Christmas Day
História por Fabiana | Revisão por Larys


Um ano havia se passado desde a ameaça do fim do mundo e os quatro viajantes cumpriram suas promessas após o quase fim.
Dean e realmente haviam se casado e estavam felizes com a nova vida. Continuavam na caça, mas tinham um ao outro.
e Sam estavam juntos, firmes. Eram um casal notável e como Dean gostava de frisar, um casal de nerds.
Os quatro, após muita insistência de Bobby, estavam de “férias”. Segundo o homem mais velho, os idiotas e as garotas precisavam de um tempo para descansar e para passarem as festividades de fim de ano juntos.

A manhã de Natal amanhecia diferente do usual. Embora a neve estivesse presente, a manhã estava menos pálida. Havia algo de mágico naquele dia para a maioria das pessoas, mas não para os quatro. Feriados e festividades não eram comuns para os caçadores.
Geralmente, o máximo que festejavam era o aniversário. Uma rodada de cervejas em algum local da estrada e se, com sorte, encontrassem uma confeitaria, cupcakes para o aniversariante, um cupcake com uma velinha.
Era o bastante.
A casa onde passavam as férias pertencia a . Havia um conforto para os quatro, naquelas paredes, era familiar e cheia de lembranças. Sempre que podiam, se reuniam ali, naquele refúgio, quando precisavam parar e respirar, quando não estavam em caça ou quando pretendiam fingir que o mundo não existia.
A casa era simples, mas confortável, cerquinhas brancas e um gramado, no momento, bem cuidado por , que tinha certa habilidade para lidar com plantas, e salpicado de neve da manhã.
despertava preguiçosamente, como sempre fazia, e a preguiça lhe impedia de abrir os olhos, mas pela falta do calor, podia sentir falta de algo.
O corpo quente de seu marido não estava lá.
Dean não estava ali. Ela apalpou o colchão para confirmar e estava certa.
Dean não estava com as pernas jogadas sobre as suas ou ocupando metade do espaço da cama. Ele não estava no quarto.
suspirou profundamente, estressada. Desde a noite anterior, o homem estava estranho e isso a deixava nervosa. tinha certa habilidade em lê-lo.
Suspirando novamente, ela socou com o punho fechado no travesseiro de Dean que continha seu cheiro e rolou novamente. Ainda era cedo e ela não perderia o restante do sono de beleza por isso, embora o amasse profundamente, sem dúvida.
Sentia dificuldade em dormir, então abraçou o travesseiro de Dean, antes socado, e o trouxe para perto do corpo. O cheiro de Dean entrou em seu sistema e a acalentou, de modo que logo ela caiu no sono novamente.
No quarto de paredes claras, despertava lentamente, os olhos ainda fechados. Virou-se na cama, desenrolando as cobertas de seus pés. Ela odiava. Abriu os olhos, esperando para ver o rosto de Sam com seus cabelos bagunçados ou seus ombros e costas totalmente tonificados, mas só viu a cama vazia a seu lado.
Colocou a mão sobre o lençol. Frio. Sam se levantara há algum tempo.
Bem que ela havia notado a falta do peso do braço do homem ao seu redor ou os beijos suaves que ele lhe distribuía toda manhã.
Não deve ser nada. Pare de se preocupar sem motivos. se repreendeu em silêncio. Ela tinha uma mania incômoda de se preocupar demais.
A mulher sorriu sozinha. O que a ameaça iminente de morte poderia causar? Um surto de coragem de ambas as partes. Ela e Sam estavam felizes juntos, mais do que ela poderia imaginar.
resolveu se levantar. A cama estava quente demais e seu estômago reclamava pela falta de café da manhã.
Ela colocou o pé no chão frio e um estrondo foi ouvido no andar de baixo. A mulher se colocou de pé num salto. Toda moleza pós sono esquecida.
pegou a faca de prata que se encontrava no criado-mudo e saiu do quarto às pressas, quase derrubando uma descabelada no corredor. Os olhos de ambas as mulheres estavam atentos.
As duas assentiram e desceram as escadas. com a faca em punho e com a pistola carregada em mãos.
Ao chegarem ao piso plano, a surpresa.
— O que diabos isso significa, Dean Winchester? - Gritou com a voz rouca, olhando para o marido que lhe dava um sorriso sacana.
Mais tarde, descobriu que o sorriso de Dean era devido as roupas indecentes de dormir de sua mulher.
— Ahn, alguém se importa de me explicar o que está havendo aqui? - Perguntou , incerta, observando a sala, confusa.
Havia uma árvore de natal gigante no centro, toscamente decorada. Arranjos natalinos nas paredes e uma mesa cheia de iguarias natalinas.
— Feliz Natal? – Declamou Dean, incerto.
— Por quê? – Insistiu . Aquilo não era comum.
— Certo. Eu… - pigarreou Dean. – Você comentou comigo, , que gostaria de ter um natal um dia. E, bem… Sam e eu resolvemos que deveríamos comemorar esse ano. Então saímos cedo, embaixo dessa neve do caralho, e arrumamos todas essas baboseiras na sala porque Sam queria tudo perfeito.
— Por quê? – Perguntou , sem graça. Ela não era a maior fã de natal. Quase perdera Dean e Sam no dia de Natal por deuses pagãos devoradores de gente. Desde então sua aversão cresceu.
Sam se aproximou lentamente dela e a abraçou.
— Queríamos algo diferente esse ano. Temos vocês agora. Isso é motivo de sobra para celebrar.
Ambos sorriram.
— Chega de boiolagem vocês dois. – Disse antes de se virar para Dean. – Eu amei, Dean.
Dean se aproximou com a intenção de agarrá-la sem pudor. As roupas de dormir que ela usava sempre deixavam Dean babando. Mas antes que ele colocasse as mãos nela, ela se esquivou rapidamente.
— Sai da frente que eu tô com fome. – Os olhos de brilhavam com a quantidade de comida sobre a mesa.
— Mas … - Tentou protestar um Dean cabisbaixo.
— Deus! Tem bolinho de chocolate! – Gritou , cortando Dean novamente.
— Mulheres. – Suspirou Dean, vencido, se sentando ao lado da mulher.
— Obrigada, Sam. – Disse , ainda abraçada ao corpo do namorado.
— Eu te amo. Eu só queria dizer que… - A frase do homem foi cortada com o grito de , saindo de seus braços.
— Panetone!
Ele continuou com a cara de tacho observando sua namorada com a camiseta do Bob Esponja sentar-se na mesa, sem cerimônia, e rasgar selvagemente a embalagem.
— Tira essa coisa com frutas de perto de mim. – Exclamou e a ignorou.
— Isso tá uma delícia – comentou sozinha enquanto se deliciava com o panetone.
— Eu sei que sou uma delícia. – Disse Dean com um sorrisinho.
— Cala a boca, Dean. – Exclamaram as duas mulheres juntas, fazendo o mais velho dos Winchester ficar emburrado.

O dia se passou animado. Era isso que todos imaginavam como um natal feliz. Eles passavam em família. Exceto Bobby, que não quis comparecer.
“Estou velho demais para ficar observando um bando de jovens trocando saliva e amassos no sofá.” Foi o argumento de Bobby Singer no telefone quando as garotas protestaram sua falta.
O anoitecer chegou rápido e as garotas passaram a tarde cozinhando após uma discussão acalorada de que fariam uma ceia. Era o mínimo que poderiam fazer para compensar o fato de que, pela primeira vez em muito tempo, elas estavam tendo um natal de verdade.
Após um jantar regado a muita comida e muita bebida, os quatro estavam jogados nos sofás da sala.
— Hora de trocar presentes. – Exclamou Dean, se levantando.
As garotas já haviam levado seus presentes para debaixo da árvore. Embora jamais haviam festejado o Natal, era tradição dar presentes.
Dean foi o primeiro.
Dean deu ao Sam uma pistola; à um livro de Mitologia Pagã e à uma faca de bronze.
deu à um CD do Imagine Dragons, ao Sam um livro em grego (só para ter o prazer de vê-lo perder tempo traduzindo, ela realmente estava se transformando em um Dean com seios. Almas gêmeas, sem dúvida.) e para Dean uma camisa do Metallica e uma garrafa de Jack Daniels.
deu ao Dean uma faca, à botas de salto e ao Sam um colar com um amuleto de proteção e uma jaqueta.
E por último, era a vez de Sam. Sam deu ao irmão um par de botas novas e à um livro sobre vampiros. não esperava nada. Ela já tinha o melhor presente que alguém poderia dar.
Mas Sam se levantou. Dean soltou um risinho sacana. Já passava da maldita hora.
Sam tirou do bolso da jaqueta surrada uma pequena caixa azul-marinho e se ajoelhou.
sorriu, com os olhos brilhantes, e estava a ponto de chorar.
Era uma aliança com um símbolo azulado gravado na prata. reconheceu o símbolo como nórdico. Simbolizava a promessa de para sempre e era também considerado proteção.
Ela sorriu e acenou. Não precisavam de palavras. A promessa de para sempre era o bastante para ela. O anel foi colocado em seu dedo e logo Sam sentiu o corpo da mulher se chocar ao seu assim como os lábios que travavam uma guerra onde ambos saíam ganhando.
— HEY! – Dean tinha que quebrar o momento. – Chega de nojeira na minha frente.
— Me atrapalhe com seu irmão mais uma vez, Dean-perna-de-alicate, e eu vou cortar as suas bolas fora. – Rosnou para Dean, que cobriu as partes com as mãos ao ouvir a risada ressoante de ao seu lado e a de Sam.
Logo os quatro estavam rindo com a ameaça inútil de . Dean sempre arranjaria um jeito de atrapalhar.
— Ja são 00:00. Feliz Natal, . – Sussurrou Dean no ouvido de sua esposa, que reprimiu um suspiro. Dean sempre seria um ser sexy.
— Feliz Natal, meu amor. – Respondeu , o beijando. – Eu tenho uma surpresa pra você lá em cima. – Sussurrou sensualmente a última parte antes de se deslocar para abraçar a amiga que trocava um abraço com Sam.
Sam beijava após ambos desejarem um Feliz Natal e após cumprimentar o irmão e a cunhada, subiu com para o quarto a fim de celebrarem o compromisso.
No quarto de paredes azuis, as roupas de Sam e eram descartadas numa pilha sobre o chão e logo ambos estavam rolando sobre os lençóis. Esse estava sendo o melhor Natal/dia de sua vida.

Após Sam e subirem apressados, Dean e continuaram na sala, se amassando no sofá e logo se desgrudou do corpo do homem e subiu as escadas, correndo.
Logo ela desceu e pediu que Dean fechasse os olhos.
— Surpresa!
Dean abriu os olhos e engasgou com a visão.
— Gostou da surpresa, Dean? – Perguntou alisando a fantasia vermelha e ultra-curta, já que Dean parecia em transe
— Mamãe-Noel, sério? EU AMO VOCÊ, MULHER! – Exclamou Dean puxando para seus braços para o que seria a melhor noite de Natal de sempre.

Oh Christmas lights /// Oh luzes do natal,
Light up the street /// Iluminem a rua.
Light up the fireworks in me /// Ilumine os fogos de artifício em mim.
May all your troubles soon be gone /// Que todos seus problemas vão embora logo
Those Christmas lights keep shining on ///Essas luzes de natal, continuem brilhando.

Coldplay - Christmas Lights

Fim!


Nota da Autora: Uma pequena crônica de natal, hunters =)
Espero que tenham apreciado.
Um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de saúde, paz, amor, realizações e muitas energias positivas.
Nos esbarramos por aí =)




Nota da Beta: Caso tenha algum erro nessa fanfic, não use a caixinha de comentários. Entre em contato comigo pelo twitter ou pelo e-mail. Obrigada. Xx
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