A Fotografia
Escrita por: LouiseCM | Betada por: Heloïse


Esta tarde eu vi uma foto no Instagram de um famoso, ela provavelmente foi tirada há uns meses, quando eu ainda estava viajando. Confesso que ri muito assim que a vi, porque me remeteu a um momento interessante da minha vida. Ele foi muito corajoso e cara de pau ao publicar essa foto para o mundo inteiro ver, talvez isso tenha sido o motivo de me provocar aquelas lembranças.
Tá, você precisa saber de quem eu estou falando, e se você pensou em , você está certa.
E antes de comentar sobre a imagem da fotografia vou te contar o ocorrido.

Nos encontramos por acaso, numa balada em Nova York. Confesso que, como todas as meninas do ambiente, fiquei eufórica com sua presença, mas isso foi no início, até eu ver o modo como ele tratava as garotas que entravam e saiam do seu camarote exclusivo... Como elas saiam? Um pouco desanimadas por não agradarem ao ponto de conseguir conquistar o garanhão, afinal toda garota fanática espera uma vida inteira ao lado de um cara famoso e rico. Acho que eu não seria diferente se me deparasse com um dos meus amores platônicos. É, eu tenho, mas não vou te contar, é um segredo meu, rs.

Enfim, vamos ao que aconteceu. Estava eu, de boa, no camarote ao lado (sim, eu era VIP, por isso via tudo de perto e com exclusividade), quando de repente, um daqueles caras grandões chegou junto e me chamou para conhecer o . Dei aquele meu sorrisinho amarelo do tipo “pô, legal, mas não to afim” e ele ainda ficou parado me olhando. Tudo bem, eu iria. Tiraria uma foto com ele, sorriria amarelo na foto e postaria no Facebook e no Instagram, gabando-me como milhares de garotas que já tiveram o desfrute de ter uma foto com ele. Pff, grande coisa!

Segundos mais tarde eu estava lá, numa pequena fila, esperando a minha vez de ter a atenção do astro... Como se eu realmente quisesse estar ali, incrível isso! Só que do nada a fila começou a andar rápido demais e quando eu vi, eu já estava ao seu lado, ganhando o seu abraço como se fôssemos amigos que não nos víamos há séculos. Ele sussurrou alguma coisa inaudível no meu ouvido e me olhou bem nos olhos. Novamente eu confesso, tremi na base quando seus olhos se cruzaram com os meus, eles eram de um magnetismo incrível, e eu quase quis ficar todo o tempo o encarando, mas aí ele quebrou o contato quando me agarrou pela cintura, incitando-me a uma dança. Foi aí que me dei conta que aquela balada alta tinha parado de tocar e que agora era uma música mais suave do Timberlake – do gostoso Timberlake, diga-se de passagem. Okay, estávamos dançando e ele não parecia tão duro como nos videoclipes que eu tinha visto na internet. Depois que terminou a dança, ele fez questão de ir até o seu barzinho e pegar uma bebida pra mim. Eu não a recusei, precisava molhar a garganta. Enquanto bebia um gole daquilo – que não sei o que é até hoje – ele me encarava bem no fundo dos meus olhos e parecia que ia me engolir. Sorri tímida (e olha que raramente fico assim) e dei outro gole naquilo. Ele então me pegou pelo braço e conjuntamente sentamos naquele sofá extremamente confortável. Pra que vocês possam entender, deixarei o diálogo que tivemos aqui, vamos a ele:

- Como te chamas?
- .
- Você não é americana, ou é?
- Não.
- De onde você é?
- São Paulo, Brasil.
- Sabia que eu adoro garotas brasileiras?
Novamente eu dei meu sorrisinho amarelo e não o respondi.
- O que te trouxe à América do Norte?
- Turismo. Vim conhecer mesmo.
- Legal!
Outro sorriso. Olhei em volta, ainda havia garotas na fila esperando para serem atendidas.
- Melhor eu ir, tem mais garotas querendo a sua atenção. - Fiz o gesto de levantar, mas ele me impediu.
- Não, eu não quero nenhuma delas aqui, eu quero você e só você.
Outro gole, mais intenso dessa vez. Estava ficando realmente quente. Olhei para ele que em seguida me surpreendeu com um beijo. No inicio não soube como reagir, mas ele foi conciso até que eu o correspondi. Confessando pela terceira vez aqui, o beijo dele era bom! Enquanto eu não sabia onde colocar as minhas mãos, ele me apertava forte na cintura, como se dependesse daquele aperto e daquele beijo pra viver. Mas como eu curti o beijo, eu me entreguei legal. Coloquei uma de minhas mãos em volta de seu pescoço e a outra fazia arranhões circulares em suas costas. Puta que partiu! Aquilo realmente estava ficando quente. Alguns gemidos inaudíveis saiam de sua boca durante o beijo, e eu também não ficava atrás, porque realmente estava bom. O beijo foi cessado algum tempo depois e um olhar expressivo do tipo “eu quero você, agora!” foi lançado de ambas as partes.

Deixe eu me explicar pra vocês. Eu não sou santa, sou uma mulher de carne e osso que sente desejos como qualquer outra pessoa. Se eu sentir a vontade de transar com um cara que eu conheci há segundos (como foi o caso) eu o farei, porque acho que a vida é uma só e que eu tenho que aproveitar mesmo.

Mas nós não transamos. Pelo menos não naquele momento.
Ficamos por mais algum tempo trocando carícias e eu ouvi quando pediu para um dos seus seguranças dispensar as garotas que o estavam esperando, porque ele não ia atender mais ninguém naquela noite. Se você pensa que eu me senti exclusiva e “A GAROTA” você se engana. Eu só curti o beijo dele e quis ficar ali. Se aquilo iria repercutir no dia seguinte eu não estava nem aí, eu só seria mais uma garota que ele pegou e pronto.

Tá, ao que interessa.
Ele me convidou a conhecer o seu quarto de hotel e eu sabia o que ele queria dizer com aquilo. Fomos escoltados por seus seguranças até a portaria e entramos em seu carro. Ele dispensou o motorista e fomos só ele e eu.

Deixe eu interromper essa parte para contar uma coisa interessante (eu achei interessante, não sei vocês).
e sua comitiva tem o mesmo modelo de carro, todos blindados e com vidro fumê, então todos aqueles desatentos de placa se perderão diante da confusão que se formou de seis carros se misturando no meio da estrada, por isso é difícil saber em qual deles o está, tem que ser muito esperto pra acompanhá-los. Eles trocam mensagens durante quase todo o percurso a fim de se misturarem pra atrapalhar a mídia, até que conseguem despistar. Mas a estratégia ainda não para por aí. Como se já fosse programado, tem outro carro de outro modelo aguardando o em algum ponto da cidade, pra que assim a mídia se cerque dos demais e confunda tudo. Interessante, não é? Eu achei.

Foi assim que fomos parar em uma BMW preta.
Ao entrarmos no carro ele dirigiu alguns muitos quilômetros e parou em uma rua vazia do Brooklyn. No carro tocava alguma música dele, dessas novas, sabe? Eu não saberia te dizer o nome dela, porque só o escuto na rádio, mas se a ouvisse perto de você saberia te dizer qual era. Ele girou o boné que usava para trás e me puxou para outro beijo. Esse estava bem desconfortável, mas eu dei um jeito. Pulei do banco do passageiro para o banco do motorista sentando em seu colo. Aquilo foi interpretado como um “me come”, mas eu tava pouco me fodendo pra isso – me desculpe a expressão. O beijo se intensificou, até que eu percebi que estava me contorcendo para erguer os braços e tirar minha blusa. Ele ficou surpreendido com o tamanho dos meus seios, e eu dei um sorriso presunçoso, agradecendo mentalmente pelas mamas que eu tinha. Durante o beijo, suas mãos os apertavam por cima do sutiã vermelho rendado que eu usava (só pra comentar, todos os meus sutiãs são vermelhos, com exceção de uns e outros que são pretos). Até que apalpar por cima não era suficiente. Eu mesma queria aquele toque, então me contorci outra vez para abrir o fecho atrás e para passá-los pelos braços. Dei um alto gemido quando sua mão um pouco gélida entrou em contato com a minha pele sensível. Eu me mexi em cima dele e pude sentir sua ereção, que não ousei em tocar quando tive oportunidade. Só que sabe quando você pensa “esse é o meu momento?”, pois é, eu queria primeiro me satisfazer, depois eu pensaria nele. Como a minha posição era elevada, movi sua cabeça em direção ao meu seio direito, queria que ele o sugasse, e ele o fez, até mordiscou o mamilo, fato que me fez dar um gemido prazeroso. Tava bom, mas não era suficiente. Subi minha saia até a cintura e levei uma de suas mãos até as minhas entranhas, a fim de que ele me tocasse ali. Inicialmente por cima do pano (que combinava com o sutiã, claro), depois ele o afastou e me invadiu com seu dedo do meio, profundamente. Eu gemi mais uma vez e gemeria ainda mais com os movimentos frenéticos que ele fazia. Sabe, a cara dele de excitado é impagável, quase me fez gozar, só que eu segurei, eu seria muito fraca se eu gozasse antes de ser invadida “de verdade”. Ele retirou o seu dedo e o lambeu, e aquilo foi sexy demais pra mim, beijei-o nos lábios com ferocidade. Ele não estava fazendo nada mais do que a sua obrigação de me proporcionar prazer, mas não seria justo se eu não o devolvesse. Tirei sua camiseta, acariciei seu peitoral por alguns instantes, mordisquei-o de leve – e não tão leve também – e voltei para o banco do passageiro, só que ao invés de me sentar, fiquei ajoelhada. Acho que ele imaginou a minha intenção e se arrumou no banco. Abri o zíper da sua calça e fiz uma massagem no seu membro, ainda por cima da cueca. Era incrível olhar no seu olho e ver a ansiedade ali. Ele quase gritou pelo toque. Mas satisfiz a sua (e minha) vontade e retirei seu coelho da cartola. Masturbei-o por um bom tempo, e depois, o enfiei em minha boca, sentindo o gosto que ele tinha. Praticamente ainda consigo ouvir o gemido forte que ele dava, e aquilo meio que me estimulava a continuar, porque quanto mais ele gritava, mais era o meu desejo de ouvi-lo gritar. Tava tudo muito bom, tudo muito bem, mas ainda não era suficiente, nem eu e nem ele ainda estávamos satisfeitos. Ofegante, ele me pediu para abrir o porta-luvas e pegar um preservativo. Obedeci e rasguei a embalagem com o dente, vestindo-o com maestria. Mesmo no aperto demos um jeito com que ficássemos confortáveis durante a penetração, e somente quando ele tocou realmente lá no fundo, foi que eu me senti cheia. Apenas depois de algumas boas estocadas, gemidos altos, arfadas, beijos e muita excitação que nos demos por satisfeitos. Primeiro eu, depois ele.

O legal é que depois do sexo ficamos meio abraçados, nos recuperando, ainda que as posições não fossem favoráveis. Beijamos-nos, calmamente dessa vez, alguma demonstração de carinho. Casais sempre fazem isso, não adianta falar que não, porque isso é fato.

- Ual! - Foi o que ele disse ao alisar meus cabelos. Eu não disse nada, detestava palavras depois de momentos como esse, nunca sabia o que dizer e acho que nada precisava ser dito.
Só sei que depois de alguns minutos, recompus-me. Procurei meu sutiã, mas não tinha a mínima noção de onde tinha largado ele, então só vesti a blusa.

Sabe aquele clima tenso que fica depois que você fica com alguém e não sabe o que falar depois? Então, estávamos nessa situação, até que ele me roubou um selinho demorado e ligou o carro. Ele não se preocupou em se vestir, somente fechou o zíper da calça antes de finalmente sair do acostamento da rua. Após alguns quarteirões que rodávamos sem destino, eu disse:

- À direita.
- Huh?
- Vire à direita, fico ali.
Ele obedeceu e estacionou em um prédio alto, na sétima avenida. Peguei minha bolsa-carteira, arrumei os cabelos que estavam um pouco bagunçados e abri a porta do carro. Antes que eu saísse, ele me puxou para um último beijo. Ao descer eu disse:

- Adeus!
Ele sorriu e respondeu:
- Até mais!

Essa é a história daquela noite e o que tinha na fotografia, se é do seu interesse, era com os olhos fechados, enquanto tinha o meu sutiã entre as suas mãos, próximas às narinas. Na legenda da foto constava: “Não tive como te agradecer, mas obrigado pelos presentes (plural, você entende). Gostaria de ter a honra de poder dar-lhe uma outra lembrança. Voltei ao prédio, mas você não estava mais hospedada lá. Na verdade, nunca esteve. Enfim, espero te ver de novo qualquer dia perdida por NY. Até breve”.

É claro que eu não estava hospedada naquele hotel da sétima avenida. Eu nem tinha dinheiro suficiente praquele hotel quatro estrelas. O que aconteceu depois que ele me deixou ali é que eu entrei no prédio, pedi pra usar o banheiro e saí andando, sozinha em NY por três quarteirões até o clichê hotelzinho barato que turistas leigos ficam ao viajar para os Estados Unidos.

Eu comentei a foto, uma frase boba e foi por isso que agora vejo que ele me segue no Instagram. Ele me reconheceu.

Fim.


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