Prólogo:

Há 11 exatos meses vem ocorrendo na Inglaterra uma série de assaltos a bancos, as criminosas são duas mulheres de aparentemente 20/22 anos, que já assaltaram mais de 40 bancos por toda o país e, segundo informações, o próximo alvo delas será Londres.

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Eram exatamente sete horas da manhã e o escritório estava bem agitado, todos estavam afoitos, pois o primeiro banco de Londres havia sido assaltado pelas tais ladras já tão famosas no país inteiro. Meu chefe, Phill, só faltava arrancar os cabelos fora, mas eu, bom, eu não estava preocupado com isso, afinal, já haviam pessoas o bastante fazendo isso, inclusive George e Cristian, os encarregados do caso.
‘Vocês falharam!’ pude ouvir Phill berrar de sua sala, a coisa estava bem feia para o lado deles por sinal. Levantei-me assim que constatei que já eram quase oito horas, precisava entregar o relatório do meu último caso, e como , meu parceiro, estava atrasado, teria eu mesmo que entregá-lo. Saí rapidamente de minha sala, me dirigindo ao elevador do prédio, a sala de arquivos era no primeiro andar, e eu teria exatos quinze minutos para chegar até lá. O elevador estava lotado, pude notar alguns rostos conhecidos, como o de Allysa, a secretária de Phill. Cheguei ao meu destino depois de parar irritantemente em todos os andares possíveis, e me deparei com um lugar mais agitado do que normalmente era de manhã.
‘Me Solta! Eu quero meu advogado!’ ouvi uma mulher morena, de aparentemente vinte anos gritar enquanto um guarda a segurava.
‘Cale a boca!’ ele tentou tapar a sua boca, mas ela o mordeu, eu ri da situação. ‘Do que esta rindo, seu panaca?’ disse, se dirigindo a mim.
‘De você’ respondi sem dar muita importância.
‘Então pare de rir e me ajude’ disse em um tom imperativo.
‘Não, isso não é problema meu’ disse me virando de costas para ela e seguindo meu caminho. Entreguei meu relatório sem demora e voltei para minha sala, onde já se encontrava a minha espera.
, desculpa o atraso.’ Eu o encarei com olhos de reprovação. Apesar de já ser um pouco mais experiente, sempre teve essa mania de se atrasar.
‘Tudo bem.’ Respondi simplesmente. Não conversamos muito, apesar de amigos, eu sempre fui muito fechado com as pessoas, não gostava de muita interação.
‘Sr. e Sr. , o Sr. Harder quer ver vocês na sala dele imediatamente’ anunciou Allysa.
Nos dirigimos a sala dele como solicitado, e mesmo antes de chegar próximos a sala do mesmo, já podíamos ouvi-lo berrar. É, seria um dia longo.
‘O senhor gostaria de nos ver?’ perguntou , como sempre falando demais.
‘Vocês tem um novo caso.’ disse Phill, ignorando a pergunta idiota de .
Nos aproximamos de sua mesa para ouvir as instruções.
‘Como sabem, aquelas bandidas já conseguiram assaltar o primeiro banco aqui, e, apesar da segurança reforçada e das câmeras, elas conseguiram nos driblar.’ Reparei que Phill socava a mesa insistentemente, deixando claro o seu ódio. ‘Como George e Cristian não conseguiram fazer a sua parte, eu espero que vocês façam o serviço deles. Eu quero aquelas vadias presas, custe o que custar’ disse dando um soco forte na mesa, fazendo o som do atrito ecoar sobre a sala. ‘É só isso, as informações necessárias já foram entregues e estão na sala de vocês, podem ir.’ Virou-se de costas para nós, era fato que meu chefe estava frustrado, afinal, nunca havíamos perdido um só bandido.
Voltamos a nossa sala calados, sabíamos que teríamos um trabalho longo pela frente, as pilhas de papéis sobre as ladras inglesas eram enormes, então passaríamos horas por ali.

Meus olhos pesavam, já eram oito e meia da noite e meu corpo começava a mostrar os primeiros sinais de que o sono não tardaria a chegar.
‘Vou tomar um café.’ Avisei antes de sair da sala. Eu precisava andar, então, resolvi ir ao primeiro andar olhar o movimento que a essa hora provavelmente não estaria tão agitado como de manhã. Saí do elevador em passos rápidos, me dirigindo a maquina de café logo a minha frente. Realmente, o lugar não estava muito movimentado.
‘O senhor poderia me ajudar?’ perguntou uma garota ruiva se aproximando de mim, ela era de altura média e tinha uma expressão preocupada.
‘No que posso ser útil?’ perguntei, tomando um gole do meu expresso.
‘Minha amiga, ela foi trazida para cá logo de manhã, nós já pagamos a fiança, mas ela ainda não foi liberada.’ Notei que a preocupação dela era realmente grande, achei que não custaria nada ajudá-la.
‘E por que ela foi trazida para cá?’ perguntei calmamente.
‘Estávamos fazendo um manifesto em frente ao prédio do ministério, e ela foi presa por ser a líder, mas não estávamos fazendo baderna, apenas protestando.’ Tentou se justificar, com medo de ter dito algo que a prejudicasse.
‘Qualquer manifesto político é uma baderna’ afirmei com a expressão séria.
‘O senhor não enten...’ ela não terminou a frase, pois foi abraçada fortemente por uma garota morena que passou ao meu lado feito um relâmpago. ‘! Você tá bem?’ perguntou enquanto observava a amiga.
‘Não se preocupe’ respondeu abraçando-a novamente.
, esse é o policial...’ me encarou, lembrando que não havíamos nos apresentado.
‘Detetive ’ respondi, vendo a morena se virar e me encarar com uma expressão de raiva.
‘Essa é minha amiga ’ E me apresentou a menina ao seu lado. ‘E eu sou ’ fez menção de estender-me a mão, mas foi impedida pela a garota denominada :
‘Não é problema dele, .’ Falou ríspida, puxando a amiga para fora do local. Agora eu compreendo, ela era a garota a qual eu vi hoje de manhã, por isso a raiva. Subi novamente para minha sala, onde encontrei babando sobre a sua mesa. Resolvi não acordá-lo, não sou tão sem coração assim. Ficamos trabalhando até as duas da manhã, então, quando o sono nos venceu, resolvemos voltar para casa.
Acordei às seis da manhã, meu corpo estava completamente dolorido, pelo fato de eu ter dormido no sofá, fui rapidamente ao banheiro fazer a minha higiene matinal e antes das sete eu já estava pronto, de fato, chegaria um pouco mais tarde no trabalho hoje. Ouvi meu celular tocar e identifiquei no visor.
‘Fala.’ Atendi.
‘Vem correndo para o escritório, parece que descobriram o próximo banco onde as ladras vão roubar’ falou rapidamente.
‘Ok’ desliguei o telefone, dirigindo-me ao meu carro.
Cheguei ao trabalho em exatamente quinze minutos, e fui direto para a sala de Phill, que já me aguardava junto com .
‘Espero que tenham um plano, segundo informações elas vão assaltar o The King Banc essa tarde, e eu espero que estejam preparados.’ Phill nos encarou com uma expressão séria, esperando que anunciássemos um plano que nem tínhamos ainda.
‘Eu e vamos aguardar dentro do banco o assalto ser iniciado. Assim que isso acontecer, nós vamos dar um sinal para que os outros policiais disfarçadamente a postos, invadam o prédio para prendê-las’ disse , contando seu plano que, por sinal, era realmente muito bom.
‘Certo, preparem-se’ disse Phill.

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, você tá pronta?’ Eu a procurava pelo prédio ao lado do banco onde estávamos.
‘Tô sim’ disse saindo de uma das portas que lá havia. ‘Essa roupa é realmente confortável’ sorriu se adimirando. vestia uma saia de couro preta curta e uma blusa preta colada no corpo, e na cintura estava seu cinto com sua arma. Eu estava vestindo um mini short preto apertado no corpo, na minha cintura também havia um cinto com a minha arma, estava com uma blusa curta até a metade do corpo, e aberta atrás.
‘Vamos?’ perguntou .
‘Vamos.’ Saímos em direção ao banco com nossos casacos, cobrindo nossas roupas, e entramos no banco com a cara mais angelical que conseguimos.
, vamos olhar o perímetro, eles com certeza vão aprontar para a gente’ sussurrei para e ela seguiu para o lado oposto ao meu. Observei o lugar, olhando cada pessoa que estava ao meu redor, nada poderia sair errado. Parei diante do balcão, inclinando meu corpo sobre ele, observei a entrada do banco.
‘Dois... Três...’ Três seguranças guardando a entrada, e mais dois a entrada para o cofre. Comecei a caminhar em direção aos guardas que guardavam o cofre, quando senti alguém puxar o meu braço.
‘O que está fazendo aqui?’ ouvi uma voz rouca atrás de mim, me virei para identificar quem era.
‘Não é problema seu, detetive’ Soltei meu braço e o olhei reprovando a sua atitude. Então, eles realmente estavam nos esperando.
‘Realmente não é’ disse se dirigindo ao lado oposto de onde eu estava.
‘Idiota.’ Sussurrei para mim mesma. Voltei a me dirigir em direção aos guardas, parando de frente aos dois.
‘Senhor...’ me dirigi ao do lado esquerdo. ‘Minha amiga está com problemas no banheiro, será que o senhor pode ajudá-la?’ pisquei para ele, para que entendesse as segundas intenções em minhas palavras.
‘E ela é tão gostosa quando você?’ perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.
‘Muito melhor’ pisquei, e ele seguiu para o banheiro apressado, onde, com certeza, já o esperava.
‘Agora, você...’ falei com o segurança que havia ficado. ‘Eu sempre tive vontade de transar num cofre, sabia?’ disse, mordendo meus lábios e abrindo os primeiros botões do meu casaco. Seus olhos saltaram no mesmo instante para o meu decote, aquele estava ganho. Não demorou muito para ele me arrastar para dentro da sala do cofre, beijando meu pescoço como se nunca tivesse visto um pescoço na vida. Caminhamos pelo largo corredor, onde chegamos à porta enorme de metal, ele digitou a senha e rapidamente ela se abriu, o deixei entrar na minha frente e quando ele ia se virar eu dei um soco em sua nuca, fazendo-o apagar. ‘Quatro, três, dois, um...’ contei lentamente.
‘Vamos embora, aquele detetive me seguiu e eu não sei se consegui despistar!’ entrou afobada na sala do cofre me ajudando a colocar as bolsas pelo dutos de ventilação.
‘Lembre-se do combinado, te espero no be...’ não consegui terminar a frase, um braço forte envolveu meu pescoço, me fazendo perder a respiração.
‘Vocês não vão a lugar nenhum’ avisou o detetive insuportável.
‘Você aí! Nem ouse se mexer!’ disse o outro cara apontando sua arma para . Gente inexperiente é foda, em dois segundos o desarmou e o prendeu em uma chave de braço.
‘Agora solta a minha amiga!’ disse encarando o detetive com fúria.
‘Tudo bem...’ Quando ele afrouxou o braço do meu pescoço, dei uma cotovelada forte na boca de seu estômago, fazendo-o cair no chão gemendo de dor.
‘Desgraçada!’ ele gritou.
! Não podemos deixá-los ir, eles sabem quem somos’ afirmou segurando o parceiro firmemente.
‘Mas não tem como levá-los com a gente!’ afirmei, apontando a minha arma para o detetive.
‘A não ser que...’ ela não terminou de dizer a frase, pois eu já havia sacado um pequeno vidro que sempre carregava comigo. Me ajoelhei próxima ao detetive, e o fiz beber algumas gosta do líquido que continha no frasco.
‘O que você deu a ele?’ perguntou o outro.
‘Sonífero, isso vai deixar o corpo dele fácil de carregar.’ Disse me aproximando do parceiro. Ele resistiu, mas o chute que eu dei em suas partes baixas o fez acalmar-se rapidamente. Ajudei a empurrar os corpos pelos dutos de ventilação, quando ela sinalizou que eles já estavam do lado de fora e dentro da van, começamos a transferência do dinheiro. Quando tudo estava como planejado, saímos pela porta da frente do banco como se nada tivesse acontecido.
‘Dessa vez não tivemos que confrontar a polícia’ disse ao entrar na van.
‘Tirando esses dois, até que mandamos muito bem’ sorri vitoriosa. Liguei a van e dirigimos tranquilamente ao nosso destino. O abrigo.

Observei dormir tranquilamente no banco do carona, esse era o primeiro assalto em que não houve confronto com a polícia, não diretamente. Desde que começamos essa vida, ela nunca gostou de ter que brigar com a justiça, mas sabia que era necessário.
, acorda, nós já chegamos’ a cutuquei.
‘ONDE? CADÊ?’ ela acordou desesperada, me fazendo rir.
‘Já chegamos, vem, vamos levar os dois dorminhocos para acordarem.’ Saímos do carro carregando os corpos desacordados do detetive e de seu parceiro, entramos rapidamente no galpão, colocando os corpos no chão.
‘Hey, detetive! Hora de acordar’ dei um chute em sua costela, fazendo-o gemer de dor.
‘Caralho! Precisa dessa violência?’ reclamou, passando as mãos pelo local atingido.
‘Não queria que fosse com beijinhos, né?’ disse sarcástica.
‘Ela nunca que iria fazer isso’ disse se aproximando de nós, seguida pelo parceiro do detetive.
‘Você! Qual seu nome?’ perguntei ao parceiro.
’ disse com uma expressão de medo na face.
‘Muito bem, , você e o detetive vão nos acompanhar agora’ disse fazendo uma cara de má, adorava assustar esse tipo de gente.
‘Não vamos não, suas bandidas fajutas!’ disse o detetive apontando sua arma para mim.
‘Bandidas?! Nós só pegamos o que é nosso de volta! E, a propósito, sua arma está sem balas.’ Sorri vitoriosa, vendo a cara de decepção do detetive.
‘Aquele dinheiro não é de vocês!’ Agora foi a vez do parceiro, ou melhor, , se pronunciar.
‘Realmente não é, ele pertence as pessoas doentes e aos abandonados!’ respondeu .
‘Não fale nada, , vamos mostrar a eles.’ Caminhei alguns passos a frente, puxando a corda do alçapão. Nós os puxamos pela escadaria a baixo sem dar nenhum pio e logo pudemos ver o nosso lar.

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O lugar era subterrâneo, porém era bem ventilado e iluminado. Ao chegarmos quase ao final da escada, eu pude ver um aglomerado de gente, aquele lugar parecia uma cidade, de tantas pessoas que ali haviam.
‘Que lugar é esse?’ perguntei.
‘Esse é o abrigo, e essas são as pessoas a quem o dinheiro pertence, dinheiro o qual teu governo roubou’ ouvi explicar com a voz um pouco enraivecida.
‘Eu não fazia idéia...’ Realmente eu estava sem palavras, aquelas garotas não roubavam para elas, e sim para essas pessoas, para ajudar essas pessoas, era realmente incrível.
‘Vocês voltaram!’ ouvi uma voz masculina surgir no ambiente. correu para abraçar o dono da voz, confesso que me senti incomodando com aquela situação.
‘Peter, quero que conheça o detetive e seu parceiro , eles são nossos reféns’ disse sorrindo para ele.
‘Não teremos problemas, não é, garotas?’ perguntou o cara, preocupado.
‘Não, nós não vamos fazer nada’ falei.
‘Ótimo’ ela disse séria, voltando a dar atenção ao rapaz chamado Peter.
‘Ai!’ senti pontadas na minha costela, me fazendo ajoelhar no chão de dor, o chute que ela havia me dado agora estava demonstrando seqüelas.
‘Peter, me ajuda a levá-lo até a sua tenda’ disse , apoiando meu braço em seu ombro.
Enquanto caminhávamos até a tenda de Peter, eu ia observando as pessoas que ali estavam. Eram crianças doentes, senhores de idade, grávidas, era uma sensação horrível a que eu sentia, sempre dediquei a minha vida a proteger as pessoas, a proteger o meu país e, no entanto, eu não havia feito nada.
‘Obrigado’ disse enquanto me ajudava a sentar na maca.
‘Não precisa agradecer’ ela disse se virando, a segurei pelo braço impedindo-a de sair.
‘Quem são essas pessoas, ? E por que elas estão aqui?’ perguntei.
‘Essas pessoas são ingleses que não têm onde morar, pessoas que viviam nas ruas, pessoas que perderam tudo para o governo, esse é o povo para o qual o seu país fecha os olhos’ ela respondeu séria, ela tinha raiva por algum motivo.
‘Tia !’ vi uma menina loirinha abraçar as pernas de , sorrindo.
‘Anne, minha pequena, como você está?’ perguntou, beijando o topo da cabeça da pequena.
‘Estou bem, esse é seu amigo novo?’ perguntou, apontando para mim.
‘Sim, esse é o detetive ’ me encarou.
‘Olá, Anne’ a cumprimentei.
‘Você veio ajudar a tia e a tia ?’ ela perguntou subindo na maca para se sentar ao meu lado.
‘Eu...’ A verdade é que eu não tinha a menor idéia do que responder, de fato a razão para elas roubarem bancos era nobre, mas isso não justificava o crime, mas não ajudar essas pessoas, isso iria contra a todos os meus princípios. ‘Claro, vim justamente para ajudá-las’ vi a cara de surpresa de com a minha resposta. Logo o tal Peter apareceu novamente, fazendo o curativo na minha costela, que rapidamente parou de doer.
, temos informações’ vi anunciar, sendo seguida por , e, é claro, por mim e por . Voltamos para o galpão onde estávamos e vimos as duas assumirem dois computadores de grande potência pelo o que eu consegui notar. Nos aproximamos e começamos a observar o trabalho delas.
‘Não vamos conseguir entrar’ afirmou .
‘Tem que ter um jeito de termos acesso a esse cofre’ disse socando a mesa com força.
‘Vai haver um baile amanhã à noite’ pronunciei, vendo-as me encararem curiosas. ‘Todos foram convidados, inclusive e eu’ pensei um pouco sobre o que eu estava fazendo, isso colocaria a minha carreira e a de em risco, mas valeria a pena. ‘Se vocês aceitarem a nossa ajuda, nós conseguiremos entrar e levar vocês até a sala onde esta o cofre’ concluí.
‘E o que o faz pensar que vamos acreditar que você vai nos ajudar?’ perguntou , me desafiando com o olhar.
‘Uma garotinha lá em baixo, a quem disse que ajudaria.’ Respondi convicto.
‘Tudo bem, vamos preparar o plano’ anunciou quebrando o clima tenso que ali havia se instalado.

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Tínhamos um plano. Eu e nos passaríamos por acompanhantes do detetive e de seu parceiro na festa, depois de entrarmos, eles nos ajudariam a chegar a sala do cofre que, por sinal, estava muito bem guardada. Quando desarmasse a segurança, eu entraria e abriria o cofre junto com o detetive, passaríamos o dinheiro pela janela até a van onde Peter estaria esperando, e, quando a transferência estivesse completa, ele iria para o galpão e nós continuaríamos na festa por mais um tempo.
‘Ainda pensando?’ ouvi a voz do detetive atrás de mim.
‘Um pouco...’ respondi simplesmente.
‘Por que não vai dormir como todo mundo?’ perguntou, sentando-se ao meu lado.
‘Te faço a mesma pergunta.’ Respondi, encarando-o.
‘Vim lhe fazer companhia’ respondeu simplesmente, parando de me encarar.
‘Por que você vai nos ajudar, detetive?’ perguntei.
‘Porque é o certo a fazer, mesmo eu achando que roubar seja errado’ respondeu, encarando seus pés.
‘Obrigada’ foi tudo o que eu consegui responder.

‘Como estou?’ perguntou surgindo com seu vestido preto curto e sua sandália prata, seu cabelo estava preso num coque bem feito.
‘Está perfeita..’ ouvi pronunciar, observei sua cara de cachorro perdido, acho que alguém estava babando.
‘Dá para me ajudarem com essa grava...’ ri quando o detetive entrou afobado na sala e ficou estático ao me encarar.
‘Deixa que eu te ajudo’ me aproximei dele, arrumando a sua gravata.
‘Você está linda, ’ sorriu para mim, e eu corei com o elogio. Eu vestia um vestido vermelho, rodado e tomara que caia, e os cabelos soltos.
‘Obrigada’ sorri agradecida.
‘Estão todos prontos?’ Peter entrou no galpão me abraçando apertado, vi a expressão no rosto de mudar de encantado para séria, mas resolvi ignorar.
‘Sim, agora vamos’ respondi caminhando para a van seguida dos outros.
Ao chegar ao palácio de Buckingham, notei que o lugar estava muito agitado, então não precisaríamos ter uma distração maior. Pelo número de convidados, nem seriamos notados ali. Entramos seguidos de e atrás de nós, o salão estava mais cheio que o portão de entrada do lugar, uma música suave tocava, e as pessoas pareciam bem distraídas, então, demos início ao plano. Fiz sinal para que e iniciassem a sua parte do plano, começando como sempre a verificar o local, assim como eu e o detetive.
‘Meu chefe, rápido, venha comigo’ disse o detetive me puxando para a pista de dança. Um tango começou a tocar e como não podíamos sair dali, fomos obrigados a dançar. passou sua mão pela minha cintura, aproximando nossos corpos, levantei minha perna na altura de sua cintura, deixando-o guiar-nos lentamente pelo salão. Estávamos muito próximos, eu podia sentir a respiração dele bater em meu rosto, e uma sensação nova dominar o meu corpo. Ele inclinou meu corpo para trás, passando seu nariz pelo meu pescoço até os meu seios, fazendo-me arrepiar por completo. Agarrei seus cabelos com força, provocando-o a cada passo que dávamos pelo salão. Senti os lábios de tocarem meu pescoço, fazendo-me delirar a cada toque. A música estava quase no fim, então, quando o ultimo acorde daquele tango foi tocado, ele me beijou. O beijo era intenso e cheio de desejo, senti as mãos dele apertarem a minha cintura com força fazendo-me soltar um gemido. Nos separamos ofegantes, não estávamos nos importando mais com as pessoas ali, e, acreditem, elas também não estavam se importando conosco.
‘Ainda temos um cofre para roubar’ sussurrei ao seu ouvido, vendo-o arrepiar. Corri meus olhos pelo salão em busca de e , vendo-os fazer sinal para que seguíssemos para a sala do cofre e assim fizemos. Fomos devagar tentando ao máximo despistar as atenções de alguns curiosos. Paramos em frente a sala, onde abriu a porta com a senha de segurança que ele havia conseguido. Finalmente, estávamos dentro.
‘Vai rápido’ o ouvi atrás de mim. Abrimos o cofre rapidamente, e começamos a fazer a transferência do dinheiro para a van, onde Peter já aguardava. Senti uma coisa gélida ao meu pescoço e uma mão envolver a minha cintura com muita força.
‘Que perfeito, o policial ajudando a vadia ladra’ vi a expressão de terror no rosto do detetive.
‘Solta ela, Phill’ fez menção de se aproximar, mas o tal Phill que eu não consegui ver o rosto me puxou para trás.
‘Nem pense nisso’ ele disse.
‘Não a machuque’ disse com um pouco de raiva na voz.
‘O detetive se apaixonou pela vadia ladra, que lindo’ disse Phill.
!’ tentei gritar.
‘Não adianta berrar, meus seguranças apagaram sua amiga e o parceiro do seu namoradinho ali’ ele riu sarcástico.
‘Seu imbecil!’ tentei me soltar, mas foi em vão.
‘Escuta aqui, vadia...’ disse me virando de frente para ele, me permitindo finalmente encará-lo ‘Se você não colaborar, eu não vou ter medo de te matar’ me olhou com ódio.
‘E se você não fosse tão burro, ia saber que não se mexe com uma ladra’ disse dando um joelha nas partes baixas dele, fazendo-o cai gemendo de dor. Chutei a arma de sua mão.
!’ vi entrar na sala carregando baleado.
‘O que aconteceu com ele?’ perguntou o detetive ajudando o amigo.
‘Ele entrou na frente da bala para me proteger’ explicou.
‘Temos que sair daqui’ afirmei.
‘Vocês não vão a lugar nenhum!’ Phill se levantou tirando outra arma de sua cintura.
...’ ouvi gemer de dor.
, ele precisa de um médico!’ disse preocupada.
‘Co...’ não terminei a frase e se jogou em cima de Phill, tentando tirar dele a arma. Ouvi um tiro sair do meio da briga e os dois pararem de se mexer.
!’ berrei, me aproximando dos dois. ‘Acorda!’ empurrei o corpo de Phill de cima do corpo do detetive. ‘Acorda, detetive!’ o sacudi.
‘Sai comigo amanhã?’ perguntou sorrindo para mim.
‘Seu idiota’ dei um tapa em seu rosto.
‘Sempre me acordando com violência’ ri do seu comentário e o abracei. Saímos rapidamente do lugar, pelo mesmo caminho por onde fizemos a transferência do dinheiro.

Palácio de Buckingham é assaltado pelas ladras, segundo informações, o chefe de polícia Phill Harder foi encontrado morto na cena do crime.

‘Vocês não vão poder voltar’ me aproximei de , vendo-o se assustar.
‘Eu sei...’ ele disse cabisbaixo.
‘Desculpe por estragar a sua vida’ sussurrei.
‘Não se desculpe, você é a melhor coisa que me aconteceu’ disse me abraçando pela cintura.
‘Como está ?’ perguntou.
‘Está bem, Peter retirou a bala e não sai do lado dele de jeito nenhum’ o confortei.
‘Peter...’ vi sua expressão ficar séria.
‘Meu irmão é um bom médico.’ Eu o encarei, acariciando seu rosto.
‘Seu irmão?’ vi seu olhar aliviado.
‘Sim, meu irmão.’ Juntei meus lábios aos dele, iniciando um beijo calmo e cheio de paixão.
...’ partimos o beijo, e eu o encarei. ‘Como vai ser daqui para frente?’ não o respondi, apenas encostei minha cabeça em seu ombro e ficamos observando o sol se pondo no horizonte.

Epílogo:

’s point of view

Hoje foi realizado a inauguração de um abrigo para pessoas carentes em Londres. O projeto dirigido pelo Dr. Peter deve ajudar mais de um milhão de pessoas necessitadas, eentre elas crianças, grávidas e idosos.

‘Fizemos um bom trabalho, não é?’ ouvi sussurrar ao meu ouvido, fazendo-me arrepiar.
‘Devo admitir, fizemos um excelente trabalho’ dei-lhe um selinho demorado.
‘Eu tenho uma pergunta a fazer’ surgiu ao nosso lado, abraçada a . ‘Como são os bancos nos EUA?’ perguntou.
‘Muito grandes.’ Respondeu . piscou para , e eu entendi o recado, acho que teríamos um longo trabalho pela frente.

FIM.

N/A.: Mais uma fic terminada, pela primeira vez na minha vida, eu fiz uma fic em dois dias e consegui terminá-la. Espero que vocês tenham gostado a história, eu juro que me esforcei bastante para que ela ficasse interessante. Bom, é isso. Beijos. ;*

N/B.: Oi, sou uma beta intrometida :B -n gostaram de ler esse romance estilo 007?
bom, galerë, se acharem algum erro na fic, me enviem um email: missmorgon@gmail.com Xx



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