Behind Appearances
Fic by: Clara | Beta: Flávia C.

- De onde ele vem é só mais um garoto normal, mas aqui vocês o conhecem por protagonizar uma série que está levando milhares de jovens à loucura! Por favor, suba ao palco, !
- Oi, gente! – Ele subiu no palco cumprimentando o apresentador, dando um olá para a plateia e sentando do meu lado assim como Jeffrey acabara de fazer.
- Bem, temos aqui o triângulo amoroso mais amado da televisão, o que vocês acham disso?
- No começo, foi estranho, eu era só um ator tentando a vida em Holywood e fui chamado pra atuar junto com essa atriz incrível, que a é, e um cara com a carreira imensa como a do Jeffrey, mas é realmente muito bom. – respondeu sorrindo.
- Estamos cada vez mais unidos na vida real e é uma pena isso não acontecer na série também, mas eu não tenho culpa se ele está tentando tomar a minha garota. – Jeffrey disse olhando para mim.
- Eu não sou de ninguém, Jeff. – Disse com humor fazendo a plateia rir.
- Mas admita que você prefere o malvadão aqui. – disse sorrindo e a plateia gritou.
- Será que é só na série que vocês estão querendo a mesma garota? – O Caesar perguntou olhando para a plateia.
- Será, ? – Jeffrey disse num tom de falsa dúvida e deu de ombros sorrindo.
- Eu acho que não, hein? - Caesar falou para a plateia e riu exageradamente depois. – E sobre o seriado? Alguma novidade? Algum spoiler?
- Digamos que a minha personagem está começando a se questionar se é o Matt que ela realmente quer por que o recém-chegado está despertando algumas sensações nela.
- Olha! Eu desperto sensações. – disse e fez todos rirem.
- Com certeza, , não é, galera? -Caesar perguntou fazendo jovens da plateia gritarem. – Bem, vamos nos despedir agora desse lindo triângulo para seguirmos com o programa e vocês com o seriado, foi muito bom podermos conversar, espero que voltem mais vezes. – Ele disse apertando nossas mãos e se despedindo.
- Com certeza. – Jeffrey disse sorrindo, eu dei as mãos com eles, levantamos os braços e saímos sorrindo.

’s POV
- Até que enfim. – disse soltando as mãos da minha e do Jeff assim que saímos de cena. – Não aguentava mais aquele cara rindo alto... – Ela acendeu um cigarro.
- C-com licença, ma-as não pode fumar aqui... – Uma estagiária disse e a fuzilou.
- Não venha me dizer como eu devo agir, sua estagiáriazinha de merda. – Ela respondeu ríspida.
- Você não consegue ser menos grossa, garota? – Perguntei a olhando, como ela conseguia ser tão sem noção?
- Cale a boca, aspirante a ator, antes que eu detone a sua carreira e sua vida. Alguém pode me trazer uma garrafa d’água? – Ela falou alto e algumas pessoas começaram a circular depressa procurando por seu pedido.
- Como você aguenta isso há uma temporada inteira? – Falei baixo sem querer que ela ouvisse.
- Eu não sei. Eu tento ignorar. – Ele respondeu também baixo, eu ri e me sentei numa cadeira do lado dele.
- Ela é um pé no saco! Estou doido para acabar minha temporada no seriado e eu ir pra outro emprego, sabe, depois de passar por aqui vai ser muito mais fácil achar um papel bom em algum filme descente.
- Pois é, mas do jeito que as coisas estão... Acho que você não sai tão cedo.
- Não roga praga... – Disse.
- Os três! – Ouvi o codiretor falar para nós dois e que provavelmente ainda discutia com a garota. – Para o estúdio, agora!
Eu e Jeff reclamamos e fomos.
Xx
- PARAMOS POR AQUI HOJE! – Dave gritou e a equipe começou a desligar os aparelhos.
Fui para meu camarim, assim como Jeff e . Troquei de roupa, coloquei meu celular e minha carteira nos bolsos e fui para o estacionamento.
- Ainda aqui? – Jeff perguntou entrando no carro e eu ainda estava a caminho do meu.
- Pois é, é que você não sabe, mas esse estacionamento virou meu ponto.
- Vai rodar a bolsinha, ?
- Bem, eu tô precisando que alguém me dê uma bolsa pra eu poder rodar, mas a intenção é essa. – Disse e rimos.
- Chega de viadagem por hoje, , eu tenho mais o que fazer. – Ele disse rindo, deu tchau com a mão, eu devolvi o aceno e ele saiu.
Fui assoviando e rodando a chave entre os dedos até o carro e vi apoiada no carro.
- Ainda aqui? – Ela perguntou colocando a jaqueta preta por cima da blusa tomara que caia preta que já vestia com uma legin preta lisa e saltos finos.
- Vai ficar vigiando a minha vida, ?
- Enquanto estiver no meu seriado? Sim.
- E o que te faz pensar que o seriado é seu? O Jeff também está aqui desde que começou.
- Você falando “Jeff” o tempo todo soa bastante gay, sabia?
- Pois é, mas eu acho que ninguém duvida da minha orientação sexual.
- Eu duvido.
- Diz isso por que nunca te comi.
- Você sabe o que é isso?! – Ela disse com sarcasmo. – Olha o anjinho colocando as garras pra fora...
- Vá para a merda, .
- Estranho, você conversa tanto com o Jeff que eu já estava realmente pensando que você tinha uma quedinha por ele.
A olhei por um segundo e abaixei o olhar fechando os olhos.
- Te vejo amanhã, , ou nunca mais.
- Realmente, se você morrer hoje vai ser um favor.
- Cale a boca, já tenho que aguentar um dia inteiro contracenando com você.
- Vem calar, . – Disse abrindo os braços, saiu de perto do carro e me beijou.
Eu segurei sua cintura aprofundando o beijo e a sentindo me empurra logo depois.
- Não prefere entrar num carro, ?
- Não estou tão desesperado pra querer pegar você, .
- Então até a próxima, tenho uma festinha pra ir hoje.
- Quando você não tem, ?
- Ah, e já pode voltar a me chamar de , não gosto de como meu nome soa na sua voz.
- Problema seu, . Não me interessa do que você gosta.
- Vá para o inferno, .
- Primeiro as damas... Ou as vagabundas. – Disse com um sorriso de boca e recebi um tapa.
- Se não tivéssemos gravações amanhã eu arrebentaria a sua cara.
- Você sabe que não faria isso. – Disse e entrei no carro, dirigindo até em casa.
Quando cheguei, me livrei dos sapatos e da roupa e jogando na cama logo em seguida.
Xx
Dia seguinte: Dave gritando, produção correndo de um lado para o outro, Jeffrey sentado massageando as têmporas e eu na cadeira da maquiadora rodando de um lado para o outro.
- ALGUÉM LIGUE PRA ELA. – Dave disse entrando na sala dele e batendo a porta forte.
- Só cai na caixa postal. – A co-diretora disse baixo. – Quando a chegar vocês me avisem...
Passou uma hora, duas, passaram 9 horas e quando começaram a desmontar o cenário e as luzes começaram a apagar eu perdi as esperanças e resolvi ir pra casa. Peguei um trânsito miserável das 5 horas da tarde e, quando cheguei em casa, meu whisky tinha acabado. Puto dia, putas olheiras, puta vida.
Xx
Acordei às 4 da manhã com o celular tocando, era o Dave, atendi.
- Dave?
- , quero você no estúdio em 15 minutos se não você tá fora.
- Em quinze minutos eu nem levanto da cama, o que aconteceu?
- A chegou, as maquiadoras estão tentando melhorar a aparência dela, vamos começar a gravar agora mesmo.
- Meu Deus, Dave, são 4 da manhã, eu tenho mesmo que ir?
- Quer o seu emprego?
- Captei, tô indo. 15 minuto?
- Não, 13.
- Ok, vou desligar.
Xx

- Olha, 2 minutos adiantado. – Dave comentou olhando para o relógio.
- É, um dos benefícios de uma moto às 4 da manhã.
O Dave deu um sorrisinho qualquer e apontou pra o camarim. Vi a sair de lá e o Dave a fuzilar, depois fui me arrumar e começamos a gravar.
Xx

- Dave... São 22 horas e não tivemos nenhuma pausa... – reclamou olhando as próximas falas que nenhum de nós três tinha decorado direito.
- Se você não tivesse atrazado DEZOITO HORAS, não precisaríamos gravar até meia noite hoje, e amanhã eu quero todo mundo aqui às SEIS. Vamos retomar a rotina.
- O quê?! Você só pode estar brincando comigo, eu preciso dormir, Dave!
O Dave apenas desviou o olhar.
Xx

Estava indo em direção ao meu carro e vi a apoiada nele.
- O que você tá fazendo aqui, ?
- Parou de me chamar de ? Que bom. Eu cheguei aqui de táxi, o Jeff foi embora antes de eu piscar, pode me dar uma carona?
- Onde você mora?
- Perto do Walt Disney Concert Hall... – Ela falou depressa e diminuindo o volume da voz.
- Do que?
- Do Walt Disney Concert Hall...
- Você tá louca ou o quê? Estamos na rua da Broadway! E meu apartamento é pro lado oposto! Não, não, não, pegue um táxi!
- Você sabe que é difícil achar um táxi vago aqui e a corrida não iria dar menos de 200 dólares.
- Esse não é o seu seriado? Você tem grana pra bancar isso.
- , dá pra me dar uma carona?!
- Tá, beleza, eu te dou uma carona, sobe aí.
Xx

Descemos a garagem do meu prédio, desci da moto e tirei o capacete ativando o alarme da moto.
- Espera... Que lugar é esse, ?
- Ah, aqui? É a garagem do meu prédio.
- O quê?! Eu te pedi pra você me levar pra minha casa, não pra sua.
- Você pediu uma carona, e eu disse que ia te levar, não disse para onde.
- , seu merda! – Ela gritou começando a me bater. – Me leva pra casa!
- Por quê? Não é você que gosta de um cara diferente toda noite? – Sorri.
- Pois é, mas não quando esse cara é você e muito menos quando eu tenho um encontro marcado com o gostoso da academia!
Eu ri e revirei os olhos.
- Eu vou andando!
- Foram 30 minutos a 50km/h, mas se quiser ir andando...
- Onde você mora?
- Rua Los Angeles St.
- O QUÊ?! – Ela gritou.
Sorri e parei de andar por um minuto olhando para trás.
- O que você tá fazendo parada ainda?
- Posso pelo menos ligar o alarme da moto?
- Eu já fiz isso, mas da próxima vez é você, bebezona.
- Vaaai, . Só uma vez seja um pouquinho mais legal comigo...
Bufei e joguei a chave pra ela, voltei a andar dando as costas pra ela e estranhei não ter ouvido o barulho do alarme.
- Ô, , vai logo com isso, sim?
- Muito rápido! – Ela disse rindo e eu me virei, vendo-a sentada na moto.
- Não, não e não, desce daí, você sabe pilotar isso?
- Já andei de bicicleta e de carro, um tem duas rodas e o outro um motor, acho que serve.
- Claro que não, !
- Ah, e para de me chamar de .
- Desce e eu paro.
- Até amanhã, . – Ela disse e deu partida na moto, eu fui até a saída da garagem seguindo a moto.
- VOLTA AQUI COM A MINHA MOTO!
Ela nem virou, talvez nem tenha ouvido, eu só sei que subi, tomei uma garrafa de cerveja que achei na geladeira e caí na cama.
Xx
“ATRIZ DE HIDDEN SPRINGS SOFRE ACIDENTE FORA DAS TELAS”
- Que ótimo... – Disse sarcástico apoiando minha cabeça nas minhas mãos.
Liguei pro Dave, ele pediu que eu gravasse algumas cenas que a não apareceria e de lá o Jeff foi no hospital ver a e me pediu para acompanha-lo.
- É isso que acontece quando você rouba a moto de alguém... – Disse assim que entrei no quarto.
- Vá pra merda, !
- Oi pra você também, . – Jeff disse.
- Ah, ok. E vá pro inferno, !
- Educada como sempre... – Ele comentou.
- Só por duvidas, como tá a minha moto?
- Talvez alguns arranhões, umas peças faltando... Nada demais.
- Nada demais? Eu não sei se te dou ela de uma vez pra ver se você sofre outro acidente ou se eu só te jogo pela janela.
- Eu pessoalmente prefiro a opção da moto.
- Que seja.
Xx

- Próxima cena! – Dave disse.
Tínhamos voltado a gravar, já tinha saído do hospital, mandado consertar a minha moto e apenas com alguns curativos que eram disfarçados pela roupa e maquiagem.
“- Holy... Eu não posso mais esconder, eu preciso dizer o quanto eu te amo!
- Mas é errado, London, eu tenho namorado, e você é meu melhor amigo!
- M-me desculpe, eu não sei se deveria dizer isso mas eu preciso tanto de você... Eu te amo!”
- E-eu também te amo tanto, London...”
- Que clichê... – Sussurrei no ouvido dela a fazendo rir.
- É agora que o London beija a Holy?
- Não, é agora que eu te beijo.
Beijei-a, dando continuidade a cena.

Fim.


Nota da Beta: Qualquer erro de português e/ou html/script, me informe pelo e-mail.

comments powered by Disqus