O céu se contorcia em tons de cinza rompidos apenas pelas bolas de fogo que eventualmente o cortavam, destruindo tudo que atingiam. Havia dias o caos se instaurara, mas nada parecia dizer que aquele dia seria mais favorável. Pelo contrário. Após algumas semanas de seca, toda a água parecia castigar a cidade. Os prédios que restavam, já frágeis, despencavam um a um ao sabor do vento.
estava sentada na calçada do que tinha sido um dia sua rua. Sua cabeça estava apoiada nas mãos e ela fitava o nada.
Não sabia quando tinha parado de pensar no que estava acontecendo ao seu redor, não podia se lembrar claramente da última vez que sentira algum tipo de emoção. Pânico, medo, culpa, nada lhe restava. Ninguém lhe restava.
Sim, o mundo estava acabando.
As pessoas corriam pelas ruas tentando salvar o pouco que sobrara, os gritos tomando o ar da metrópole. Não era mais seguro ficar dentro das casas, mas também não era seguro ficar fora, e assim cada um tomava sua decisão e a seguia solitário. Solitários, em princípio, porque todos os que conheciam já deveriam estar mortos. Muitos, entretanto, seguiam sozinhos por escolha. Porque nunca de fato haviam se adaptado e, em situações desesperadoras, medidas desesperadas eram tomadas.
era um meio termo. Não era como se tivesse conhecido milhares de pessoas, não era como se tivesse vários amigos. Mas não era sozinha. Não completamente sozinha.
Não até que todos a deixassem, revelando com amargura que, talvez, por fim, ela estivesse sozinha desde o início.
Mas era melhor assim. Não havia ninguém para impedi-la, ninguém para fazê-la falhar ou observá-la falhar, e ninguém para tomar proveito de sua vitória, se um dia tivesse uma.
Não que um dia pudesse ter uma. Rira com desgosto ao concluir que iria morrer de qualquer jeito. Quem havia de sobreviver ao fim do mundo?
Mas talvez – pensava – fosse mais fácil sobreviver ao fim do mundo do que ao mundo em si. A vida nunca lhe fora fácil, e ela sabia que nunca seria. Talvez a morte por fim lhe trouxesse um pouco de paz, um conforto que fosse.
Ela não fora completamente infeliz com sua vida. Não, ela tivera alguns amigos, ou achara que tivera alguns amigos, tivera um trabalho, tivera uma pequena casa... Tivera até alguém que pudesse chegar perto de amar. Mas as cortinas tinham caído junto com o pânico inicial da morte. Não, ela não tinha nenhum desses confortos mundanos.
Enquanto muitos corriam a gritar o nome de familiares, ela sentava esperando seu destino final.
Percebia que, por fim, as famílias eram as únicas que permaneciam unidas. Não, não todas – a maioria havia quebrado – mas algumas... Mães e filhos, avós e netos, irmãos e irmãs... Os laços de sangue pareciam ser mais resistentes que a linha traçada pela amizade.
se perguntou se sua mãe estaria com ela. Não, provavelmente não, respondeu rapidamente a si mesma. Por que estaria se a havia abandonado, em primeiro lugar? Ela provavelmente nem sabia onde as filhas haviam parado.
Sua irmã, por outro lado, estaria ali. Cruel era o destino que a havia tirado de tão antes. Mas talvez fosse melhor. nunca veria a destruição do mundo que ela tanto prezava. nunca teria que sentir o pânico da certeza da morte lhe selar as veias. Ela tinha sorte. Morrera rápido.
se lembrava amargamente de cada detalhe daquele dia. Elas só estavam caminhando. Eram somente adolescentes. Um segundo depois uma cópia de si mesma estava estirada no chão, o sangue manchando a calçada. Ah, como sentiria falta de sua gêmea...
Todos sempre haviam gostado mais de do que de . sempre fora a gêmea mais aberta, a mais feliz. E a que morrera mais rápido. queria, por vezes, ter ido em seu lugar. A irmã teria sido uma pessoa melhor do que ela jamais seria.
nunca entendera como ela podia ter superado o fato de a mãe lhes ter abandonado com tanta facilidade, sem nenhum tipo de ressentimento. Era a vida, ela dizia para si mesma.
Imersa em pensamentos, sentiu-se caindo no sono, viajando como se não tivesse um corpo físico. Fechou os olhos. Talvez aquilo fosse seu fim. Não se importava. Mas por que ainda estava consciente? Por que pensava por tanto tempo?
Abriu os olhos para encarar uma imensidão branca.
Piscou. Aos poucos ela notou que o céu acima de si era ainda azul, mas a superfície branca na qual se apoiava se estendia lentamente para cima, mesclando-se com o céu, ao invés de quebrar-se abruptamente em um horizonte.
Olhou para baixo. Parecia estar de pé sobre fumaça, mas seus sentidos lhe diziam que a superfície nevoenta era sólida.
Uma figura alta se materializou à sua frente. piscou. Era uma mulher. Parecia uma mulher. Os traços femininos do rosto eram encobertos por longos cabelos negros que lhe caíam até a cintura fina. O corpo era coberto por algo que lhe lembrava dum quimono, branco-azulado como a realidade em que se encontrava e, ainda assim, cheio de pequenos detalhes bordados com fios metálicos.
esperou. A mulher ainda a encarava, silenciosa.
- Eu... Estou morta? – perguntou por fim.
A figura se aproximou e finalmente foi possível ver detalhes de seu rosto. Sua beleza era estranha, suas proporções incomuns, quase inumanas. Mas ainda a achava bonita. Parecia jovem, mas sua aura era de alguém que já havia vivido milhares de anos. O rosto não demonstrou nenhuma emoção.
- Ainda não. – respondeu-lhe, e a voz era suave e aveludada, ainda que fria.
Ela esperou.
- Você vê, , que seu mundo está chegando a um trágico final.
Ela assentiu, ainda que curiosa para saber como a mulher sabia seu nome.
- Seu destino a trouxe aqui. Há uma escolha a ser feita. O destino de seu planeta está em suas mãos.
queria protestar, queria perguntar do que aquilo se tratava, mas as palavras lhe faltavam. A mulher abriu os braços e duas imagens, como hologramas, apareceram no ar. À direita, o mundo restaurado. Pessoas corriam, sorrisos estampavam a face de crianças, a chuva havia parado. À esquerda, um mundo igualmente composto, um mundo em recuperação, mas com uma diferença: não se via ninguém nele.
Ela estava confusa. Tinha que escolher se o mundo acabaria ou não? Que tipo de piada era essa? Estaria sonhando?
Como se lesse seus pensamentos, a mulher, com sua expressão congelada, disse:
- Sim... E não. Sua cruzada não é tão simples.
esperou.
- Se escolheres o mundo da direita, terá colocado um fim à destruição. Todos continuarão a viver suas vidas normalmente, tudo voltará a ser como um dia foi. Talvez melhor.
Atônita, deu um passo à frente, tentando encostar na imagem, fazê-la realidade. Com um gesto da mão, a mulher a empurrou alguns metros para trás.
- Entretanto – continuou –, se escolhes o mundo da direita, não mais vives.
- Como?
- Podes salvar o mundo, mas um sacrifício é necessário. Pode deixar que todos vivam, mas terás que pagar por isso. Nada é de graça, minha jovem.
Ela hesitou.
- E se eu escolher o outro mundo? O da esquerda?
- Então vives. Mas vives sozinha. Não poderá salva-los. A destruição será interrompida, mas somente quando todos já tiverem ido.
piscou. Então era morrer ou matar. Engoliu em seco. Tentou imaginar o que seria morrer. A mulher estendeu a mão para ela e caiu em uma escuridão profunda. Caía, caía, caía, mas nunca chegava a nada.
Sua irmã teria feito a escolha óbvia. Teria se sacrificado por todos. Teria salvado a vida daqueles que amava. Mas não tinha ninguém. Não, todos a haviam abandonado.
Sentiu a urgência de respirar de novo, de sentir de novo. Nunca mais poderia comer, nunca mais acordaria de uma noite bem dormida, nunca mais viveria.
Poderia carregar o fardo da humanidade para sobreviver?
Todas aquelas vidas, o sorriso na face daquelas crianças...
Boa parte delas já está morta de qualquer jeito... – uma voz lhe sussurrou.
Talvez eu já esteja morta – pensou.
Onde estava o branco, onde estava o conforto que sentira? A paz?
Tudo havia sido substituído pelo medo, pelo pânico. De novo. Seu peito estava apertado, ela ainda caía. As lágrimas rolavam ao contrário em seu rosto.
Atingiu uma superfície branca e, sem dor, estava de novo em frente à mulher, que não havia se movido.
Agora, mais do que nunca, temia voltar para a escuridão. O que fora aquilo?
- Uma pequena demonstração da morte.
havia parado de pensar em como a mulher lia seus pensamentos.
- Não posso ter de novo uma demonstração da vida? – perguntou-lhe, desesperada por pelo menos um último suspiro, uma última vez sentindo a terra sobre seus pés.
- Não. Perdeste tua chance quando te questionaste mais sobre a morte do que sobre a vida.
Ela engoliu em seco, suas mãos tremiam.
- Seu tempo está acabando.
A dimensão começou a piscar, a mulher começou a se afastar. não teve que perguntar para saber que se não fizesse uma escolha ela e todos enfrentariam o destino de antes, a destruição completa de seu universo. Mas não conseguia se mover, não conseguia pensar.
Como poderiam pedir que ela se sacrificasse por um mundo que a tinha tratado daquele jeito? E como ela poderia pedir para o mundo que se sacrificasse por ela?
Lembrou-se de novo de que escolha faria sua irmã. Sentiu a raiva queimar até seu último pensamento.
Ela não era sua irmã.
Correu e correu, mas a mulher já estava longe. As luzes se apagaram por uma fração de segundo a mais do que antes e voltaram. Ela mergulhou, desesperada. Tinha que alcançá-la, tinha que sobreviver, tinha que...
Abriu os olhos.
Estava em sua rua de novo.
Sua respiração era pesada. Ela olhou em volta. Não via ninguém.
Que tenha sido um sonho, que tenha sido um sonho, que tenha...
Ela correu. Seus olhos procuravam por uma alma, qualquer que fosse. Qualquer prova de que sua mente teria lhe pregado uma peça. Mas não. O solo era firme sobre seus pés, o vento jogava-lhe o cabelo para trás.
Parou. Nunca estivera naquela rua antes. Não importava.
Sentiu uma urgência absurda de rir. E riu tanto que teve que se sentar no asfalto duro. Não sentia medo de que alguém resolvesse passar por ali, não sentia medo de estar sozinha no meio de uma rua desconhecida, deitada bem onde poderia ser atropelada. Estava sozinha.
O fato era que sempre estivera por si só. Só que agora era literal. O mundo era dela. Ela olhou para o céu. O cinza se dissipava lentamente, dando lugar a um claro azul. Ela respirou, e só respirar já a alegrava.
Ela não sabia quanto tempo se passara. O céu não mudara. Ela não saíra daquela posição.
The story behind the painting I drew is already told
No more tearstains on the pages of my diary
Resolveu se levantar e voltar para casa. Mas não sabia onde estava. Não sabia para que lado era sua casa. Não havia ninguém para lhe indicar o caminho. Nunca haveria ninguém para lhe indicar o caminho.
Mas também não era como se alguém ligasse se ela entrasse na casa errada, era?
Sim, ela ligava. Não sabia por que, mas invadir uma casa seria como invadir uma vida. Como quebrar o luto daqueles que se perderam.
E então ela se lembrou.
Todos aqueles que morreram.
Ela não podia entrar na casa de alguém que havia matado.
Não podia entrar nem mesmo na sua própria casa.
O desgosto se espalhou por seu corpo, como poderia ter escolhido aquilo?
Ah, sim. A promessa de viver de novo. Mas estava vivendo realmente? O mundo só dela não mudava, o tempo não passava. Não havia nada a fazer além de sobreviver. Mas sobreviver para quê?
Sua cabeça girava. A solidão não lhe parecia mais tão confortável assim. Estava de fato sozinha? Sentia-se permanentemente observada.
Mas não havia o que fazer. Teria que permanecer ali, vagando em um mundo morto.
As horas se transformariam em dias, os dias em semanas, as semanas em anos, os anos... Os anos se arrastariam sem que ela soubesse, pois nada mudava naquele mundo. Até que a loucura mais completa tomasse sua mente, até que a última gota de sanidade fosse extraída de sua cabeça...
Ela não sabia em que rua estava. Havia andando tanto nos últimos tempos que não sabia nem se ainda estava em sua cidade. Não havia noites, não havia mudanças. Não fora por aquilo que pedira ao escolher viver, mas sabia que já estaria cansada do que pedira se o tivesse também.
não aguentava mais aquilo. Não aguentava mais a vida. Não aguentava mais vagar pelas ruas sem que ninguém a olhasse.
Entrou na primeira casa que viu após tomar a mais óbvia decisão. Procurou por todos os lados algo letal. Uma faca, uma lâmina, uma corda, qualquer coisa serviria.
Achou um armário de remédios. Overdose sempre lhe parecera uma morte boa. Escolheu os que pareciam ser mais fortes e engoliu todas as cápsulas como se sua vida dependesse delas.
Nada. Esperou. A escuridão não caiu por sobre suas pálpebras como esperava, seu corpo não sucumbiu ao torpor. Ela ainda estava ali, viva, respirando.
Tired but unable to give up since I'm
Responsible for the lives I saved
O pânico a tomou. Não, não, tinha que ter feito errado, tinha que ter algum jeito. Andou cegamente até o banheiro. Uma lâmina era tudo que precisava para escapar de seu pesadelo.
Não foi difícil achar o objeto brilhante. não hesitou em abrir a própria pele. O sangue corria de seus pulsos, mas ela nada sentia além da dor. O alívio que queria não vinha. Sentou-se e esperou que a morte lhe tomasse nos braços, mas esta não veio. Minutos e mais minutos se passavam e ela ainda estava ali, tão inteira quanto antes.
As lágrimas corriam de seu rosto, não tanto pela dor, mas pelo desespero.
The play is done
The curtain's down
A realidade à sua frente se contorceu, distorcendo-se. A mulher que um dia a salvara apareceu à sua frente.
- Por que não posso morrer? – perguntou, e sua voz não passava de um sussurro.
- Queres mesmo desperdiçar o sacrifício de todos aqueles que morreram por ti?
Ela esperou, as lágrimas acelerando.
- Quando fizestes tua escolha, devias ter analisado todos os lados, jovem.
A figura desapareceu.
All the tales are told
All the orchids gone
Não, não, não. Não podia ser. Ela queria morrer, ela tinha que morrer. Não havia um jeito de lidar com aquela situação. A pressão em seu peito era muito maior do que ela poderia suportar.
Havia então levado bilhões à morte para que continuasse viva. Riu amargamente ao compreender que nunca estivera tão morta.
Lost in my own world
Now I care for dead gardens
Saiu da casa. Queria que houvesse um jeito, Tinha que haver um jeito.
Uma arma. Ela não poderia sobreviver a um tiro. morrera assim, por que ela não podia ter o mesmo destino?
Pulou o muro de mais uma casa. Seus braços ardiam, mas o sangue já não mais corria. Ela ainda se sentia fisicamente bem. Era uma pena que sua mente distorcesse cada sombra até que milhares de rostos a encarassem em reprovação.
Where are the wolves, the underwater moon
The elvenpath, the haven of youth
Lagoons of the starlit sea
Demorou até achar o objeto de seus desejos, talvez porque sua cabeça não mais permitia que ela andasse alguns metros sem sofrer da terrível paranoia, sem que a culpa a tomasse e ela fosse obrigada a se sentar.
Ah, o que havia feito?
O metal preto em suas mãos era mais valioso do que tudo já havia sido. Ela tremia. Conseguiria acertar? Tinha que conseguir, tinha que morrer.
A mulher apareceu de novo à sua frente.
Ela suava frio. Queria atirar antes que a figura pudesse mover os lábios. Tentou ignorar o olhar repreensivo. O dela era pior do que as sombras que a seguiam.
Have I felt enough for one man's deed?
Or is it time to challenge the Ancient of Days
And let the virgin conceive
Pôs a arma em sua boca. Não foi fácil, tremendo do jeito que estava. Puxou o gatilho.
Sentiu o coice da arma, sentiu-a caindo de suas mãos, sentiu a dor em sua cabeça e mais nada.
Abriu os olhos. A mulher à sua frente ainda a encarava.
- Nem uma tentativa de suicídio para cada vida que tiraste te tirará deste inferno particular, .
Ela caiu de joelhos.
- Por favor? Por favor, eu me arrependo. Eu me arrependo. – murmurou.
- E terás que continuar a se arrepender, criança.
- Eu quero morrer. Eu quero voltar. Eu morro. Eu me sacrifico pelo mundo. Eu só quero morrer. Por favor.
All the tales are told
All the orchids gone
- Não pode voltar atrás em suas escolhas, . É tarde demais.
A mulher desapareceu. As cores desbotavam e rodavam à sua volta. Toda a esperança já se tinha ido. Deitou-se no chão, sem forças para nada. Ficaria ali pela eternidade. Não queria mais sobreviver. Não queria mais nada.
Lost in my own world
Now I care for dead gardens
Fechou os olhos. Uma voz chamava seu nome ao longe.
- ?
Ela queria responder, queria chegar até a voz, queria mergulhar na escuridão...
- !
Abriu os olhos.
- ! Aleluia.
Ela piscou. Estava sentada? Podia jurar que estava deitada há poucos segundos e... Que luz era aquela? Sua cabeça rodava. A cadeira era desconfortável.
- Não acredito que você dormiu durante o filme inteiro, porra.
, sua melhor amiga, estava de pé à sua frente.
Ah.
Ela se lembrava.
- Vamos, dorminhoca, eu tenho que trabalhar também, lembra-se?
Ela se levantou cambaleante. Então era tudo um pesadelo? Riu consigo mesma. a encarou como se fosse louca. E ela provavelmente era. Tendo este tipo de sonho... Nunca mais iria ver um filme sobre o apocalipse.
No fundo da sala, um casal idoso se sentava. A mulher, que ainda tinha os cabelos negros da juventude, sorria.
- Não te disse que o mundo não estaria seguro nas mãos dos humanos?
Fim.
Nota da autora: Olá! Então... Eu tava procurando músicas que me inspirassem para o especial e me deparei com Dead Gardens, que me fez imaginar o que o último humano na terra depois do apocalipse faria. Mas não era suficiente escrever uma fic assim, e depois de olhar um pouco pra letra eu decidi que seria mais legal trabalhar nessa escolha de se sacrificar ou observar um sacrifício, e deu nisso. Espero que tenham gostado, e obrigado por terem lido ^^ Beijos, Ju.
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