Welcome Home 4
História por Lary P. Oliveira | Revisão por Carol Mello

’s POV
Eu sabia, eu sabia! Mesmo já tendo sonhado com esse momento inúmeras vezes, a tremedeira não me dava uma trégua, assim como o coração prestes a explodir, juntando com o medo de borrar a maquiagem por estar tão nervosa e acabar suando, o medo de que alguma coisa dê errado, de que ele não esteja lá... Respira, . Embora esse fosse o menor dos meus temores. Ele estaria lá. Era a única coisa da qual eu tinha certeza.
- , dá pra parar de andar de um lado pro outro que já ta me deixando tonta? – perguntou , sentada em uma das poltronas do quarto.
Respirei fundo e me olhei novamente no espelho de corpo todo. Minha maquiagem estava perfeita, graças à , e meu vestido era simples e lindo, um tomara que caia com cristais sobre o busto, mais justo na cintura e levemente rodado na saia. Ajeitei o véu no cabelo, que caía solto em leves ondas e então ouvi a porta se abrir e entrar correndo, ofegante.
- E então, meu informante, como tá tudo lá fora? – perguntei, me curvando levemente, de modo a acariciar suas bochechas rosadas.
- A tia falou que já tá tudo pronto e que você vai poder ir daqui a pouco. – sorri e ele corou.
- O que foi, filho?
- Você... Ta bonita. – ele sorriu envergonhado e tive vontade de morder aquelas bochechas fofas.
- Você também ta lindo, meu principezinho. – alisei sua roupa, um conjunto social de calça, blusa branca de mangas compridas e um colete preto.
Depois de alguns ataques de mãe babona, o celular de começou a tocar.
- Ta, tudo bem, já sim. Até.
Ela olhou pra mim e sorriu nervosa.
- Ta pronta?

's POV
Aquela igreja combinava perfeitamente com o clima de Londres. Não era grande e já estava cheia de gente, muitas que eu não via há algum tempo. Esfreguei as palmas da mão uma contra a outra e olhei pra porta de entrada procurando algum sinal dela.
- Fica parado, ! – me segurou pelos ombros, de frente pra mim, me fazendo ficar parado. – Respira, inspira... Faz, ! – se fosse em outra situação eu teria rido, mas estava nervoso demais pra isso. Respirei fundo e sorriu, me dando um tapinha no ombro.
- Obrigado, cara. É muito bom ter todos vocês aqui, você, o e as meninas.
- Eu sei que você morreu de saudade de mim lembrando dos nossos momentos felizes enquanto enfiava a cara nos livros, mas eu acho que agora é melhor você ir pro seu lugar.
Eu ri e meus olhos correram automaticamente pra porta. Havia uma pequena agitação ali e então uma música instrumental começou a tocar. Respirei fundo de novo, sentindo um leve enjoo de ansiedade e soltei o ar pesadamente.
A entrada foi iluminada por holofotes postos ali propositalmente a meu pedido. Segundos depois, entrou de braços dados com . Agora estávamos todos juntos de novo, como tinha que ter sido sempre. Olhei pro lado e vi e com os olhos cheios de lágrimas. Sorri e voltei a olhar pra frente, sentindo meu peito inflar com um sentimento que eu não conseguia descrever, mas que era mais forte do que qualquer coisa que eu já tinha sentido na vida. estava sorrindo pra uma menina em um dos bancos da igreja e seu olhar logo se voltou pro meu. Seu sorriso se alargou mais ainda e seus olhos brilhavam. Tudo o que eu enxergava era ela. Mais nada, só... Ela, perfeita mesmo com aquele simples vestido branco.
Parecia que o tempo havia parado, eu me controlava pra não ir buscá-la no meio do corredor e tomá-la pra mim, aquela espera estava me torturando. Seus passos eram lentos, mas seu olhar era o que me sustentava de pé, o que me fazia esperar pacientemente, sempre fixos nos meus, ansiosos como eu próprio estava.
Alguns segundos, que mais pareciam ter sido séculos, depois, finalmente ela estava ao meu lado. Sorri pra , que deu um tapinha em minhas costas e segurei a mão de , que estava tremendo.
- Respira. – sussurrei no seu ouvido, enquanto nos virávamos para o padre.
Mesmo sem conseguir prestar muita atenção nas palavras do padre, lá no fundo eu já sabia tudo o que elas significavam. Que o amor entre duas pessoas, se for amor, dura pra sempre, que nenhuma outra força no mundo é capaz de destruir sentimento tão poderoso, tão imortal. Eu sabia tudo isso, mesmo que não tenha sido suas exatas palavras, porque eu vivia aquilo. Eu sabia que nenhuma força seria capaz de me separar de nem de destruir o que eu sinto por ela, nem a força da natureza nem mesmo a do homem. Eu estaria ali por ela sempre, quando ela estivesse alegre, quando ela estivesse triste, eu a apoiaria e entregaria todo meu amor só pra que ela se sentisse melhor.
De repente, as seguintes palavras me tiraram do meu momento de reflexão.
- , você aceita como sua legítima esposa?
Que pergunta. Eu ainda precisava responder?
- Sim.
- , você aceita como seu legítimo esposo?
Meu olhar estava em meus próprios pés e depois de alguns segundos sem ouvir sua resposta, virei rapidamente meu pescoço pra olhá-la, com o coração apertado.
riu da minha expressão, seja ela qualquer que fosse e disse a palavra olhando em meus olhos.
- Aceito.
Soltei o ar que, inconsciente, tinha prendido nos pulmões.
- Pestinha. – sussurrei pra que só ela ouvisse.
Trocamos as alianças, que tinham sido trazidas por um sorridente, parecendo um homenzinho, de fraque.
- Então, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Sem pensar duas vezes, puxei pela cintura e selei nossos lábios. Agora era definitivo, ela era minha, só minha, como sempre devia ter sido.

- , isso aqui é... – dei um chute de leve na porta pra que ela se fechasse, enquanto segurava nos braços. Sorri ao ver seu olhar maravilhado percorrer todo o quarto daquele hotel, que ficava numa cidadezinha a algumas poucas horas de Londres, que eu havia escolhido pessoalmente. A festa tinha sido realmente boa, pelo menos durante o pouco tempo que ficamos lá e quando quis cantar “singing in the rain” no meio do salão eu percebi que já tínhamos feito nossa parte e que era a nossa hora.

John Mayer - Your Body Is A Wonderland

Me inclinei e a coloquei deitada na cama, porém suas mãos me impediram de levantar e me puxaram delicadamente até que eu ficasse deitado por cima dela.
Ficamos apenas nos olhando por um bom tempo, até que um sorriso bobo surgiu em seus lábios, me fazendo sorrir largamente.
- Como você faz isso? – deixei escapar, sem controlar meus pensamentos.
- O que? – ela perguntou.
- Isso... Me deixa cada dia mais apaixonado.
sorriu, vermelha.
- Obrigada.
- Por? – agora quem estava confuso era eu.
- Por tudo. Por sempre ter sido a pessoa certa pra mim, por ter me feito tão feliz, por ter me dado um filho lindo e... Por ter voltado pra mim.
Uma lágrima escorreu de cada um de seus olhos, na direção das têmporas e eu dei um beijo em cada uma, a modo de secá-las. Voltei a olhar em seus olhos, que estavam fechados e se abriram lentamente, mirando-se nos meus.
- Obrigado por ter me esperado. – aproximei meu rosto do dela e a beijei levemente, não querendo apressar nada.
Algum tempo depois, o delicado vestido de noiva estava no chão do quarto, assim como o véu, seus sapatos e as minhas próprias roupas e então nos tornamos um só. Nada nela poderia ser comparado a qualquer outra mulher no mundo. Seu gosto, seu cheiro, seu corpo, nem demais, nem de menos, perfeito a meu ver. Naquele momento minha única preocupação era fazê-la feliz e atender aos seus desejos. Minha felicidade já estava completa só de tê-la ali, entregue em meus braços.
- ... – seu sussurro adentrou meus ouvidos como música e eu afastei meus lábios momentaneamente de seu pescoço para olhar em seus olhos. – Eu te amo.
Um sorriso se abriu em meu rosto e eu dei um selinho de leve em seus lábios, aumentando o ritmo de nossos movimentos, ouvindo-a arfar, dei um beijo em uma bochecha e aproximei minha boca de seu ouvido.
- Eu te amo, meu amor.

Duas horas depois ainda permanecíamos deitados, com a cabeça deitada em meu peito enquanto eu fazia desenhos abstratos com as pontas dos dedos em suas costas nuas. se escorou em um cotovelo e ergueu a cabeça pra me olhar.
- Eu tinha tanto medo que você não voltasse. Assim que você disse que tinha se inscrito na faculdade. Mas eu via o quanto você queria aquilo e lá no fundo eu sabia que você nunca me abandonaria.
- Doeu tanto te deixar. Naquele dia no aeroporto eu achei que não fosse conseguir, mas eu consegui e ainda ganhei um filho de bônus. – falei, vendo-a abrir um sorriso doce e eu coloquei uma mecha de cabelo que estava em seu rosto atrás de sua orelha.
- Pois é, e agora que estamos juntos de novo, o senhor vai ter que compensar toda a falta que eu senti esses anos. – um sorriso sapeca surgiu em seus lábios e eu gargalhei, sentindo meu corpo tão leve como não sentia há anos.
- Sim senhora, senhora , seu desejo é uma ordem. – virei e a deitei, ficando com parte do corpo em cima do dela, separados apenas por um fino lençol azulado. Segurei seu rosto com uma mão, acariciando suas bochechas. Olhei em seus olhos, sentindo todo amor pulsar dentro de mim e falei, antes de beijar seus lábios novamente.
- Agora sim eu me sinto em casa.

Fim

Nota da Autora: ACABOOOOOOOOOOOOU. Glória aos céus, depois de tantas fics paradas na metade consegui finalmente terminar uma. Na verdade, no inicio era pra ser uma só, mas ai certas pessoinhas, lê-se Isa e Ju, me fizeram escrever as outras três. E MUITO OBRIGADA, MENINAS *------------* se não fosse por vocês eu nem teria enviado Welcome Home pro ffobs, quem dirá uma série. Isa, minha luz no fim do túnel, me salvou tantas vezes, nas minhas crises de falta de criatividade que eu nem tenho como te agradecer. Ju, minha ídola, sempre gostando do que eu escrevo, mesmo que eu ache uma bosta, obrigaaada por tudo, te lovu s2 E muito obrigada às meninas que leram WH, gostaram e me incentivaram, minha Patinha, que deixou a preguiça de lado e mesmo sem ser viciada em fics sentou o bumbum em frente ao pc e leu minhas fics,Pixie, sua fofaaa, amei seu comentário, fiquei hiiper feliz, Bia, Lia, Taaci,Lettice Little, Natalia Miranda, Mayh, Soh, Carol, RoPoynter,Barvin, b.detcher, enfim, TODAS, até as que me ameaçaram de morte, né, Hanny, Camiss? Cofcof.Minha beta também, Carol, que sempre foi tão fofa comigo e sempre teve paciência comigo. Eu não seria nada sem vocês *-*
Bjoynterse até a próxima, meu amores ;*

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Nota da Beta: Qualquer tipo de erro encontrado nessa atualização, contacte-me por e-mail, não utilizem a caixa de comentários. Obrigada, espero que gostem da fic. XX