Antipatia

Fiction por: Marie | Betagem por Vanessa


Feriados com a família podem ser bem estressantes. Realmente estressantes. Esse foi o pensamento de enquanto entrava pela porta de seu tão amado apartamento, ela tirou as sandálias de salto alto, jogou no chão a sacola em que trazia todos os presentes de natal que ganhara da família e se jogou no sofá. Afundou a cabeça na maciez da almofada vermelha que descansava lá em cima. Oh, que dias de cão, pensou. Teve que aturar todos os abraços indesejáveis de suas tias, as brigas de seus primos birrentos que não conseguiam esperar a hora de abrir seus presentes, os tios bebendo e fumando como se não houvesse o amanhã e seus pais lhe perguntando como estava indo sua vida de mocinha independente. Ora essa! Todos sabiam que ela sempre preferiu seu pequeno espaço privado e solitário, por isso se mudou de uma casa com família para um apartamento próprio. Logo, ela teria seus próprios planos para o natal, mas teve que abrir mão de tudo por causa de sua família.
“Mãe, eu ainda preciso fazer uma limpeza antes do natal no meu apartamento!” Pensou na desculpa que deu para sair daquela agonia antes da meia-noite. Agora, às 22h16min, ela podia descansar em paz no seu querido sofá. Sem uma dezena de primos mimados para lhe encher a paciência. Era uma noite toda de natal só para ela, os biscoitos e o chocolate quente! Pensar nisso foi como receber uma injeção de entusiasmo.
Vagarosamente, ela levantou do sofá e caminhou saltitando para sua suíte. Estava louca para tirar aquela blusa decotada e saia tubinho; sentia-se ridícula, mas, para sua mãe, roupas como aquela pertenciam a uma dama da alta-sociedade. Entretanto, é descontraída, desastrada, antissocial, tímida, centrada em sua carreira de jornalista e mais uma porção de outras coisas. Exceto uma dama da alta-sociedade.
Enquanto ela se preparava para o banho, escutou barulhos estranhos do outro lado da parede. Pareciam, gemidos. Mas do apartamento ao lado. A expressão de alívio em seu rosto desmoronou. Certamente os barulhos emanavam do apartamento à esquerda do seu, o 210. Ela lembra que o complexo é habitado por um homem, e que vez outra é acordada por mulheres gritando que ele era um canalha. Eles já se cruzaram duas ou três vezes enquanto dividiam o elevador, chegavam a se cumprimentar, mas nunca foram apresentados. só sabia que o cara era barulhento. Lembra-se de ter arranjados vários problemas com o síndico do prédio por culpa do tal garanhão.
Ela jogou água no rosto, esfregando com a ponta dos dedos para retirar o excesso de maquiagem que jazia ali. Talvez essa visita à casa dos pais tenha deixado-a louca. Resolveu reclamar com o síndico sobre o barulho do vizinho quando os gemidos ficaram mais altos. Que tipo de falta de vergonha era aquela? Que horror.
— Senhor? — Ela chamou o síndico do prédio, que estava fazendo anotações sobre problemas hidráulicos de alguns apartamentos. Ele era um velhinho que lhe lembrava seu avô, usava roupas a rigor e era extremamente educado e amável.
, querida! Como foi de viagem? Aproveitou bem o natal com sua família? — Tirou os olhos do bloquinho de anotações e falou docemente com a menina.
, me trate pelo sobrenome, é uma questão de princípios! — Ele torceu a boca, concordando com ela. — Na verdade, foi horrível. Bebidas e muito álcool por todo lado. Foi quase que insuportável. — Disse, dando de ombros.
— Srta. , sinceramente — lançou-lhe um olhar significativo —, não acha que quem tem problemas de convivência é você? — Cruzou os braços e olhou-a.
É claro que não, que ideia! Ela podia até não ser tão sociável, mas a sua família era realmente insuportável e gostavam de dividir até os momentos de privacidade. Um horror! Ela não tinha culpa se prezava sua privacidade.
— Sinceramente, isso não é muito atrevimento de sua parte? Eu só vim reclamar do meu vizinho do 201 que está infligindo a lei de silêncio do prédio. Eu peço para que você dê um jeito nessa situação o quanto antes! — Falou, sem paciência.
— Sem exagero, Srta. . Hoje é natal! — O velhinho, não tão simpático, respondeu, enquanto voltava sua atenção ao bloquinho de anotações. Ignorou a cara de indignada da menina. — Se não gosta de se divertir no natal, deixe que os outros aproveitem. — Completou.
Oh, aquela foi a gota d‘água.
— Você chama aquela falta de vergonha de diversão natalina? Bom, eu não. E acredito que as leis não aproveitam o natal, não é mesmo? — Resmungou. Aqui jaz sua falta de paciência.
— Não vejo o motivo de tamanha importância nessa reclamação. — Afirmou. — Minha querida, posso lhe dar um conselho de alguém com anos de experiência? Deveria deixar de ser tão antipática e de ter atos tão egoístas. É por essa razão que se encontra sozinha no natal, sem família ou amigos. Se continuar assim, vai acabar ficando para titia e tenho certeza que não é isso que desejas.
Ela deveria estar em uma situação muito lamentável para ter que ouvir isso. Muito lamentável mesmo.
— Obrigada pelo conselho não solicitado. — Foi a única coisa que disse. Nem concordou, nem discordou. Só saiu marchando rumo ao seu apartamento, sem olhar para trás.
sentia uma gota de suor frio escorrer do seu pescoço até seu decote. Aquela roupa já estava lhe deixando à flor da pele. Depois de entrar no apartamento, batendo com força a porta, seguiu pela segunda vez à direção do banheiro. De banho tomado, ela vestiu um pijama de calças compridas e blusa de mangas também compridas, tudo na cor vermelha. Secou seu cabelo, lembrava que a mãe sempre lhe dizia que dormir com o cabelo molhado fazia mal para sua saúde, resolveu ficar descalça mesmo e pronto! Estava pronta para sua noite solitária de natal.
Foi à cozinha, pegou uma lata de biscoitos com gotas de chocolate e fez uma xícara de chocolate quente com chantilly. Levou tudo para a sala, sentou abaixo de sua árvore de natal e puxou a sacola de presentes consigo. Abriu um por um, caixa por caixa. Ganhou de sua bisavó uma colcha de cama cheia de corações coloridos, de seus tios um pijama decotado que guardaria no fundo de sua gaveta e ali morreria e um livro novo de seus pais. Espera, um livro? Pegou o objeto com cuidado, como se fosse frágil e extremamente quebrável, aproximou do rosto e começou a sentir aquela fragrância tão experimentada e agradável de livros novos.
Pegou um biscoito da lata e quando ia saboreá-lo, ouviu alguém chamando no interfone. Ignorou, seu biscoito parecia interessante. Mas a pessoa lá fora começou a bater na porta como um selvagem, e ela, vendo que não conseguia nem escutar seus próprios pensamentos, levantou-se para atender o tal brutamontes. Jogou com força dentro da sacola todos os embrulhos coloridos, laços dourados e os presentes, empurrou-a com os pés para trás da árvore de natal.
ficou abismada diante da figura mais máscula e, ao mesmo tempo, angelical que já viu na vida. Sim, senhor. Ele sorriu-lhe da forma mais maravilhosa que podia e ela se concentrou na própria baba. Era seu vizinho. Senhor! Como ela não havia reparado tamanha beleza quando cruzou com ele algumas vezes? Talvez estivesse preocupada demais em ser antipática com os outros.
— Olá! Eu queria saber se a minha bela e solidária vizinha da porta ao lado da minha, duh — bateu com a mão na própria testa, percebendo sua observação desnecessária. —, poderia oferecer uma xícara de açúcar para adoçar a vida de um pobre e honesto músico? — Ele perguntou, enquanto sacudia uma xícara no ar.
só percebia que ele estava de pijamas, calça de flanela e moletom vermelho. Assim como ela, ele estava descalço. Quem era aquele cara?
— Anh? — indagou a garota, despertando de seus próprios pensamentos.
— Xícara. Açúcar. Garota da porta ao lado. — Agitou a xícara novamente ao ar para chamar a atenção da menina.
“Garota da porta ao lado, ele disse”, pensou. Então, obviamente, o tal garoto sedução era seu vizinho ninfomaníaco barulhento! Ela não sabia o porquê, mas sentiu náuseas só de imaginar tal situação. Ela precisava contornar a situação e tirar aquela cara de tacho.
— Ah, desculpe. — Ela o conhecia há pouco tempo, mas sentiu a necessidade de convidá-lo para entrar. E oferecer-lhe uma xícara de açúcar não parecia má ideia. Ou talvez, estivesse sendo oferecida demais. Ela não era assim e não queria passar essa imagem para ele. Abaixou o olhar para o chão, estava se sentindo estúpida. — Você não quer... É, já entrou.
Seu vizinho de sorriso ofuscante estava em sua sala admirando despreocupadamente a árvore de natal que ela mesma havia ornamentado com bolas, laços, neve artificial, estrelas, etc. Se ele fosse um ninfomaníaco – se você levar em consideração a altura de todos aqueles gemidos, vai chegar nessa conclusão – ou um traficante de órgãos, agora ela estaria com sérios problemas.
— Então, amada, você tem a xícara de açúcar para me oferecer ou está fazendo uma de difícil? — Ele falou, olhando-a com aquele sorriso cafajeste e voz rouca.
— Desculpe, mas "amada"? — Ela questionou, tentando ignorá-lo. Tentativa falha.
— Não me lembro de você ter mencionado seu nome, amada. Por tanto, posso chamá-la como bem preferir. — Ela não ouviu aquelas palavras em tom educado. Mas ela foi educada. Ele era um estranho qualquer.
Ela foi delicadamente até a cozinha, olhando de ponta para ver se ele não a atacaria. Mas, nada. Talvez ele não fosse um maníaco, afinal. Entretanto ela não deveria abaixar a guarda para um possível traficante de órgãos. Colocou açúcar na xícara que lhe foi oferecida. Guardou tudo no seu devido local. Andou em passos arrastados à sala de estar, mas não gostou do que encontrou.
O estranho desconhecido estava sentado no chão, tomado do seu chocolate, comendo dos seus biscoitos e assistindo a sua televisão. Ela parou apenas para pensar em quanto ele era folgado. Que atrevimento.
— Com licença, mas posso saber quem lhe deu permissão para comer da minha comida? — Ela tentou não ser ignorante, apenas tentou.
— Você não me ofereceu e eu estava faminto! — Exclamou inquieto.
— Eu já estou lhe oferecendo a xícara de açúcar, por favor — resmungou — Ok. Ok. Eu não nego comida para ninguém. — Falou friamente.
— Aliás, sou . . — Apresentou-se. — E já que você não nega comida... Gostaria de pedir mais uma xícara de chocolate.
Sou mesmo ridícula, pensou .

[...]


fez duas xícaras de chocolate e resolveu ficar em paz com . Todos do prédio a odiavam mesmo, talvez devesse tentar fazer um amigo. Ela não queria admitir, mas não sentia vontade de passar o natal solitária. Sentou-se ao seu lado no chão e entregou-lhe sua xícara, os biscoitos já tinham sidos devorados. Por alguns momentos ela não deu importância ao fato de estar de pijamas na frente de um alguém como . Qual o problema de ser uma garota de pijamas nada atraente? Mas estava enganada. Ela era atraente, e muito.
— E então... Não vai me dizer seu nome? — perguntou enquanto fingia, sim, fingia, prestar atenção à televisão.
— Não aja como se eu estivesse aceitando agradavelmente a sua presença aqui... — Disse, em tom de ameaça.
— Achei que o mínimo que você pudesse fazer era me deixar ficar aqui, já que graças à sua denúncia ao síndico do prédio, eu perdi minha companhia para o natal. E eu não gosto de passar o natal sozinho. Vim do meu apartamento para cá porque você também me pareceu bem sozinha. Não sei. Sou uma alma solitária. Deixe-me ficar até meia-noite, depois eu saio e nunca mais precisará me suportar!
— Não foi o que aqueles gemidos abafados queriam revelar, eles eram altíssimos e incômodos. — Ele se surpreendeu.
—Imaginar uma moça sozinha em seu apartamento me ouvindo gemer... Isso é excitante. — Seu rosto era preenchido com um sorriso de total malícia. Ela revirou os olhos. — Você está certa, deve ser uma situação incômoda. Estava na companhia de uma garota, nos conhecemos faz algum tempo. Eu me apaixonei, ela não. Fizemos sexo, ela pediu dinheiro, eu lhe dei e só isso.
— Então, uma prostituta? — Bebericou sua xícara de chocolate.
— Achei que ela fosse bem mais que isso, na verdade. — Ele riu, frio. se sentiu um pouco ruim por tê-lo julgado tão mal. — Sabe, eu escuto muitas coisas pelos corredores desse prédio sobre você.
— Oh, eu até posso imaginar! Coisas do tipo: Ela é arrogante e antipática, mantenham distância. — Deu um sorriso melancólico.
— Não sei se te alegra saber, mas você é a vizinha menos bizarra que já tive. — Ela riu. — Sério, minhas outras vizinhas eram lunáticas.
riu fraco, ele passou tão pouco tempo com ela, mas já sabia tanto. Talvez ela não fosse uma garota tão misteriosa, não guardava mistérios.
— Sei que você teve antipatia à primeira vista por mim. Você não é a pessoa desagradável que aparenta ser. Não que você não tenha uma boa aparência, nada a ver. Deve saber que é uma garota muito bonita e atraente. — Ela ruborizou. — Sua timidez excessiva seguida de isolamento me leva a acreditar que você tem insegurança ou se sente inferior ao conversar com outra pessoa. E isso gera certa arrogância ou antipatia gratuita para com outra pessoa, no caso em questão: Eu.
Sim... era completamente diferente das outras mulheres com quem se relacionava: tímida, transparecia inteligência, temperamento difícil, insegura, indecisa. Podia até não ser a mulher mais bonita que já viu na vida, mas era definitivamente a mais interessante. O engraçado é que só estava atrás de uma companhia, alguém para dividir uma noite mágica. E se tornou a pessoa com quem dividira uma xícara de chocolate com biscoitos. Esse natal reservou mais surpresas do que ele imaginava.
Ela não sabia mais como agir na frente dele. E agora? Eles estavam sozinhos... Ela não se lembra da última vez que gostou tanto de dividir seu espaço e suas coisas com alguém. Seus pensamentos estavam em uma linha de turbulência. À beira de um colapso. Era impossível não pensar em . Impossível. Como ele ousava chegar assim, sem o quê ou pra quê e acabar roubando seus minutos de tranquilidade e sua noite solitária? E o pior: ela gostou disso. Ele não sabia sequer o seu nome! Como poderia?!
Ela se ajeitou, colocou a xícara vazia no chão, constrangida. E olhou para qualquer coisa que não fosse o sorriso agora tímido de seu estúpido vizinho. — Sou , . — Foi tudo que disse.
— Escuta, , eu...
— Por favor – ela o interrompeu. — Não me chame de . Eu gosto de ser tratada pelo meu nome ou até sobrenome, se quiser algo mais formal, mas não gosto de apelidos ou pseudônimos. — Na verdade, ela só não queria que ele lhe entendesse de outra forma.
— Sem problemas. Agora, escuta, amada — voltou a se dirigir a ela pelo apelido fofo — Eu estou com fome e entediado. O que acha de um filme natalino com pipoca? — Ele pegou as duas xícaras e as colocou sobre a mesinha de centro da sala.
— Acho que você deveria pensar, se pudesse, no quão folgado és, ! — Ela riu. Ele também. — Age como se morasse aqui, oras!
—Irei pensar nisso enquanto espero você faz nossa pipoca. Vou escolher um filme, olha só quanto auxílio. — Como ele poderia ser tão divertido com ela às vezes?
— Até por que mexer em um controle de televisão deve requerer muito de sua inteligência, não é?! — E dizendo isso, dirigiu-se novamente até a cozinha.
— Rudolph, a rena do nariz vermelho; Expresso Polar; Um Natal Muito, Muito Louco; O Grinch; Esqueceram de Mim. Hmmm, não sei. Amada, que filme nós podemos assistir? — ouviu perguntando.
Ela sentiu calafrios no estômago assim que escutou a palavra “nós” ser mencionada. Oh, céus! Que vergonha.
— Não sei... — Suspirou enquanto colocava a pipoca dentro de um recipiente adequado. Tudo parecia confusamente errado em sua cabeça. Seu coração palpitava mais forte, ela pensou no pijama que ele usava.
— O que aconteceu? — Ele perguntou em um fio de voz, pela súbita mudança de humor. A voz de parecia mais melancólica. — Ah, vai, amada. Escolhe um filme! — Falou com o máximo de entusiasmo que conseguiu.
— Esqueceram de Mim, ele é meio que o excluído da família. Passa o natal quase que solitário, você deve saber o porquê de ser meu filme favorito. — Ironizou; entendeu de imediato o que ela quis insinuar com aquilo.
— Como você é antipática! — Comentou.
Os dois ficaram ali mesmo deitados no chão assistindo ao filme. Vez ou outra olhava para quando ela não estava prestando atenção. E fazia o mesmo quando não estava prestando atenção. E assim eles passaram quase que vinte minutos de filme, até que...
— ele chamou, tinha o tom de voz surpreso. — já se passa da meia-noite! O que significa? — Ela o olhou, exasperada.
— É hora de você ir embora, há! — E riu.
— Engraçadinha! — Ele se levantou do tapete onde estava deitado e se colocou sobre , que estava deitada no mesmo tapete quase que ao seu lado. Ele ficou a encarando bem de perto por alguns segundos e então sua expressão se transformou num sorriso inclinado bastante perigoso. — Feliz natal. — murmurou.
, num tom pouco acima de um sussurro, falou: — Feliz natal!
deixou seu sorriso torto se transformar em sorriso de verdade e a garota sentiu suas bochechas ferverem. Eles estavam perto demais. Seus corpos estavam se moldando, como uma força de atração. — . — Ele murmurou, quando finalmente começou a fechar a distância e colocar seus lábios nos da garota. Ele plantou beijos macios nos lábios dela e então os dois começaram a entreabrir seus lábios para tentar algo melhor. Assim, eles iniciaram um beijo profundo e gentil. Ele deixou seus braços repousarem ao lado do corpo da garota. Ela sentia seu coração palpitando e seus dedos coçando para tocá-lo.
— Continua folgado! — Ela sussurrou, partindo o beijo. Quase como se estivesse reclamando para si mesma.
— Antipatia em pessoa. — Ele também reclamou para si mesmo e depois deixou seu corpo cair ao lado da menina sobre o tapete.
— Continua na minha casa, hein? — zoou. Ele riu e foi se levantando lentamente do tapete. — Não é pra ir embora, sabe? Deixo você ser folgado mais um instante. — Ela sussurrou, vencendo sua timidez.
— Está me pedindo para ficar, pessoa solitária? Oh, amada, sei que vai sentir minha falta e que terá sonhos extremamente quentes e maliciosos com minha pessoa, mas não se esqueça de que estamos a uma porta de distância. — Sorriu. Ele se levantou de uma vez e puxou-lhe consigo. Ele puxou a garota para um abraço e findou, colocando um beijo estalado no canto de sua boca. Depois, afastou-se sorrindo e disse: — Pode bater na minha porta sempre que quiser ter seus sonhos realizados.
— E sua xícara de açúcar, ? — Falou, tentando normalizar sua respiração.
— Pode ficar e fazer um bolo delicioso para adoçar sua vida, amada. — Respondeu irônico.
E se foi. Ela ficou um tempo olhando para a mobília e sentindo o silêncio pairar sobre o apartamento. Pela primeira vez na vida ela achou aquele silêncio incômodo e aquela solidão desnecessária.


Fim



Nota da Autora: Não acredito que isso teve um término. Sério, pode escrever continuação? Há! Olá, queridos leitores!Obrigada aos que suportaram, junto comigo, essa antipatia em pessoa que é a pp, rs. Corta pra mim no Fanfic Obsession, é meu primeiro projeto e achei um grande “nada demais”. Espero que seja o primeiro de alguns outros projetos também \o/ Enfim, eu gostaria de desejar-lhes um ótimo natal, atrasado, mas ainda assim ótimo. E feliz dia do vizinho, espero que aproveitem para ofertar uma xícara de açúcar para seus vizinhos, hein? Há. Gostaria de agradecer muitíssimo a minha querida Beta-Reader que é responsável por deixar a fanfic lindona assim como vocês leram e foi um verdadeiro doce com minha pessoa. Muitíssimo obrigada mesmo Van, todo o açúcar do mundo para você! Tem limite isso aqui? rs. Infinitos beijos, floquinhos! Se quiserem falar comigo, aqui o meu Ask! Até! Xx.

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