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Caída em seu Feitiço






Prólogo


Seus olhos era invadidos por um mistério, ninguém sabia como ela havia chegado, e nem porque ele estava ali. Com certeza, eu fazia parte desse grupo, várias situações se passavam na minha cabeça de como ele tinha chegado, mas quanto mais pensava, menos chegava a uma conclusão que poderia ser verídica, só sabia que seu olhar fazia minhas pernas tremerem, seu sorriso, que embora eu só possa ter visto uma vez, aparecia em meus sonhos mais felizes, eu nunca vou saber o porque ele chegou ali, porque as dúvidas fazem parte de seu feitiço, e se agora elas forem respondidas, seu feitiço se quebrará, isso pode ser fantasioso, mas é a verdade, se um dia ele respondesse ás inúmeras perguntas que tenho em mente, talvez, eu me desencantasse, eu gostava de estar ali, caída em seu feitiço, ele era mais do que apenas um “Para sempre".

"Enquanto você, meu amigo de lata, quer um coração?
não sabe o quão sortudo é por não tê- lo"

- O mágico de Oz.



Capítulo 1


São Francisco – Domingo - Lanchonete do Larry - Umas 14:10:

Eu sempre gostei de sair com meu melhor amigo . Sempre comíamos em qualquer lanchonete perto da escola, e ficávamos lá conversando, não tínhamos aula aos domingos, mas fomos àquela lanchonete mesmo assim. não era bem o tipo de garoto nerd, ele lia muito, como eu, mas isso não o tornava o melhor aluno da turma, ele tinha uma namorada chamada Charlotte, que ele apelidava de Charlie, eu sempre detestei ela desde que me mudei do Brasil para São Francisco, ela sempre foi muito rude comigo. Evitava andar com o , mas isso era bem raramente, porque Charlotte morava e estudava em outro bairro, ele só se viam em alguns fins de semana. Acordei subitamente dos meus pensamentos, quando vi todo atolado, do outro lado da lanchonete, tentando equilibrar duas bandejas em suas mãos.
- , se você derrubar o meu sanduíche, eu juro que te mato! - Gritei, fazendo com que ele risse.
- Fica tranquila, , você vai poder se entupir com seu sanduíche, e suas batata fritas daqui a pouco - Me respondeu, aproximando- se, e finalmente pousando as bandejas na mesa, de forma bem devagar.
- , meu melhor amigo, há três anos, desde que me mudei do Brasil para Califórnia, a avó de é brasileira, e sua mãe já morou lá no Brasil, então ele entendia algumas palavras em português, lógico, nós conversávamos em inglês, mas ele SEMPRE, SEMPRE que podia caçoava do meu sotaque.
- , você tá pensando em quê?- Ele disse, novamente me acordando de meus pensamentos.
- Ahn?! Ah, em nada não, , de onde sua avó é mesmo?- Perguntei enquanto comia minhas batatas fritas.
- Ué, , do Brasil, e você sabe!
- Sim, eu sei, mas de que estado?
- Ah, sei lá, acho que do sul do Brasil, ou alguma coisa assim... - Ele me respondeu, mas estava aparentemente desinteressado pela conversa.
- Ah sim... - Respondi dando a primeira mordida no meu sanduíche, estava delicioso!
- Então... Depois daqui vai querer fazer o quê?- Ele me perguntou cortando o clima tenso de dois segundos atrás.
- Hum... Vamos ver o que temos para hoje - respondi, tirando meu celular da mochila - Nenhuma exposição legal, todos os filmes que estão em cartaz nós já vimos...
- Até o da moça que mata o marido com uma colher? - Ele perguntou me cortando.
- É, , até o da moça que mata o marido com uma mulher, não lembra vimos semana passada depois daquele teste horroroso de química. Ah, espera, vou ver as peças de teatro, bom, tem várias peças em cartaz.
- Ah, legal, então vamos em uma? - Ele me perguntou.
- Claro, se você tiver 500 dólares aí na sua carteira pra pagar nossos ingressos.
- Você é uma estraga prazeres, sabia, ? Cara, precisa se ter um pai rico e uma boa mesada para se divertir na Califórnia
- Pois é – respondi – Ah, tenho uma ideia, que tal você ir lá em casa, você ainda não viu minha casa nova!
- Ah, é verdade, eu não pude ir ontem porque...
- Já sei, estava com a Charlotte - disse revirando os olhos.
- É, eu a levei em Los Angeles, ela nunca tinha ido lá...
- Nossa, hein, eu não perguntei.
- , você tem que parar com essa implicância, coitada da Charlie, ela nunca te fez nada!
- Não me venha com esse apelidinho asqueroso perto de mim, , vamos embora?
- Mas você ainda nem terminou de comer!
- Eu levo para casa - ele me olhou desconfiado. - Garçonete, por favor, pode embrulhar para viagem? - Pedi, ignorando os olhares do .

São Francisco – Domingo - Carro do - 15:30

- , põe uma música boa para tocar, por favor!
- Vai dizer que essa não música não é boa? Eu pensei que você gostasse de Nirvana.
- Gostar eu gosto, mas hoje eu estou animada, e cá entre nós, de animada, "Polly" não tem absolutamente nada.
- Ok, ok, que música você que eu ponha, ?
- Põe alguma dos Beatles, ou...ou... já sei! Põe It's My Life, do Bon Jovi.
- Ok, vou por, essa é legal!
- Eu sei que é legal, , por isso tô dizendo pra você por, né!?
- Ok, ok- Ele me respondeu rindo, eu adorava o som da risada dele.

São Francisco – Domingo - Minha casa - 15:50

! - minha mãe exclamou, quando viu eu e entrando pela porta de casa, em seguida abraçou a mim e a ele, ela amava o apenas por ele ter me ajudado a adaptar-me aqui, conhecer o Brasil, ser educado e ter raízes brasileiras – Enfim, , agora que eu lembrei, o ainda não conhece nossa casa nova, por quê não apresenta a ele? Se precisarem de mim, estarei lá em cima.
- Ok - Respondi secamente.
- Obrigado, senhora - Felipe agradeceu por educação – Bella - ele sussurrou me nome, enquanto olhava para cima da escada, para ter certeza de que minha mãe não estava nos escutando - Lembra que hoje, na lanchonete, eu disse que era preciso ter um pai rico e uma boa mesada para se divertir na Califórnia? Então você tem a parte do pai rico, só te falta uma boa mesada.
- Ha Ha Ha, muito engraçado, senhor - Disse ironicamente, dando um leve soquinho no seu ombro esquerdo.
- Cara, sério, sua sala é linda, e enorme!
- Obrigada! Que tal assistirmos a um filme?
- Claro! - Ele respondeu, me parecendo animado.
- Ok, vamos para sala de tevê!- Disse puxando sua mão.
- Sala de tevê! Porra, realmente, , se seu pai não é rico, vocês assaltaram um banco!
- Fê, me poupe, a sala de tevê não é nada demais - Disse enquanto nos dirigíamos até lá.
- Não, imagina, só tem um projeto gigantesco de cinema, e é maior que meu quarto e o quarto da minha mãe juntos - Disse assim que entramos lá.
- Ok, para de falar sobre minha casa, isso está conseguindo ser mais chato do que quando você fica falando sobre a Charlotte comigo.
- Ah, sério? Então vamos falar sobre a Charlotte, você sabia que ela tem uma coleção de livros que ela nunca leria, já são mais de 300 e...
- Em primeiro lugar: Eu realmente não quero saber, e em segundo: Sua namorada não é nem um pouco culta - Eu disse, irritada.
- Calma aí, Charlotte é uma pessoa muito legal!
- E eu, ? Eu sou o quê? Apenas um divertimento quando Charlotte não está do seu lado?
- Não, , você é minha melhor amiga, você é quem me atura todos os dias, você é uma das pessoas mais especiais que eu já conheci na vida, você é única, , você é mais especial do que Charlotte, eu nunca te trocaria por ela, você é como minha irmã dois meses mais nova, eu sempre irei te proteger do perigo, eu te amo, !
- Ah, , eu te amo também, eu te amo muito, muito - Respondi lhe dando um abraço, as lágrimas pousavam em minhas bochecha - Você é o melhor amigo que alguém poderia ter!
- Eu sei disso! - Ele disse rindo, mas dava pra ver que seus olhos estavam vermelhos também. - Então, que filme vamos ver? - Ele me perguntou, cortando o clima fofo, é realmente um nato cortador de climas.
- Não sei, eu estava pensando em Harry Potter e as relíquias da morte parte 1 - Respondi, ah, como eu amava aquele filme, eu amava Harry Potter de todas as infinitas maneiras possíveis.
- , você sempre fica em prantos quando o Dobby morre, não dá para ver esse filme com você!
- Mas é o Dobby, não tem como não chorar, , você também não entende!
- Ah, entendo sim, porque desde de que te conheci você só fala sobre isso!
- Ok, ok, vamos ver outra coisa, que tal "A Última Música"?
- Outro que você entra em prantos, não, dispenso, próxima opção?
- Ai! Como você é chato! - Exclamei irritada - Já sei! "O mordomo da casa branca" Eu ainda não vi, mas o que você acha? - perguntei.
- Tá bem, vamos ver esse, não me parece ser do tipo de filme que você fica chorando e molhando minha roupa! - Ele respondeu.
Assistimos o filme, tinha uma história interessante, falava sobre um homem negro, que viveu nas principais épocas do racismo americano, ele havia sido criado em uma plantação de algodão, até que cresceu e resolveu ir embora daquele lugar desprezível, só que ele não tinha recursos, então ele conhece um empregado de uma casa que ele havia tentado roubar a comida, e esse empregado ensina- o a ser um mordomo, daí ele vai trabalhar em um hotel, se casa, tem dois filhos, e um belo dia recebe a oportunidade de trabalhar na casa branca, e daí vai contando a história, só que seu filho mais velho, é todo politizado e é contra o racismo, então o filho dele vive fazendo manifestações é preso várias vezes, e enfim, a história é bem interessante.
gostou muito do filme, tanto que foi pesquisar sobre o tal mordomo, e ficou fascinado com aquela história toda...
- , já entendi que você gostou do filme, agora dá pra parar de falar nisso?! - Perguntei enquanto estávamos no meu quarto, e ficava me falando sobre a história e me explicando detalhes, depois de ter passado a tarde toda procurando saber mais.
- não dá você não entende o que essas pessoas passaram, isso foi terrível!
- eu sei, eu sei, mas já está tudo resolvido, há anos, então não há com o que se preocupar!
- Novamente, você é uma estraga prazeres!
- Você não é o único que acha isso! - Respondi convencida.
- Não duvido nada... - Ele disse
- Engraçadinho - Disse lhe tacando uma almofada, ele pegou a que estava perto e jogou a mesma em mim, e dali começou uma guerra de almofadas.

São Francisco – Domingo - Portão da minha casa - Por volta das 21:30

- , amanhã você me busca aqui em casa?- perguntei antes dele fechar a porta do seu carro.
- Não, não, , vou fazer você ir pra escola andando - Ele me respondeu fechando a porta do carro.
- Engraçadinho, então amanhã, aqui, às 7:45, ok?
- Ok, você quem manda, já que me ganhou na guerra de almofadas... De novo...
- É, de novo - Disse rindo - Boa noite, !
- Boa noite, .

São Francisco – Domingo - Meu quarto - Por volta das 22:40

Eu estava lá mexendo no meu laptop, conversando com , minha melhor amiga, desde que me mudei pra cá, ela era muito minha amiga, sério. Nem tanto quanto o , mas muito minha amiga, nossa conversa foi mais ou menos assim:
- !
- Oi, .
- Precisava muito falar com você.
- Então fala.
- Sabe o Jason, aquele G- A- T- O do time de futebol? Então ele me chamou pra sair sexta!
- Que legal, !
- É né?! Então será que você, a e a , não vão querer vir aqui sexta, pra me ajudar a escolher a roupa?
- Bom, quanto elas eu não sei, mas pode contar comigo.
- Ai! Obrigada, amiga, você é a melhor!
- Nada, , agora eu tenho que ir domir, sabe como é, amanhã o passa aqui cedinho.
- Hum.... O !
- ! Para com isso, ele é só meu amigo!
- Ok, ok, parei já!

- Boa noite, beijos!
- Beijos!
Desliguei meu laptop, e fui deitar, amanhã seria um dia longo, íamos ter aula de química, cálculo e biologia, pelo menos eu teria uma aula com o , á aula de química.

São Francisco - Segunda-feira - 7:45 da manhã - Portão da minha casa

já estava lá fora, só eu mesma para arranjar um amigo assim tão pontual.
Eu ainda estava me ajeitando, estava indo para escola de calça jeans branca, com uma blusa vermelha, e um tênis VANS preto, minha bolsa era preta também, meu cabelo estava solto e molhada, havia acabado de sair do banho estava passando perfume, já havia tomado café- da- manhã, então passei bem rápido o perfume e desci as escadas correndo.
- Tchau, mãe - disse lhe dando um beijinho na bochecha. – Tchau, pai - disse lhe dando outro beijo na bochecha, e saindo aloprada pela porta da frente.
Quando entrei no carro de , ele estava escutando"Let It Be - The Beatles", eu também gostava daquela música.

São Francisco - Segunda-feira - Carro do - 7:55 da manhã

- , a aula começa em 15 minutos, e nós ainda nem cruzamos a esquina.
- , quando deu 7:45, a nossa hora combinada, eu estava em frente a sua casa, e você só desceu 7:50, então não reclama, eu não tenho culpa se tá com trânsito, e respondendo as suas futuras perguntas, sim, vamos chegar atrasados, não, não sei se vamos levar advertência pelo atraso - Fiquei quieta o resto do trajeto e quando chegamos à escola, às 8:15 (É isso aí, cinco minutos atrasados, mas não levamos advertência), , , e , vieram em cima de mim fazendo uma espécie de rodinha, deixando o de fora, eu fiz um sinal com a mão pedindo para que ele esperasse.
- !- Disse - Temos um aluno novo na escola!
- Ah, sério? Legal, mas e...? - Perguntei desinteressada.
- E que ele está na nossa turma - Respondeu .
- E você é representante dela, isso significa que... - Continuou .
- Que vou apresentar a escola pra ele – completei – Ótimo, sem aula de cálculo e sem aula de química – continuei. - Mas o que isso tem de mais? - Me arrisquei a perguntar.
- , ele é LINDO! - As três disseram em coro.
- Hum... Legal... - Respondi, eu nunca concordava com o gosto delas, ok, admito que o Jason, o menino que a , ia sair era bonitinho, mas sem nada na cabeça, não lia, não gostava de exposições de arte, e nem peças teatrais, eu nunca fui de me importar muito com a beleza da pessoa, eu até admito que tenho uma quedinha mínima pelo , ele é bonito, e inteligente, mas acima de tudo ele me entende, mas não conto isso a ele, ele tem aquela chata da Charlotte, que só serve pra atrapalhar a minha vida, quer dizer, mesmo que ele não namorasse a Charlotte, eu não diria a ele que eu meio que gosto dele, mas a vida seria com certeza absoluta bem mais fácil.
- Senhorita ?- A coordenadora do ensino médio me chamou.
- Eu mesma - Respondi me aproximando.
- Por favor, me acompanhe.
- Estou indo - Fiz um sinal com a mão para o ir sem mim, e ele foi, lógico já sabia o que era, a coordenadora, iria me falar sobre o histórico do aluno novo e depois me apresentar a ele, particularmente nem estava muito ansiosa, um pouco só para ver se ele era realmente bonito, mas, tirando isso, ia ser apenas um aluno normal...

São Francisco - Segunda-Feira - Sala da coordenadora - exatamente 8:29 da manhã

- Senhorita , primeiramente bom dia!- Disse a coordenadora.
- Igualmente.
- Bom, como você deve saber sempre que chega um aluno novo o representante da turma que esse aluno foi encaminhado tem que mostrá-lo a escola,você também deve saber, considerando que já passou por essa situação antes, que você tem que ficar com esse aluno até no mínimo a hora do almoço, e ajudá-lo a se enturmar, mas antes eu, em meu papel de coordenadora devo lhe avisar sobre as características escolares desse aluno.
- Sim, senhora, eu sei de tudo isso.
- Bom esse aluno se chama , ele foi transferido para essa escola, porque foi expulso da última, ele vem da Inglaterra.
- Ok.
- Bom, peço que a senhorita converse um pouco com ele, explique a ele sobre a escola, e coisas do gênero, certo?
- Sim.
- Ele está do lado de fora te esperando - A coordenadora finalizou, e eu pude sair da sala dela, abrindo a porta me deparei com um menino de casaco preto, e jeans surrados, sentado no banco do corredor.
- Você é ?
- O único, imagino... - Ele levantou, me permitindo ver seus olhos, olhos tristes, realmente tristes e melancólicos, mas ele era realmente lindo, e sua aura de mistério lhe dava um chamar a mais.
- , representante da turma estou aqui para ajud...
- Eu sei quem você é... - Ele respondeu sério.
- Ahn, sabe como? - Perguntei assustada.
- Talvez, por aqueles quadros ali, com você segurando vários diplomas.
- Ah, sim, claro, é, vem vamos por aqui... - Ele era mais lindo do que na descrição de minhas amigas, ele era realmente muito bonito, cada traço do seu rosto era perfeito, mas seus olhos era o que de longe mais me encantavam, seus olhos eram olhos de poeta, sofridos, mas brilhantes, com uma aura melancolia e misteriosa, eu queria realmente saber porque ele havia sido expulso da última escola, ele não tinha cara de garoto mal ou coisa do tipo, ah, com certeza não tinha...
- Então, ahn, , o que te traz aqui?
- Inúmeras coisas, meu pai ter sido transferido para os Estados Unidos é uma delas, e eu ter roubado os livros da biblioteca Nem sabia que dava para ser expulso por isso, coisa mais ridícula! também ent...
- Você o quê? - Perguntei interrompendo-o.
- Eu não roubaria livros da biblioteca, tenho meu dinheiro para comprar os meus, existe motivo mais ridículo do que esse? Não, realmente nenhum vem na minha cabeça agora, se quiser saber o porquê de eu ter sido expulso, algo que com certeza se passa na sua cabeça agora, terá que descobrir sozinha, gracinha...



Capítulo 2


São Francisco - Segunda-feira – Refeitório - 12:00

- Juro para vocês, esse tal de é um idiota! Segundo a coordenadora só teria que ficar com ele hoje, mas as pessoas adoram abusar da minha boa vontade! - Disse ás minhas amigas assim que sente na mesa do refeitório, havia sumido desde que o vi pela última vez, assim que entramos na escola, provavelmente, esqueceu algo em casa e resolveu buscar no horário do almoço, isso geralmente acontecia.
- Calma, ! Falando no , por quê ele não está conosco no almoço? - disse, tentando me acalmar.
- Ele disse que não queria vir, com aquele olhar dele, um olhar tarado, e... - Mas só de pensar me deu vontade de gritar e foi o que eu fiz, em seguida - NÃO DÁ! Vocês não entendem, ele pode ser lindo e tudo mais, mas quando meus livros caíram, ele não estendeu um dedo sequer para me ajudar! ENTENDERAM BEM? UM DEDO SEQUER! - Gritei, e o refeitório inteiro olhou para mim, fiquei extremamente constrangida, e vermelha, então apenas voltei para o meu lugar, discretamente, e acrescente, com voz mais calma - Ele é um chato, você não entendem, ele quase não disse nada, e quando se dirigia a mim me chamava de "gracinha", mas que porra de apelido é esse? Meu apelido é , e eu tentei deixar esse bem explícito quando ele me chamou de "gracinha"! AI, MAS QUE RAIVA!
- Calma, , estou conseguindo ver fumaça exalando pelas suas narinas! chegou por trás, me dando um susto.
- Criatura, eu já estou revoltada aqui, e todo mundo me pede para ficar calma, se eu ao menos conseguisse, mas não dá! Se ser representante de turma não me ajudasse com pontos para faculdade, com certeza não seria.
- Nossa! Cara, o que o menino te fez?!- perguntou preocupado.
- AAAAAAAAAH! Tchau, gente, fui tentar me acalmar!- Sai, sem responder o , tadinho, ele não tinha culpa daquilo, mas eu estava em um stress sem tamanho, então comecei a andar pelos corredores da escola, meus passos rápidos e fortes, faziam barulho no chão...
- Ei, ei, gracinha, por onde está indo? - Ah não, eu não podia acreditar, era a voz dele.
- Isso não é da sua conta.
- Ok, ok, muito justo, mas você está com o meu livro de química, e eu quero saber para onde ELE vai - Retrucou .
- Ah, o seu livro - Respondi irritada, só a voz dele, me dava raiva, e eu mal conhecia o menino - Está aqui, pegue ele e en...
- Cara, calma, não precisa de tanto, eu não fiz nada!
- Ah, não!?
- N...- ele ficou pensativo por um instante - Ah, aquilo, você levou á sério?
- Não estou em condição de pensar direito, mas sim, levei.
- Aquilo, era apenas uma brincadeira. - Ele respondeu.
- En- então você não foi expulso por... - Eu ia completar a frase, mas me interrompeu.
- Não, não fui, estava brincando com você... De novo, você caí facilmente em minhas "brincadeiras” - Ele fez sinal de aspas com ás mãos- E, cá entre nós é divertido.- completou.
Eu fiquei puta, não puta é pouco para como eu estava, eu fiquei completamente tomada pela raiva, peguei o livro que estava na minha bolsa, o livro mais pesado de todos, o de cálculo, fiquei batendo nele com aquele livro, eu fiquei realmente chateada, ele me dava nos nervos, então percebi que ele estava rindo, primeiramente pensei que estava chorando, mas quando reparei melhor, aquele filho da mãe estava rindo, RINDO, com todas as cinco letras da palavra, ele estava rindo da minha cara, rindo não, dando gargalhadas, que se ecoavam pelo corredor, então eu parei de bater nele, e ele olhou para mim, mas não com um olhar tarado, nem misterioso, ele me olhou de uma forma desdenhosa:
- Eu realmente não ligo, gracinha. Pode continuar batendo, você não é forte assim, eu continuarei rindo, eu não tenho medo de você.

São Francisco - Segunda-feira - Minha casa- 17:00

Eu estava cansada, eu realmente cansada,eu cheguei em casa da escola às 14:00 e só acordei às 17:00,o que é muito considerando que esse era para ser meu tempo de estudo.
É, eu sigo restritamente um horário de estudo, e se não cumpri-lo eu perco meu final de semana, mas eu ignorei.
Naquele dia, eu estava cansada demais, e confusa demais, para pensar em meus horários.
Eu queria tomar um ar, mas eu estava com medo de encontrá-lo.
Então eu recebi uma mensagem do :
" você pode vir para minha casa? É MEIO QUE URGENTE!
Obs. Eu comprei chocolate".


Ele sim, sabia como me agradar, aquele era meu melhor amigo, o menino que eu supria certo sentimentos, mas não poderia, não, eu realmente não poderia deixar escapar nada sobre tais sentimentos, isso estragaria uma amizade, uma grande amizade




Continua...



Nota da autora: sem nota.




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Qualquer erro nessa atualização são apenas meus, portanto para avisos e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa linda fic vai atualizar, acompanhe aqui.



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