim como um cliente da loja de livros. Fiquei desapontado, percebendo que era exatamente o que eu era. Acho que eu esperava uma batalha travada entre as duas mulheres, mas era patético agir assim, então engoli meus pensamentos.
dançava como uma diva. Eu nunca havia percebido que uma beleza tão simples pudesse se tornar aquele furacão.
Ela não beijou a nenhuma pessoa. Apenas bebeu e dançou. O que me deixou mais intrigado com relação a ela.


**


Aproximei-me de Jones propositalmente, eu precisava saber mais sobre e algo me dizia que ele seria uma boa fonte.
O fato é que ele foi a pior das fontes, falou de com desprezo e disse que a amiga dela era a única coisa de bom na garota. Informação que me deixou completamente confuso.
Minha consciência pesava mais e mais a cada momento, pois não me sentia bem ao ver que me apaixonava por outra mulher, estando com minha namorada e prestes a marcar um casamento.
Foi quando tive coragem de perguntar à se ela tinha um namorado, em meio a nossas habituais conversas no ônibus. Ela me olhou com um rosto de nítido ódio e disse que não. Eu tinha quase certeza que o motivo de sua oscilação de humor, tão constante, era em decorrência de sua vida pessoal, mais precisamente, sentimental, até esse momento, quando acabei comprovando.
me disse que preferia não tocar no assunto. Mudei o mais depressa que pude, para não perder a linearidade de nossa conversa, mas ela murchou, sem dizer mais nenhuma palavra.


**


Fui com minha namorada até a livraria, ela insistia em comprar alguns livros para presentear os primos no Natal. Nenhum de meus argumentos foi válido para impedi-la. Chegando lá, encontramos , que nos atendeu muito bem.
Não tem ideia de como foi difícil me comportar daquela maneira tão fria e distante, por estar acompanhado e, é claro que sentiu a diferença.
Ficou a semana toda me tratando com indiferença no ônibus e quando resolvi chamar sua atenção pelo tratamento, ela me olhou com os olhos cerrados e perguntou a quem eu queria enganar com minha voz doce e meu rostinho de santo. Surpreendi-me e não revidei, simplesmente me afastei de .

Algum tempo depois ela me procurou, no fundo do ônibus, para dizer que sentia muito pelo que tinha dito, que aquela semana havia sido difícil e que não se importava em conversar comigo. Fiquei tão feliz, tão encantado que acabei convidando ela para tomar um sorvete, ainda que tivesse sido de última hora, sem levar em conta nenhuma possibilidade. O que me deixou mais surpreso foi ela aceitar.


**


Nunca esqueci nosso primeiro encontro. Eu paguei o sorvete para e ela me contou muitas e muitas coisas sobre diversos livros que gostávamos em comum. Foi uma conversa agradável, até ela tocar no assunto que eu tanto temia.
Perguntou quando eu me casaria e há quanto tempo eu namorava. Respondi, meio sem graça, e ela, então, questionou se minha namorada sabia que eu estava ali, com ela. Vermelho como um pimentão, disse que não havia tido tempo de contar.
Ela me olhou com reprovação e fez sinal de se levantar. Com um gesto de impulso, segurei a mão dela, sentindo meu corpo formigar e vendo os olhos dela descerem até as mãos juntas. Peguei meu telefone e disquei para minha namorada, com viva voz.
não acreditou no que ouvia, nem eu acreditei no que fazia, mas falei para minha namorada que estava tomando sorvete com uma amiga e que chegaria em casa mais tarde. Que caso ela quisesse nos acompanhar era bem vinda e que... Eu a amava.
Meu corpo todo tremia, mas permaneceu sentada. Não sei de onde tive aquela cara de pau, mas consegui, de alguma forma, trazer ela de volta.
A confiança de em mim era meu namoro e minha fidelidade, foi isso o que a aproximou mais. Depois de algum tempo, começamos a chamá-la para sair com nosso grupinho e ela aceitava, sempre reservada e quieta. Minha namorada e ela se tornaram amigas e meu coração dava pulos e mais pulos de nervosismo em vê-las conversando empolgadamente, fazendo reuniões de pijama, na minha própria casa, com minha irmã, que era inseparável com a cunhada.
Não sabia o que fazer, mas já sentia a muito tempo que eu amava .


**


Foi em uma tarde nublada, em um dia cinzento, enquanto nossos amigos dormiam depois de um churrasco de domingo, que ela me confessou todo seu sofrimento.
Havia se apaixonado perdidamente por um homem. Feito tudo o que era possível e tudo o que não era para dar certo. Entregou-se completamente a ele e acabou vivendo uma mentira.
O cara não existia. Havia mentido sua idade, sua formação, seus amigos, sua casa. Tudo. Nada do que ele havia mostrado para ela era real e, para completar, era casado.
descobriu cada uma daquelas revelações aos poucos e seu coração foi dilacerando a cada mentira. Depois de tanta dor, ele a fez rastejar e a humilhou sem piedade, até que arrancasse o último suspiro de fé de seu coração, causando um rombo sem fim em sua personalidade.
me deixou pasmo, encarando seu rosto, sem entender como uma mulher inteligente e maravilhosa como aquela poderia ser humilhada por um imbecil. Não consegui acreditar, me negava a acreditar. Abracei-a forte e chorei com ela. Eu a amava demais e ainda amo.


**


estava cada dia mais distante. Parecia gritar por socorro sem ser ouvida. Ela tinha aquele ar longínquo e o calor que restava em sua voz foi dilacerado. Não havia nada que eu ou qualquer um fizesse que pudesse melhorar seu humor.
Foi quando encontrei a carta:

Querido Tom,

você foi uma das melhores pessoas que surgiram em minha vida. Um bom amigo, um bom homem. Tenho certeza de que minha amiga será a pessoa mais feliz do mundo ao seu lado e que terão um bebê gordinho e rosado, com um furinho no queixo e olhinhos redondos.
Sabe, desde a primeira vez que te vi, percebi que seria alguém especial em minha vida. Se você tivesse idéia de quanto foi importante conversar com você e desabafar. Se soubesse o quanto foi importante seu carinho e apoio. Se soubesse, acima de tudo, o quanto me fez acreditar, com um fio de esperança, que ainda existem homens dignos. Te agradeço demais, agradeço cada uma de suas palavras, cada um de seus confortos para mim.
Não pude suportar, Tom. Não pude suportar ver tantas pessoas felizes sem encontrar a minha felicidade. Não pude suportar ouvir uma música qualquer e chorar, nem entrar em lugares querendo sair, ou fazer de minha vida um depósito de ódio e solidão.
Ainda que eu estivesse em meio a tantas e tantas pessoas, me sentia desprotegida e esquecida. Ainda que eu confiasse em meu trabalho, não podia vivê-lo pela metade.
Aprendi a aceitar a dor e isso me matou, mais do que tudo e mais do que eu mesma, a dor da descrença me matou. Eu fui um brinquedo e um objeto. Fui jogada no chão e pisoteada... Mas as coisas vão mudar. Vou ser livre e vou voar com minha alma para o lugar dos meus sonhos.
Fugir e ser feliz.
Te amo, para sempre.


morreu com uma overdose de calmantes, deitada em sua cama, com o computador ligado e o iPod tocando sua playlist preferida. Na tela do computador, havia uma fiction aberta, contando uma história de amor, com uma foto minha, o nome era: Felizes Para Sempre.


Fim!

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