Dia de Sorte

Escrita por Soh



Começava um novo programa e eu e minha amiga estávamos na plateia.
Era nossa primeira viajem à Inglaterra e nos estávamos muito animadas. Havíamos andado a semana inteira pela cidade de Londres e, como combinado no Brasil, compramos um ticket para podermos entrar em um dos nossos programas favoritos, que assistíamos pela internet, já que no nosso país só passava programas norte americanos e de vez em nunca, algo britânico, mas não era o caso. O melhor de tudo era as especulações que o McFly iria estar nesse programa e neste dia, então quando soubemos por um fansite quando nós já estávamos na Terra da Rainha, nós simplesmente piramos. Paramos nosso passeio mais cedo apenas para nos arrumarmos. Por mais ridículo que fosse, nós tínhamos a esperança que os garotos iriam olhar para nós. Como toda fã alucinada tem.
"E agora nossa surpresa da noite,” o apresentador começou fazendo suspense, “o McFly" ele completou e enquanto a banda entrava no palco, eu e minha amiga abrimos um sorriso de orelha a orelha, totalmente encantada com eles. com certeza secava o enquanto eu olhava com os olhos brilhando para .
"E aí gente!" falou e a plateia aplaudiu excitada. E eu ainda impressionada com a beleza deles. Ao vivo era realmente muito melhor. Olhei sorrindo para e ela me devolveu o mesmo sorriso.
“Oi, eu sou o ” ele disse divertido e fez todos rirem e ele receber um pedala forte de . Queria saber se ele era idiota assim mesmo ou se era fachada, se bem que eles não eram ficar fazendo fachada.
Eles foram super simpáticos. Conversavam com o apresentador normalmente, como se fossem amigos de infância. Depois de algumas perguntas, piadas, histórias e brincadeiras, eles foram ajudar uma competidora, que estava perdendo, como sempre acontecia com os artistas que iam ao programa. Os meninos e a garota até que estavam indo bem. Ela conseguiu subir mil pontos no ranking, mesmo com os meninos, e até a própria, receberem vários castigos como comer um testículo de sabe-se lá o que. Foi nojento, só que ele era frito, então penso eu que o gosto não foi tão mal assim. Mas ela ainda continuava em último lugar. Eu ria o tempo inteiro, ora por causa das caretas ora por causa das coisas que eles falavam. Na última prova, eles tiveram que entrar em uma caixa bem grande de vidro e se a garota errasse a resposta, os McGuys levariam um banho de tinta. Não deu outra, a menina errou e , , e ganharam novos tons de verde e laranja, sujando-os inteiramente. e eu rimos até ficarmos roxas e, se antes eu já era viciada pelo sorriso de , agora eu era uma alucinada por ele. Depois disso, os meninos agradeceram e saíram, rindo e zoando, coisa que eles mais faziam, do estúdio e em pouco tempo o show acabou.
Eu e minha querida amiga esperamos o local esvaziar para podermos ganhar a rua. O local estava um pouco deserto devido ao horário e demorou um pouco para um táxi passar. Porém conseguimos um e fomos conversando e gargalhando sobre o programa que nós tínhamos visto. Foi interessante o caminho de volta, pois a cidade estava toda iluminada e linda. parou de falar por um minuto e nós duas olhamos maravilhadas as ruas, gravando aquele passeio que seria o último ali.
,” Mah me chamou, “eu não estou com sono e esse calor esta me matando" disse depois de sentarmos nas nossas camas.
“É só ligar o ar condicionado” falei em tom óbvio para ela, que fez uma careta.
“Mas é que eu não queria ficar aqui no quarto. Tipo, é nosso último dia aqui...” ela faz manha.
"A gente podia ir até a área das piscinas e ficar fazendo nada lá" disse-lhe depois de pensar um pouco sobre o hotel.
“É uma boa ideia!” respondeu sorrindo “Até que você pensa”. Eu ri desse comentário, que era bem comum entre nós, e nós fomos até as piscinas fofocando um pouco mais, claro.
Deitamos nas espreguiçadeiras e falávamos sobre a nossa viagem, sobre as pessoas daqui e tudo o que mais gostamos. Era realmente triste estar deixando aquele país maravilhoso. Era tudo incrível! Cada detalhe da cidade realmente me encantou. A Inglaterra realmente, se já não havia sido antes de fazer minha viagem por ali, era meu lugar favorito.
De repente quatro meninos chegaram correndo, cortando todo o meu devaneio e o discurso interminável da Mah, que eu nem estava escutando direito, e pularam na água, conseguindo espirrá-la para todos os lugares perto da piscina, inclusive em nós, sentadas a borda dela. Antes de nós pensarmos em mandarmos os demônios que haviam feito aquilo de volta para o inferno, vimos tinta verde e laranja flutuando na água e logo depois quatro britânicos lindos que nos conhecíamos muito bem. E amávamos.
“Vocês não deviam ter feito isto!” eu falei a primeira coisa que veio na minha cabeça, pois além de estar em choque por estar encharcada, eu estava em
choque por estar vendo o McFly ao vivo, em cores e molhados na minha frente. ELES ESTAVAM NA MINHA FRENTE! Eu não dei um ataque histérico, embora por dentro do meu corpo eu sentisse fogos de artifícios explodindo totalmente fora de ritmo. Eu não sabia o que fazer, mas sabia que não havia falado a melhor coisa que poderia.
“Se não o que?” Perguntou levantando uma sobrancelha e ficando extremamente sexy.
“Se não... se não...” eu tinha ficado totalmente sem graça por não saber o que responder. Senti meu rosto quente e sabia muito bem que eu estava muito corada, então apenas abaixei a cabeça, envergonhada.
“Se não, nada!” disse me defendendo. “Vocês são uns doidos! É loucura se jogar na piscina nessa hora! Podem pegar um resfriado ou sei lá” Olhei para minha amiga e ela aparentava estar no estado normal dela. Não que ele não seja louco, mas Mah não parecia estar surpreendida.
“Hey, gata, loucura uma vez na vida não faz nada mal” falou dando uma piscadinha e eu me derreti por ele. levantou uma sobrancelha do mesmo modo que o Judd havia feito, mostrando que não gostara de algo dito pelo . Eu só acho que foi o ‘gata’.
“E a água tá uma delicia.” disse para não fazer o amigo responder ao olhar de desprezo de Mah. Ele sorriu e ela também, então estava tudo bem. Eu decidi parar de bancar a menina vermelha com cara de idiota e resolvi brincar com eles. O que custaria, certo?
“Vocês eram mais bonitos sujos” eu falei sorrindo de lado, tentando, e apenas tentando, ser sedutora. Escutei minha amiga abafar um riso, que eu apostava que era por causa da minha tentativa falha.
“Eu sei que você me adora assim” rebateu com um sorriso muito safado enquanto passava a mão pelo seu tronco. Um silêncio estranho se instalou entre nós. Ouve uma troca de olhares entre os garotos e olhou para mim e voltou o olhar sorrindo para os garotos. Foi estranho. “Meninas, por quê vocês não entram na água para se divertir com a gente?” voltou a falar.
“Vamos mesmo entrar?” Mah perguntou incerta e eu apenas sorri. Ela entendeu certamente o que eu quis dizer, pois um minuto depois nós estávamos pulando na piscina em meio a uma exclamação alegre dos garotos. Nós conversamos por um bom tempo, rimos muito e eles foram super atenciosos com a gente, ainda mais quando errávamos alguma coisa do idioma, afinal, por mais perfeitamente que você falasse em tal língua, você não será boa o suficiente para falar com um nativo. Às vezes eles até riam de nós, mas logo falavam que achavam o nosso esforço fofo e que estavam admirados com a nossa capacidade de falar inglês. Brincamos até de jogar água um nos outros. Conversei muito com o e o , o porquê eu não sei, mas a gente ficou bem próxima enquanto a Mah contava para e para alguma coisa, pois eles riam muito.
Durante um tempo, eu encostei a borda da piscina e pensei no quanto eu era sortuda. Estar num país maravilhoso e com meus homens preferidos. Fiquei vendo-os brincando com minha amiga. Fechei os olhos só para ter certeza que eu estava acordada e quando constatado, deixei um sorriso leve sair dos meus lábios. Quando abri meus olhos de novo, estava saindo da piscina junto com e , e falava alguma coisa para o , que permaneceu dentro da água depois que seu amigo saiu. Senti minhas bochechas ficarem coradas quando vi se aproximando de mim, sorrindo de um modo tímido. Eu o encarei.
“No que você estava pensando?” ele disse quando chegou bem perto de mim. Meus pelos da nuca se arrepiaram e uma sensação boa passou pelo meu corpo.
“Na minha viagem” eu sorri quando ele encostou seu corpo no meu, e ele retribuiu o gesto, totalmente sexy. Decidi continuar “E...”
“O que vocês estão fazendo aqui?” gritou uma mulher com uma voz mais velha, me cortado. Nós nos assustamos, mas rapidamente eu e pulamos para fora da piscina e começamos a correr da mulher, que corria loucamente atrás da gente. Não consegui segurar a risada e dei uma gargalhada. Parei para respirar e virei para a senhora. Gritei o que havia falado para mim algum tempo antes: “Uma loucura uma vez na vida não faz mal”
E de repente ela parou e me encarou por um momento, depois olhou para a água e sorriu medonhamente. Virei-me para e sorri vendo-o gargalhando. É, aquele menino havia me ganhado de vez. Encarei a mulher novamente e ela já estava pulando na piscina sem a camisa do uniforme do hotel, mostrando o sutiã velho e sem nada que segurasse realmente os peitos dela. Meu acompanhante ria escandalosamente e eu também comecei a gargalhar da bizarra situação. Desde quando uma mulher velha pula na piscina sem a camiseta?
“Tem razão! Uma vez na vida não faz mal!” ela falou sorrindo e eu dei uma piscadinha para ela. Não sei como eu estava conseguindo ser tão extrovertida.
“Isso foi...” disse me abraçando pelas costas. Novamente eu me arrepiei. E até hoje me pergunto como ele conseguiu fazer isso comigo.
“Bizarro?” terminei sua frase, soltando um risinho e envolvendo seus braços aos meus.
“Não.” ele disse no meu ouvido “Broxante”, então deu uma assopradinha no meu ouvido.
“Quê?” exclamei me separando dele e encarando com os olhos arregalados. Ele estava animado, então?
“Ver essa mulher velha de peito caído foi broxante” ele disse em tom óbvio.
“Ah” eu comecei a rir porque havia ligado os pontos e revi a cena de quando aquela mulher que estava nadando pulou na água.
“Vamos” ele puxou minha mão delicadamente. Deixei-o me guiar para dentro do que parecia um pequeno almoxarifado.
“É, aqui tá bom” ele disse quando entrou na sala que estava escura. Senti um arrepio. Salas escuras não eram bem meu lugar favorito, por vários motivos.
“Bom pra quê?” perguntei incerta sobre o que ele queria. Seria alguma coisa além de beijos? Se fosse, ele não conseguiria. Eu acho.
“Pra gente conversar, sabe?” Doug falou e como estava escuro, não via seu rosto e não sabia se ele estava brincando, mas pelo tom ele não falava muito sério.
Ele começou a passar as mãos pelo meu braço. Eu me arrepiei. Para não deixá-lo dominar a situação, envolvi seu pescoço em meus braços e sorri ao vê-lo arrepiar também.
“Percebi que não sei seu nome” falou bem perto do meu ouvido.
” respondi com um sussurro com a boca colada em seu pescoço, só pra provocar. “Me chama de
Eu passei meus dedos na sua nuca e ele me encarou sorrindo.
“Oi , sou o !” Juro que tentei abafar o riso, mas não deu.
“O que foi?” ele perguntou também rindo, e rindo de mim.
“Eu sei seu nome, bobinho” falei bagunçando seu cabelo “Eu estava no programa hoje mais cedo, e além do mais, conheço suas músicas” ele sorriu maliciosamente.
“E são boas?” disse-me enquanto descia uma das mãos para o meu quadril.
“Tão quanto você é.” eu falei bem perto do seu rosto, subindo a sua mão para a minha cintura novamente e ele deu uma gargalhada gostosa jogando a cabeça para trás.
“Então elas são horríveis” ele brincou. Naquela hora eu constatei um fato que existia desde que eu me entendo por pré-adolescente: eu queria beijá-lo.
“Não...” falei manhosa “Elas são lindas.” Tentei ser sensual novamente e funcionou, pelo que eu vi, pois ele sorriu maliciosamente. document.write(Dougie) levantou uma sobrancelha em um sinal de desafio, o que o deixou irresistível, embora apenas o consiga fazer esse olhar desafiante tão perfeitamente.
“É.” Respondi sorrindo de ladinho e olhando no fundo dos olhos dele.
“Gostei.” ele falou e começou a me empurrar para a parede delicadamente. Minha respiração saiu de compasso e meu coração acelerou. Beijos eram distribuídos no meu pescoço e me prensou mais na parede, se isso fosse possível. Eu tentava sentir o cheiro dele, que era muito, muito bom. Nossas bocas estavam prestes a se encontrar quando a luz se acendeu e eu levei um susto, cheguei até a dar um pulinho. Percebi que eu tinha encostado-me ao interruptor. Começamos a rir porque aquilo foi muito corta clima, mas antes de começar de novo, reparei onde nos estávamos. Não era um almoxarifado, e sim uma minúscula dispensa. De repente vi o que menos queria. Uma aranha. Enorme, gigante, gorda e peluda. Soltei um grito.
, o que aconteceu? Você tá branca” perguntou tirando a cabeça do meu cabelo. Ele parecia preocupado.
“Eu...Eu...” não conseguia falar e depois eu fui reparando mais aranhas pelo cômodo, não como aquela, mas ainda eram aranhas. “Va-vamos sair daqui?” perguntei implorando. Ele me acharia idiota por ter medo de aranha?
“Tá, vamos.” ele falou um pouco decepcionado. Saímos daquele lugar de mãos dadas e eu estava tremendo “, o que aconteceu?” ele tentou de novo.
“Eu tenho aracnofobia” falei respirando fundo tentando fazer a calma voltar. “E lá estava cheio de aranhas enormes”
“Eu não ia deixar elas te pegarem.” ele disse abraçando-me e eu sorri.
“Obrigada” ele me olhou nos olhos e eu pude ver novamente aquele lindo par de olhos. Eu estava com um sorriso ainda maior, eu tinha certeza.
“Você é linda” ele flou corado. Eu também senti minhas bochechas se tornarem vermelha, assim como todas as vezes que alguém me elogiava. Nunca fui, e não sou acostumada com elogios.
“Obrigada” falei sorrindo sem graça e olhando para o chão, tentando esconder a timidez que havia voltado. Bendita hora!
Ele foi se aproximando de mim, mas eu vi passando atrás de . Sem pensar direito, eu me afastei dele.
“Já volto” falei dando-lhe um beijinho no nariz e sai correndo atrás da minha amiga.
! !” eu gritei e ela se sentou num sofá “Por que você saiu da piscina?” dei uma de tonta, só para não dar tempo de me fazer pensar e me arrepender de ter deixado lá.
“Porque os meninos pediram, ora” ela falou cúmplice e sorrindo de lado. Eu sabia que ela estava insinuando coisas muito pecadoras.
“Sei...” eu disse “mas, eu não sei o que eu faço. Eu quero o pra mim e ele parece que quer ficar comigo! Mas depois de tanto tempo sem ninguém...” eu mexia as mãos enquanto falava, e isso era um sinal claro de quão nervosa e incerta eu estava.
“Ele parece que está atraído por você mesmo.” ela disse distante enquanto focava o olhar em algo atrás de mim. Virei-me para olhar o que era e vi passando “Você deveria ir atrás dele.” ela disse sorrindo “Relaxa, eu te espero para ir pro quarto.” sorri abertamente para ela e me dirigi correndo para onde ele esperava o elevador.
“Olha, ...” ele começou mas eu coloquei o dedo indicador na sua boca pedindo para ele ficar quieto. Sorri e uma ruguinha apareceu no meio das sobrancelhas dele, mostrando que ele estava confuso. Sorri mais ainda.
“Vem comigo” falei puxando sua mão para um jardim ao lado da piscina “Acho que eu te devo uma coisa...”.
Deixei a frase no ar enquanto subia minhas mãos pelo seu pescoço. Ele me olhou confuso, mas eu sorri selando nossas bocas e ele sorriu entendendo o recado. Aprofundamos o beijo e eu sentia meu corpo arrepiar conforme ele me tocava. Parei para tomar ar e ele beijava meu pescoço. Ficamos muito tempo nos sentindo. O beijo dele, o hálito dele, o cheiro que ele emanava, tudo, absolutamente tudo, me deixava intoxicada. pressionava seu corpo ao meu, cada vez mais com a intenção de fundi-los. Aquilo estava maravilhosamente maravilhoso. Um sonho estava se realizando, eu estava provando minha paixão platônica. Sim, aquele era o meu dia de sorte, e que sorte!
.” eu chamei entre os beijos que ele me distribuía pelo meu rosto. Eu ri, porque, por mais que eu não sentisse cócegas, era muito fofo, e fofo não era um adjetivo com que eu classificaria o . Ele não parou, então segurei seu rosto em minhas mãos e fazendo um biquinho e olhando no fundo de seus olhos, disse: Eu tenho que ir.
“O quê?” ele perguntou indignado e encarando meus olhos.
“Tenho que, infelizmente, ir. Amanhã preciso acordar as três da amanhã para pegar meu avião de volta ao Brasil”. Fiz um bico de novo, e mostrei minha tristeza. Não queria ir embora, não queria deixá-lo, não queria nem sair daquele jardinzinho. Eu apenas queria que aquele momento durasse para sempre, sem exageros.
“Brasil?” ele me perguntou desanimado “Mas e muito longe!” a expressão dele se tornou triste e eu o abracei apertado, guardando o formato do corpo dele junto ao meu.
“Eu sei.” respondi na orelha dele. Dei um beijo suave no pescoço dele. “Posso te falar uma coisa?” ele assentiu me fitando intensamente “Te amo desde 2004”.
deu um sorriso incrível, que me aqueceu.
“Queria ter te conhecido antes.” Disse apenas e me abraçou.
“Tenha certeza eu também” sorri para animá-lo e fiz carinho na nuca dele. me afastou suavemente só para me olhar novamente, depois me beijou de novo e retribui a mesma altura. Ele beija bem, meu Deus!
“Passa... seu telefone... email...” ele falava entre selinhos “Tudo para que nós possamos nos comunicar” ele terminou sorrindo triste e me dando o seu celular. Eu sorri. ELE QUERIA O MEU TELEFONE! Faltou pouco para eu desmaiar, ele queria falar mais comigo!
“Tá legal” eu falei digitando meu número, meu email, Twitter, Tumblr... Tudo o que tinha direito. Não que eu realmente achasse que ele iria me dar sinal de vida depois dessa noite, mas ele havia pedido, então... E eu sentia o olhar de em mim o tempo todo. Não que eu me importasse, claro.
“Vai ser difícil te perder, hem garotinha?” falou brincando enquanto apertava meu nariz carinhosamente “Não vou esquecer” e ele piscou para mim. Senti meu joelho ceder e minha cabeça girou. Eu o abracei dando beijinhos no seu pescoço.
“Tenho mesmo que ir, .” Soltei um muxoxo.
“Tá. Eu te levo ao seu quarto.” beijei sua bochecha e ele puxou minha mão.
Fomos em silêncio. O fazia carinho na minha mão com o polegar e eu respondia com afagos no braço. Eu não imaginaria que ele fosse tão carinhoso com as meninas que ele ficava. Daquela maneira parecia que ele realmente se importava. Entramos no elevador e eu apertei o número 4, o andar que eu estava hospedada. Durante o rápido percurso, nós nos beijamos novamente. Nunca que eu perderia a oportunidade de dar mais beijos no rapaz que eu amava.
Quando chegamos ao andar, ele me acompanhou até a porta do quarto.
“Está entregue” ele disse me encostando a porta me dando outro beijo. Eu encaixei minhas pernas em torno dele e ficamos assim por um tempo. Parei o beijo com alguns selinhos.
“Acho que é adeus” eu falei.
“Pois é.” ele disse “Adeus.” Dito isso ele me deu um selinho e eu sorri amarelo.
“Tchau” segurei seu rosto e dei um beijo demorado na sua bochecha vermelhinha. sorriu de um modo que eu posso dizer que era fofo. Muito fofo. Minha vontade de apertar as bochechas dele só aumentou.
Demo-nos as costas. E eu estava quase chorando. Havia realizado meu sonho de conhecer o Reino Unido e de quebra fiquei com meu McGuy favorito. Entrei no quarto e encontrei minha amiga lá, deitada de bunda para cima, dormindo um sono muito profundo. Eu sabia que ela não me esperaria, por isso nem liguei para quando ela me disse que me iria.
Fui me preparar para dormir. Olhava meu reflexo no espelho e via que eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto, mesmo com a pasta de dente lotando minha boca. Eu era uma fã de muita sorte. Além de ser brasileira, nem groupie ou stalker eu era, e tive minha chance. Não pensei no porquê da banda estar em um hotel, sendo que eles moravam na cidade. Nem pensei também em quantas fãs ele já tinha enfiado a língua e nem queria saber se eu fui apenas mais uma. Para mim, ele foi único e um sonho realizado. Eu pude sentir o sabor dele, o jeito do beijo dele. Definitivamente não iria pensar sobre coisas para me deprimir. E evidentemente, definitivamente, logicamente e claramente eu não estava arrependida.
Deitei-me na cama e me enrolei no edredom, como eu sempre fazia a noite, não importava se estivesse calor ou frio, eu sempre tinha que estar com meu lindo edredom. Um tempo depois, enquanto eu estava sorrindo para o teto do quarto, meu celular tocou, então eu corri para pegá-lo.

"Boa noite minha brasileirinha, não se esqueça de mim. "

Reprimi um grito de felicidade. Sentei na cama e balancei meu corpo tentando extravazar toda a minha felicidade. Ainda bem que eu estava praticamente sozinha no quarto.
Entretanto, aquela mensagem foi a ultima conversa entre e eu.




Nota da Autora: Então é isso. Essa short é um sonho que eu tive, há um ano atrás. Foi um dos meus melhores sonhos (Por que será?) e dedidi escrever. De acordo com Freud, escrever sonhos nos ajudam a descobrir mais sobre nós mesmos (escrevo alguns sonhos desde então). Outro dia eu achei a folha que continha a história e pensei, por quê não? Arrumei uma coisinha ali, enchi aqui... e plim! Surgiu. Achei meio bobinha, e de um tema super passado, mas mesmo assim decidi colocá-la no site. Eu espero do fundo do coração que vocês tenham gostado. E obrigada por lerem. Agradeço também a beta que gastou o tempo dela com essa short. Não se esqueçam de comentar, pois vai me fazer muito feliz :)
Meu Twitter: @LonelyCherry07 e minha outra short: Wait Until Tomorrow [...fanfics/w/waituntiltomorrow.html] e é McFly também.
Nossa! Que nota grande! hahaha.
Um beijo da Soh.

Nota da beta: Heey :) espero que gostem da fiic ;; qualquer errinho já sabem -> /kaah.jones/ xx.

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