Segundo o antigo calendário maia, o dia 21 de dezembro de 2012 será o fim do mundo. O que você faria se isso fosse verdade? Conseguiria fazer tudo o que nunca teve coragem de fazer, como por exemplo, mudar seu visual totalmente e até ir presa ou praticar um racha? Você aproveitaria o último dia de sua existência fazendo-o ser o último e melhor dia da sua vida?
1º de novembro de 2012, um mês e 20 dias para o fim do mundo.
- , sério que você acredita que o mundo vai acabar daqui a um mês? - perguntei pra minha única e melhor amiga enquanto sentávamos no gramado da nossa escola na hora do intervalo, nossa querida professora de história nos mandou fazer um trabalho sobre as civilizações antigas e o meu grupo ficou com os Maias.
- Claro que sim, o mundo vai mesmo acabar em 2012 e eu já até fiz minha listinha.
- Que listinha? - perguntei dando uma mordida na minha maçã.
- Das 14 coisas que tenho que fazer antes do fim do mundo.
- Não acredito que você fez uma coisa dessas, que bobagem. O mundo não vai acabar.
- Como você sabe? Aliás, você não sabe de nada e muito menos consegue adivinhar qualquer coisa. Me lembro que você falou que aquele jogador ia fazer o gol de pênalti e ele chutou lá pra lua e no próximo jogo você falou que ele ia chutar lá pra lua de novo e ele acertou, então concluímos, minha cara , que você é uma péssima adivinha.
- Ok, você pode até fazer uma listinha de "como aproveitar o fim do mundo", só não me ponha pra fazer as coisas junto com você. - eu disse, afinal, não vou participar desta palhaçada.
- Claro que você não vai fazer nada da minha listinha - ela disse olhando pra mim. - Você vai fazer a sua própria listinha, dãã!
- Não vou não, , se você quer passar atestado de maluca pra todos deste inferno, mais conhecido como escola, me esquece, ok?
- Por favor! Por favorzinho, minha Best linda do meu tum tum! - ela disse fazendo aquela carinha de cachorro que caiu da mudança que a vadia sabe que eu não resisto.
- Ok, você venceu, eu também vou fazer minha listinha, assim que tocar o intervalo, eu faço.
- Ah, eu te amo, amiga!
- Todos me amam, afinal, eu sou a pessoa mais amável da terra.
Que cabeça a minha, nem me apresentei, meu nome é , sou brasileira, mas moro com a minha família nos Estados Unidos, sou uma típica nerd e essa ao meu lado é minha única amiga, a , que também é nerd e é minha única amiga aqui e nós duas somos unha e carne, quer dizer, nós três porque também tem o que é primo da , mas não é tão nerd quanto a gente, é um pouquinho mais normal que nós.
Bem, como eu disse, a professora de historia nos dividiu em grupos, nos mandou falar sobre os maias, nos deu três semanas pra fazer esse trabalho, nos dividiu em grupos de seis e justamente no meu grupo estavam , , , , e eu.
Mas vocês devem estar se perguntando: "mas o que tem demais nisso?". Eu respondo: é porque esses três primeiros são 'os populares' da escola, além de serem nossos penhascos de amor. A amou o desde que no primeiro dia ele a defendeu de um grupo de patricinhas, o ficou encantado com a beleza de e eu, bem, eu amava os lindos olhos verdes do e aquele jeito bad boy que ele tinha.
E cinco minutos depois, o intervalo tocou e nós duas logo fomos para o nosso último tempo de história, peguei meu caderno e na última página anotei as 14 coisas que eu tinha vontade de fazer antes do fim do mundo.
Antes do fim do mundo eu vou...
14º Mudar meu visual;
13º Fazer uma luta de comida;
12º Ver um eclipse total;
11º Fazer um piquenique em um dia de sol, comer tudo que eu gosto, ouvindo minhas músicas e no fim do dia tomar um banho de chuva pra lavar minha alma;
10º Brincar na lama;
9º Ficar bêbada;
8º Praticar um racha;
7º Ir a Las Vegas;
6º Ficar acordada a noite inteira e ver o nascer do sol;
5º Nadar pelada no mar à noite e não ser pega;
4º Pular de paraquedas ou bang jump;
3º Ter um jantar romântico;
2º Ter um namorado dos sonhos;
1º Amar e ser amada na mesma intensidade;
Acabei de escrever e dei uma última lida pra ver se estava tudo certo, e estava. Logo levantei a cabeça com a intenção de mostrar a , mas o que, ou melhor quem, eu vi me olhando com curiosidade vez meu coração parar. Pois na minha frente estavam , ao seu lado e por último estava .
- Oi? - eu disse chamando a atenção dos últimos dois, pois os olhos verdes do já me encaravam curiosos. também pareceu perceber que tinha gente a nossa frente e os olhou. Seu olhar demorou um pouco além do normal no . - Estão há muito tempo aqui?
- Não muito. - me respondeu, cara, ele não pode parar de me encarar não? - Te chamamos, mas vocês estavam tão concentradas escrevendo alguma coisa que eu estou curioso pra saber o que é, e nem nos ouviram então decidimos esperar.
Não, eu não vou contar, eles vão nos achar umas doidas e qualquer chance que eu venha a ter de ter alguma coisa com ele vai por água abaixo, espero que a ...
- Bom, estávamos fazendo nossa listinha de coisas para se fazer antes do fim do mundo. - ... não conte. Merda! Agora eles vão rir da nossa cara e falar que, além de nerds, somos doidas varridas por acreditar que o mundo vai acabar.
- Legal, posso participar? - perguntou. WHAT?
- Eu também quero! - WHAT ?
- E não se esqueçam de mim, pessoas! - disse e eu os encarava. olhou pra mim pedindo permissão e logo todos os olhares se voltaram para mim, esperando a minha resposta.
- Claro que podem.
E depois que eu disse isso, eles puxaram uma cadeira e fizeram suas próprias listinhas, e faltando exatamente cinco minutos pra acabar a aula de história, eles se despediram de nós e se foram, me deixando com um único pensamento: Isso realmente acabou de acontecer?
's POV
Duas palavras: Puta Merda! Não é que eles se interessaram mesmo pelo assunto? Podem falar: eu sou demais! Olhei para e sua expressão era um misto de choque e raiva. Tá legal, ela tá me assustando. Cheguei um pouquinho mais pra longe dela, pois ela conseguia ser meio imprevisível sabe e resolvi perguntar:
- ? Tá tudo bem?
- Tudo bem... Tudo bem, ? Está tudo mais que bem! - disse ela abrindo um sorriso estranho.
- Ah... Você tem certeza?
- Absoluta! Estou ótima! Melhor impossível! Pera aí... É possível sim. - disse ela animada. - Estaria muito melhor se... Deixa pra lá. , minha amiga linda... Eu te amo! - ela disse e de repente me abraçou. Ficou ali abraçada comigo como se sua vida dependesse disso. Então ela me soltou e me puxou para levantar.
- Vem! Nós temos que achar o ! - disse ela me puxando pra fora da sala.
Logo estávamos praticamente correndo pelos corredores da escola procurando pelo ser de nome . e eu olhávamos para todos os lados procurando por ele e logo o avistamos. Ele estava guardando as coisas dele no armário quando chegamos mais perto e deu um susto nele.
- Hey! - ele reclamou.
- , você não sabe o que aconteceu. - disse.
Então ela relatou pra ele o ocorrido na aula de história até nos mínimos detalhes. E eu achei que ela tava viajando! Caramba! Nem mesmo eu poderia descrever aquilo com tanto detalhes. O ouvia atentamente tudo que ela dizia e sua expressão estava igual a minha com a quantidade de detalhes que havia posto numa cena tão simples.
- Vocês tem certeza que isso aconteceu mesmo? Não foi nenhuma miragem, ilusão de ótica, truques da mente distorcida de vocês...
- Não! Aconteceu mesmo! Agora, meu amigo lindo, só falta você fazer a sua listinha! Eu e a já temos a nossa! - eu disse animada.
- E eu tenho opção? - perguntou com um brilho de esperança nos olhos.
- NÃO! - dissemos eu e juntas.
Toda esperança que ele tinha desapareceu naquele momento.
- Então tá né... - disse ele.
No dia seguinte...
Sábado de tarde e eu no tédio em casa. Na boa, por que minha vida é tão parada nos fins de semana? Isso é deprimente. Estava deitada na minha cama pensando na vida quando sinto aquela fome. Levantei e segui para a cozinha pra caçar comida. Desci as escadas, mas assim que desci o último degrau, a campainha tocou. Resmunguei e fui atender. Era .
- Hey! - eu disse animada ao vê-la.
- Hey! - disse ela. - Como estás neste sábado tedioso?
- Com fome. A que devo a honra de sua ilustre presença?
- Vim para realizarmos um dos nossos desejos antes do fim do mundo. - disse ela.
- Mas já? - nossa ela é rápida.
- Claro! Se arrume que nós vamos sair.
Subi animada até o meu quarto e troquei de roupa. Desci as escadas novamente de dois em dois degraus e estava me esperando.
- E aí, qual desejo será realizado primeiro?
- Esse aqui. - disse ela me mostrando o que estava escrito numa folha de caderno. O desejo número 14 estava riscado.
14º Mudar meu visual;
- Mudar o visual? - perguntei.
- Sim. Eu e você. Agora. - disse ela me puxando pra fora da casa.
Já disse que tem a mania de puxar as pessoas? Pois é, ela tem. Fomos até o shopping. Chegando lá, eu olhei pra ela.
- Que loja vamos primeiro?
- Vamos em todas as lojas de roupas e depois em todas de sapatos. Eu quero renovar todo o meu guarda roupas! - disse ela animada.
- Tudo bem.
Fomos em todas as lojas de roupas e gastamos horrores. e eu compramos todas as roupas que um dia sonhamos usar. Era um estilo meio roqueiro, mas bem legal. Passamos para as lojas de sapatos. Compramos alguns sapatos de salto e alguns sem salto e vários pares de All Star. Depois de muito andar e com muitas sacolas mesmo, eu insisti para que parássemos pra comer alguma coisa. Eu estava morrendo de fome! Depois de um lanche delicioso, diga-se de passagem, eu olhei pra em expectativa.
- Pra onde agora?
- Salão de beleza. - disse ela com os olhos brilhando.
Eu abri um sorriso daqueles de propaganda de pasta de dente e nós seguimos para um salão que tinha no shopping mesmo. Chegando lá, logo fomos atendidas por Wando, um ótimo cabelereiro. E super engraçado também.
- Ai, meninas, o cabelo de vocês ficará fabuloso depois de passar pelas minhas mãos habilidosas! - disse ele animado.
- Assim esperamos! - disse sorrindo.
foi a primeira. Ela era ruiva e Wando aproveitou muito bem isso. Fez um corte e uns trecos lá que eu não entendia que deixou o cabelo dela liso com cachos nas pontas. Ficou lindo.
- Agora é você, meu bem! - disse ele pra mim.
Sentei na cadeira e ele logo começou a trabalhar. Meu cabelo era preto e no sol assumia uns reflexos mais claros. Wando fez sua mágica e meu cabelos ficaram um pouco parecidos com os de , mas os cachos nas pontas eram um pouco mais rebeldes. Eu adorei. Saímos do salão agradecendo a Wando e suas mãos mágicas e ele nos intimou a voltar no salão mais vezes. Continuamos a andar e conversar com nossas milhares de sacolas.
- Ai, , eu preciso ir no banheiro! - eu disse.
- Então vamos!
Fomos até o banheiro. Tivemos uma leve dificuldade pra entrar lá devido ao número de sacolas, mas conseguimos entrar. Amontoamos tudo num cantinho e fui até o banheiro. esperou do lado de fora. Ah... Que alívio! Quando eu saí entra uma pessoa extremamente familiar no banheiro.
- ? - perguntamos eu e juntas olhando pra ela.
- Hey, garotas! - disse ela. - Pelo visto tiraram o dia pra fazer compras! - disse ela olhando para as sacolas.
- É. - dissemos juntas de novo.
- Então... Realizando algum desejo da lista?
- É. Era um dos desejos da e eu vim também por livre e espontânea pressão. - eu disse.
riu.
- e vieram comigo para o shopping. Não sei como nós não nos esbarramos. Estamos aqui a um bom tempo.
- Caramba. Como conseguimos essa proeza? - disse .
- Não sei. Bem, vocês estão indo embora?
- É, nós só passamos no banheiro rapidinho e já estávamos indo.
- Ah, eu e os meninos também já estávamos indo. Podemos ir todos juntos.
- Beleza! - dissemos eu e e juntas novamente. Cara, nossa sincronia às vezes me assustava.
Saímos as três juntas do banheiro com comentando sobre nossos cabelos recém feitos e nós recomendando Wando a ela. Do lado de fora estavam , e... ?
- ? O que faz aqui, mano? - perguntei e ouvi uma risadinha vinda de .
- Eu vim dar uma volta e... Caramba. Todas essas sacolas são de vocês?
- São. - disse .
- Uau. - disseram os três caras juntos.
Ah, qual é! Nem eram tantas sacolas assim!
- Vocês perceberam que está meio escuro? - disse fazendo todos olharem ao redor. Essa não...
Todos olharam em volta. foi até o corredor do shopping e voltou com uma cara estranha.
- Olha, eu acho... Acho que estamos presos no shopping. - disse ele na maior tranquilidade.
- Como é que é? - disseram , , e juntos. Eu não podia acreditar que isso tava acontecendo.
- Ah, meu Deus... - foi o que eu disse.
De repente todo mundo saiu correndo pelos corredores do shopping indo na direção da saída e ficando com a expressão de choque quando deram de cara com a porta trancada. Ah, meu Deus! Peguei meu celular e olhei as horas. Era meia noite e dez.
- Eu não acredito nisso! - disse .
- Céus, como não vimos a hora passar? - disse .
- Eu sou muito desligado mesmo pra não ter percebido! - disse .
permaneceu em silêncio. Pela cara dele ele não tava gostando muito disso.
- Era um dos meus desejos! - eu disse de repente e todo mundo olhou pra mim.
- Um dos seus desejos? - perguntou olhando diretamente pra mim. Engoli em seco.
- É. Sabe, a lista de coisas pra fazer antes do fim do mundo... Meu desejo número 14 era ficar presa a noite inteira no shopping.
Todos me olharam como se eu fosse um ET.
- Que foi? - perguntei.
- Nada... - disseram todos juntos.
- Já que estamos aqui... O que vamos fazer? - perguntou .
- Não sei. Tem tantas coisas que podemos fazer... - disse .
- Já sei! - eu disse colocando as sacolas num canto. - Na praça de alimentação tem uma máquina de sorvete...
- Vamos lá! - disseram todos juntos.
Corremos até o segundo andar, onde ficava a praça de alimentação. Chegando lá e paramos em frente a máquina de sorvete. Estava trancada com um cadeado.
- Ah, que pena... - disse .
- Vamos procurar outra coisa pra fazer... - disse .
- Ah, pelo amor de Deus, gente! - eu disse. - Alguém aí tem um grampo de cabelo?
Todos olharam pra mim sem entender. mexeu no cabelo e me entregou um grampo. Eu sorri e fui até a máquina. Dobrei o grampo do jeito certo e comecei a mexer no cadeado com ele. Logo a cadeado abriu. Eu virei pra eles com um sorriso e todos me olhavam chocados.
- Onde você aprendeu a arrombar cadeados? - perguntou .
- Internet. - eu disse dando de ombros.
No minuto seguinte todo mundo atacou a máquina de sorvete até que a coitada ficasse sem um pingo de sorvete.
- AAAAH! - eu gritei de repente assustando todo mundo.
- O que foi, criatura? - perguntou .
- Congelei o cérebro! - eu disse.
- AAAAAAH! - gritou do meu lado. - Eu congelei também!
Todos riram na cena patética e logo estávamos sem saber o que fazer. Droga, eu tava com fome!
- Eu tô com fome! - reclamei.
- Eu também! - todos disseram.
- Por todo o shopping tem uma máquina de comida. Nós podíamos nos dividir e ver o que conseguimos. - disse .
- Não dá! Eu tô sem um tostão no bolso e a única que tem as proezas de arrombamento de máquinas de comida aqui é a ! - disse .
- E já que vamos passar a noite aqui, seria legal se achássemos algum cobertor ou algo do tipo. - disse .
- Então vamos fazer assim: e vocês podem ir procurar por cobertores ou coisas do tipo, e podem ir procurar outras coisas no terceiro andar que possam ajudar e eu e a vamos par as máquinas de comida. - disse .
- Ah, por mim tudo bem. - disse . Vi olhar pra ele de um jeito estranho.
e também concordaram. Logo estávamos nos dividindo. Eu e seguimos para o primeiro andar, onde eu sabia que tinha uma máquina de comida. Paramos na frente dela e olhou pra mim ansioso.
- E aí? - perguntou ele.
- Vamos ver. - eu disse examinando a lateral da máquina até que achei uma fechadura. - Achei.
Ainda bem que guardei aquele grampo. Comecei a mexer e logo a máquina se abriu. abriu a porta de vidro que nos separava da comida e olhou pra mim em dúvida.
- O que pegar?
- Sei lá. Pega tudo. Eu tô morrendo de fome! - eu disse.
- Eu também tô com fome. - disse ele pegando todos os pacotes de salgadinho que tinham ali.
- Vamos procurar uma máquina de refrigerante. - eu disse e começamos a caça pela máquina de refrigerante.
's POV
Começamos a andar pelo segundo andar indo para as áreas de emergência. O clima tava estranho e silencioso. Logo entramos numa sala que tinha uns armários e eu bufei.
- Armários. Como vamos conseguir abrir? Só a tem aquelas proezas estranhas de abrir cadeados. - eu disse.
- Deixa comigo. - disse ele.
No momento seguinte começou a vasculhar o local e achou uma vassoura. Ele a pegou e com o cabo da vassoura começou a bater no armário. Esse último começou a entortar.
- , espera! - eu disse.
- O quê?
- Você amassou a porta do armário, certo?
- Certo.
- Tá vendo aquela ponta ali? - perguntei. Ela acenou positivamente. - Então, usa o cabo da vassoura pra levantar mais aquela ponta e aí a porta vai soltar.
- Como não pensei nisso antes? - disse ele olhando pra mim com um sorriso. Eu desviei o olhar.
- Vou ver se acho mais alguma coisa... - eu disse rapidamente saindo de perto dele.
Enquanto ele abria (leia-se destruía) o armário, eu comecei a olhar em volta. Não tinha mais nada além dos armários. Droga. Olhei de volta para e paralisei. Ele estava puxando a porta pra fora com as próprias mãos. Os músculos dos braços ressaltando no processo. De repente aquela salinha começou a ficar quente... Logo ele arrancou a porta e a jogou em um canto.
Dentro do armário tinham três cobertores grandes. Eu rapidamente os peguei e comecei a andar. Mas como eu tinha muita sorte, eu tropecei nos meus pés e comecei a cair. Fechei os olhos preparada pra sentir o impacto com o chão quando de repente uma mão forte me segura pela cintura me impedindo de cair. me puxou pra cima e eu choquei contra seu peito definido. Minha respiração acelerou. Olhei pra ele e ele olhava pra mim. Eu me perdi nos olhos verdes dele.
- Cuidado... - sussurrou ele me soltando devagar.
- O-obrigada. - gaguejei.
Quando ele me soltou por completo ainda ficou olhando nos meus olhos daquele jeito que fazia minhas pernas tremerem. Ele se abaixou para pegar os cobertores que caíram no chão sem quebrar o contato visual. Quando levantou nós ainda ficamos nos encarando por um bom tempo.
- É... Melhor sairmos daqui. - disse ele.
- Concordo - eu disse.
Nós rapidamente saímos de lá voltando para a praça de alimentação. Quando chegamos lá, e atacavam uma mesa cheia de salgadinhos e refrigerantes. Ao lado da mesa deles, havia outra com ainda mais coisas nela.
- Hey! Caramba! Vocês acabaram com toda a comida das máquinas de comida do shopping! - eu disse olhando tudo aquilo chocada.
- Eu disse que tava com fome.
- Espera aí... Cadê a e o ? - disse o .
Foi aí que eu percebi que os dois ainda não tinham voltado. Ah, meu Deus! Onde será que eles se meteram? e pararam de comer e olharam para os lados. Foi aí que percebemos duas luzes brancas ao longe. levantou e pôs a mão na testa como se esse gesto fosse ajudá-la a enxergar melhor.
- Quem vem lá? - disse e eu revirei os olhos.
- Somos nós! - ouvimos a voz de e ela estava estranha.
Eles logo se aproximaram e percebemos que traziam lanternas.
- Nós... - disse com a voz meio rouca e pigarreou - Nós encontramos essas lanternas no terceiro andar.
Foi aí que eu percebi uma coisa. estava descabelada e com o batom borrado. com o cabelo bagunçado e com marcas de batom no pescoço e perto da boca e os dois estavam com as roupas amassadas. Hum... Safadinhos!
- Nossa, vocês estão em um estado deplorável. - disse .
- O que vocês dois andaram fazendo, hein? - perguntou .
- Nada... - disse corando.
fez cara de paisagem.
- E, , que marcas de batom são essas no seu pescoço? - perguntou com um sorriso malicioso.
- Nada não. - disse ele.
- Tá bom. Vocês podem fingir que não aconteceu nada e nós vamos fingir que acreditamos. - eu disse.
- Toda essa comida é pra gente? - perguntou mudando de assunto.
- É. Mas não adianta mudar de assunto, . - disse .
- E Senhor , teremos uma longa conversa depois. - disse e eu concordei.
- Então? - disse - Vamos comer ? Eu tô com fome.
- Podem atacar soldados! - disse e logo estávamos comendo como soldados esfomeados que passarem seis anos em uma guerra comendo só comida desidratada.
Meia hora depois tínhamos acabado e ainda tinha restado muita comida, e estávamos pensando no que fazer quando boto a mão no bolso e tiro de lá minha lista de coisas para se fazer e paro logo na 13º e a risco já sabendo o que fazer. 13º Fazer uma guerra de comida;
Fui como quem não quer nada pra perto de uns salgadinhos que estavam na mesa.
- Sabe, pessoas... - eu comecei a dizer atraindo a atenção de todos para mim. - Eu acho que já que estamos aqui presos no shopping e só a gente, podíamos realizar meu 13º desejo...
- Claro, . - disse - O que seria o 13º desejo?
- Seria... - peguei disfarçando, uma mão cheia de salgadinhos, vi que a já sabia do que eu estava falando pois o pavor estava explicito em seus olhos. - ... Uma guerra de comida!
Eu disse e joguei os salgadinhos na direção da , que abaixou e os menos atingiram o rosto do e no segundo seguinte estávamos travando uma árdua batalha. Eram salgadinhos pra todo o lado e só se ouvia em todo o shopping o som das nossas risadas. Minutos depois estamos todos jogados no chão do shopping rindo feito bestas da minha ideia maluca e com salgadinhos em todas as partes do corpo.
- Bom, acho que agora deveríamos tomar um banho e ir dormir. - disse.
- Ótima ideia, , meninos, vocês pegam nossas coisas de dormir e levam pro segundo andar enquanto nós vamos tomar banho.
- Ok.
Disseram todos eles juntos e nós fomos pro banheiro e quando todas entraram eu fiz questão de trancar a porta porque vai saber, né. No banheiro do shopping tinham quatro chuveiros, então fomos tomar banho todas juntas.
Mini ’s POV.
Depois de pegarmos uns colchões numa loja de camping pra dormir e colocarmos os mesmos e os cobertores no chão, fomos espionar as meninas no banheiro, hehehe. Chegamos lá e escutamos os chuveiros ligados, e logo fomos de vagar para não fazer barulho, peguei a maçaneta e com toda a delicadeza a virei... Mas a porta não abriu então eu vi que ela estava trancada.
- Merda! Tá trancada, caras. Nada de ver gostosas saindo do chuveiro hoje.
Então, decepcionados por não conseguimos nosso objetivo, trocamos de roupa colocando as roupas que pegamos em uma loja masculina e fomos esperar as meninas enquanto observávamos a lua pelo telhado de vidro do shopping.
’s POV
Acabamos de tomar o banho e vestimos uma das tantas roupas que compramos e emprestamos uma a , secamos nossos cabelos com a toalha mesmo e saímos para o segundo andar para finalmente dormir. Chegamos lá e eles já tinham trocado de roupa e já estavam em seus colchões.
- Onde conseguiram essas roupas? - perguntou.
- Pegamos em uma loja qualquer ai. Agora vamos dormir. - disse.
ficou no colchão ao lado dele que estava no lado direito e ao lado dela estava o e do lado dele tinha um colchão vazio e ao lado deste colchão vazio estava o e do lado esquerdo do tinha um colchão vazio, que assim que eu pensei em ficar com ele, a foi mas rápida e deitou lá não me deixando alternativa e indo para o que estava ao lado do .
- Boa noite. - dissemos um para os outros e fomos dormir, no meu caso tentar, porque eu não conseguia, então fiquei observando a lua, e um tempinho para a minha surpresa, começou um eclipse que era um dos meus desejos pois eu nunca tinha visto essa maravilha da natureza.
- Lindo. - eu sussurrei para mim mesma, pensando que estavam todos dormindo, todos menos um.
- Sim, um eclipse sempre é um lindo e incrível fenômeno da natureza. - disse, e eu logo olhei para ele, ele desviou o seu olhar da lua e votou a me encarar com aqueles lindos olhos verdes, que me fizeram lembrar do ocorrido a horas atrás enquanto procurávamos os cobertores.
- Sim, muito lindo. - disse claramente não falando do eclipse e sim do homem a minha frente.
- E muito incrível. - ele disse da mesma maneira que eu, e continuamos nos encarando por intermináveis segundos quando eu suspirei e voltei a observar o eclipse que se transcorria no céu. Depois de alguns minutos, ele acabou e eu fui dormir.
- Boa noite .
- Boa noite, .
E depois disso eu logo peguei no sono sabendo que mais um desejo foi cumprido.
12º Ver um eclipse total;
’s POV
Tava ali dormindo de boa quando uma luz muito próxima do meu rosto me acorda. Eu abro os olhos de forma relutante e encaro quem é o filho da mãe que tá me acordando. Ah, meu Deus! É um policial! Eu olhei pra ele chocada e ele estava sério. Merda! É agora que nós vai preso!
- O que estão fazendo dentro do Shopping as duas e quarenta e cinco da manhã? - perguntou ele.
Eu olhei em volta e tinham outros policiais acordando o povo. Ah, meu Deus! Eu olhei pra ele e levantei coçando os meus olhos.
- Nós ficamos presos aqui dentro. - eu disse.
- Presos... Sei. - disse ele não acreditando. - Diga isso ao juiz. Por favor, me acompanhem até a delegacia.
Vish! Tô ferrada! Eles nos levaram para fora do Shopping e eu disse que as sacolas que estavam ali eram minhas e da . Eles conferiram as etiquetas e viram que realmente pagamos pelas roupas. Colocaram tudo amontoado dentro de uma viatura e nós fomos em outra que estava ali algemados. Algemados! Eu não acredito nisso! Chegamos na delegacia e eles nos colocaram todos juntos em uma sela. , e andavam de um lado para o outro.
- Ah, meu Deus! Meus pais vão me matar! - disseram os três juntos.
Aí eu me lembrei de algo. É lógico! Todo preso tem direito a uma ligação! Eu levantei do chão onde estava sentada e fui até as barras de ferro.
- Tio Policial! - chamei.
- O que é que vocês querem? - disse ele mal humorado.
- Eu quero a minha ligação! Todo preso tem direito a uma ligação! E eu quero ligar pro meu advogado!
- Você tem um advogado? - perguntou .
- Mais ou menos. - eu disse. – Então, Tio, o que vai ser?
- Tudo bem. - disse ele. - Mas só um pode sair!
Virei para eles e nós nos juntamos conversando baixinho num canto enquanto o Tio Policial esperava.
- Então, quem vai lá pra ligar? - perguntou .
- Me deixem ir! Meu pai já foi do exército ele vai nos liberar! - eu disse.
- Então vai, mas por favor, cuidado com o que você vai dizer! - disse .
- Pode deixar, baby! - eu disse indo para a cela e o Tio Policial abrir ela pra mim.
Ele me conduziu até o telefone e eu rapidamente disquei o número da minha casa. Eu morava com o meu pai. Minha mãe tinha fugido pra Las Vegas e se casado com um cara desconhecido por lá e eu raramente falava com ela. Então o meu pai era a minha única saída.
- Alô? - disse a voz conhecida de um jeito sonolento.
- Pai?
- , onde você está?
- Pai, antes de eu dizer, eu só quero que saiba que eu não fiz nada ilegal, e que estou onde estou por uma coincidência desgraçada!
- E eu posso saber onde você está?
- Na delegacia.
Meu pai ficou em silêncio do outro lado da linha.
- Pai?
- Estou indo para aí. E aconteça o que acontecer não afronte os policiais! Você está com mais alguém?
- Estou com meus amigos.
- Ótimo e quantos vocês são?
- Comigo somos seis.
- Estou a caminho. - e ele desligou na minha cara.
Revirei os olhos. Meu pai, sempre tão delicado ao telefone... O Tio Policial me levou de volta pra cela e todos me olharam ansiosos. <
- Então? - perguntou .
- Meu pai está vindo liberar a gente.
- Ah, que bom! - disse . - Só espero que ele consiga.
- , ele é o meu pai. - eu disse simplesmente.
- Ok, isso explica tudo. - disse ela.
Ficamos esperando mais uns dez minutos quando o meu pai apareceu ali.
- ! - disse ele.
- Pai! - eu disse indo até ele.
- Você está bem? Está machucada?
- Eu estou bem pai. Nós vamos poder sair? - perguntei e percebi que todos olhavam pra ele ansiosos.
- Vocês podem sair... - disse ele e todos sentimos alívio. - Depois de contar ao delegado o que aconteceu.
E todo mundo murchou nesse momento. Logo os Tios Policiais vieram e nos levaram até o delegado. Ele era um cara gordinho que visivelmente não estava gostando de estar ali aquela hora. Ele olhou cada um de nós e depois anotou alguma coisa em uma prancheta. Eu olhei em volta e tinham mais pessoas ali. Estranhei. Quem são essas pessoas?
- Bem. - disse o delegado. - Expliquem-se!
E aí todo mundo começou a falar ao mesmo tempo.
- Chega! - gritou o delegado fazendo nós ficarmos quietos. - Um de cada vez, pelo amor de Deus!
- Tudo bem. O que aconteceu foi o seguinte. - disse . - Nós estávamos numa boa no shopping e perdemos a noção da hora. Quando estávamos indo embora passamos no banheiro e quando saímos o Shopping já tinha fechado.
- Mas e todos aqueles pedaços de salgadinho espalhados para todos os lados e as roupas deles ainda com etiquetas? - disse o delegado apontando para os meninos.
- Tudo foi uma questão de sobrevivência! - eu disse. - Nós estávamos com fome então pegamos a comida das máquinas de salgadinhos e de refrigerantes. Depois, nós precisamos de um banho e como os banheiros do Shopping tinham chuveiros nós aproveitamos. As roupas eles pegaram na loja porque não tinham nada pra vestir! Ou o senhor por acaso queria que eles andassem pelados pra lá e pra cá no shopping na companhia de damas?
- Tá certo. E os sacos de dormir da loja de equipamentos de camping?
- Se íamos passar a noite toda lá, não seria legal se dormíssemos no chão, né? - disse .
- Então tá. Os senhores tem algo a dizer? - disse o delegado para os desconhecidos.
- Não, senhor. Está claro que o que dizem é a verdade, então nós cobriremos os custos. E eles podem ficar com as roupas. - disse um cara desconhecido. Deve ser o dono da loja de roupas masculinas que os garotos pegaram roupas.
- Agora a gente pode ir pra casa? - perguntou .
- Está bem. Estão liberados.
- Oba!!! - gritamos juntos e saímos felizes da delegacia.
Olhei pro meu pai e ele me olhava com uma carranca.
- O que foi? - perguntei.
- Podia ter me ligado antes disso tudo! Eu fiquei preocupado! - disse ele.
- Como eu ia ligar se dentro no shopping não tem sinal?
- Tá tanto faz. Vamos pra casa.
Peguei minhas sacolas e o meu pai me ajudou levando algumas (a maior parte). Eu me despedi dos meus melhores amigos e dos meus mais novos amigos e segui o meu pai para casa.
’s POV
- Tudo bem. Tudo resolvido. Agora eu vou pra casa que eu estou morrendo de sono. - eu disse pegando o celular e me assustando ao ver o que estava escrito no visor. 150 chamadas perdidas. Mãe.
- Ah, meu Deus! Minha mãe vai me matar! - eu disse.
- A minha também! - disse . - 142 chamadas perdidas.
- a sua casa fica na mesma direção da minha, né? Vamos juntas! - eu disse.
- Claro.
- Minha casa também fica pra lá. - disse - Vou com vocês.
- As nossas ficam pra lá. - disse apontado pra direção contrária. - Nós estamos indo.
- Então tá. Até mais.
- Até mais minha gente! - disse .
- E boa sorte com as mães de vocês. - disse .
É, eu vou precisar de sorte mesmo. Minha mãe vai me trucidar! Eles foram embora. Eu peguei as minhas sacolas e eu, e começamos a andar bem rápido. Pelo caminho descobri que a casa de era na mesma rua que a minha. A casa do era na rua de baixo. Andamos rapidamente e chegamos na minha rua em dez minutos. Quando viramos a esquina eu paralisei. Todos os vizinhos estavam na rua que por acaso estava cheia de policiais.
- Ah, meu Deus. Tenho pena de vocês. - disse .
- Eu também tenho pena de mim. - disse . - Olha lá a minha mãe.
- E a minha mãe ao lado da sua mãe - eu disse. As duas choravam e se abraçavam enquanto dois policiais tentavam acalmá-las.
- Bem, eu estou indo. - disse o . - Boa noite.
- Boa noite - dissemos eu e juntas e ele foi para casa.
- Bem. Hora de encarar a situação de frente. - disse .
- E que Deus nos ajude! - eu disse.
Nós fomos até onde o tumulto era maior e quando nossas mães nos avistaram, o alvoroço aumentou consideravelmente. Minha mãe me abraçou e começou a chorar mais ainda. A mãe de fez a mesma coisa.
- Ah, graças a Deus você está viva! - disse ela me soltando. Aí ela bateu no meu braço. - Onde é que você estava?
- Onde é que as duas estavam? - disse a mãe de .
Então nós explicamos o que tinha acontecido e elas ouviam com atenção relaxando enquanto explicávamos.
- Nunca mais façam isso conosco! Entenderam? - disse minha mãe.
- Sim, mãe. - eu disse.
- Vocês nos deixaram malucas! - disse a mãe de . - Agora é melhor nós irmos pra casa descansar. O dia foi longo!
- Concordo! - disse a minha mãe.
Levou mais um tempo pra despachar os policiais e para os vizinhos voltarem para as suas casas. Mas logo estávamos dentro de casa. Eu dei boa noite na minha mãe e fui direto pro meu quarto. Nem troquei de roupa. Só me joguei na cama pegando no sono quase que instantaneamente.
No mesmo dia mais tarde...
Acordei e fui logo fazer minha higiene matinal, e desci pra tomar café.
- Bom dia, mãe. - disse dando um beijo em sua bochecha.
- Boa tarde, você quer dizer, né, já são 14:00 horas.
- Nossa. O que tem pra comer? - perguntei mas não deu tempo dela me responder porque o meu telefone tocou e eu subi as escadas da minha mansão (eu sou ricaaa!) entrei no meu quarto e atendi vendo o nome '' no visor.
- Fala, vaca! - eu disse.
- E aí, vadia da minha vida. - logo caímos na gargalhada. Eu deitei de bruços na minha cama
- Como foi em casa, ?
- Ah, normal, e ai?
- Nossa... - e comecei a contar pra ela colocando todos os detalhes possíveis, porque eu não dispenso nem os detalhes mais pequeninos.
- Uau. Mas eu te liguei pra outra coisa, tô de bobeira neste domingo e então lembrei de um dos seus desejos.
- Sobre qual deles, meu bem? - perguntei de repente me interessando.
- Aquele do piquenique. Hoje tá um dia lindo e eu por acaso tenho uma cesta de piquenique e uma toalha em casa...
- Eu topo! A gente pode chamar o , que tal?
- Por mim tudo bem! Então eu vou preparar as coisas. A gente se encontra no Central Park perto do lago?
- Pode ser. Até lá!
- Até mais, baby! - e ela desligou.
Deixei o celular de lado e voltei pra cozinha onde a minha mãe estava.
- Mãe, a me chamou para um piquenique no Central Park. - eu disse quando entrei na cozinha.
- Tudo bem, pode ir. E cuidado! Se você fizer o que fez comigo ontem de novo... - ela ameaçou.
- Tá bom, mãe. Aquilo não vai acontecer de novo! - eu disse revirando os olhos. - Estou indo.
- Tudo bem. Até logo.
Eu saí de casa depois de trocar de roupa e fui para o Central Park. Quando cheguei lá encontrei com não só o , mas também com , e .
- Oi, pessoas...? - eu disse.
- Oi! - todos disseram juntos animados.
- Deve estar estranhando todos aqui, né? - disse o e eu concordei. - Bom, depois que a me ligou eu chamei a , que chamou o , que chamou o .
- Ah, tudo bem. Falando na , onde aquela criatura está?
- Eu acho que é ela vindo lá... - disse olhando para algo ao longe.
Todos olhamos para onde ele olhava e todo mundo paralisou com a cena. vinha saltitando na nossa direção com a cesta de piquenique no braço e com uma capa no estilo de Chapeuzinho Vermelho. Quando ela se aproximou, nós conseguimos ouvir ela cantarolando alguma coisa.
- Eu vou! Eu vou! Pro Central Park agora eu vou! - ela parou de cantar quando chegou perto da gente. – Oi, gente.
- Oi... - dissemos todos juntos de um jeito estranho.
- ! Por que você não falou que viria caracterizada de uma história infantil? Eu viria caracterizada também! Eu viria de Bela da Bela e a Fera. Eu sempre gostei dessa história...
- Eu quis fazer uma surpresa. - disse ela.
- E que surpresa... - disse o baixinho, mas tudo mundo ouviu. corou.
- Devia ter avisado a todos nós sobre se caracterizar! - disse .
- É mesmo. Eu viria vestido de Fera de a Bela e a Fera. Por acaso já comentei que gosto dessa história? - disse olhando pra mim com um sorriso.
Silêncio constrangedor no ar.
- Ehr... Vamos ao piquenique então? - disse .
- Claro! - todos concordaram rapidamente e nós fomos para mais perto de uma árvore que tinha ali.
Estendemos a toalha e sentamos. pôs a cesta no meio de nós e começamos a comer os sanduíches que ela trouxe.
- Nossa, que sanduíche bom... - disse o .
- Eu que fiz. - disse a se gabando um pouquinho.
- Não tem veneno nisso não, né? - perguntei com medo. Percebi que todo mundo parou de comer e olhou pra , esperando a resposta.
- Não! - disse ela e nós voltamos a comer. - Quer dizer, só um pouquinho...
Todo mundo parou de comer na mesma hora e começou a rir.
- É brincadeira, gente! - disse ela rindo.
Depois de reclamar, nós voltamos a comer.
- Gente! - chamou - Eu trouxe esse pote aqui de mel. É um mel especial que só a minha mãe sabe fazer. É muito bom, vocês precisam provar! - disse ele abrindo o pote.
- Se eu fosse você, não abria isso. - disse olhando pra cima.
- Por quê?
apontou pra cima na árvore quando eu olhei eu vi um ninho de abelhas enorme de onde saia um batalhão de abelhas atrás do tal mel do .
- ABELHA! - gritou e começou a correr em círculos.
- ! - eu disse segurando-a pelos ombros para que parasse de correr em círculos. - Corre pro lado, minha filha, que é melhor que correr em círculos!
E nós saímos correndo com as abelhas logo atrás de nós. Eu olhei para que corria do meu lado com o bendito pode de mel na mão.
- , seu retardado! Joga esse mel longe pras abelhas nos deixarem em paz! - eu gritei.
- Nem pensar! Esse mel é precioso demais pra ser jogado fora desse jeito! - disse ele abraçando o pote de mel.
Nós corríamos e as abelhas continuavam atrás de nós. Cara que persistentes! Eu olhei para que vinha logo atrás de mim e ele olhava pro lago em dúvida. Ah não... Era nossa única saída.
- PRO LAGO, POVO! - eu gritei e todo mundo foi na direção do lago.
No caminho eu arranquei o pote das mãos de e taquei ele longe. Todo mundo entro na água fria do lago. Só parei de andar na água quando já estava quase no meio do lago. Respirei aliviada. Os outros estavam logo atrás de mim. começou a reclamar do desperdício de mel mas eu ignorei. Porque naquele exato momento um guarda florestal aparecia na margem do lago.
Olhei para os outros e vi que tinha um copo. Desde quando ela tava com aquele copo? Ela encheu ele com a água do lado e começou a ir pra margem. Quando estava em uma distância segura do guarda ela jogou a água do copo no guarda e voltou até a gente com um sorriso.
- Uhuul! - gritou e foi até ela levantando a mesma e a jogando na água novamente.
Quando a reapareceu ela olhava para com a expressão sanguinária.
- Ah, então é assim, é? - disse ela e se jogo em cima de o afundando.
Eles começaram uma pequena batalha até a vir pra cima de mim e tentar me afundar. Aí eu entrei na brincadeira e pulei em cima do ele deixou eu afundar eu um pouco ele porque eu claro não conseguiria afundar um cara do tamanho e gostosura do , que depois atacou a , sim, eu senti um pouquinho de ciúmes que acertou a , que foi logo afundar o . E logo todo mundo afundando um aos outros dando altas gargalhadas por causa desta guerra. O coitado do guarda florestal desistiu de nós e saiu de fininho.
Estava tão entretida que não vi a bola de lama vindo na minha direção. Quando ela me acertou em cheio, todo mundo parou. Eu limpei o meu rosto sujo de lama e olhei cada um procurando quem foi o ser e futuro defunto que fez isso. Vi a olhando pra mim com as mão suja de lama.
- Vadia! - eu disse e peguei uma mãozada de lama jogando nela que revidou.
E então todo mundo começou a tacar lama em todo mundo. Eu acertei uma mãozada de lama na cabeça do e depois disso ele dedicou todas as suas tentativas pra me acertar. Olhei para , que estava com as mãos cheias de lama e chegou perto do por trás passando a lama na cabeça dele. tentava correr da na água e a mesma ria das tentativas dele.
Contra nossa vontade saímos da água todos sujos de lama e molhados.
- Qual o nosso problema? - eu perguntei olhando a nossa situação deplorável : todos molhados e com lama no cabelo, no rosto nas roupas. - Meu deus, , parece que você tem uma mascara de lama no rosto.
- Olha só quem fala, você parece que rolou na lama e tem uma mega máscara de lama no rosto e no cabelo. - me respondeu e eu vi que realmente eu estava muito suja de lama.
- Meu deus! Que vergonha ficar no meio do Central Park assim.
- Concordo - disse -, mas que foi inesquecível, foi. Nunca me diverti tanto na minha vida.
- É verdade. - disse - pra ficar mais perfeito ainda seria legal se começasse a chover.
E estranhamente, no momento que o disse a palavra chover, começou a chover e durante um minutos ficamos olhando pra ele com cara de assustados, mas logo corremos para juntar as coisas do piquenique e colocá-las em um lugar a salvo da chuva depois ficamos olhando um para a cara do outro e logo os meninos deram um sorriso de quem vai aprontar, e como se cada um deles fossem o próprio The Flash eles nos empurraram para a chuva.
- Ah! - eu gritei quando além de me empurrar para a chuva, o me pegou no colo e ficou rodando a gente na chuva - Para com isso, seu idiota! A gente vai cair. - eu gritei rindo e dando uns tapinhas nele.
- Vamos nada! - e então ele me jogou pro alto como se eu fosse um saco de batatas.
- ! ME BOTA NO CHÃO AGORA, SEU LOUCO! - eu gritei rindo.
Ele fez o que eu pedi me botou no chão, mas não me largou, ficou com sua mão na minha cintura e olhando nos meus olhos. Aqueles lindos olhos verdes encarando os meus... O castanho se misturando no verde, o mais lindo e belo verde. Ficamos uns segundos nos encarando enquanto a forte chuva caia em nossos corpos e por um momento, tudo a minha volta pareceu parar. Eu me esqueci de , , e . Existia apenas eu e ele, e nossos olhares conectados e como se parece que uma eternidade tinha passado, ele foi aproximando o seu resto do meu quando, finalmente, encostou os seus lábios nos meus.
E a sensação foi maravilhosa. Nunca havia sentido algo assim antes. me segurou com mais força e me puxou para mais perto de si e eu entrelacei os meus braços em seu pescoço o trazendo para mais perto. Ele aprofundou o beijo e foi como se um milhão de sentimentos passassem embolados na minha mente. Nossas línguas se entrelaçavam com paixão e eu segurei em seus cabelos para extrair de alguma forma algum controle sobre tudo o que estava acontecendo dentro de mim. Logo precisamos respirar e quebramos o beijo com vários selinhos. Eu estava de olhos fechados, abraçada ao e com nossas testas coladas. Quando abri os olhos ele olhava pra mim e seu olhar era tão intenso que eu não resisti e segurei o seu rosto, o beijando mais uma vez.
Quando nos separamos, eu olhei pra ele mais uma vez (não me cansava disso) e então a ficha caiu. Ah, meu Deus! AH, MEU DEUS! Eu beijei o ! Ele me beijou também! Foi o melhor beijo da minha vida! Ah, meu Deus! Eu olhei pro lado e vi , , e nos olhando chocados. Eu senti minhas bochechas arderem de vergonha e de repente eu senti uma necessidade desgraçada de sair dali. Me soltei do rapidamente e saí correndo pelo Central Park toda molhada. Correndo pra casa.
’s POV
Tá legal, o que foi que acabou de acontecer? O e a simplesmente se beijam na chuva e ela sai correndo. E não foi um simples beijo. Foi um daqueles de cinema mesmo! Ah, meu Deus! E ela simplesmente sai correndo assim? O olhava ela sumir ao longe e seu rosto trazia culpa. Eu fui até ele.
- Eu sou um idiota! - disse ele.
- , tá tudo bem. Só dê um tempo a ela. Ela foi pega de surpresa. - eu disse com a mão no seu ombro. Logo todos estavam perto de nós.
- É, cara, relaxa! Ela gosta de você! - disse .
- É melhor eu ir falar com ela. - eu disse.
- E eu vou pra casa. - disse . - É melhor todos irmos e tirarmos essa roupa molhada.
Todos concordamos. foi pra casa com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança. acompanhou e ficamos só eu e .
- Então, você vai falar com a ? - perguntou ele.
- Vou. Ela deve estar precisando de alguém pra conversar. - eu disse.
- Eu posso te acompanhar até lá? - perguntou ele.
- Claro! - eu disse.
Pegamos aa cesta de piquenique e eu pus a toalha dentro dela pois a mesma estava vazia. de repente a pegou das minhas mãos e começou a caminhar pra fora do Central Park. Então tá, né! Eu o segui e paramos na entrada do Central Park.
- Então, pra onde? - perguntou.
- Por aqui. - eu disse indicando o caminho.
Fomos andando tranquilamente até a casa da conversando, ou melhor gritando porque agora estava chovendo horrores. Às vezes parávamos para nos abrigar um instante e recomeçávamos a andar. era uma ótima companhia. Quando enfim chegamos na casa da eu suspirei. Queria passar mais tempo com ele. Paramos em um local coberto em frente a casa da para nos despedir.
- Então, obrigada por em acompanhar. - eu disse.
- De nada, Chapeuzinho Vermelho! - disse ele rindo.
Sim, eu ainda estava com a minha capa. Estava toda molhada e grudada em mim, mas o que importa é que eu estava com ela!
- É melhor eu ir então. - eu disse.
- Sim, quando entrar providencie um banho. - disse ele pondo uma mecha molhada atrás da minha orelha. Corei. - Não quero que fique doente.
- Tu-tudo bem. - gaguejei.
Ele de repente abriu um sorriso e se inclinou pra frente e beijou a minha bochecha molhada de leve. Senti um leve formigamento.
- Até outro dia, . - disse ele, os olhos azuis brilhando.
- Até. - eu disse.
Ele me entregou a cesta e eu corri pra entrada da casa da . Chegando lá, olhei pra trás e ele acenou e sorriu indo embora. Respirei fundo algumas vezes para me recompor e toquei a campainha. Quem me atendeu foi a própria . Estava de banho tomado e os cabelos lavados devidamente. Ela me puxou pra dentro e em silêncio fomos para o segundo andar.
- É melhor tomar um banho. - disse ela. - Eu te empresto umas roupas.
- Tudo bem. - eu disse.
Depois de um bom banho quente e de colocar roupas secas, eu me sentei na cama ao lado dela.
- Então, pode falar. - eu disse.
- Falar o que, ? Ele me beijou, eu beijei ele e eu fugi. Fim da história.
- Vamos começar com a pergunta que não quer calar: Por que você saiu correndo daquele jeito?
- Ah... Sei lá.
- Como assim "sei lá"? - eu perguntei sem entender. - Deve haver um motivo não?
- Eu não sei o que me deu, . Ele tava lá, vocês estavam, eu... Senti que tinha que ir.
- Entendo. - eu disse sem realmente entender.
- O que aconteceu depois que eu saí?
- Bom, o ficou todo triste e nós dissemos para ele dar um tempo a você e então nós viemos embora.
- Awn... Tadinho... - disse ela.
- Você gosta muito dele, né?
- Eu tô apaixonada por ele, . Quer dizer, eu já era, mas depois desse beijo...
- Tá ok! Não entre em detalhes. - eu disse fazendo-a rir. - Só há uma coisa que eu devo dizer.
- O quê? - perguntou ela curiosa.
- Agarra esse homem de jeito, mulher!
’s POV
E nós duas caímos na gargalhada. E ficamos conversando mais um pouco e ela foi embora pra casa dela e eu fiquei sozinha em casa, pois minha mãe tinha saído pra ir resolver os problemas da empresa. Eu pensei muito sobre o que a disse, na verdade havia sim um motivo, mas eu não queria contar, a verdade é que eu tenho medo. Medo de me apaixonar e no final acabar sozinha e triste, como a minha mãe é. Não, os meus pais não se separaram, foi algo bem pior: meu pai morreu em um acidente de trânsito quando eu tinha 10 anos.
Desci as escadas segurando no corrimão e vendo as nossas fotos e com lágrimas nos olhos. Eu tinha medo de ficar triste igual minha mãe, ela pensa que eu não vejo como ela fica triste olhando para essas fotos? Ou que eu não escuto ela chorando a noite? E que eu não me lembro de quando ela jurou nunca mais se machucar novamente e amaldiçoar os sete ventos? E isso me deixa triste também por que eu tenho me manter forte mais também sinto sua falta. Olhei novamente pra uma foto em que estávamos eu ainda criança e ele rindo, lá lado tinha a foto do dia em que eles se casaram e estavam os dois visivelmente felizes... Quero ser feliz que nem eles...
Estava me lembrando de quando ele me pegava e me colocava nas suas costas ou quando ele tentava me ensinar boxe, quando eu reclamava dele ver o jogo de futebol do time que ele era roxo de paixão e que agora eu que sou na tv e nas várias gargalhadas que demos quando ele falava piadas totalmente sem graças e quando travávamos uma guerra de cosquinhas, do amor que ele sentia pela minha mãe pois sempre quando chegava do trabalho ia ate ela e dizia "eu te amo" e dava um beijo em sua testa e fazia o mesmo comigo. E foi lembrando disso que eu percebi que eu não precisava ter medo de amar, pois amar e ser amada é maravilhoso, a satisfação de ver a pessoa ao seu lado é ótimo, não importando se vai durar um dia ou cem, o importante é amar intensamente pelo menos uma vez na vida.
Não me importei se estava chovendo ou não, se estava com uma roupa feia ou bonita, se estava descabelada apenas abri a porta da frente e sai ao encontro da minha felicidade. Eu andei algumas quadras em meio à chuva e quando cheguei na casa em que eu queria, eu gritei o seu nome.
- !!! - E neste momento a chuva apertou, mas eu não liguei mesmo, já estava toda molhada mesmo. Minutos depois ele saiu de casa embaixo de um guarda-chuva.
- , sua maluca. O que você está fazendo nessa chuva? - Disse chegando mais perto da calçada de onde eu estava. Vi que seus olhos estavam um poucos vermelhos e não pude deixar de começar a chorar e me bater internamente por tê-lo feito chorar.
- É que eu vim te pedir desculpas. Eu te magoei por ser uma covarde e ter medo dos meus sentimentos. Me desculpa. - eu disse falhando em algumas palavras por causa do choro.
- Tá desculpada, não precisa chorar e, por favor, sai da chuva. - disse me estendendo uma sombrinha.
- Não antes de fazer isso! - eu disse e sai correndo e seguindo o conselho da minha best, eu, frisando bem o EU, agarrei o e nos beijamos de novo e foi os mesmos sentimentos que rolaram no parque, só que mais intensos. E quando paramos de nos beijar, eu não fugi, e vi o mais belo sorriso aparecer nos seus lábios e seus olhos transbordavam felicidade e eu não devia estar diferente.
No dia seguinte...
’s POV
Cheguei na escola e o já estava lá. Fui até ele e começamos a conversar enquanto esperávamos a chegar. Ela estava demorando. Hum, isso não é normal. Logo e chegaram a se juntaram a nós.
- A está demorando... - eu disse.
- E o ainda não chegou. Que estranho. - disse .
- Estanho? Isso tá é suspeito! - disse e o concordou com ela.
- Aquele carro lá não é o do ? - disse o olhando para um ponto na frente.
Todos olhamos naquela direção e eu vi o carro do estacionando. Ele saiu do carro, deu a volta no mesmo e abriu a porta do carona de onde saiu... A ?
- Ah, meu Deus... - eu sussurrei. - AH, MEU DEUS! - aí eu gritei assustando todo mundo.
Eles andaram de mãos dadas até nós com sorrisos nos rostos.
- Bom dia, gente! - disse radiante.
- Bom dia... - dissemos todos juntos.
- Tá legal. Podem explicar. - disse .
- Eu e a - disse olhando pra ela - Estamos namorando.
- AH, MULEQUE! - eu gritei fazendo todo mundo olhar pra mim.
- Menos, , menos. - disse .
- Pelo visto você seguiu o meu conselho! - eu disse animada.
- Conselho? - perguntou .
- Longa história, ... - eu disse.
- Bom, já que todo mundo está feliz e tal eu gostaria de aproveitar esse momento. - disse virando para . - , quer namorar comigo?
Todos olhamos para . esperando a sua resposta. Ela olhava pra ele chocada, mas logo um sorriso surgiu em seu rosto.
- Sim! - disse ela jogando os braços no pescoço dele e o beijando.
- Tá legal, chega de demonstrações públicas de afeto. - eu disse e eles pararam.
- Ai que legal! - disse a . - Agora só falta o pedir a em namoro.
Silêncio mortal se instalando. Eu tenho certeza que fiquei roxa de vergonha nesse momento porque minhas bochechas ardiam. O sinal tocou. Graças aos céus! Salvos pelo gongo! Ou pelo sinal mesmo.
Dias depois...
Estava em casa sem nada pra fazer e então me lembrei de uma coisa. Me arrumei e desci as escadas. Meu pai estava na sala lendo um jornal.
- Pai, eu vou na casa da .
- Tudo bem, mas tome cuidado e...
- Qualquer coisa eu te ligo. Eu já sei. - disse sorrindo. - Beijos.
Saí de casa e fui até a casa da . A casa dela era relativamente próxima da minha. Cheguei lá e toquei a campainha. Quem me atendeu foi a mãe dela.
- Olá, ! - disse ela sorrindo.
- Olá, Senhora . - eu disse e ela deixou eu entrar.
- A está no quarto. Pode subir.
- Obrigada.
Eu subi e bati de leve na porta. abriu e quando me viu me puxou pra dentro. Ela estava ao telefone.
- Tudo bem. Tenho que desligar. Até. Eu também te amo. Tchau. - e ela desligou com um sorriso bobo no rosto.
- Era quem eu tô achando que é?
- Se a resposta for , então sim, era ele.
- Já estão no "eu te amo"! Caramba!
- O que eu posso fazer? Eu o amo, .
- Tá ok. Mas eu vim aqui tratar de outra coisa.
- Diga-me. - disse ela me olhando com atenção.
- Eu estava em casa na boa quando eu me lembrei de duas coisas. Primeiro: semana que vem ficaremos em casa pelo dia de ação de graças. E Segundo: Um certo desejo da minha melhor amiga de ir a Las Vegas.
- Está me convidando pra ir a Las Vegas com você?
- Convidando não meu bem, intimando mesmo.
- Ah, ia ser ótimo! Mas minha mãe não vai deixar... - disse ela perdendo a animação.
- Eu também já pensei nisso. Como minha mãe mora em Las Vegas nós vamos lá visitá-la.
abriu um sorriso de quem ia aprontar.
- , você é um gênio!
Então nós chamamos o , o , o e a para ir conosco e eles concordaram. Falamos com a mãe da e ela deixou. Saí da casa da dela e fui pra minha. Cheguei lá o meu pai estava vendo televisão. Era o momento perfeito. Peguei um gravador que tinha por ali porque eu sabia exatamente o que ia acontecer.
- Pai? - chamei.
- Ahn? - disse ele sem tirar os olhos da TV.
- Eu posso ir pra Las Vegas visitar a mamãe?
- Ahn... Claro.
- Ótimo! Eu te amo pai! - eu disse.
- Ok... Eu também... - disse ele concentrado no jogo na TV. Provavelmente nem sabia o que tava falando. Papai e seu modo automático.
No dia seguinte...
- , você tem certeza mesmo? - perguntou o meu pai olhando para as minhas malas.
- Sim, eu tenho. - eu disse.
- Eu não acredito! - disse ele olhando pra mim desconfiado.
Revirei os olhos. Peguei o gravador e passei de novo a gravação de quando ele concordou em eu ir pra Las Vegas. Sabia muito bem que meu pai não voltava atrás na sua palavra. Coisa que ele aprendeu no exército e que eu sei aproveitar muito bem.
- Tá bom. Eu não vou voltar atrás na minha palavra. Se eu disse que você pode ir então você pode ir. Mas me ligue quando chegar lá!
- Tudo bem! - eu disse feliz.
Logo os outros apareceram. Papai logo os reconheceu do dia na delegacia. Ficamos esperando o nosso voo ser chamado e quando ele foi chamado eu dei um beijo no meu pai e me despedi. Os outros fizeram o mesmo com seus pais que também estavam por ali e nós embarcamos. Dentro do avião, sentou com , sentou com e eu sentei com . Eu e ele fomos conversando e rindo durante toda a viagem. Quando o avião finalmente pousou nós saímos e pegamos nossas malas.
- Ah... Las Vegas! - disse
- Lugar dos cassinos, dos covers do Elvis e dos casamentos. - eu disse.
- Melhor irmos para o hotel. - disse . - Eu estou super cansada.
Seguimos para fora do aeroporto e chamamos um táxi. Eu dei o endereço do hotel o qual eu fiz reserva no dia anterior e logo chegamos nele. Fomos direto para os quartos e ficamos assim: e em um quarto, e no outro quarto e eu e no outro. Eram cinco horas da tarde e eu resolvi tirar um cochilo.
Horas depois...
Acordei e olhei as horas já era quase nove da noite. estava assistindo TV. Eu levantei, tomei um banho e troquei de roupa. Quando saí do banheiro, olhei para que olhava pra mim.
- Que tal sairmos todos juntos hoje? - perguntei.
- Claro, por que não?
- Ok. Eu vou chamar os outros.
Chamei o povo e nós saímos para a noite agitada de Las Vegas.
No dia seguinte...
Acordei com uma dor de cabeça insuportável. Ressaca. Então essa era a sensação de ter uma ressaca? Nunca mais quero sentir essa merda! Levantei a cabeça do travesseiro devagar e senti tudo rodar. Olhei em volta e vi um papel em cima da mesinha ao lado da cama. Era uma certidão de casamento. Ué, mas quem será que se casou? Peguei a folha e quando eu li os nomes no papel eu senti o sangue fugir do meu rosto. Não... Só pode ser brincadeira! Olhei para a minha mão e vi a aliança ali. Olhei para . Peguei a mão dele e percebi chocada que também tinha uma aliança ali.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - eu gritei caindo da cama em seguida.
- O que foi? O que aconteceu? Cadê o ladrão? - disse acordando com o meu grito e procurando algo pra usar como arma.
- ! - chamei.
- O quê? - disse ele chegando perto da beirada da cama e olhando pra mim.
- Nós... Nós... - eu não conseguia dizer.
- Nós o que, ? - perguntou ele.
- Nós estamos casados! - disse levantando minha mão direita pra mostrar a aliança.
olhou pra mim chocado. Seus olhos se arregalaram e ele olhou para a própria mão vendo a aliança ali também.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - gritamos juntos.
’s POV
Acordei com os raios de sol no meu rosto. Eu estava deitada de bruços em cima do . Levantei e cocei os olhos. Então eu vi algo no braço dele. Era um papel. Curiosa eu puxei o papel de leve e vi que ele tinha uma tatuagem. O fez uma tatuagem? Quando? Eu examinei a tatuagem mais atentamente e era um coração e dentro deste havia um . Um ? Mas de quem raios é esse ? Ah, meu Deus! O tá me traindo? Nãooo! Levantei rapidamente de cima dele e comecei a andar pra lá e pra cá no quarto.
Foi quando eu passei perto de um espelho e percebi que tinha algo no meu braço. Era um papel também. Eu puxei e vi com horror que eu também havia feito uma tatuagem. A minha era igual a do só que ao invés do era um . Espera aí! Era um ! Ai o tico e o teco começaram a funcionar na minha cabeça e eu lembrei que o T era de . Awn, que fofo! Mas mesmo assim eu tô com raiva dele. Como ele deixou eu fazer uma tatuagem? Minha mãe vai me matar! Ela odeia tatuagem! Ah, mas o vai se ver comigo!
- acorda! - eu disse dando uma travesseada nele.
- Mas hein? - disse ele acordando. - O que foi ?
- O que foi? E você ainda pergunta? Olha só pro seu braço! Olha só pro MEU braço! A minha mãe vai me matar!
Ele olhou para o braço e percebeu a tatuagem ali.
- Ah, meu Deus! - disse ele.
- Ah, meu Deus mesmo!
E agora como vamos resolver isso? E a gente, sem saber o que fazer, começamos a gritar um pro outro.
’s POV
Acordei com dor de cabeça. Cara, o que aconteceu ontem? Eu não lembro de nada! Passei a mão no rosto e vi que a minha mão ficou branca. Espera aí! Por que minha mão ficou branca? Levantei na mesma hora e me olhei no espelho. Ah, meu Deus! Por que raios eu estou vestida de palhaça? Olhei pro e choquei com o que eu vi.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - eu gritei.
- Anh... - disse o acordando. - ? O que foi? Por que você está vestida de palhaça? - disse ele sem entender.
- E por que você está caracterizado de Elvis?
- Como é que é? - disse ele levantando e se olhando no espelho.
E nós começamos a gritar um pro outro. Saímos correndo para fora do quarto e demos de cara com o , o e e a gritando uns para os outros como nós havíamos feito antes. Quando eles nos viram começaram a gritar e nós todos estávamos gritando depois. Quando paramos de gritar eu disse:
- Mas o que aconteceu com vocês? - perguntei.
- Eu fiz uma tatuagem! UMA TATUAGEM! - disse .
- Eu também! - disse .
- Eu e o estamos casados! - disse a fazendo todos nós olharmos pra eles.
- HEEEIN? - perguntamos todos juntos.
Em resposta os dois levantaram a mão direita mostrando as alianças. Na mão esquerda de tinha uma certidão de casamento.
- Ah, meu Deus... - disse tirando as palavras da minha boca.
- Como isso aconteceu? - o /Elvis perguntou.
- Esse é o problema! Nós não sabemos! - disse em pânico.
- Ok, ok, calma, vamos relaxar... - disse .
- Relaxar? RELAXAR? EU TÔ CASADA, CARA! EU TO CASADA COM O DAMON! - gritou.
- Hey! - protestou.
- Ok, não vamos relaxar então. Vamos pensar! Como dizia Jack o Estripador, vamos por partes. - disse .
Silêncio no ar. Todos começamos a pensar tentando lembrar o que havia acontecido na noite passada.
- Certo... - disse . - Vamos começar pelo problema mais simples. e tomem um banho porque Elvis e Palhaça não combinam. Depois todos nós nos reunimos no quarto da e do pra tentar lembrar o que houve na noite passada.
Todos concordamos e eu e o seguimos para o nosso quarto pra tomar um banho.
Momentos depois...
Estávamos todos devidamente arrumados no quarto de e .
- Tudo bem. Por onde começar? - disse .
- Vamos começar do começo. - disse . - Ontem nós quando saímos do hotel pra onde fomos primeiro?
Todos nos colocamos pra pensar e eu comecei a me lembrar...
Flash Back On
Saímos do hotel e começamos a caminhar pelas ruas de Las Vegas observando tudo. Era tão lindo e iluminado! Olhei para todos os lugares e nós paramos de repente na calçada.
- Pra onde vamos primeiro? - perguntou o .
- Eu queria ir em um cassino. Nunca fui num lugar desses. - disse .
- Então vamos lá! - disse .
Entramos no primeiro cassino que encontramos e eu me surpreendi com o tamanho. Era enorme! Tinham várias máquinas e mesas de pôquer por ali. Nós nos separamos e começamos a explorar o local. Momentos depois nós fomos até uma mesa de pôquer onde e estavam jogando e pasmem: ganhando! Depois de umas cinco rodadas e conseguiram faturar o premio maior que era uma festa de casamento totalmente de graça. Pra comemorar fomos até o bar que tinha ali e começamos a beber.
Horas depois...
Eu estava muito bêbada e percebi que não era só eu. Todos estávamos muito doidos.
- ... Meu... Amor... - disse de forma arrastada. - Vamos nos... Casar?
- Claaaaaaaaaaaro! - disse ela de uma forma pior que .
Os dois usaram o premio que ganharam no pôquer e um juiz de paz surgiu do nada com alianças e tudo! Eles se casaram e quando o juiz disse "pode beijar a noiva" a agarrou e deu um beijo daqueles de cinema. Todo o povo do cassino gritou e parabenizou eles. Logo começou uma festa de casamento no próprio cassino e nós bebemos ainda mais. Quando a festa acabou nós saímos do cassino.
- Eu que-queria faze-er uma tatuagem! - disse .
- Também! - disse .
- Então vamos! - disse ela.
E logo nós estávamos num lugar lá que fazia tatuagens. fez a tatuagem e gritou horrores mas depois começou a rir. gritou que nem uma garotinha e se juntou a ela, rindo descontroladamente. Rindo muito nós saímos dali e começamos a andar por Las Vegas.
- Eu quero ser o Elvis! - disse o - Eu posso ser o Elvis?
- Claro, amooor! - eu disse. - Vamos... Até uma loja de... Fantasias.
Fomos até uma loja que tinha ali perto de depois de lutar muito com a fantasia surge o caracterizado de Elvis.
- Eu sou o Elvis, baby! - disse ele - Obrigado! Muito obrigado!
- Aaaaaaaah... Eu também quero uma fantasia! - eu reclamei.
- Que tal essa aqui, baby? - disse ele me mostrando uma fantasia de palhaça.
- Ah! É perfeito!
Um tempo depois eu estava vestida de palhaça como eu queria! Uhuul!
- , esposa, nós temos que... Temos que ir aproveitar nossa... Noite de núpcias! - disse .
- É mesmo! Eu tinha esquecido. Vamos marido! - disse ela o puxando para o hotel.
- Vamos também, ! - disse .
- Ebaa! - disse indo com .
- Vem, meu Elvis! - eu disse puxando o .
- Vamos, baby! - disse ele.
Quando chegamos no quarto eu simplesmente caí na cama pegando no sono.
Flash Back Off
Céus!
- AAAAAAAH! - gritaram e juntas - EU NÃO POSSO SER MÃE TÃO CEDO!
- E NEM EU POSSO SER PAI! - gritaram e juntos.
- Eu acho que não aconteceu nada. - disse . - Porque, sei lá, acho que a gente saberia, né?
- É, tem razão. Não deve ter acontecido nada. - disse .
- Que bom, porque eu não tô a fim de ser mãe agora não! - disse .
- Concordo! - disse . - Mas e agora? Não dá pra tirar essas tatuagens! Remover tatuagem é extremamente doloroso.
- Vamos ter que ficar com elas então. - disse .
- E nós? Nós estamos casados! - disse apontando pra ele e .
- Bem... - disse . - A não ser que vocês tentem o divórcio, vocês vão continuar casados.
olhou para esperando por uma solução. Dava pra ver no rosto dela que ela não queria o divórcio. Ele olhou pra ela do mesmo jeito.
- Vamos resolver isso depois. - disse ele.
- Eu estou morrendo de fome. Vamos tomar café? - disse a .
- Vamos - dissemos todos juntos e nós fomos procurar uma lanchonete pra tomar café.
’s POV
Meu Deus! Eu nem acredito no que aconteceu! Eu tô casada! Com o ! Em Las Vegas! Meu pai vai surtar quando souber! Céus! O que ele vai dizer? Melhor nem pensar nisso. Cara que fome. Chegamos numa lanchonete e enquanto tomávamos café eu ouvi uma voz familiar.
- ?
Quando eu olhei pra trás nem acreditei no que vi.
- Mãe? - eu disse chocada.
- O que você está fazendo em Las Vegas? - disse ela sem entender.
- Eu vim passear com os meus amigos. - eu disse.
- Ah bom, pensei que você estava fugindo da policia ou algo do tipo.
- Ainda não, mãe. - eu disse assustando todos na mesa.
- Não vai me apresentar seus amigos? - perguntou ela.
- Mãe, esses são , , , e . - eu disse.
- Hum. Qual deles é o seu namorado? - direta? Nem um pouquinho!
- Nenhum deles, mãe. - eu disse olhando pra .
- Nenhum deles é o namorado dela porque ela tá casada. - disse com um sorriso de vingança. Maldita!
- Como é que é? - disse a minha mãe. - Como assim casada? Quando você se casou? Onde casou? Quem é o seu marido?
- É o ! - disse .
Minha mãe olhou para que sorriu amarelo pra ela sem saber o que fazer. você está ferrada!
- Meu genro! - disse a minha mãe puxando pra ele se levantar e logo dando um abraço nele. - Quando se casaram? Eu quero saber de tudo!
- Nós nos casamos ontem. - disse olhando pra minha mãe com medo.
- , meu bem, o seu pai sabe disso?
- Ainda não. E eu não quero nem pensar na reação dele. - eu disse imaginando.
- Ah, querida, ele não vai poder fazer nada. - disse ela. - Só tentar matar o seu marido.
- Como? - disse .
- Ehr... O meu pai foi do exército e... - eu não terminei a frase notando a expressão de pavor do .
- Ah, querida, eu sei de uma coisa que ele não vai ter argumentos quando você disser.
- O que, mãe? Me diga por favor!
- Diga a ele que você somente seguiu os passos dele, oras! - disse ela na maior tranquilidade.
Ah, meu Deus! Os meus pais se casaram em Las Vegas também?
- Vocês se casaram em Las Vegas também? - perguntei chocada.
- Claro! Ele nunca te contou? - disse ela. - Nós éramos uns jovens malucos e irresponsáveis que só pensavam em rock'n roll e sexo. Ele se casou comigo vestido de Elvis e eu estava de calça jeans e com uma blusa do Guns'n Roses.
Meu Deus do céu! Por isso que eu sou assim!
- Meu Deus... - disse . - Tá explicado o fato desse ser aqui - disse apontando pra mim - Ser o que é hoje.
- Hey! - reclamei.
- Mas então, vocês vão ficar em Las Vegas por quanto tempo? - perguntou minha mãe.
- Só até domingo. - eu disse.
- Ótimo! Assim eu tenho tempo pra comprar um presente de casamento pra vocês! - disse ela.
De repente chega um cara desconhecido e abraça a minha mãe por trás. Hey, quem é ele?
- Mãe, quem é o desconhecido? - perguntei.
- Esse é Pablo, meu namorado. - disse ela. - Amor, essa é minha filha .
- E aí, garota! Sua mãe fala muito de você.
- Ela fala? Espero que bem! - eu disse estreitando os olhos pra ela que revirou os olhos.
- E aquele ali é o marido dela. - disse a minha mãe apontando pra . - Os outros são os amigos dela.
- Caramba! Mas já está algemada? - perguntou ele.
- É... - eu disse.
- Quando se casaram?
- Ontem. - disse , me abraçando pela cintura e abrindo um sorriso. Hein?
- Que rápidos!
- Pois é... Sabe como é né... - disse .
- Não, eu não sei não. - disse Pablo e todos rimos.
Clima constrangedor no ar. Pablo estava olhando demais pra mim e também percebeu isso. Tanto é que ele me puxou para mais perto dele e olhou estranho para Pablo.
’s POV
Nossa, que tenso! O namorado, casinho ou sei lá o que da mãe da olhando diretamente pra ela com aquela cara de "eu quero te comer" e o com ciúmes. Só uma palavra pra descrever isso: tenso! De repente chegou um outro cara e fez a mesma coisa que Pablo com a mãe da . Mas hein?
- Gente este é o César. Meu namorado.
- Mas o seu namorado não é o Pablo? - perguntou sem entender.
- Os dois são meus namorados. - disse ela.
Todos olhamos pra ela com cara de assustados e eu percebo o tal César olhando pra mim da mesma forma que Pablo olhava pra . Eu hein! Sai de mim! percebeu e me puxou pra perto olhando para César com um olhar raivoso.
- Bem, eu vou ao banheiro e já volto. - disse a mãe da sumindo dali. Não! Volta!
Clima tenso no ar.
- Ah... ? Vamos ali ver mais alguma coisa pra comer? - disse .
- Claro. Vamos lá. - disse ele e os dois sumiram também.
César sentou do meu lado e Pablo do lado da . Continuamos a tomar café em silêncio e de repente eu sinto uma mão subindo pela minha perna. Olhei pra e ela estava na mesma situação. Merda! Se o perceber ele vai surtar! Tirei a mão do indivíduo da minha perna discretamente e continuei a tomar o meu café. Mas logo depois eu senti a mão de novo na minha perna. Que merda!
- Dá pra tirar a mão daí? - disse baixinho e entre dentes pro cara, mas ele sorriu e continuou.
Olhei em desespero para e ela estava com a mesma expressão que eu. De repente o cara deu a louca e tentou me agarrar. Olhei pra e Pablo tentava agarrá-la também. Logo depois agarrou César e o empurrou pra longe de mim. Logo estava socando o infeliz. fazia o mesmo com Pablo. Eu fiquei paralisada na cadeira sem saber o que fazer. também estava assim. Nesse momento a mãe de retorna do banheiro.
- O que está acontecendo? - perguntou ela.
- Ele estava agarrando a minha mulher! - disseram e juntos.
- Meninos... - disse a mãe do para os namorados - Vocês não podem fazer isso! Eles não tem um relacionamento aberto como nós!
e param de brigar com os homens da mãe de e todos olhamos pra ela com cara de assustados.
- É melhor nós irmos meninos. Ainda temos que achar um presente de casamento perfeito! - disse ela animada. - Vamos!
E eles foram embora. Mas o que foi isso? De repente e voltam.
- E aí, o que aconteceu enquanto olhávamos as tortas? - perguntou .
Nós contamos tudo e eles olharam pra gente, chocados. Depois desse momento esquisito, constrangedor e sei lá mais o que, nós finalmente terminamos de tomar o café. Pagamos a conta e saímos da lanchonete em busca do que fazer em Vegas. Paramos num parque e sentamos nos banquinhos.
- , como anda sua lista? - perguntou a .
- Vamos ver. - eu disse.
Tirei o papel do bolso da calça e dei uma olhada.
Antes do fim do mundo eu vou...
14º Mudar meu visual;
13º Fazer uma luta de comida;
12º Ver um eclipse total;
11º Fazer um piquenique em um dia de sol, comer tudo que eu gosto, ouvindo minhas músicas e no fim do dia tomar um banho de chuva pra lavar minha alma;
10º Brincar na lama;
9º Ficar bêbada;
8º Praticar um racha; 7ºIr a Las Vegas;
6º Ficar acordada a noite inteira e ver o nascer do sol;
5º Nadar pelada no mar à noite e não ser pega;
4º Pular de paraquedas ou bangue jump;
3º Ter um jantar romântico;
2º Ter um namorado dos sonhos;
1º Amar e ser amada na mesma intensidade;
- Temos duas opções. - eu disse - Praticar um racha ou pular de paraquedas ou bang jump. - eu disse.
- Então vamos pular de paraquedas ou bang jump porque praticar um racha de dia não rola, né! - disse .
- Todos a favor? - perguntei.
- Sim! - responderam todos animados.
- Então vamos, cambada! - disse .
Momentos depois...
Lá estava eu dentro daquele avião já com o paraquedas olhando pra baixo com pavor. Céus eu nem acredito que vou fazer isso mesmo! Mas me consolar pularia comigo mas mesmo assim eu estava nervosa.
- Então, quando pular é só puxar essa cordinha aqui - disse o instrutor me mostrando uma cordinha branca - E tudo vai ficar bem. Eu recomendo que você pule já segurando ela porque procurar a maldita na hora H é meio... Difícil.
- Ok. - eu disse.
Parei em frente a porta da avião respirando fundo e tentando criar coragem.
- Pronta? - disse do meu lado.
- Pronta.
- Então no três a gente pula, ok? - disse ele e eu concordei. - Um... Dois... Três!
E aí ele segurou a minha mão e só saltamos do avião juntos. A sensação de pânico se intensificou enquanto eu caia e rapidamente eu soltei a mão do e puxei a cordinha branca. O paraquedas se abriu rapidamente e um puxão forte pelo vento depois eu estava flutuando no céu. apareceu perto de mim também com o paraquedas aberto e sorriu pra mim. Sorri de volta e olhei tudo a minha volta. Era lindo. Logos depois e pularam e e também.
Ficamos rodeando uns aos outros numa disputa interna no ar até que com um solavanco estávamos no chão. Meu Deus do céu! Isso foi incrível! Quando pousamos retiramos rapidamente os paraquedas e uma esquipe veio recolhê-los.
- Isso foi incrível! - eu disse indo até o e o abraçando.
- Com certeza! - todos concordaram.
Nos momentos seguintes ficamos conversando sobre como foi lá em cima até ficarmos com fome e irmos procurar um lugar pra comer. Achamos um restaurante mexicano.
- Nunca provei comida mexicana! - disse .
- Não sabe o que está perdendo! - disse . - Os melhores são os tacos! Você tem que provar!
- Podemos comer comida mexicana? - disse fazendo "aquela carinha" - Por favor?
- Tudo bem. - concordamos.
- Ebaaaaaa! - e e correram pro restaurante mexicano. Esses dois...
Dentro do restaurante nós conseguimos uma mesa grande pra nós seis e pedimos um prato esquisito lá que não sabia o que era. e preferiram os tacos. Um homem baixinho e barrigudo apareceu com nossos pedidos. Ele tinha um bigode com as pontas nas laterais viradas pra cima e um sombreiro enorme na cabeça.
- Aqui está! - disse ele com um sotaque forte. - Seus pedidos. E hoje para quem pedir tacos... Um sombreiro de graça!
E ele tirou dois sombreiros colocando um na cabeça da e ou outro na cabeça do . Tá, por essa eu não esperava.
- Eles se casaram ontem! - eu disse pro cara barrigudo que fez uma expressão de surpresa digna de novela mexicana.
- É mesmo? Que maravilha! - ele se virou para um palquinho que tinha ali onde uma mulher tocava um instrumento desconhecido - Consuelo, mi amor, uma música especial para o casal!
E a danada da Consuelo começou a tocar uma música que me lembrava aquele filme do Zorro e nós rimos baixinho. Até que eu senti uma mão me segurar.
- Vai ficar espalhando pra Deus e o mundo que me casei? - disse .
- Vou! Porque ver a sua cara de tacho é muito divertido! - eu disse rindo com gosto.
Começamos a comer e a comida era ótima. Na quarta garfada eu senti algo queimando. E não era só eu que estava sentindo. A queimação aumentava e eu senti os meus olhos lacrimejando. Ah!
- AAAAAAAAH! ISSO ARDE! - eu gritei e peguei o copo de água que tinha ali e comecei a beber desesperadamente sentindo alívio com o ardor passando.
, e estavam na mesma situação. e se rasgavam de rir.
- Mas o que é isso? - perguntei olhando pra comida.
- , meu bem, - disse parando de rir - Vocês pediram um prato típico do México e os pratos típicos de lá são conhecidos pela alta quantidade de pimenta.
Ah, isso explicava tudo.
- E por que ninguém me avisou?
- Essa é a minha vingança por você ter contado pra minha mãe sobre o casamento! - disse ela. Vadia!
- Você vai se ver comigo depois! - eu disse estreitando os olhos pra ela.
- Mas se a vingança era pra ela, porque nós também tivemos que sofrer? - disse .
- Porque vocês tinham que experimentar a comida mexicana e adquirir um pouco de cultura! - disse .
- É isso aí, esposa! - disse aprovando.
Reclamamos mais um pouquinho, pagamos a comida e saímos do restaurante.
- Ok, pra onde agora? - disse .
- Ah, sei lá. - disse . - Tem tantos lugares pra ir.
De repente eu ouço uma música ao longe. também se concentrou percebendo a minha expressão.
- Está ouvindo isso, ? - perguntei.
- Sim, mas... Cadê? - disse ela olhando para os lados.
- Deve estar perto.
- Vamos procurar! - disse ela e nós saímos andando pelas ruas com os outros andando atrás de nós sem entender. Algumas ruas depois nós avistamos um grande parque de diversões. Há eu sabia!
- Oba! O parque! - disse saltitando feliz.
- Vamos lá, gente! - disse e nós fomos para o parque felizes.
No parque nós nos dividimos. e foram até uma barraquinha comprar algodão doce e e sumiram de vista. Eu olhei para todos os lados pensando no que fazer até olhar para a roda gigante.
- Você quer ir? - perguntou percebendo meu olhar.
- Quero! - eu disse abrindo um sorriso.
Ele pegou a minha mão e nós fomos até a roda gigante. Sentamos na cadeirinha e logo a roda começou a girar. me puxou ara mais perto dele e eu deitei minha cabeça em seu ombro. Quando estávamos bem lá em cima, a roda gigante parou. Eu olhei pra baixo e vi que o cara tinha feito aquilo de propósito. Hum, interessante!
- Parece que vamos ficar aqui por um tempo. - disse sorrindo pra mim.
Eu sorri e logo nós estávamos nos aproximando devagar. Eu fechei os olhos pra aproveitar a sensação e logo os lábios de se encostaram aos meus. Eu me virei um pouco mais pra ele e ele acariciou meu rosto enquanto aprofundava o beijo lentamente. Minhas mãos foram para os cabelos macios dele e eu o puxei mais pra mim. Ele soltou um gemido de satisfação. Logo suas mãos estavam na minha cintura e ele me puxava mais pra ele, mas de repente a roda gigante voltou a se mexer com um solavanco e nós quebramos o beijo ofegantes. Roda gigante maldita!
’s POV
Eu e já havíamos ido em alguns brinquedos legais até que paramos perto de uma barraquinha de tiro ao alvo. Eu olhei pra barraquinha e depois pra . Ele logo entendeu o recado.
- Aposto cinquenta pratas que você não consegue acertar! - disse ele.
- Apostado! - eu disse com um sorriso.
Peguei a arma de mentira e mirei nas garrafinhas empilhadas na minha frente. Me ajeitei e atirei acertando em cheio e fazendo todas as garrafinhas caírem. Logo de primeira! O moço da barraquinha pegou um urso de pelúcia enorme e me entregou. Eu olhei para com um sorriso enquanto ele me olhava chocado.
- Como... Como você...
- , amor, meu pai foi do exército. Eu sei atirar muito bem. Além de outras coisas também...
- Tudo bem, nunca mais faço uma aposta dessas com você! - ele disse e eu sorri.
- Compra um algodão doce pra mim? - pedi piscando os olhos de forma que eu sabia ser irresistível.
- Tudo bem. - disse ele sorrindo torto pra mim.
Fomos até a barraquinha de comida e segurou o meu urso pra eu comer meu algodão doce. Quando terminei eu estava toda lambuzada de algodão doce. riu e me puxou para o banheiro.
- Vem, vamos limpar você. - disse ele.
No banheiro ele pegou papel higiênico e molhou um pouco e com muita delicadeza segurou o meu rosto pelo queixo e começou a limpar a minha boca. Porém quando terminou ele não soltou meu queixo. Ele continuou segurando meu rosto e olhando nos meus olhos de uma forma que eu não havia visto antes. Ele foi aproximando o rosto do meu lentamente e eu fechei os olhos esperando pelo que viria a seguir. Então eu senti os lábios dele encostando nos meus de leve. Eu senti tudo dentro de mim explodir em mil pedaços.
Meus braços pareceram ganhar vida própria e subiram até o cabelo dele e eu o puxei para mais perto. Suas mãos foram para minha cintura e eu o empurrei até ele bater as costas na parede do banheiro enquanto ele aprofundava o beijo. Nossas línguas tinham uma sincronia perfeita e as vezes parecia que estávamos lutando. As mãos dele subiam e desciam pelas minhas costas me puxando para mais perto dele e eu puxava seu cabelo ainda mais. Quando precisamos de ar quebramos o beijo mas continuamos agarrados com as testas coladas e olhos fechados, enquanto a respiração normalizava.
’s POV
Eu e estávamos andando pelo parque enquanto dividíamos um algodão doce. Quando de repente surge um palhaço na nossa frente.
- Hey, lindo casal! - disse o palhaço.
- Hey, palhaço estranho! - disse o com a mesma animação.
- Hey, palhaços não são estranhos! Somos amigos!
- Hey, palhaços pra mim são esquisitos! - disse e eu me controlei pra não rir.
- Hey, será que dá pra parar de falar Hey? - eu disse.
- Hey, fique na sua, mocinha! - disse o palhaço.
Ah, esse palhaço tá pedindo pra apanhar!
- Hey, escuta aqui...
’s POV
e eu saímos da roda gigante de mãos dadas. Enquanto andávamos pelo parque percebemos uma aglomeração estranha. Parecia uma briga. Chegamos mais perto pra ver e eu meu surpreendi vendo batendo em um palhaço enquanto o olhava chocado a cena. Meu Deus! O que deu nela? Ao longe eu vi e saindo do banheiro pra ver o que acontecia. Eles chegaram ali onde estávamos e logo nós fomos tentar tirar a de cima do pobre do palhaço. Ela segurava a perna dele a imobilizando enquanto ele se debatia tentando se soltar.
- Pede penico, palhaço! - disse ela.
- Nunca!
- PEDE PENICO! - disse ela puxando mais a perna dele.
- AH! PENICO! PENICO!
Aí ela soltou ele e se levantou arrumando as roupas. Virou-se para o e disse calmamente:
- E é assim que se faz.
- Mas o que é que está acontecendo aqui? - chegou um desconhecido.
- Essa louca tentou me espancar! - disse o palhaço.
- Isso é verdade, moça?
- Ele desrespeitou primeiro! - disse .
- É mentira! Ela me atacou! - disse o palhaço.
- É melhor você ficar quieto! - disse e o palhaço se encolheu.
- Já chega! - disse o cara. - Eu sou o dono do parque. Tem mais alguém com você? - perguntou ele e nos indicou. - Ótimo. Fora! Todos vocês! Não quero brigas no meu estabelecimento!
- Estabelecimento medíocre esse! Nem um palhaço decente que sabe caratê tem nessa merda! - disse dando as costas e saindo. Nós logo a seguimos.
Nossa! Depois disso nós voltamos para o hotel e foi aí que eu percebi o urso enorme na mão de .
- , de onde saiu esse urso? - perguntei.
- É da . Ela ganhou numa barraquinha.
- Falando nisso... - disse . - Tem alguém me devendo 50 pratas.
- Você apostou com ela? - eu disse.
- Apostei.
- Vish.
- Pois é, né. - disse pegando a carteira e entregando uma nota de 50 pra que pegou feliz.
Chegamos ao hotel e todo mundo foi para o seu quarto.
’s POV
Entrei no quarto do hotel saltitando feliz com as coisas que aconteceram hoje. Já eram umas cinco horas da tarde. colocou meu urso em cima da cama e eu segui pro banheiro pra tomar um banho. Depois do banho eu me vesti e voltei pro quarto ainda com um sorriso no rosto. sorriu pra mim e foi pro banheiro tomar banho também. Liguei a TV e estava passando Friends. Eu amava esse seriado então fiquei assistindo. saiu do banheiro momentos depois já vestido e sentou do meu lado e ficou assistindo comigo.
- Quer dar uma volta? - disse ele de repente.
- Uma volta?
- É. Sair por aí só pra conversar... - disse ele.
- Tudo bem.
Ele sorriu e levantou. Estendeu a mão pra mim e eu a peguei. Ele me puxou para fora do quarto e nós seguimos para fora do hotel. Em nenhum momento ele soltou me soltou. Começamos a caminhar pela rua até que voltamos ao parque de hoje mais cedo. Sentamos em um banquinho e ficamos observando o fim de tarde. Logo escureceu e eu comecei a observar as estrelas.
- É lindo, não é? - disse ele.
- Sim. Eu sempre gostei de olhar as estrelas. - eu disse.
- Eu também. - disse ele. - Na verdade eu estou olhando pra uma nesse momento.
Eu olhei pra ele e ele olhava pra mim de forma intensa. Eu corei e desviei o olhar. levantou a mão até o meu rosto e delicadamente o puxou para mais perto, me beijando pela segunda vez naquele dia. Mas dessa vez foi mais calmo. Ele segurou minha nuca e aprofundou o beijo lentamente. Ele nos separou e me olhou nos olhos. Seus olhos traziam uma emoção diferente e intensa. Eu cheguei mais perto dele e deitei minha cabeça no seu ombro.
- Sabe, - disse ele. - Nunca conheci alguém como você.
- Eu sou única, baby! - eu disse e ele riu.
- Você é diferente. Você é única. E eu... - ele não terminou.
Eu levantei a cabeça e olhei pra ele.
- Você o quê? - perguntei.
- Eu estou gostando de você. - disse ele olhando nos meus olhos. - Eu gosto da sua companhia, do seu jeito... Eu gosto de você, .
Eu fiquei calada olhando nos olhos dele. E um sorriso se abriu lentamente nos meus lábios e eu levei a mão até a sua nuca e o puxei para mais um beijo. E ficamos assim por mais um tempo até voltarmos para o hotel. No quarto nós deitamos abraçadinhos e ficamos vendo televisão até eu cair no sono.
’s POV
Entrei no quarto e logo sinto o me abraçar por trás e depositar um beijo no meu pescoço, me arrepiei toda. Virei minha cabeça pro lado e o beijei rapidamente, logo me soltando do seu abraço com um sorriso no rosto.
- Vou tomar banho. - eu disse já pegando minhas roupas na mala. - E depois é a sua vez, mocinho.
- Ok, mamãe. - ele disse fazendo graça, chegou perto de mim e me roubou um beijo. Eu apenas balancei a cabeça e fui pro banheiro tomar meu banho.
Não me demorei muito, então logo sai com minha roupa de dormir um shorts e uma blusa do AC/DC grande e larguinha que eu usava pra dormir. Vi ele concentrado vendo acho que um jogo de futebol americano.
- Sua vez. - disse.
- Ok, enquanto eu tomo banho, a passou aqui e pediu pra você ficar com ela lá um instante.
Suspeito isso, mas como é a e não a , não deve ser nenhum plano maluco.
- Tá bom, eu tô indo lá, daqui a pouco volto.
- Tá.
Ele desligou a tv, e foi direto pro banheiro sem nenhum beijinho nem nada, ele ficou esquisito de uma hora pra outra, mas tudo bem. Sai do quarto e fui pro da e do , parei em frente a porta e bati, segundos depois, ela abriu a porta.
- Hey, . Vamos, entre!
- Oi - e logo ela me puxou porta dentro.
- Então, o que você queria comigo?
- O não te falou?
- Falar o quê?
- Bem, ele acabou de vir aqui e pediu pra eu te ajudar a se arrumar porque ele vai te levar pra sair.
- Ah - exclamei - ele não disse nada. Eu tenho que ir ao meu quarto pegar as roupas...
- Não, eu já trouxe tudo que você precisa pra cá. Vamos começar com a maquiagem primeiro.
Então me sentei na cama e ela começou a me maquiar. Uns minutos depois ela me deu um vestido pra eu botar e enfim me deixou olhar no espelho. Eu estava linda. E enquanto estava apreciando no espelho a minha beleza, alguém bateu na porta e já imaginando que é o , me despedi da e abri a porta vendo ele com um terno preto lindo e que contrastava com seus lindos olhos verdes.
- Vamos, Mademoiselle? - disse ele me estendendo o braço com um sorriso no rosto.
- Claro, monsieur! - eu disse entrelaçando nossos braços. E então saímos do hotel e na entrada tinha, pasmem, uma limusine branca parada com um motorista parado abrindo a porta da limusine.
- Você alugou uma limusine? - perguntei chocada.
- Não - ele respondeu, ai que bom - pedi ao meu pai para me emprestar a dele hoje. - meu queixo caiu. Claro que eu sabia que o Sr. era rico, mas não imaginei que fosse ao ponto de ter uma limusine. - Vamos.
E então eu entrei primeiro e uau. Era lindo. Apesar de ser rica, eu nunca tinha andado de limusine, minha mãe achava que é chamativo demais. Mas voltando ao presente, o interior era lindo.
- Você está tentando me impressionar? - perguntei olhando pra ele.
- Está dando certo?
- Está!
E então conversamos coisas aleatórias ate o carro parar, e segundos depois a porta foi aberta e logo o saiu, estendeu a mão, me ajudando a sair da limusine, ali tinha um restaurante muito lindo, ele exalava romantismo e pude reconhecer que ele era um restaurante francês. colocou-se ao meu lado e passou um dos seus braços em volta da minha cintura e me guiou até onde a maitre, que assim que ouviu o sobrenome , abriu um grande sorriso e nos guiou até a melhor mesa do restaurante, me deixando encantada pois era perto das lindas janelas de vidro que ficavam em frente para um lago que era iluminado pela luz da linda lua cheia que brilhava no céu.
- Nossa. - eu disse - que lindo que é isso aqui.
- Sim, eu conheci esse restaurante, pois é onde ele sempre traz a minha mãe e foi aqui que ele a pediu em casamento.
- Uau! Ela deve ter ficado encantada.
- Sim, ela amou esse restaurante.
- E sempre que você quer conquistar alguma garota, você a traz aqui, imagino. - eu não sei porque disse isso, só sei que isso pareceu irritar o , que pegou a minha mão que estava em cima da mesa e disse meio chateado.
- , você é a primeira e se depender de mim, a única que eu trarei aqui. Por que você é especial.
Então o garçom apareceu para pegar os nossos pedidos e saber qual vinho nos queríamos, deixei tudo para o escolher, ele saiu dizendo que já trazia os nossos pedidos e o vinho. Então começamos a conversar sobre os nossos gostos e coisas aleatórias, até nossos pratos chegarem e comemos em meio a conversas e gargalhadas.
- Donne-moi le plaisir de la danse, mademoiselle?* - me perguntou saindo do seu lugar e me estendendo a mão.
*Me dá o prazer de uma dança, senhorita?
- Oui, genre gentleman.** - respondi colocando minha mão em cima da dele, logo estávamos na mini pista de dia que tinha no restaurante. Assim que chegamos lá, começou a tocar uma músicado Nickelback.
**Sim, gentil cavalheiro.
You call to me, and I fall at your feet
Você liga pra mim e eu caio ao seus pés How could anyone ask for more?
Como poderia alguém pedir mais? And our time apart, like knives in my heart
E nosso tempo a parte, é como navalhas no meu coração How could anyone ask for more?
Como poderia alguém pedir mais? But if there's a pill to help me forget
Mas se existe uma pílula pra me ajudar a te esquecer God knows I haven't found it yet
Deus sabe que ainda não a encontrei But I'm dying to, God I'm trying to
Mas estou morrendo por uma, Deus eu estou tentando
- Quando te vi pela primeira vez - começou a falar no meu ouvido enquanto dançávamos. - Confesso que senti algo diferente dentro do peito. Não consigo descrever com muita clareza, mas meu coração começou a bater mais forte, mais acelerado. Você com esse jeitinho tímido e seus belos olhos castanhos e seu lindo sorriso, logo me conquistaram.
Trying not to love you, only goes so far
Tentando não te amar, apenas ir tão longe Trying not to need you, is tearing me apart
Tentando não precisar de você, estava me dilacerando Can't see the silver lining, down here on the floor
Não consigo ver a esperança, aqui no chão And I just keep on trying, but I don't know what for
Eu apenas continuo tentando, mas eu não sei por que Cause trying not to love you
Porque estou tentando não te ama r
Only makes me love you more
Apenas me faça te amar mais Only makes me love you more
Apenas me faça te amar mais
- ...Mas eu era idiota demais para admitir pra mim mesmo que gostava de você, que amava você. Então eu fingi que era coisa da minha cabeça. Mas eu não conseguia tirar você da minha cabeça nem do meu coração, até que eu tive um sonho que me fez acordar para vida.
And this kind of pain, only times takes away
E esse tipo de dor somente tempo pode tirar That's why it's harder to let you go
É por isso que é difícil te deixar ir And Nothing I can do, without thinking of you
E nada do que eu possa fazer é sem pensar em você That's why it's harder to let you go
É por isso que é difícil te deixar ir But if there's a pill to help me forget
Mas se existe uma pílula pra me ajudar a te esquecer God knows I haven't found it yet
Deus sabe que ainda não a encontrei But I'm dying to, God I'm trying to
Mas estou morrendo por uma, Deus eu estou tentando
- ...Eu sonhei que estava em um casamento como padrinho de um cara e quando a música e a noiva entrou olhando com amor quase adoração para o noivo eu quase tive um treco, por que era você e o cara no altar não era eu.
Trying not to love you, only goes so far
Tentando não te amar, apenas ir tão longe Trying not to need you, is tearing me apart
Tentando não precisar de você, está me dilacerando Can't see the silver lining, down here on the floor
Não consigo ver a esperança, aqui no chão And I just keep on trying, but I don't know what for
Eu apenas continuo tentando, mas eu nãos sei por quê. Cause trying not to love you
Porque estou tentando não te amar Only makes me love you more
Apenas me faz te amar mais Only makes me love you more
Apenas me faz te amar mais
- ...Então eu acordei e decidido a mudar esse sonho porque, , eu te amo, demais.
So I sit here divided, just talking to myself
Então eu sento aqui dividido, falando comigo mesmo Was something that I did?
Foi algo que eu fiz? Was there somebody else?
Havia alguém mais? When a voice from behind me that was fighting back tears
Quando uma voz atrás de mim, que estava lutando contra as lágrimas. Set right down beside me, and whispered in my ear
Põe-se bem ao meu lado e sussurra em meu ouvido Tonight I'm dying to tell you
Hoje eu estou morrendo para lhe dizer
Eu estava chorando já, pois eu sempre sonhei em ouvir o dizendo exatamente o que eu acabei de ouvir. Achei clichê demais dizer que também o amo, e também não tinha palavras, então eu o beijei tentando transmitir todo o amor que eu também sentia por ele. E ainda com a música tocando sua parte final, nos entregamos a um beijo totalmente apaixonado.
That trying not to love you, only went so far
Tentando não te amar, apenas fui tão longe Trying not to need you, was tearing me apart
Tentando não precisar de você, estava me dilacerando Now I see the silver lining, from what we've fighting for
Agora eu vejo a esperança pela qual tentávamos And if we just keep on trying, we could be much more
E se nós apenas continuarmos tentando, nós 'Cause trying not to love you
Porque tentando não te amar
Only makes me love you more
Só me faz te amar mais Only makes me love you more
Só me faz te amar mais
A música acabou e nós voltamos pra mesa, chamou o garçom e pediu a conta e depois de pagá-la, fomos embora. E ficamos na limusine apenas nos beijando e logo ela parou na frente do nosso hotel. Saímos, agradeceu ao chofer, depois entramos e fomos para o nosso quarto, peguei minha roupa de dormir e me troquei no banheiro. Depois de mim, o fez a mesma coisa. Deitamos na cama e dormimos de conchinha e antes de pegar no sono, eu disse:
- Boa noite, , eu te amo.
- Boa noite, , eu te amo.
E então pegamos no sono.
’s POV
saiu do quarto com e eu voltei pra cama pra assistir TV. Então percebi algo. Cadê o ? A criatura disse que ia sair e não deu mais noticias. Levantei da cama e olhei em volta. E foi aí que eu percebi um bilhete em cima da mesinha. Fui até lá e o peguei, percebendo uma caligrafia elegante. A caligrafia do .
"Venha me encontrar no salão principal do hotel. ".
Ah, meu Deus! O que ele tá aprontando? Rapidamente saí do quarto e desci para o salão principal. Quando eu cheguei lá, o mesmo se encontrava vazio. Exceto por alguns músicos que quando eu cheguei, começaram a tocar uma música romântica, uma mesa com duas velas em cima e ao lado da mesa com um sorriso lindo. Ele veio até onde eu estava e eu olhei pra ele com um sorriso enorme no rosto.
- Isso tudo é... Pra mim? - perguntei.
- Só pra você. - disse ele me levando até a mesa.
Nos sentamos e um cara vestido de mordomo chegou e nos serviu um prato chique de comida e um pouco de vinho. Comemos e conversamos banalidades, rindo e nos divertindo. Quando terminamos ele levantou e me puxou para uma dança. Enquanto dançávamos, eu encostei minha cabeça no seu ombro.
- Como conseguiu o saguão do hotel reservado pra isso?
- Não foi muito fácil. - disse ele. - Mas sou bom quando se trata de negociar.
Eu ri.
- Sabe... - comecei. - Desde que te vi eu senti que você era especial. Mas isso... Isso foi incrível. Ninguém nunca fez algo assim por mim.
- Você é especial pra mim e é bom ouvir isso. Sempre vou fazer essas coisas pra você. Por você. Eu te amo, .
- Eu também te amo. - eu disse emocionada.
Logo em seguida paramos de dançar e ele segurou o meu rosto me beijando de forma lenta e apaixonada. O melhor beijo da minha vida. Ainda ficamos mais um tempo ali agarradinhos, dançando até que ele dispensou os músicos e nós subimos para o quarto. Lá nós nos preparamos para dormir e eu deitei abraçada a ele.
- Boa noite, . Eu te amo.
- Boa noite. Eu também te amo. Demais.
E nós adormecemos.
Dias depois...
's POV
Era sábado à tarde e estávamos eu e indo para a casa da minha mãe. Ah, meu Deus do céu! O que será que é o tal presente de casamento? Ela ligou no dia anterior dizendo para irmos até a casa dela buscar o presente. Como é a minha mãe, já avisei ao pra se preparar pra tudo. Andávamos de mãos dadas até a entrada da casa. Nem tive o pensamento de tocar a campainha e minha mãe já foi escancarando a porta.
- Ah, que bom que vieram! - disse ela me abraçando ou me estrangulando, o que vocês preferirem.
- É bom vê-la de novo, sogra! - disse e ela deu um abraço mais contido nele.
Entramos na casa e assim que entramos aparece César andando pela sala só de cueca. Ah! Meus olhos! MEUS OLHOS! ficou na minha frente notando meu olhar de espanto cobrindo minha visão. Ah, céus! Obrigada!
- César! - disse minha mãe. - Eu disse que hoje teríamos visitas! Trate de vestir uma roupa!
- Ah, mas assim eu fico mais confortável... - disse ele e eu reprimi a ânsia de vomito.
- Agora! - disse minha mãe.
Resmungando, César subiu as escadas para vestir uma roupa. ficou do meu lado e minha mãe virou-se para nós.
- Ah, me desculpem. César gosta de andar por aí só de cueca.
- Sério? Acredita que eu nem percebi? - eu disse sarcástica.
- Pelo menos vocês não vieram aqui nos dias em que ele anda por aí completamente...
- NÃO TERMINE ESSA FRASE!
- ...nu.
Na boa, eu vou matar a minha mãe! Eu e olhamos pra ela em choque.
- Tudo bem... Vamos ao que interessa. - disse . - E o nosso presente?
- Ah, claro! Vou buscar! Esperem aqui!
Ela saiu correndo na direção das escadas e quando nós fizemos menção de sentar...
- Espera! - eu disse nos impedindo de sentar.
- O quê?
- Sabe-se lá o que eles fizeram nesse sofá... - eu disse.
Um arrepio estranho percorreu o meu corpo e eu e fizemos cara de nojo. Não sentamos. Logo mamãe estava de volta com um sorriso estranho. Ela nos entregou um envelope. Eu abri e vi chocada que dentro tinham seis ingressos para um show de strip tease.
- Isso pra vocês repensarem sobre a relação de vocês e quem sabe num futuro próximo construir uma relação aberta... - disse ela. - E se vocês não forem... Eu vou saber.
Eu olhei pra ela com medo. Então tá né! Nos despedimos fomos embora. olhava de mim para o envelope na minha mão.
- O quê? - perguntei.
- Qual o problema da sua mãe?
- Eu não sei e, sinceramente, eu desisto de entendê-la.
Minutos depois, nós chegamos ao hotel. Eu chamei o povo pra meu quarto e quando todo mundo estava lá. Eu e contamos do presente e depois do choque geral todo mundo concordou em ir. Tá bom... Foi estranho.
Mais tarde...
Chegamos ao tal clube que estava no endereço dos ingressos. Entregamos os ingressos para os seguranças e entramos. E, meu Deus do céu... Que lugar é esse? Haviam três palcos bem divididos no grande espaço, em frente a ele tinham algumas cadeiras e pessoas sentadas esperando o show começar. Perto dos palcos havia um bar e atendentes seminuas atendendo as pessoas. A iluminação era fraca e as paredes eram vermelhas. Tudo bem... Minha mãe definitivamente não é normal!
Os caras ficaram parados olhando em volta com cara de tacho e eu, e resolvemos ir até o bar pegar algo pra beber. Se eu tenho que ficar aqui, então eu pretendo tomar algo e não me lembrar de nada no dia seguinte! Chegamos ao bar e um cara estava lá.
- O que vão querer, moças? - perguntou ele olhando demais pra nós.
- O que você nos recomenda? - perguntei.
- Bem, tem uma bebida que tem feito muito sucesso ultimamente. As mulheres adoram. Se chama Arrasa Quarteirão.
Eu olhei pra elas e elas me olharam de volta.
- E então? - perguntei.
- Ah, quer saber? Hoje eu quero que tudo se exploda! Me vê uma dessa Arrasa Quarteirão! - disse .
- Eu também quero uma! - disse .
- Eu também quero! - eu disse.
Ele rapidamente preparou as três bebidas e nos entregou. Eu peguei a minha e bebi um gole. Hum, era bom! Era muito bom! Quando percebi já tinha tomado tudo.
- Eu quero mais uma! - eu disse animada.
- Eu também! - disseram e juntas.
Minutos depois...
Já devia estar no meu décimo quinto copo de bebida e já sentia tudo rodar. Sabia que o show já tinha começado. Sabia que os garotos estavam em algum lugar... Mas minha mente estava lerda demais pra acompanhar os acontecimentos. e estava abraçadas cantando uma música da Madonna.
- Don't play the stupid game, cause I'm different kind of girl…* - Elas cantaram juntas.
Não jogue esse joguinho bobo, porque eu sou uma garota diferente*.
- Every record sounds the same, you've got to step into my world!** - cantei.
Todas as músicas parecem as mesmas, você tem que entrar no meu mundo!**
Então começamos a cantar ou berrar a música juntas e chamamos a atenção de algumas pessoas que estavam por ali. Eu puxei as meninas para o palco vazio perto de nós e quando estávamos ali em cima começamos a cantar a dançar recebendo vários aplausos. Ah, como eu tô bandida!
’s POV
Já fazia um tempo que as meninas haviam sumido. Ficamos num bar perto de um dos palcos bebendo cerveja e observando o show de strip tease começar. Quando de repente uma aglomeração estranha num palco vazio chamou minha atenção. Eu olhei atentamente e... Não! Não pode ser!
- Cara, cadê as garotas? - disse .
- Acho que eu encontrei... - eu disse apontando para o palco.
- Ah, meu Deus... - disseram e juntos.
, e estavam em cima de um palco dançando e cantando uma música da Madonna. Nós fomos até lá quase correndo e paramos perto do palco observando a "performance" delas. , quando me viu, abriu um sorriso safado e começou a dançar de forma diferente. Ah, meu Deus! O que foi que ela bebeu? O que foi que as três beberam? Quando terminaram de dançar foram aplaudidas por todos ali e desceram do palco vindo à nossa direção.
- Será que eu posso...
- Pode sim! - disse me cortando, me agarrando e me beijando.
Como eu não tinha outra opção, aproveitei o beijo, né! Quando ela me largou, eu dei um passo pra trás meio tonto. A boca dela tinha um gosto diferente de bebida de frutas e álcool. Quando eu olhei para os lados, os outros haviam sumido. Socorro!
’s POV
- ! Meu amooor... - disse vindo até mim e me puxando pra perto dela me dando um beijo.
- ... - eu disse depois do beijo. - Tá tudo bem?
- Tudo ótimo! Melhor impossível! - disse ela sorrindo.
- Tem certeza? - perguntei.
- Tenho! - disse ela me puxando. - Vem vamos no bar! Eu quero mais um Arrasa Quarteirão!
- Você quer mais um o quê?
’s POV
Eu nem tive tempo de falar com , porque ela logo me puxou pra um canto e me beijou. Tá legal, o que fizeram com a minha namorada? Quando ela me soltou eu olhei pra ela chocado. Ela me olhava de um jeito estranho.
- Tá legal, o que foi que você bebeu? - perguntei.
- Ah nada demais... - disse ela começando a beijar meu pescoço.
Fica difícil pensar assim!
- ... - eu disse. - Vamos procurar os outros...
- Ah, por quê? Tá tão bom aqui...
- Eu sei, mas é melhor irmos procurar os outros. Aí depois eu faço o que você quiser.
- O que eu quiser? - disse ela com os olhos brilhando.
- É. O que você quiser.
- Ótimo! Então vamos! - disse ela me puxando pelo clube.
Céus! O que deu nela?
’s POV
Eu e voltamos pro bar, onde encontramos com e . Logo e chegaram e ficamos por ali mesmo. Eu queria dançar, mas o não deixava. Nós pedimos mais daquela bebida que esqueci o nome e ficamos ali cantando que nem umas malucas enquanto , e tentavam nos conter. Quando de repente três moças (leia-se: putas) chegaram perto de onde estávamos.
- E aí, gatinho? - disse ela passando a mão pelo peito de . Essa vadia tá pedindo pra apanhar!
As outras duas fizeram o mesmo com e e eu vi a expressão de raiva da cara das meninas. Eu não devia estar diferente.
- Hey! - eu disse chamando a atenção da puta. - Eu sou invisível por acaso?
- E quem é você mesmo, meu bem?
- Eu sou a esposa dele! - disse mostrando a aliança pra ela.
- Tudo bem. - disse ela me ignorando e começando a chegar mais perto de . - Eu não sou ciumenta...
Ah, mas ela vai apanhar! Peguei ela pelos cabelos e saí puxando o ser para fora do clube. Vi e fizeram o mesmo. Quando estávamos do lado de fora do clube, eu soltei ela.
- Eu vou te ensinar a não mexer com o que é meu! - eu disse e dei um soco na cara dela. Há toma essa vadia!
Ela soltou um grito estranho e veio na minha direção pra me bater, mas eu consegui ser mais rápida a acertar um golpe na barriga dela. Ela caiu no chão com as mãos na barriga e me xingou. Depois de mais golpes, senti uma mão me agarrando pela cintura e me puxando pra longe.
- Me solta! Eu vou acabar com ela! - eu gritei. - Ninguém mexe com o que é meu!
- Hey, calma! Sou eu. - ouvi a voz de e rapidamente relaxei. - É melhor irmos pra casa.
- Tudo bem. - eu disse. Estava começando a sentir dor de cabeça.
Vi puxando e puxando e logo nós todos estávamos indo pro hotel. Chegando lá, me ajudou a me preparar pra dormir e eu logo caí no sono.
No dia seguinte...
- Anda, gente! Ou vamos perder nosso voo. - eu disse apressando o pessoal.
Nós estávamos indo pro portão de embarque. Eu tava com uma dor de cabeça insuportável e sinceramente não queria lembrar o que aconteceu na noite passada. Nós corremos pra entrar no avião e quando estávamos dentro dele eu respirei aliviada. Casa, aí vamos nós!
Horas Depois...
Desembarcamos cansados, finalmente. No aeroporto nossos pais nos esperavam. Fomos até eles e os cumprimentamos. Meu pai me analisou daquele jeito militar irritante que ele tinha e notou a aliança no meu dedo.
- O que é isso no seu dedo? - disse ele pegando a minha mão e notando a aliança com certo horror.
- Er... Pai...
- Você se casou? - perguntou ele chocado.
- Casei. - falei num fio de voz.
- Com quem?
- Comigo. - disse aparecendo no meu lado.
- Como é que é? - disseram o meu pai e os pais de .
- Melhor conversarmos sobre isso em casa. - eu disse rapidamente.
No momento seguinte, eu e nos despedimos do povo.
- Boa sorte. - sussurrou pra mim.
Eu agradeci rapidamente e logo eu, , os pais de e o meu pai fomos para a minha casa.
Minutos depois...
- Eu não acredito nisso! - disse o meu pai. - Como foram se casar?
- Se casando? - eu disse. Ele me olhou de forma raivosa e eu me calei.
- Pois é... - disse o Sr. (pai do ) - Pelo visto não podemos fazer nada. Eles estão casados e nós temos que aceitar isso.
- Tem razão. - concordou o meu pai. - Mas se estão casados não podem morar separados.
- Vamos ter que resolver isso. - disse a mãe de .
- Vamos até o meu escritório. - disse o meu pai.
Os três foram para o escritório e nós ficamos sozinhos na sala. Eu estava nervosa. O que eles vão fazer? notou meu nervosismo e segurou a minha mão.
- Fica tranquila. Vai dar tudo certo.
- Ok. - eu disse deitando a minha cabeça no ombro dele.
Minutos depois, nossos pais saem do escritório e vem falar conosco. Eu levantei a cabeça e prestei atenção.
- Depois de conversar chegamos a um acordo. - disse o Sr. .
- Que fique claro o que vamos dizer porque não vamos repetir. - disse o meu pai delicado como sempre. - Nós vamos dar uma casa a vocês.
- Como é que é? - dissemos eu e juntos.
- Já que estão casados, vão ter que morar juntos. - disse a mãe de .
- Mas podemos trabalhar e estudar ao mesmo tempo! E ainda tem dois anos até a gente se formar! - eu disse.
- Durante o tempo que estiverem estudando, nós vamos pagar as contas da casa. Mas depois vocês vão ter que arcar com as despesas! - disse o pai de .
- Tudo bem. - dissemos eu e juntos.
- E qualquer coisa, podem voltar pra casa quando quiserem. - disse a mãe de .
- Aqui está o endereço. A casa já está mobiliada e pronta pra recebê-los. - disse o pai de nos entregando um papel.
Eu olhei para o meu pai e pude perceber que por baixo da expressão de "não estou gostando nada disso" tinha outra que dizia "estou orgulhoso, apesar das circunstâncias". Eu o conhecia muito bem. E naquele mesmo dia nós nos mudamos para a nova casa, digo mansão. explicou que os pais haviam comprado aquela casa para casos de emergência. E agora ela era nossa! Uhul! Depois de fazer a mudança e de nos instalarmos devidamente, fomos para o quarto e dormimos.
No dia seguinte...
Eu e chegamos na escola e fomos falar com o povo. Depois de contar o que aconteceu e todos ficarem surpresos com o resultado, nós fomos para a aula. Algumas aulas chatas depois, nós fomos pra casa. Chegando lá, eu e nos jogamos nos sofás cansados. Estava um dia quente e não tinha nada pra fazer. Até eu me lembrar que a nova casa tinha piscina.
- ! - chamei.
- Que é?
- Nossa casa tem piscina, baby! - eu disse animada.
Os olhos de brilharam de expectativa.
- Chamar o povo pra uma tarde na piscina?
- Demorou! - eu disse.
Liguei para o pessoal, passei o endereço pra eles e fui trocar de roupa. Coloquei um biquíni azul (o único que eu tinha) e uma roupa leve por cima. Logo ouvi a campainha tocar. Fui atender e vi todos ali.
- Sejam todos bem vindos a minha humilde residência! - eu disse dando passagem pra eles entrarem.
- Humilde... Sei... - disse .
- Isso aqui é muito grande só pra vocês dois! - disse .
- Diga isso aos pais de ! - eu disse.
- Ouvi meu nome! - disse aparecendo de repente.
- A casa é muito bonita. - disse e concordou.
- Vamos pra piscina então? - perguntei.
- Vamos! - disseram todos juntos.
Chegando na piscina, paramos perto dela. Olhei para os meninos que olhavam uns para os outros com cara de quem ia aprontar. Ah, meu Deus. O que esses malucos vão fazer? No momento seguinte me pega no colo, pega no colo também, e pega . Os três correm na direção da piscina com a gente gritando e se jogam com tudo na água gelada. Quando eu voltei a superfície eu joguei água na cara de e saí nadando pra longe. Ele logo veio atrás de mim.
Por onde eu passava, jogava água nas pessoas e logo todos estávamos em uma guerrinha. De repente sinto alguém me agarrando por trás e me puxando pra baixo. Quando voltei pra superfície vi rindo e nadando pra longe.
- Não adianta correr, ou melhor, nadar ! Eu vou te pegar! - eu disse nadando atrás dele.
Ficamos brincando assim pelo resto do dia até eles irem embora para suas casas. Eu e passamos uma parte da noite vendo um filme até pegarmos no sono. No dia seguinte nos reunimos na minha casa de novo para fazer o trabalho de história sobre os Maias. E na quarta nós o apresentamos para a turma e tudo correu bem. Era nossa última semana de aula. Quando eu e chegamos em casa ficamos sem nada pra fazer. Nós almoçamos e depois ficamos no tédio.
- Que tédio... - comentei.
- Realmente. - concordou . – Hey, eu tive uma ideia!
- Diga.
- E se chamássemos o pessoal pra morar aqui?
- É, seria uma boa! - concordei. - Pelo menos ficaríamos no tédio todos juntos.
- Nem pelo tédio, é que nós acharíamos algo pra fazer.
- Então está bom.
- Vamos chamar o povo pra nos encontrar no Central Park e aí falamos.
- Ok.
Depois de ligar pro pessoal, eu e fomos para o Central Park. Quando chegamos lá, todos já estavam esperando. Depois de dizer ‘hey’ pra todo mundo, eu comecei a falar.
- Pedimos que viessem pra cá hoje porque temos algo a dizer.
- Ah, meu Deus... Lá vem. - disse .
- Sabem, hoje eu e estávamos no tédio em casa e ele teve uma ideia brilhante. - eu disse e olhei pra ele que nos olhava com um ar superior que queria dizer "eu sou um gênio!"
- E que ideia seria essa? - perguntou o .
- De todos nós irmos morar juntos! - disse e todos olharam pra gente como se fôssemos ETs.
- Morar todos juntos na mesma casa? - disse .
- É. A casa é muito grande e tem quarto pra todo mundo. Sinceramente, aquilo lá é um tédio a tarde. - eu disse.
- Eu topo! - disse .
- Eu também! - disse .
- Tô dentro! - disse animada.
- Por que não? - disse .
- Beleza! Agora só temos que convencer nossos pais. - disse .
Naquele momento todos nos entreolhamos.
- Vamos resolver isso de uma vez então! - disse .
Então partimos para a contar aos pais deles. Primeiro passamos na casa de . A mãe dela concordou desde que não fizéssemos nada ilegal. Ela pegou suas coisas e a ajudou a levar tudo pra nossa casa enquanto eu, , e íamos para a casa de que era na mesma rua da casa da . Falamos com a mãe da e ela também concordou dizendo que a filha precisa dessa experiência de morar sozinha e ser independente para poder crescer na vida.
Pegamos as coisas de dela e a ajudou a levar tudo pra nossa casa enquanto encontrávamos com e . Fomos para a casa do e os pais dele também deixaram alegando a mesma coisa que a mãe de . Pegamos as coisas dele e o ajudou a levá-las pra nossa casa. Nesse momento e encontraram conosco e fomos para a casa do . Depois de falar com os pais dele e deles deixarem nós pegamos as coisas dele e fomos para nossa casa.
Quando chegamos lá, o povo foi se instalar nos quartos. ficou no mesmo quarto que e no mesmo quarto que . Ajudamos eles a guardar as coisas e depois descemos para fazer um lanche na cozinha.
’s POV
Depois que voltamos da viagem de Las Vegas, a contou ao pai sobre o casamento e agora está morando com numa mansão pra lá de grande. É tão grande quanto a minha. Apresentamos nosso trabalho na quarta da última semana de aula e correu tudo bem. E na quarta mesmo acabou que eu, , e fomos morar com e . A quinta e a sexta foram normais e tudo mais e depois das aulas os garotos foram ter uma tarde só pra eles. Coisas de homens.
Eu e as meninas fomos pra casa e nos reunimos no meu quarto porque eu queria falar com elas.
- Gente, vocês não sabem o que aconteceu. - eu disse.
- O quê? - perguntaram as duas.
Então eu contei pra elas da declaração que o fez pra mim quando ainda estávamos em Las Vegas. me contou que também fez algo pra ela e contou que ela e saíram juntos para caminhar e o que aconteceu depois.
- Awn, o foi um fofo. - comentou .
- Foi mesmo! - concordou.
- Eu fiz uma música pra ele e queria a opinião de vocês. - eu disse passando o papel com a letra pra elas.
Elas leram a letra e depois olharam pra mim com um sorriso.
- Nossa, ... Ficou lindo! - disse .
- Ficou mesmo! - concordou .
- Quando pretende cantar pra ele?
- Hoje ainda. - eu disse.
- Então vamos arrumar a sala de música! - disse nos puxando pra fora do quarto. Sim tínhamos uma sala de música.
Quando chegamos lá arrumamos tudo e eu fiz um ensaio rápido. Minutos depois os garotos chegaram. e saíram da sala de música para busca-los e de repente eu fiquei nervosa. Meu Deus, eu vou cantar! Pro ! E se ele não gostar? Eu me dei um tapa mentalmente. Ele vai gostar sim. Nada de pensamentos negativos. Logo eles entraram e olharam pra mim sem entender. Eu sorri e logo a melodia começou a tocar.
I like your smile
Eu gosto do seu sorriso I like your vibe
Eu gosto da sua vibe I like your style
Eu gosto do seu estilo But that's not why I love you
Mas não é por isso que eu te amo
Eu comecei a cantar olhando diretamente para o . Abri um sorriso pra ele e continuei.
And I, I like the way
E eu, eu gosto do jeito You're such a star
Que você é uma estrela But that's not why I love you
Mas não é por isso que eu te amo Hey
Hey Do you feel, do you feel me?
Você sente, você me sente? Do you feel what I feel, too?
Você sente o que sinto, também? Do you need, do you need me?
Você precisa, precisa de mim? Do you need me?
Você precisa de mim?
Quando veio o refrão eu cantei com mais vontade, dando intensidade a cada palavra e sorrindo ao ver os olhos do brilhando pra mim. Só pra mim.
You're so beautiful
Você é tão lindo But that's not why I love you
Mas não é por isso que eu te amo I'm not sure you know
E eu não tenho certeza se você sabe That the reason I love you is you
Mas a razão pelo qual te amo, é que você Being you
É você Just you
Só você Yeah the reason I love you is all that we've been through
Sim, o motivo pelo qual te amo é tudo isso pelo que passamos And that's why I love you
E é por isso que eu te amo
Ele sorriu pra mim e eu me senti mais confiante quanto à música. Seus olhos estavam carregados de emoção assim como provavelmente os meus também estavam.
I like the way you misbehave
Eu gosto do jeito que você se comporta mal When we get wasted
E quando nós ficamos cansados But that's not why I love you
Mas não é por isso que eu te amo And how you keep your cool
E como você mantém a calma When I am complicated
Quando eu complico as coisas But that's not why I love you
Mas não é por isso que eu te amo Hey
Hey Do you feel, do you feel me?
Você sente, você me sente? Do you feel what I feel, too?
Você sente o que sinto, também? Do you need, do you need me?
Você precisa, precisa de mim? Do you need me?
Você precisa de mim?
Olhei para as minhas amigas e vi chorando emocionada abraçada ao e abraçada ao com os olhos brilhando. Depois voltei minha atenção ao e cantei o restante.
You're so beautiful
Você é tão lindo But that's not why I love you
Mas não é por isso que eu te amo And I'm not sure you know
E eu não tenho certeza se você sabe That the reason I love you is you
Mas a razão pelo qual te amo, é que você Being you
É você Just you
Só você Yeah the reason I love you is all that we've been through
Sim, o motivo pelo qual te amo é tudo isso pelo que passamos And that's why I love you
E é por isso que eu te amo
Yeah - Oh.
Oh.
Even though we didn't make it through
Mesmo que nós não demos certo I am always here for you
Eu sempre estarei aqui por você You
Você You're so beautiful
Você é tão lindo But that's not why I love you
Mas não é por isso que eu te amo I'm not sure you know
E eu não tenho certeza se você sabe That the reason I love you is you
Mas a razão pelo qual te amo, é que você Being you
É você Just you
Só você Yeah the reason I love you is all that we've been through
Sim, o motivo pelo qual te amo é tudo isso pelo que passamos And that's why I love you
E é por isso que eu te amo La la
La la la la (oh oh)
La la
La la la la (That's why I love you)
La la la la (Por isso que eu te amo) La la
La la la la (oh oh)
La la
La la la la (That's why I love you)
La la la la (Por isso que eu te amo)
Quando terminei de cantar, todos aplaudiram e veio até mim e me beijou de forma apaixonada. Ao longe pude ouvir os aplausos aumentarem, mas não dei muita importância. Porque era só eu e e nada mais importava. Quando nos separamos todos me elogiaram pela música e passamos o resto do dia com tranquilidade.
Alguns dias depois...
Acordei com o sol no meu rosto. Ah, as férias! Olhei para o lado e ainda estava dormindo. Levantei com cuidado para não acordá-lo desci para a cozinha. Quando cheguei lá encontrei com , que tomava um achocolatado.
- Bom dia! - eu disse radiante.
- Bom dia! - disse ela da mesma forma.
- E aí, que tal hoje darmos uma atualizada na lista? - disse ela.
- Tudo bem. Vou buscar.
Subi novamente as escadas de volta ao quarto. Abri a porta devagar e ainda dormia. Peguei o papel e desci de novo para a cozinha onde me esperava.
- Vamos ver.
Antes do fim do mundo eu vou...
14º Mudar meu visual;
13º Fazer uma luta de comida;
12º Ver um eclipse total;
11º Fazer um piquenique em um dia de sol, comer tudo que eu gosto, ouvindo minhas músicas e no fim do dia tomar um banho de chuva pra lavar minha alma;
10ºBrincar na lama;
9ºFicar bêbada;
8º Praticar um racha; 7ºIr a Las Vegas;
6ºFicar acordada a noite inteira e ver o nascer do sol;
5ºNadar pelada no mar à noite e não ser pega; 4º Pular de paraquedas ou bangue jump;
3º Ter um jantar romântico;
2ºTer um namorado dos sonhos;
1ºAmar e ser amada na mesma intensidade;
- Bem - disse . - Faltam três coisas pra fazer. E você sabe que dia é hoje?
- Oh... Hoje é 19 de dezembro!
- Pois é. Temos hoje e amanhã pra fazer essas três coisas.
- E se vamos fazer, será com estilo! - eu disse animada.
- Isso vai ser divertido!
terminou o café e eu tomei o meu logo depois. Ela olhou pra mim com aquele sorriso de que vai aprontar.
- Não acha que esse povo tá muito preguiçoso? - disse ela.
- Pois é. Da casa toda só nós duas acordamos.
- Pois então eu irei acordá-los! - disse ela.
foi para a sala e eu logo a segui curiosa com o que ela ia fazer. Ela ligou o rádio que tinha na sala na mesma hora que começava a tocar a música Gangnam Style do PSY. Ah, meu Deus! Ela aumentou o volume do rádio no máximo e começou a dançar e TENTAR cantar. Logo todo mundo acordou e veio pra sala ver a cena cômica que era dançando e cantando em coreano. Aí eu me juntei a ela e logo todo mundo tava dançando.
- EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEH SEXY LADY!! - ela gritou.
Todos começamos a fazer a dancinha do vídeo juntos e rindo demais. Aí todos começamos a dançar a cantar também e começou a fazer uns passos estranhos. Quando a música acabou, ficamos tristes.
- Relaxa, povo! O rádio tem Repeat! - disse animando todo mundo.
Ela colocou a música pra repetir e nós fomos pra cozinha. Aí fizemos tudo dançando. Fizemos o café dançando, comemos o café dançando e todo o resto. e competiam sobre quem cantava melhor. Enquanto cantava ela fazia umas caras estranhas e todo mundo acabava rindo. Ficamos assim durante um bom tempo até enjoar da música. Ah isso é tão bom! Almoçamos e depois nos jogamos no sofá.
- Gente, essa casa precisa de uma limpeza. - disse .
- Concordo. - disse .
- Bora limpar então? - disse .
- Vamos lá! - dissemos todos juntos levantando do sofá e pegando os produtos de limpeza.
Nós nos dividimos pra limpar a casa e começamos. Quando todo mundo tava limpando a sala eu vi a rebolando enquanto varria o chão com os fones de ouvido.
- Como uma Deusaaaaaaaaa! Você me mantééééééémm! - ela cantou.
Todos rimos e ela nem percebeu. foi até ela e tirou um dos fones de ouvido.
- Quer dizer que eu te mantenho como uma Deusa? - perguntou ele com um sorriso no rosto. corou.
- É só a música . - disse ela voltando a varrer dessa vez em silêncio.
Rimos mais uma vez.
Horas depois...
Eu estava cansada. Mas a casa estava brilhando! Eu, e estávamos jogados no sofá, na poltrona e e no chão.
- E ainda vamos sair. - disse .
- Vamos? - perguntou .
- Sim, vamos. Há coisa a serem feitas hoje. - eu disse.
Todos olharam pra mim com aquele sorriso de quem ia aprontar. Aprenderam com a só pode! Eu olhei as horas e já era quase seis da noite. Avisei o povo e nós levantamos rapidamente. Fomos para os quartos nos arrumar pra sair. Hoje vai ser uma noite interessante!
Minutos depois...
Todos estávamos prontos já arrumados na sala.
- Então, pra onde vamos? - perguntou .
- Vamos fazer algo interessante. - eu disse. - Sigam-me!
Fomos até a garagem e paramos em frente ao meu carro. Eu ganhei de presente quando fiz 16 anos, mas nunca cheguei a andar nele. Iriamos estreá-lo!
- Vamos estrear o seu carro? - perguntou animada.
- Vamos! - eu disse.
- Eu vou na frente! - disse .
- Ah... - reclamou. - Desculpe amor, mas ela foi mais rápida. - eu disse dando um selinho nele.
Todos entramos no carro e eu acelerei para fora da casa. Cheguei a um lugar muito conhecido a noite por ter jovens praticando rachas. E o custo era sempre alto. Chegamos lá e eu pedi pra competir. O cara que organizava deixou e apareceu um outro pra apostar comigo.
- Vai correr, gata? - perguntou ele.
- Vou. - eu disse.
- Quer apostar o quê? - perguntou ele.
- Se eu ganhar, quero o seu carro. - eu disse com um sorriso.
- Tudo bem. Mas se eu ganhar eu quero um beijo. - disse ele olhando pra mim.
- Apostado.
Eu ia vencer! Nós nos posicionamos e eu vi meus amigos e meu namorado torcendo por mim. Uma garota apareceu entre os dois carros e disse que quando ela balançasse o lenço que tinha na mão a gente acelerava. Liguei o motor do carro que rugiu em resposta. O cara ligou o carro dele e olhou pra mim. Eu olhei pra ele e ele me lançou um beijo no ar. Há, vai sonhando queridinho! A garota se preparou pra balançar o lenço e quando ela o fez eu acelerei com tudo.
No início eu tava ganhando. Mas ele conseguiu me passar na metade do trajeto. Eu rosnei e acelerei ainda mais o carro ultrapassando ele no último segundo. Quando saí do carro, todos gritaram e aplaudiram. Eu fui até o cara e estendi a mão pra ele que relutante me entregou as chaves do carro. Eu sorri pra ele e fui até os outros. Eles me parabenizaram pela vitória.
- , você vai dirigir o meu troféu. Mas tome cuidado! - eu disse entregando as chaves pra ela.
- Eba! Quem vem comigo? - disse ela.
- Eu! - disse indo com ela pro carro.
- Nem pensar que eu entro num carro com ela. - disse e todos concordamos.
Dirigimos até a praia. Olhei a hora já era bem tarde. Como sempre dizem: O tempo voa quando a gente se diverte, ou ganha carros em rachas. Chegamos lá e corremos para o mar enquanto tirávamos as roupas. Somente de lingerie eu corri pro mar e mergulhei. A sensação era ótima. Logo os outros vieram e nós ficamos brincando na água correndo pra lá e pra cá que nem uns retardados.
Um tempo depois cansamos e voltamos pra areia. Usei a minha blusa pra poder sentar e os outros fizeram o mesmo. Ficamos ali conversando por horas sobre tudo: o que gostamos, o que não gostamos, nossa infância e coisas que fazíamos quando éramos pequenos, sobre nossos desejos pra o futuro, caso o mundo não acabasse no dia seguinte. E muitas outras coisas. Depois começamos a cantar músicas conhecidas e antigas. Eu estava me divertindo tanto que nem vi a hora passar.
Foi então que eu percebi o céu clareando e olhei para o horizonte. Estava amanhecendo. A cena a minha frente era incrível! O sol aparecia no horizonte e subia lentamente clareando e esquentando tudo que seus raios alcançavam. Era lindo. Depois de um tempo eu fechei os olhos somente absorvendo a sensação maravilhosa que tomava conta de mim. Depois de o sol nascer por completo, nós recolhemos nossas coisas e juntos fomos embora pra casa. Quando chegamos, tomamos um banho e resolvemos descansar um pouco.
’s POV
Momentos Depois ...
Acordei depois de descansar um pouco e olhei para lado. dormia tranquilamente, com o braço na minha cintura. Eu sorri e me mexi pra levantar.
- Hum....Bom dia... - disse ele sonolento.
- Bom dia ! - eu disse.
Ele sentou na cama e coçou os olhos. E eu segui para o banheiro e lavei meu rosto. Peguei a toalha pra secar o rosto e de repente sinto alguém me empurrar com o quadril. Olhei para lado e vi sorrindo e pegando a escova de dente.
Escovamos os dentes lado a lado enquanto brincávamos um com o outro. Quando terminamos ele sorriu pra mim e me abraçou. Ah, como gostava deste abraço! Quando ele me soltou um pouco, vi que estava sorrindo. Eu não resisti aquele sorriso e o puxei pela nuca para um beijo.
Segurei nos cabelos macios dele e puxei de leve, fazendo-o gemer e me empurrar na direção da parede do banheiro. Quando estava ficando interessante, tudo fica escuro. para de me beijar e olha para os lados.
- A luz deve ter caído. - disse dando de ombros.
Ignorei também, afinal, é só a luz, não é como se o mundo estivesse acabando final não acabou até agora, por que acabaria justamente quando eu estivesse dando uns amassos com o ? Ignorando meu pensamentos, ele voltou a me beijar e me prensar contra a parede. Logo precisamos de ar e ele desceu os beijos para o meu pescoço. Foi quando ouvimos uma serie de barulhões estranhos do lado de fora da casa.
Olhei para ele que me olhou de volta com cara de: "O que foi isso?". Então saímos correndo do quarto para a sala, onde o caos estava espelhado. Todo mundo corria em círculos e gritava e os barulhos só aumentavam.
- AHHHHHHHHHHHHHHH! É O FIM DO MUNDO! EU SABIA QUE OS MAIAS NÃO IAM ERRAR! - eu gritei e comecei a correr em círculos como os outros. Eu ainda não acreditava que estava acontecendo mesmo o fim do mundo.
- ! - gritou e ela logo parou na frente dele.
- O quê?
- Se alguma coisa acontecer como começar a cair meteoros do espaço ou um ataque zumbi começar, eu quero que saiba que EU TE AMO!
- EU TE AMO também, ! - disse ela o abraçando - MUITO!
E então eles deram o último beijo. Olhei para o lado e e estavam fazendo a mesma coisa.
- ! - chamou minha atenção.
- O quê?
- Eu te amo! - disse ele e foi como se o mundo estivesse parado.
- O que você disse?
- EU TE AMO, PORRA! EU TE AMO DEMAIS!
- EU TAMBÉM TE AMO! - e então nos abraçamos e ficamos assim, afinal, pelo menos iriamos morrer juntos. Fechei os olhos com força esperando pelo fim, quando de repente...
Tudo ficou claro e silencioso. Mas hein? Abri os olhos lentamente e percebi que as luzes tinham voltado. Olhei em volta e tudo estava normal. Nada de paredes caindo, meteoros, pandemônios ou mesmo ataques zumbis.
- Mas o que aconteceu nessa merda? - Perguntei sem entender nada.
Lentamente todos nos soltamos e, olhando em volta, percebemos que nada havia acontecido. Em um momento tenso como esse, recorrer ao único veiculo de comunicação mais próximo para nos auxiliar: a televisão! Peguei o controle e a liguei botando logo no primeiro canal de noticias que tinha. "E o blackout de momentos atrás, foi apenas um susto na população, planejado pelas empresas de eletricidades de todo o mundo. Eles acharam interessante a ideia de desligar o fornecimento de energia para dar um susto na população mundial por apenas 10 minutos..."
- EU NÃO ACREDITO! - gritamos todos juntos.
- Como esses desgraçados fazem isso com a gente? - perguntou indignada.
- Espera, tem mais. - disse. "...neste exato momento, varias empresas estão sendo processadas, pelo susto que causaram na população. O prejuízo destas empresas podem chegar a milhões de dólares..."
- Bem feito! - disse
- Bem feito mesmo! - todos concordamos.
- Eles não tinham do direito de fazer isso conosco!! - Eu disse
- Desgraçados! Me fizeram borrar de medo! - disse .
Todos olhamos para ele espantados.
- No sentido figurado, gente! - disse ele e todos nós ficamos aliviados.
- Ah, estamos vivos! - disse.
- ESTAMOS VIVOS! - gritamos juntos.
No momento seguinte logo entramos em um abraço grupal. Depois de nos soltamos, eu me lembrei do que estava fazendo quando essa merda toda começou.
- Cretinos! Malditos! Filhos de uma...
- ! - gritou - O que foi?
- É que antes dessa merda de estresse que acabamos de passar, eu e o estávamos fazendo coisas bem mais interessantes... - parei de falar quando percebi do que estava falando.
Todos olhavam para mim com cara de: "ela não disse isso."
- Coisas mais interessantes, hein?! - disse com um sorriso malicioso no rosto.
- Seus safadinhos! - também decidiu zoar um pouco com a minha cara.
Fiquei vermelha igual um pimentão. Olhei para em busca de apoio e o desgraçado fazia cara de paisagem.
- Mudando de assunto - disse , ele estava na janela - Venham ver isso.
Fomos todos para a janela e vimos que praticamente todo o telhado do nosso vizinho havia soltado e as telhas estavam todas no nosso jardim. Caramba! Como isso aconteceu?
- Isso explica aqueles barulhos estranhos que ouvimos. - disse.
Saímos da janela e fomos comemorar por estamos vivos, juntos e felizes. Sobrevivemos a mais um fim do mundo.
Anos depois...
- Alan!! Para de correr, moleque! - gritei.
No mesmo instante, Alan parou de correr e veio pra perto de mim.
- Um dia essa casa ainda vem abaixo com vocês dois. - disse rindo.
- Pare de rir! Ah! Alan é igualzinho a você ! - eu disse
- Claro! Ele é meu filho! Logico que tinha que me puxar em algo! - disse pegando Alan no colo.
Ah! Nem contei o que aconteceu depois do dia 21 de dezembro de 2012, vocês devem estar confusos. e eu continuamos juntos e casados. Fizemos faculdade juntos e aprontando todas sempre juntos. Agora todos nos somos bem sucedidos no que fazemos. se casou com se tornando finalmente, a Sr. e foi um casamento lindo digno de , ou seja, lindo e extravagante. e também se casaram, só que com uma cerimonia mais simples, mas também muito bonita. Eu e tivemos Alan, essa versão criança do dele, nosso filho, que estava com 10 anos agora.
- Vamos nos Atrasar! - disse
- Vamos logo então.
Entramos no carro e seguimos para a nossa antiga casa. Iriamos nos encontrar lá. Todos nós. De novo. Assim que chegamos, todos vieram nos cumprimentar. Abraçamo-nos e eu, e choramos, pois fazia tempo que não nos víamos assim, todos juntos pois cada um agora tinha sua família pra cuidar.
E logo vieram as crianças. Christian, era o filho de e e era uma gracinha por fora parecia a em uma versão masculina , tirando os olhos que eram do e a sua personalidade que era igualzinha o do pai. E logo veio a Anabelle, que era a filha do com a e ela era uma princesinha. Logo depois de cumprimentar os seus tios e tias as crianças saíram para brincar no jardim.
- Ai, meu deus, ! - eu disse passando a mão na barriga dela - Que barrigão mulher!
- Pois é! Estou grávida de novo! E desta vez a médica garantiu que é um menino.
- Quantos meses? - perguntou.
- Oito. Estou quase ganhando.
Aí todos nos começamos a conversar e brincar como nos velhos tempos. Ah, como isso era bom! Senti falta desses malucos. Mas o bom é que ainda somos amigos. Mesmo que com o passar dos anos, tenhamos mudado de casa e amadurecido. Sempre fomos e sempre seremos.