Christmas In The Sand
Autora: Fany P.| Beta-Reader: Nanda


Eu sempre morei na Inglaterra, Londres pra ser mais exata. E sempre passei os meus natais fazendo bonecos e anjinhos na neve. Eu gosto disso, não pense que não. Mas esse ano eu queria descobrir lugares novos, pessoas novas. Londres pode ser linda, mas nós nunca saímos daqui e, por isso, eu e minha família vamos passar o natal no Brasil. Ouvi dizer que lá tem lindas praias e o clima tropical é maravilhoso. Eu realmente desejo que este natal seja mágico.

21/12

- Mãe, como achou esse lugar? – Disse de boca aberta com a beleza que a minha vista estava deparada.
- Pergunte ao seu pai, ele que organizou a viagem inteira. – Que bom gosto o meu pai tinha.
De acordo com meu companheiro fiel, lê-se Google, estamos no município-arquipélago de Ilhabela. E de acordo com meu irmãozinho, eu estou parecendo uma retardada que acabou de chegar à Terra do Nunca, que pensa que está voando com a Sininho e Peter Pan está segurando sua mão. Bom, eu não achei a comparação tão ruim assim, afinal, eu sempre quis conhecer a Terra do Nunca. CULPEM A DISNEY. Mas eu nunca havia visto algo assim antes. Tudo aqui é lindo. As árvores, o clima, as pessoas, a praia, a areia. Ai, a areia. Quentinha e macia. Eu poderia dormir sobre ela e estaria me sentindo nas nuvens.
- Oi, você trabalha aqui? – Uma voz masculina me tirou de meus devaneios.
Meus pais estavam na recepção do hotel, conferindo se estava tudo certo com os quartos, meu irmão só disse vou caçar e se perdeu de vista. Eu não preciso nem dizer a que ele se referiu com esse “caçar”, né?! E eu, bom, estou aqui no meio do hall de entrada do hotel, olhando para um ser absurdamente lindo que, pela cara, está me achando a pessoa mais estranha do mundo por estar o encarando sem dar uma resposta.
- Não, eu não trabalho aqui. – Disse, sorrindo com os lábios fechados. Espera, só agora eu fui perceber que ele falava a mesma língua que eu.
- Ah, me desculpe então. É que estou meio perdido. – Ele sorriu de lado, coçando a nuca.
- Sem problemas. Só não me ofereço pra ajudar porque acabei de chegar e não conheço nada por aqui.
- Também é turista? – Sorri, confirmando. – Da onde vem?
- Inglaterra. E você? – Perguntei, por educação. Mas percebi que meus pais já me olhavam com um sorrisinho malicioso e eu estava sentindo meu rosto corar.
- Austrália. – Respondeu, sorrindo. – Ah, eu nem me apresentei. . – Ele estendeu a mão, com um sorriso gentil nos lábios.
- . – Apertei a mão dele, retribuindo o sorriso.
- Você vai ficar hospedada neste hotel, certo? – perguntou, com uma sobrancelha erguida.
- Sim. – Disse, simplesmente.
- Então podemos sair para conhecermos o lugar juntos. O que acha? – Sugeriu.
- Boa ideia. Quer dizer, dois turistas que não conhecem nada, saírem juntos pra conhecer o lugar é realmente uma boa ideia. Tudo que pode acontecer é nós se perdemos no meio do mato e um psicopata nos perseguir e nos matar ou sermos engolidos por esse mar. – Disse, sorrindo sarcástica.
- Nada demais. – Respondeu irônico. – Então está combinado. Amanhã às 9 horas esteja aqui e eu venho te buscar.
- Está falando sério? – Perguntei, o olhando confusa. – Quer dizer, eu citei fatos em minha suposição.
- Claro que estou. Pensou que ia me fazer desistir fácil assim? – Disse ele, com um sorriso brincalhão. – Amanhã, às 9, AQUI. – Enfatizou. – Agora, tenho que ir. Te vejo amanhã. – depositou um beijo em minhas bochechas e foi se afastando. Eu continuava com o olhar confuso, mas não demorou a eu sair de meu transe.
- Hey, você não estava perdido? – Gritei, sem sair de onde estava. Ele somente olhou para mim, sorriu e voltou a andar.

22/12

Às 9 em ponto eu estava no mesmo lugar onde nos encontramos. Eu vestia um biquíni por baixo de um short jeans, uma blusa solta, que caia pelo ombro esquerdo e uma rasteirinha. Não demorou para eu o avistar. Ele estava com uma bermuda listrada, uma blusa branca e um tênis gastado. Ele se aproximou de mim e me cumprimentou com um beijo no rosto e um “bom dia”, animado.
- Então, podemos ir? – Ele se pronunciou e eu afirmei com a cabeça.
- Pra onde vamos? – Perguntei curiosa enquanto nos encaminhávamos para fora do hotel.
- Eu não sei. Vamos conhecer o lugar juntos lembra? - Essa é a parte que me assusta.
Ele estava com um guia turístico nas mãos, que levava há vários lugares, tanto perto, como longe. Nós caminhávamos pela praia, enquanto decidíamos em que lugar iríamos. Resolvemos procurar uma cachoeira, que não era muito longe dali.
- Eu não disse que a gente ia conseguir achar? – perguntou convencido.
- Pura sorte, já que tínhamos que escolher entre três trilhas diferentes.
- A minha intuição nunca falha. – Ele disse, me ajudando a subir numa pedra.
- Eu não sabia que homens também tinham “intuição”. – Disse, rindo sarcástica.
- Engraçadinha. – Ele disse, fazendo careta. O que só me fez rir mais ainda.
Quando finalmente parei para observar a paisagem, fiquei admirada. O som das águas caindo era como uma música estrondosa. As águas que chegavam à margem eram cristalinas. A água vinha caindo de uma pedra alta em cascata, e quando se chocava ao chão levantava uma leve espuma. Era como ver o véu sedoso de uma noiva, caindo-lhe sobre as costas. Tudo em perfeita harmonia.
- É como ver um espetáculo, não é? – disse. Eu rapidamente voltei a minha atenção a ele.
Ele tinha um sorriso lindo estampado no rosto e seus olhos brilhavam com a paisagem que lhe enchia de encanto. Ele olhou para mim e não pude deixar de sorrir, também. Por algum motivo, nós simplesmente não paramos de fitar um ao outro. Eu tentei voltar a minha atenção a cachoeira, mas era como se algo me fizesse o encarar sem se importar com o que ele estaria pensando, como se meu corpo não respondesse ao meu cérebro. E eu podia o ver correspondendo do mesmo modo. Aos poucos fomos nos aproximando. Meus olhos perseguiam o caminho até sua boca e voltavam a encarar seus olhos e suas pálpebras seguiam as minhas como numa ação involuntária. Eu já podia sentir sua respiração quente e pesada em meus lábios e nossos narizes roçavam um no outro. Quase que em um impulso ele selou meus lábios, ainda com receio de que eu pudesse rejeitá-lo, mas simplesmente não o podia fazer. Abrimos nossas bocas em sincronia e, no mesmo momento em que minha língua encontrou a dele, toda a extensão de meu corpo se arrepiou. Ele pousou uma das mãos em minha cintura, puxando-me para mais perto de si e a outra ficou meu rosto fazendo um carinho com o polegar. Eu levei uma de minhas mãos até sua nuca, acariciando seu cabelo, e a outra pousou em seu peito. Era um beijo doce e gentil, sem exigências, era como se estivéssemos nos conhecendo. Ficamos assim até nos faltar o ar, então ele quebrou o beijo com um selinho, ainda acariciando meu rosto. Nossos olhos voltaram a se encontrar e ele sorriu com o canto dos lábios. Mas tudo o que eu conseguia pensar era: Por que isso aconteceu? Como assim eu não consegui resistir a ele? Ele podia ser lindo, engraçado e um pedaço de mau caminho, mas eu não podia ter me deixado levar. Agora ele vai pensar que eu sou assim, fácil, que sai beijando qualquer um por aí. , sua idiota.
Fui tirada de meus devaneios por , que pegou em minha mão e me puxou para sentar com ele, embaixo da cachoeira. Ficamos em silêncio por um tempo, até ele dar a ideia de nadarmos, afinal, nós tínhamos ido lá pra isso e não pra ficar se agarrando no meio do nada.
Passamos a manhã inteira na cachoeira, ele me contou sobre sua vida na Austrália e eu contei sobre a minha na Inglaterra. Fazíamos brincadeiras, ríamos, tirávamos sarro um do outro e, de vez em quando, nos beijávamos. Sim, nós nos beijamos mais de uma vez e eu simplesmente não entendo o porquê, deve ser química ou todas essas outras coisas clichês que dizem por aí. Eu só sabia que existia algo entre nós, algo sem explicações. Era como se precisássemos um do outro, como se nos conhecêssemos há anos e só agora nos rendemos ao desejo.
Quando nossos celulares marcaram 12:00, nós voltamos ao hotel para almoçar, já que não tínhamos tomado café da manhã, estávamos famintos.
- Olha os meus pais ali. – Disse para , apontando a direção em que meus pais se encontravam.
- Posso conhecê-los? – Perguntou, fazendo uma cara de pidão tão bonitinha, que eu acabei concordando, afinal, que mal tinha?
- Bom dia, família. – Disse, se aproximando deles, sendo seguida por .
- Bom dia, filha. Que bom que veio almoçar conosco. – Minha mãe se aproximou e me deu um beijo no rosto. – E ainda trouxe companhia. – Ela sorria para .
- É um prazer, Senhora . – Ele disse, estendendo a mão para minha mãe, que apertou a sua em seguida. Ambos sorrindo.
- O prazer é meu, rapaz. – Minha mãe disse simpática.
- Então qual o nome do sujeito que tirou a da cama em plena 9 da manhã? – Agora foi a vez de meu pai se aproximar, já me constrangendo.
- . – Novamente ele estendeu a mão, agora para meu pai, que o cumprimentou, analisando-o.
- Vai almoçar com a gente, ? – Sempre esse estraga prazer do meu irmão tem que se intrometer.
- Na verdade, ele... – Eu comecei a falar, mas me cortou.
- Eu adoraria. – Eu lhe lancei um olhar significativo e ele se encolheu. – Se não for incomodar. – Ele tinha um sorriso tímido no rosto.
- Imagina, nós adoraríamos, não é, ? – Minha mãe me olhou e sorriu.
- Claro. – Disse, me conformando com a situação e retribuindo o sorriso.

O almoço saiu melhor do que eu esperava. Meu pai, meu irmão e engrenaram em uma conversa sobre carros e pareciam se entenderem bem, já eu e minha mãe ficamos só observando os homens conversarem sobre um assunto que pouco nos importava e de vez em quando, minha mãe me lançava sorrisos cúmplices, tudo o que eu podia fazer era retribuir. Como todo bom pai, o meu fez um interrogatório com , depois desse almoço eu já sabia até em que hospital ele tinha nascido. Ok, exagero.
Logo, eu e voltamos a caminhar na praia e decidir onde iríamos agora.
- Eu tentei avisar. – Disse, observando o guia turístico em minhas mãos.
- Sobre? – Ele perguntou com uma sobrancelha erguida.
- O interrogatório. Eu só estava tentando ajudar. – Disse, levantando as mãos em sinal de rendição. Ele riu.
- Ele só fez o que todo pai faria. Ele só está querendo te proteger. – Ele disse.
- Eu sei. – Respondi, o olhando e sorrindo com os lábios fechados.
- O que acha de não irmos pra lugar nenhum? – Sugeriu e eu o olhei, confusa. – Vem. – Ele se sentou na areia e me puxou pra sentar entre suas pernas.
Ficamos assim por um bom tempo, só sentindo a presença um do outro, olhando o mar, abraçados. Era como se nada pudesse tirar aquilo de nós. E eu gostava.
- No que tá pensando? – Ele se pronunciou, ainda olhando o mar.
- Que gosto de estar com você. – Eu disse, o fazendo sorrir lindamente e beijar meu ombro descoberto. – E você?
- Que vou sentir sua falta. – Ele me olhou e deu um sorriso fraco, que me fez sentir uma pontada no peito.
No segundo seguinte pude sentir seus lábios nos meus. Era um misto de aflição e carinho, e ambos compartilhávamos os mesmos sentimentos.
- Oi, irmãzinha. - No mesmo momento que essa voz ecoou nos meus ouvidos, eu me afastei de .
- O que você quer? – Continuei sentada, mas o encarava com desgosto. Ah, eu iria matar ele, com certeza.
- Calma, só queria conversar. – O pirralho do meu irmão se sentou ao nosso lado.
- Nós não temos nada pra conversar com você, então fique à vontade pra se retirar. – Eu podia ouvir os risinhos abafados de , que estava com a cabeça enterrada em meu pescoço.
- Ah, eu acho que o deve estar curioso pra saber algumas coisas de você. – O quê? Eu tinha que acabar com isso agora, senão meu querido irmãozinho iria acabar comigo. Não que eu fosse a Miss Travessa, mas enfim!
Levantei-me e saí puxando meu irmão pela orelha, e deixando um as gargalhadas, jogado na areia, e ainda pude o ouvir gritar: Mas eu queria saber.
- Tá vendo, irmãzinha, ele quer conversar comigo. – Ele disse, quando paramos em um ponto qualquer da praia, bem mais movimentado.
- Se você se atrever a chegar perto dele de novo, eu faço todas as mulheres daqui te rejeitarem durante todo o natal. – Eu disse lhe lançado um olhar ameaçador.
- Você não seria capaz? – Ele perguntou, erguendo a sobrancelha.
- Quer apostar? – Retruquei, sorrindo maroto. Ele pensou por alguns segundos e se rendeu.
- Sua boba. Volta lá pro seu macho. – Ele disse e virou as costas pra mim. Eu sorri vitoriosa e refiz o caminho para encontrar , que ainda estava sentado na areia.
- Demorei? – Perguntei parando em sua frente, fazendo-o erguer a cabeça e me olhar.
- Tanto, que já me fez sentir saudades. – Ele disse, se levantando e sorrindo brincalhão.
Não demorou para nossos lábios estarem colados novamente. O beijo foi parando aos poucos, sendo finalizado com selinhos.
- Que tal a gente tomar sorvete? – Sugeri e ele sorriu concordando.
Chegamos a um quiosque que havia ali perto e por sorte, ou por falta dela, a atendente sabia falar nossa língua.
- Então, o que vai querer? – Ela perguntou, sorrindo para , somente para , como se não notasse minha presença ali. Ele logo entendeu o recado.
Pequena descrição do ser desprezível parado em minha frente: loira (n/a: por que sempre loiras?), cabelos lisos e sedosos até a metade das costas, olhos claros e com um decote que dá pra pular dentro.
- Nós - disse, me puxando pela cintura para as perto de si. – vamos querer dois sorvetes. – Ele disse sério e ela me olhou com desgosto.
- De que sabor? – Ela me ignorou e voltou a olhar para .
- De que sabor, amor? – Ele me olhou e refez a pergunta. Espera, ele me chamou de amor?
- Pode ser de chocolate? – Eu parecia uma criança perguntando isso, mas não estava nem ligando. Ele sorriu com minha animação.
- Um de chocolate e um de morango, por favor. – Ele disse para a atendente, novamente sério.
- Pra já. – Ela sorriu de lábios fechados, pegou os sorvetes e os entregou para . Em menos de cinco minutos, ele já havia pagado e nós estávamos sentados em uma das mesas do lado de fora do quiosque. A filha de uma boa mãe da atendente insistia em ir onde estávamos de minuto em minuto e ficar lançando sorrisinhos para . Ele pareceu não gostar, já que na terceira vez que ela apareceu, ele me puxou para longe de lá.

23/12

- Eu tenho mesmo que ir? – Fiz manha.
- Por favor, filha, ontem você passo o dia inteiro com o , dê um pouco de atenção para sua família vai. – Minha mãe respondeu com mais manha ainda.
Eu fui obrigada a passar o dia inteiro com minha linda família. Até que não foi tão ruim, já que eu e minha mãe falimos o meu pai fazendo compras de natal e meu irmão ficou bem longe de mim, para a própria segurança. Eu só vi no jantar e, graças a minha mãe, conseguimos jantar sozinhos, já que ela arrastou o meu pai pela praia. E nem preciso dizer que meu irmão sumiu, né?!
- Então o que fez hoje? – Ele perguntou, tomando um gole de suco em seguida.
- Compras!!! – Abri um sorriso de orelha a orelha e ele gargalhou.
- Com certeza faliu o seu pai. – Fiz careta e ele riu mais ainda.
- E você? – Perguntei curiosa.
- Aulas de surf. – Ele sorriu igual uma criança que acabara de ganhar um doce.
- Deve ter dado muito trabalho pro seu instrutor. – Respondi brincalhona, balançando a cabeça negativamente e foi a vez dele fazer careta.
- Engraçadinha. – mostrou a língua. Eu continuava rindo.

24/12

- Você prometeu agora eu quero ver. – Eu disse, empurrando pro mar.
Na noite anterior ele prometeu que ia me fazer engolir as piadas sobre sua aula de surf, mas como era de se esperar ele estava com “medo” do mar.
- Também eu vou. Mas se acontecer alguma coisa comigo a culpa é toda sua. – Ele foi em direção ao mar e eu sentei na areia, observando-o.
Na primeira onda ele caiu e eu gargalhei. Duas, três, até que na sétima onda ele conseguiu ficar em cima da prancha e eu gritei igual uma retardada dando pulinhos na areia, quem passasse pensaria que eu havia fugido do manicômio. Ele ficou mais alguns minutos na água e depois veio me encontrar.
- Quem quer um abraço? – Ele sorriu maroto e nós saímos correndo pela praia.
- Não, para, você tá todo molhado. – Eu não me decidia entre rir e correr. Minhas pernas foram diminuindo a velocidade, vencidas pelo cansaço e ele me abraçou por trás.
Depois de que eu recuperei o fôlego me virei para encará-lo. Seus cabelos caiam em seus olhos e eu passei a mão os ajeitando. Ele sorriu e selou meus lábios em seguida e quando eu menos esperava, ele me pegou no colo e foi correndo até o mar, enquanto eu balançava as pernas e gritava tentando o fazer parar. Mas ele nem ligou para minha esperneada, logo eu já estava submersa pela água. me segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um selinho.
- "O amor é uma loucura sensata, um fel que sufoca, uma doçura que conserva." – me olhou e sorriu assim que voltamos para superfície.
- William Shakespeare. – Completei sorrindo.
Eu e passamos a tarde toda na praia, enquanto ele tentava me ensinar a surfar, coisa que não aconteceu já que nem ele conseguia ficar em cima da prancha por muito tempo. Depois nós voltamos ao hotel e eu subi para meu quarto para poder me arrumar já que a noite se aproximava e teria uma festa na praia. Eu escolhi um vestido vermelho e uma sapatilha dourada, já que salto na areia não era a minha melhor opção. me esperava no saguão. Ele vestia uma calça jeans escura com as barras dobradas, uma camisa cinza estampada e tênis preto. Assim que me viu, ele veio até mim, me abraçou e sussurrou em meu ouvido: você está linda. Logo estávamos junto à multidão que tomava conta da areia. Seria impossível achar meus pais aqui.
- Vai começar a contagem regressiva. – disse no meu ouvido, enquanto me abraçava por trás.
- Dez, nove, oito... – Todos cantavam em uníssono.
- Só eu que não estou entendendo nada? – Perguntei, sorrindo para , que concordou.
- Sete, seis, cinco... – Dai em diante as pessoas levantaram as mãos e começaram a contar nos dedos, então eu e pudemos nos juntar a eles. – Quatro, três, dois, um!!!

25/12

Tudo o que eu conseguia ouvir era o barulho dos fogos que clareavam e embelezavam o céu. As pessoas abraçavam umas as outras sem se importarem se eram conhecidas ou não. Em todos os rostos estava estampado um belo sorriso e eles irradiavam felicidade. Eu me virei para e pude ver que não estava diferente dos outros. Seu sorriso era um misto de felicidade e diversão e seus olhos brilhavam. Tive certeza que estava idêntica a ele.
- Feliz Natal. – Eu me pronuncie. sorriu e eu lhe roubei um selinho.
- Feliz Natal, anjo. – Ele levou uma de suas mãos até o meu rosto e fez um carinho com o polegar.
Eu segurei o rosto de com as duas mãos e dei um beijo em seu nariz, depois fui ao encontro de sua boca que me esperava ansiosa. Um som conhecido ecoou em meus ouvidos e eu quebrei o beijo ganhando um olhar de reprovação, o que só me fez sorrir.
- Tá ouvindo? – Perguntei e ele me olhou confuso. – A música. Vem comigo. – E saí, o puxando pela mão.

I love Christmas in the snow
(Amo o Natal na neve)
But Christmas in the sand, oh man
(Mas o Natal na areia, ah, cara)
I tell you that's where it's at
(Digo a você que é o que há)

A música vinha de um quiosque rodeado de pessoas. Eu e nos sentamos na areia próximos do quiosque, a ponto que podíamos ouvir claramente a música.

Hawaiian tropic on my skin
(O trópico havaiano na minha pele)
A candy cane of peppermint, a hint
(Uma bengala de doce sabor hortelã, um toque)
Of cocoa on my lips
(De cacau nos meus lábios)

Eu comecei a cantarolar a música no ouvido de e ele sorriu abertamente.

It could've been the sun; it could've been the sea
(Pode ter sido o sol, pode ter sido o mar)
It could've been my childhood fantasy
(Pode ter sido minha fantasia de infância)

I saw Santa in his bathing suit
(Vi o Papai Noel em sua roupa de banho)
Trying to catch a wave, but he tried to soon
(Tentando pegar uma onda, mas tentou cedo demais)
He laughed so hard that he could barely breathe
(Ele riu tanto que mal podia respirar)
And washed up next to me
(E foi parar ao meu lado)
He said you look naughty
(Ele disse você parece atrevida)
But I'm sure you're nice
(Mas estou certo de que é boa)
He was soaking wet but he cracked a smile
(Ele estava encharcado, mas abriu um sorriso)
With a present in his hand
(Com um presente em sua mão)
He said it's Christmas in the sand
(Ele disse "é Natal na areia")

- Realmente “é Natal na areia”. – disse, cantando um pedaço da música, eu sorri concordando.

I must have had too much to drink
(Devo ter bebido muito)
Cause Rudolph's nose was shining Green
(Porque o nariz de Rudolph estava brilhando em verde)
I think
(Acho)
He was playing reindeer games on me
(Que ele estava fazendo brincadeiras de rena comigo)
Santa only called him once
(Papai Noel só o chamou uma vez)
But you should've seen him run so fast
(Mas você deveria tê-lo visto correndo tão rápido)
They were gone in a dash
(Eles se foram num instante)

It could've been the sun; it could've been the sea
(Pode ter sido o sol, pode ter sido o mar)
It could've been my childhood fantasy
(Pode ter sido minha fantasia de infância)

Agora já cantarolava a música junto comigo.

I saw Santa in his bathing suit
(Vi o Papai Noel em sua roupa de banho)
Trying to catch a wave, but he tried to soon
(Tentando pegar uma onda, mas tentou cedo demais)
He laughed so hard that he could barely breathe
(Ele riu tanto que mal podia respirar)
And washed up next to me
(E foi parar ao meu lado)
He said you look naughty
(Ele disse você parece atrevida)
But I'm sure you're nice
(Mas estou certo de que é boa)
He was soaking wet but he cracked a smile
(Ele estava encharcado, mas abriu um sorriso)
With a present in his hand
(Com um presente em sua mão)
He said it's Christmas in the sand
(Ele disse "é Natal na areia")

- Eu adoro essa música. – Sorri para .
- Parece até que foi feita pra você. – Ele disse e eu não pude deixar de concordar.

Don't need your winter coat
(Você não precisa de casaco)
Don't need your winter hat
(Você não precisa de chapéu)
Just grab the one you love
(Apenas agarre quem você ama)
And say you're never coming back
(E diga que nunca vão voltar)

- Sabe qual é a única coisa que não faz sentido ? – Ele perguntou e eu voltei minha atenção para ele.
- Não estamos no Hawaii? – Perguntei com uma sobrancelha erguida e ele gargalhou, me fazendo o acompanhar.
-Não, boba. – Ele disse quando conseguiu controlar o riso.
- O que é então? – Perguntei curiosa.
- Não importa se o Natal for na neve ou na areia, ele só é bom se você estiver comigo.

If you see Santa in his bathing suit
(Se você vir o Papai Noel em sua roupa de banho)
Trying to catch a wave, but he'll try too soon
(Ele tentará pegar uma onda, mas tentará cedo demais)
He'll laugh so hard that he can barely breathe
(Ele vai rir tanto que mal poderá respirar)
It's what he did to me
(Foi o que fez comigo)
He said you look naughty
(Ele disse você parece atrevida)
But I'm sure you're nice
(Mas estou certo de que é boa)
He was soaking wet but he cracked a smile
(Ele estava encharcado, mas abriu um sorriso)
With a present in his hand
(Com um presente em sua mão)
He said it's Christmas in the sand
(Ele disse "é Natal na areia")

I love Christmas in the sand
(I love Christmas in the sand)




Nota da autora: Oii sweets!!! Bem, essa fic foi totalmente inspirada na música Christmas In The Sand da Colbie Caillat, então eu recomendo que ouçam, é muito bonitinha haha Queria agradecer a minha beta Nanda, que está sempre à disposição!! Eu particularmente adorei escrever essa fic e espero de coração que agrade!! Não deixem de comentar e até a próxima 

Outras fic’s de autoria
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