Escrita por: Abby H.
Betada por: Adriele Cavalcante


Cruel Intentions


12 de abril de 1994
— Cuidado! Devagar! — Gemi e reclamei ao mesmo tempo. O carro estava abafado e não era muito confortável. Eu estava no colo de enquanto ele me penetrava. Penetrar é uma coisa muito diferente do que ele estava fazendo. De onde surgiu essa ideia de transar em um carro? Eu devia estar muito bêbada mesmo para aceitar fazer isso.
— Quer ir para trás, madame? — Disse com um sorriso sarcástico, mas carregado de verdade. Eu não deveria satisfazê-lo, não em um carro. Quem sente prazer em fazer sexo no carro?
— Vamos — Sussurrei e mudamos de lugar, fomos para trás e continuamos lá. Era mais confortável. Eu gemia baixo enquanto se movimentava por baixo de mim. Ficamos alguns minutos assim até que ambos nos entregamos ao prazer — ou apenas gozamos. E acabou.
... — Sussurrou perto do meu ouvido e sorriu. Essa é a primeira vez que isso aconteceu entre a gente, eu sempre o via como um grande amigo, ou irmão gato mais velho da minha melhor amiga, além de ser um dos colegas de trabalho do meu pai. Isso até hoje, quando estávamos na festa de , algumas bebidas, conversa fiada, acabamos nos beijando em seu carro e agora estamos transando na frente da minha casa.
... — Sussurrei de volta. Ele passava a mão lentamente em meu cabelo. Nos levantamos e vestimos as peças de roupas que tiramos. Eu apenas tirei a calcinha e a jaqueta. Ele... Bom, eu nem vi. Não é como eu me importasse.
Saltei para fora do carro e cambaleei. segurou minha cintura e me virou para ele. Nos beijamos por um breve momento e ele me soltou. Vesti minha jaqueta, desci mais a saia do meu vestido e peguei minha bolsa e alguns livros.
— Te vejo depois? — Perguntou e eu assenti. Virei de costas para ele e fui em direção ao portão da minha casa. Casa é uma maneira fofa de dizer. Minha mansão. Mansão do meu pai. Adentrei na casa e andei até a sala de estar onde meu pai estava jantando e falando no telefone, ele parou quando me viu, afastou o telefone do ouvido e deu um sorriso doce.
— Por onde andava, filha? — Perguntou ele e eu pensei em uma resposta. Poderia ter dito que estava transando no carro de um dos advogados que trabalhavam em sua empresa, filho do melhor amigo dele e meu amigo de infância? Não!
— Eu estava estudando com a e com o . O senhor sabe o quanto essas provas finais são importantes — O respondi com uma voz meiga, baixa. Dei um sorriso infantil e extremamente falso. Meu pai assentiu e subi as escadas enquanto lhe dava boa noite, entrei em meu quarto. Fechei minha porta e dei uma gargalhada. Eu minto tanto que nem sinto.
O que eu realmente precisava era dormir. Depois do jantar familiar eu fui para minha cama e dormi. Eu realmente gostei do que aconteceu. Eu e , sexo, desejo. Não acho que eu ame ele, só acho que ele é um ótimo amante. Mas de uma coisa eu realmente tenho certeza: Sexo no carro, nunca mais!

5 de julho de 1994
O fim das aulas, graças a Deus. Eu nunca me senti tão bem em toda minha vida. As aulas acabaram, agora era apenas relaxar. Sem me preocupar com estudos, trabalhos, provas. Agora eu era estava formada. Depois que as férias acabassem eu ia começar a ver faculdades, afinal, alguém vai ter que arrumar o que fazer da vida, ser rica e filha do papai não é profissão. Infelizmente.
Cheguei em casa depois de um dia estressante e estava mais tranquila por ter acabado. Ao entrar em casa, ouvi vozes saindo do escritório do meu pai. Andei até lá e bati na porta antes de entrar. Lá estavam todos em uma pequena reunião, todos e . Mordi meus lábios e meu pai levantou todo animado e veio na minha direção.
— Quem é minha formanda favorita? — Disse meu pai antes de me envolver em um abraço carinhoso e um pouco exagerado. — Parabéns, minha filha, eu estou muito orgulhoso de você! — Me abraçou mais um pouco e depois me soltou. Dei um sorrisinho desajeitado e pedi licença. Eu não queria ficar lá, não com todos aqueles homens. Para deixar claro, orgia definitivamente não era a minha praia.
Eu estava na cozinha preparando algo para comer, só que todo meu foco na comida se explodiu ao sentir umas mãos em minha cintura. Eu sabia de quem era as mãos, eu só não sabia que ele era capaz de pensar em fazer isso, aqui, com meu pai por perto. encostou seus lábios em meu ouvido apenas para sussurrar delicadamente:
— Parabéns, formanda — O tom da voz de era um misto de várias coisas. Eu me virei para ele e o rapaz tinha os olhos cheios de desejo, fogo. Eu sabia o que ele queria, mas agora? Era tão tentador... Mas antes de abrir a boca, me beijou. Um beijo forte e inesperado — aham, muito inesperado. Vai nessa. Ele me beijava ferozmente. Me sentando na pia, o beijo ficava cada vez mais intenso, nossas línguas dançavam e eu soltei um gemido involuntário. Ele apalpava meus seios, minha cintura, minha bunda. Ele realmente não sabia aonde queria por a mão. Quando o ar realmente me faltou, eu estava pronta para soltar nossos lábios de uma maneira mais fofa se não fosse pelo susto que tomamos, me fazendo empurrar ele, desgrudar nossos lábios de uma maneira brusca e mudar nossas posições.
, por que está demorando.... Está tudo bem aqui? — Perguntou meu pai enquanto nos olhava. Eu estava apoiada na pia de frente para a mesma. Ofegante, o ar demorava para voltar. Já estava em pé na frente do balcão tomando um copo de água, ele também estava um pouco ofegante, mas estava mais tranquilo que eu.
— Claro, senhor. Está tudo ótimo. Vamos voltar, tive uma ideia incrível! — se pronunciou e meu pai assentiu. Os dois foram juntos de volta para o escritório. O meu coração parecia que ia pular para fora, foi muita adrenalina, eu nunca quase fui pega dessa maneira, parte de mim estava assustada. Já outra queria mais e logo tudo se transformou nessa parte. Eu queria mais, eu precisava de mais. Eu queria transar com bem aqui na cozinha e algo em mim sabia que ele queria o mesmo.

17 de julho de 1994
Hoje é um dia importante para o meu pai. É o jantar da empresa, todos vão. Eu irei e com certeza também. Minha mãe vai parar fazer a pose de “primeira dama”, era hilário.
Eu poderia dizer tudo que aconteceu nesse dia, porém, não foi nada importante. Eu não vi , não transamos, não aconteceu nada. Era da casa de para a minha casa, em casa não fazia nada e fiquei entediada. Meu pai e trabalharam o dia todo. Odeio essas festas por causa disso. Passei o dia sozinha... Mas a noite é uma criança, não ficarei sozinha.
, está pronta? — Gritou meu pai do andar de baixo. Eu suspirei e peguei minha bolsa, dei mais uma olhada no espelho, eu estava linda. Eu usava um vestido branco que era um pouco justo, mas era perfeito o suficiente para eu parecer uma menina certinha de família e também para seduzir algum rapaz rico. Usava uma sandália com salto para combinar e uma bolsa branca. Cabelos soltos e bem penteados e uma maquiagem leve. Podemos dizer que eu estava pronta para causar.
Desci as escadas e lá estava meu pai com um terno preto e minha mãe com um vestido vinho. A família real. Sem demora fomos para o jantar e jantamos. Não houve nada de tão especial. Eles só discutiam sobre como a empresa era ótima, como eu cresci e fiquei bonita. E o filho de um dos amigos do meu pai queria ficar comigo, sim, rolou, no banheiro. Mas sem detalhes, foi horrível, ele não sabia o que fazer. Foi frustrante!
não falou comigo momento algum, trocamos olhares, mas não palavras. E isso nem doeu tanto, eu tinha ficado com um gato, não precisava dele. Mas parece que o jogo virou, ele estava conversando com Annabella Evans, filha de Richard Evans, um cara infeliz que rejeitou fazer um contrato com a empresa do daddy. Os dois conversavam e eu observava de longe. Droga, ela era linda. Loira, branca, perfeita. E o vestido rosa que ela usava a deixava perfeita, uma princesa. Uma princesa vadia, ela e o saíram juntos para algum lugar, tentei ignorar por um tempo, mas a curiosidade matou o gato. Os segui e vi que entraram em um quarto no segundo andar do hotel e voltei para o salão. Após alguns minutos e sorrisos forçados percebi que eles não estavam voltando e fui para a sala de segurança ver se tinha alguma sorte em descobrir o porquê da demora, não sou inocente, sei o que eles estavam fazendo lá dentro, mas gostaria de ver com meus próprios olhos. Na sala não havia segurança nenhum, ponto pra mim, estavam ocupados demais cuidando da vida dos aristocratas ignorantes que estavam na recepção.
e Annabella estavam transando. Não pude ouvir, só ver através dos monitores, mas parecia que não estava sendo muito gentil, a boca de Annabella estava amordaçada pela própria calcinha e ele estava a enforcando enquanto ela se debatia. E então parou. Ele soltou seu pescoço, mas nada aconteceu, ela não reagia mais. Paralisei. Ele saiu de cima da garota e ela continuava imóvel, definitivamente a brincadeira dos dois tinha ido longe demais. Ele a sacudia como se procurasse algum sinal de vida, mas nada acontecia, Annabelle estava morta. a matou e eu era a única testemunha do que tinha acontecido. Soltei uma risadinha sarcástica enquanto retirava a fita do gravador e a guardei em minha bolsa. Saí da sala de segurança com um sorriso inocente como se nada tivesse acontecido. Quase sinto pena de Annabella, descanse em paz, vadia.
Voltei pra multidão me sentindo incrível. estava comendo na minha mão, se eu quisesse ele iria preso a qualquer minuto. Eu poderia gritar pra todos, vazar o vídeo. Poderia chantageá-lo. Mas não irei, só quero ver ele se remoendo, ele está definitivamente em minhas mãos. É até engraçado, uma fita pode acabar com a vida de alguém. passou rápido por mim, sentia a tensão, nervosismo e medo que ele carregava. Peguei uma taça de vinho e fui atrás dele. Ele estava parado na frente do carro dele, tomando um ar. Dei uma risada baixa e saí para fora.
— Eu sei o que você fez! — Disse bem alto e ele virou para mim. O rosto dele estava com um misto de medo, dor, raiva. Os olhos dele transmitiam um olhar confuso. Ele estava bravo, com medo e ao mesmo tempo confuso. Quando ele abriu a boca para falar ago eu mandei um beijinho para ele e voltei para dentro.
Um tempo depois que foi embora, um grito preencheu o local. Acharam o corpo. O desespero tomou conta do local. Pessoas correram até o segundo andar, naquela suíte estava o corpo de Annabella Evans, do jeito que veio ao mundo, só que morta. Todos olhavam para o corpo, os pais dela choravam desesperadamente. Eu comecei um fingimento de choro muito convincente, os pais de Annabella me abraçaram e disseram que iam fazer de tudo para encontrar quem fez isso. Pobrezinhos, apenas três pessoas sabiam o que aconteceu nessa suíte, e uma delas está morta.... estão tão fodido.

25 de julho de 1994
Uma semana se passou desde a morte de Annabella, o velório foi dia 20, foi um dia doloroso. foi ao enterro dela, mas ficou de longe. Acho que ele não é do tipo que chora no velório da coitada morta. Mesmo ele lá, não conversamos nem um pouco e hoje, dia 25 de julho eu irei conversar com . Não quero vê-lo sofrendo, mas eu ainda posso brincar um pouco. Afinal, eu sou tudo que ele tem agora.
Dirigi até o apartamento de , eu dirigi o caminho todo pensando no que dizer ao . Eu não queria magoá-lo e nem chantagea-lo, ele era meu amigo apesar de tudo. Eu queria ajudá-lo. Estacionei o carro, entrei no condomínio calmamente e no elevador, meus pensamentos se distraíram quando um morador entrou. Ele era lindo. Loiro, alto, olhos verdes, maravilhoso. Ele ficou me olhando e eu olhando para ele. Extremamente gostoso. Quase peguei. Olhei para ele e ele sorriu.
— Você pode me ligar algum dia desses — Disse ele. O rapaz me entregou um papelzinho com o número dele. É como dizem, um olhar vale mais que mil palavras. Ele sorriu e eu cheguei no meu andar. Ou do , whatever. Saí do elevador e sorri para o loiro rapaz.
— Charles — Disse ele como uma introdução. Obviamente é o nome dele. Duh.
— Sorri e ele retribuiu o sorriso. Acho que era um dos sorrisos mais lindos que já vi. A porta do elevador se fechou e ele se foi. Sejamos honestos, eu sei que tenho algo com o , mas se ele for preso eu não irei pagar de mulher de bandido e ficarei esperando-o até ele sair. Nunca. Vou transar é muito!
Toquei a campainha do apartamento de e depois de dois minutos a porta abriu, me fazendo dar de cara com um totalmente diferente do que de costume. Ele estava usando apenas uma calça de moletom. Seus cabelos estavam bagunçados e seus olhos estavam cansados, levando a dizer que ele não deve dormir há algumas noites.
¬— Entre! — Declarou e eu entrei sussurrando um “com licença”. O apartamento de era simples, paredes brancas, móveis normais, nada demais. Eu não curtia esse drama, ele quem matou Annabella, não eu. Eu não irei ficar dando uma de querida, ele aceite muito bem isso. Eu não fui visitar ele para transar, mas sim para ajudá-lo a superar o assassinato.
— Como você está? — Perguntei em um tom baixo. Ele levantou o rosto e olhou bem para mim. Podemos dizer que eu estava radiante. Depois do bate-papo sem palavras com o loiro gostoso do elevador, — apelido fofo — eu me sentia melhor. Toda a tensão de “meu amante pode ser preso por um assassinado ocorrido durante uma relação sexual” saiu de meus ombros.
— Eu estou vivendo. Penso muito no que eu fiz e em toda a repercussão que essa morte trouxe. Eles estão investigando, mas graças a Deus nada leva a mim. Porém eu sei o que aconteceu, e pelo o que parece, você também sabe — As palavras saiam em um tom baixo. estava sério, ele estava até aterrorizado. Óbvio que eu não iria contar como descobri, ele ia fazer de tudo para conseguir a fita, poderia até me matar. Ele não precisa saber como eu sei, ele só precisa relaxar. Garotinhos de papai sempre conseguem o que querem.
— Pois é, eu sei — Suspirei e me sentei ao lado dele. Ficamos um tempo sem falar nada e por incrível que pareça, eu gostei. Eu não sou igual às outras que ficariam ao lado dele quando tudo desmoronasse, eu iria fugir, eu odeio me ferrar por causa dos outros. Essa sou eu.
, se você quiser contar para a polícia o que sabe, para mim está tudo bem. Não ficarei bravo. Um pouco desapontado, mas não ficaria bravo. Faça o quê achar melhor — estava de cabeça baixa, a voz dele estava em um tom baixo e abalado. Ele estava destruído. Pobrezinho.
— Não vou contar para ninguém... Eu irei ajudá-lo. Não posso garantir que você ficará a salvo, mas da minha boca, nada irá sair. — Olhei para e o rapaz olhou fixamente para mim e sorriu, pela primeira vez hoje. Eu fiquei um pouco feliz, mas não o bastante para ceder. Eu já disse, não arrisco meu pescoço por homem nenhum! — Eu preciso ir... Eu só passei mesmo para ver se você estava bem ou precisava de algo. Fique bem — Me levantei e dei um leve beijo em sua bochecha direita, ele deu um sorriso e se levantou para abrir a porta para mim. — Se cuida, .
Voltei para casa mais tranquila, aquela conversa de só eu falo e você escuta me ajudou. Eu disse que ajudaria, mas ajudaria do jeito que posso. E se por acaso eu começar a me afundar, eu pularei fora. Isso era uma promessa minha. Eu não vou me arriscar.
Quando entrei, meu pai veio até mim e me entregou um papel. No papel dizia que eu fui convocada para depor sobre o caso da Annabella, já que eu estava na festa. Então eu sou um pouco suspeita, todos lá são, menos ... Na verdade, todos são suspeitos. Principalmente ele que fugiu. Olhei bem para o papel e suspirei.
— Vai ficar tudo bem, filha, nós vamos encontrar quem fez isso com a Annabella. E você ajudará bastante — Ele sorriu e eu entreguei o papel para ele. Eu fui para o meu quarto e dormi sem jantar essa noite, eu precisava planejar exatamente o que fazer. O que dizer, como dizer. Minha função era parecer a mais inocente de todos e para isso, eu precisaria mentir e entrar no papel. Com certeza seria uma ótima atriz. Dei uma risada mental e me entreguei ao sono. Mas que aquele loiro era gostoso, ele era!

27 de julho de 1994
O dia chegou, irei depor. Eu não estava tão nervosa assim. Me vesti como se fosse fazer uma entrevista de emprego. Mas deixei meus cabelos soltos, do jeito que sempre deixava. Vestida e pronta, repassei mentalmente o que deveria dizer enquanto dirigia até a delegacia. Ao chegar lá, me levaram para uma sala cinza com uns moveis escuros. Adentrei na sala e sentei-me no lugar que me pediram para. Depois de alguns minutos dois policiais entraram na sala. Ele entraram em silêncio e pareceram surpresos ao me olharem sentada naquela sala. Acho que me acharam gata, mas quem nunca me achou gata? Ah, faça-me o favor, eu sou linda, maravilhosa. Todos me amam.
— Senhora ? — Um dos policiais perguntou e eu apenas concordei. — A senhora sabe o motivo de estar aqui? — Perguntou mais uma vez e eu pensei em uma boa resposta.
— Não, eu realmente não sei — Disse em um tom baixo, e carregado de inocência. Eles se entreolharam e olharam para mim.
— Você conhecia a falecida Annabella Evans? — O mesmo policial da pergunta anterior me perguntou novamente. Apenas assenti. — Qual era o seu relacionamento com a falecida? — A pergunta dele me pegou desprevenida. Nós não éramos muito amigas, poucas vezes a vi e da última vez, eu a vi ser assassinada. E bom, eu já tive uma vontade de transar com ela. Me desculpe, mas ela era linda. Mas não podia dizer isso para eles, duh.
— Nós já fomos muito amigas... — Comecei mentindo, eles me olharam fixamente e eu continuei, agora com uma voz carregada por choro falso. — Mas nos afastamos, eu comecei a me concentrar mais na escola e ela seguiu a vida dela. Nossa amizade acabou aos poucos e nunca mais a vi... — Pensei como terminar isso, eu precisava ser convincente. — Da última vez que a vi, foi no dia que ela... Morreu! — Comecei a chorar desesperadamente, soluçava até. Eu sou uma boa atriz e tanto. Eles se entreolharam e o outro policial que só estava lá anotando coisas me deu um lenço. Limpei minhas lágrimas extremamente falsas e me recompus. — Me desculpe.
— Está tudo bem — O policial me olhou e se sentou a minha frente. Ele suspirou e eu já sabia muito bem qual era a pergunta. — Annabella tinha inimigos? Você sabe de alguém que não gostava dela ao ponto de matá-la? — Aquela foi mais uma pergunta que me deixou transtornada. Eu realmente não sabia o que dizer. Eu sabia quem foi, mas será que o a odiava? A ponto de matá-la? Dei os ombros mentalmente e pensei no que dizer.
— Eu não sei, policial... Nós estávamos afastadas nesses últimos anos. Então eu realmente não sei se alguém a odiava. Ela era muito gentil, amigável... Não sei quem seria monstro o suficiente para matá-la — Declarei por fim e o policial assentiu e se levantou.
— Ok, muito obrigada, senhorita. Fique tranquila, iremos achar quem a matou e prometemos que ele pagará pelo o que fez! — O policial parecia convicto do que dizia, eu assenti e me levantei. Cumprimentei os dois policiais e me dirigi para fora da sala. Ao sair, me senti totalmente leve e tranquila. Queria rir de todos esses otários que podem ser acusados da morte da pequena e burra Annabella. Ela mereceu, ela quis transar com o cara errado.
Andando a caminho da saída daquele inferno, que realmente espero que não tenha que pisar novamente, olhei para o lado e vi o rapaz do elevador. Charles. Ele me olhou para alguns minutos e sorriu. Ele se levantou para me cumprimentar.
— Olá. O que uma moça linda que nem você está fazendo em um lugar como esse? — Perguntou ele com um sorriso enorme. Eu suspirei e inclinei minha cabeça para ao lado em um gesto fofo.
— Eu vim depor sobre o caso da garota, Annabella, que morreu — Dei os ombros e me fiz parecer triste, eu era muito convincente, já disse isso? Ele assentiu ao ouvir minha resposta, o quê será que ele faz aqui? — E você, o que faz aqui?
— Eu sou irmão da Annabella. A família toda foi chamada para depor, sabe. Para saber se ela tinha algum inimigo ou alguém que seria capaz de matá-la. Onde estávamos no momento. Coisas assim... Eles queriam saber mais dela, mais de nós — Ao ouvi-lo, me arrepiei. O caso parecia realmente muito sério, quando pegassem o , pobrezinho, iria se foder completamente e eu? Eu iria rir. Ou sentiria pena dele. Mas não me envolveria. — Eu não sabia que Annabella tinha uma amiga tão bonita.... — A voz dele me despertou dos meus pensamentos e no rosto dele havia um sorriso sexy, droga, eu queria dar para ele, sem brincadeira. Ele sorria e aquilo me deixou um pouco tímida. Filho da puta gostoso, porque você não pode só me comer?
— Não éramos tanto amigas assim. Mas já fomos. E me desculpe, mas eu não me lembro de você — Disse de uma maneira que não parecesse grosseira e ele deu os ombros. Eu e Annabella já fomos amigas sim, quando éramos crianças. Meu pai e o dela eram muito amigos, mas então o tempo passou, o pai dela traiu o meu, deu encrenca e aí bum! Cada um para um lado.
— Mas eu lembro de você, ! — Ouvir ele pronunciar meu nome me deu arrepios. Nossa, odeio ser chamada de . Ew. — É bom te rever, tão... Mulher! — Então ai me lembrei. Charles Evans, irmão da Annabella. Eu tinha uma quedinha por ele quando eu tinha, sei lá, uns 3 ou 4 anos. Ele se mudou para Londres depois que terminou o colegial. Ele não é tão mais velho que eu, deve ter a idade do . Um ano ou dois mais velho.
— Obrigada pelo elogio, você é um doce! — Dei um soco leve no braço dele e ele riu. Não alto o bastante para chamar a atenção. Era bom falar com um homem que não fosse o . O era especial, mas era muito... Carente. Quando eu não estava afim, ele comia outra e quando ele não estava afim, eu dava pra outro, mas ele não sabia. Eu sempre me mostrei ingênua e totalmente disposta ao , mas coitado, ele não sabia o quão vadia eu era.
— Bom, eu preciso ir. Te vejo depois? Me liga um dia desses, seria legal conversar. — Charles se despediu e me deu um beijo na bochecha. Eu saí da delegacia muito mais animada do que quando entrei. Voltei para casa pensando em tudo que poderia acontecer. Eu já não me importava se o fosse preso, eu só me importava comigo mesma e com meu futuro. Não nasci para ser mulher de bandido. No way.

30 de julho de 1994
Eu estava mais tranquila. Nos últimos três dias passei mais tempo com meus amigos, sentia falta da e do . Porra, eu não aguentava mais aquele drama com o , me permiti relaxar muito! Nós saiamos, bebíamos, eu pegava alguns caras, pois eu precisava de pênis preenchendo minha boca... Eu estava voltando a viver. Porém, nem tudo era perfeito. Eu estava pensando em tirar umas férias para relaxar mais. Só eu, e , porém os dois não vão. Então eu teria que viajar completamente sozinha. Eu estava sentada no sofá lendo uma revista qualquer quando ouvi a porta se abrir. . Ele estava mais sério do que nunca, mas não desesperado como estava da última vez que o vi.
— Saudade de você — Disse ele enquanto se aproximava de mim. Não tive tempo de responder, ele já começou a falar. — Ouvi por aí que você quer ir para Paris — Fiquei um pouco nervosa ao ouvi-lo. Como ele sabia? Nem meus pais sabiam. — Boa notícia, eu e você. Paris, hoje à noite! — Ele deu uma piscada e sentou ao meu lado.
— Oi para você também. Nossa, eu estou muito bem e você? Ah, não tenho novidade nenhuma! — Disse cada palavra com sarcasmo transbordando. Ele arqueou uma das sobrancelhas e sorriu para mim. — Primeiro, como você sabe que eu vou para Paris? Segundo, como assim “eu e você”? Quem disse que eu quero ir com você, meu amor?! — Agora eu arqueei minha sobrancelha esquerda e olhei para ele. Ele soltou uma gargalhada gostosa de se ouvir. Eu mordi meu lábio e ele segurou na minha mão.
— Nossa, como você está violenta hoje! — riu alto e passou a mão do meu rosto. — Eu ouvi, não sabia, eu apenas deduzi. Você já tinha comentado que queria ir para Paris. E bom, eu e você, podemos passar um tempo lá, aproveitar da cidade. Lá é uma cidade romântica e extremamente sexy. Iríamos aproveitar muito — Ele deu um sorriso malicioso e eu pensei nas opções: eu poderia ir e aproveitar demais, ou poderia ficar e morrer entediada, porém teria meus amigos e não um assassino por acidente extremamente gostoso e que está me deixando completamente excitada...
— Por que eu deveria ir com você? — Aproximei meu rosto do dele e perguntei em voz baixa. olhou para minha boca e passou a mão pela minha coxa, apertando-a devagar.
— Bom.... Porque sou o único que te deixa acesa uma noite toda apenas com um toque — Ele apertou novamente minha coxa e aproximou a boca do meu ouvido. — E também, não quero ficar sozinho, e você... Você não quer me deixar sozinho! — Ele mordeu levemente meu pescoço e eu gemi baixo. Ele não estava mentindo, ele sabia muito bem como deixar uma mulher morta de desejo. Bom, morta também... — Então, você topa?
— Bom, eu preciso de uma pausa dessa cidade... Mas, eu vou para Paris, você só vai comigo — Dei um sorriso e me levantei. Andei até a cozinha e ele veio atrás. Abri a geladeira e peguei uma lata de refrigerante. me virou para ele e colou meu corpo no dele.
— Como você quiser, capitã! — me beijou. Um beijo forte, quente. Cheio de paixão e desejo. Fazia um bom tempo que não transávamos, a última vez foi uns dias antes da morte da pequena Annabella. apertava minha bunda e me fazia ficar com meu corpo colado no dele. Podemos dizer que algo nele já estava completamente acordado, no caso, duro.
Ficamos naquilo por vários minutos, quando o ar faltava, parávamos, mas voltávamos em seguida. Achei que faríamos mais, só que, bom, não fizemos. Ele me deixava afim, mas ao mesmo tempo estragava o clima. Acho que eu não estava muito afim de transar com um cara que matou uma menina durante o sexo. E se ele fizesse a mesma coisa comigo? A imagem dele me enforcado enquanto me comia era tentadora, até excitante, porém, me assustava. beijava meu pescoço de uma maneira gostosa, e então eu ouvi a porta abrir. Entrei em pânico, se alguém nos visse aqui, desse jeito, seria o fim! Não era assim que queria contar que eu andava ficando com . Eu queria empurrá-lo, mas não conseguia, meu corpo estava duro, eu estava imóvel.
— Te espero hoje a noite, não conte pra ninguém! — declarou em um sussurro e se afastou de mim, ele saiu da cozinha andando de frente para mim e sorrindo. Só ouvi ele cumprimentando o meu pai e indo embora. Olhei para a minha lata de refrigerante em cima do balcão. Refrigerante definitivamente não é o suficiente para mim agora! Maldito , filho da puta gostoso e muito, muito, muito e muito delicioso!

5 de agosto de 1994
Fazia alguns dias que estávamos em Paris, cada dia era realmente melhor que o outro. Eu me divertia como louca, apesar de ter minhas dúvidas. Passar o tempo com daquela maneira, me fez ver tudo diferente. Eu gostava do , não sei se era amor, mas eu adorava o tempo que passava com ele.
Eu estava deitada na grande cama do quarto de hotel que estávamos, eu estava literalmente vivendo como uma princesa, ficar sem todo aquele drama do caso Annabella me fez muito bem. entrou no quarto vestindo apenas uma toalha para cobrir o que eu odeio coberto. Ele me olhou e deu um sorriso. Eu estava apenas coberta pelo lençol da cama, não toda, apenas as partes que deveriam ficar cobertas. andou até a cama e se deitou em cima de mim, sem fazer peso. Ele beijava meu pescoço da maneira mais gostosa que podia, eu gemia baixo, pois ele passava a mão pelo meu corpo e tocava devagar a minha parte mais intima. Ele sorria quando eu respondia aos seus toques com gemidos.
Beijos e toques que eram delicados, se tornaram mais intensos. beijava todo meu corpo e me preparava para o que eu mais queria, que era ele dentro de mim. Não demorou muito para o meu desejo se tornar realidade, ele me penetrou e aquilo foi algo que me preencheu totalmente. Nada mais importava, só ele. Os movimentos começaram delicados, calmos, mas logo se transformaram em algo mais intenso, mais forte, mais satisfatório. Gemidos eram os nossos diálogos, eu gemia e ele também. realmente sabia como me deixar satisfeita, ele sabia como me fazer gritar e revirar os olhos de prazer.
— Você é toda minha! — Ele sussurrou e então eu percebi que em partes, ele não mentia. Não fazia mais sexo com outros caras como antes e fugi do país com um assassino, isso só poderia pertencer a ele. Mas isso não era assim tão fácil. Eu poderia até sentir sentimentos extremos por ele, mas eu ainda era , não me entregaria tão fácil!
— Você que pensa, amigão! — Terminando de dizer, mudei a posição. Deixei ele deitado e me fiquei por cima dessa vez. Eu me movimentava freneticamente por cima dele e ele adorava. Gemidos saiam todo momento dos belos lábios dele. Fazer ele gemer de prazer e implorar por mais era satisfatório. Eu sempre comando, não nasci para ser submissa de ninguém! Não demorou tanto como pensei para se entregar ao lindo e maravilhoso ápice e gozar. Eu fui logo em seguida. Nos deitamos um ao lado do outro e ficamos assim, relaxando. pegou no sono em seguida, eu não consegui. Me levantei e fui para a sala.
Assistindo à televisão, uma notícia me fez paralisar. Encontraram o assassino de Annabella e ele estava foragido. O caso foi tão grande que virou mundial, já que ele podia estar em qualquer lugar do mundo, e ele já sabiam quem era. . O assassino de Annabella, e eu tinha acabo de transar com ele. Puta merda, eu estava fodida. Eu olhava para a televisão sem qualquer reação, eu estava em um pânico que era horrível, eu poderia ser presa, eu estava com ele! Eu continuaria em pânico se não fosse pelo som do telefone tocando. Atendi em um pulo, era meu pai.
— Filha. Onde você está? — Meu pai mostrava total preocupação na voz dele. Eu tremi, aquela noticia acabou comigo. Eu poderia ser presa, merda. — Filha, fica tranquila, eu sei que está com o , mas nada acontecerá com você. Filha, fica tranquila. Voltem pra casa. vai passar por julgamento e lá decidirão o que acontecerá com ele, mas fica tranquila, nada acontecerá com você. Eu não deixarei! — Eu não prestava atenção no que ele dizia, minha cabeça podia explodir. Eu estava ofegante, eu estava aterrorizada. , a garota que entregaria o cara que gostava só para não ser presa está completamente aterrorizada. Isso é uma piada.
— Co... Como descobriram que foi ele? — Disse em um tom baixo. Olhava fixamente para a televisão. Eu estava tremendo cada vez mais
— Acharam as digitais dele no quarto e no corpo. E uma camisinha escondida. Ele vai ser julgado amanhã à noite. Ele disse que tudo bem, ele disse que só precisava de um advogado. Mas então ele fugiu. Ele precisa estar aqui amanhã, filha! — Eu fiquei congelada. O filho da puta sabia que ia pra julgamento, ele sabia que era culpado e ia ser preso. Ele fugiu para se safar, ele inventou a viagem para se safar!
— Ok... Eu, eu darei um jeito! — Desliguei o telefone e andei até o quarto. Eu olhava para dormindo e não senti nada mais que nojo, que ódio, fúria! O filho da puta me usou, ele me fez acreditar que ele gostava de mim, que se importava, agora eu estou fodida.
Olhei bem para a minha bolsa e para , dei um sorriso sombrio. Ninguém me passa a perna, eu sei uma maneira obvia de me livrar de qualquer acusação que vier, eu posso fazer ele ser preso e nunca mais sair! E vou fazer. Pobre, , ele realmente não sabe do que sou capaz.
Andei até ele e passei a mão no rosto dele. Ele sorriu. Olhei bem para dentro dos olhos dele e sussurrei:
— Precisamos voltar... Meu pai... Adoeceu!

6 de agosto de 1994
Consegui trazer para o país a força e levá-lo ao tribunal. Eu não sentia um pingo de pena do , ele merecia tudo e muito pior. Eu estava sentada perto do meu pai e da minha mãe, eles seguravam minha mão e diziam coisas como “vai ficar tudo bem”, “a justiça será feita”.
Todos estavam lá, sentados assistindo. Quando entrou algemado, os pais e parentes de Annabella o chamaram de assassino, e vários nomes feios! Ele se sentou no lugar determinado ao lado do seu advogado. Do lado deles estava os pais de Annabella. Ninguém lá sabia que eu era a chave final. O que eu dissesse poderia mudar a sentença do . E nesse momento, eu era a única pessoa que não era confiável!
Depois de várias pessoas que passaram para defender ou acusar , chegou minha vez. Fui até o local indicado e andei de cabeça baixa. Todos olhavam para mim, eles não sabiam que eu estava com em Paris, eles só sabiam que eu era a amiga dele e todos achavam que em certo ponto, eu era cúmplice e não deixaria ele ser preso. Sentada e preparada, olhava para mim na esperança que eu o salvasse. Eu suspirei e comecei a falar:
— Eu não vi pessoalmente o que aconteceu... — Ele me olhava com medo, ele achava que eu ia mentir. Eu queria poder, mas eu sabia que se mentisse, eu iria me foder. Eu iria ser presa e minha vida iria para a merda e me desculpe, mas eu não iria deixar. — Mas eu vi pelas câmeras de segurança do prédio. — Todos ficaram chocados, até . Ele não sabia dessa. — Eu fiz uma cópia do vídeo... Com tudo que aconteceu... E sim, foi o que matou Annabella. — Suspirei e comecei a fingir um choro bem convincente, todos acreditaram. — Mas eu não tive nada a ver! Ele me chantageou! Ele me fez sair do país só para não ser preso! Mas eu guardei a cópia e eu a dou para vocês. O único assassino aqui é o , eu não fiz nada, só guardei a fita para não morrer da mesma maneira que Annabella. é um psicopata! — Desabei falsamente em um choro tão convincente que até a juíza acreditou e me acudiu. Então entreguei a fita para eles e na pequena televisão eles mostraram o que aconteceu, como aconteceu. agora era definitivamente o assassino de Annabella Evans e eu não era a cúmplice, eu era apenas uma vítima!
De volta para o meu lugar, fiquei lá enquanto foi decretado culpado e foi declarado a prisão. Mas por incrível que pareça, não era a perpetua. Acho que era 10, 20 anos, não lembro. saiu do tribunal algemado e quando olhou para mim, eu via todos os tipos de ódio em seu olhar. Logo, o meu choro falso se transformou em verdadeiro, mas no final, eu me senti viva. Eu estava livre.
Em casa, eu estava trancada em meu quarto. Eu chorava, mas no fim, o choro se tornou em uma gargalhada. Eu ria escandalosamente alto e me joguei em minha cama. Eu adoro o , mas não vou abrir mão da minha liberdade para ser uma lésbica machona de prisão. Eu sou , não sou uma qualquer. Aproveite a prisão, otário.

13 de agosto de 1994
Uma semana se passou desde que foi preso, fui permitida para visitá-lo. Eu estava lá, ansiosa, porém com medo. Ele poderia me matar. Ri mentalmente. Ele nunca faria isso. Os policiais me levaram para uma pequena sala onde estava um vestido com um macacão laranja, cabelo bagunçado e olhos cansados, ele estava tão gostoso que eu transaria com ele nessa sala mesmo. Ele me olhava fixamente, eu sabia que existia fúria em seus olhos, ele queria me comer viva, não no sentido gostoso. Suspirei.
— Olha, , eu te amo e você sabe. Mas eu me amo muito mais. E além disso, se eu fosse presa junto, eu nunca iria sair desse inferno! — Ele não disse nada, então eu apenas me levantei e olhei bem para ele. — Garotinhos de papai que nem você não conseguem tudo que querem. — Dei um sorriso falso e mandei um beijinho para ele. — Aproveite a prisão, babaca. — Virei de costas e saí da salinha. Andei até meu carro e comecei a gargalhar. Eu nunca me senti tão bem. Sabe, acho que eu precisava de um recomeço, caras novos... Pobre , nunca se deve confiar em mim. Pague o preço, otário. Liguei o som no último e gargalhando comecei a dirigir. Daquele momento em diante, me odiava. Ele estava bravo demais comigo, mas ele merecia. E além do mais, eu tenho um loiro gostoso, rico e muito, muito maravilhoso que faria qualquer coisa para ficar comigo. Não preciso do . Ri alto. Nunca me senti tão bem em toda minha vida!



THE...END?



Nota da autora: 15/03/2015 Olá galera, essa é a minha primeira shortfic e interativa, então é uma coisa muito nova pra mim. Se vocês gostaram podem comentar, pois irá ajudar muito. Quem sabe, em um futuro bem próximo teremos uma continuação e vocês poderão ver o quê acontece depois do fim. Espero realmente que tenham gostado e se não gostaram também, podem dar suas opiniões, tudo é bem vindo.

Eu quero agradecer a minha beta Adriele por aceitar ser a minha beta e postar a fanfic para vocês. Espero que ela continue me ajudando e me aguentando. Então é um agradecimento especial.
Quero agradecer também a minha amiga Paula, agradeço-a por me ajudar a escrever a fanfic, dar ideias e sugestões para que ela possa estar boa o suficiente para agradar as leitoras.
Então, obrigada a todos. Espero que tenham gostado e é isso. Vejo vocês em uma próxima fanfic e se eu conseguir sairá o mais rápido o possível.
Um beijo para vocês e é isso, vejo vocês em breve.


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