Escrita por: Selene Vanstrikker | Beta-reader: Lara


Prólogo

A garota saiu correndo pela floresta. Sabia que tudo não passava de uma ilusão, já que não tinham florestas na Cova do Dragão. Seu vestido longo e verde prendia-se nas árvores, fazendo com que ela perdesse o equilíbrio. Caiu no chão com tudo, desabando sobre a terra macia da floresta imaginária. Levantou a cabeça rapidamente para continuar fugindo, mas sabia que não iria muito longe. Antes que conseguisse se por de pé novamente, um vulto se pôs a sua frente. No mesmo instante a garota soube quem era.
- Por quê? - ela perguntou, ainda ofegante graças à corrida. - Você tem noção das forças com que estará mexendo?
O vulto riu.
- Esse é o seu destino, garota. O nosso destino. Acabar com todos esses demônios sugadores de sangue e criar uma utopia, um lugar onde pessoas como nós podem viver livres e felizes. - respondeu o vulto, desfazendo a ilusão da floresta. De repente a garota ainda estava algemada às paredes do calabouço dos Krostav e a mulher que costumava chamar de amiga continuava a torturando com ilusões irreais.
- Você não pode fazer isso! - gritou a garota. - É magia negra! Vai comprometer a todos nós!
A mulher Krostav soltou outra gargalhada sinistra.
- Mas não sou eu quem vai realizar a maldição - disse, simplesmente.
A garota encolheu-se em seu canto, sentindo as algemas reforçadas por magia machucarem seus pulsos.
- Então quem será?
- A única pessoa entre nós que não tem um futuro a compromenter. A única entre nós que teve a ousadia de quebrar uma das regras mais claras e importantes da magia. A única entre nós que seria capaz de trair sua própria espécie de uma maneira tão... Repulsiva.
E, de repente, a garota entendeu quem seria.
- Não pode me obrigar a fazer isso! Eu tenho direito de escolher!
A mulher Krostav deu as costas à garota, encaminhando-se a saída do calabouço.
- É claro que posso. Afinal, você não seria capaz de fazer tudo, qualquer coisa, por ele?
E então saiu, deixando com que a escuridão a levasse embora e que Helina Dragsville voltasse a solidão total.

Capítulo 1
A Cova do Dragão

Tudo o que eu queria era abrir meus olhos e descobrir que não passara de um pesadelo. Os últimos dois meses da minha vida têm sido um verdadeiro inferno - o desaparecimento de meus pais, a procura por um novo lar temporário, a tristeza de ter perdido minha única família. Minha tia Margareth havia sido a minha salvadora, a única parente que parecia ter condições de me adotar, embora ela mesma parecesse não concordar com isso. Pelo que eu sabia, ela e minha mãe não se davam muito bem, mesmo sendo irmãs gêmeas.
Mas, quando eu abri meus olhos, o que eu vi não foi o teto do meu quarto, em Brighton. Tudo o que eu podia vislumbrar era branco e mais branco. Demorei alguns segundos para me localizar - eu estava sentada na cadeira do avião, desembarcando em algum lugar da Romênia para reencontrar Margareth, que eu não via há... Bom, há muito mais de dez anos.
Margareth havia escolhido uma profissão bem diferente de minha mãe, que era professora. Ela era historiadora, passava meses e meses andando de país em país e gravando documentários. Parecia divertido, mas bem cansativo também. Falar romeno não era minha especialidade, embora eu sempre tenha tido aulas de diversos idiomas desde os seis anos de idade. Eu tinha prazer em aprender novos idiomas, mas o curso de romeno eu não havia completado. Acho que seria o suficiente para terminar a escola, pelo menos.
Após pegar minhas malas, rodei uma boa parte do aeroporto à procura de Margareth. Não seria difícil reconhecê-la, já que ela era idêntica à minha, agora desaparecida, mãe. Eu esperava por alguma plaquinha com meu nome escrito, mas não encontrei nada, então sentei-me em um banco e esperei um pouco. Alguns minutos depois consegui avistar uma figura loira e afobada correndo em minha direção. Eu simplesmente não entendia como podia ter cabelos tão escuros sendo que tanto a família de meu pai quanto a de minha mãe era praticamente composta por loiros. Margareth abriu um leve sorriso antes de me dar uma abraço e dizer:
- Como você cresceu, ! Está se tornando uma bela jovem.
- Obrigada, tia - foi tudo o que eu disse.
Em seguida ela me guiou até o estacionamento. O clima frio me fez reclamar mentalmente, mas tentei manter minha boca fechada. Margareth não parava de falar em como estava feliz com minha presença e sobre seu novo documentário. Ela parecia simplesmente ignorar o fato de que sua irmã estava desaparecida há semanas. Ela falava tudo em romeno e eu me enrolava para tentar traduzir.
- Você vai adorar a cidade! Quer dizer, não é muito grande, nem muito conhecida, mas a Cova é tão aconchedora! - ela dizia.
Cova do Dragão era o nova da cidade "da vez" da minha tia. Um nome sinistro para uma cidade igualmente estranha. Eu havia perquisado um pouco sobre ela na internet, mas não conseguira muitas informações.
Enquanto ela dirigia e tagarelava, eu estava distante. Tentava imaginar como seria quando eu colocasse os pés na Cova. Eu sempre tive uma tendência a imaginar como as coisas seriam antes delas acontecerem e elas sempre acabam acontecendo de outro jeito. Eu sempre me decepcionava com isso. Ralph, alguém que eu costumava chamar de "melhor amigo" em meus dias em Brighton, dizia que eu esperava demais das pessoas e dos acontecimentos. É, talvez eu fizesse isso, mas eu nunca admitiria em voz alta.
A casa de Margareth ficava logo na entrada da cidade, segundo ela, a quinze minutos da escola em que eu estudaria. Ela cogitara a idéia de me tirar da escola por um ano, já que eu já tinha perdido um bom tempo. Mas a minha nova escola na Romênia havia sido gentil em me ajudar a recuperar as notas graças aos "traumas que eu havia sofrido". Esse seria meu último ano de colegial antes da universidade e eu não podia desistir depois de tanto tempo na estrada para conseguir meu diploma.
Assim que chegamos a casa de minha tia, ela começou a me mostrar os comôdos. Logo na entrada havia uma casa de estar bem confortável, com as paredes pintadas de creme e sofás extremamente polidos na cor branco. Logo nos primeiros cinco minutos eu pude perceber que Margareth tinha uma espécie de obsessão por limpeza, assim como minha mãe costumava ter. Depois ela me mostrou a cozinha, que assim como a de minha casa em Brighton, tinha um balcão na entrada. Sorri com isso.
Subindo para o andar seguinte, Margareth me contou que a casa tinha apenas um quarto. Não que estivesse preocupada em dormir na sala, não seria um sacrifício tão grande, até que ela começou a falar:
- Estava pensando em dar meu quarto à você. Mas então eu tive uma ideia... - ela fez uma pausa dramática, ainda me guiando pela casa. - E resolvi reformar o sótão pra você! O que você acha?
Pensei um pouco. Eu sempre quis um quarto no sótão, algo que sempre me pareceu tão inalcançável estava acontecendo agora. Sem dúvida era melhor que dormir na sala e melhor que tirar Margareth do quarto dela. Era uma ideia muito boa.
- Eu adorei, tia! - agradeci com entusiasmo. - Muito obrigada!
Ela sorriu satisfeita. Então me levou até meu futuro quarto. Ok, eu admito que era mais bonito do que eu esperava que seria. Completamente azul (minha cor favorita), era um quarto/sótão relativamente grande, vamos dizer. Tinha uma cama de casal bem no meio dele, perfeitamente arrumada com milhares de travesseiros, até mais do que eu necessitaria em uma situação normal. Algumas janelas espalhadas pelo cômodo, todas cobertas por cortinas cinzas, mas que estranhamente combinavam com a overdose de azul que havia ali. Tinha um guarda roupa encostado no canto esquerdo, com um espelho gigante bem no meio. Um criado mudo de cada lado da cama, ambos com uma luminária. Era um quarto bem legal, afinal de contas.
- E então, o que achou? - perguntou Margareth.
- Tia, isso é... Espetacular! Muito, muito obrigada! - disse, dando-lhe um abraço.
Nas poucas vezes em que convivi com Margareth, ela se mostrou completamente adorável. Diferente da minha mãe, que não se dava bem com todas essas "baboseiras emocionais", como ela costumava dizer, minha tia era sensível e calma, do jeito que eu sempre sonhei que uma mãe seria. Mas eu devia me lembrar que, obvimente, Margareth não era a minha mãe. Elas podem ser fisicamente parecidas — ou fisicamente iguais, tanto faz —, mas não são a mesma pessoa.
Depois disso nós trouxemos minhas duas malas da sala de estar até o sótão. Ela me ajudou a por tudo em ordem, arrumar as roupas no guarda-roupa e alguns objetos no criado mudo. Levei alguns cosméticos para o banheiro e me ofereci para ajudar a preparar o jantar. Margareth aceitou a ajuda, mas realmente espero que ela cozinhe melhor do que eu.
Fomos para a cozinha e ela me pediu para que eu preparasse o molho branco para o macarrão. Peguei os ingredientes na geladeira e me dirigi à bancada, rezando para não fazer besteira. Quase cortei meu dedo fora umas quatro vezes enquanto picava as cebolas, mas fora isso, até que me saí bem. Algum tempo depois estava tudo pronto.
Quando nos juntamos na mesa para jantar, Margareth não tocou no assunto do desaparecimento e eu agradeci mentalmente por isso. Ela perguntou sobre meus amigos em Brighton, como havia sido a viagem e as músicas que eu gostava de escutar. Eu perguntei a ela sobre seu trabalho e ela desandou a falar.
- Estou tão ansiosa com esse novo documentário! - ela exclamou, tomando um gole de seu refrigerante. - Estamos estudando as lendas vampíricas na Romênia. Tenho certeza que será um sucesso de audiência!
- Você quer dizer... Vlad Tepes? - perguntei, fingindo interesse.
- É isso aí! - ela quase gritou. - Bom, Vlad Tepes faz parte de toda essa história. Como sabe sobre isso?
Dei uma garfada em meu macarrão, tentando lembrar onde eu aprendera a lenda do verdadeiro Conde Drácula.
- Acho que uma amiga me contou, não tenho certeza.
Depois disso Margareth só falou em vampiros e vampiros. Eu não aguentava mais ouvi-la falando em como seria incrível a entrevista que ela faria com uma família tipica da Cova do Dragão e blá, blá, blá. Até que ela se tocou que já eram onze da noite.
- , acho melhor você se deitar agora, não? - ela sugeriu enquanto tirava os pratos da mesa. - Você tem que colocar seu sono em dia.
- Tudo bem - respondi simplesmente. Tentei ajudá-la a lavar a louça, mas ela insistiu que eu fosse descansar, porque estava "cansada da viagem". Estranho, ela não pensou em quanto eu estava cansada quando falava sem parar sobre vampiros.
Assim que cheguei em meu quarto, joguei-me na cama sem nem me preocupar em trocar de roupa. Se eu soubesse o que aconteceria depois disso, teria aproveitado mais meus tempos de paz.

Capítulo 2
Bem vinda ao inferno

Na semana seguinte, fui para a escola pela primeira vez na Romênia. Era um colégio qualquer, cujo nome eu não lembrava. O uniforme consistia apenas em uma camiseta com o logo do colégio, mas ela foi coberta pelos casacos que coloquei para afugentar o frio. Eu havia acordado cedo para fazer minha super produção para o primeiro dia. Como a primeira impressão é a que fica, não custa nada aparecer maravilhosa, nem que seja só uma vez.
Fiz alguns cachos no cabelo, escovei os dentes umas cinco vezes, passei uma boa maquigem no rosto todo pra fingir que eu acordei linda e sou sempre assim. Margareth me levou até o colégio com seu carro, me deu um beijo de despedida e me desejou boa sorte.
- Qualquer coisa, me ligue - disse apontando para o celular que eu segurava fortemente na mão direita. Acenei para ela enquanto adentrava o lugar, tentando me lembrar como se respirava.
Assim que pus os pés no local, pude identificar os grupinhos espalhados pelos corredores. Não importa onde você vá, sempre haverão as panelinhas. Na Cova do Dragão não era diferente: algumas garotas que se achavam superiores por algum motivo estúpido, atletas que namoravam com as tais garotas, algumas duplas que vagavam pelo colégio e as almas solitárias que pareciam assustadas em estar ali.
O barulhinho irritante que o salto da minha bota teimava em fazer acabou denunciando minha chegada. Alguns arregalaram os olhos em me ver ali, mas um grupo de garotas encostadas na parede pareceu ter curiosidade. Todas elas tinham cabelos negros como os meus - alguns cacheados, outros lisos - e a pele muito pálida pela falta de sol. Uma delas estava de costas e virou o rosto na minha direção quando outra lhe disse algo. Ela estreitou os olhos quando me viu, como se tentasse me reconhecer de algum lugar. Virei o rosto e continuei a andar antes que ela fizesse algo. Panelinha das metidas: identificada.
Resolvi ir para a sala de aula. Sentei na parede do lado da porta, na segunda carteira, que era o lugar em que eu costumava ficar nas salas de aula de Brighton. Retirei meu material da bolsa que eu carregava, certificando-me de colocar o celular no silencioso. Conferi meu horário para ver qual seria minha primeira aula: história. Beleza, outro sermão no melhor estilo Margareth.
A campainha que anunciava o começo das aulas tocou e com ela os alunos começaram a se acomodar em suas mesas. Algumas garotas do grupo que estava me observando na entrada entraram na sala. A última delas era a garota de ficara me olhando furtivamente. Assim que me viu em sala de aula, encaminhou-se para o meu lado, enquanto todas as suas amigas iam para o outro canto. Ela sentou-se na carteira em frente à minha e logo depois virou-se para minha direção.
- Oi - ela disse, sorrindo simpática. - Sou .
- Meu nome é - respondi, tentando sorrir da mesma forma.
- Você é estrangeira? - ela perguntou, seus olhos castanhos cintilando contra a luz do sol.
- Como você sabe?
Ela limpou a garganta antes de continuar.
- Seu sotaque.
- Sou inglesa - falei, tentando controlar o mesmo.
colocou uma mecha de cabelo preto atrás da orelha.
- Sério? O que está fazendo aqui?
Congelei por um instante. Eu não queria receber a pena de ninguém, muito menos da minha primeira "amiga" na Cova do Dragão. Não seria nada esperto contar sobre meus pais desaparecidos logo de cara, talvez eu devesse esperar um pouco antes de revelar algo tão sério.
- Meus pais estão em... Férias prolongadas. Estou na casa da minha tia. - respondi.
abriu a boca para dizer algo, pórem a professora entrou na sala nesse mesmo instante. Ela era uma mulher alta, com cabelos curtos e repicados e óculos com armação retangular.
- Bom dia, turma. Abram seus livros de onde paramos na aula passada e... - ela parou de falar ao passar seus olhos por mim. - Parece que temos uma aluna nova. Qual é seu nome, querida?
- - disse, sentindo minhas bochechas queimarem.
- Creio que não conheça as dependências do colégio ainda. Senhorita Krostav, - ela disse, dirigindo-se à - poderia acompanhar a senhorita para que ela não se perca? - acentiu prontamente com a cabeça. - Ótimo, vamos continuar com a aula.
Os cinquenta minutos restantes passaram rapidamente. A professora — que descobri se chamar Anastácia — era explicativa e o conteúdo se fixou rapidamente em minha mente. Pórem, passei a aula inteira sentindo os olhares alheios queimarem sobre meus ombros, algo que realmente me incomodou. Quando estávamos saindo da sala, Anastácia avisou:
- Não se esqueçam de avisar seus pais sobre a escursão ao Castelo de Bran no final do semestre!
me puxou para fora da sala. As amigas dela simplesmente seguiram para outra direção. Meu próximo horário seria física e nós estávamos na mesma turma. O professor passou algumas páginas como lição de casa e, como eu não sabia o conteúdo, se ofereceu para me dar algumas aulas à tarde na biblioteca. Depois de mais alguns horários cansativos, tivemos um intervalo de vinte minutos. Sentamos em um canto deserto, onde começou a me mostrar quem eram os estudantes que passavam por ali.
- E as suas amigas? Elas não sentirão sua falta? - perguntei.
- Ah! - fez um gesto com a mão, como se não fosse nada. - Elas não são bem minhas amigas. Duas são minhas primas e as outras duas, as amigas delas. Nós não nos damos muito bem, mas convivemos mesmo assim.
Assenti com a cabeça. Se não se davam bem, por que continuavam a andar juntar?
- Por que fica com elas, então?
revirou os olhos enquanto tomava um pouco de seu suco de maçã.
- Você sabe, sangue mágico convive com sangue mágico.
Franzi a testa, não compreendendo. Sangue mágico? pareceu perceber quase imediatamente, assumindo uma expressão levemente desesperada no rosto.
- Quer dizer... - ela enrolou-se com as palavras. - Ah, meu Deus, meu celular esta tocando, eu já volto!
levantou-se e correu para outro canto, desaparecendo tão rápido quanto havia surgido. Eu mal havia ganhado uma amiga e já a estava perdendo. Bufei irritada, levantando-me para procurar por , quando vi dois garotos conversando. Os dois tinham cabelos dourados e praticamente a mesma altura. Conversavam animadamente até que um deles notou que eu os observava. Ele me lançou um sorriso gentil e eu tentei fazer o mesmo para ele. O outro, que estava de costas para mim, seguiu o olhar do primeiro. Diferente de seu amigo simpático, ele me lançou um olhar de desdém tão grande que fez meu sangue gelar. Ele puxou seu amigo até outro canto, afastando-os de minha vista.
Eu ainda estava em estado catatônico com o que acabara de acontecer quando retornou. Ela sorria, até ver para onde eu estava olhando.
- A campainha tocou. Vamos? - ela disse, praticamente me empurrando para que eu saísse do lugar.
- Quem são aqueles? - perguntei, piscando os olhos incontáveis vezes.
hesitou por um segundo, então finalmente falou:
- Os irmãos Blastemat. Yuri e . Não nos damos muito bem.
- Por quê?
- Alguém já te disse que você faz perguntas demais? - lancei a ela meu melhor olhar de "responda-o-que-eu-perguntei" que eu pude. - Você ainda vai entender. Em breve.
E então ela me puxou até que chegássemos mais uma vez à sala de aula.

Continua...

Nota da autora: Olá queridos, como estão? Primeira nota da autora, estou emocionada! Primeiro eu queria agradecer a Lara, que aceitou betar esse negócio aqui. E um obrigada muitissímo especial a minha capista, Iasmin, responsável por essa belezura que vocês podem admirar lá no começo da página. E também à todas as pessoas reais que me inspiraram a escrever essa fic, como as minhas amigas Amanda e Ana, os cérebros por trás da . E, é claro, a você , por estar lendo minha fic. Qualquer coisa, estarei atendendo no meu email e no Tumblr (flameofserendipity)! Beijos e até a próxima atualização!


Nota da Beta: Qualquer erro nessa fanfic é meu, então me avise por email ou mesmo no twitter. Quer saber quando essa fic vai atualizar? Fique de olho aqui. Obrigada. Xx.

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